7ºano.pdfslideshare

14

description

 

Transcript of 7ºano.pdfslideshare

Page 1: 7ºano.pdfslideshare
Page 2: 7ºano.pdfslideshare

7º ano ARTE BRASILEIRAARTE BRASILEIRAARTE BRASILEIRAARTE BRASILEIRA

Page 3: 7ºano.pdfslideshare

PRÉ-HISTÓRIA

(texto de Percival Tirapeli)

Homens e mulheres dançando, caçando tocando maracás;ornamentações para danças e r ituais; figuras de emas, veados,tatus,peixes; riquezas impar de cenas,freqüentemente contendo narrat ivas,pintadas ou gravadas em paredes de abrigos de rochas. Imensas rochas alteando-se por entre estreitos desf iladeiros e amplas baixadas. Ao lado das escavações arqueológicas, que trazem constantemente novas informações, são testemunhos da mais ancestral cultura até hoje conhecida nas Américas.

Tudo começou em 1963, quando o então prefeito de São Raimundo Nonato, em visita ao Museu Paulista da Universidade de São Paulo, procurou a direção do órgão e mostrou fotos de pinturas em paredes rochosas que a população de sua cidade acreditava ter sido feita pelos índios.A pesquisadora NIÈDE GUIDON,NIÈDE GUIDON,NIÈDE GUIDON,NIÈDE GUIDON,que ali trabalhava, logo percebeu a originalidade das pinturas e compreendeu tratar-se de obras rupestres de um gênero até então desconhecido no Brasil. Porém, foi somente em 1970, que Guidon liderou a primeira missão ao local.

O isolamento e a população escassa nesse longo período f izeram com que se mantivessem preservadas cerca de 33.000 pinturas rupestres em mais de 360 sít ios arqueológicos, de um total de cerca de 500, na área que, desde 1979, é o PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA.PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA.PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA.PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA.

Nele, se encontra o sít io arqueológico mais antigo das Américas, A TOCA DO TOCA DO TOCA DO TOCA DO BOQUEIBOQUEIBOQUEIBOQUEIRÃO DA PEDRA FURADARÃO DA PEDRA FURADARÃO DA PEDRA FURADARÃO DA PEDRA FURADA,o maior museu ao ar livre da pré-história, que possui desenhado em suas paredes mais de 1000 graf ismos mostrando diferentes f iguras humanas, animais e cenas diversas. Há quase 48.000 anos, o homem pré-histórico fazia fogueiras e lascava pedras nesse sít io, descoberta que revolucionou a comunidade científ ica, pois põe em questão a ant iga teoria de o homem ter vindo para as Américas pelo estreito de Bering.

O PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA, criado com o objet ivo de pesquisar e preservar a área de caatinga e os sít ios arqueológicos é criteriosamente administrado pela FUNDAÇÃO MUSEU DO HOMEM AMERICANO(FUMDHAM)FUNDAÇÃO MUSEU DO HOMEM AMERICANO(FUMDHAM)FUNDAÇÃO MUSEU DO HOMEM AMERICANO(FUMDHAM)FUNDAÇÃO MUSEU DO HOMEM AMERICANO(FUMDHAM).

Os sít ios e as representações correm perigo.Hoje passa por diversas crises, devido a falta de verba para manutenção.Niède Guidon, continua lá em sua incansável luta para preservar esse patrimônio brasileiro e universal.

Page 4: 7ºano.pdfslideshare

O CONCEITO DE ARTE E OS ÍNDIOS

Arte é uma categoria criada pelo homem ocidental. E, mesmo no Ocidente, o que deve ou não deve ser considerado arte está longe de ser um consenso. O que não dizer da aplicação desse termo em manifestações plásticas de povos que nem ao menos possuem palavra correspondente em suas respectivas línguas?

ARTE INDÍGENASARTE INDÍGENASARTE INDÍGENASARTE INDÍGENAS As formas de manipular pigmentos, plumas, fibras vegetais, argila, madeira, pedra e outros materiais conferem singularidade à produção indígena, diferenciando-a da arte ocidental, assim como da produção africana ou asiática. Entretanto, não se trata de uma “arte indígena”, e sim de “artes indígenas”, já que cada povo possui particularidades na sua maneira de se expressar e de conferir sentido às suas produções.

