A Arte de Aproveitar Estudo

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A ARTE DE APROVEITAR-SE DAS RÓPRIAS FALTAS P. José Tissot Estudos e Reflexões Pessoais CPÍTULO I NÃO NOS ADMIREMOS DAS NOSSAS IMPERFEIÇÕES 1) Por que costumamos nos admirar de nossas próprias misérias? Porque conservamos no fundo de nossos corações o sentimento de nossa inocência original que deveria ser nosso apanágio. Em outras palavras, no nosso íntimo sabemos que o pecado não nos agrada porque não fomos feitos para pecar. Daí nosso espanto, decepção e tristeza por nossas misérias. 2) Por que é perigoso para nós o espanto de nossas próprias faltas? Porque, por mais nobre que seja esse sentimento, o espanto decepcionante que segue à queda pode nos trazer o funesto fruto do desânimo que leva as almas à perdição. Com efeito, todas as pessoas que desanimaram na caminhada o fizeram pela decepção que tiveram de si mesmas, de suas próprias quedas e misérias. Decepcionadas consigo mesmas, pararam de caminhar. 3) Cite uma máxima de São Francisco de Sales que indique a extrema compaixão que nutria pela fraqueza do homem. “Em regra geral, ninguém é tão santo nesta vida que não esteja sujeito a não cometer alguma imperfeição”. 4) Por que é impossível evitar todos os pecados veniais?

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A ARTE DE APROVEITAR-SE DAS RPRIAS FALTAS

A ARTE DE APROVEITAR-SE DAS RPRIAS FALTAS

P. Jos Tissot

Estudos e Reflexes Pessoais

CPTULO I

NO NOS ADMIREMOS DAS NOSSAS IMPERFEIES

1) Por que costumamos nos admirar de nossas prprias misrias?

Porque conservamos no fundo de nossos coraes o sentimento de nossa inocncia original que deveria ser nosso apangio. Em outras palavras, no nosso ntimo sabemos que o pecado no nos agrada porque no fomos feitos para pecar. Da nosso espanto, decepo e tristeza por nossas misrias.

2) Por que perigoso para ns o espanto de nossas prprias faltas?

Porque, por mais nobre que seja esse sentimento, o espanto decepcionante que segue queda pode nos trazer o funesto fruto do desnimo que leva as almas perdio. Com efeito, todas as pessoas que desanimaram na caminhada o fizeram pela decepo que tiveram de si mesmas, de suas prprias quedas e misrias. Decepcionadas consigo mesmas, pararam de caminhar.

3) Cite uma mxima de So Francisco de Sales que indique a extrema compaixo que nutria pela fraqueza do homem.

Em regra geral, ningum to santo nesta vida que no esteja sujeito a no cometer alguma imperfeio.

4) Por que impossvel evitar todos os pecados veniais?

Porque , ainda que nos exercitemos nas virtudes e busquemos a Deus de todo corao com constncia, sempre permanecer em ns at a morte o germe das ms inclinaes e ningum pode, sem um privilgio especial como na Virgem Maria, evitar todos os pecados veniais, pelo menos os deliberados.

5) Que ensina So Francisco de Sales a este respeito?

No pensemos em viver neste mundo sem imperfeies... todos temos de aceitar como certssima esta verdade pra no nos admirarmos das nossas imperfeies.

6) Em nossa caminhada rumo a perfeio, constataremos a ausncia de certos sentimentos pecaminosos como o amor prprio e outras imperfeies. Isso indicao de que extirpamos tais males?

No, pois tais imperfeies podem estar mortificadas mas no mortas. De tempos em tempos em ocasies diferentes podem lanar renovo mostrando que ainda que cortados rente ao solo, as razes permanecem.. Por isso no devemos nos admirar pela ausncia momentnea de algumas imperfeies em ns. Nunca estaremos perfeitamente curados seno quando estivermos no paraso (S. Francisco de Sales).

7) Qual deve ser nossa atitude ao constatar ausncia de certas imperfeies em ns?

Alm de no ficarmos admirados por sua ausncia, necessrio velar constantemente sobre tais imperfeies e nos defender com pacincia e mansido. Nesta vida, por melhor que seja a nossa vontade, no h remdio seno ter pacincia de sermos homens e no anjos (S. Francisco de Sales).