A cultura da gare o tempo, o espaço, o local, acontecimento, biografia e sintesee

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História da Cultura e das Artes 11º ano Prof. Ana Sofia Victor Módulo 8 - A Cultura da Gare

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Diapositivo 1

Histria da Cultura e das Artes11 anoProf. Ana Sofia VictorMdulo 8 - A Cultura da Gare

A Arte do sculo XIX

Arquitectura do Ferro

Esta arquitetura apareceu devido a:

Desenvolvimento industrial com o aparecimento de novos materiais como o ferro, o vidro e o ao.

crescimento das cidades que criou a necessidade de outras infraestruturas.

Desenvolvimento do ensino com o aparecimento dos engenheiros.

Ponte D. Lus,Thophile Seyrig (engenheiro belga), Porto, Portugal, 1880-1888.

A Ponte Lus I ou Luiz I, uma ponte em estrutura metlica com dois tabuleiros que liga as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia separadas pelo rio Douro.

Arquitectura do Ferro

Tipos de construes:

Pontes e viadutos.Estaes dos caminhos-de-ferro.Fbricas e armazns.Elevadores.Pavilhes de exposies.Estrutura dos arranha-cus.Estufas.

Elevador de Santa Justa, Raul Mesnier du Ponsard, Lisboa, Portugal, 1902

Arquitectura do Ferro

Elevador de Santa Justa, Raul Mesnier du Ponsard, Lisboa, Portugal, 1902

Nos primeiros anos do seu funcionamento era movido avapor, passando, em1907a ser acionado porenergia eltrica.

Caractersticas:

Uso dos novos materiais sados da revoluo industrial Construo rpida e econmicaPlanificada por engenheiros sados das novas escolas politcnicasFuncionalismoUtilitarismoArquitectura do FerroPonte D. Maria Pia, 1887, Gustave Eiffel, Porto, Portugal.

A Ponte Maria Pia uma infraestrutura ferroviria, que transportava a Linha do Norte sobre o Rio Douro, entre as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia

Arquitectura do Ferro em Portugal

Estao de S. Bento, PortoEstao Ferroviria do Rossio, Lisboa

Ponte Eiffel em Viana do CasteloMercado Ferreira Borges, Porto

Arquitectura do Ferro em Portugal

O Romantismo no reside na escolha dos temas, nem na verdade exacta, mas na maneira de sentir. () Quem diz romantismo diz arte moderna, isto , intimidade, espiritualidade, corexpressos atravs de todos os meios artsticos.

Charles Baudelaire (1821-1867), poeta e crtico de arte

O romantismo

O movimento romnticoAo contrrio de outros movimentos, o romantismo no pretendeu ser uma reao contra os outros estilos anteriores.

O movimento romntico carateriza-se sobretudo pela procura por parte dos artistas da afirmao da liberdade individual e da rejeio da vida estril criada pela evoluo industrial e pela vida citadina.

O romantismo no foi apenas um movimento artstico mas, tambm literrio e filosfico que apresentou alguma rutura contra os ideais clssicos.

O movimento romnticoOs artistas romnticos propunham a originalidade, a imaginao, a exacerbao das sensaes, o desvio norma e ordem e a diferena;Criaram universos imaginrios, fantsticos, patticos e sublimes. Inspiraram-se na Natureza, nas civilizaes exticas (orientais) ou nas culturas marginais (negros, ciganos) e, sobretudo, no passado medieval. A palavra romantismo vem de romance e refere-se s fantasias literrias, narrativas imaginativas que povoavam as cortes medievais, escritas nas lnguas romnicas.

O movimento romnticoOs artistas romnticos propunham a originalidade, a imaginao, a exacerbao das sensaes, o desvio norma e ordem e a diferena;Criaram universos imaginrios, fantsticos, patticos e sublimes. Inspiraram-se na Natureza, nas civilizaes exticas (orientais) ou nas culturas marginais (negros, ciganos) e, sobretudo, no passado medieval. A palavra romantismo vem de romance e refere-se s fantasias literrias, narrativas imaginativas que povoavam as cortes medievais, escritas nas lnguas romnicas.

O movimento romnticoOs romnticos inspirar-se Idade Mdia pois era aqui que remontavam as origens das naes europeias e as mais remotas manifestaes do nacionalismo.Tinham, de facto, um fascnio pela cultura medieval que privilegiava a emoo em detrimento da razo, o sonho em vez da realidade e o idealismo acima de pragmatismo. O romantismo traz como aspeto novo, a libertao dos parmetros academistas (anti-academismo) e das normas, dando arte o carter de demonstrar os sentimentos do artista e a sua esfera pessoal.

O movimento romntico

Afirmou a subjectividade, o sentimentalismo, o culto ao fantstico, a religiosidade, o lirismo, o individualismo, a emoo e o eu.

interesse pela histria, pelas tradies populares e dos povos e pelo desejo de fuga de uma sociedade excessivamente industrializada;

influenciado por autores como Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

impregnado dos ideais de liberdade da Revoluo Francesa;

Retratou o drama humano, os amores trgicos, os ideais utpicos e os desejos de escapismo.

A literatura romntica Subjectivismo o escritor romntico escreve os seus textos de modo a que a realidade seja transmitida do seu ponto de vista;

Imaginao criadora o mundo envolvente e real no satisfaz o autor devido a todos os problemas sociais existentes, por isso, cria mundos imaginrios, sem as dificuldades quotidianas.

Exagero Por vezes, os escritores romnticos ao tentar criar personagens perfeitas caem no exagero.

O romantismo, tantas vezes mal definido, afinal de contas e esta a sua definio real o liberalismo na literatura. () A liberdade na arte, a liberdade na sociedade, eis o duplo fim para o qual devem tender todos os espritos consequentes e lgicos. ()Esta voz alta e poderosa do povo, que se assemelha de Deus, pretende, doravante, que a poesia tenha a mesma divisa que a politica: tolerncia e liberdade.

Victor Hugo, 1830

A literatura romnticaTemas privilegiados: amores platnicos, acontecimentos histricos nacionais, a morte e seus mistrios.

Principais escritores: Wolfgang Goethe e Friedrich Von Schiller - Alemanha; Chateaubriand e Victor Hugo - Frana; Walter Scott - Esccia.