Desde o século XVI, época em que os portugueses chegaram ao Brasil, depararam-se com várias tribos indígenas. Essas tribos eram as sucessoras dos grupos humanos responsáveis pelas pinturas rupestres e outras manifestações da chamada arte pré-histórica brasileira.

A principal manifestação pictórica dos grupos indígenas consiste na ornamentação corporal.

Adornam com pinturas as diferentes partes do corpo não por simples divertimento, como por tanto tempo se pensou.Isto era feito para que cada membro da coletividade pudesse ser imediatamente identificado.

As cores empregadas reduzem-se a umas poucas tonalidades: vermelho, à base de urucum, negro, obtido do sumo do jenipapo, e branco, de tabatinga, são as mais utilizadas. O sumo do jenipapo, por entranhar-se, na pele empresta-lhe uma tonalidade negra que não empalidece senão ao cabo de semanas.

Confeccionados para uso cotidiano ou ritual, a produção de elementos decorativos não é indiscriminada, podendo haver restrições de acordo com categorias de sexo, idade e posição social. Exige ainda conhecimentos específicos acerca dos materiais empregados, das ocasiões adequadas para a produção etc.Os indígenas também produziam e produzem : a tapeçaria, cestaria, enfeites e adornos, a cerâmica, instrumentos musicais e armamentos.

Saiba mais sobre o assunto no artigo de Lúcia Hussak Van Velthen, "Em outros tempos e nos tempos atuais: arte indígena", no catálogo Artes Indígenas - Mostra do Redescobrimento. São Paulo, Fundação Bienal de SP, 2000. E no livro Grafismo Indígena: Estudos de Antropologia Estética, organizado por Lux Vidal. Sâo Paulo, EDUSP/Nobel, 2001.

Page 5: 7ºano.pdfslideshare

ARTE COLONIALARTE COLONIALARTE COLONIALARTE COLONIAL

No Brasil Colonial a arte em geral, girava em torno da igreja católica e das cerimônias religiosas. É bem conhecida a presença de religiosos europeus como: os jesuítas, os beneditinos e os franciscanos, que vieram ao Brasil para catequizar seus habitantes, os índios. Alguns deles tinham experiência em pintura, escultura e arquitetura, adquirida no velho continente. Foram eles os primeiros a realizar obras artísticas no país e a recrutar artesãos e artífices para a decoração de suas construções. No século XVII, o conde de Nassau foi o responsável por grandes projetos de urbanização na cidade de Recife entre 1637 e 1644.Nassau trouxe em sua expedição artistas que iriam registrar paisagens e costumes da colônia. Dentre os artistas destaca-se Franz Post, desse período, sabe-se da existência de 18 telas, 11 delas desaparecidas. Surgia a partir daí as primeiras pinturas fora do domínio religioso. Em 1808 com a transferência para o Brasil da Família Real e da Corte Portuguesa, teríamos uma enorme mudança nos rumos da arte brasileira. Em 1816 chega ao Brasil a Missão Francesa. Sua finalidade era atualizar o aprendizado e a prática das artes e dos ofícios na América Portuguesa pela criação de um estabelecimento oficial de ensino semelhante ao que já existia na Europa. Os integrantes da Missão Artística Francesa, introduziram os postulados do Neoclassicismo que iriam influenciar profundamente a pintura brasileira até a Semana de Arte Moderna. Da missão francesa destaca-se artista como: Debret. Debret, instala a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro em 1826 e três anos depois eram abertas as primeiras exposições oficiais de arte brasileira. Com os concursos anuais da academia imperial ou das exposições gerais de belas artes, alguns artistas brasileiros ganhariam como prêmio viagens para aperfeiçoar-se na Europa, principalmente Paris. Em contrapartida, como as viagens eram patrocinadas pelo governo, implicavam na estrita obediência e uma série de rígidos procedimentos aos artistas, o que fez perpetuar o academicismo na pintura. Além do neoclássico, recebemos influência do romantismo, realismo e impressionismo. Deste período destacamos: Victor Meirelles, Pedro Américo, Pedro Alexandrino, Rodolfo Bernadelli ( escultor que foi diretor da Escola Nacional de Belas Artes por 15 anos) e Almeida Júnior. Almeida Júnior foi um dos primeiros pintores a libertar-se das influências acadêmicas e realizou quadros com tipos e cenas brasileiras. Dois artistas destacam-se como os maiores representantes do Barroco Brasileiro: Manuel Ataíde, pintor e Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho) escultor. ESTEVÃO ROBERTO DA SILVA(Rio de Janeiro, RJ 1844 - idem, 1894).Negro, possivelmente filho de

