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2018 Semana 1414____1 8mai
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Bixo SP
B
io.
Geração de energia e
desenvolvimento sustentável
17
mai
RESUMO
GERAÇÃO DE ENERGIA
Energia solar: proveniente do Sol, uma fonte inesgotável. Os painéis solares possuem células fotoelétricas
que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a vantagem de não
produzir danos ao meio ambiente.
Energia nuclear: energia térmica transformada em energia elétrica. É produzida nas usinas nucleares por
meio de processos físico-químicos.
Energia eólica: utilizada, com o auxílio de turbinas, para produzir energia elétrica. Não causa danos
ambientais e tem baixo custo de produção em relação a outras fontes alternativas de energia. Já foi
utilizada para produzir energia mecânica nos moinhos.
Energia mecânica: usada nas indústrias automobilísticas para trabalhos pesados.
Hidrelétricas: obtenção de energia pela força das águas. Essa energia é produzida pelo aproveitamento
do potencial hidráulico, ou seja, da força das águas dos rios, mediadas pela construção de usinas
hidrelétricas.
Petróleo: elemento importante nos meios de transporte, além de também poder ser utilizado na fabricação
de produtos derivados, notadamente o plástico. A queima dos combustíveis oriundos do petróleo é
responsável pela emissão de poluentes na atmosfera.
Carvão mineral: utilizado a partir das revoluções industriais resultantes do capitalismo e é ainda hoje uma
fonte de energia bastante utilizada em todo o mundo, perdendo somente para o petróleo. A queima do
carvão mineral é considerada ainda mais poluente que a do petróleo.
Gás natural: mistura de hidrocarbonetos leves na forma gasosa, tais como o metano, etano, propano,
butano e outros. Contrário do petróleo e do carvão mineral, o gás natural é menos poluente, embora a sua
combustão ainda sim apresente alguns níveis de poluição que causam danos à atmosfera.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o
futuro.
O desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos
naturais são finitos e, sugere qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e
produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem. O conceito de desenvolvimento sustentável não se
limita apenas à noção de preservação dos recursos naturais. Para construir sociedades sustentáveis é
necessário ter por princípio, a equidade econômica, a justiça social, o incentivo à diversidade cultural e
defesa do meio ambiente.
B
io.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. O Brasil é um dos países que apresentam os maiores potenciais hidrelétricos do mundo, o que justifica,
em partes, o fato de esse tipo de energia ser bastante utilizado no país. As usinas hidrelétricas são
bastante elogiadas por serem consideradas ambientalmente mais corretas do que outras alternativas
de produção de energia, mas vale lembrar que não existem formas 100% limpas de realizar esse
processo.
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem das
hidroelétricas.
a) não emitem poluentes na atmosfera; porém não são muito eficientes.
b) são ambientalmente corretas; porém interferem diretamente no efeito estufa.
c) a produção pode ser controlada; porém os custos são muito elevados.
d) ocupam pequenas áreas; porém interferem no curso dos rios.
e) a construção é rápida; porém duram pouco tempo.
2. mais equilibrada entre as nações mais populosas ou ricas do planeta. A média mundial de uso de
energias renováveis é de 12,7%; essa média cai para 6,2% entre os 30 países-membros da Organização
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que inclui os Estados Unidos e as mais
ricas MONTÓIA, P. Brasil: Energia múltipla. Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso
em: 05 jun. 2015.
Os recursos naturais renováveis e não renováveis, respectivamente, mais utilizados como fontes de
energia no Brasil são:
a) gás natural e carvão mineral petróleo e etanol
b) ventos e luz solar gás natural e hidroeletricidade
c) água e biomassa petróleo e gás natural
d) átomo e etanol carvão vegetal e gás de xisto
e) energia atômica e hidrelétrica petróleo e carvão mineral
3. A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande porte no Brasil, sendo
Itaipu um exemplo. Com base nos conhecimentos sobre desenvolvimento e a questão socioambiental,
considere as afirmativas a seguir.
I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido
impactos sociais, como o desenraizamento cultural.
II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos habitat naturais no projeto nacional-
desenvolvimentista defendido pelos militares pós- 64.
III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção de usinas hidrelétricas trouxeram,
por desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.
IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial
prevista para as próximas décadas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
4. Vivemos numa sociedade extremamente consumista, havendo grande utilização dos recursos naturais
e degradação ambiental. Com os atuais modos de produção e consumo é possível alcançar o
desenvolvimento sustentável?
B
io.
5. As fontes de energia podem ser classificadas em renováveis e não renováveis, mas também em
primárias e secundárias. A primeira divisão refere-se à capacidade de recomposição de uma dada fonte
energética, enquanto a segunda está relacionada com a forma pela qual é encontrada e transformada
pelo homem.
Diante dessas considerações, analise as afirmativas a seguir:
I. O Petróleo refinado pode ser considerado uma fonte de energia secundária e não renovável.
II. A energia solar, na sua função de aquecimento do ambiente e iluminação da Terra, deve ser
entendida como uma fonte primária.
III. O Etanol, em virtude de sua produção agrícola geralmente ineficiente, não pode mais ser
considerado uma fonte de energia renovável.
IV. Podemos concluir que toda energia primária é renovável.
Estão corretas as alternativas:
a) I e II
b) II e IV
c) I, II e III
d) I, II e IV
6. Avalie as questões a seguir que tratam das fontes de energia e sua importância:
I. As fontes de energia exercem papel importante nas atividades humanas. Delas se originam
eletricidade e combustíveis, que são úteis para a produção e transporte de bens e mercadorias.
II. São as fontes de energia mais utilizadas no Brasil: petróleo, hidrelétrica, carvão mineral e
biocombustíveis.
III. A evolução das fontes de obtenção de energia teve impacto direto no trabalho humano. A
energia facilitou e agilizou as atividades produtivas.
IV. No Brasil, as fontes de energia são prioritariamente as renováveis, como a energia eólica, energia
solar e hidrelétrica.
Estão incorretas as alternativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) Apenas a alternativa III.
d) Apenas a alternativa IV.
e) Todas as alternativas.
7. circulação nacional, pouco antes do início do racionamento do consumo de energia elétrica, em 2001.
No Brasil, a relação entre a produção de eletricidade e a utilização de recursos hídricos, estabelecida
nessa manchete, se justifica porque:
a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água
nas barragens.
b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia
elétrica.
c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para
refrigeração.
d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura.
e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.
B
io.
8. amplamente empregada para designar a preservação da
natureza, com vistas à promoção de uma maior conscientização ambiental na sociedade. Esse termo
designa, especificadamente:
a) A interrupção das práticas econômicas para garantir, primeiramente, a conservação dos
elementos naturais.
b) A manutenção do desenvolvimento econômico de modo a garantir a preservação da natureza e
dos recursos naturais para as gerações futuras.
c) A adoção de medidas de expansão das áreas naturais sobre as zonas de ocupação humana, de
forma a reconstruir o império dos domínios da natureza.
d) A ampliação das medidas socioeducativas para o uso consciente da natureza, de modo a garantir,
sobretudo, o desenvolvimento econômico e urbano.
9. A ideia de desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais discutida junto às questões que se
referem ao crescimento econômico. De acordo com este conceito considera-se que:
a) o meio ambiente é fundamental para a vida humana e, portanto, deve ser intocável.
b) os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam esta ideia, pois, por sua baixa
industrialização, preservam melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.
c) ocorre uma oposição entre desenvolvimento e proteção ao meio ambiente e, portanto, é
inevitável que os riscos ambientais sustentem o crescimento econômico dos povos.
d) deve-se buscar uma forma de progresso socioeconômico que não comprometa o meio ambiente
sem que, com isso, deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.
e) são as riquezas acumuladas nos países ricos, em prejuízo das antigas colônias durante a expansão
colonial, que devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.
10. Cite algumas possíveis atitudes individuais para promover o desenvolvimento sustentável.
QUESTÃO CONTEXTO
- antiga Salto Segredo -, em
Mangueirinha, no sudoeste do Paraná, causou um vazamento de óleo que atingiu o Rio Iguaçu. De acordo
com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), na tarde de quarta-feira (15), um curto circuito danificou
dois transformadores. Barreiras de contenção conseguiram conter parte do óleo, porém cerca de mil litros
http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2015/04/acidente-em-usina-hidreletrica-no-rio-iguacu-provoca-vazamento-de-
oleo.html
As hidrelétricas são muito comuns no Brasil e servem como fonte de energia. Porém, além de gerar
energia, elas também geram impactos ambientais, como o descrito acima. Cite alguns impactos que as
hidrelétricas causam no ambiente, animais e população de onde são construídas.
B
io.
GABARITO
Exercícios de aula
1. c
Entre as vantagens das hidroelétricas: não emitem poluentes, são renováveis, a produção pode ser
controlada ou administrada; possui uma eficiência considerável; duram muito tempo.
Entre as desvantagens: não são totalmente corretas no campo do meio ambiente; ocupam grandes
áreas; possuem custos elevados de construção; interferem nos cursos d'água; a construção é
demorada.
2. c
Os dois recursos mais utilizados como fontes renováveis de energia no Brasil são a água
(hidroeletricidade) e a biomassa (biocombustíveis).
Já os recursos não renováveis mais empregados no Brasil são o petróleo e o gás natural.
3. e
I. Verdadeira: Registra-se a ocorrência de problemas sociais advindos da retirada de populações de
pequenas cidades em função das inundações de grandes áreas para a geração de eletricidade, dentre
eles o desenraizamento cultural das populações atingidas.
II. Falsa: Itaipu não pode considerada um exemplo de preservação dos habitat naturais, uma vez que a
sua barragem ocupa várias extensões de regiões naturais.
III. Verdadeira: O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), dentre outras organizações do mesmo
tipo, pretende defender e auxiliar as populações que sofrem com as inundações de áreas ocasionadas
pelas barragens das hidroelétricas.
IV. Verdadeira: Uma das estratégias brasileiras para evitar e combater as crises energéticas são as
hidroelétricas.
4. Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de
que os recursos naturais são finitos. Essa forma de desenvolvimento socioeconômico pressupõe a
utilização de formas mais racionais de exploração da natureza. Portanto, para que seja realizado o
desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental, faz-se necessário a utilização racional dos
recursos naturais, redução do uso de matérias primas, aumento da reutilização e reciclagem, utilização
de fontes energéticas renováveis, entre outros fatores.
5. a
O Petróleo é um recurso finito e como foi primeiramente refinado antes de ser utilizado e transformado
em outros elementos, como o diesel e a gasolina, tornou-o um recurso secundário; a energia solar pode
ser uma fonte primária, pois é utilizada diretamente pelo ser humano; o etanol é uma fonte de energia
renovável, pois sua produção acompanha a demanda de sua utilização; uma fonte primária refere-se à
forma de utilização de uma fonte de energia, e não às suas características em si mesmas.
6. d
Embora tenha havido uma ampliação da produção e utilização da energia eólica e solar no Brasil, a matriz
energética do país ainda está centrada nas seguintes fontes de energia: petróleo, hidrelétrica, carvão
mineral e biocombustíveis.
7. a
a) a geração de eletricidade nas usinas hidrelétricas exige a manutenção de um dado fluxo de água nas
barragens.
B
io.
Comentário: Correto: para o sistema hidroelétrico funcionar é necessário um mínimo que é adquirido
através da recarga de mananciais e da captação de bacias hidrográficas.
b) o sistema de tratamento da água e sua distribuição consomem grande quantidade de energia elétrica.
Comentário: Incorreto: incorreto, o sistema de tratamento de água e distribuição não fazem parte do
assunto abordado no texto.
c) a geração de eletricidade nas usinas termelétricas utiliza grande volume de água para refrigeração.
Comentário: Incorreto: a refrigeração pode ser feita com água reciclada e não potável.
d) o consumo de água e de energia elétrica utilizadas na indústria compete com o da agricultura.
Comentário: Incorreto: o sistema de distribuição atende todos os setores sem a necessidade de
competição, o sistema de geração de energia elétrica muitas vezes está conectado ao sistema de
captação na realidade brasileira
e) é grande o uso de chuveiros elétricos, cuja operação implica abundante consumo de água.
Comentário: Incorreto: o uso doméstico de água é expressivo mas não é o que mais utiliza água no
cenário brasileiro, a indústria e a agricultura consomem mais dependendo da região e da economia.
8. b
O desenvolvimento sustentável visa à utilização dos recursos naturais e da natureza de modo a garantir
sua disponibilidade para as gerações futuras, isso sem necessariamente comprometer o desenvolvimento
econômico das nações.
9. d
O desenvolvimento socioeconômico deve ser planejado, e os recursos naturais são de fundamental
importância nesse processo, no entanto, devem ser utilizados com responsabilidade, de forma que não
prejudique as futuras gerações.
10. É de fundamental importância que haja uma mudança comportamental individual para que ocorra uma
mudança em outras escalas. Algumas atitudes são:
-Evitar o consumismo desnecessário;
-Diminuir o desperdício de água;
-Adquirir produtos biodegradáveis;
-Evitar os produtos descartáveis;
-Utilização de iluminação natural ou lâmpadas de baixo consumo;
-Realizar a conscientização ambiental em seu ciclo social.
Questão Contexto
Os principais impactos para a construção de hidrelétricas são: deslocamento de populações que vivem na
área; animais são retirados e/ou perdem seu habitat natural, morte de peixes e outros organismos, devido à
força das águas, desmatamento, perda da biodiversidade local.
F
il.
Exercícios de revisão 18
mai
EXERCÍCIOS
1. O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo adotado por Sócrates.
-me quando falo ou me encontro
no desempenho de minha missão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a responder a
todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes perguntas, ouvindo
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33a b)
a) Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve do seu daímon. Seu procedimento
consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos discursos demonstrativos
retirados da tradição poética ou com perguntas que levam o interlocutor a fazer o mesmo. A ironia
é o expediente utilizado contra os adversários, cujo objetivo é somente a disputa verbal.
b) A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte do seu procedimento geral de
refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de
reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação socrática
revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e pela aporia.
c) Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo pelo
qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo de Delfos.
A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras disposições do
pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia.
d) Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de perguntas
e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário por meio da ironia.
A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões verdadeiras que, pela
refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica
2. Do lado oposto da caverna, Platão situa uma fogueira fonte da luz de onde se projetam as sombras
e alguns homens que carregam objetos por cima de um muro, como num teatro de fantoches, e são
desses objetos as sombras que se projetam no fundo da caverna e as vozes desses homens que os
prisioneiros atribuem às sombras. Temos um efeito como num cinema em que olhamos para a tela e
não prestamos atenção ao projetor nem às caixas de som, mas percebemos o som como
proveniente das figuras na tela. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. 2001.
Explique o significado filosófico da Alegoria da Caverna de Platão, comentando sua importância para
a distinção entre aparência e essência.
3. A República de Platão consiste na busca racional de uma cidade ideal. Sua intenção é pensar a política
para além do horizonte da decadência da cidade-Estado no século de Péricles. O esquema a seguir
mostra como se organizam as classes, segundo essa proposta.
F
il.
Com base na obra de Platão e no esquema, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) As três imagens do Bem na cidade justa de Platão, o Anel de Giges, a Imagem da Linha e a da
Caverna, correspondem, respectivamente, à organização das três classes da República.
( ) Na cidade imaginária de Platão, em todas as classes se contestam a família nuclear e a propriedade
privada, fatores indispensáveis à constituição de uma comunidade ideal.
( ) Na cidade platônica, é dever do filósofo supri-la materialmente com bens duráveis e alimentos,
bem como ser responsável pela sua defesa.
( ) O conceito de justiça na cidade platônica estende-se do plano político à tripartição da alma, o que
significa que há justiça na República mesmo havendo classes e diferenças entre elas.
( ) O filósofo, pertencente à classe dos magistrados, é aquele cuja tarefa consiste em apresentar a
ideia do Bem e ordenar os diferentes elementos das classes, produzindo a sua harmonia.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
a) V V F F F.
b) V F V V F.
c) F V V F V.
d) F V F V F.
e) F F F V V.
4. A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida
Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos
que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas,
Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria
ignorância.
a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da
filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a filosofia é o saber que estabelece verdades
dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
F
il.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos,
preocupando-se apenas com causas abstratas.
5. Para
natureza (physei), é feito para a vida da cidade (bios politikós, a comunidade política). Essa definição
revela a intenção teleológica do filósofo na caracterização do sentido último da vida do homem: o
viver na polis, onde o homem se realiza como cidadão (politai) manifestando, no termo de um processo
de constituição de sua essência, a sua natureza.
Sobre a natureza política do ser humano, de acordo com o pensamento de Aristóteles, não é correto
afirmar que:
a)
desvio semântico resultou num sentido alargado do termo grego que acabou se identificando com
o social. Para Aristóteles, o social significava mais o instinto gregário, algo que os homens
compartilham com algumas espécies de animais.
b) O simples viver junto, em sociedade, não caracteriza a destinação última do homem: a
deve almejar a organização política, que é uma forma
superior. A partir da compreensão da natureza do homem determinados aspectos da vida social
adquirem um estatuto eminentemente político, tais como: a noção de governo, de dominação, de
liberdade, de igualdade, do que é comum, do que é próprio, entre outras.
c) Aristóteles acreditava que a sociedade nascia de um consenso, e que, portanto, não era natural, a
despeito da natureza política do homem. Isso implica em que, o homem poderia viver fora da
comunidade política.
d) Entre os filósofos contemporâneos, Marx é um daqueles que faz referência explicita ao
pensamento aristotélico e a sua definição de homem como animal político, especialmente em Os
fundamentos da crítica da economia política escrito em 1857/1858.
e) Reconhecer a natureza política do homem é, para Aristóteles, uma forma de publicizar a ética de
forma a considerá-la como uma instância de governo das relações sociais que tem sempre em vista
o Bem coletivo.
