A Doutrina Leninísta-Stalinista Sobre as Nações e a Revolução Nacional e Colonial

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    Comunidade Josef Stlin - ht

    A Doutrina Lenins

    A ATIVIDADE dos g

    Lnin e J. Stlin, est estrecolonial e soluo do prnacional leninista-stalinistproletariado, a existncianaes, e a libertaopor Lnin e Stlin destas icriador. A doutrina leninisuma imensa riqueza ideolestratgia e ttica doeficaz e poderosa do bol

    opresso nacional. Esta pgrande potncia e o ninternacionais e antes deseparado a soluo da que

    Os trabalhos de Lniuma significao histricapublicao de alguns destimportantes e atuais. Posque ainda no se livraramvia revolucionria, se seppovos de todos os pasespoltica nacional do EstadUnio Sovitica multinaciostalinista sobre a questoteoria da questo nacionvitorioso e do perodo de t

    A teoria leninista-stagolpe arrasador sobre a idsocialistas de direita no s

    alm disso, fomentam a dinacional e colonial do imp

    tp://comunidadestalin.blogspot.com/

    ta-Stalinista Sobre as Naes e a

    Nacional e Colonial

    V. Vassilieva

    randes dirigentes da revoluo proletri

    itamente ligada elaborao terica da qublema da revoluo nacional e colonial. Asso o internacionalismo, a solidariedade io desenvolvimento livres e com igualdad

    dos povos oprimidos pelo imperialismoportantssimas questes constitui um moda-stalinista sobre a revoluo nacional e cogica, uma inestimvel contribuio teoovimento nacional e colonial. Demonstrohevismo na luta pela libertao dos pov

    oderosa arma foi forjada na luta contraacionalismo burgus, contra os oportutudo contra os social-democratas austra

    sto nacional da revoluo proletria.

    e Stlin sobre as questes nacionais e comundial. J decorreram mais de quarent

    s trabalhos e, contudo, at hoje continuamsuem extraordinria significao para os pdo jugo do imperialismo, para os povos dosram ou j se separaram do sistema capitem que ainda no se solucionou o problSovitico, que assegura a amizade fratern

    nal, se baseou e continua a se basear na dacional. O camarada Stlin tambm elaboral que se aplica s condies dos paseransio do socialismo ao comunismo.

    linista do problema nacional e colonial viologia do nacionalismo burgus. A burguemente no procuram a soluo do proble

    scrdia entre as naes com o objetivo derialismo. Tendo por base os princpios do in

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    Revoluo

    mundial, V. I.

    esto nacional eases da polticanternacional dode direitos das

    . A elaboraolo do marxismo

    lonial apresentaria marxista e

    ser uma armas da Rssia da

    chovinismo deistas russos ecos que haviam

    loniais possuema anos desde aa ser vitalmenteovos dos pasespases que, pelaalista e para osma nacional. A

    al dos povos dautrina leninista-u genialmente as do socialismo

    rou e vibra umia e seus lacaiosa nacional mas,

    ortalecer o jugoternacionalismo

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    proletrio, a teoria leninista-stalinista armou os Partidos Comunistas, todos osrevolucionrios e todos os trabalhadores dos pases capitalistas coloniais e semi-coloniais para a luta pelo aniquilamento do jugo imperialista, pela liberdade dos porose pela sua igualdade de direitos, pela auto-determinao e uma existncia edesenvolvimento independentes.

    A Luta de Emancipao dos Povos Coloniais e Semi-Coloniais, Parte Integrante da

    Revoluo Proletria Mundial

    O PROBLEMA nacional e colonial constitui parte integrante da questo geral daluta da classe operria pela derrocada do imperialismo, pela devoluo proletria, peladitadura do proletariado e pelo socialismo.

    "Antigamente o problema nacional era considerado de maneirareformista, afirmou o camarada Stlin como um problema isolado,independente, sem qualquer relao com o problema geral do poder do

    capital, da derrocada do imperialismo,.da revoluo proletria.Supunha-se tacitamente que a vitria do proletariado na Europa podiaser obtida sem uma aliana direta com o movimento de libertao dascolnias, que o problema nacional e colonial podia ser resolvidosilenciosamente, "espontaneamente", margem da grande estrada darevoluo proletria, sem a luta revolucionria contra o imperialismo.Atualmente deve-se considerar desmascarado este ponto de vista anti-revolucionrio. O leninismo demonstrou, e a guerra imperialista e arevoluo russa o confirmaram, que o problema nacional s pode sersolucionado em ligao com a revoluo proletria e na base dela, que

    o caminho da vitria da revoluo no Ocidente passa atravs da alianarevolucionria com o movimento de libertao das colnias e dospases dependentes contra o imperialismo. O problema nacionalconstitui uma parte do problema geral da revoluo proletria, umaparte do problema da ditadura do proletariado".(1)

    A estreita dependncia e a ligao recproca entre a luta do proletariado dospases capitalistas e o movimento de libertao nacional nas colnias emprestam forae poder a todo o movimento revolucionrio considerado em seu conjunto.

    Os povos oprimidos das colnias, das semi-colnias e dos pases dependentes,assim como as minorias nacionais oprimidas dos pases capitalistas, constituem umareserva inesgotvel e um aliado poderoso do proletariado revolucionrio. Osinteresses do movimento revolucionrio internacional exigem que o proletariadorevolucionrio de vanguarda dos pases capitalistas, temperado nas lutas, presteauxlio e apoio ao movimento de libertao nacional dos povos coloniais, com oobjetivo de utilizar, da forma mais ampla possvel, essa sua importantssima reserva.