escravos, Estevão Silva matriculou-se em 1864 na Academia Imperial de Belas Artes, onde foi discípulo

de Victor Meirelles, Agostinho José da Mota e Jules le Chevrel. Praticante de diversos gêneros de

pintura, é hoje talvez mais lembrado por sua produção de naturezas-mortas. Sabe-se ainda que Estevão

Silva trabalhou como professor do Liceu de Artes e Ofícios e que, em 1890 recebeu o Prêmio Aquisição

na Exposição Geral de Belas Artes. A mais antiga referência a Estevão remonta a 1879 a um seu ato de

altiva rebeldia, perante o próprio Imperador Pedro II, na sessão solene de entrega de prêmio àqueles que

se distinguiram na Exposição Geral da Academia, o pintor levantou-se para protestar contra a premiação

que lhe coubera, dizendo-lhe: Recuso!

Page 6: 7ºano.pdfslideshare

BARROCO BRASILEIROBARROCO BRASILEIROBARROCO BRASILEIROBARROCO BRASILEIRO

O BARROCO CHEGA À AMÉRICA LATINA, ESPECIALMENTE AO BRASIL, COM OS MISSIONÁRIOS JESUÍTAS, QUE TRAZEM O NOVO ESTILO COMO INSTRUMENTO DE DOUTRINAÇÃO CRISTÃ.

AS PRIMEIRAS OBRAS ARQUITETÔNICAS SURGEM DA EXPORTAÇÃO CULTURAL, USANDO MODELOS ARQUITETÔNICOS E DE PEÇAS CONSTRUTIVAS E DECORATIVAS TRAZIDAS DE PORTUGAL.

ENQUANTO A EUROPA COMEÇAVA A DESENVOLVER O NEOCLASSICISMO, NO SÉCULO XVIII A ARTE COLONIAL MINEIRA NÃO ABSORVIA AS MUDANÇAS E MANTINHA UM BARROCO TARDIO E, POR ISSO O BARROCO BRASILEIRO ACABOU CRIANDO CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS GRAÇAS A ESCASSEZ DE ALGUNS PRODUTOS CARACTERÍSTICOS DO BARROCO EUROPEU.

MUITOS ARTISTAS TRABALHARAM COM AS CONDIÇÕES MATERIAIS DA REGIÃO, ADAPTANDO A ARTE AO MODO DE VIDA. ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA, O ALEIJADINHO, E MANUEL DA COSTA ATAÍDE SIMBOLIZAM CLARAMENTE ESTA ARTE ADAPTADA AO AMBIENTE DE UM PAÍS TROPICAL, LIGANDO SUA ARTE AOS RECURSOS E VALORES REGIONAIS. AO TRABALHAR NA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, ALEIJADINHO SUBSTITUI O MÁRMORE EUROPEU PELA PEDRA-SABÃO, ATAÍDE SE BASEIA NO "AZULEJO PORTUGUÊS" PARA CRIAR SUAS PINTURAS. ABSORVENDO ESTES ASPECTOS, O BARROCO DESENVOLVIDO EM MINAS GERAIS GANHA EXPRESSÃO PARTICULAR NO CONTEXTO BRASILEIRO, FIRMANDO-SE COMO UM BARROCO PECULIAR, CHAMADO DE BARROCO MINEIRO.

UM EXEMPLO CÁSSICO, QUE PODE SER USADO NO ESTUDO DO BARROCO MINEIRO, SÃO AS IGREJAS MINEIRAS CONSTRUIDAS NESTE PERÍODO QUE VAI DE 1710 A 1760.

ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA,ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA,ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA,ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA, FILHO DO MESTRE-DE-OBRAS PORTUGUÊS, MANUEL FRANCISCO DA COSTA LISBOA, COM UMA ESCRAVA AFRICANA, IZABEL, É COM CERTEZA O PRINCIPAL NOME DO BARROCO MINEIRO, ALEIJADINHO, COMO FICOU CONHECIDO GRAÇAS A UMA DOENÇA DEGENERATIVA (NÃO SE SABE AO CERTO SE PORFIRIA, LEPRA, ESCORBUTO, REUMATISMO DEFORMANTE OU SÍFILIS), PRODUZIU AS PRINCIPAIS OBRAS DO BARROCO BRASILEIRO EM PEDRA SABÃO, PARA SUBSTITUIR O MÁRMORE EUROPEU.

PRATICAMENTE TODOS OS DADOS SOBRE SUA VIDA SÃO DERIVADOS DE UMA BIOGRAFIA ESCRITA EM 1858 PELO JURISTA RODRIGO JOSÉ FERREIRA BRETAS, 44 ANOS APÓS A MORTE DO ALEIJADINHO, BASEANDO-SE EM DOCUMENTOS E DEPOIMENTOS DE PESSOAS QUE CONHECERAM O ARTISTA.O MAIS IMPORTANTE DOS DOCUMENTOS EM QUE SE BASEOU BRETAS FOI UMA MEMÓRIA ESCRITA EM 1790 POR UM VEREADOR DA CIDADE DE MARIANA. NESTE DOCUMENTO, CUJO ORIGINAL SE PERDEU, É FEITO UM AMPLO RELATÓRIO ACERCA DO ESTADO DAS ARTES NAS MINAS GERAIS, INCLUINDO ALGUNS DADOS SOBRE O ALEIJADINHO RELACIONADOS A SUA FORMAÇÃO ARTÍSTICA E SUA PARTICIPAÇÃO EM ALGUMAS OBRAS.

SUASUASUASUA OBRASOBRASOBRASOBRAS----PRIMAS SÃO COM CERTEZA OS DOZE PROFETASPRIMAS SÃO COM CERTEZA OS DOZE PROFETASPRIMAS SÃO COM CERTEZA OS DOZE PROFETASPRIMAS SÃO COM CERTEZA OS DOZE PROFETAS: : : : ISAÍAS, JEREMIAS, BARUC, EZEQUIEL, DANIEL, OSÉIAS, ABDIAS, AMÓS, JONAS, HABACUC, NAUM, NO ADRO DO SANTUÁRIO DO SENHOR BOM JESUS DE MATOSINHOS, EM CONGONHAS DO CAMPO.

Page 7: 7ºano.pdfslideshare

SEMANA DE 22 ARTE MODERNASEMANA DE 22 ARTE MODERNASEMANA DE 22 ARTE MODERNASEMANA DE 22 ARTE MODERNA O século XX inicia-se no Brasil com muitos fatos que vão moldando a nova fisionomia do país. São eles: Progresso técnico, a imensa massa de imigrantes e o movimento anarquista.

Estes novos tempos vivem a espera de uma arte que o exprima.Os precursores destes novos tempos são: Lasar Segall e Anita Malfatti, que antes dos anos 20, colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros através de suas exposições.Lasar em 1913 e Anita em 1917. São pinturas que refletem as idéias inovadoras das artes plásticas da europa.

Em 1920, Oswald de Andrade diz que no ano do centenário da independência os intelectuais deveriam fazer ver que a independência não é somente política, é acima de tudo, independência moral e mental.

A Semana de Arte Moderna foi realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no teatro municipal de São Paulo. O evento representou uma renovação de linguagem, busca de experimentação, liberdade criadora e ruptura com o passado.Contou com a participação de: escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos, que através de seus trabalhos apresentava as novas idéias artísticas.

A Semana foi o ápice ruidoso e espetacular de uma não menos ruidosa e provocativa tomada de posição de jovens intelectuais contras as práticas artísticas dominantes no país.

Assim, a Semana de Arte Moderna, inaugura um movimento renovador artístico e cultural, afinada com as tendências vanguardistas da Europa mas sem perder o caráter nacional.

Page 8: 7ºano.pdfslideshare

DÉCADA DE 30 O Rio de Janeiro, capital federal e principal centro cultural do país, continuava

artisticamente atrelado à ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES e à exposição

que anualmente organizava.