6. rminar de que maneira, e com quem e por que motivos, e por quanto tempo
devemos encolerizar-nos; às vezes nós mesmos louvamos as pessoas que cedem e as chamamos de
amáveis, mas às vezes louvamos aquelas que se encolerizam e as chamamos de viris. Entretanto, as
pessoas que se desviam um pouco da excelência não são censuradas, quer o façam no sentido do mais,
quer o façam no sentido do menos; censuramos apenas as pessoas que se desviam consideravelmente,
pois estas não passarão despercebidas. Mas não é fácil determinar racionalmente até onde e em que
medida uma pessoa pode desviar-se antes de tornar-se censurável (de fato, nada que é percebido
pelos sentidos é fácil de definir); tais coisas dependem de circunstâncias específicas, e a decisão
depende da percepção. Isto é bastante para determinar que a situação intermediária deve ser louvada
em todas as circunstâncias, mas que às vezes devemos inclinar-nos no sentido do excesso, e às vezes
no sentido da falta, pois assim atingiremos mais facilmente o meio-termo e Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 150. Coleção Os Pensadores.
Uma vez que Aristóteles antes define as virtudes como disposições de caráter e, na passagem,
acrescenta que as virtudes situam-se num -
Por quê?
7. Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno assumiu o trono da Macedônia e iniciou uma série de
conquistas e, a partir daí, construiu um vasto império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. Essa
dominação só teve fim com o desenvolvimento de outro império, o romano. Esse período ficou
conhecido como helenístico e representou uma transformação radical na cultura grega. Nessa época,
um pensador nascido em Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo. Ele fundou uma
escola filosófica que pregava a ideia de que:
a) seria impossível conhecer a verdade.
b) seria inadmissível permanecer na mera opinião.
c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza.
F
il.
d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer.
8. Afirma o filósofo Epicuro (séc. III a.C.), conhecido pela defesa de uma filosofia hedonista:
primitivo e natural
e é a partir dele que se determinam toda escolha e toda recusa e é a ele que retornamos sempre,
medindo todos os bens pelo cânon do sentimento. Exatamente porque o prazer é o bem primitivo e
natural, não escolhemos todo e qualquer prazer; podemos mesmo deixar de lado muitos prazeres
(EPICURO, A vida feliz. In: ARANHA, M. L.; MARTINS, M. P. Temas de filosofia. 3.ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005, p.
228.)
Considerando os conceitos de Epicuro, é correto afirmar que
(01) estudar todo dia não é bom porque a falta de prazer anula todo conhecimento adquirido.
(02) todas as escolhas são prazerosas porque naturalmente os seres humanos rejeitam toda dor.
(04) comer uma refeição nutritiva e saborosa em demasia é ruim porque as consequências são danosas
ao bem estar do corpo.
(08) a beleza corporal é uma finalidade da vida humana porque o prazer de ser admirado é a maior
felicidade para o ser humano.
(16) o prazer não é necessariamente felicidade porque ele pode gerar o seu contrário, a dor.
SOMA: ( )
9. Segundo o texto abaixo, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a partir de
modelos imutáveis e eternos, que são as ideias divinas. Essas ideias ou razões seminais, como também
são chamadas, não existem em um mundo à parte, independentes de Deus, mas residem na própria
mente do Criador,
divinas, imutáveis e eternas razões de todas as
Considerando as informações acima, é correto afirmar que se pode perceber:
a) que Agostinho modifica certas ideias do cristianismo a fim de que este seja concordante com a
filosofia de Platão, que ele considerava a verdadeira.
b) uma crítica radical à filosofia platônica, pois esta é contraditória com a fé cristã.
c) a influência da filosofia platônica sobre Agostinho, mas esta é modificada a fim de concordar com
a doutrina cristã.
d) uma crítica violenta de Agostinho contra a filosofia em geral.
10. tianiza Aristóteles. Fique claro que ele
nunca pensou que, com a razão se pudesse entender tudo; não, ele continuou acreditando que tudo
se compreende pela fé: só quis dizer que a fé não estava em desacordo com a razão, e que, portanto,
era possível dar-se
É correto afirmar, segundo esse texto, que:
a) Tomás de Aquino, com a ajuda da filosofia de Aristóteles, conseguiu uma prova científica para as
certezas da fé, por exemplo, a existência de Deus.
b) Tomás de Aquino se empenha em mostrar os erros da filosofia de Aristóteles para mostrar que esta
filosofia é incompatível com a doutrina cristã.
c) o estudo da filosofia de Aristóteles levou Tomás de Aquino a rejeitar as verdades da fé cristã que
não fossem compatíveis com a razão natural.
d) a atitude de Tomás de Aquino diante da filosofia de Aristóteles é de conciliação desta filosofia com
as certezas da fé cristã.
11. Bruno ter extraído dela certas conseqüências filosóficas. Bem depressa Giordano Bruno estava a afirmar
F
il.
a infinidade do mundo. Rejeitava, pois, por completo, a noção de "centro do universo". O Sol, perdido
DELUMEAU, Jean. "A civilização do Renascimento". Lisboa: Editorial Estampa, 1994. p. 147. [Adaptado].
O texto refere-se à importância dos pronunciamentos de Giordano Bruno para a constituição da noção
moderna de Universo, que se relaciona com
a) a definição de um Universo concebido como fechado e finito.
b) o abandono da idéia de um Universo criado por Deus.
c) a ruptura da concepção geocêntrica do Universo.
d) a percepção de que o Universo é contido numa esfera.
e) a compreensão heliocêntrica do Universo.
12. Coube ao cientista italiano Galileu Galilei, que viveu no final do Renascimento, definir os princípios
que até hoje orientam a pesquisa científica. Ele defendia a plena liberdade de pesquisa e afirmava que
os conhecimentos científicos devem ser avaliados exclusivamente à luz da observação, da razão e da
experimentação.
Comente essas ideias e discorra sobre a influência da atividade científica para a formação da
consciência dos seres humanos.
.
F
il.
GABARITO
Exercícios
1. b
A ironia socrática não é nem dissimulação, nem mera disputa verbal, tampouco uma refutação de
opiniões verdadeiras. Trata-se sim de um procedimento purgativo, que tinha como objetivo fazer o
interlocutor reconhecer sua própria ignorância, a fim de que ele pudesse buscar retamente o
conhecimento.
2. A Alegoria da Caverna foi usada por Platão para demonstrar a concepção de que vivemos em um mundo
que é apenas reflexo do mundo verdadeiro, isto porque o apreendemos pelos sentidos e não pela razão.
Esta condição do ser humano privado de razão o coloca em um estado de ignorância, a caverna escura,
na qual fica acorrentado. O homem, na alegoria, não vê as imagens do mundo exterior, fica de costas e
acompanha seus reflexos no fundo da caverna. O reflexo é a aparência, percebida pelos sentidos, e a
realidade exterior à caverna é a essência, à qual o homem chega apenas pelo pensamento, pela razão.
Para Platão, portanto, a transição da aparência para a essência se daria pelo uso da razão.
3. e
Na pólis ideal de Platão, a sociedade seria dividida em três classes, cada uma responsável pela realização
de uma tarefa específica: a manutenção da subsistência da sociedade, a defesa da sociedade e o governo
da sociedade. Os filósofos, pautados pelo conhecimento da Ideia do Bem, de que apenas eles dispõem,
teriam o último papel e receberiam para isto uma formação adequada, vivendo também um tipo de vida
muito diferente daquele dos da classe dos trabalhadores: entre os filósofos não haveria nem propriedade
privada nem casamento.
4. a Correta.
b) Incorreta. Reconhecer sua própria ignorância não era um exercício de humildade apenas na cultura
dos sábios do passado. Além disso, a função da filosofia não era reproduzir os ensinamentos dos filósofos
gregos; Sócrates era grego, viveu no período hoje denominado Antiguidade Clássica, e ele e seus
contemporâneos produziam hipóteses e pensamentos sobre os mais variados assuntos concernentes à
sua sociedade e cultura.
c) Incorreta. A filosofia não estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
Diferentemente das ciências naturais e exatas, ela permite abordagens mais plurais dos mais variados
temas, estabelecendo múltiplas interpretações sobre seus objetos.
d) Incorreta. A filosofia não se preocupa apenas com questões abstratas, mas também com questões
práticas. A cidadania, os direitos dos cidadãos e a organização da sociedade eram temas de interesse e
cuja materialidade podia ser sentida no cotidiano da população grega.
5. c
Na perspectiva aristotélica, o homem é naturalmente um ser social e naturalmente um ser político. Estas
duas realidades são indissociáveis, isto é, não basta reconhecer que o homem tem um instinto gregário,
uma inclinação à convivência (isto outros animais também possuem). É preciso notar que o homem tem
uma tendência a viver em comunidades politicamente organizadas.
6. O vício é uma disposição de caráter (para agir e sentir), é um hábito, uma maneira de agir. Porque o vício
situa-se num excesso ou numa falta. Porque o vício se origina nas ações, assim como a virtude (uma vez
que ambos estão no mesmo espectro contínuo, no qual a virtude é o meio-termo).
7. a
Segundo o ceticismo, é impossível estabelecer qualquer tipo de conhecimento seguro, sobre o que quer
que seja.
8. 4 + 16.
F
il.
A questão visa mostrar que Epicuro não é um hedonista, defensor de uma busca irracional e irresponsável
pelo prazer. Assim, para filósofo o, diferente do que diz (02), nem todas as escolhas são boas ou
prazerosas. Da mesma maneira, segundo ele, diferente do que diz (08), o prazer de ser admirado não é o
maior, uma vez que o bem da alma está acima do be do corpo. Por fim, para Epicuro, e diferente do que
diz (01), é perfeitamente legítimo suportar dor por longo tempo em vista de um bem maior.
9. c
Agostinho aproxima-
stancia-se de Platão na medida em que defende
10. d
Tal como todos os grandes filósofos medievais, Santo Tomás teve como grande projeto revelar a unidade
entre fé e razão, ainda que reconhecendo as diferenças entre ambas. No seu caso, tratava-se de conciliar
em especial a doutrina cristã com a filosofia de Aristóteles.
11. c
A mais famosa tese de Giordano Bruno, segundo a qual o universo é infinito e, portanto, não tem centro,
está diretamente conectada à crítica do geocentrismo feita por Nicolau Copérnico, bem como sua defesa
do heliocentrismo.
12. O aspecto histórico da questão diz respeito ao esforço de Galileu para argumentar em favor da distinção
entre a verdade da religião e o conhecimento científico, de modo que ficasse claro a dependência da
primeira em relação à revelação e à Igreja, e a autonomia do segundo, cuja verdade deve pautar-se
exclusivamente por sua comprovação, racionalidade e verificação. Quanto ao método científico
proposto por Galileu, ele envolvia estes procedimentos de observação dos fenômenos, de formulação
teórica (sobretudo matemática) de sua explicação e a realização de experiências para suscitar
explicações ou para comprovar ou refutar as que tivessem sido concebidas.
F
ís.
Exercícios de lançamento horizontal e
oblíquo
17
mai
RESUMO
• Lançamento Horizontal
O lançamento horizontal é aquele que ocorre quando a velocidade do objeto é horizontal e a partir
daí ele fica sob ação exclusiva da gravidade.
Os casos comuns são aqueles em que um avião lança uma bomba, uma bola rola sobre uma mesa
e cai ou semelhantes.
Para resolver um problema de lançamento horizontal é preciso entender que o movimento é o
resultado de dois movimentos:
No eixo horizontal o objeto não possui nenhuma aceleração, fazendo, portanto, um movimento
uniforme (e usando as equações de MU).
No eixo vertical o corpo executa uma queda livre sob ação da gravidade (usa-se, portanto, as
equações contraídas de MUV equações da queda livre).
Um detalhe importante é perceber que (sem resistência do ar) um objeto abandonado em
movimento por outro, continua exatamente abaixo dele. É o caso do avião que solta uma bomba.
A velocidade horizontal da bomba será a mesma do avião, a diferença é que ela se afastará da linha
horizontal que foi largada em queda livre.
Os vetores velocidade horizontal e velocidade vertical são ilustrados na figura a seguir.
Veja que a velocidade horizontal V0x fica constante todo o tempo de queda, enquanto a velocidade
vertical inicia-se no zero e vai aumentando. A velocidade do objeto é a soma vetorial das
componentes e ficará tangente à trajetória.
F
ís.
• Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é o resultado de um lançamento vertical (para cima) com um movimento
uniforme para frente.
A trajetória parabólica do lançamento oblíquo é resultado da junção desses dois movimentos.
Conceitualmente é importante entender que a velocidade horizontal não se modifica, enquanto
que a velocidade vertical vai diminuindo na subida (até se anular) e então começar o processo de
queda livre.
Para um lançamento com velocidade V0 e ângulo θ com a horizontal, temos:
No eixo x usamos as equações de UM:
No eixo y usamos as equações de MUV (geralmente com orientação do sentido positivo para cima)
onde V0y=V0senθ.
Os problemas de lançamento oblíquo em que o objeto sai de um plano e retorna ao mesmo plano
são mais simples, pois o tempo de subida é igual ao de descida e assim o problema pode ser
resolvido usando a ideia de queda livre e suas equações contraídas.
Pode-se demonstrar que o alcance desse lançamento é:
Assim, o alcance máximo desse lançamento ocorre para θ = 45o.
EXERCÍCIOS DE AULA
F
ís.
1. O gol que Pelé não fez
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e Tchecoslováquia, Pelé pega a bola um pouco antes do meio
de campo, vê o goleiro tcheco adiantado, e arrisca um chute que entrou para a história do futebol
brasileiro. No início do lance, a bola parte do solo com velocidade de 108 km/h (30 m/s), e três
segundos depois toca novamente o solo atrás da linha de fundo, depois de descrever uma parábola no
ar e passar rente à trave, para alívio do assustado goleiro.
Na figura vemos uma simulação do chute de Pelé.
Considerando que o vetor velocidade inicial da bola após o chute de Pelé fazia um ângulo de 30°
com a horizontal (sen30° = 0,50 e cos30° = 0,85) e desconsiderando a resistência do ar e a rotação da
bola, pode-se afirmar que a distância horizontal entre o ponto de onde a bola partiu do solo depois
do chute e o ponto onde ela tocou o solo atrás da linha de fundo era, em metros, um valor mais
próximo de
a) 52,0. b) 64,5. c) 76,5. d) 80,4. e) 86,6.
2. Um míssil AX100 é lançado obliquamente, com velocidade de 800 m s, formando um ângulo de 30,0
com a direção horizontal. No mesmo instante, de um ponto situado a 12,0 km do ponto de lançamento
do míssil, no mesmo plano horizontal, é lançado um projétil caça míssil, verticalmente para cima, com
o objetivo de interceptar o míssil AX100. A velocidade inicial de lançamento do projétil caça míssil, para
ocorrer a interceptação desejada, é de
a) 960 m s
b) 480 m s
c) 400 m s
d) 500 m s
e) 900 m s
3. Na modalidade esportiva do salto à distância, o esportista, para fazer o melhor salto, deve atingir a
velocidade máxima antes de saltar, aliando-a ao melhor ângulo de entrada no momento do salto que,
nessa modalidade, é o 45 . Considere uma situação hipotética em que um atleta, no momento do
salto, alcance a velocidade de 43,2 km h, velocidade próxima do recorde mundial dos 100 metros
rasos, que é de 43,9 km h. Despreze o a
saltador como um ponto material situado em seu centro de gravidade.
Nessas condições, qual seria, aproximadamente, a distância alcançada no salto?
Adote o módulo da aceleração da gravidade igual a 210 m s .
Dados: sen 45 cos 45 0,7 = =
F
ís.
a) 7 m
b) 10 m
c) 12 m
d) 14 m
4. Uma esfera é lançada com velocidade horizontal constante de módulo v=5 m/s da borda de uma mesa
horizontal. Ela atinge o solo num ponto situado a 5 m do pé da mesa conforme o desenho abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o módulo da velocidade com que a esfera atinge o solo é de:
Dado: Aceleração da gravidade: g=10 m/s2 a) 4 m / s
b) 5 m / s
c) 5 2 m / s
d) 6 2 m / s
e) 5 5 m / s
5. A fotografia mostra um avião bombardeiro norte-americano B52 despejando bombas sobre
determinada cidade no Vietnã do Norte, em dezembro de 1972.
Durante essa operação, o avião bombardeiro sobrevoou, horizontalmente e com velocidade vetorial
constante, a região atacada, enquanto abandonava as bombas que, na fotografia tirada de outro avião
F
ís.
em repouso em relação ao bombardeiro, aparecem alinhadas verticalmente sob ele, durante a queda.
Desprezando a resistência do ar e a atuação de forças horizontais sobre as bombas, é correto afirmar que:
a) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, cada bomba percorreu uma trajetória
parabólica diferente. b) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, as bombas estavam em movimento retilíneo
acelerado. c) no referencial do avião bombardeiro, a trajetória de cada bomba é representada por um arco de
parábola. d) enquanto caíam, as bombas estavam todas em repouso, uma em relação às outras. e) as bombas atingiram um mesmo ponto sobre a superfície da Terra, uma vez que caíram verticalmente.