    O internacionalismo a base do movimento proletrio internacional e da luta delibertao nacional, parte integrante do mesmo. Os laos da solidariedade fraternalunem os povos combatentes das colnias com o proletariado das metrpoles, comtodo o movimento operrio internacional na luta contra a explorao capitalista, pela

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    derrocada do domnio do imperialismo, que se encontra inevitavelmente ligado intensificao e propagao das formas mais brbaras da opresso social, racial enacional. O Partido Bolchevique sempre educou a classe operria no esprito dasolidariedade internacional. As organizaes operrias marxistas-leninistasinternacionais so uma escola de solidariedade de classe: educam os trabalhadores e

    os levam para o caminho nico do poderoso movimento revolucionrio.O camarada Stlin declarou:

    "... os trabalhadores esto interessados na unio completa de todos osseus companheiros num nico exrcito internacional, na sua libertaorpida e definitiva da escravido espiritual da burguesia, nodesenvolvimento completo e livre das foras espirituais de seus co-irmos, no importa a que nao pertenam.Por isso os trabalhadores lutam e lutaro contra a poltica de opressodas naes em todos os seus aspectos, das formas mais refinadas s

    mais grosseiras, assim como contra a poltica de instigao de umanao contra outra, em todos os seus aspectos. Por isso a social-democracia de todos os pases proclama o direito das naes suaauto-determinao"(2).

    Lnin e Stlin sempre chamaram a ateno para as foras revolucionrias e paraas possibilidades que apresentam os povos das colnias e semi-colnias quedespertam para a vida poltica. Na Segunda Assemblia Pan-Russa das organizaescomunistas dos povos do Oriente, realizada em Moscou em novembro de 1919, Lnin,caracterizando o ascenso da luta dos trabalhadores dos pases do Ocidente contra os

    imperialistas e os exploradores, afirmou:

    "O mesmo acontecer no Oriente. Sabemos que aqui se levantaro,como participantes independentes, como criadores de uma nova vida,as massas populares do Oriente, porque centenas de milhes destapopulao pertencem s naes dependentes e privadas da igualdadede direitos, que at hoje constituram um objetivo da polticainternacional e que, para a cultura e a civilizao capitalistas, existiramsomente como material para adubao"(3).

    A genial previso de Lnin se justificou plenamente. Um poderoso movimentode libertao nacional, de uma fora e um mpeto sem precedentes, se apoderou, apsa segunda guerra mundial, da maioria dos povos oprimidos pelo imperialismo. Osistema colonial do imperialismo passa por uma crise aguda. Desmoronam os imprioscoloniais formados durante centenas de anos. Nasce o novo mundo dos povos livresdo Oriente. Seguindo as pegadas dos povos libertados pela classe operria russa nodecorrer da Grande Revoluo Socialista de Outubro e que fazem parte da UnioSovitica, o povo mongol contando com o apoio e a solidariedade do Estado em que severificou pela primeira vez no mundo a vitria do proletariado, criou uma repblicapopular e, saltando a etapa do sistema capitalista de desenvolvimento, marchou pela

    estrada ampla da construo das bases do socialismo. Em conseqncia das vitrias daUnio Sovitica na segunda guerra mundial, de significao histrica, o graas ao

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    aniquilamento, pelas foras armadas soviticas, do Japo imperialista e ao apoio daURSS, o grande povo chins conquistou a liberdade e a independncia e criou umEstado de democracia popular. O povo coreano, libertado do imperialismo japonspelo Exrcito Sovitico, criou a Repblica Popular Democrtica da Coria, Todos estespases fazem parte do poderoso campo da paz, da democracia e do socialismo, cuja

    frente se encontra a grande Unio Sovitica. Marcham pelo caminho da reconstruosocialista de sua vida. Os povos do Oriente, que se libertaram ou que se Libertam do

    jugo do imperialismo, marcham pelo caminho do internacionalismo proletrio.

    Os povos do Viet-Nam, da Indonsia, da Malaia, da Birmnia e de outros paseslutam de armas na mo pela sua independncia nacional.

    A Unio Sovitica constitui um sustentculo poderoso e um aliado firme dostrabalhadores dos pases coloniais na sua luta pelo aniquilamento da escravidocolonial e um poderoso baluarte da independncia nacional de todos os povos,

    grandes e pequenos. Nas vitrias da Unio Sovitica os povos oprimidos vm umagarantia de sua libertao. Manifestando os verdadeiros sentimentos dos povos de seupas, Amir Sharifuddin, ex-primeiro-ministro da Repblica da Indonsia,traioeiramente assassinado pela camarilha dos nacionalistas burgueses da Indonsia,declarou:

    "A URSS a nossa esperana". "Vimos declarou Louis Taruk, lder daorganizao dos guerrilheiros filipinos denominada Hukbalahap qual a poltica sovitica em relao aos povos da sia. A URSS o nicopas que lutou consequentemente pelos interesses da Repblica

    Popular da Indonsia, do Viet-Nam e de outros povos coloniais... AUnio Sovitica um amigo com quem os filipinos podem contar".

    Os agentes do imperialismo os nacionalistas burgueses e os demaisreacionrios e traidores de todos os matizes dos pases capitalistas, coloniais e semi-coloniais, desejam desviar a luta libertadora dos povos para o caminho do acordo como imperialismo, para o caminho da traio nacional. O social-imperialismo dos queatualmente se denominam governos "socialistas" dos pases da Europa Ocidental sebaseia no sistema de corrupo da aristocracia operria, dos dirigentes dos partidos"socialistas" e dos sindicatos, custa dos super-lucros coloniais. Os socialistas de

    direita da Frana, os trabalhistas ingleses e os "socialistas" de outros pases da EuropaOcidental que, ao chegarem ao poder, se tornaram participantes da explorao dospovos coloniais, so atualmente ces de fila do imperialismo e agem na qualidade degendarmes e estranguladores da Liberdade no somente dos "seus" povos coloniaiscomo tambm dos demais povos coloniais.

    Da mesma forma que o "socialista" Mac Donald que, por duas vezes, esteve frente do governo trabalhista e que impiedosamente sufocou o movimento delibertao nacional das colnias, assim tambm hoje, por ordem dos"socialistas"Bevin e Attlee, derrama-se o sangue dos povos coloniais. Os lderes

    trabalhistas agem como os mais ativos dirigentes da poltica imperialista de repressodo movimento de libertao nacional, poltica de explorao colonial dos povos dos

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    pases coloniais e dependentes. A ao criminosa do governo trabalhista da Inglaterrana Indonsia e no Viet-Nam se inscrever eternamente na histria do trabalhismoingls como uma das suas pginas mais negras e vergonhosas. O ministro das colniasda Frana, o "socialista" Monttet, e o ex-premier francs, o "socialista" Ramadier,desencadearam a guerra colonial contra a Repblica do Viet-Nam. Foram eles, os

    social-traidores franceses, que mandaram foras para sufocar os insurretos malgaxes epara massacrar pacficos habitantes de Madagascar. Tal a atual poltica colonial,francamente imperialista, dos social-traidores.