Walter Scott (1771-1832

Victor Hugo (1802-1885)

A literatura RomnticaExemplos de obras romnticas:

O Sepulcro da Rosa Victor Hugo;

Os Miserveis Victor Hugo;

Os Ladres Schiller;

Canes da Inocncia William Blake

Chateaubriand (1768-1848)Goethe (1749-1832)

A literatura Romntica em PortugalExemplos de obras e autores romnticos em Portugal:

Viagens na Minha Terra Almeida GarrettFlores sem Fruto Almeida Garrett A Voz Alexandre Herculano Mocidade e Morte Alexandre Herculano O ltimo Ano de Um Vadio Camilo Castelo Branco Um Homem de Brios Camilo Castelo Branco

O inicio do movimento romntico:

O revivalismo gtico nasce primeiro em Inglaterra.Tericos como John Ruskin (1819-1900) atravs de obras como As sete lmpadas da Arquitetura, publicada em 1849, e o Elogio do Gtico, no texto As Pedras de Veneza, 1851-1853, enalteceram o gtico como estilo a aplicar a qualquer arquitetura. Tambm se ops ao restauro de edifcios com a corrente da poca. O romantismo tambm se iniciou em Frana com uma vaga de restauros a catedrais gticas fundamentadas nas metodologias de Eugne Viollet-de-Duc (1814-1879) e na sua obra Entretiens sur larchiteture, de 1863. O Romantismo nas Artes Plsticas

O Romantismo nas Artes Plsticasarte como uma revelao da alma que obedecia a impulsos pessoais.

produo artstica no deveria estar subordinada a academismos ou a imitaes, antes se devia pautar pela originalidade, pela diferena e pelo desvio norma.

Privilegiou temas como o mundo rural, o passado medieval, as civilizaes exticas;

Defesa do emocional, melanclico, sonho e idealismo.

Pretendeu fugir monotonia da existncia quotidiana.

O Romantismo nas Artes PlsticasInspirou-se na Idade Mdia (pela sua dimenso espiritual e emocional e por ai se encontrarem as razes das naes) em autores como Dante, Goethe, Lord Byron ou Walter Scott.

Os esboos, os desenhos e outros instrumentos do processo produtivo, como aguarelas, enquanto produtos do estado de alma do artista ganharam estatuto de obra de arte.

Este movimento foi sentido como uma afronta aos critrios e normas acadmicas tendo muitos quadros sido rejeitados em exposies que eram consideradas como o reconhecimento de estatuto.

Este movimento durou de 1820 a 1850 e desenvolveu-se sobretudo na Alemanha, na Frana e em Inglaterra vindo depois a espalhar-se a outros pases.

Arquitetura romntica

Arquitetura romntica

Charles Barry e August Pugin, Filho, Palcio do Parlamento, Londres, 1837, Arquitetura civil. Este arquiteto considerou que o gtico era o estilo que melhor representava a Inglaterra.

Arquitetura romnticaCharles Barry e August Pugin, Filho, Palcio do Parlamento, Londres, 1837, Arquitetura civil. Este arquiteto considerou que o gtico era o estilo que melhor representava a Inglaterra.

Arquitetura romntica

Arquitetura romntica

Castelo de Neuschwanstein, Christian Jank, Alemanha, 1869-1884.Foi mandado construir pelo rico Lus II da Baviera, num neogtico fantasioso. Este soberano que foi patrono da pera e do teatro, mandou construir este castelo no espirito mais ecltico e fantasioso. Arquitetura romntica

Central Park, Frederik Law Olmsted, Nova Yorque, 1853-78.

Teatro Nacional Croata, Ferdinand Fellner e Herman Helmer, Zagreb, 1895.

Teatro Nacional Croata, Ferdinand Fellner e Herman Helmer, Zagreb, 1895.

Midland Hotel, Sir George Scott, 1865 e St. Pancras Station, W.H. Barlow, 1863, Londres.

Keble College, William Butterfield, Oxford, 1867-83.

Hotel Palota,?, Hungria, ?.

Hotel Palota interior.

Santurio de las Lajas,?, Colmbia, sc. XIX.

Santurio de las Lajas em maior pormenorizao.

Santurio de las Lajas interior.

Charles Garnier, pera de Paris, 1862, Arquitectura CivilEdificio inaugurado em 1875.Arquitetura romntica

Arquitetura romnticaCharles Garnier, pera de Paris, 1862, Arquitetura Civil. Edifcio inaugurado em 1875 (neobarroco) Veio a tornar-se no modelo de ensino da Academia de Belas-Artes de Paris.

Arquitetura romnticaPavilho Real de Brighton, John Nash, Brighton, Inglaterra, 1815-22. Era uma antigaresidncia reallocalizada emBrighton e foi construda emestilo indo-sarraceno(estilo predominante nandianosculo XIX)

Arquitetura romnticaPavilho real de brighton, John Nash, Brighton, 1815-22.

Caratersticas:Rejeitou as normas da arquitetura neoclssica, consideradas frias, como a ordem, proporo, simetria ou harmonia;Fez a apologia da irregularidade, do sentido orgnico das formas, do movimento dos planos ou do pitoresco da decorao;Defendeu que a arquitetura deveria transmitir sensaes ou ser inspirao;Privilegiou sobretudo a forma e a decorao;Recuperou conceitos antigos como os usados na Idade Mdia;

Arquitetura romntica

Caratersticas:Integrou os materiais sados do progresso tcnico como o ferro, ao ou vidro;Manifestou-se primeiramente nos jardins;Definiu-se pelo historicismo e pelo revivalismo;Surgiram estilos como o neo-gtico, neo-romnico, neo-renascentista, neo-bizantino ou neo-barroco at se dar um ecletismo (mistura de vrios estilos);Patenteou o gosto pelas culturas exticas;

Arquitetura romntica

Principais arquitetos:

Inglaterra: Horace Walpole, James Wyatt e August Pugin

Frana: Chateaubriand e Viollet-le-Duc Luigi Manini, Nicolau Bigaglia,

Portugal: Jos Lus Monteiro, Albano Casco, Ades Bermudes, Ventura Terra

Arquitetura romntica

Arquitetura romnticaLuigi Manini e outros, Palcio-Hotel do Buaco, 1888-1907, Arquitetura Civil

Luigi Manini e outros, Palcio-Hotel do Buaco, 1888-1907, Arquitetura CivilArquitetura romntica

Luigi Manini e outros, Palcio-Hotel do Buaco, 1888-1907, Arquitetura Civil. Inspirado na Torre de Belm e no Claustro dos Jernimos. Neomanuelino.Arquitetura romntica

Luigi Manini e outros, Palcio-Hotel do Buaco (interior), 1888-1907, Arquitetura CivilArquitetura romntica

Arquitetura romnticaVon Eschwege e D. Fernando de Saxe Coburgo-Gota, Palcio da Pena, Sintra, 1840-47

Praa de Touros Monumental do Campo Pequeno, Jos Dias da Silva, 1892, Lisboa.Arquitetura romntica

Arquitetura romnticaLuigi Manini, Palcio da Regaleira, Sintra, incios do Sc. XX, Arquitetura Civil

Arquitetura romnticaLuigi Manini, Palcio da Regaleira jardins, Sintra, incios do Sc. XX, Arquitetura Civil

Esse jardim foi orientado pela fantasia, usando caractersticas arquitetnicas neogticas e romnticas. um lugar embrenhado em mistrio e esoterismo, onde sobressai o estilo neomanuelino nas construes.