6. Os gráficos abaixo foram obtidos da trajetória de um projétil, sendo y a distância vertical e x a distância
horizontal percorrida pelo projétil. A componente vertical da velocidade, em m/s, do projétil no
instante inicial vale:
Dado: 2
g 10 m s=r
a) zero b) 5,0 c) 10 d) 17 e) 29
7. Um zagueiro chuta uma bola na direção do atacante de seu time, descrevendo uma trajetória
parabólica. Desprezando-se a resistência do ar, um torcedor afirmou que
I. a aceleração da bola é constante no decorrer de todo movimento.
II. a velocidade da bola na direção horizontal é constante no decorrer de todo movimento.
III. a velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é nula.
Assinale
a) se somente a afirmação I estiver correta. b) se somente as afirmações I e III estiverem corretas. c) se somente as afirmações II e III estiverem corretas. d) se as afirmações I, II e III estiverem corretas. e) se somente as afirmações I e II estiverem corretas.
8. Em um jogo de futebol, o goleiro, para aproveitar um contra-ataque, arremessa a bola no sentido do
campo adversário. Ela percorre, então, uma trajetória parabólica, conforme representado na figura,
em 4 segundos.
F
ís.
Desprezando a resistência do ar e com base nas informações apresentadas, podemos concluir que os
módulos da velocidade V,ur
de lançamento, e da velocidade HV ,ur
na altura máxima, são, em metros por
segundos, iguais a, respectivamente,
Dados:
sen 0,8;
cos 0,6.
β
β
=
=
a) 15 e 25.
b) 15 e 50.
c) 25 e 15.
d) 25 e 25.
e) 25 e 50.
9. Para um salto no Grand Canyon usando motos, dois paraquedistas vão utilizar uma moto cada, sendo
que uma delas possui massa três vezes maior. Foram construídas duas pistas idênticas até a beira do
precipício, de forma que no momento do salto as motos deixem a pista horizontalmente e ao mesmo
tempo. No instante em que saltam, os paraquedistas abandonam suas motos e elas caem praticamente
sem resistência do ar.
As motos atingem o solo simultaneamente porque
a) possuem a mesma inércia.
b) estão sujeitas à mesma força resultante.
c) têm a mesma quantidade de movimento inicial.
d) adquirem a mesma aceleração durante a queda.
e) são lançadas com a mesma velocidade horizontal.
10. Um projétil é lançado obliquamente, a partir de um solo plano e horizontal, com uma velocidade que
forma com a horizontal um ângulo α e atinge a altura máxima de 8,45 m. Sabendo que, no ponto mais alto da trajetória, a velocidade escalar do projétil é 9,0 m / s, pode-se
afirmar que o alcance horizontal do lançamento é:
Dados:
intensidade da aceleração da gravidade 2g 10 m / s=
despreze a resistência do ar
a) 11,7 m
b) 17,5 m
c) 19,4 m
d) 23,4 m
e) 30,4 m
F
ís.
11. Na Antiguidade, algumas pessoas acreditavam que, no lançamento obliquo de um objeto, a resultante
das forças que atuavam sobre ele tinha o mesmo sentido da velocidade em todos os instantes do
movimento. Isso não está de acordo com as interpretações científicas atualmente utilizadas para
explicar esse fenômeno.
Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e o sentido do vetor força resultante que atua sobre
o objeto no ponto mais alto da trajetória? a) Indefinido, pois ele é nulo, assim como a velocidade vertical nesse ponto.
b) Vertical para baixo, pois somente o peso está presente durante o movimento.
c) Horizontal no sentido do movimento, pois devido à inércia o objeto mantém seu movimento.
d) Inclinado na direção do lançamento, pois a força inicial que atua sobre o objeto é constante.
e) Inclinado para baixo e no sentido do movimento, pois aponta para o ponto onde o objeto cairá.
12. Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância D da linha vertical que passa por um
ponto A. Este ponto está localizado em uma montanha a 300 m de altura em relação à extremidade
de saída da granada, conforme o desenho abaixo.
A velocidade da granada, ao sair do lançador, é de 100 m s e forma um ângulo “ ”α com a horizontal;
a aceleração da gravidade é igual a 210 m s e todos os atritos são desprezíveis. Para que a granada
atinja o ponto A, somente após a sua passagem pelo ponto de maior altura possível de ser atingido por
ela, a distância D deve ser de:
Dados: =Cos 0,6;α =Sen 0,8.α
a) 240 m
b) 360 m
c) 480 m
d) 600 m
e) 960 m
13. Do alto de uma montanha em Marte, na altura de 740 m em relação ao solo horizontal, é atirada
horizontalmente uma pequena esfera de aço com velocidade de 30 m/s. Na superfície deste planeta a
aceleração gravitacional é de 3,7 m/s2. A partir da vertical do ponto de lançamento, a esfera toca o solo numa distância de, em metros,
a) 100
b) 200
c) 300
d) 450
e) 600
14. Em um experimento escolar, um aluno deseja saber o valor da velocidade com que uma esfera é
lançada horizontalmente, a partir de uma mesa. Para isso, mediu a altura da mesa e o alcance horizontal
atingido pela esfera, encontrando os valores mostrados na figura.
F
ís.
A partir dessas informações e desprezando as influências do ar, o aluno concluiu corretamente que a
velocidade de lançamento da esfera, em m/s, era de
a) 3,1
b) 3,5
c) 5,0
d) 7,0
e) 9,0
15. Dois amigos, Berstáquio e Protásio, distam de 25,5 m. Berstáquio lança obliquamente uma bola para
Protásio que, partindo do repouso, desloca-se ao encontro da bola para segurá-la. No instante do
lançamento, a direção da bola lançada por Berstáquio formava um ângulo θ com a horizontal, o que
permitiu que ela alcançasse, em relação ao ponto de lançamento, a altura máxima de 11,25 m e uma
velocidade de 8 m/s nessa posição. Desprezando o atrito da bola com o ar e adotando g = 10m/s2,
podemos afirmar que a aceleração de Protásio, suposta constante, para que ele consiga pegar a bola
no mesmo nível do lançamento deve ser de
a) 1
2m/s2
b) 1
3m/s2
c) 1
4m/s2
d) 1
5m/s2
e) 1
10m/s2
F
ís.
QUESTÃO CONTEXTO
Um jogador de futebol do Real Madrid chuta uma bola a 30 m do gol adversário. A bola descreve uma
trajetória parabólica, passa por cima da trave e cai a uma distância de 40 m de sua posição original. Se, ao
cruzar a linha do gol, a bola estava a 3 m do chão, a altura máxima por ela alcançada esteve entre
a) 4,1 e 4,4 m. b) 3,8 e 4,1 m. c) 3,2 e 3,5 m. d) 3,5 e 3,8 m.
F
ís.
GABARITO
Exercícios
1. c
Dados: v0 = 30 m/s; θ = 30°; sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,85 e t = 3 s.
A componente horizontal da velocidade (v0x) mantém-se constante. O alcance horizontal (A) é dado por:
( )( )0x 0A v t A v cos30 t A 30 0,85 3
A 76,5 m.
= = =
=
2. c
O míssil AX100 é lançado simultaneamente com o projétil. Logo:
y(AX100) (AX100)
p y(AX100)
0 0
0 0
V V sen30 (1)
V V (2)
=
=
Substituindo (1) em (2), temos:
p (AX100)
p p
0 0
0 0
V V sen30
1V 800 V 400 m s
2
=
= =
3. d
2
20
43,2
V 3,6S sen2 S sen90
g 10
S 14,4 m S 14 m
Δ θ Δ
Δ Δ
= =
=
4. e
O tempo de queda da esfera é igual ao tempo para ela avançar 5 m com velocidade horizontal constante
de v0 = 5 m/s.
0
x 5t 1 s.
v 5= = =
A componente vertical da velocidade é:
( )y 0y y yv v g t v 0 10 1 v 10 m/s.= + = + =
Compondo as velocidades horizontal e vertical no ponto de chegada:
2 2 2 2 20 yv v v v 5 10 v 125
v 5 5 m/s.
= + = + =
=
5. a
Como o avião bombardeiro tem velocidade horizontal constante, as bombas que são abandonadas têm
essa mesma velocidade horizontal, por isso estão sempre abaixo dele. No referencial do outro avião que
segue trajetória paralela à do bombardeiro, o movimento das bombas corresponde a uma queda livre,
uma vez que a resistência do ar pode ser desprezada. A figura mostra as trajetórias parabólicas das
bombas 1 2 3B , B , B e 4B abandonadas, respectivamente, dos pontos 1 2 3P , P , P e 4P no referencial em
repouso sobre a superfície da Terra.
F
ís.
6. e
Do primeiro gráfico extraímos que no eixo x foi deslocado 4 m enquanto que no eixo y houve 20 m de
deslocamento. Há necessidade de se saber qual o tempo em que isto ocorreu e visualizamos no segundo
gráfico a informação de posição em x e tempo. Esta componente tem uma dependência linear com o
tempo (no eixo horizontal temos um MRU) e retiramos o tempo para um deslocamento horizontal de 4
m a fim de equalizar com a informação do primeiro gráfico.
t 4 16t 0,8 s
4 20 20= = =
O movimento vertical representa um movimento retilíneo uniformemente variado, sendo a equação da
posição vertical dada por:
20 0y
1y y v t gt
2= + −
Substituindo os valores:
20y
0y
20 0 v 0,8 5 (0,8)
20 3,2v 29 m / s
0,8
= + −
+= =
7. e
[I] Correta. Se a resistência do ar é desprezível, durante todo o movimento a aceleração da bola é a
aceleração da gravidade.
[II] Correta. A resultante das forças sobre a bola é seu próprio peso, não havendo forças horizontais sobre
ela. Portanto, a componente horizontal da velocidade é constante.
[III] Incorreta. A velocidade escalar da bola no ponto de altura máxima é igual a componente horizontal
da velocidade em qualquer outro ponto da trajetória.
8. c
No eixo horizontal, o movimento é uniforme com velocidade constante Hv , portanto com a distância
percorrida e o tempo, podemos calculá-la.
H H Hs 60 m
v v v 15 m st 4 s
Δ
Δ= = =
F
ís.
Com o auxílio da trigonometria e com a velocidade horizontal Hv , calculamos a velocidade de
lançamento v.
H Hv v 15 m scos v v 25 m s
v cos 0,6β
β= = = =
Portanto, na ordem solicitada na questão a resposta correta é alternativa [C].
9. d
Sendo desprezível a resistência do ar, durante a queda as duas motos adquirem a mesma aceleração, que
é a aceleração da gravidade ( )a g .=r r
10. d
Sabendo que no ponto mais alto da trajetória (ponto de altura máxima) a componente vertical da
velocidade é nula, pode-se calcular o tempo de descida do projétil.
y
2
máx o
2
g tS h v
2
10 t8,45
2
t 1,3 s
Δ
= = +
=
=
Como o tempo de descida é o mesmo da subida, então temos que o tempo total do movimento é o
dobro da descida.
Analisando somente o movimento na horizontal, podemos analisa-lo como um movimento retilíneo
uniforme (MRU). Assim,
x TS v t
S 9 2,6
S 23,4 m
Δ
Δ
Δ
=
=
=
11. b
No ponto mais alto da trajetória, a força resultante sobre o objeto é seu próprio peso, de direção vertical
e sentido para baixo.
12. d
Decompondo a velocidade em componentes horizontal e vertical, temos:
x 0
y 0
V V .cos 100x0,6 60 m/s
V V .sen 100x0,8 80 m/s
α
α
= = =
= = =
Na vertical o movimento é uniformemente variado. Sendo assim:
2 2 2y y
1S V .t gt 300 80t 5t t 16t 60 0
2Δ = + → = − → − + =
Como o projétil já passou pelo ponto mais alto, devemos considerar o maior tempo (10s).
Na horizontal, o movimento é uniforme. Sendo assim:
x xS V .t D 60x10 600mΔ = → = =
13. e
O movimento na vertical é uniformemente variado:
2 20
1 1S V .t at 740 3,7t t 20s
2 2 = + → = → =
F
ís.
O movimento na horizontal é uniforme:
S V.t 30 20 600m = = =
14. d
Como a esfera caiu de 0,80 m podemos calcular o tempo de queda.
S = S0 + v0.t + gt2/2
0,80 = 0 + 0 + 10.t2/2
0,80 = 5.t2
0,16 = t2 → t = 0,4 s
Este também é o tempo de avanço da bolinha.
Como na horizontal não existem forças durante a queda, na horizontal o movimento é uniforme.
S 2,80v 7 m / s
t 0,4
= = =
15. b
Dados: D = 25,5 m; H = 11,25 m; vx = 8 m/s; g = 10 m/s2.
Sabemos que no ponto mais alto a componente vertical (vy) da velocidade é nula. Aplicando, então, a
equação de Torricelli ao eixo y:
( )( )2 2 2y 0y 0y 0y
0y
v v 2 g y 0 v 2 g H v 2 g H 2 10 11,25 225
v 15 m / s.
Δ= − = − = = =
=
Aplicando a equação da velocidade, também no eixo y, calculemos o tempo de subida (ts).
0yy 0y 0y s s s
v 15v v g t 0 v g t t t 1,5 s.
g 10= − = − = = =
O tempo total (tT) é:
( )T s Tt 2 t 2 1,5 t 3 s.= = =
Na direção horizontal a componente da velocidade (vx) é constante. O alcance horizontal (A) é, então:
( )x TA v t A 8 3 A 24 m.= = =
Para pegar a bola, Protásio deverá percorrer:
S D A 25,5 24 S 1,5 m.Δ Δ= − = − =
Como a aceleração é suposta constante, o movimento é uniformemente variado. Então:
( )22 2
T1 1 1
S a t 1,5 a 3 a m / s .2 2 3
Δ = = =
Questão Contexto B
OBS: Essa questão foi cobrada na prova de Matemática, mas admite solução através de conceitos Físicos,
aliás, solução bem mais simples e curta. Serão dadas aqui as duas soluções.
1ª Solução (Matemática):
Encontremos, primeiramente, a equação da parábola que passa pelos pontos dados:
F
ís.
A equação reduzida da parábola de raízes x1 e x2 é: ( )( )1 2y a x x x x .= − −
Nesse caso temos: x1 = 0 e x2 = 40.
Substituindo esses valores na equação dada:
( )( ) 2y a x 0 x 40 y ax 40ax.= − − = −
Para x = 30 y = 3. Então:
( ) ( )2 1
3 a 30 40a 30 3 900a 1200a a .100
= − = − = −
Assim, a equação da parábola mostrada é:
2 2x 1 x 2
y 40 x y x.100 100 100 5
− = − − = − +
Para x = 20 h = H. Então:
( )( )
220 2
H 20 H 4 8 100 5
H 4 m.
= − + = − +
=
2ª Solução (Física):
Pela regra de Galileu, sabemos que, para qualquer movimento uniformemente variado (M.U.V.) com
velocidade inicial nula, os espaços percorridos em intervalos de tempo (t) iguais e subsequentes, as
distâncias percorridas são: d, 3d, 5d, 7d...
Ora, a queda livre e o lançamento horizontal na direção vertical são movimentos uniformemente variados a
partir do repouso, valendo, portanto a regra de Galileu. Assim, se a distância de queda num intervalo de
tempo inicial (t) é h, nos intervalos iguais e subsequentes as distâncias percorridas na queda serão: 3h, 5h,
7h...
O lançamento oblíquo, a partir do ponto mais alto (A), pode ser considerando um lançamento horizontal.
Como a componente horizontal da velocidade inicial se mantém constante (vx = v0x), os intervalos de tempo
de A até B e de B até C são iguais, pois as distâncias horizontais são iguais (10 m).
Assim, se de A até B a bola cai h, de B até C ela cai 3h, como ilustrado na figura.
Então:
3h 3 h 1 m.
Mas : H 3h h 3 1 H 4 m.
= =
= + = + =
3ª Solução (Física):
Como as distâncias horizontais percorridas entre A e B e entre B e C são iguais, os intervalos de tempo entre
esses pontos também são iguais, pois a componente horizontal da velocidade se mantém constante (vx = v0x).
Assim, se o tempo de A até B é t, de A até C é 2t.
F
ís.
Equacionando a distância vertical percorrida na queda de A até B e de A até C, temos:
( )
2
2 2
gA B : h t
2 H 4h.
g gA C : H 2t H 4 t
2 2
→ =
=
→ = =
Mas, da Figura: H h 3 4h h 3 h 1 m.− = − = =
Como H 4h H 4 m.= =
G
eo
.
União Europeia e EUA no
contexto migratório
14
mai
RESUMO
Migrante é todo aquele indivíduo que se desloca de um local para outro em busca de melhores condições
que aquelas encontradas na área de origem. Nesse sentido, existem alguns termos que ajudam a entender se
essa pessoa está saindo ou chegando. São eles:
➢ Emigrante: refere-se ao indivíduo ou população que sai de uma área.
➢ Imigrante: refere-se ao indivíduo ou população que chega em uma área.
Devido aos fatores atrativos e repulsivos, é possível falar de países de emigrantes e de imigrantes. Nos últimos
anos, os principais movimentos migratórios adquiriram um caráter econômico em que alguns países se
destacaram como países de emigração, como México, Índia e Cuba, e outros como países de imigração,
como Canadá, Estados Unidos e Austrália. O exemplo mais conhecido de migração mundial é a de latinos
para os Estados Unidos, destacando-se a migração ilegal através da fronteira México-Estados Unidos, apesar
de ser completamente fechada, com a presença de câmeras, sensores, muros e guardas, cenário que tende
a se agravar com a política Trump. Visando à redução da entrada de latinos, o país adotou diversas medidas,
como a legalização dos latinos que já residem no país, o fortalecimento da fronteira e o estímulo à instalação
de indústrias maquiladoras no México. Em alguns casos, a realidade enfrentada pelos migrantes em seu novo
local de residência é diferente do esperado, enfrentando a exploração de mão de obra, o preconceito
(xenofobia) e a ausência de direitos
sociais.