    Os nacional-reformistas das colnias e das semi-colnias, expresses dosinteresses da grande burguesia nacional, que se passaram para o campo doimperialismo, so os executantes da poltica do imperialismo americano, queatualmente o mais forte, e que aspira estabelecer o seu domnio mundial. So elestambm os executantes da poltica do imperialismo ingls.

    Atualmente, mais do que em qualquer poca anterior, se tornou evidente que aquesto relativa ao carter progressista deste ou daquele movimento, a questo dafidelidade deste ou daquele partido causa de libertao do seu pas, determinadapela sua posio em relao URSS. O caminho dos povos coloniais que lutam nopode ser outro seno a aliana com a URSS, com o movimento operrio internacional,com o campo da democracia e do socialismo, cuja vanguarda a Unio Sovitica.

    A Teoria Leninista-Stalinista Sobre o Problema Nacional e Colonial

    A GRANDE Revoluo Socialista de Outubro inaugurou uma nova poca na

    histria de toda a humanidade, a poca das revolues proletrias nos pasesimperialistas, poca das revolues coloniais que se travam nos pases oprimidos domundo em aliana e sob a direo do proletariado. A criao e o fortalecimento daURSS foram um testemunho da poderosa fora e da vitalidade da doutrina leninista-stalinista sobre a revoluo socialista. Tendo apeado do poder os latifundirios e oscapitalistas, a Revoluo de Outubro destruiu a cadeia do jugo nacional e colonial elibertou todos os povos oprimidos sem exceo, de um vasto Estado.

    "O trao caracterstico da Revoluo de Outubro, afirmou ocamarada Stlin representado pelo fato de que as revolues

    nacional-coloniais foram feitas na URSS, no sob a bandeira dainimizade nacional e dos conflitos internacionais, mas sob a bandeira daconfiana mtua e da aproximao fraternal dos trabalhadores ecamponeses dos povos da URSS, no em nome do nacionalismo, masem nome do internacionalismo"(4).

    A aplicao da teoria leninista-stalinista da questo nacional e colonial teveimensa significao para a vitria da Revoluo de Outubro. Garantiu a participaodas massas de milhes dos povos das vrias nacionalidades na luta ao lado darevoluo. A classe operria russa, dirigida pelo Partido Bolchevique, reuniu em tornode si todos os povos oprimidos pelo tsarismo, transformou-os em fora revolucionriaativa na luta contra a autocracia e o imperialismo, pela criao de um slido Estado

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    multi-nacional socialista, baseando-se na indestrutvel amizade dos povos queconstituem uma nica e fraternal famlia.

    A vitria da revoluo proletria e o estabelecimento da ditadura do proletariadona Rssia estabeleceram todas as premissas indispensveis para a soluo

    revolucionria da questo nacional e ao mesmo tempo apresentaram novas tarefas nocampo da questo nacional e colonial. A "Declarao dos Povos da Rssia'' escrita pelocamarada Stlin e publicada em 16 de novembro de 1917 sob a assinatura de Lnin ede Stlin, proclamava a igualdade e a soberania dos povos da Rssia e tambm o seudireito livre auto-determinao e at separao e formao de Estadosindependentes. Este documento histrico tinha, em primeiro lugar, o objetivo de atrairtodos os numerosos povos, que vivem no nosso pas, para a luta pela manuteno epelo fortalecimento do poder do proletariado, pela construo do socialismo e pelaliquidao, na prtica, da desigualdade das vrias nacionalidades que se estabeleceracomo resultado do seu desenvolvimento histrico o do jugo do tsarismo. execuo

    destas tarefas se destinava o trabalho do Partido e do dirigente da sua polticanacional, o camaradaStlin, que esteve testa, at 1923, do Comissariado do Povopara as Nacionalidades. O camarada Stlin apresentou um vasto programa de medidascujo objetivo era a liquidao do atraso econmico e cultural dos povos oprimidos pelotsarismo. No seu informe apresentado em maro de 1921 ao X Congresso do PC (b) daRssia, sobre as tarefas do Partido relativos questo nacional, ocamarada Stlin afirmou que:

    "a essncia do problema nacional na Repblica Socialista FederativaSovitica Russa consiste em se liquidar com o atraso atual (econmico,

    poltico e cultural) que algumas naes herdaram do passado e dar aospovos atrasados a possibilidade de alcanar a Rssia central no que dizrespeito ao desenvolvimento poltico, cultural e econmico"(5).

    Repblicas nacionais extremamente atrasadas empreenderam o caminho daconstruo do socialismo, saltando a etapa do capitalismo. A Revoluo de Outubrocriou as premissas para o seu vitorioso desenvolvimento econmico. A economianacional, socialista e a transformao dos meios de produo em propriedade de todoo povo permitiram passar ao planejamento da economia nacional tanto no pasconsiderado cm seu conjunto como em cada repblica considerada isoladamente e em

    cada provncia integrante da Unio Sovitica. Nas suas obras geniais ocamarada Stlin indicou os caminhos da construo do socialismo nas repblicasnacionais soviticas, os caminhos de sua incluso no plano geral da construo de todaa URSS levando-se em conta as particularidades da economia, da cultura, doscostumes e do desenvolvimento histrico de cada repblica.

    O Partido Bolchevique, ao levar prtica a poltica nacional leninista-stalinista,solucionou o problema nacional nos limites de um vasto pas multinacional etransformou a Rssia tsarista priso de povos numa famlia socialista fraternal depovos livres. A discriminao nacional e racial se acha liquidada na Unio Sovitica que

    forma uma unio voluntria de repblicas. A Constituio Stalinista

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    No seu trabalho genial "O Marxismo e o Problema Nacional", escrito dos fins de1912 ao comeo de 1913 e que at hoje constitui o programa e o guia para a aotanto dos povos que lutam pela sua libertao do jugo do capital como para os povosque constroem o socialismo e o comunismo, e tambm em outros trabalhos seus ocamarada Stlin demonstrou que o regime da ditadura do proletariado o nico

    regime capaz de solucionar a questo nacional, isto , um regime capaz de criar ascondies que asseguram a convivncia pacfica e a cooperao fraternal das vriasnacionalidades e tribos. A soluo da questo nacional na URSS constitui uma dasmaiores realizaes de nossa poca. A opresso nacional, h sculos existente, foisubstituda pela grande amizade de povos soberanos que dispem de igualdade dedireitos e que ainda mais fortemente se temperou nos anos da Grande GuerraPatritica.