Arquitetura romnticaLuigi Manini, Palcio da Regaleira jardins, Sintra, incios do Sc. XX, Arquitectura Civil

Arquitetura romnticaJames Knowles, Palacete de Monserrate, Sintra, 1863-65, Arquitetura Civil

James Knowles, Palacete de Monserrate, Sintra, 1863-65, Arquitectura CivilArquitetura romntica

Arquitetura romnticaJames Knowles, Palacete de Monserrate, Sintra, 1863-65, Arquitectura Civil

Arquitetura romntica

James Knowles, Palacete de Monserrate, Sintra, 1863-65, Arquitectura Civil

Arquitetura romntica

Arquitetura romntica

Gustavo de Sousa (projecto), Salo rabe do Palcio da Bolsa, Porto, 1862-68, Arquitetura CivilArquitetura romntica

Santurio de Santa Luzia, Ventura Terra, Viana do Castelo, 1903

Revivalismo neorromnico e neogtico.Arquitetura romntica

Arquitetura romnticaSanturio de Santa Luzia, Ventura Terra, Viana do Castelo, 1903

Arquitetura romnticaHotel Avenida Palace, Jos Lus Monteiro, Lisboa, 1890-1892. Revivalismo de inspirao francesa.

Arquitetura romnticaEstao do Rossio, Jos Lus Monteiro, 1891. Revivalismo neomanuelino.

Arquitetura romntica

Estao do Rossio, Jos Lus Monteiro, 1891. Revivalismo neomanuelino.

Arquitetura romntica

Arquitetura romntica

Arquitetura romnticaFrancisco Xavier Esteves

A pintura romntica

A liberdade guiando o povo, Eugne Delacroix, 1830, Museu do Louvre, leo sobre Tela, (Tema Histrico).Pintura no Romantismo

A liberdade guiando o povo, Eugne Delacroix, 1830, Museu do Louvre, leo sobre Tela, (Tema Histrico).

Representa a revolta de julho de 1830, que visava restabelecer os valores da Revoluo Francesa. A mulher simboliza a liberdade republicana e dirige o povo vitorioso, acompanhada de um jovem e do prprio Delacroix. Interessou-se pelos temas histricos e heroicos.

Pintura no Romantismo

Pintura no Romantismo

O quadro foi inspirado no trabalho deLorde Byron, que conta a histria do cerco e da queda do rei da segunda dinastia assria no final do sculo IX.Mostra a violncia das paixes, a intensidade das emoes e o interesse por culturas distantes.Esta obra foi exposta no salo de 1828 e provocou o escndalo.

Pintura no RomantismoA morte de Sardanapalo, Delacroix, 1827

Constable pintou a natureza de forma detalhista e com uma preciso cientfica, mas com um olhar potico.

Pintura no RomantismoO Carro de Feno, John Constable, 1821.

Foi a expresso artstica que melhor espelhou os valores romnticos.Utilizou como inspiraes a Idade Mdia e o culto da natureza e do sentimento. Fez o culto do eu, da sensibilidade e da imaginao do artista.Os artistas dedicaram-se assim a retratar emoes fortes, sentimentos de compaixo ou revolta, representao de sonhos e pesadelos, vises mticas e fabulosas e o imaginrio interior e subjetivo. Pintura no Romantismo

Rutura com o passado clssico e com o tradicionalismo.Novos padres de belezaManifestao artstica de maior expresso no romantismo;Grande diversidade formal, estilstica e plstica;Resultou do isolamento do artista que se questionou muitas vezes sobre o sentido do Homem, do destino ou de Deus processo individualizado;

Pintura no Romantismo

Temas:

histricos: Acontecimentos trgicos, hericos ou picos;Literrios: Os presentes na literatura do passado e presente (romances medievais e romances clssicos - Cavaleiros da Tvola Redonda, Lendas do Rei Artur, etc.);Mitolgicos: Mitologia crist e nrdica;Polticos: lutas pela libertao dos povosOnricos: do mundo dos sonhos e do interior do artista. Temas populares: tradies, feiras e romariasExticos: culturas orientais, asiticas e africanas.PaisagemRetratoPintura no Romantismo

Caractersticas formais, expressivas e plsticas:

A cor tem mais importncia que o desenhoFortes contrastes cromticos feitos de forma expressiva;Maior variedade de cores;Efeitos claro-escuro para acentuar o sentimentalismo dos ambientes, o dramatismo da ao e o inslito da atmosfera. Pincelada, larga, fluda e vigorosa feita de modo espontneoMovimento com linhas sinuosas; composies movimentadas e estruturas dinmicas;Figura humana representada com dramatismo e movimento

Pintura no Romantismo

Caractersticas formais, expressivas e plsticas:

Assunto base, muitas vezes, envolvido por um cenrio natural dramtico, animado pela violncia dos elementosNatureza personificadaLuz focalizada para o assuntoEmooPreferncia pelo leo e aguarelaNatureza personificada

Pintura no Romantismo

Artistas:

Inglaterra - William Blake, John Constable (1776-1837), William Turner (1775-1851)

Frana - Thodore Gricault (1791-1824); Eugne Delacroix (1798-1863), Antoine-Jean Gros (1771-1835)

Alemanha - Caspar David Friedrich (1774-1840)

Espanha - Francisco GoyaPintura no Romantismo

Especificidades dos principais pintores romnticos:

Temas Literrios - Delacroix e Blake

Temas animalistas - Delacroix, G. Stubbs, e Gricault

Temas histricos e hericos - Delacroix, Gricault e Goya

Paisagens - Constable e Turner (fez a transio do romantismo para o naturalismo)Pintura no Romantismo

O fascnio pelo Oriente

Eugne Delacroix, As mulheres de Argel, 1832Pintura no Romantismo

Pintura no RomantismoA Jangada de Medusa, Thodore Gricault, 1819

Francisco Goya, O 3 de Maio de 1808, 1814Pintura no Romantismo

William Turner (1775-1851)Pintura no RomantismoEste pintor retratou as tempestades, as tormentas e os desastres naturais traduzidos em manchas de cor e luz, quase abstratos.Representa as foras da natureza de forma violenta quase brincando caprichosamente com o destino humano.