Muitos jovens artistas, contudo, já não aceitavam passivamente a hegemonia

(liderança) estética da Escola, e por isso alguns deles decidiram organizar-se em

grupo com a finalidade de se subtraírem aos ensinamentos dos velhos mestres

acadêmicos.Surge no Rio de Janeiro em junho de 1931 o Núcleo Bernadelli. O

nome dado é uma homenagem clara aos dois professores da Escola de Belas

Artes Rodolfo e Henrique Bernadelli, que na mocidade lutaram contra do ensino

acadêmico e a estagnação da arte em seu tempo.

O Núcleo Bernadelli, nos remete a década de 30 e início da década de 40.Seu

objetivo era facilitar, incentivar e renovar o estudo da pintura.Um lugar para

convivência, troca de idéias e aprendizado. Desenho com modelos vivos, pintura

ao ar livre, nus, naturezas mortas, retratos e auto-retratos, são realizados no

núcleo que funciona como ateliê. O núcleo também promoveu exposições das

obras.

Os nomes de Pancetti e Milton Dacosta, destacam-se posteriormente em

função das marcas inovadoras e pessoais dos seus trabalhos.O grupo Santa

Helena, surge em São Paulo, também entre a década de 30 e 40. Da união

espontânea de alguns artistas que utilizavam salas do palacete Santa Helena

como ateliê. O ambiente de trabalho é de troca mútua, dividindo-se os

conhecimentos técnicos em pintura , as sessões de modelo vivo e as excursões

de fim de semana aos subúrbios para execução da pintura ao ar livre. Entre os

artistas destacam-se Aldo Bonadei e Alfredo Volpi.

Em geral, o que caracteriza os artistas tanto de Núcleo Bernadelli como o Grupo

Santa Helena é a origem humilde , em sua maioria proletários (ganham a vida

como artesãos ou pintores decoradores) e a formação destes artistas, a maioria

provenientes dos Liceus de Artes e Ofícios.

Page 9: 7ºano.pdfslideshare
Page 10: 7ºano.pdfslideshare
Page 11: 7ºano.pdfslideshare

BIENAL DE SÃO PAULO

Ao contrário do Rio de Janeiro, em São Paulo a produção artística esteve historicamente ligada à iniciativa privada e de uma

forma bastante peculiar, já que não havia grandes investimentos com bases empresariais. Homens ricos da elite tradicional

limitavam-se a fazer pequenas doações de partes de heranças, acudiam aos artistas com aquisições de peças ou quadros,

intermediavam relações e contatos com políticos.Nos anos 40, um grupo remanescente do movimento pioneiro da Semana de

Arte Moderna, ampliado por representantes da elite paulista, por novos artistas e intelectuais recrutados na recém-criada

Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, procurava fundar associações e clubes com o intuito de divulgar a arte

moderna brasileira e internacional. No entanto, com a guerra mundial em curso, tornava-se difícil um contato mais estreito com

a Europa, que fora a principal fonte de inspiração e de formação dos artistas modernos e da elite paulista durante os primeiros