Os refugiados
Definem-se como refugiados pessoas que deixam seus países para escapar da guerra e da perseguição
(política, econômica, étnica, religiosa) e que podem provar isso de alguma forma. Diferenciar o que é um
imigrante de um refugiado parece ser complexo. A questão é saber se a pessoa está sendo empurrada para
fora de seu país ou se está sendo atraída por outro país. De acordo com a Convenção de Refugiados de
1951, realizada pela ONU, desde que solicitado o asilo, essas pessoas não podem ser enviadas de volta aos
países onde suas vidas são ameaçadas. Nos últimos anos, tem-se observado o grande número de migrantes
em direção à Europa, sobretudo indivíduos advindos da Síria e da Líbia. Entre as razões desse deslocamento,
destaca-se a guerra civil, como a verificada na Síria, com a atuação do Estado Islâmico, que gera uma
instabilidade política no país. Países do norte da África também compõem um grande número de imigrações
para a Europa. Isso ocorre pois o continente europeu é abastado economicamente e está cercado por países
passando por dificuldades econômicas e sociais. Ao mesmo tempo que parece justo a tentativa de começar
uma nova vida em outro país, a Europa pode se complicar no planejamento, uma vez que o contingente
populacional cresce bastante, e assim a concorrência por empregos, demanda por políticas de direitos e
infraestrutura são cada vez mais demandadas. Apesar disso, tanto no caso dos EUA como no da Europa, os
imigrantes passam a compor a renda dos países por serem uma parcela significativa que acaba encontra
nichos de trabalho para se estabelecer.
EXERCÍCIOS
1. Com base no mapa e nos seus conhecimentos sobre as migrações internacionais, assinale a alternativa
INCORRETA:
G
eo
.
a) Alguns países europeus e os EUA apresentam um significativo número de cidades com grandes
contingentes de população imigrante.
b) A União Européia e os EUA têm estabelecido rigorosos controles de imigração, sobretudo em
relação aos imigrantes ilegais vindos do Canadá.
c) Os países americanos, em particular os EUA, receberam um número significativo de imigrantes
europeus até meados do século passado.
d) A Europa ocidental caracteriza-se atualmente por ser um pólo de atração de imigrantes, o que tem
levado a uma regulamentação mais severa no controle da imigração.
e) O Oriente Médio, a Austrália e a China apresentam algumas cidades com grandes contingentes de
população imigrante.
2. Logo após a entrada de milhares de imigrantes norte africanos na Itália, em abril deste ano, o presidente
da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro ministro da Itália, Silvio Berlusconi, fizeram as seguintes
declarações a respeito de um consenso entre países da União Europeia (UE) e associados.
Queremos mantê-lo vivo, mas para isso é preciso reformá-lo. - Nicolas Sarkozy
Não queremos colocá-lo em causa, mas em situações excepcionais acreditamos que é preciso fazer
alterações, sobre as quais decidimos trabalhar em conjunto. - Silvio Berlusconi http://pt.euronews.net. Acesso em julho/2011. Adaptado.
Sarkozy e Berlusconi encaminharam pedido à UE, solicitando a revisão do
a) Tratado de Maastricht, o qual concede anistia aos imigrantes ilegais radicados em países europeus
há mais de 5 anos.
b) Acordo de Schengen, segundo o qual Itália e França devem formular políticas sociais de natureza
bilateral.
c) Tratado de Maastricht, que implementou a União Econômica Monetária e a moeda única em todos
os países da UE.
d) Tratado de Roma, que cirou a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e suprimiu os controles
alfangedarios nas fronteiras internas.
e) Acordo de Schengen, pelo qual se assegura a livre circulação de pessoas pelos países signatários
desse acordo.
3. O número total de refugiados por causa da guerra civil na Síria chegou a 2 milhões, informa nesta terça-
feira [03. 09.2013] o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur. De acordo com um
informe da agência, não hã previsão de melhora na situação, que já dura dois anos e meio. Ainda de
acordo com o Acnur, o número de refugiados representa um salto de quase 1,8 milhão em 12 meses.
Há exato um ano, o número de sírios registrados como refugiados ou aguardando registro era de 230
mil. (http://g1 .globocom. Adaptado.)
G
eo
.
Considerando as diversas causas que determinam a natureza dos fluxos demográficos, o termo que
melhor qualifica o tipo de migração retratado no texto é migração
a) sazonal.
b) espontânea.
c) forçada.
d) pendular.
e) de retorno.
4. Um tema recorrente no debate contemporâneo é a migração global. A Organização das Nações Unidas
estima que existam 232 milhões de migrantes em todo o mundo (ONU, 2013). Há, atualmente, mais
mobilidade que em qualquer outra época da história mundial. Comparando a migração atual com a do
século XIX, é correto afirmar:
a) Até o século XIX, as nações norte-americanas destacaram-se como emissoras de migrantes,
enquanto, hoje em dia, encontram-se entre as principais receptoras desses fluxos, sobretudo os
originários do continente africano.
b) Diferentemente do que ocorreu no século XIX, os recursos envolvidos são um traço diferenciador
na atualidade, pois remessas enviadas por migrantes originários de nações pobres, como Haiti e
Jamaica, são, muitas vezes, utilizadas para sustentar suas famílias no país de origem, além de
representarem parte significativa do PIB desses países.
c) Países europeus, como Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, foram importantes emissores de migrantes
no século XIX e continuam a figurar, hoje em dia, dentre os países com maior fluxo migratório para
os EUA.
d) No século XIX, a emissão e a recepção de migrantes concentravam-se na Europa, enquanto, na
atualidade, a emissão restringe-se à América do Sul e a recepção tem alcance global.
e) O movimento migratório do continente africano para a Ásia foi significativo no século XIX e,
atualmente, apresenta importante crescimento decorrente de políticas de cooperação
internacional (Ásia/África) para o desenvolvimento socioeconômico africano, especialmente para
Angola e África do Sul.
5. Imigrantes cruzam a Macedônia para chegar ao Norte da Europa
Figura 4. Última fase do crescimento populacional
G
eo
.
Indique a afirmação correta a respeito dos grandes fluxos migratórios atuais no contexto da
globalização.
a) Envolvem imigrantes da América Latina, do norte da África e do Oriente Médio, atraídos pela
industrialização fordista da Europa e dos Estados Unidos, que gera trabalho nas fábricas e na
construção civil.
b) Direcionam-se para os países ricos ou em crescimento econômico e envolvem aquelas áreas de
expulsão, cujas populações de origem sempre tiveram culturalmente vocação para a realização de
grandes deslocamentos.
c) Resultam das diferenças entre a situação econômica dos países pobres e ricos e se direcionam para
os lugares em que as populações falam a mesma língua ou possuem proximidades culturais.
d) Assumem distintas direções, sendo que uma das rotas dos imigrantes para a Europa inicia-se em
países do Oriente Médio e da costa oriental do norte da África, indo até a Grécia, com travessia pelo
mar Mediterrâneo.
6. Os refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições. Com frequência, sua
situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança
acesso à assistência dos Estados, da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e de outras
organizações. ADRIAN EDWARDS. Adaptado de acnur.org, outubro/2015.
O conceito de refugiado, apresentado no texto, está diretamente associado aos problemas políticos e
econômicos que afetam diversos países na atualidade. Nos últimos anos, a região de origem que tem
contribuído com o maior número de refugiados em direção a países da União Europeia é:
a) Leste Europeu
b) Oriente Médio
c) Extremo Oriente
d) Península Balcânica
7. Texto I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território húngaro apenas no primeiro semestre de 2015.
de um muro de quatro metros de
altura e 175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou o ministro húngaro das Relações
a imigração é muito demorada, e
a Hungria não pode esperar. Temos qu Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
Texto II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de
xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi invadido por cartazes nos quais o chefe do
executivo insta os imigrantes a respeitarem Para
o ACNUR, a medida é surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada por pequenos grupos
radicais e não pelo próprio governo do país. Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
O posicionamento governamental citado nos textos é criticado pelo ACNUR por ser considerado um
caminho para o(a)
a) alteração do regime político.
b) fragilização da supremacia nacional.
c) expansão dos domínios geográficos.
d) cerceamento da liberdade de expressão.
e) fortalecimento das práticas de discriminação.
G
eo
.
8. As migrações transnacionais, intensificadas e generalizadas nas últimas décadas do século XX,
expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também
mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e coletividades para lugares próximos e distantes,
envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores
socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes
compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas. IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.
A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação
social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas
últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são
a) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração.
b) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes.
c) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes.
d) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados.
e) a fuga decorrente de conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais.
9. Os imigrantes brasileiros enviaram US$ 7 bilhões ao país a partir dos EUA em 2006, segundo estudo do
BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) obtido pelo "Financial Times". Assim, os brasileiros só
perdem para os mexicanos (US$ 23 bilhões em 2006) no ranking de remessas de latino-americanos para
seus países de origem. Sem o dinheiro enviado pelos imigrantes, entre 8 milhões e 10 milhões de
famílias viveriam abaixo da linha da pobreza. http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=343070
Considerando as características dos movimentos demográficos atuais, analise as afirmações abaixo:
I) A fronteira mexicana e a Costa Oeste norte-americana revelam- se as principais portas de entrada
dos imigrantes ilegais, assim como os países do Mediterrâneo o são para a Europa.
II) Imigrantes geralmente são essenciais para as economias desenvolvidas, pois servem comomão-de-
obra barata e com poucos benefícios sociais e econômicos.
III) Apesar do surgimento de uma classe local de extrema direita, fortemente xenófoba e racista, nos
países ricos, o imigrante do Terceiro Mundo pode ter papel importante na reversão do
envelhecimento daquelas populações.
IV) Na realidade, o impacto da imigração ilegal pode ser sentido no elevado índice de desemprego
dos países centrais, que é maior que nos países subdesenvolvidos, pois concorrem com os baixos
salários pagos aos clandestinos.
Estão corretas:
a) apenas I.
b) apenas I e II.
c) apenas I, II e III.
d) todas as afirmações.
e) nenhuma das afirmações.
10. O entendimento dos processos sociais envolvidos nos fluxos de pessoas entre países, regiões e
continentes passa pelo reconhecimento de que sob a rubrica migração internacional estão envolvidos
fenômenos distintos, com grupos sociais e implicações diversas. A migração internacional, no
contexto da globalização, é inevitável e deve ser entendida como parte das estratégias de
sobrevivência, de impulso para alcançar novos horizontes, e a globalização, nesse contexto, age como
fator de estímulo.
Explique por que a globalização é um estímulo à migração internacional. Cite dois aspectos
ou
G
eo
.
GABARITO
Exercícios
1. b
O que é mais necessário para resolver a questão é prestar atenção no comando dela. A questão pede
uma alternativa INCORRETA. Tendo isso em mente, achamos a resposta facilmente. Não são os
2. e
O Acordo de Schengen foi consensual entre os países da União Europeia que defendiam a livre circulação
de pessoas. Com a massiva entrada de imigrantes africanos na Itália, o país cedeu documentos para que
esses imigrantes pudessem circular livremente pela Europa, fato que incomodou o governo Francês.
3. c
A migração é forçada a partir do momento em que existe um contexto de guerra onde as pessoas se
veem obrigadas a sair do território em busca de condições de sobrevivência.
4. b
A questão da migração é polemica pois os migrantes incorporados nas economias dos países
desenvolvidos se tornam parte significante do PIB e da produção daquele país. Muitas vezes eles tem
condições diferentes do trabalho, mais lucrativas para o empregador.
5. d
O principal fluxo migratório para a Europa vem do oriente médio, regiões de guerra, e do norte da África
em busca de melhores condições de vida.
6. b
Pôr no Oriente Médio existirem muitos conflitos políticos, religiosos e econômicos, e sua proximidade
com o continente mais rico do mundo, existem muitas migrações para lá.
7. e
A decisão da Hungria de construir um muro por conta própria foi mal vista por fortalecer um discurso
anti-migracionista, que não resolve os problemas da desigualdade de oportunidades e xenofobia na
região.
8. a
Para resolver a questão, deve-se ter cuidado com o comando dela, ou seja, o que a questão pede. Uma
razão para os movimentos migratórios está associada com a busca de melhores condições de vida e
emprego e uma política dos países desenvolvidos é tentar conter esse avanço.
9. c
Os países centrais não possuem mais desemprego do que os países subdesenvolvidos. Os imigrantes
ilegais dificilmente conseguem empregos formais para concorrer com os nativos.
10. O desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, a concentração de renda e oportunidade
em determinados países, e a formação de blocos econômicos são fatores que influenciam a migração
internacional. O motivo das migrações se relaciona com a busca por melhores condições de vida.
H
is.
O Processo de Independência
do Brasil 14
mai
RESUMO
D. João VI Rei de Portugal
O processo de independência brasileiro começou alguns anos antes com a vinda da corte portuguesa
para o Rio de Janeiro, o Príncipe Regente D. João (que governava em nome de sua mãe a Rainha D. Maria de
Portugal) introduziu uma série de mudanç -
infraestrutura como a Real Academia de Belas Artes e fundou o Banco do Brasil.
Essas medidas ajudaram o Brasil, mesmo ainda sob o domínio de Portugal a ter certa autonomia
política, como por exemplo, ter representantes nas Cortes portuguesas. Com a Revolução do Porto de 1820,
que exigia a volta de D. João VI (agora Rei de Portugal) para a elaboração de uma nova constituição e o
rebaixamento do Brasil á categoria de colônia a Corte portuguesa volta a Lisboa em março de 1821 deixando
como príncipe regente D. Pedro I filho de D. João.
As Cortes portuguesas continuavam a pressionar o rei pela restauração da posição de colônia do
Brasil, porém as elites econômicas brasileiras, ligadas ao café, gostaram da autonomia e dos lucros
proveniente da abertura dos portos, assim em 9 de janeiro de 1822 D. Pedro recebeu uma carta com 8.000
assinaturas dessa elite cafeeira pedindo sua permanência após várias pressões da coroa portuguesa pela sua
volta, este dia ficou conhecido como Dia Do Fico.
D. Pedro tinha o apoio de grande parte da população brasileira, porém não tinha muito apoio entre
os colonos portugueses e os administradores e militares da coroa. O general Avilés tentou forçar o embarque
do Regente, porém foi impedido pelos partidários de D. Pedro que resistiram as tropas do comandante das
forças portuguesas no Brasil.
Chegada da família real no Brasil
H
is.
O Príncipe Regente sofreu várias demissões dos seus ministros portugueses e leais as Cortes, assim
D. Pedro convocou um novo ministério com os movimentos emancipatórios sob a liderança de José
Bonifácio que era Vice-Presidente da Junta Governativa de São Paulo e convocou uma Assembleia
Constituinte.
Promulgou uma lei dizendo que todas as ordens vindas de Portugal teriam que ser aprovadas por ele,
ainda formou uma marinha de guerra contratando mercenários do Lorde Cochrane e expulsou os soldados
portugueses do território brasileiro. Na Bahia os portugueses em sua maioria comerciantes organizaram uma
resistência contra as medidas que protegiam a autonomia brasileira de D. Pedro, nesse momento o Brasil
estava praticamente independente, a autonomia de Reino Unido foi ampliada com a formação de forças
armadas independentes e a os vetos as ordens de Portugal deram uma condição de independência.
Retrato de corte de D. Pedro I
O rompimento definitivo com a metrópole veio em 7 de setembro de 1822, porém antes dessa data
as medidas de D. Pedro já tinham sido tornadas ilegais, foi ordenada o fim da Assembleia e o regresso
imediato do príncipe a Lisboa. Assim no Dia da Independência D. Pedro quando voltava de uma viajem a
Minas e São Paulo para conseguir apoio da elite agrícola, enquanto voltava de Santos recebeu uma carta
quando passava pela região do Ipiranga em São Paulo pedindo o retorno imediato. Lá D. Pedro deu o famoso
No dia 12 de outubro de 1822 D. Pedro foi aclamado Imperador do Brasil, sendo coroado como o
primeiro de seu nome (D. Pedro I) no dia 1º de dezembro do mesmo ano. Após isso se sucedeu um processo
de instalação seguido de lutas no norte como Bahia e Piauí e no sul na Província da Cisplatina que durou
praticamente até sua abdicação em 1831.
EXERCÍCIOS DE AULA
1. A vinda da Família Real ao Brasil está diretamente ligada ao seguinte episódio:
a) a adesão portuguesa ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão;
b) o desafio de Portugal ao decreto napoleônico do Bloqueio Continental e sua aliança com a
Inglaterra;
c) a habilidade diplomática de D. João que fez aliança com a França e Inglaterra para sair da Europa
em guerra;
d) o apoio português às tropas franco-hispânicas para evitar as guerras de independência na América;
e) a articulação entre os fazendeiros de café do Vale do Paraíba e as Cortes portuguesas para a
independência do Brasil.
2. No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que:
a) praticamente desapareceu pois, o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.
b) regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de
beterraba na Europa.
H
is.
c) conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais
preciosos que drenava todos os recursos.
d) ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim
da exploração de metais preciosos em grande escala.
e) regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de
beterraba na Europa.
3. Quando se estabelece uma comparação entre monarquia brasileira e os períodos coloniais e
republicanos, imediatamente anteriores e posteriores, é relevante mencionar que:
a) a grande marca da monarquia foi a liquidação da grande propriedade que predomina nos outros
períodos;
b) coube à República e ao Período Colonial apresentar diferenças, como o trabalho imigrante e o
escravismo, que o Império não conheceu;
c) a monarquia fez predominar uma tendência centralizadora muito contrária ao federalismo da
República e à subordinação da Colônia;
d) o Período Colonial e também a Primeira República fizeram valer apenas a autoridade nacional,
enquanto, no Império, os governos provinciais eram escolhidos por eleições locais;
e) enquanto Colônia e República apresentaram, com destaque, economias voltadas para a
exportação, em todo o Império predominou a atividade introvertida.