O Incndio da Casa dos Lordes e dos Comuns, William Turner, 1834.Pintura no Romantismo

Um Caminhante Sobre um Mar de Nuvens, Friedrich, 1818.Pintura no RomantismoObras de grande intensidade existencial que nos inserem num universo potico, espiritual e sublime que , ao mesmo tempo, melanclico, vazio e inquietante.

Este pintor francs explorou a atmosfera e as formas dos campos, transformando as paisagens em algo idlico e sensvel.Pintura no Romantismo

Constable A Catedral de Salisbury, 1820

pintura romntica pouco florescente se comparada com a literatura

Contrariou o academismo mas, no de forma consciente antes atravs de alguns artistas descontentes.

Inovao trazida por artistas estrangeiros nomeadamente franceses e ingleses

Apresenta j algumas semelhanas com o naturalismo

Temas ligados vida no campo, aos costumes populares, aos retratos, Histria ou s paisagens

O Romantismo em Portugal

Francisco Goya, Saturno devorando um dos seus filhos, 1820-23, Museu do Prado.Pintura no Romantismo

O Romantismo em PortugalEm Portugal, o romantismo fez-se sentir pelo interesse pela natureza, pelo rstico e pelo pitoresco exaltando o passado histrico do povo portugus e a sua autenticidade. Tambm se fez sentir pela procura das nossas razes que se encontravam, para os romnticos, no meio rural.Na literatura, o romantismo expressou-se em escritores como Almeida Garrett e Alexandre Herculano. tambm neste sculo que surgem obras da Histria de Portugal. Surge ainda a designao de manuelino, referida pela primeira vez.

Toms da Anunciao, Vista da Amora, 1852, leo sobre telaO Romantismo em Portugal

Pintores romnticos portugueses:

Temas relacionados com o mundo rural e os costumes populares: Augusto Roquemont, Toms da Anunciao (1818-1879), Joo Cristino da Silva (1829-1877) ou Leonel Marques Pereira

Temas histricos e retratos: Luis Pereira Meneses, Miguel ngelo Lupi, Alfredo Keil e Francisco Metrass (1825-1861)

O Romantismo na pintura em Portugal

Toms da Anunciao, Vista Tirada do stio da Amora, 1852

O registo das paisagens, dos costumes castios e das paisagens pitorescas.

Joo Cristino da Silva, Cinco Artistas em Sintra, 1855

Retrata os artistas da poca rodeados por um grupo de saloios curiosos, na vila de Sintra. O Romantismo na pintura em Portugal

Francisco Metrass, S Deus, 1856

Alfredo Keil, A Carta 1874

Alfredo Keil, Um Rebanho em Sintra,1898

O realismoA partir de 1845 e at por volta de 1870 (2. metade do sc. XIX), os pintores desenvolveram uma nova tendncia artstica, o realismo.

Influenciados pelo progresso cientfico e tcnico, pelos acontecimentos sociais e polticos e pela renovao moral e tica que da adveio, comearam a interessar-se por uma viso mais objetiva e rigorosa da realidade. Foram tambm influenciados pelo surgimento do Positivismo de Auguste Comte.

Passaram a utilizar a arte como forma de denncia e de chamada de ateno para os problemas sociais da opresso e da desumanizao que a nova sociedade trouxera.

O realismoO realismo carateriza-se por materializar e retratar problemas sociais; uma corrente anti-acadmica e objetiva que se inspira nos problemas sociais da realidade (objetivo de denncia social e politica).H uma rejeio da subjetividade onde os quadros utilizam como protagonistas pessoas vulgares, atividades quotidianas e paisagens reais. Esta pintura manifestou-se em duas vertentes: uma de maior compromisso social e politico e uma mais naturalista e interessada nas paisagens.Millet e Courbet foram os principais pintores deste movimento.

Pintores realistas:

Jean Franois Millet (1814-1875) realizou obras de sentido social que retratavam o mundo campons nos gestos, nas aes e numa existncia em consonncia com a natureza.

A II repblica francesa favoreceu a divulgao da esttica realista ao abrir os sales de 1848 a estes artistas. Aqui, Millet exps algumas das suas obras.

Nos seus quadros, surgem personagens brutalizadas pelo trabalho e com uma vida pouco esperanosa.

O realismo

Pintores realistas:

Gustave Coubert (1819-1877) foi o principal mentor do realismo, tendo sido influenciado pelo poeta Baudelaire e por Proudhon de quem recebeu as ideias revolucionrias e socialistas. Em 1855, as suas obras foram vedadas de serem expostas na Exposio Internacional de Paris.

ser capaz de refletir os costumes, as ideias, o aspeto da minha poca; ser no s pintor, mas tambm um homem; numa palavra: fazer arte viva. Esse o meu objetivo

O realismo

O realismoGustave Courbet, The Grain Sifters, leo sobre Tela, 1855

O realismoAs respiradoras, Jean-Franois Millet, 1857Millet representou com enorme dignidade e grandeza, os camponeses trabalhando no seio de uma natureza muito distinta daquela que tinham representado os romnticos. uma natureza austera e severa, habitada por pessoas resignadas e humildes, cuja existncia no podem mudar. Este pintor produziu obras de profundo sentido social que retratam o mundo campons, nos gestos simples, nas aes humildes e numa existncia de acordo com a natureza.

O realismoO Ateli do Artista, uma alegoria real, Gustave Courbet, 1854-1855.

A obra mais notvel e polmica de Courbet este quadro alegrico de grandes dimenses. ele prprio que se coloca como pintor nesta tela, onde pinta uma paisagem da sua terra natal. Ao lado, uma criana e uma mulher, smbolos da inocncia e da verdade. O realismo

O Ateli do Artista, uma alegoria real, Gustave Courbet, 1854-1855.

O realismo

Caractersticas formais, expressivas e plsticas:

Poucos contrastesTratamento naturalista das formas da cor e da luz.Desenho objetivoRigor nas composiesRecurso fotografia para estudo prvio da obra

Caractersticas:

Interesse pela representao objetiva do real

Libertao da subjectividade

Abandono das temticas religiosas, fantasistas ou de inspirao histrica

Pintura ao ar livre

Temas:Paisagens, retratos e cenas do quotidiano

Naturalismo

Paris era a capital da arte.

Continua o progresso e o desenvolvimento resultantes da revoluo industrial.

Expanso do caminho-de-ferro.

Surge a luz eltrica, o telefone, o motor de exploso.

Diversificam-se as indstrias e surge a produo em srie.

A classe mdia burguesa afirma-se cada vez mais.

Continua o crescimento demogrfico.

A segunda metade do sc. XIX e o surgimento do impressionismo

As cidades continuam a crescer e passam a ser centros.

Surge o telgrafo, o telefone e a rdio que aceleram o quotidiano e massificam os costumes.