    O camarada Stlin criou uma teoria marxista-leninista da nao efetivamentecientfica, desmascarou o oportunismo e a falta de vitalidade do esquema dos social-

    democratas austracos. Os social-democratas austracos, os membros do "bund" e osmencheviques davam uma explicao complicada da nao como uma aglomerao deindivduos unidos pela comunidade de carter, fora de qualquer ligao com este ouaquele territrio e pregavam a plataforma da "autonomia cultural-nacional". Estaplataforma oportunista, extraordinariamente perigosa para o movimento operrio, da"autonomia cultural-nacional", isto , o direito de uma nao a solucionar somente asquestes que dizem respeito vida cultural, desprezava a questo da luta de classes etinha por objetivo afastar o proletariado da luta contra o capital; falava da "harmoniados interesses de classe" e propunha a realizao da "liberdade das nacionalidades"no vinculadas a determinados territrios. Esta podre teoria desunia o proletariado

    das vrias naes, amarrava a classe operria e os trabalhadores das vriasnacionalidades burguesia "ptria" e no passava na realidade da expresso de umnacionalismo burgus extremo.

    "O ponto de vista de Bauer declarou o camarada Stlin aoidentificar a nao com o carter nacional, separa a nao do terrenoem que est assentada e a converte numa espcie de fora invisvel,que se basta a si mesma. O resultado no uma nao viva e real, masalgo mstico, imperceptvel e de alm-tmulo."(6).

    A doutrina leninista-stalinista sobre a nao, criada ainda no perodo anterior aOutubro e que derrotou a "teoria da nao" idealista pregada pelos "marxistas"austracos, adquiriu uma significao excepcional no perodo posterior a Outubro eparticularmente durante e depois da segunda guerra mundial, quando a ideologia daburguesia imperialista, que marcha para a catstrofe, com zelo mais fervoroso ps-se adifundir, por todos os meios ao seu alcance, todas as podres teorias raciais anti-humanas. Todos os disparates raciais do fascismo e a nova e anti-humana edio doracismo, atualmente apresentado pelos imperialistas americanos, soincomparavelmente mais reacionrios e agressivos pela sua essncia do que acelebrrima "teoria da nao" dos "marxistas" austracos; baseiam-se tambm nos

    elementos antropolgicos do "sangue racial" e "esprito racial" e tm por objetivo a

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    "justificao" do domnio dos imperialistas, das "naes eleitas" sobre os povos fracose pouco desenvolvidos.

    Os imperialistas dos Estados Unidos e da Inglaterra pem em prtica uma polticade opresso dos povos em todo o mundo capitalista. Os seus escudeiros, que tentam

    por todas as formas "fundamentar" a desigualdade racial e nacional, desenvolveram,sob a bandeira do cosmopolitismo, uma campanha contra a soberania nacional. Para a"justificao" dos preparativos de uma nova guerra, a que se entregam os imperialistasamericanos e ingleses, os mais ferozes inimigos da humanidade, eles apregoam"idias" retrgradas, decadentes e fascistas de oposio entre as naes e de domniode umas sobre as outras, e a submisso dos povos aos novos pretendentes ao domniomundial os imperialistas americanos.

    O camarada Stlin desmascarou a desumana teoria racial dos obscurantistasgermano-fascistas. Aps a segunda guerra mundial, ele destruiu os delrios raciais dos

    imperialistas anglo-americanos. O camarada Stlin demonstrou cabalmentequeChurchill e seus amigos na Inglaterra e nos Estados Unidos deram incio tarefa dodesencadeamento de uma nova guerra com a proclamao da teoria racial, isto ,seguem as pegadas dos hitleristas. "A teoria racial alem levou Hitler e seus amigos concluso de que os alemes, como a nica nao "verdadeira", deviam dirigir asoutras naes. A teoria racial inglesa conduz o sr. Churchill e seus amigos conclusode que as naes de fala inglesa, como as nicas "verdadeiras", devem dominar asdemais naes do mundo.

    Em essncia, o sr. Churchill e seus amigos na Inglaterra e nos Estados Unidos,

    propem s naes que no falam a lngua inglesa algo como um ultimatum:

    "Reconhecei voluntariamente a nossa dominao e tudo marchar bemporque, em caso contrrio, a guerra inevitvel".

    Mas as naes derramaram o seu sangue no decorrer de cinco anos de umaguerra feroz para salvar a liberdade e a independncia $e seus pases, e no parasubstituir o domnio dos Hitler pelo domnio dos Churchill.

    inteiramente provvel, por isso, que as naes que no falam a lngua inglesa e

    que constituem, em conjunto, a imensa maioria da populao do mundo, noconcordem em ser vtimas de nova escravido".(7)O camarada Stlin nos deu uma clara e clssica definio de nao:

    "Nao uma comunidade estvel, historicamente formada, de idioma,de territrio, de vida econmica e de psicologia, manifestada esta nacomunidade de cultura."(8)

    Ao dar esta definio o camarada Stlin frisou que nenhuma das caractersticasindicadas, tomada separadamente, suficiente para a determinao da nao. E mais

    do que isso: basta a ausncia de uma s destas caractersticas para que a nao deixede ser nao.

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    O camarada Stlin demonstrou o processo de formao da nao como umacategoria histrica de uma determinada poca.

    "... A nao, como todo fenmeno histrico escreve o

    camarada Stlin est sujeita lei das transformaes, tem a suahistria, o seu princpio e o seu fim".(9)

    As naes se formaram no perodo de desenvolvimento do capitalismo mashouve uma poca em que no existiam naes; da mesma forma chegar um tempoem que no haver mais naes e a humanidade se congregar numa unidadeinternacional.

