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O “Jogo da Amizade” entre Brasil e Colômbia, realizado na noite de ontem no estádio Nilton Santos, o Engenhão, conseguiu ser abraçado por emissoras e empresas anunciantes, o que garan- tiu uma maior verba a ser doada aos familiares das vítimas do acidente com o time da Chapecoense. O problema foi o público presente, que esteve lon- ge de lotar a arena do Rio de Janeiro. Foram um pouco mais de 18 mil pa- gantes no Engenhão, o que gerou uma renda de R$ 1,2 milhão, valor a ser do- ado aos familiares das vítimas. Os nú- meros, no entanto, foram aquém do almejado pela CBF com a partida. A expectativa era de estádio cheio, com mais de 40 mil pessoas, e uma arreca- dação próxima dos R$ 4 milhões. Mesmo com o apelo de um jogo sob Jogo da Amizade triunfa nas TVs, mas falha em público POR DUDA LOPES BOLETIM NÚMERO DO DIA QUINTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2017 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR Várias emissoras exibiram a partida e ajudaram a levantar dinheiro para os familiares das vítimas do acidente com a Chapecoense. No Engenhão, por outro lado, menos de 20 mil pessoas estiveram presentes, o que rendeu bem menos o que a CBF esperava com o jogo. 1 851mil Reais faturou o Corinthians em bilheteria com a final da Copa São Paulo; foram 34 mil pagantes no Estádio do Pacaembu. 684

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O “Jogo da Amizade” entre Brasil e Colômbia, realizado na noite de ontem no estádio Nilton Santos, o Engenhão, conseguiu ser abraçado por emissoras e empresas anunciantes, o que garan-tiu uma maior verba a ser doada aos familiares das vítimas do acidente com o time da Chapecoense. O problema foi o público presente, que esteve lon-ge de lotar a arena do Rio de Janeiro.

Foram um pouco mais de 18 mil pa-gantes no Engenhão, o que gerou uma renda de R$ 1,2 milhão, valor a ser do-ado aos familiares das vítimas. Os nú-meros, no entanto, foram aquém do almejado pela CBF com a partida. A expectativa era de estádio cheio, com mais de 40 mil pessoas, e uma arreca-dação próxima dos R$ 4 milhões.

Mesmo com o apelo de um jogo sob

Jogo da Amizade triunfa nas TVs, mas falha em público

POR DUDA LOPES

B O L E T I M

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RO

DO

DIA

QUINTA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2017

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Várias emissoras exibiram a partida e ajudaram a levantar

dinheiro para os familiares das

vítimas do acidente com a Chapecoense. No Engenhão, por outro lado, menos de 20 mil pessoas

estiveram presentes, o que rendeu bem

menos o que a CBF esperava com o jogo.

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851milReais faturou o Corinthians em

bilheteria com a final da Copa São Paulo; foram

34 mil pagantes no Estádio do Pacaembu.

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K R E M L I M T E R Á S O R T E I O D A C O PA

O Palácio do Kremlin será a sede do sorteio da Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia. A informação foi revelada pelo ex-ministro do Esporte russo Vitaly Mutko à agência de notícias Tass.

O político, que também é presidente da federação russa de futebol, afirmou que o evento será em 1º de dezembro. Para isso acontecer, porém, a Fifa ainda precisa aprovar o local, sede do governo russo.

M A D R I D R E T I R A C R U Z D O E S C U D O

O Real Madrid chegou a um acordo regional no Oriente Médio e irá tirar a cruz cristã do escudo para agradar seus parceiros comerciais locais. O Marka adquiriu o direito de “fabricar, distribuir e vender produtos do Real Madrid” em diversos países da região, eles os Emiradoes Árabes, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Bahrein e Omã.

Essa é a segunda vez que o clube retira a cruz para agradar árabes.

E C C L E S T O N E D E I X A F 1

A Liberty Media, dona da Fórmula 1 desde setembro, decidiu demitir Bernie Ecclestone, 86, da direção da principal categoria do automobilismo.

“Fui demitido. É oficial. Já não vou dirigir mais a empresa. Meu posto será assumido por Chase Carey”, afirmou Ecclestone, em entrevista à revista Auto Motor und Sport. Carey é vice-presidente da 21st Century Fox.

o tema da solidariedade a um acidente que comoveu o país no fim do último ano, alguns fatores atrapalharam o plano de ter um estádio cheio. Ausência do estádio do Maracanã, uma seleção ‘caseira’, sem jogadores que atuam fora do país, e o ingresso re-lativamente caro, entre R$ 70 e R$ 150, afastaram os torcedores.

Nem por isso o objetivo de levantar dinheiro com a partida foi malsucedido. A Globo, por exemplo, fez questão de anun-ciar quais empresas parceiras usaram o jogo para fazer doação à Chapecoense. Marcas como Ipiranga, Ricardo Eletro, Sky e Tra-montina foram citadas no intervalo e no fim da transmissão da partida ganha pelo Brasil. No total, as companhias somaram R$ 3,8 milhões, mais de três vezes a renda obtida com o público.

As parceiras da Globo não foram as únicas que resolveram doar. O Sportv, por exemplo, já havia anunciado que Ambev, Itaú, Ipiranga e McDonald’s iriam transferir à Chapecoense a ver-ba que seria destinada à publicidade na transmissão.

Além do alto valor que a partida conseguiu arrecadar, o encon-tro entre brasileiros e colombianos foi marcado por uma série de homenagens. Os destaques foram os sobreviventes da Cha-pecoense, Jackson Follmann, Alan Ruschel e Neto, e o jornalista Rafael Henzel, que tiveram uma cerimônia de recepção no está-dio, antes do início do jogo. Henzel, por sinal, proporcionou um momento inusitado na televisão brasileira ao dividir a narração da partida com Galvão Bueno, na Globo.