4. Apesar do Alvará de Liberdade Industrial de 1808, o desenvolvimento industrial brasileiro não ocorreu,
dentre outros fatores, porque:
a) a elite agrária, defensora das atividades manufatureiras, não tinha, contudo, expressão política.
b) a falta de capital anulava as vantagens da excelente rede de transportes e comunicação da época.
c) o tratado de 1810, com a Inglaterra, anulava nosso esforço industrial, já que oferecia a este país o
controle de nosso mercado.
d) embora com grande mercado e mão-de-obra qualificada, faltava-nos tecnologia.
e) a manutenção do rígido monopólio colonial impedia o sucesso de nossa industrialização.
5. Como em 1822, a união contra o perigo comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece
como o complemento necessário do 7 de setembro.
(1822 Dimensões - Carlos Guilherme Mota)
O perigo comum a que se refere o texto e a complementação referida seriam:
a) a ameaça de recolonização liderada pelo partido português derrotado na Independência e na
Abdicação a 7 de abril de 1831.
b) a oposição dos grandes proprietários, que na Independência e Abdicação pretendiam liquidar com
a escravidão.
c) o apoio dos democratas do Partido Brasileiro em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro
I.
d) a união da Maçonaria e Apostolado para implantar a República nestes dois momentos históricos.
e) a coincidência de projeto de nação entre as elites portuguesa e brasileira em ambas as
oportunidades.
6. "Odeio cordialmente as revoluções... Nas reformas deve haver muita prudência... Nada se deve fazer
aos saltos, mas tudo por graus como manda a natureza... Nunca fui nem serei absolutista, mas nem por
isso me alistarei jamais debaixo das esfarrapadas bandeiras da suja e caótica democracia". (José Bonifácio de Andrada e Silva, 1822.)
Analise o texto, associando-o ao processo de independência do Brasil no que se refere:
a) à forma assumida pela monarquia no Brasil.
b) à participação popular.
7. Caio Prado Júnior, falecido em novembro de 1990, foi um dos mais importantes historiadores
brasileiros deste século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, de 1942, escreveu
H
is.
"O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por esses acontecimentos relevantes que
são a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da
emancipação política do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em nossa evolução e inicia em todos os
terrenos, social, político e econômico, uma fase nova."
Para cada um dos "terrenos" mencionados por Caio Prado Jr. ("social, político e econômico") indique
e analise uma transformação importante ocorrida no século XIX.
8. Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil:
a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com
os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da
América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação
estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos
internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma exterior
monárquica.
9. O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX
A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808. Portanto, o mapa
retrata:
a) O Tratado de Comércio e Navegação, assinado entre D. João e Lord Strangford, que garantia
liberdade comercial para ingleses e portugueses.
b) O Tratado de Fontainebleau, assinado por França e Espanha, que supunha a invasão de Portugal e
divisão de suas colônias.
c) A Convenção Secreta, acordo entre Inglaterra e Portugal, que determinava a defesa marítima dos
lusitanos pelos ingleses.
d) o Bloqueio Continental determinado por Napoleão Bonaparte, que proibia os países europeus de
comercializarem com os ingleses.
10. Observe a charge abaixo.
H
is.
(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998.)
A charge SATIRIZA
a) o estabelecimento de casas comerciais inglesas no Brasil.
b) a procura de produtos ingleses pela população devido aos baixos preços.
c) o incremento do comércio de produtos brasileiros devido ao desenvolvimento industrial.
d) a entrada maciça de produtos ingleses no Brasil após a assinatura do Tratado de 1810.
e) a política protecionista adotada por D. João VI através da concessão de privilégios aos produtos
portugueses.
11. A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298)
A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à decisão da
Coroa portuguesa de:
a) conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras.
b) interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra.
c) proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa.
d) romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses.
e) abrir os portos brasileiros ao livre-
12. Por volta de 1820, a burguesia portuguesa inicia uma revolução liberal. Controlando o poder, propõe-
se a recuperar a economia do Reino e exige medidas imediatas como:
a) alianças com a Inglaterra e acordos para iniciar a industrialização;
b) aplicação de leis protecionistas para ampliação do mercado interno português;
c) coroar D. Pedro. Imperador de Portugal e adotar uma constituição liberal;
d) desligar-se da dependência inglesa;
e) regresso de D. João VI à Metrópole e recolonização do Brasil
13. A transferência da Corte portuguesa alterou o estatuto colonial brasileiro, com a adoção de inúmeras
medidas, entre elas a assinatura da Carta Régia de 1808, que permitia a abertura dos portos brasileiros
para o exterior. Essa abertura dos portos significou para o Brasil:
H
is.
a) a proibição de instalação de manufaturas que pudessem concorrer com os produtos ingleses;
b) a manutenção do Pacto Colonial, garantindo ao Brasil o estatuto de colônia portuguesa;
c) a penetração do Brasil no mercado internacional, como parceiro igual das grandes potências
mundiais;
d) um passo no processo de emancipação política do Brasil e seu ingresso na órbita de influência
britânica;
e) a afirmação da economia brasileira, que deixa de ser área de influência norte-americana.
14. Com o desenvolvimento dos movimentos de independência dos Estados Unidos e das Américas
portuguesa e espanhola, surgiu um novo reordenamento político-econômico mundial. Com relação a
este processo, marque a alternativa CORRETA:
a) A abertura dos portos às nações amigas e os Tratados de 1810 acabaram com o monopólio colonial
português no Brasil. A maior beneficiária destas medidas foi a Inglaterra, que passou a ter o
mercado brasileiro como o maior consumidor de seus produtos industrializados;
b) A independência dos Estados Unidos, tardia em relação às outras colônias do Novo Mundo, ao
romper com o pacto colonial em meados do século XIX, abriu espaço para a ascensão holandesa
e francesa no continente norte-americano;
c) Os movimentos de independência das colônias latino-americanas, mesmo sendo conduzidos pelas
elites locais, estavam profundamente comprometidos com a expansão inglesa de Oliver Cromwell;
d) A monarquia portuguesa, ao conseguir a sua restauração após a expulsão dos exércitos
napoleônicos, aliou-se à Espanha contra a Inglaterra, reassumindo plenamente o controle da
colônia brasileira.
15. Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela
distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade, não raro, de
interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou
indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação política.
No Brasil, as duas aspirações a da independência e a da unidade não nascem juntas e, por longo
tempo ainda, não caminham de mãos dadas.
volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.
ue o autor se
refere.
b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações
mencionadas no item a).
QUESTÃO CONTEXTO
O período joanino preparou o Brasil para sua independência, as construções de D. João IV e a vinda de
autoridades do reino foram os fatores que deram as bases para a formação do estado brasileiro. Explique
como essas novas estruturas materiais e legislativas formaram o estado brasileiro.
H
is.
GABARITO
Exercícios
1. b
Portugal era um importante aliado dos ingleses, assim mesmo com o bloqueio continental Portugal
continuou comercializando com os ingleses, o que provocou a invasão napoleônica.
2. e
o açúcar antilhano e o da beterraba eram muito mais baratos do que o açúcar brasileiro, isso gerou uma
decadência a cultura aqui no Brasil.
3. c
a monarquia centralizou demasiadamente o poder no Brasil sendo que esse foi um dos principais motivos
para a abdicação de D. Pedro I.
4. c
os produtos ingleses dominavam o mercado brasileiro não deixando espaço para os produtos brasileiros.
5. a
a abdicação na visão do autor seria a finalização da formação do estado brasileiro, a consolidação da
independência.
6. a) o estabelecimento de uma monarquia constitucional assegurou a unidade política e territorial do Brasil
e a manutenção da estrutura aristocrática e escravista da sociedade em favor da elite agrária.
b) A participação popular na independência do Brasil, restringiu-se à Conjuração Baiana (1798) e na
Guerra de Independência (1822) nas províncias da Bahia e do Pará, na condição de massa de manobra
manipulada pela elite dominante.
José Bonifácio na sua fala é a caricatura do governo brasileiro naquele período, a independência foi uma
reforma praticamente, já que a maior parte da estrutura do período colonial foi mantida a mesma.
7. O Brasil viveu sua independência política, porém marcou-se a dependência do capitalismo inglês (divisão
internacional do trabalho) e a sociedade viveu sua organização aristocrática e a população excluída do
regime.
Apesar da mesma estrutura escravista e aristocrata a independência brasileira colocou mudanças na
realidade daqui, como a dependência das indústrias inglesas e a criação de uma nova aristocracia.
8. b
a consolidação do estado brasileiro foi longa, já que enfrentou duas guerras (independência e Cisplatina)
além das batalhas políticas internas que iriam acalmar-se relativamente no golpe da maioridade e 1840.
9. d
o bloqueio continental foi a principal razão para a vinda da corte portuguesa para o Brasil, ele previa que
os ingleses sufocariam sem matérias primas e sem vender seus produtos
10. d
os produtos ingleses entraram massivamente no mercado brasileiro depois da abertura dos portos, isso
acabou sendo quase um pagamento pela escolta dos portugueses ao Brasil.
11. e
H
is.
a abertura dos portos é uma quebra no pacto colonial já que agora os negociantes brasileiros podiam
negociar com outros países diretamente.
12. e
apesar de liberal, a revolução pedia a recolonização do Brasil a fim de recuperar a exploração econômica
exclusiva.
13. d
a abertura dos portos colocou o Brasil no capitalismo mundial, já que agora negociava diretamente com
as nações amigas.
14. a
o Brasil entrou na esfera da Inglaterra como colônia e continuou depois da independência por causa da
abertura dos portos.
15. a) As aspirações de independência e de unidade aparecem ao longo de boa parte da história colonial e
monárquica do Brasil. A repressão aos movimentos separatistas e a discussão entre federalismo e
centralismo são exemplos dessas aspirações antagônicas. A diferença está nos projetos de organização
política e econômica do Brasil. Por um lado, o separatismo e as independências, fragmentariam a América
lusitana; por outro lado, o unitarismo desejava manter, ainda que pela força, a unidade territorial e
procurava impor a construção de um país de dimensões continentais, a partir de um poder centralizado.
-se citar como exemplo a outorga da constituição de 1824, de
caráter monárquico, centralista, autoritário e sustentada politicamente no poder moderador. Entretanto,
a implementação daquela carta gerou reações em algumas províncias coadjuvantes naquela conjuntura
política. Um dos mais relevantes exemplos é a Confederação do Equador (1824), republicana e
separatista, contrapondo-se aos pilares da monarquia que surgia e servindo, portanto, como exemplo da
A unidade nacional não foi consolidada logo depois da independência, foram anos onde esta foi
conseguida definitivamente somente com o fim das revoltas regenciais.
Questão Contexto
As estruturas instaladas no Rio de Janeiro como a Academia Militar e a Academia de Belas Artes por D. João
IV eram as primeiras instaladas no Brasil, sem essas instalações e sem o fim das proibições sobre as indústrias
ou a criação do Banco do Brasil o estado não teria a mínima estrutura para funcionar.
L
it.
Romantismo: Exercícios de
aprofundamento
18
maio
EXERCÍCIOS
1. Um elemento importante nos anos de 1820 e 1830 foi o desejo de autonomia literária, tornado mais vivo
depois da como caminho favorável à
expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam
afirmar o particularismo, e portanto a identidade, . (Antonio Candido, O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004, p. 19.)
Tendo em vista o movimento literário mencionado no trecho acima, e seu alcance na história do
período, é correto afirmar que
a) o nacionalismo foi impulsionado na literatura com a vinda da família real, em 1808, quando houve
a introdução da imprensa no Rio de Janeiro e os primeiros livros circularam no país.
b) o indianismo ocupou um lugar de destaque na afirmação das identidades locais, expressando um
viés decadentista e cético quanto à civilização nos trópicos.
c) os autores românticos foram importantes no período por produzirem uma literatura que expressava
aspectos da natureza, da história e das sociedades locais.
d) a população nativa foi considerada a mais original dentro do Romantismo e, graças à atuação dos
literatos, os indígenas passaram a ter direitos políticos que eram vetados aos negros.
2. Zé Araujo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram a chegar que uma
mulher tinha se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas
jurou e não cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim você mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem
razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juros, depois esquece.
O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção que arrupiou os cabelos da Neusa, emendou
com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a
história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo
fechava os olhos e soltava a voz:
Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor/Seus olhos eram circúnvagos/ Do
romantismo azul dos longos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/E os pés muito
pequenos./ Enfim eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus. CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo. São Paulo: Arx, 2006. Adaptado.
O comentário do narrador do romance "[...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de
palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena" relaciona-se ao fato de que essa valsa é
representativa de uma variedade linguística
a) detentora de grande prestigio social.
b) específica da modalidade oral da língua.
c) previsível para o contexto social da narrativa.
d) constituída de construções sintáticas complexas.
e) valorizadora do conteúdo em detrimento da forma.
L
it.
3. O Romantismo não é só um período literário, ele também é um movimento que abarca as artes
plásticas. Assim analise as imagens a seguir.
Acerca dos textos acima, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com as F as falsas.
( ) É possível afirmar que esses textos têm em comum complexos valores ideológicos, próprios da
expressão plástica romântica.
( ) A imagem 1 expressa uma das temáticas do Romantismo, isto é, a liberdade contra a tirania.
( ) A imagem 2 dialoga com o Romantismo por tratar de uma temática cara aos românticos, que é a
exaltação do passado histórico e de caráter nacionalista.
( ) A imagem 3 expressa, de forma dramática, a tragédia de um naufrágio. Nessa obra, é possível
identificar um das características do Romantismo, a hipervalorização dos sentimentos, tanto as do
mundo físico natural como as emoções pessoais.
( ) A imagem 4 dialoga com a obra de José de Alencar, o Uraguai, cuja protagonista é Iracema.
A sequência CORRETA, de cima para baixo é:
a) V V V V F
b) F F V V F
c) F V V F F
d) V V V F V
e) V F V F V
4. Outro traço importante da poesia de Álvares de Azevedo é o gosto pelo prosaísmo e o humor, que
formam a ver- tente para nós mais moderna do Romantismo. A sua obra é a mais variada e complexa
no quadro da nossa poesia romântica; mas a imagem tradicional de poeta sofredor e desesperado
atrapalhou a reconhecer a importância de sua veia humorística.
L
it.
A veia humorística ressaltada pelo crítico Antonio Candido na poesia de Álvares de Azevedo está bem
exemplificada em:
a) Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Por
que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração?
b) Ontem tinha chovido... Que desgraça! Eu ia a trote inglês ardendo em chama, Mas lá vai senão
quando uma carroça Minhas roupas tafuis encheu de lama...
c) Pálida, à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite
embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia!
d) Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de
saudades morreria Se eu morresse amanhã!
e) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por
mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.
5. É ela! é ela! murmurei tremendo,
e o eco ao longe murmurou é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura
a minha lavadeira na janela.
Dessas águas furtadas onde eu moro
eu a vejo estendendo no telhado
os vestidos de chita, as saias brancas;
eu a vejo e suspiro enamorado!
Esta noite eu ousei mais atrevido,
nas telhas que estalavam nos meus passos,
ir espiar seu venturoso sono,
vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado! AZEVEDO, Álvares de. É ela! É ela! É ela! É ela. In: Álvares de Azevedo. São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 44.
Tanto a pintura quanto o excerto apresentados pertencem ao Romantismo. A diferença entre ambos,
porém, diz respeito ao fato de que
L
it.
a) no fragmento verifica-se o retrato de um ser idealizado, ao passo que no quadro tem-se uma figura
retratada de modo pejorativo.
b) na pintura tem-se o retrato de uma mulher de feições austeras, ao passo que no poema nota-se a
descrição de uma mulher sofisticada.
c) no excerto tem-se a descrição realista e não idealizada de uma mulher, ao passo que na pintura
retrata-se uma mulher pertencente à burguesia.
d) na imagem tem-se uma moça cuja caracterização é abstrata, ao passo que no poema tem-se uma
mulher cujo aspecto é burguês e requintado.
e) no quadro constata-se a imagem de uma moça simplória, ao passo que no poema nota-se a
caracterização de uma donzela de vida airada.
6. Alfredo Bosi, em sua História concisa da literatura brasileira, diz a respeito de Inocência, de Visconde
de Taunay:
romântico a sua versão mais sóbria. Homem de pouca fantasia, muito senso de observação, formado
no hábito de pesar com a inteligência as suas relações com a paisagem e o meio (era engenheiro,
militar e pintor), Taunay foi capaz de enquadrar a história de Inocência (1872) em um cenário e em um
conjunto de costumes sertanejos onde tudo é verossímil. Sem que o cuidado de o ser turve a atmosfera
agreste e idílica que até hoje dá um renovado encanto à leitura da obra". (BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2003, p. 144 -145).
Com base no trecho acima, é possível dizer que:
a) Visconde de Taunay, com Inocência, é o introdutor do realismo no Brasil.
b)
c) Por sua pouca fantasia, Inocência não pode ser classificada como obra do romantismo.
d) O senso de observação de Visconde de Taunay em Inocência o leva às portas do naturalismo.
e) A fantasia, aliada ao senso de observação, tornam esta obra o melhor representante do
regionalismo ultrarromântico.