    O camarada Stlin tambm demonstrou que, como resultado do desenvolvimentodo capitalismo, se realiza o processo de unificao dos Estados nacionais e multi-

    coloniais, o nascimento do jugo nacional que se intensifica particularmente na pocado imperialismo, quando "o capitalismo se transforma num sistema mundial deopresso colonial e estrangulamento financeiro, por um punhado de pases"avanados", da gigantesca maioria da populao do globo" (10). Ao capitalismo, pelasua prpria natureza, so inerentes a opresso nacional e a explorao colonial.

    O imperialismo intensificou de maneira nunca vista e alargou o mbito do jugo eda explorao. Dos dois bilhes e um quarto da populao do globo terrestre a maioriafoi condenada a uma cruel opresso colonial e semi-colonial, como tambm a umaexistncia sem direitos, semi-faminta e miservel. Alm disso, dentro dos limites de

    quase todo pas capitalista encontra-se uma grande quantidade de nacionalidadespequenas e grandes que sofrem uma incrvel opresso poltica e econmica da parteda nao governante.

    precisamente por isso que a questo nacional, ou a questo da luta contra adesigualdade nacional, contra o domnio de uma nao sobre a outra, por umaexistncia independente e com igualdade de direitos, se transformou na questonacional e colonial na questo da luta dos povos oprimidos do mundo, dos povosdas colnias e semi-colnias, pela liberdade e pela independncia. A poca doimperialismo trouxe o problema nacional e colonial para o primeiro plano da luta de

    libertao nacional, uma vez que os choques "entre um punhado de naesdominantes "civilizadas" e as centenas de milhes de homens dos povos coloniais edependentes no mundo"(11) se manifestaram e se intensificaram cada vez mais,tornando-se uma das mais importantes contradies da poca do imperialismo.

    O camarada Stlin revelou a essncia de classe dos movimentos nacionaisburgueses nos pases oprimidos. Desmascarou as tentativas da burguesia, sob apalavra de ordem de "unidade da nao", das "tradies nacionais" e outras, emmascarar os seus interesses de classe e sujeitar a si o proletariado e todos ostrabalhadores.

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    "teoria" de um exacerbado nacionalismo burgus, expressa na plataforma da"autonomia nacional-cultural", o camaradaStlin contraps o princpio bolchevique dodireito das naes auto-determinao e separao. Isto quer dizer que cada nao,de acordo com os seus objetivos e interesses, decide a questo da sua existncia comoEstado e tem o direito de constituir-se em Estado autnomo, tem direito formao

    de um Estado independente. Mas a questo da separao, de acordo com osensinamentos de Stlin, deve ser decidida partindo-se das condies histricasconcretas e da necessidade prtica e das convenincias do desenvolvimento de cadanao. A separao pode se dar ou no, ao passo que a auto-determinao das naesconstitui uma condio obrigatria da soluo bolchevique da questo nacional.

    "Desde que os Estados Soviticos se unem numa federaovoluntariamente, o direito de separao no utilizado, pela prpriavontade dos povos que fazem parte da Repblica Socialista, Federativa,Sovitica da Rssia"(12).

    Alm disso, se fortalece cada vez mais intensamente a amizade e a unidade dasrepblicas nacionais soviticas que no somente no apresentam a questo de suaseparao de uma nica e fraternal famlia de povos que formam a Unio Sovitica,mas que cada vez mais a fortalecem, o que corresponde aos seus interessesfundamentais e vitais. Ao mesmo tempo cresce o nmero dos participantes, comigualdade de direitos, desta unio voluntria. Novas repblicas se unem famlia dospovos soviticos, verificou-se a reintegrao dos povos ucraniano e bielorusso,anteriormente desunidos e de ano a ano aumenta o poder do pas dos Sovits.

    No seu trabalho "A questo nacional e o leninismo", escrito em 1929 ocamarada Stlin elevou a uma nova altura a teoria marxista-leninista das naes. Seantes da vitria da Grande Revoluo Socialista de Outubro existiam somente naesburguesas, no Estado Sovitico, por outro lado, formaram-se novas naes soviticas.O camarada Stlin denominou-as naes socialistas.

    "A classe operria e seu partido internacionalista escreveu ocamarada Stlin a fora que consolida estas novas naes e asdirige. A aliana da classe operria e do campesinato trabalhador deuma nao para a liquidao dos remanescentes do capitalismo em

    nome da construo vitoriosa do socialismo; o aniquilamento dosrestos do jugo nacional em nome da igualdade e do livredesenvolvimento das naes e das minorias nacionais; o aniquilamentodos restos do nacionalismo em nome do estabelecimento da amizadeentre os povos e da consolidao do internacionalismo: a frente nicacom todas as naes oprimidas e que no gozam de igualdade dedireitos na luta contra a poltica dos usurpadores e das guerras derapina, na luta contra o imperialismo tal a expresso espiritual,social e poltica destas naes.

    Tais naes devem ser qualificadas de naes socialistas"

    (13)

    .

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    O Partido Bolchevique, baseando-se na poltica nacional leninista-stalinista,estabeleceu, na prtica, o princpio de auto-determinao das naes, dodesenvolvimento pleno e total de cada nacionalidade, levando em conta todas as suaspeculariedades e caractersticas em relao ao princpio do internacionalismoproletrio que prega a cooperao fraternal das naes. Na Unio Sovitica as naes

    anteriormente atrasadas se erguem ao nvel das naes avanadas. A teoria leninista-stalinista da questo nacional, ao contrrio do nacionalismo burgus e do funestocosmopolitismo imperialista, que nega os costumes nacionais, a cultura nacional, oidioma ptrio e a soberania nacional, emana da necessidade de um desenvolvimentointegral e multiforme da cultura dos povos, socialista pelo contedo e nacional pelaforma, da solidariedade internacional, da igualdade e da cooperao fraternal entre ospovos.

    Na Unio Sovitica se criaram todas as condies para um desenvolvimentomultiforme e integral de novas naes socialistas. Estas naes se caracterizam, em

    primeiro lugar, por um profundo internacionalismo e, cm segundo lugar, pelasolidariedade e pela amizade, pela unidade moral e poltica e o apoio recproco, o quese encontra brilhantemente confirmado por toda a histria da existncia da UnioSovitica.