Mesmo sem o estádio lotado, o público foi comovido pela cau-sa da Chapecoense. Além de camisas e cartazes em referência ao time catarinense, houve, antes de a bola rolar, um minuto de aplausos, em substituição ao minuto de silêncio.

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A festa do Jogo da Amizade entre Brasil e Colômbia foi bonita, mas po-deria ter sido ainda maior. A aposta da CBF de que a solidariedade do tor-cedor seria maior do que o histórico desprezo com que os grandes centros tratam a seleção brasileira pesou.

Sem Neymar e cia. estrelada do exte-rior (que muito provavelmente teriam a liberação de seus times para jogar, mesmo sem ser “data Fifa”), a con-vocação do técnico Tite foi estratégi-ca. Teve um jogador de cada um dos quatro grandes do Rio, teve gente de

todos os estados com grandes times. Mas como fazer o carioca se deslocar

até o Nilton Santos numa quarta-feira às 22h para um jogo amistoso?

Apostar tão somente no fator so-lidário de doação de dinheiro, num momento de crise financeira do país, é arriscado. Por mais que fosse a cami-sa amarela, não era a seleção principal que estava ali no campo do Engenhão.

Foram 12 os estádios erguidos para a Copa do Mundo. Por que não esco-lher um deles para receber o evento? Por que não optar por uma praça em

que não haja tantas opções de lazer como existe no Rio de Janeiro? Por que não levar a seleção para um lugar onde não há jogo do time nacional já faz algum tempo? Por que não olhar a média histórica de público quando o Brasil atua em partidas por aqui?

O fiasco de público, no fim das con-tas, mostra que a CBF ainda não co-nhece o Brasil. Foram vários anos sem que o time atuasse por aqui em amis-tosos. A hora é boa para mudar isso.

Fiasco de público mostra que CBF ainda não conhece o Brasil

O meia Willian, do Chelsea e da seleção, irá leiloar uma experiência no clube com parte da renda renda revertida para a a Apraespi (Asso-ciação de Prevenção, Atendimento e Inclusão da Pessoa com Deficiência). A ONG de Ribei-rão Pires atende diversas crianças e adultos que precisam de tratamentos especializados.

“Fico feliz por poder me aproximar um pouco mais dos meus fãs, que tanto me apoiam e me dão forças diariamente”, afirmou o jogador.

“Irei recebê-los com o maior prazer. Será mui-to importante também poder ajudar a Apraes-pi, entidade da qual sou embaixador, que auxi-lia centenas de pessoas”, acrescentou Willian.

O projeto foi idealizado pela Comcept, agên-

cia de comunicação e relações públicas espe-cializada em esporte, em parceria com a Ído-los Eternos, site que promove eventos e ações para conectar os fãs com ídolos.

Através do leilão, o vencedor terá a chance de, com acompanhante, conhecer pessoal-mente e almoçar com Willian em Londres, as-sistir a um jogo do Chelsea e presenciar um treino do atual líder da Premier League, entre outras atrações. O lance inicial é de R$ 7.000. Passagens, acomodação, traslados e refeições não estão incluídas.

O participante que vencer a disputa verá o treino em 3 de abril, dia em que também pode-rá conhecer as instalações do clube londrino.

Willian leiloa experiência para fãs do Chelsea e doa valor para ONG

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POR REDAÇÃO

O P I N I Ã O

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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A Rede TV! renovou contrato para exibição do Campeonato Brasileiro da Série B, sua principal atração esportiva. A emissora en-trou em acordo com a Sport Pro-motion para a exibição do torneio em 2017, que terá como principal atração o Internacional, dono de três títulos do Brasileirão.

“Mais uma vez estamos dando uma resposta com um produto premium ao nosso telespectador.

Sem dúvida que a Série B é uma das principais atrações esportivas do calendário pela participação de times com muita história, como Internacional, Goiás, Náutico e Santa Cruz, entre outros”, afirmou Franz Vacek, superintendente de Jornalismo e Esportes da Rede TV! à Máquina do Esporte.

O torneio continuará sendo a principal atração da Superfaixa do Esporte da Rede TV! aos sábados

à tarde. “Daqui a dois ou três me-ses vamos sentar novamente com a Sport Promotion e discutir um contrato para mais três anos”, con-tou o executivo.

Com a Série B, a emissora pôs à venda no mercado três cotas de patrocínio nacional e uma re-gional para o horário. “Quase todo ano a gente tem um time de muita história no campeonato, além de clubes com grande importância regional. Para o patrocinador você tem um leque de oportunidades novas a oferecer com a Série B”, afirmou Vacek.

No horário, a emissora também transmite a Superliga masculina e feminina, competição que tam-bém é exibida às quintas-feiras à noite. A aposta em esportes alter-nativos para preencher os horários de sua grade de programação.

“Nossa ideia é voltar com rúgbi, fut7 e futsal. Até o Campeonato Brasileiro feminino pode pintar”, afirmou o executivo.

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

Rede TV! renova com Série B e aposta em faixa esportiva

O Campeonato Catarinense foi lançado com homenagens às vítimas do voo da Chapecoense. A taça do campeão do turno se chamará Atlético Nacional, em referência ao time colombiano que enfrentaria os brasileiros na decisão da Copa Sul--Americana. A taça do segundo turno terá o nome de Sandro Pallaoro, ex-presidente do time de

Chapecó, e o troféu do torneio será Delfim Pádua Peixoto Filho, ex-vice-presidente da CBF. Ambos faleceram no acidente do fim de 2016.

Além das homenagens, a Federação Catarinen-se de Futebol também anunciou a renovação da Havan como patrocinadora máster do torneio es-tadual, que mantém o title sponsor.

Catarinense terá taça em homenagem a colombianos