7. Ultrapassando o nível modesto dos predecessores e demonstrando capacidade narrativa bem mais
definida, a obra romanesca deste autor é bastante ambiciosa. A partir de certa altura, este autor
pretendeu abranger com ela, sistematicamente, os diversos aspectos do país no tempo e no espaço,
por meio de narrativas sobre os costumes urbanos, sobre as regiões, sobre o índio. Para pôr em prática
esse projeto, quis forjar um estilo novo, adequado aos temas e baseado numa linguagem que, sem
perder a correção gramatical, se aproximasse da maneira brasileira de falar. Ao fazer isso, estava
tocando o nó do problema (caro aos românticos) da independência estética em relação a Portugal.
Com efeito, caberia aos escritores não apenas focalizar a realidade brasileira, privilegiando as
diferenças patentes na natureza e na população, mas elaborar a expressão que correspondesse à
diferenciação linguística que nos ia distinguindo cada vez mais dos portugueses, numa grande aventura
dentro da mesma língua. (Antonio Candido. O romantismo no Brasil, 2002. Adaptado.
O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor
a) Raul Pompeia.
b) Manuel Antônio de Almeida.
c) José de Alencar.
d) Machado de Assis.
e) Aluísio Azevedo.
L
it.
8. Analise o item que possui um trecho com características nítidas do período literário conhecido como
Romantismo:
a)
cabelos de boninas,/ Nos troncos gravarei os teus l
b) -lhe a fronte a coroa das virgens; sobe-lhe ao rosto a vemelhidão
c) -se de corpo e alma, à sedução da linda rapariga (...) quisera
saciar-se do gozo por muit
d)
e)
embriagante do vinho dos encantos da voz e do sorriso; não lhes sentem o perfume delicado de
9. Considere as afirmações a seguir, referentes às três gerações da poesia romântica brasileira.
I. Gonçalves de Magalhães, com seus Suspiros poéticos e saudades, traduz fielmente, na forma e nos
temas, o espírito do Romantismo, sendo considerado até hoje, pela crítica, como o maior expoente da
primeira geração.
II. Nos autores da segunda geração, como Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, o nacionalismo e
o indianismo da geração precedente cedem lugar a uma poesia marcada pelo individualismo, pela
confissão íntima e pelo extravasamento subjetivo. III. Em Castro Alves, representante principal da terceira geração, a poesia social e a defesa de causas
humanitárias andam, lado a lado, com poemas dedicados à mulher e ao amor sensual.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III.
10. Leia:
No plano estético, presencia-se a reação violenta contra os clássicos: recusando as regras, os modelos,
as normas... Aos gêneros estanques opõem a sua mistura, conforme o livre arbítrio do escritor, à ordem
clássica, a aventura, ao equilíbrio racional, a anarquia, o caos, ao universalismo estético, o
interior. (Massaud Moisés, Dicionário de Termos Literários, Cultrix, p.463)
O autor está discorrendo sobre o:
a) Barroco
b) Arcadismo ou Neoclassicismo
c) Romantismo
d) Naturalismo
e) Modernismo
11.
Quando Seixas achava-se ainda sob o império desta nova contrariedade, apareceu na sala a Aurélia
Camargo, que chegara naquele instante. Sua entrada foi como sempre um deslumbramento; todos os
olhos voltaram-se para ela; pela numerosa e brilhante sociedade ali reunida passou o frêmito das fortes
sensações. Parecia que o baile se ajoelhava para recebê-la com o fervor da adoração. Seixas afastou-
se. Essa mulher humilhava-o. Desde a noite de sua chegada que sofrera a desagradável impressão.
Refugiava-se na indiferença, esforçava-se por combater com o desdém a funesta influência, mas não
o conseguia. A presença de Aurélia, sua esplêndida beleza, era uma obsessão que o oprimia. Quando,
como agora, a tirava da vista fugindo-lhe, não podia arrancá-la da lembrança, nem escapar à admiração
que ela causava e que o perseguia nos elogios proferidos a cada passo em torno de si. No Cassino,
Seixas tivera um reduto onde abrigar-se dessa cruel fascinação. Acesso em: 17.09.2015. Adaptado.
L
it.
É correto afirmar que essa obra pertence ao
a) Romantismo, pois ela critica os valores burgueses, exalta a natureza e a vida simples do campo,
denunciando a corrupção e a hipocrisia na sociedade fluminense do século XX.
b) Romantismo, pois ela enaltece a fragilidade da mulher e exprime de forma contida os sentimentos
das personagens, situando-as no contexto da sociedade paulista do século XX.
c) Romantismo, pois ela exalta a figura feminina, expõe, de maneira exacerbada, os sentimentos das
personagens, tendo como pano de fundo os costumes da sociedade fluminense do século XIX.
d) Modernismo, pois ela idealiza a mulher e a juventude e trata da infelicidade dos amores não
correspondidos, inserindo as personagens na sociedade fluminense do século XX.
e) Modernismo, pois ela se opõe ao exagero na expressão dos sentimentos e ao papel de submissão
destinado às mulheres, retratando o cotidiano da sociedade paulista do século XX.
12. Sua história tem pouca coisa de notável. Fora Leonardo algibebe em Lisboa, sua pátria; aborrecera-se
porém do negócio, e viera ao Brasil. Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o
emprego de que o vemos empossado, e que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas
viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o quê, uma certa Maria da hortaliça, quitandeira das praças
de Lisboa, saloia rochonchuda e bonitota. O Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo
de sua mocidade mal-apessoado, e sobretudo era maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encostada
à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão
assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria, como se já esperasse por aquilo, sorriu-se
como envergonhada do gracejo, e deu-lhe também em ar de disfarce um tremendo beliscão nas costas
da mão esquerda. Era isto uma declaração em forma, segundo os usos da terra: levaram o resto do dia
de namoro cerrado; ao anoitecer passou-se a mesma cena de pisadela e beliscão, com a diferença de
serem desta vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois amantes tão extremosos e
familiares, que pareciam sê-lo de muitos anos. Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias.
Embora de fato pertençam ao Romantismo, as Memórias de um sargento de milícias não apresentam
as características mais típicas e notórias desse movimento. No entanto, analisando-se o trecho aqui
reproduzido, verifica-se que nele se apresenta claramente o seguinte traço do Romantismo:
a) preferência pela narração de aventuras fabulosas e extraordinárias.
b) tendência a emitir juízos morais sobre as condutas da personagens.
c) livre expressão de conteúdos eróticos incomuns e chocantes.
d) tematização franca e aberta da vida popular e cotidiana.
e) busca do raro e do exótico, como meio de fuga da realidade burguesa.
13.
VAGABUNDO
Eu durmo e vivo no sol como um cigano,
Fumando meu cigarro vaporoso,
Nas noites de verão namoro estrela;
Sou pobre, sou mendigo, e sou ditoso!
Ando roto, sem bolsos nem dinheiro;
Mas tenho na viola uma riqueza:
Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza.
(...)
Oito dias lá vão que ando cismado
Na donzela que ali defronte mora.
Ela ao ver-me sorri tão docemente!
Desconfio que a moça me namora!...
Tenho por meu palácio as longas ruas;
L
it.
Passeio a gosto e durmo sem temores;
Quando bebo, sou rei como um poeta,
E o vinho faz sonhar com os amores.
O degrau das igrejas é meu trono,
Minha pátria é o vento que respiro,
Minha mãe é a lua macilenta,
E a preguiça a mulher por quem suspiro.
Escrevo na parede as minhas rimas,
De painéis a carvão adorno a rua;
Como as aves do céu e as flores puras
Abro meu peito ao sol e durmo à lua.
Ora, se por aí alguma bela
Bem doirada e amante da preguiça
Quiser a nívea mão unir à minha
Há de achar-me na Sé, domingo, à Missa.
Álvares de Azevedo
Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, 2000.
Na quinta estrofe do poema Vagabundo, Álvares de Azevedo, poeta da segunda geração do
Romantismo, aborda um tema muito frequente entre os primeiros românticos.
Identifique o tema e explique a diferença entre a abordagem desse tema por Álvares de Azevedo e
pelos poetas românticos da primeira geração.
14. O Desaparecido
Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma
quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso
em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que
estou te embalando dentro de mim. Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens
para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma
crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto
rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um
menino lírico. Olho-me ao espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com
esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando
menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais
publicam de um desaparecido que a família procura em vão. Sim, eu sou um desaparecido cuja
esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou o irreconhecível,
irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante
esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando
teimosamente, docemente em ti, meu amor. (BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.465.)
Quanto à natureza dessa correlação, assinale a alternativa correta.
a) Despontam a melancolia e a nostalgia como modos de representar práticas amorosas
malsucedidas, acompanhando os padrões dos poemas modernistas da primeira fase.
b) Destacam-se a expressão de sentimentos e a correspondência entre manifestações da natureza e
estado da alma, assim como em poemas do Romantismo.
c) Evidencia-se a incompatibilidade do homem com o ritmo veloz da vida urbana, assim como nos
poemas árcades.
d) Projeta-se a espontaneidade que favorece a exteriorização de instintos irrefreáveis, como acontece
em poemas do Naturalismo.
e) Sobressaem a frieza e a impassibilidade como retratos predominantes do espírito lírico, como
ocorre em poemas parnasianos.
L
it.
15. Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num
sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a
exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o
apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o
romance, para o teatro e para a poesia da época. (Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao
Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)
Deve-se depreender do texto que, no século XIX,
a) há uma relação de causa e efeito entre a eclosão do movimento abolicionista e a do indianismo.
b) a poesia abolicionista de um Castro Alves integra a valorização que então se empresta à luta pelos
direitos humanos.
c) a riqueza do teatro, da ficção e da poesia da época é integralmente devedora do sentimento
nacionalista.
d) é a retomada de valores e tradições do século anterior que dá base às conquistas do Romantismo.
e) os ideais abolicionistas foram decisivos para a estabilização dos gêneros da poesia, do teatro e da
ficção no Brasil.
QUESTÃO CONTEXTO
A imagem acima retrata algumas características relacionadas ao Romantismo, estilo de época que se
opunha ao classicismo, ao racionalismo e ao Iluminismo que influenciou a literatura, a pintura, a
música, entre outros. Cite quais são essas características.
L
it.
GABARITO
Exercícios
1. c
O Romantismo é um estilo literário nacionalista e ufanista. Esse estilo literário sofreu influências dos ideais
expressar aquilo que lhe é próprio fato ocorrido também no Brasil. Enquanto na Europa era valorizado
a Idade Média, no Brasil valorizou-se o indígena.
2. a
-personagem reforçam um exemplo de
variação linguística às classes de maior prestígio, as quais ele não pertence e por isso ele acha bonito.
3. a
Verdadeiro. As imagens representam valores do Romantismo. As imagens 1 e 3 fazem menção ao estilo
de arte clássica combatido Delacroix retrata o elemento feminino em um contexto violento, ressaltando
a liberdade pós contexto de tirania e Géricault retoma a questão da violência pela ocorrência do
canibalismo após o naufrágio que o inspirou no típico exagero sentimental romântico. Já as imagens 2 e
4 representam o nacionalismo no Brasil, nação recém-independente.
Verdadeiro. Delacroix retrata o elemento feminino em um contexto violento, ressaltando a liberdade pós
contexto de tirania.
Verdadeiro. A Batalha dos Guararapes foi um episódio brasileiro marcado pelo embate de brasileiros
contra invasores holandeses no século XVII.
Verdadeiro. Géricault retoma a questão da violência pela ocorrência de canibalismo após o naufrágio
que o inspirou, no típico exagero sentimental romântico.
Falso. Iracema é um romance indianista de José de Alencar, retratado na imagem por José Maria de
Medeiros.
4. b
O humor em Álvares de Azevedo fica evidente no trecho da alternativa B, pois isso decorre da descrição
de uma cena cômica em que o eu lírico, elegantemente vestido (roupas tafuis), se vê enlameado por
conta da passagem de uma carroça após um dia de chuva.
5. c
O excerto apresenta uma descrição realista da mulher, da classe trabalhadora e a pintura retrata uma
mulher admirável para os padrões da época de aparência refinada com feições leves e simpáticas,
pertencente à burguesia.
6. b
observação, formado no hábito de pesar com a inteligência as suas relações com a paisagem
percebe-se, então, distanciamento dos parâmetros subjetivos do Romantismo e, portanto, um foco
realista atenuado.
7. c
O comentário de Antônio Cândido faz referência a uma obra que pretendeu apresentar, de forma
abrangente, a cultura nacional, os costumes urbanos, a história e as regiões brasileiras com uma
Logo, é possível concluir que o fragmento se refere a José de Alencar devido ao seu
projeto de literatura.
L
it.
8. b
O fragmento apresentado é romântico de autoria de Alexandre Herculano em Eurico, o Presbítero. Trata-
se da descrição idealizada de Hermengarda durante uma visão febril de Eurico.
9. e
II Correta Os poetas citados são representantes da segunda geração romântica no Brasil, que
enfatizava a confissão e o extravasamento das emoções mais subjetivas.
III Correta Em Castro Alves tem-se uma poesia que trata de temas humanitários, como a abolição dos
escravos, como também a importância pelos versos apaixonados.
10. c
Os Românticos buscam a quebra de valores estabelecidos anteriormente a eles, inclusive por se tratar de
um estilo que nasce com a Revolução Francesa. Está na gênese do estilo literário a valorização da
subjetividade.
11. c
O trecho carrega traços do Romantismo típico dos folhetins do século XIX, como a exaltação da mulher
e a idealização de sua beleza e carisma, tudo com certo exagero, o que é bem típico desse período
romântico, p -
se para ela, parecia que o baile se ajoelhava para recebê-
fundo era a sociedade burguesa carioca da época.
12. d
O fragmento apresentado narra o primeiro encontro entre Leonardo Pataca e Maria das Hortaliças,
completamente distanciado da idealização defendida pelas obras românticas. O rápido envolvimento de
popular e cotidiana.
13. Na quinta estrofe do poema Vagabundo, aborda-se um tema característico da primeira geração de
poetas românticos, que é o da pátria, imortalizado no célebre Canção do exílio, de Gonçalves Dias. Os
primeiros românticos, movidos por um forte sentimento nacionalista e pelo intuito de contribuir para a
construção da identidade nacional, celebraram a pátria e suas belezas naturais, sua origem grandiosa e
seus heróis, notadamente seu primitivo habitante: o índio. Já Álvares de Azevedo, poeta da segunda
geração romântica, considera a pátria sob a ótica individual e subjetiva que caracteriza essa geração de
poetas do Romantismo. Sob tal ótica, a pátria se identifica com a liberdade que o poeta deseja para si
mesmo.
14. b
Os procedimentos indicados são recursos da crônica em questão e de poemas do Romantismo.
15. b
será tema da 3ª geração romântica,
principalmente nos versos de Castro Alves.
Questão Contexto
A imagem representa o Romantismo por meio do egocentrismo, visto que o indivíduo passa a ser o centro
das atenções, o sentimentalismo e a supervalorização das emoções pessoais.
M
at.
Semelhança de triângulos 16
mai
RESUMO
diferentes. Dizemos, assim, que elas são semelhantes entre si. Ex.: O logo do descomplica em tamanhos diferentes são semelhantes.
Semelhança de polígonos:
Polígonos são semelhantes quando possuem: - Ângulos respectivamente iguais. - Lados respectivamente proporcionais.
Semelhança de triângulos:
de seus ângulos
forem congruentes.
Temos que: Vale ressaltar que suas respectivas alturas também são proporcionais!
proporcionais e se os ângulos formados por esses lados forem congruentes.
os três lados respectivamente
proporcionais.
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
M
at.
Quando trabalhamos em um triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa divide a base do triângulo em
dois segmentos, chamados de projeções dos catetos.
a Hipotenusa b Cateto c Cateto h Altura m e n Projeções dos catetos
Podemos ver que temos triângulos semelhantes entre si. Dessas semelhanças, surgem as relações métricas
do triângulo retângulo.
1) Projeções X Altura:
2) Projeções X Cateto X Hipotenusa:
3) Catetos X Hipotenusa X Altura:
4) Teorema de Pitágoras:
Somando as equações do item 2, temos:
→
EXERCÍCIOS
1. A sombra de um poste vertical, projetada pelo Sol sobre um chão plano, mede 12 m. Nesse mesmo
instante, a sombra de um bastão vertical de 1 m de altura mede 0,6 m. A altura do poste é:
a) 6 m
b) 7,2 m
c) 12 m
d) 20 m
e) 72 m
M
at.
2. A figura abaixo tem as seguintes características:
- o ângulo E é reto;
- o segmento de reta AE é paralelo ao segmento BD;
- os segmentos AE, BD e DE, medem, respectivamente, 5, 4 e 3.
O segmento AC, em unidades de comprimento, mede
a) 8.
b) 12.
c) 13.
d) √61.
e) 5√10.
3. Duas cidades, marcadas no desenho abaixo como A e B, estão nas margens retilíneas e opostas de um
rio, cuja largura é constante e igual a 2,5 km, e a distâncias de 2,5 km e de 5 km, respectivamente, de
cada uma das suas margens. Deseja-se construir uma estrada de A até B que, por razões de economia
de orçamento, deve cruzar o rio por uma ponte de comprimento mínimo, ou seja, perpendicular às
margens do rio. As regiões em cada lado do rio e até as cidades são planas e disponíveis para a obra
da estrada. Uma possível planta de tal estrada está esboçada na figura abaixo em linha pontilhada:
Considere que, na figura, o segmento HD é paralelo a AC e a distância HK' = 18km. Calcule a que
distância, em quilômetros, deverá estar a cabeceira da ponte na margem do lado da cidade B (ou seja,
o ponto D) do ponto K, de modo que o percurso total da cidade A até a cidade B tenha comprimento
mínimo.