    Ao lado do processo de unificao e de fortalecimento das naes socialistas, severifica o processo de desintegrao das naes burguesas dos pases capitalistas e desubmisso de pases e povos inteiros ao imperialismo americano. Intensificam-se ascontradies nacionais e a discrdia nacional dentro de cada pas capitalista e colonial;os imperialistas atiram uma nao contra a outra; nas colnias se tornam mais

    freqentes os sangrentos conflitos nacionais. O exemplo mais flagrante deste fato andia, onde os conflitos nacionais e religiosos assumem um carter extremamenteagudo.

    Os ensinamentos do camarada Stlin sobre a nao assumem uma significaohistrica mundial. A maioria dos pases do Oriente constituda de Estadosmultinacionais, onde o processo de formao das naes se encontra em diferentesgraus de desenvolvimento e onde sempre existiu uma aguda discrdia nacional,artificialmente fomentada pelos imperialistas que as dominam. A experincia dasoluo da questo nacional na Unio Sovitica realmente preciosa tambm para os

    povos coloniais que se libertaram do jugo imperialista e para os povos que ainda lutampela sua libertao.

    A Grande Revoluo Socialista de Outubro teve uma grande influnciarevolucionria sobre os povos dos pases coloniais e dependentes. No h com efeitonenhum pas do mundo no qual a Revoluo de Outubro no tenha provocado aintensificao da atividade poltica e o despertar para a vida poltica das amplasmassas populares. No corao de milhes de trabalhadores aumentou a f napossibilidade da vitria sobre o imperialismo. O movimento de libertao, que janteriormente se desenvolvia em muitos pases do Oriente, intensificou-se

    consideravelmente e se elevou a um novo nvel. A Unio Sovitica se tomou um guia

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    para os povos que lutam pela sua libertao e constitui para os mesmos um exemploque os inspira na luta.

    Desde os primeiros dias da sua existncia e no decorrer de toda a sua histria, oEstado Sovitico apoiou e apia invariavelmente e de maneira conseqente a luta de

    todos os povos coloniais oprimidos pelo imperialismo por sua liberdade eindependncia. Atravs de um grande nmero de barreiras e cordes a verdade sobrea Unio Sovitica alcanava e continua a alcanar os povos oprimidos, tornando-oscientes de que, tendo libertado os povos oprimidos pelo tsarismo, o poder sovitico,na sua poltica interna e externa, pe em prtica o principio da igualdade das raas edas naes, o respeito soberania e independncia dos povos, o reconhecimento doprincipio da auto-determinao at o direito separao, uma poltica de democracia,de paz e de cooperao internacional.

    A poltica leninista-stalinista do Estado Sovitico constituiu um poderoso fator

    revolucionrio na luta dos povos coloniais e semi-coloniais.

    O camarada Stlin escreveu em 1923: "O grito de luta pela libertao dasnacionalidades, fortalecido por lutas da natureza da libertao da Finlndia, daretirada das foras da Prsia e da China, da formao de uma Unio de Repblicas, doapoio moral franco aos povos da Turquia, China, Indosto e do Egito, pela primeira vezna histria ressoou nos lbios dos povos vitoriosos na Revoluo de Outubro. impossvel considerar casualidade o fato de que a Rssia que, anteriormente, aosolhos das nacionalidades subjugadas, representava a bandeira da opresso,transformou-se atualmente, depois que se tornou socialista, em bandeira de

    libertao"(14)

    . No por acaso que os nomes dos grandes lderes da RevoluoSocialista de Outubro e do Estado Sovitico, V. I. Lnin e J. Stlin so atualmente osnomes mais queridos entre os povos das colnias e semi-colnias, assim como entre ospovos de todos os pases do mundo.

    Na medida em que crescia o poder do Estado Sovitico ampliava-se o seu papelno campo internacional e a significao do apoio moral que prestava aos povospequenos e oprimidos.

    Nos anos da segunda guerra mundial, quando os exrcitos dos assassinos emonstros fascistas lanaram-se contra a humanidade, tentando em toda a pane

    estabelecer um regime de pirataria, de escravizao e de dio, a Unio Sovitica seapresentou como libertadora de povos. Aos olhos dos povos de todo o mundo,inclusive das colnias e dos pases dependentes, o herico povo sovitico e o seuexrcito esmagaram o fascismo alemo e o imperialismo japons. A grandiosa vitriada Unio Sovitica sobre o fascismo possibilitou o crescimento rpido da conscincianacional dos povos oprimidos pelo imperialismo e determinou a sua posio na lutacomum de libertao. Estes povos ligaram estreitamente a luta contra o fascismo luta anti-imperialista, luta pela sua libertao. Nas colnias, a queda do prestgio dasmetrpoles imperialistas Inglaterra, Frana, Holanda que, antes de lutar, bateramem retirada diante dos agressores fascistas tambm possibilitou o crescimento da

    conscincia dos povos coloniais e o fortalecimento dos seus movimentos de libertao.

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    Nos anos de guerra os governos das potncias coloniais, para conseguir o apoiodas colnias, prometeram demagogicamente a liberdade e a auto-determinao aospovos oprimidos. Os Estados Unidos prometeram independncia s Filipinas; aInglaterra ndia, Birmnia e Transjordnia; a Holanda Indonsia, etc. Mas, aps ofim da guerra, estas promessas foram rapidamente esquecidas. No que diz respeito

    aos povos da ndia, Transjordnia ou Filipinas, a "independncia" que lhes foiconcedida no passa de uma fico, apenas uma mscara do mesmo jugo e da mesmaexplorao imperialista.

    No perodo de aps-guerra se manifestou ainda mais claramente a contradiofundamental entre a poltica dos Estados socialistas e a das potncias imperialistas emrelao aos povos oprimidos. Destruram-se com uma rapidez considervel as ilusesalimentadas pelos povos coloniais com relao criao da Organizao das NaesUnidas. Alimentavam a esperana de que este rgo poderia anular as tentativas daspotncias colonialistas de restabelecer o velho regime de opresso nas colnias e

    defend-las da poltica de rapina das potncias imperialistas, tanto mais quanto osestatutos da Organizao das Naes Unidas incluem a exigncia da igualdade dedireitos e da soberania das naes grandes e pequenas. O bloco das potnciascolonialistas, porm, cuja frente se encontram os Estados Unidos e a Inglaterra,apoiando-se no maquinismo de votao, obediente a este bloco, esfora-se porconseguir a soluo das questes coloniais dentro do mbito estreito dos seusinteresses egostas e procura se utilizar da Organizao das Naes Unidas comobiombo para a criao de alianas e blocos dirigidos contra a paz e a segurana, contraas foras da democracia e contra os povos que lutam pela sua liberdade.