Surgem novos hbitos entre a burguesia como os passeios nos jardins, as idas aos parques, os encontros em cafs, sales e cabars, teatros ou peras.

A Inglaterra e a Alemanha tornam-se as duas grandes potncias industriais.

Frana passa a viver sob a III repblica e aqui que continuam a surgir os movimentos literrios e artsticos foi o caso do realismo e impressionismo. A segunda metade do sc. XIX e o surgimento do impressionismo

O percursor do impressionismo: Manet

O Impressionismo

As primeiras experincias que deram origem esttica impressionista surgiram por volta de 1860.

O termo impressionismo surgiu por volta de 1874, numa referncia jornalstica de Louis Leroy, a um quadro de Monet com o nome: Impresso, Sol Nascente. A inteno era depreciativa.

Claude Monet, Impresso, Sol Nascente, 1872

O ImpressionismoEsta obra encontrava-se exposta no ateli do fotgrafo Nadar, em Paris, na primeira exposio de pintura impressionista realizada margem dos circuitos oficiais.

Nela participaram cerca de trinta jovens artistas como Degas, Renoir, Monet, Pissaro, Czanne. A critica intitulou-os de naturalistas.

Claude Monet, Impresso, Sol Nascente, 1872

O impressionismo

Estes pintores no constituam um movimento, eram artistas sistematicamente rejeitados nos sales oficiais, e decidiram organizar mostras alternativas.

Entre si tinham em comum a reprovao por: o academismo, a valorizao do desenho em relao cor, a pintura de ateli, a ideia de que a renovao pictrica passava apenas pelos temas.

O quadro de Monet mostra a inteno de fixar vises instantneas de reflexos luminosos e cromticos, transpostos para a tela em pinceladas subtis e impercetveis.

Trata-se de uma impresso ou um efeito visual que deveria provocar o observador.

Claude Monet, Impresso, Sol Nascente, 1872O impressionismo

Os pintores impressionistas procuraram abandonar os cnones tradicionais da representao pictrica e compreender cientificamente as suas leis para as adequarem ao funcionamento da viso.

Para eles, interessava captar o momento de luz, o instante, o espao voltil ou uma sugesto visual. O impressionismo

Ensaio de figura em plein air: mulher com sombrinha voltada para a direita, Claude Monet, 1886, Muse d'Orsay

Esta conceo de pintura enquadrava-se no esprito cientfico e na mentalidade positivista da poca privilegiando a percepo dos sentidos em relao ao sentimento ou emoo.

O impressionismo

La Gare Saint-Lazare, Claude Monet ,1877,Muse d'Orsay, Paris.

Os pintores impressionistas beneficiaram tambm dos estudos de Isaac Newton acerca da luz (Tratado sobre a luz) e das leis da viso e dos estudos de Thomas Young acerca da cor.

Beneficiaram ainda das investigaes de Eugne Chevreul que, partindo da decomposio da luz solar, props um circulo cromtico que opunha cores primrias a cores secundrias e estabeleceu a teoria do contraste das cores.

O impressionismo

La Gare Saint-Lazare, Claude Monet ,1877,Muse d'Orsay, Paris.

Crculo Cromtico, Michel Eugne Chevreul, 1839.

Partindo da decomposio da luz solar, Chevreul props um crculo cromtico que ope as cores primrias s secundrias, cada uma destas resultando de duas cores primrias.

Influncias:

A cultura urbana parisiense e o seu esprito moderno.

A fotografia que libertou a pintura da sua funo representativa.

O japonismo e o contato com a arte grfica oriental.

A luz e a cor e as descobertas que aqui se processaram.

O surgimento dos tubos de pinta.

Paisagismo romntico de Turner e Constable.

Pintura ao ar livre do naturalismo.

Interesse pelo quotidiano do realismo.O impressionismo

Caractersticas tcnicas e plsticas:

pintura no racionalizada

Quadros de aspecto inacabado e rugoso

Formas e volumes pouco definidos

Predomnio de cores frias

predomnio da luz e cor

Pintura mais intuitiva e espontnea (pintavam momentos, impresses)

Paleta de cores claras

O impressionismo

O Almoo dos Remadores, Auguste Renoir, 1881.

Caractersticas tcnicas e plsticas:

Tons fragmentados sobre a tela (mistura da cor feita na tela)Pinceladas livres, rpidas e curtas (espontneas)Cores claras justapostasLuminosidadeIntensidade cromticaAbandono do claro-escuroAbandono da delimitao linear dos corposPlanos e enquadramentos inesperados.pintura ao ar livre en plein airO impressionismoMonetpainting in his garden at Argenteuil, Renoir, 1873.

CLAUDE MONET AUTUMN AT ARGENTEUIL, 1873O impressionismoCaractersticas tcnicas e plsticas:

Utilizao de tintas industriais em tubos.

No eram usados esboos nem estudos prvios.

Novo modo de conceber as formas como resultado da luz e da cor.

Captao do momento de luz, do instante do tempo, do espao voltil ou de uma sugesto visual imediata

A obra devia provocar uma impresso no observador.

Temas:

Paisagens e ambientes fsicos captados ao ar livre.Ambientes urbanos e do quotidiano moderno.Cenas de movimento.Cenas ldicas, de diverso e de tempo livre e acontecimentos mudanos.

Autores:

Claude MonetAuguste RenoirCamille PissarroEdgar Degas

O impressionismo

O impressionismoEdgar Degas (1834-1917)Foi o mais ativo dinamizador das exposies impressionistas.

Recusou a pintura en plein air.

Pintou sobre imagens retiradas ao instantneo do quotidiano.

Utilizou enquadramentos ambguos com perspetivas invulgares.

Espontaneidade e improviso da composio.

O Absinto, Edgar Degas, 1875-1876

O impressionismoEdgar Degas (1834-1917)

O impressionismoAuguste Renoir (1841-1919)Adoptou um enquadramento que atentava contra a conceo racional do espao e que desde o renascimento nunca tinha sido contestada. Rompeu com o modo tradicional de representao do espao: em vez da perspectiva em tringulo, utilizou principios ticos baseados no tratamento da luz e da cor.Os seus temas eram os efeitos luminosos, as atmosferas vibrantes e as superfcies transparentes.

Autoretrato de Auguste Renoir

O impressionismoClaude Monet (1840-1926)Praticou a fragmentao do espao, a diluio da forma, o esbatimento do desenho e a desmaterializao da pintura. Praticou o en plein air retratando as vibraes e os reflexos da luz solar sobre os corpos e as superfcies. (pintando no mesmo local a diferentes horas do dia)

Autoretrato de Claude Monet

Outros movimentos da pintura dos finais do sc. XIX e incios do sculo XXContributo decisivo dos pintores impressionistas para a criao de movimentos posteriores.