4. Às 10h15 min de uma manhã ensolarada, as sombras de um edifício e de um poste de 8 metros de altura
foram medidas ao mesmo tempo. Foram encontrados 30 metros e 12 metros, respectivamente,
conforme a ilustração abaixo.
M
at.
De acordo com as informações acima, a altura h do prédio é de:
a) 12 metros.
b) 18 metros.
c) 16 metros.
d) 14 metros.
e) 20 metros.
5. Seja um triângulo ABC, conforme a figura. Se D e E são pontos, respectivamente, de AB e AC, de forma
que AD = 4, DB = 8, DE = x, BC = y, e se DE||BC, então:
a) y = x + 8
b) y = x + 4
c) y = 3x
d) y = 2x
6. Em um dia ensolarado, às 10h da manhã, um edifício de 40 metros de altura produz uma sombra de 18
metros. Nesse mesmo instante, uma pessoa de 1,70 metros de altura, situada ao lado desse edifício,
produz uma sombra de
a) 1,20 metro. b) 3,77 metros. c) 26,47 centímetros. d) 76,5 centímetros. e) 94 centímetros.
7. A sombra de uma torre mede, 4,2 metros de comprimento. Na mesma hora, a sombra de um poste de
3 metros de altura é de 12 metros de comprimento. Qual é a altura da torre?
a) 95 m.
b) 100 m.
c) 105 m.
d) 110 m.
M
at.
8. Determine o valor de x no triângulo abaixo.
9. Na figura a seguir, os ângulos C = E =100o . Os ângulos B = D =50o , BC = 2 cm, AB = 4 cm, DE = 6 cm e
AE = 9 cm
Calcule AC = x e AD = y
10. O soldado Ryan reside no 13º andar de um prédio de 15 andares. Sabe-se a distância entre o piso do
andar onde mora o soldado Ryan e o piso térreo é de 39 m. Uma pessoa com altura de 1,8 m na parada
ao lado desse edifício projeta uma sombra de 30 cm. Neste mesmo instante, a sombra projetada pelo
edifício onde mora o soldado Ryan é igual a:
a) 7 m
b) 8 m
c) 9 m
d) 10 m
e) 11 m
M
at.
GABARITO
1. d
x 12
1 0,6
Multiplicando em cruz, temos:
0,6x=12
x=12/0,6
x=20
20m
2. e
Desde que os triângulos ACE e BCD são semelhantes por AA, vem
CD/CE = BD/AE
CD/ (CD+3) = 4/5
CD = 12
Portanto, aplicando o Teorema de Pitágoras no triângulo ACE, encontramos
AC² = AE² + CE²
AC² = 5² + 15²
AC = 5 √10
3. DK = 12 km
Considere a figura.
O trajeto ACDB tem comprimento mínimo quando B, D e H são colineares. Com efeito, se D' é um ponto
da reta DK e C' é o pé da perpendicular baixada de D' sobre a reta HK', então, pela Desigualdade
Triangular, BD' + D'H + BD' + AC' > BD + DH = BH.
Portanto, como os triângulos BDK e DHC são semelhantes por AA, segue-se que:
DK/CH = BK/CD
DK/ (18-DK) = 5/2,5
DK = 12 km
4. e
Para obter a altura, basta aplicar a semelhança de triângulos, e neste caso, temos a seguinte relação:
ℎ
30=
8
12
h = 20 metros.
5. c
Sendo DE||BC, tem-se que os triângulos ABC e ADE são semelhantes por AA. Portanto, segue que
𝐴𝐷
𝐴𝐵=𝐷𝐸
𝐵𝐶
4
12=𝑥
𝑦
y = 3x
M
at.
6. d
Considerando que é a medida da sombra da pessoa, podemos escrever que:
Portanto, a medida da sombra da pessoa será:
7. c
Por semelhança de triângulos:
ℎ
4,2=
3
0,12
h = 105 m.
8. A razão é entre os triângulos ABC e AMN, logo:
𝑥
30=
8
10
10x =240
x = 24
9. Os triângulos ABC e ADE são semelhantes nas seguintes proporções:
9
𝑥=6
2
6x = 18
x = 3
𝑦
4=6
2
2y = 24
y = 12
10. b
Temos que Ryan mora no 13º andar e que a distância do seu piso até o piso térreo é de 39 metros.
Considerando que cada andar é da mesma altura, temos 12 andares mais o térreo, ou seja, 13 pavimentos.
Se são 39 metros, e 13 pavimentos, cada pavimento mede 3 metros de altura. Somando-se as alturas dos
andares 13, 14 e 15, temos que o edifício mede 48 metros.
Sabendo que o sol forma o mesmo angulo com o prédio e com a pessoa, podemos calcular usando
semelhança de triângulos.
P
or.
Exercícios sobre verbos 15
mai
EXERCÍCIOS
1. Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:
a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.
b) Ele interviu na questão.
c) Eles foram pegos de surpresa.
d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.
e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo
2. Assinale a frase que não está na voz passiva:
a) O atleta foi estrondosamente aclamado.
b) Que exercício tão fácil de resolver!
c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.
d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.
e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.
3. Considerando a necessidade de correlação entre tempos e modos verbais, assinale a alternativa em
que ela foge às normas da língua escrita padrão:
a) A redação de um documento exige que a pessoa conheça uma fraseologia complexa e arcaizante.
b) Para alguns professores, o ensino da língua portuguesa será sempre melhor, se houver o domínio
das regras de sintaxe.
c) O ensino de Português tornou-se mais dinâmico depois que textos de autores modernos foram
introduzidos no currículo.
d) O ensino de Português já sofrera profundas modificações, quando se organizou um Simpósio
Nacional para discutir o assunto.
e) Não fora a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teremos liberdade de
expressão.
4. Assinale a alternativa em que é incorreto flexionar o infinitivo:
a) Importa entendermos a situação.
b) Devemos provarmos o que dizemos.
c) Para chegardes à igreja, ainda tereis de caminhar muito.
d) É tempo de saberes de teus direitos.
e) Vi os escravos se curvarem perante seu amo.
5. cidade
a) fato futuro, anterior a outro fato futuro
b) fato futuro, relacionado com o passado
c) suposição, relativamente a um momento futuro
d) suposição, relativamente a um momento passado
e) configuração de um fato já passado
6. Aquele bêbado
Juro nunca mais beber e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: Álcool.
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário
Quintana. Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana embebedava-se de Ìndia Reclinada, de
Celso Antônio.
Curou-se 100% de vício comentavam os amigos.
P
or.
Só ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma
carraspana de pôr de sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras
anônimos. ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto
porque, ao longo da narrativa, ocorre uma
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da liguagem.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
7. O presente do indicativo foi usado para marcar um fato futuro em:
a) Ao olhar melancolicamente as fotografias, admiro-me de sua juventude.
b) E tua lembrança emerge de teu misterioso retrato.
c) No próximo inverno, acompanho, de minha casa, as imensas migrações dos pássaros.
d) Sabe me dizer se é funda esta água grossa e carnal?
e) Surpreende-me saber que estávamos começando a caminhada.
8. A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um
dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em
Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando
por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do
século XVI, encontram-
clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância,
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua.
Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir
o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante
de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado, In: Cadernos de Letras
da UFF, n.° 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.
b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.
9. Marque a alternativa em que o verbo destacado está classificado corretamente quanto à transitividade.
VXD - verbo transitivo direto
VTI - verbo transitivo indireto
VI - verbo intransitivo
a) [...]devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de proposições imediatistas e
aparentemente fáceis. - VTD
b) Na maioria das vezes, o discurso midíático perde seu significado original na controversa relação
emissor/receptor. - VTI
c) A mídia é apenas um, entre vários quadros ou grupos de referência, aos quais um indivíduo recorre
como argumento para formular suas opiniões. - VTI
d) Nesse sentido, competem com os veículos de comunicação como quadros ou grupos de
referência fatores subjetivos/psicológicos [...] - VTD
e) Evidentemente, o peso de cada quadro de referência tende a variar de acordo com a realidade
individual. - VI
P
or.
10. Colocando- -se
a) um período composto por coordenação, uma oração sindética, outra assindética, um verbo
transitivo e outro intransitivo;
b) um período composto por subordinação e dois verbos transitivos;
c) um período composto por coordenação, duas orações assindéticas, um verbo transitivo e outro
intransitivo;
d) um período simples, uma oração absoluta e dois verbos intransitivos;
e) um período misto, com duas orações, um verbo transitivo direto e outro indireto.
P
or.
GABARITO
Exercícios
1. b
Portanto, o correto seria: ele interveio.
2. e
Ocorre voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, recebe a ação do verbo. Nas alternativas A, B, C
e D, ocorreu voz passiva. No entanto, na letra E, ocorreu a voz reflexiva, pois o sujeito é, ao mesmo
tempo, agente e paciente da ação. Os dois competidores praticaram a ação de olhar e receberam essa
ação, mutuamente.
3. e
O fato de alguns tempos e modos verbais manterem correlação significa que algumas formas verbais se
combinam, enquanto outras não. A frase contida na letra E não faz sentido, pois não há correspondência
modo-temporal. É fácil perceber que a sonoridade da frase é estranha. Uma alternativa seria dizer: Não
fosse a coerção exercida pelos defensores do purismo linguístico, todos teríamos liberdade de
expressão.
4. b
O infinitivo tanto pode ser impessoal, assim considerado pelo fato de se referir apenas ao processo verbal
em si, como pode ser pessoal, fazendo referência a uma pessoa gramatical. Não podemos flexionar o
infinitivo nas locuções verbais, portanto, o certo seria: Devemos provar o que dizemos. No cado das
outras opções, o infinitivo pôde ser flexionado.
5. d
Um dos valores semânticos do futuro do pretérito é a expressão de uma dúvida. Na questão, essa dúvida
ocorre em relação a um fato no passado, por isso a opção correta é a letra D.
6. a
que o personagem bebe paisagens, músicas e versos. Há uma metaforização do sentido expresso no
texto.
7. c
8. e
ao questionar uma visão hierárquica do uso da língua sobre apenas um dos verbos.
9. c
complemento objeto indireto: Um indivíduo recorre a vários quadros ou grupos de referência. Como o
aos quais.
P
or.
10. a
[Fecho a casa] Verbo transitivo direto + objeto direto - Oração coordenada assindética
[e saio devagar] conjunção aditiva + verbo intransitivo - oração coordenada sindética aditiva
Q
uí.
Relações numéricas 15
mai
RESUMO
Massa Atômica (M.A) 1 u.m.a (unidade de massa atômica) ou simplesmente 1u =112 C12, ou seja, uma unidade de massa
atômica é equivalente a um doze avos da massa do Carbono 12.
Ex:
Átomo M.A (dados presentes na tabela periódica.)
H 1 u
F 19 u
S 32 u
Cl 35,5 u
PSIU! Massa Atômica em isótopos:
Calcula-se uma média ponderada entre esses isótopos, levando em consideração a sua
porcentagem de aparição na natureza.
Massa Molecular
Soma das massas atômicas dos elementos presente na molécula.
Ex:
Molécula Massa Molecular
H2O 2.1 + 16 = 18u
O2 2.16 = 32u
NH3 14 + 3.1 = 17u
H2SO4 2.1 + 32 + 4.16 = 98u
Número de avogadro
O número de Avogadro é a quantidade de entidades elementares (átomos, elétrons, íons,
moléculas) presentes em 1 mol de qualquer substância.
1 mol = 6,02 x 1023 unidades elementares
Massa molar
É a massa em gramas presente em 6,02 x 1023 unidades elementares de determinada espécie, ou
seja, a massa presente em 1 mol de qualquer substância. Numericamente as massas atômica e molar são
iguais.
Ex.:
1 mol O2 = 6,02 x 1023 moléculas de O2 = 32g de massa molar
1 mol H2SO4 = 6,02 x 1023 moléculas de H2SO4 = 98g de massa molar
1 mol Fe = 6,02 x 1023 átomos de Fe = 56g de massa molar
Q
uí.
Volume molar
O volume molar é o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás.
Volume molar nas CNTP
1 mol = 22,4 litros
CNTP = Condições normais de temperatura e pressão, Em que a pressão é igual a 1 atm e a
temperatura é de 273 K (0ºC).
Para provarmos que 1 mol de qualquer gás nas CNTP ocupa o volume de 22,4L, podemos jogar tais
valores na equação de Clapeyron.
P . V = n . r . T
Onde:
P = pressão (atm)
V = volume (litros)
n = número de mol
r = constante dos gases (valor = 0,082)
T = temperatura (Kelvin)
Para gases nas CNTP:
P . V = n . r . T
1 . V = 1 . 0,082 . 273
V = 22,4L
Importante!
CATP = Condições Ambientais de Temperatura e Pressão, em que a pressão também é de 1 atm,
mas a temperatura é de 298 K (25 ºC), o volume molar passa a ser 25 L, ou seja, 1 mol = 25 litros.
P . V = n . r . T
1 . V = 1 . 0,082 . 298
V = 25L
Ex.:
Nas CNTP:
1 mol O2 = 22,4L
2 mol O2 = 44,8L
½ mol N2 = 11,2L
Volume molar fora das CNTP
Para calcular os volumes molares fora das CNTP, utilizamos a equação de Clapeyron.
P . V = n . r . T
Onde:
P = pressão (atm)
V = volume (litros)
n = número de mol
r = constante dos gases (valor = 0,082)
T = temperatura (Kelvin)
Ex.: Qual o volume ocupado por 1 mol de O2 a 2 atm e 100k.
P . V = n . r . T
2 . V = 1 . 0,082 . 100
V = 16,4L de O2
Q
uí.
EXERCÍCIOS
1. A grafite de um lápis tem quinze centímetros de comprimento e dois milímetros de espessura. Dentre
os valores abaixo, o que mais se aproxima do número de átomos presentes nessa grafite é
Nota:
1) Assuma que a grafite é um cilindro circular reto, feito de grafita pura. A espessura da grafite é o
diâmetro da base do cilindro.
2) Adote os valores aproximados de:
32,2g / cm para a densidade da grafita;
12g / mol para a massa molar do carbono;
23 16,0 10 mol− para a constante de Avogadro
a) 235 10
b) 231 10
c) 225 10
d) 221 10
e) 215 10
2. A adição de cloreto de sódio na água provoca a dissociação dos íons do sal. Considerando a massa
molar do cloreto de sódio igual a 58,5 g mol, a constante de Avogadro igual a 23 16,0 10 mol− e a
carga elétrica elementar igual a 191,6 10 C,− é correto afirmar que, quando se dissolverem totalmente
117 mg de cloreto de sódio em água, a quantidade de carga elétrica total dos íons positivos é de
a) 21,92 10 C.
b) 23,18 10 C.
c) 24,84 10 C.
d) 41,92 10 C.
e) 43,18 10 C.
3. Considere amostras de 1g de cada uma das seguintes substâncias: eteno 2 4(C H ), monóxido de
carbono (CO) e nitrogênio 2(N ). Essas três amostras
a) apresentam a mesma quantidade, em mol, de moléculas. b) apresentam a mesma quantidade, em mol, de átomos. c) apresentam ligações covalentes polares. d) são de substâncias isômeras. e) são de substâncias simples.
4. A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separados e selados.
Recipiente Gás Temperatura (K) Pressão (atm) Volume (l)
1 O3 273 1 22,4
2 Ne 273 2 22,4
3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo
H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
Q
uí.
5. Entre os vários íons presentes em 200 mililitros de água de coco há aproximadamente 320 mg de
potássio, 40 mg de cálcio e 40 mg de sódio. Assim, ao beber água de coco, uma pessoa ingere
quantidades diferentes desses íons, que, em termos de massa, obedecem à sequência:
potássio sódio cálcio. = No entanto, se as quantidades ingeridas fossem expressas em mol, a
sequência seria:
Dados de massas molares em g/mol: cálcio = 40; potássio = 39; sódio = 23.
a) potássio > cálcio = sódio. b) cálcio = sódio > potássio. c) potássio > sódio > cálcio. d) cálcio > potássio > sódio.
6. Aspartame é um edulcorante artificial (adoçante dietético) que apresenta potencial adoçante 200 vezes
maior que o açúcar comum, permitindo seu uso em pequenas quantidades. Muito usado pela indústria
alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet, tem valor energético que corresponde a 4
calorias/grama. É contraindicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara que
provoca o acúmulo da fenilalanina no organismo, causando retardo mental. O IDA (índice diário
aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea. Disponível em: http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com. Acesso em: 27 fev. 2012.
Com base nas informações do texto, a quantidade máxima recomendada de aspartame, em mol, que
uma pessoa de 70 kg de massa corporal pode ingerir por dia é mais próxima de
Dado: massa molar do aspartame = 294g/mol
a) 1,3 10 4. b) 9,5 10 3. c) 4 10 2. d) 2,6. e) 823.
7. Acidentes de trânsito causam milhares de mortes todos os anos nas estradas do país. Pneus
contribuem para elevar o número de acidentes de trânsito.
Responsável
recebe punição de 5 pontos na carteira de habilitação. A borracha do pneu, entre outros materiais, é
constituída por um polímero de isopreno (C5H8) e tem uma densidade igual a 0,92 g cm-3. Considere
que o desgaste médio de um pneu até o momento de sua troca corresponda ao consumo de 31 mols
de isopreno e que a manta que forma a banda de rodagem desse pneu seja um retângulo de 20 cm x
190 cm. Para esse caso específico, a espessura gasta do pneu seria de, aproximadamente,
Dados de massas molares em g mol-1: C=12 e H =1.
a) 0,55 cm. b) 0,51 cm. c) 0,75 cm. d) 0,60 cm.