    A esta tendncia agressiva se ope a poltica da Unio Sovitica, vanguarda docampo da democracia e do socialismo, que defende os interesses da paz e dasegurana internacionais, da soberania e da liberdade de todos os povos oprimidos. Ogoverno sovitico, incansvel e consequentemente, desmascara a poltica do blocoimperialista e se coloca em defesa dos povos egpcio, srio, libans e de outros povoscoloniais e dependentes. Graas ao apoio da Unio Sovitica, cuja importnciainternacional cresceu extraordinariamente como resultado de suas vitrias durante asegunda guerra mundial, graas poltica conseqente e baseada em slidos princpiosque desenvolve na ONU, um auxlio direto foi prestado a uma srie de pases coloniais.

    Os povos coloniais se convencem cada vez mais de que "a existncia docapitalismo sem a opresso nacional to inconcebvel como o a existncia dosocialismo sem a emancipao das naes oprimidas, sem a independncianacional"(15).

    Os povos coloniais esto cientes das intervenes dos representantes da URSS naOrganizao das Naes Unidas. Estas intervenes chegam aos mais distantesrecantos do globo terrestre e despertam o reconhecimento sincero dos povosoprimidos pelo apoio decidido que a URSS presta sua luta de libertao. Os inimigosda Unio Sovitica, os inimigos da paz e da democracia, tentando quebrar a simpatia

    crescente dos povos coloniais em relao URSS, levantam um clamor histrico,

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    qualificando mentirosamente a luta de libertao dos povos como "conspiraocomunista", "maquinaes de Moscou", etc.

    A despeito, porm, da poltica dos imperialistas, o prprio fato da existncia dopoderoso Estado do socialismo vitorioso, a sua invarivel e conseqente defesa dospovos oprimidos e o seu apoio luta destes pela independncia e pela liberdade

    entusiasmam os povos coloniais e os levantam para a luta.

    "Ao abalar o imperialismo, a Revoluo de Outubro ciou um poderoso eamplo centro para o movimento revolucionrio mundial centro quenunca tivera antes e em torno do qual pode agora consolidar-se estemovimento, organizando uma frente nica revolucionria dosproletrios e dos povos oprimidos de todos os pases contra oimperialismo".(16)

    A existncia deste centro revolucionrio facilita a luta dos povos coloniais pela sua

    liberdade e pela sua independncia. Estes vem e sabem por que devem lutar e comquem devem marchar nesta luta.

    Os Povos Dependentes Trilham Vitoriosamente o Caminho da Democracia Popular

    COMO resultado da segunda guerra mundial se processou um maior aguamentoda crise geral do capitalismo e um aprofundamento da crise do sistema colonial. Omovimento de liberao nacional dos povos dos pases coloniais e dependentes atingiua uma etapa nova e mais elevada.

    Nos trabalhos de Lnin e de Stlin esto indicados os caminhos e as perspectivasfundamentais da revoluo nacional e colonial e se apresenta uma anlise genial dascondies de sua vitria. As diretrizes apontadas por Lnin e Stlin sobre estasquestes so atualmente postas em prtica.

    Nos seus trabalhos dedicados ao desenvolvimento da revoluo na China ocamarada Stlin assinalou a luta entre duas polticas: a poltica da burguesia nacionalque em determinada etapa do movimento rompe a frente nica revolucionria e traios interesses de seu povo, entra em acordo com o imperialismo e junto com ele lutacontra a revoluo afim de termin-la pelo estabelecimento do domnio do

    capitalismo, e o caminho do proletariado que tem por objetivo fortalecer a suahegemonia e arrastar atrs de si as massas dos milhes de trabalhadores afim devencer a resistncia da burguesia nacional, conseguir a vitria da revoluo anti-feudale gradualmente conduzi-la para o caminho da revoluo socialista.

    A questo da hegemonia do proletariado no movimento de libertao nacionalconstitui a pedra fundamental da doutrina leninista-stalinista sobre a revoluonacional e colonial, a questo decisiva tanto no que diz respeito a amplitude quanto direo e ao contendo de todo o movimento em seu conjunto e, no preciso dizer,para os seus resultados. J em 1920Lnin demonstrava que:

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    "nas suas primeiras etapas a revoluo nas colnias no ser comunistamas, se logo de incio sua frente se colocar a vanguarda comunista,ento as massas revolucionrias sero conduzidas pelo caminho certopara a conquista do objetivo almejado por meio de uma aquisiogradual da experincia revolucionria"(17).

    A experincia histrica, a experincia da Grande Revoluo Scialista de Outubro,demonstrou que uma direo certa das massas somente pode ser dada por uma classeautntica e consequentemente revolucionria a classe operria e sua vanguarda: o Partido Comunista.

    O camarada Stlin nos ensina que:

    "o proletariado no pode se libertar sem libertar ao mesmo tempo ospovos oprimidos".

    E mais adiante o camarada Stlin indica:

    "Precisamente por isto, porque em nosso pas as revolues nacional-coloniais se verificaram sob a direo do proletariado e sob a bandeirado internacionalismo, precisamente por isto, os povos prias, os povosescravos pela primeira vez na histria da humanidade se elevaram condio de povos verdadeiramente livres e verdadeiramente iguais,contagiando com o seu exemplo os povos oprimidos de todo omundo"(18).