20 anos do século passado

O Museu de Arte Moderna (MAM), criado em 1948 pelo industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, contou desde o início com a participação de representantes de todas as áreas das artes e da cultura, que traçaram o perfil e a política de aquisição e de formação do seu acervo. Ciccillo Matarazzo financiou de seu próprio bolso a compra das obras para a coleção do Museu e fomentou seu posterior crescimento com o "Prêmio Aquisição" promovido pelas futuras bienais. Em 8 de março de 1949, o Museu de Arte Moderna de São Paulo foi inaugurado com a célebre exposição Do Figurativismo ao Abstracionismo, que reuniu 51 artistas, entre os quais três brasileiros: Cícero Dias, Waldemar Cordeiro e Samson Flexor. Logo após a inauguração do MAM, Ciccillo Matarazzo propôs a realização de uma grande mostra internacional inspirada na Bienal de Veneza, enfrentando a resistência de alguns membros da Diretoria que achavam prematura uma aventura de tais proporções. Assim mesmo, Ciccillo definiu o ano de 1951 para a realização do evento e o montante de recursos destinado à premiação. A maior dificuldade para realização da mostra foi convencer os artistas dos países estrangeiros - principalmente os europeus - a participar da aventura de mandar obras de arte para um país que não tinha presença política nem cultural no cenário mundial. Solicitou, então, a Yolanda Penteado, sua esposa, que fosse pessoalmente à Europa fazer os convites a artistas e representações estrangeiras para participarem do evento. Como embaixatriz da primeira Bienal, Yolanda superou todos os desafios com competência e absoluto sucesso. Como local para abrigar a I Bienal, a equipe do MAM obteve da Prefeitura de São Paulo a cessão do espaço hoje ocupado pelo MASP - a esplanada do Trianon -, onde havia um antigo salão de baile. A I Bienal foi inaugurada em 20 de outubro de 1951. O Pavilhão adaptado recebeu 1.854 obras representando 23 países. O êxito da I Bienal, apesar de toda improvisação, mostrou a capacidade de realização de Ciccillo e da equipe do MAM. Ainda sob o impacto do sucesso, já se programava a II Bienal, que viria a acontecer no final de 1953, abrindo as comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo, sob o comando de Ciccillo Matarazzo como presidente da Comissão organizadora dos festejos. Considerada uma das mais importantes Bienais, esta 2ª edição reuniu obras dos mais importantes artistas modernos e, como destaque maior, 51 telas de todas as fases Picasso, entre as quais Guernica, que, por vontade do pintor, tinha o MoMA como depositário enquanto a Espanha estivesse sob a ditadura franquista. Até então, a grande tela nunca havia deixado Nova York. Em novembro de 1953, a II Bienal começou a ser montada ocupando o Pavilhão das Nações, onde ficaram expostas as representações dos países da Europa e do Oriente, e o Pavilhão dos Estados que recebeu as representações das Américas, do Brasil e a Mostra Internacional de Arquitetura. Eram, no conjunto, 24.000 m2 de exposição. Em 12 de dezembro a mostra foi inaugurada com a representação de 33 países e 3.374 obras. Em 1957, A IV Bienal de São Paulo passou a ocupar definitivamente sua atual sede no Parque Ibirapuera, o Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Com o êxito da II Bienal, iniciava-se um período da história do Brasil em que se institucionalizavam, cada vez mais, os eventos culturais que estavam imbricados com a modernização do Estado brasileiro. Ciccillo Matarazzo resolveu, então, que era o momento de separar o MAM da Bienal, dando independência financeira e decisória a esta última. Em 8 de maio de 1962, já estava criada a Fundação Bienal de São Paulo, uma instituição privada sem fins lucrativos. Em janeiro de 1963, o MAM é extinto e seu patrimônio transferido para a Universidade de São Paulo. Com mais de 70 anos de idade, Ciccillo começava a preparar sua sucessão. Em 1975, depois da realização da XIII Bienal, afasta-se definitivamente da diretoria da Fundação Bienal e, dois anos depois, em 16 de abril de 1977, falece deixando a Bienal como sua mais importante realização. A partir da década de 90 além das Artes Visuais, as bienais foram tomadas por diversos espetáculos: Dança, Música e Teatro o que faz das bienais eventos culturais mais amplo. Vários artistas brasileiros foram e são premiados e consagrados desde a primeira edição deste importante evento.

Page 12: 7ºano.pdfslideshare

CONCRETISMO E NEOCONCRETISMOCONCRETISMO E NEOCONCRETISMOCONCRETISMO E NEOCONCRETISMOCONCRETISMO E NEOCONCRETISMO

A primeira Bienal de artes de São Paulo em 1951 veio ampliar o interesse pela arte abstrata no Brasil. Nesta Bienal, Max Bill sagra-se o ganhador de grande prêmio de escultura com sua obra “unidade tripartida”. A partir daí, no Rio de Janeiro e em São Paulo, os artistas jovens entregaram-se de maneira mais decidida às experiências no campo da arte concreta.

Os jovens artistas do Grupo Ruptura de São Paulo e Frente do rio de Janeiro foram os que enfrentaram a hostilidade do meio artístico, ao experimentarem a arte concreta e neoconcreta. O Grupo Ruptura com características mais radicais foram os introdutores e defensores da arte concreta, liderado por Waldemar Cordeiro. Os artistas deste grupo acreditavam numa dinâmica visual, com efeito de construção seriada, a idéia rítmica linear do movimento, um fundo plano onde a forma se desenvolve na abstração, enfim, uma obra de arte como produto.