Impressionismo iniciou vanguardas que se desenvolveram em finais do sculo XIX, incios do sc. XX

A maior parte dos pintores que seguiram outros movimentos, iniciaram-se no impressionismo.

VANGUARDAS:

Neo-impressionismoPs-impressionismoFauvismoSimbolismoExpressionismoCubismoSurrealismo

Este movimento deu continuidade ao impressionismo mas, era ao mesmo tempo uma reaco contra ele. Ficou tambm conhecido por Divisionismo.

Aspectos que o aproximaram do Impressionismo:

Pintura ao ar livreTemas do quotidianoPaleta de cores clarasPreocupao com a representao da luz e da cor

Distanciou-se do Impressionismo:

DivisionismoComposio estruturada

O Neoimpressionismo ou Ps-Impressionismo

(1859-1891)(1859-1891)O Neoimpressionismo ou Ps-ImpressionismoO neoimpressionismo constituiu uma continuidade com o Impressionismo pois favoreceu a pintura en plein air, os temas da vida quotidiana e as cores claras.

Acabou tambm por se lhe opr, pois substituiu a tcnica intuitiva da justaposio de tons sobre a paleta, pelo mtodo da diviso da cor baseado em estudos cientficos da relao entre a cor e a luz.

George Seurat (1859-1891) foi o principal dinamizador do movimento e considerava que os impressionistas no tinham atingido a viso exata e cientfica da Natureza, que era o seu objetivo ao pintar.

Georges Seurat (1859-1891)

(1859-1891)(1859-1891)Georges Seurat (1859-1891)O Neoimpressionismo ou Ps-ImpressionismoPara ele, a pretendida viso baseada na percepo pura, era alterada pela subjetiva impresso do pintor.

Nesse sentido, Seurat utilizou o divisionismo, isto , a sistematizao cientfica das impresses empricas de Monet, Renoir e outros.

Seurat considerava que, no seu estado natural, a cor era afetada pelo grau de luz circundante e pelas cores que lhe estavam prximas percebidas simultaneamente pelo olho, ou seja, era o resultado de uma percepo.

(1859-1891)(1859-1891)Umdomingo tardenailha da GrandeJatte, Georges Seurat, 1884-1886O NeoimpressionismoNum tema na linha do Impressionismo, aqui o tempo em vez de instantneo parece congelado, bem como os movimentos das figuras. As personagens surgem representadas com uma rigorosa geometria.

Seurat praticou uma pintura tica que consistia na aplicao de tons complementares juntos uns dos outros tcnica do pontilhismo que correspondiam cor do objeto se visto de perto.

O objetivo era que as cores se misturassem na retina.

Em 1884, Seurat expunha o Banho de Asnires, no Salo dos Independentes e a sua composio alm de exaltar a luminosidade e a cor, ainda apresentava valores estruturais e formais na sua conceo.

Seurat estudava cuidadosamente cada tom e cada toque de cor, num laborioso e lento processo feito em ateli. O Neoimpressionismo

GeorgesSeurat

(1859-1891)(1859-1891)O Neoimpressionismo

Banho em Asnires, Georges Seurat, 1884.Evidencia-se, neste quadro, j alguma geometrizao das formas.

Caractersticas:

reduo de pinceladas a pequenas manchas de cor que evoluram para pontos (pontilhismo).

Uso de cores puras no misturadas (divisionismo).

Obra deixa se ser vista como uma impresso para passar a ser uma rigorosa construo de cores, formas e linhas.

Grandes telas.

Trabalhos realizados em ateliers a partir de estudos feitos ao ar livre.

Temas: vida quotidiana, paisagens.O Neoimpressionismo

Perodo artstico que vai desde 1880 e 1900.

Caracteriza-se por diferentes autores que buscam novos caminhos para a arte afastando-se cada vez mais da realidade como motivo nico de inspirao.

A partir daqui, a execuo e a cor tornam-se mais importantes que a composio ou o desenho.

Autores: Vicent Van GoghPaul CzannePaul Gauguin

O Ps- Impressionismo

Vincent Van Gogh (1853-1890) e o Pr- Expressionismo

O Ps- ImpressionismoA Noite Estrelada, Museu de Arte Moderna,Nova York, 1889.

Vincent Van Gogh (1853-1890) e o Pr- Expressionismo

Quarto em Arles, Museu Van Gogh, Amsterdo, 1888.O Ps- Impressionismo

Pintor e desenhista holands, teve uma juventude difcil.Ainda jovem, procurou seguir a carreira eclesistica achando possuir uma vocao que o levou a ajudar os mais desfavorecidos. Por volta de 1880, j com 27 anos, resolve dedicar-se pintura. Nessa altura, sente-se s e deprimido. Teve uma breve formao na Academia de Anturpia mas, ter sido o seu percurso religioso e os temas realistas que mais o influenciaram. Vincent Van Gogh (1853-1890)

Auto-retrato de Van Gogh, 1889

Aps uma breve passagem por Paris, instala-se em Arles onde desenvolve a sua carreira.

Procurou potencializar as capacidades expressivas da cor e considerou que a pintura devia traduzir as tenses, as energias e as emoes do mundo interior do artista.

Vem a terminar com a vida em 1890, mas a sua obra constituiu as bases da criao do expressionismo. Vincent Van Gogh (1853-1890)Auto-retrato de Van Gogh, 1889

Caractersticas tcnicas e plsticas:

Desenho anguloso e deformante

Tcnica do empastelamento das tintas.

Formas sinuosas

Uso de pinceladas largas, rpidas e espontneas

Intencionalidade de expresso de sentimentos

personificao da natureza

Transmisso de emoo, angstia e subjetividade.

Vincent Van Gogh (1853-1890)

Doze girassis numa jarra, (leo sobre tela),Vincent Van Gogh, 1889, Museu deMunique.

Vincent Van Gogh (1853-1890)

O tema dos Girassis foi tratado em, pelo menos, seis quadros.

Paul Czanne (1839-1906)Auto-retrato de Czanne, 1875

Pintor francs, comeou por ser impressionista, tendo trabalhado com Pissarro, de onde retirou a tcnica do plein air e o uso de cores mais claras.

Contudo, fruto da sua personalidade solitria, abandonou Paris e vem a instalar-se no sul de Frana. aqui que a sua pintura se afasta do impressionismo.

Comeou a crer representar o mundo que considervel mutvel de uma forma estvel e slida atravs do pensamento racional e geomtrico.

Veio a ser o percursor do cubismo considerando que era a natureza que se devia adaptar pintura e no o oposto.

