7º Fórum Oncoguia - 28/06/2017 - Rafael Kaliks

19
8:30 - 10:00 - Garantindo uma Oncologia Digna e Sustentável: O que? Para quem? Coordenação: Rafael Kaliks Patricia Prolla Oncogeneticista Dirceu Barbano Interfarma Sandro José Martins Coordenador-Geral de Atenção Especializada – DAET/SAS/MS Raquel Medeiros Lisboa Gerência Geral de Regulação Assistencial Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos Diretorias - Agência Nacional de Saúde Suplementar Luciana Holtz Presidente do Instituto Oncoguia

Transcript of 7º Fórum Oncoguia - 28/06/2017 - Rafael Kaliks

8:30 - 10:00 - Garantindo uma Oncologia Digna e Sustentável: O que? Para quem?

Coordenação: Rafael Kaliks

Patricia Prolla

Oncogeneticista

Dirceu Barbano

Interfarma

Sandro José Martins

Coordenador-Geral de Atenção Especializada – DAET/SAS/MS

Raquel Medeiros Lisboa

Gerência Geral de Regulação Assistencial

Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos Diretorias - Agência Nacional de Saúde Suplementar

Luciana Holtz

Presidente do Instituto Oncoguia

Como evitar que alguém morra de câncer?

Prevenção Primária e Secundária

Prevenção Primária e Secundária: O que? Para quem?

• Educação infantil e adulta: manutenção de saúde

• Educação Médica Continuada• Perguntas básicas sobre risco familiar

• Avisos individualizados• Prevenção de obesidade e sedentarismo• Prevenção de Tabagismo• Mamografia, Papanicolau, Colonoscopia

• Vacinação HPV

O que? Para quem?

Vacinação para HPV

www.sboc.org.br

Como evitar que alguém morra de câncer?Diagnóstico rápido e correto

O que? Para quem?: Temos que POUPAR pacientes de tratamentos desnecessários ou ineficazes

Sem deixar o custo dos testes seguir o custo das drogas

Como prover “Diagnóstico rápido e correto”?Todo CACON/UNACON têm de ter PATOLOGIA de qualidade, financiamento apropriado

TelepatologiaTeste Genético

Usar as regras da ANS, laboratórios centrais

É necessária certificação de qualidade e acompanhamento

Testes moleculares

•Germinativos: novo ROLuso da informaçãotestes e cirurgias red. Risco

• Somáticos: “cria” doenças rarasuso off-labelindústria de testes

O que? Para quem? Saúde Suplementar

O que? Para quem?

Cirurgia oncológica:• Totalmente dependente do cirurgião, UTI, suporte

• Dificilmente reprodutível

• “cirurgia excessiva” a melhor opção? • Mastectomia ao invés de setorectomia quando não é

certo que haja radioterapia• Amputação de reto quando não houver seguimento

adequado após radio-quimioterapia

O que? Para quem?

Radioterapia:• Totalmente dependente de aceleradores lineares• 60% dos casos têm indicação• 40% não terão acesso (144.000 PACIENTES)• Hipofracionamento (tratamento mais curto) em casos

selecionados• Questões de remuneração na Saúde Suplementar • Recomendação formal no SUS

O que? Para quem?

Tratamento: quais as maiores deficiências

Não tenho “o meu médico” = ensinar responsabilização pessoal pelo paciente

Abordagem multiprofissional: assistente social, psicólogo, enfermeira “fixa”, nutricionista, médicos fixos

Segurança de estar recebendo o “melhor tratamento”: evitar a judicialização a (quase) todo custo

Possibilidade de comunicação e suporte a qualquer momento aumenta o tempo de vida

Tratamento sistêmico: quem decide o “padrão”?

TUDO ISTO tem de ser completamente claro e transparente

• Sociedade Médica de Especialidade (SBOC, SBRT) sugere padrão, com auxilio de especialistas em ATS

• CONITEC pre-estabelece critérios

• CONITEC + Fabricante + Pacientes + Consultores em ATS

• SAS assimila diretriz da SBOC com ressalva para o que não pode ser pago no SUS

CONITEC: se não mudar, ela deixa de existir

•Composição questionável

•Necessidade de critérios preexistentes

• Se envolver no processo ANTES da submissão

•Reconhecer ATS por critérios diferentes para doenças órfãs

•Não chegar a conclusões diferentes do resto do mundo

•Avaliação automática após registro da ANVISA

• Transparência TOTAL nas decisões

O que? Para quem? Saúde Suplementar

•ANVISA >> registro >> CMED• EV: autorização imediata•VO: avaliação para o ROL (2 anos)

•Distorções absurdas:•Crizotinibe levou anos para incorporação>> há melhores• Erlotinib e Bevacizumab aprovado com base em fase II (SLP)

• Pressão das operadoras• Discussão ABSURDA sobre

eficácia e segurança• Impacto estimado irreal• Apego a prazos e não ao

paciente

Maria Inês Gadelha: um alerta MUITO pertinente

•Cuidado para não “criarmos doenças órfãs” pela falta de interesse econômico em seus tratamentos!

•Necessidade de um PACTO entre fabricantes, governo e sociedade

Precificação das drogas: o problema mais difícil

Educação em Políticas PúblicasSistema de Saúde

Valorização de quem dedica tempo para bem comum

Ampliar a discussão para além das opiniões

Grupos de pacientes com expectativas realistas

Aumentar a chance de um SUS-Oncologia perene

O que? Para quem?

• Pesquisa clínica da indústria: ensina uma sistemática, organiza o centro, desonera o SUS, oferece novos tratamentos, empregos

• Pesquisa clínica idealizada no Brasil: avanço científico real

• Educar a população sobre as vantagens

Conclusões•O paciente é um só•Não podem existir múltiplas diretrizes (SBOC, AMB, SAS, ...)•Não se deve perder tempo e energia com múltiplas

avaliações do mesmo dado!•Radioterapia é uma EMERGENCIA•Patologia, testes moleculares são uma URGÊNCIA•ANS protege sustentabilidade da SS e CONITEC a do SUS

MANTENDO O PACIENTE NO CENTRO•Pesquisa em larga escala é uma solução ganha-ganha•Não existe DAR TUDO A TODOS