Foi o Grupo Frente os pioneiros da arte neoconcreta, embora constituído em sua maioria de artistas de tendência concreta, não obedecia a nenhum código rígido, essa característica adogmática que os diferenciava do grupo ruptura de São Paulo. Os neoconcretistas acreditavam na arte como uma atividade autônoma, vital e de elevada missão social. Tendo em vista a necessidade de educar os homens para conhecer suas emoções plenas, a linguagem geométrica apresentava-se como um campo aberto para alcançar estas experiências e indagações.

Page 13: 7ºano.pdfslideshare

DÉCADA DE 80

(fragmentos do texto de Marcus de Lontra Costa)

“Brasil. Início dos anos 80. O país despertava da noite do arbítrio e do silêncio. Anos antes, John Lennon declarara: ( O sonho Acabou). Agora, eram outros tempos, outras histórias, e os jovens brasileiros descobriam a força da mobilização popular e a participação política. Todos sonhavam com a festa de um país que se preparava para o baile da democracia.

...O novo país que estava surgindo estava ávido de imagens, e o corpo em todas as suas acepções foi o tema de ação dessa jovem geração de artistas que surgia da bruma, com muito barulho e estardalhaço, cada qual ocupando o seu espaço, fazendo o seu próprio ruído. A mostra COMO VAI VOCÊ, GERAÇÃO 80? , realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage do Rio de Janeiro foi o momento emblemático ..., 123 jovens artistas determinaram sua inserção direta no processo cultural brasileiro, numa ação coletiva, qualitativa e quantitativa nunca antes vista na história da arte brasileira. Ao restabelecer compromissos com a tradição figurativa e com a valorização das práticas artesanais no processo artístico, a Geração 80 ousou questionar uma visão restritiva até então legitimadora e fez da arte o retrato fiel que sonhamos para o mundo e para o Brasil: uma terra onde a diversidade das culturas se encontre e um local onde as diferenças sejam admiradas e compreendidas como beleza intrínseca dos seres, permitindo a sempre desejada integração da arte e da vida.

... O fato é que a ação corajosa desses artistas permitiu que a arte brasileira expandisse suas ações, rompendo fronteiras e obtendo o merecido aplauso e reconhecimento internacional.” ...

Page 14: 7ºano.pdfslideshare

BIBLIOGRAFIA ENCICLOPÉDIAS O MUNDO DA ARTE – Enciclopédia das Artes Plásticas em todos os tempos – ARTE MODERNA – Ed. Expressão e Cultura ,1966 HISTÓRIA UNIVERSAL DA ARTE –G. Pischel- livros 2 e 3 – Ed. Melhoramentos,1979 HISTÓRIA GERAL DA ARTE – ESCULTURA II e III – Ed. Ediciones Del Prado, 1996 GENIOS DA PINTURA CD-ROOM

500 ANOS DA PINTURA BRASILEIRA

OUTROS:

CATÁLOGOS DE EXPOSIÇÕES

CATALAGOS DE LEILÕES EVANDRO CARNEIRO

TEXTOS DIVERSOS

TEXTO DE ROSA ARTIGAS EXTRAÍDO DO LIVRO BIENAL 50 ANOS, SÃO PAULO, FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO, 2001

LIVROS:

FISCHER,Ernst.A Necessidade da Arte.GUANABARA/KOOGAN 9ªed.2002

HARRISON,C.,FRASCINA,F. e PERRY G. Primitivismo,Cubismo,Abstração, tradução de Otacílio Nunes.COSAC

&NAIFY,1998

JAMESON,Fredric.Pós-Modernismo,ÁTICA,

LEITE, José Roberto Teixeira Leite. 500 anos da Pintura Brasileira,Uma Enciclopédia Interativa.Raul Luiz

Mendes Silva e Log On Informática Ltda,2000

SANTOS, Jair Ferreira dos.O que é Pós - Moderno.BRASILIENSE,1986

VALLS,Álvaro.L.M. Estudos de Estética e Filosofia da Arte – Numa perspectiva Adorniana.EDITORA DA

UNIVERSIDADE/UFRGS,2002

GULLAR, Ferreira. Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. 3 edição, Rio de

Janeiro, Revan: 1999.

SITES:

www.itaucultural.org.br

www.pitoresco.com

www.historiadaarte.com.br

www.dezenovevinte.com.br

www.wikipedia.org