Monte santa vitria, Paul Czanne, 1885-1887.Este lugar foi muitas vezes retratado por ele ao longo da sua vida. Paul Czanne (1839-1906)

Paul Czanne (1839-1906)

Os jogadores de Cartas, Paul Czanne, 1890-1895.tudo na natureza se pode converter nas formas fundamentais: cone, cilindro, esfera.

Paul Czanne

Paul Czanne (1839-1906)Mas insisto sempre no seguinte: o pintor deve dedicarse inteiramente ao estudo da natureza e se esforar para produzir quadros que sejam lies. As conversas sobre arte so quase inteis. O trabalho que leva realizao de um progresso no nosso ofcio uma compensao suficiente por no sermos compreendidos pelos imbecis.O literato exprimese com abstraes, ao passo que o pintor concreto o faz por meio do desenho e da cor, suas sensaes, suas percepes. No somos nem escrupulosos demais, nem sinceros demais, nem submissos demais natureza; mas somos mais ou menos senhores do nosso modelo e sobretudo dos nossos meios de expresso. Penetrar o que se tem diante de si e perseverar em se exprimir o mais logicamente possvel.

Paul Czanne. Carta a mile Bernard. Correspondncia

Caractersticas tcnicas e plsticas:

a estrutura do quadro era o mais importanteFazia uma explorao exaustiva da formaQueria representar o que a natureza tem de duradouro e imutvelPara cada quadro era preciso um grande numero de posesNo interessavam os objetos mas a disposio das cores e formasAlternava cor com linha desenhando e pintandoEstruturava as formas com figuras geomtricas

Paul Czanne (1839-1906)

Caractersticas tcnicas e plsticas:

Quadros vo tender para a abstraco. Estudo exaustivo da pincelada que era regularConstruo de formas a partir dos planosVolumes construdos pela sobreposio de planos de diferentes tonsNo fazia desenho prvio. Pintava diretamente na tela

Temas: RetratosPaisagensNaturezas mortas

Paul Czanne (1839-1906)

Nasceu em Paris mas, viveu 7 anos no Peru, de onde a me era natural.

Esteve na marinha mercante tendo-se tornado num bem sucedido corrector da bolsa.

Foi pintor e escultor.

Veio a romper com a mulher, filhos e emprego para se dedicar apenas pintura.

Comeou a pintar em 1874, ano em que conheceu os impressionistas, tendo participado nas suas exposies de 1879, 1880 e 1882.

Porm, vem a instalar-se na Bretanha e ai contacta com pintores simbolistas, cuja influncia se reflete numa pintura mais simplificada, mais elementar e numa utilizao de uma cor mais pura.

Paul Gauguim (1848-1903)Autorretrato com chapu, 1893-94.

Por fim, acabou por partir para o Taiti onde se instalou.

Foi um dos primeiros pintores a buscar inspirao visual na arte dos povos primitivos.

Pretendia dar um testemunho de um mundo ainda no corrompido pela sociedade.

Empregou as cores sem preocupaes naturalistas.

Paul Gauguim (1848-1903)Autorretrato com chapu, 1893-94.

Influncias:ImpressionismoArte oriental e em especial culturas primitivasCzanne de onde tirou o entendimento do volume por planosVan gogh de onde tirou o gosto pela simbologia da cor.

Temas:PaisagemNaturezas mortasMotivos exticosMistura temas cristos e pagos

Autoretrato, 1889Paul Gauguim (1848-1903)

O cristo amarelo, Paul Gauguin, 1889Paul Gauguim (1848-1903)Caractersticas tcnicas e plsticas:

Sintetismo (tratamento de amplas zonas de cores vivas demarcadas uma das outras pela tcnica do cloisonismo (cores em camadas negras delimitadas por linhas negras), sem atender remodelao da forma ou representao tridimensional do espao.

Cor aplicada em tons vivos e contrastantes, segundo a tcnica plat (lisa ou plana)

Pintou elementos sados do seu mundo interior.

Paul Gauguim (1848-1903)

Passatempo, Paul Gauguin, 1892Caractersticas tcnicas e plsticas:

Unificao da pincelada

Cores aplicadas sem manchas nem gradaes

Cloisinismo

Sinestesia

Pintura e escultura em Portugal em finais do sc. XIX

Situao global do pas:

Crise econmicaInstabilidade poltica: ditadura de Joo franco, regicdio (1908), implantao da repblica (1910)Greves e contestao social.

Atraso econmico, social e cultural do pas. A pintura e a escultura em Portugal na segunda metade do sc. XIX

Portugal s sentiu os primeiros sinais de renovao artstica a partir de 1870, aquando a ida de alguns artistas bolseiros para Paris. Desta forma, contactaram com a esttica realista e naturalista.

Contudo, salvo alguns casos isolados, o realismo pouco se difundiu em Portugal, contrariamente ao Naturalismo.

O naturalismo foi introduzido em Portugal por Silva Porto (1850) e Joo Marques de Oliveira (1853-1927), estagirios em Paris. A pintura e a escultura em Portugal na segunda metade do sc. XIX

Outros se seguiram como:

Columbano Bordalo PinheiroJos MalhoaSoares dos reis (escultor)

Caractersticas:Naturalismo sentimental e dramticoPintura de paisagens e retratos

TemasPaisagensCostumesretratos

A pintura e a escultura em Portugal na segunda metade do sc. XIX

A pintura e a escultura em Portugal na segunda metade do sc. XIXDrama de Ins de Castro, Columbano Bordalo Pinheiro, 1901-1904, (leo sobre tela), Museu Militar de Lisboa, (tema histrico)Columbano foi o mais notvel pintor portugus do fim do sculo XIX.

A pintura e a escultura em Portugal na segunda metade do sc. XIXFado, Jos Malhoa, 1910 (leo sobre tela), Museu da Cidade.Jos Malhoa pintava a simplicidade das gentes, da vida rural e a alegria das festas

A escultura do sc. XIX e o impacto de Rodin

O Beijo, Auguste Rodin, 18821889, Museu Rodin, Paris (mrmore)

A escultura no sc. XIXManteve-se presa ao academismo com poucas inovaes.

No entanto, nas ltimas dcadas do sc. XIX, o escultor francs Auguste Rodin trouxe mudanas.

AugusteRodin,nasceu emParis e foi contemporneo dos impressionistas.

Teveum reconhecimento tardio,tendo grande parte da suaformaosidorealizada margemdos circuitosoficiais.

Foitrs vezesrejeitado pela Escola de BelasArtes (em1857,1858e 1859),tendo trabalhadomuitosanos comopedreiroornamental.

Formadonos cnones e regras do academismoromntico,teve comoprofessoroescultor romnticoBayre,e trabalhoucomCarpeaux.

Auguste Rodin, um escultor impressionista

Em1875,deslocou-se aItlia(Florenae a Roma),embuscada Antiguidade e de Miguelngelo, porquem foiprofundamente influenciado.