8. A nanotecnologia é a tecnologia em escala nanométrica (1 nm = 10-9 m). A aplicação da nanotecnologia
é bastante vasta: medicamentos programados para atingir um determinado alvo, janelas autolimpantes
que dispensam o uso de produtos de limpeza, tecidos com capacidade de suportar condições
extremas de temperatura e impacto, são alguns exemplos de projetos de pesquisas que recebem
vultosos investimentos no mundo inteiro. Vidro autolimpante é aquele que recebe uma camada
ultrafina de dióxido de titânio. Essa camada é aplicada no vidro na última etapa de sua fabricação.
A espessura de uma camada ultrafina constituída somente por TiO2 uniformemente distribuído, massa
molar 80 g/mol e densidade 4,0 g/cm3, depositada em uma janela com dimensões de 50×100 cm, que
contém 6×1020 átomos de titânio (constante de Avogadro = 6×1023 mol-1) é igual a
a) 4 nm. b) 10 nm. c) 40 nm. d) 80 nm. e) 100 nm.
Q
uí.
9. O brasileiro consome em média 500 miligramas de cálcio por dia, quando a quantidade recomendada
é o dobro. Uma alimentação balanceada é a melhor decisão pra evitar problemas no futuro, como a
osteoporose, uma doença que atinge os ossos. Ela se caracteriza pela diminuição substancial de massa
óssea, tornando os ossos frágeis e mais suscetíveis a fraturas. Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
Considerando-se o valor de 23 16 10 mol− para a constante de Avogadro e a massa molar do cálcio
igual a 40 g/mol, qual a quantidade mínima diária de átomos de cálcio a ser ingerida para que uma
pessoa supra suas necessidades?
a) 217,5 10
b) 221,5 10
c) 237,5 10
d) 251,5 10
e) 254,8 10
10. A ductilidade é a propriedade de um material deformar-se, comprimir-se ou estirar-se sem se romper.
A prata é um metal que apresenta excelente ductilidade e a maior condutividade elétrica dentre todos
os elementos químicos. Um fio de prata possui 10 m de comprimento (l) e área de secção transversal
(A) de 7 22,0 10 m− .
Considerando a densidade da prata igual a 310,5 g/cm , a massa molar igual a 108 g/mol e a constante
de Avogadro igual a 23 16,0 10 mol− , o número aproximado de átomos de prata nesse fio será
a) 221,2 10
b) 231,2 10
c) 201,2 10
d) 171,2 10
e) 236,0 10
Q
uí.
QUESTÃO CONTEXTO
Uma fechadura de ferro de ferro com 224g teve 50% da sua massa de Fe convertida em óxido férrico -
Ferrugem (Fe2O3). Qual a quantidade em mol de oxido férrico formado.
a) 1 mol b) 2 mol c) 3 mol d) 4 mol e) 5 mol
Q
uí.
GABARITO
Exercícios
1. c
Cálculo do volume da grafita:
3 1
1
cilindro
2cilindro
1 2cilindro
3cilindro
3grafita
3
diâmetro 2 mm de espessura 2 10 m 2 10 cm
raio 1mm de espessura 10 m
altura 15 cm
V (Área da base) (altura)
V r h
V (10 ) 15
V 0,471 cm
d 2,2 g / cm
1 cm
π
π
− −
−
−
= = =
= =
=
=
=
=
=
=
3
2,2 g
0,471 cm grafita
grafita
m
m 1,0362 g
12 g de grafita
=
236,0 10 átomos de carbono
1,0362 g de grafita
22
x
x 5,18 10 átomos de carbono=
2. a
+ −⎯⎯→ +NaC Na C
58,5 g
l l
+1mol de Na
58,5 g + 236,0 10 cátions Na
Então :
58,5 g
−
− +
23 19
3
1,6 16,0 10 (
117
0
10
C)
g
− −
= =
+=
3 123 9
2
1,6 1
Q
117 10 g 6,0 10 (Q
58,5 g
Q 192 C 1,
)
92
C
10
0
C
3. a
−
=
= = = = = =
2 4 2
2 4
C H CO N 1
2
C H 28m 1 g
CO 28 n n n 0,036 molM 28 g mol
N 28
4. c
Cálculo da quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, contendo H2, mantido a 2 atm e
273 K:
Q
uí.
P V n R T
R constante
De acordo com a tabela :
T cons tante
V cons tante
Vn P
R T
n k P
=
=
=
=
=
=
2
n k 2 2k
Para o hidrogênio (H ) :
n 2 2k 4k
= =
= =
O número de mols é diretamente proporcional à pressão, então:
Recipiente Gás Temperatura
(K)
Pressão
(atm)
Volume
(l)
n
(mol)
Átomos
(mol)
1 O3 273 1 22,4 k 3k
2 Ne 273 2 22,4 2 k 2 k
3 He 273 4 22,4 4 k 4 k
4 N2 273 1 22,4 k 2k
5 Ar 273 1 22,4 k k
O gás do recipiente 3 (He) contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L,
contendo H2, mantido a 2 atm e 273 K, ou seja, 4k átomos.
5. c
Cátion potássio:
1mol
+K
39 g
n −
−
=
3
3
K
320 10 g
n 8,2 10 mol
Cátion cálcio:
1mol
+2Ca
40 g
n
+
−
−
= 2
3
3
Ca
40 10 g
n 1,0 10 mol
Cátion sódio:
1mol
+Na
23 g
n
+
−
−
=
3
3
Na
40 10 g
n 1,74 10 mol
A sequência seria: + + + 2K Na Ca .n n n
6. b
De acordo com o enunciado o IDA (índice diário aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa
corpórea:
Q
uí.
1kg (massa corporal) 40 mg (aspartame)
70 kg (massa corporal) aspartame
aspartame
m
m 2800 mg 2,8 g
294 g
= =
1mol (aspartame)
2,8 g aspartame
3aspartame
n
n 9,5 10 mol−=
7. d
Teremos:
C5H8 = 68 g/mol
Cálculo da massa de isopreno consumida:
1 mol C5H8 ⎯ 68 g
31 mol C5H8 ⎯ m
m = 2108 g
Cálculo do volume de isopreno consumido (a partir da densidade):
1 cm3 ⎯ 0,92 g C5H8
V ⎯ 2108 g
V = 2291, 30 cm3
Sendo:
A = área do retângulo da manta de rodagem.
Espessura = espessura gasta da manta de rodagem.
V = A Espessura
2291, 30 cm3 = 20 cm 190 cm Espessura
Espessura = 0,60 cm.
8. c
80 g ---- 6 x 1023 átomos de Ti
m ---- 6 x 1020 átomos de Ti
m = 0,08 g
1 cm3 ----- 4 g
v ----- 0,08 g
v = 0,02 cm3
volume = área da base x h
0,02 = 5000 x h
h = 4 x 10-6 cm = 40 nm.
9. b
A quantidade recomendada é o dobro de 500 mg por dia, ou seja, 1000 mg de cálcio por dia, então:
31000 mg 1000 10 1 g
40 g de cálcio
−= =
236 10 átomos de Ca
1 g de cálcio
Ca
23 22Ca
n
n 0,15 10 1,5 10 átomos de cálcio= =
10. b
Cálculo do volume do fio:
Q
uí.
7 2 6 3
3 6 3
V A 2,0 10 m 10 m 2,0 10 m
1 m 10 cm
− −= = =
=
l
3V 2 cm=
A partir do valor da densidade, teremos:
31 cm
3
10,5 g
2 cm m
m 21 g
108 g
=
236,0 10 átomos de prata
21 g
23
23
n
n 1,16666 10 átomos de prata
n 1,2 10 átomos de prata
=
=
Questão Contexto
Gabarito A
224g ___ 100%
X ______ 50% X = 112g de Fe
112g Fe ___ Y
56g______ 1mol Y = 2 mol
1 mol Fe ___ 0,5 mol Fe2O3
2 mol Fe____ Z Z = 1 mol de Fe2O3
R
ed
.
Exercícios de introdução 16
mai
RESUMO
Vimos na aula passada que a realização de uma boa introdução em um texto argumentativo é o
primeiro passo para que se chegue a um resultado final satisfatório. Esse resultado, no entanto, só será
atingido com treino. Como nem sempre é possível que se faça muitas redações por semana, uma boa forma
de treinar a escrita de introduções é escrevendo somente ela, sem se estender à escrita do desenvolvimento
e da conclusão (mas é claro que, se possível, escrever a redação toda é sempre uma boa ideia. Essa aula visa
trazer propostas de redação para que você, com base nas dicas da aula anterior, escreva introduções. Antes
de iniciar, vale a pena listar, rapidamente, as principais dicas da aula passada:
1. Objetividade: evite rodeios, vá direto ao ponto!
2. Clareza e concisão: seja breve e uso o vocabulário mais claro quanto possível.
3. A contextualização de ideias: coloque, na introdução, a contextualização das ideias a serem
expostas no desenvolvimento.
4. O perigo dos clichês: fuja de frases e ideias prontas.
A seguir, temos 3 temas de redação da FUVEST e da UNESP adaptados de anos anteriores, para que
você escreva a introdução e compare com a de alguns dos textos modelos.
1.UNESP 2007
O texto "Escultura" e trecho de "O garimpeiro" focalizam o tema da beleza, particularmente da beleza
das mulheres, em diferentes épocas. As frases apresentadas como base para esta redação, todas
fundamentadas em matérias de revistas dirigidas para a cultura física, estética e emagrecimento, colocam a
questão da busca da beleza física, não apenas pelas mulheres, mas também pelos homens nos dias atuais.
Estimulada intensamente pela mídia, a busca da saúde se confunde frequentemente com a busca,
pelo homem e pela mulher, de um corpo esbelto, bem composto e delineado, capaz de causar inveja e de
impressionar o sexo oposto. Para atingir esse objetivo, muitas pessoas fazem quaisquer tipos de sacrifícios,
não poucas vezes dando maior importância à aparência do que à própria saúde física e mental.
Com base neste comentário e, se julgar necessário, nas frases que serviram como exemplo, elabore
a introdução de uma redação, de gênero dissertativo, sobre o tema: A BUSCA DA BELEZA DO CORPO NOS
DIAS ATUAIS.
Leia os textos abaixo e reflita sobre o tema:
ESCULTURA
Cansado de tanto amar,
Eu quis um dia criar
Na minha imaginação
Uma mulher diferente
De olhar e voz envolvente
Que atingisse a perfeição.
Comecei a esculturar
No meu sonho singular
Essa mulher fantasia.
Dei-lhe a voz de Dulcinéia,
A malícia de Frinéia
E a pureza de Maria.
Em Gioconda fui buscar
O sorriso e o olhar,
Em Du Barry o glamour,
E, para maior beleza,
Dei-lhe o porte de nobreza
De madame Pompadour.
R
ed
.
E assim, de retalho em retalho,
Terminei o meu trabalho,
O meu sonho de escultor,
E, quando cheguei ao fim,
Tinha diante de mim
Você, só você, meu amor. (Adelino Moreira e Nelson Gonçalves. Escultura. In: "Nelson Gonçalves. A volta do boêmio". CD n0 . 7432128956-2,
Sonopress BMG Ariola Discos, Ltda., São Paulo, 1996.)
O GARIMPEIRO
Lúcia tinha dezoito anos, seus cabelos eram da cor do jacarandá brunido, seus olhos também eram
assim, castanhos bem escuros. Este tipo, que não é muito comum, dá uma graça e suavidade indefinível à
fisionomia. Sua tez era o meio termo entre o alvo e o moreno, que é, a meu ver, a mais amável de todas as
cores. Suas feições, ainda que não eram de irrepreensível regularidade, eram indicadas por linhas suaves e
harmoniosas. Era bem feita, e de alta e garbosa estatura. Retirada na solidão da fazenda paterna, desde que
saíra da escola, Lúcia crescera como o arbusto do deserto, desenvolvendo em plena liberdade todas as suas
graças naturais, e conservando ao lado dos encantos da puberdade toda a singeleza e inocência da infância.
Lúcia não tinha uma dessas cinturas tão estreitas que se possam abranger entre os dedos das mãos; mas era
fina e flexível. Suas mãos e pés não eram dessa pequenez e delicadeza hiperbólica, de que os romancistas
fazem um dos principais méritos das suas heroínas; mas eram bem feitos e proporcionados. Lúcia não era
uma dessas fadas de formas aéreas e vaporosas, uma sílfide ou uma "bayadere"*, dessas que fazem o encanto
dos salões do luxo. Tomá-la-íeis antes por uma das companheiras de Diana a caçadora, de formas esbeltas,
mas vigorosas, de singelo mas gracioso gesto. Todavia era dotada de certa elegância natural, e de uma
delicadeza de sentimentos que não se esperaria encontrar em uma roceira. (*) Bayadere (francês): dançarina
das Índias, dançarina de teatro. (Bernardo Guimarães. "O garimpeiro" - romance. Rio de Janeiro: B.L. Garnier Livreiro-Editor do Instituto, 1872, p. 14-16.)
INSTRUÇÃO: Leia atentamente as frases seguintes, que podem ser encontradas em textos de toda a
mídia.
Em apenas cinco minutos, você pode chapar a barriga - Detone quatrocentas calorias em uma hora
- Experimente a nova dieta anticelulite - Elimine os sinais de envelhecimento - Ganhe uma barriguinha seca
e um corpo em forma em nossa academia - A nossa dieta enxuga a gordura do corpo e deixa a cintura fininha
- Faça ginástica facial para eliminar rugas e linhas de expressão - Dez exercícios para esculpir suas pernas e
coxas - Desenvolva rapidamente seus bíceps - Ganhe músculos em seis meses e conquiste todas as gatas -
Torne-se um homem de corpo sarado e jeito de menino - Desfile na praia com o corpo dos seus sonhos -
Turbine seus lábios - Você pode ter um culote sequinho - Deixamos sua barriga zerada - Você pode ser mais
bonita: rinoplastia, lipoaspiração, mamoplastia de aumento, mamoplastia de redução, lifting facial - Ganhe
pernas e bumbum torneados - Exercícios para ficar com seios exuberantes - Com alguns minutos por dia,
deixamos seu corpo douradinho - Você pode mudar a cor de seus olhos - Só tem cabelos brancos quem
quer.
Introdução exemplar:
A preocupação com a aparência faz parte da cultura moderna. Nesse contexto, o grande filósofo
a superficialidade da sociedade de consumo que valoriza os padrões estéticos, na atualidade. Assim, em
decorrência desse assunto, percebe-se a necessidade de uma análise crítica acerca dos exageros
relacionados à busca do corpo ideal. (disponível em <https://www.projetoredacao.com.br/temas-de-redacao/padrao-de-beleza-e-sociedade/a-busca-do-
corpo-perfeito-1/5388d1e995>, adaptado)
2. FUVEST 2009
R
ed
.
fronteira
substantivo feminino
1. parte extrema de uma área, região etc., a parte limítrofe de um espaço em relação a outro.
Ex.: Havia patrulhas em toda a f.
2. o marco, a raia, a linha divisória entre duas áreas, regiões, estados, países etc. Ex.: O rio servia
de f. entre as duas fazendas.
3. Derivação: por extensão de sentido. o fim, o termo, o limite, especialmente do espaço. Ex.:
Para a ciência, o céu não tem f.
4. Derivação: sentido figurado. o limite, o fim de algo de cunho abstrato.Ex.: Havia chegado à f.
da decência.
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Adaptado.
As fronteiras geográficas são passíveis de contínua mobilidade, dependendo dos movimentos sociais e
políticos de um ou mais grupos de pessoas.
m sentido
figurado, specialmente, quando se refere a diferentes campos do conhecimento. Assim, existem fronteiras
psicológicas, fronteiras do pensamento, da ciência, da linguagem etc.
***
Com base nas idéias sugeridas acima, escolha uma ou até duas delas, como tema, e redija uma dissertação
em prosa, utilizando informações e argumentos que dêem consistência a seu ponto de vista.
Indrodução exemplar:
A principal marca do ser humano é a sua diversidade e, por conseguinte, são numerosos os grupos
de indivíduos semelhantes. Aquilo que os divide pode ser tido como fronteira, e delimita as suas zonas de
influência. Nesse contexto, sejam físicas ou não, as fronteiras determinam o grau de integração de
sociedades.
3. UNESP 2010
PROPOSIÇÃO
Embora seja um tema tão antigo quanto a própria civilização, a busca da felicidade ainda constitui o
problema maior de todos os seres humanos no século XXI. Para alguns, ser feliz só é possível com o acúmulo
de bens e de riqueza, vivendo nas grandes cidades e usufruindo de todos os prazeres possíveis, inclusive
daqueles que a moderna tecnologia oferece. Para outros, a felicidade só se encontra no despojamento das
ambições e na busca das coisas simples, já que a posse de fortuna não garante por si mesma a satisfação
integral do homem. Afinal, o que é importante para ser feliz? Riquezas, prazeres, tecnologia, sucesso
profissional e pessoal? Ou simplicidade, tranquilidade, renúncia às grandes ambi - ções, busca do bem estar
individual na autenticidade do ser, na natureza e na própria natureza humana? O im portante, enfim, é ter?
ou ser? Seria possível um meio termo para essa busca?
Com base nesta orientação, escreva a introdução de uma redação de gênero dissertativo sobre o
tema: A FELICIDADE, ENTRE O TER E O SER.
Introdução exemplar:
Pensar em felicidade é pensar em busca. As pessoas tomam decisões, fazem escolhas para toda uma
vida baseadas em quão felizes elas se tornarão. Isso se torna um problema quando, em uma sociedade como
a do século XXI, em que o consumo de mercadorias ganhou um espaço muito grande, associa-se felicidade
à posse.