Escreveua Bourdelle:Miguelngelo libertou-medo academismo.

Sobinfluncia deste escultor, apresentoua sua primeira obrade porte A idade do Bronze,exposta em 1878.

Expressou emoes nas suas obras

Seguiu o hbito de Miguel ngelo, de inacabar as obras.

Auguste Rodin, um escultor impressionista

Auguste Rodin, um escultor impressionista

O Pensador (18791889)

Cupido & Psyche, 1905Andrmeda, 1806, Museu Rodin.Auguste Rodin, um escultor impressionista

A Arte NovaMovimento artstico que se insere no Modernismo e que se fez sentir em vrias reas (refletiu-se na arquitetura, artes decorativas e artes grficas), entre as ltimas dcadas do sc. XIX e a primeira dcada do sc. XX, um pouco por toda a Europa. Modernismo movimento cultural e artstico surgido em finais do sculo XIX e que se fez sentir durante as primeiras dcadas do sculo XX que atingiu a literatura, a arquitectura, a escultura, a pintura e que se caracterizou pela ruptura com as formas tradicionais e pela procura de novas formas.

Surge emInglaterra por volta de 1880-90tendo durado at 1905-14.

Foi um movimento de implantao urbana.

Rompeu com o revivalismo historicista e com o racionalismo da arquitetura do ferro.

Teve vriasdesignaes de acordo com os pases onde surgiu:

Modern StyleInglaterra;Art NouveauFrana e Blgica;JungstileAlemanha;Sezessionustria;LibertyeFlorealeItliaModernismo-Espanha

Arte Nova

Arte Nova Influncias:

Gtico flamejante

arts and crafts

rococ

Pinturas japonesas

folclore tradicional ingls de inspirao celtaHotel Eetvelde, Victor Horta, Blgica

Caractersticas:

Atitude de originalidade e criatividade.

Nova relao forma-funo com plantas de traado livre e orgnico e ornamento integrando a arquitetura.

Formas inspiradas na natureza e ligadas ao Movimento - linhas sinuosas, orgnicas e assimtricas.

Utilizao dos novos materiais e tcnicas de construo: vidro, ferro forjado e beto.

Arte Nova Pormenor de uma janela

Arte Nova Hotel Eetvelde, Victor Horta, Blgica

Arte Nova artes grficas

Arte Nova artes decorativas

Arte Nova artes decorativas

Arte Nova PinturaO beijo(Der Kussno original emalemo), Gustave Klimt (1907-08).

Arte Nova - Arquitetura

Arte Nova - ArquiteturaCaractersticas:

Fim das tendncias historicistas e eclticas do academismo

Conjugou as conquistas tcnicas e construtivas da engenharia com as exigncias estticas e formais da arquitectura.

Plantas livres

Utilizao das novas tcnicas e dos novos materiaisCasa Tassel, Victor Horta, Blgica

Arte Nova - ArquiteturaCaractersticas:

Volumes irregulares e assimtricos

Superfcies sinuosas e movimentadas.

Grande importncia da decorao exterior e interior: muita ornamentao.

Ornamento variou consoante os arquitectosCasa Tassel, Victor Horta, Blgica

Arte Nova - Arquitectura

Casa tassel, Victor Horta, Blgica

Arte Nova - Arquitectura

Arquitetos foram simultaneamente artesos, designers que criaram mveis, louas, papis de parede.

A decorao aproveitava-se da estrutura do edifcio em vez de a esconder.Vidro e ferro na decorao com motivos florais nas entradas do metro de Paris. Projeto de Hector Guimard (1898-1904)

Casa Mil (La Pedrera), Antonio Gaudi, Barcelona, 19051910Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Casa Mil (La Pedrera), Antonio Gaudi, Barcelona, 19051910Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Arte Nova em Espanha o Modernismo CataloCasa Batll, Antonio Gaudi, Barcelona, 1877

Casa Batll, Antonio Gaudi, Barcelona, 1877

Casa Batll, Antonio Gaudi, Barcelona, 1877Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Casa Batll (interior), Antonio Gaudi, Barcelona, 1877Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Parc Guell, Antonio Gaudi, Josep Maria Jujol, 1900-1914Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Parc Guell, Antonio Gaudi, Josep Maria Jujol, 1900-1914

Parc Guell, Antonio Gaudi, Josep Maria Jujol, 1900-1914Arte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Pallau Guell, Antonio Gaudi, 1888, BarcelonaArte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

Pallau Guell (interior), Antonio Gaudi, 1888, BarcelonaArte Nova em Espanha o Modernismo Catalo

A Sagrada Famlia, Antonio Gaudi, 1883-1926, Barcelona.

Antonio Gaudi (1852-1926) o modernismo catalo ou arte nova.

Era Catalo e tornou-se num smbolo da cidade de Barcelona, onde se encontram a maior parte das suas obras.

Os seus trabalhos iniciais refletem influncias da arquitetura gtica e da arquitetura catal tradicional.

A sua maior produo artstica fez-se sob o mecenato de Guell.

Antonio Gaudi (1852-1926) o modernismo catalo ou arte nova. A sua obra mais representativa, A Sagrada Famlia, de inspirao gtica no foi terminada.

Na sua obra, encontramos como caractersticas gerais:

fachadas modeladas.formas orgnicas.utilizao imaginativa dos novos materiais: azulejos, beto ou vidro.

Antonio Gaudi (1852-1926) o modernismo catalo ou arte nova. Grande parte da sua carreira, foi ocupada com a construo da catedral dA Sagrada Famlia.

Aps 1910, passou a trabalhar quase exclusivamente na construo da igreja tendo passado a residir nos estaleiros.

Morreu dos ferimentos de um atropelamento.

http://www.youtube.com/watch?v=8vKKN1zFz9M&feature=fvwrel

AveiroA Arte Nova em Portugal

AveiroA Arte Nova em Portugal

A Arte Nova em Portugal Aveiro

A Arte Nova em Portugal Aveiro

Surgiu tardiamente em Portugal.

Foi influenciada pelo modelo europeu, em especial, o francs.Foi aplicada em prdios da burguesia, sobretudo nos grandes centros urbanos.

integrou-se na arquitectura tradicional destacando-se pela decorao.

A Arte Nova em Portugal

Fundado em 1921, o caf Magestic, considerado um dos mais belos exemplares de Arte Nova na cidade doPorto.

Livraria Lello, Porto

serralharia artstica:Portes;Gradeamentosde varandas;Escadarias;Janelas.

Escultura Decorativa:Cantaria;Massade cimento;

Manifestou-se tambm na pintura, cermica e ourivesaria.

A Arte Nova em Portugal