    A direo dos movimentos de libertao dos povos de muitos pases coloniais edependentes nas primeiras etapas encontrou-se em mos da burguesia nacional. Aburguesia esteve na vanguarda da frente nica anti-imperialista, onde esta se formava,com o objetivo de dirigir o movimento pelo caminho que lhe era conveniente, priv-lada sua direo e aproveitar este movimento cm benefcio dos seus estreitos interessesde classe. A histria da luta de libertao nacional dos povos oprimidos a histria datraio da burguesia nacional aos movimentos de libertao e est cheia de suastraies e maquinaes com as metrpoles imperialistas. A classe operria, nasprimeiras etapas da luta de libertao, se encontrava diluda na massa comum do povocombatente e apenas gradualmente comeou a representar um papel poltico

    independente e cada vez mais freqentemente ocupava a posio dirigente nesta luta.At a segunda guerra mundial quase em nenhuma parte, com exceo da China, oproletariado colonial ocupava um lugar dirigente no movimento, no possua ahegemonia.

    Aps a guerra o penhor decisivo do xito do movimento de libertao nacional,pelo seu carter novo e mais importante, perfeitamente determinado, reside no fatode que a fora dirigente do movimento de libertao na maioria dos pases coloniais a classe operria. Se antes a jovem classe operria colonial travava apenas combatesparciais, atualmente, porm, na maioria das colnias, semi-colnias e pases

    dependentes se tornou o dirigente da luta nacional contra o imperialismo, o porta-bandeira da luta pela liberdade e pela independncia do seu povo. Dirigida pelos

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    Partidos Comunistas, a classe operria a fora revolucionria combatente maispoderosa e a nica consequentemente revolucionria do movimento anti-imperialistano mundo colonial. Em muitos pases coloniais e semi-coloniais os Partidos Comunistas vanguarda da classe operria se tornaram a fora poltica dirigente domovimento de libertao nacional.

    Souberam unir e organizar em escala nacional o povo combatente, travar a sualuta mais organizadamente, apresentar-lhe novos objetivos e conduzi-la realizaodesses objetivos.

    Nos anos de ascenso do movimento de libertao nacional, provocado pela vitriada Revoluo de Outubro na Rssia, os Partidos Comunistas das colnias e dos pasesdependentes eram ainda fracos e dispunham de pouca experincia; em muitos Estadosacabavam de ser fundados. A criao dos Partidos Comunistas esteve estreitamenteligada formao da classe operria das colnias que, como se sabe, se desenvolveuconsideravelmente durante a primeira guerra mundial. Durante os anos transcorridos

    entre a primeira e a segunda guerras mundiais os Partidos Comunistas dos pasescoloniais cresceram consideravelmente tanto na quantidade de seus membros comoorganizativa e politicamente. Tornaram-se mais firmes, elevou-se o nvel ideolgico epoltico dos seus quadros, fortaleceu-se o seu papel poltico na direo dosmovimentos de libertao nacional. Os Partidos Comunistas assimilaram a doutrinade Lnin e de Stlin, estudaram a experincia do grande Partido Comunista oPartido dos Bolcheviques e se transformaram em partidos combativos quepassaram pelo difcil caminho da prova revolucionria, adquirindo a experincia deluta e de direo das lutas de massas, a experincia da derrota e das vitrias. Sob a suadireo o movimento de libertao nacional dos povos coloniais atingiu a um nvel

    elevado.

    O camarada Stlin, nos seus trabalhos cientficos e na sua atividade prticadedicou e dedica grande ateno formao dos Partidos Comunistas dos pases doOriente, elaborao da sua estratgia e ttica nas vrias etapas do movimento delibertao nacional. O camarada Stlin frisa particularmente a necessidade do estudominucioso das particularidades concretas de cada pas colonial para a elaborao dalinha ttica dos Partidos Comunistas. Assinala que sem se levar em consideraodeterminados princpios tticos do leninismo torna-se impossvel a direo darevoluo nos pases coloniais.

    "Quero me referir aos seguintes princpios tticos do leninismo:

    a) o princpio da necessidade de se levar em conta as particularidades eas caractersticas especficas nacionais em cada pas consideradoisoladamente...

    b) o princpio da utilizao obrigatria, pelo Partido Comunista de cadapas, da possibilidade por menor que seja, de garantir ao proletariadoum aliado de massas, embora temporrio, vacilante, fraco e inseguro;

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    c) o princpio da considerao obrigatria da verdade que nos asseguraque, para a educao poltica das massas de milhes insuficienteapenas a propaganda e a agitao e que para isto torna-seindispensvel a experincia poltica das prprias massas"(19).

    Fundamentando-se nos princpios dos ensinamentos leninistas-stalinistas, osPartidos Comunistas dos pases do Oriente elaboraram a sua linha ttica, aprenderama ttica dos movimentos de massas, dirigiram e dirigem a classe operria na sua lutapelo fortalecimento da sua hegemonia no movimento de libertao e o afastamentoda burguesia nacional dos postos de direo. Foi precisamente por este caminho quemarchou vitoriosamente o glorioso Partido Comunista Chins, sob cuja direo arevoluo popular democrtica chinesa conseguiu uma vitria histrica e mundial. Aluta dos povos da Indonsia e da Indo-China pela liberdade e toda uma srie demanifestaes das massas populares nos pases coloniais tambm se processam sob adireo direta da classe operria e dos partidos Comunistas.

    A teoria leninista-stalinista da revoluo nacional-colonial nos ensina a questo deprincpio, da possibilidade da realizao, pela classe operria das colnias, da suahegemonia no movimento de libertao a questo do seu aliado o campesinato. Ocampesinato constitui a grande maioria da populao dos pases agrcolas. Aparticularidade do campesinato colonial reside no fato de que a sua maioriaesmagadora no possui ou quase no possui terra. A figura central da aldeia nascolnias o arrendatrio desprovido de terra ou o campons que possui uma pequenaparcela de terra que no d para o seu sustento e o de sua famlia.

    Esmagados pelas necessidades, vivendo semi-famintos, os milhes decamponeses so os aliados naturais do proletariado na luta de libertao.

    Ainda em grau maior seu aliado o numeroso proletariado agrcola osassalariados agrcolas. Todas essas camadas trabalhadoras, sufocadas peloemaranhado das sobrevivncias pr-capitalistas e pela escravido da usura, estovitalmente interessadas na transformao radical da ordem existente, na revoluoagrria. Elas se convencem cada vez mais de que a execuo desta tarefa e a realizaode suas esperanas somente so possveis na luta sob a direo do proletariado. Naclasse operria o campesinato v o seu dirigente e o seu libertador.

    A burguesia nacional, por sua vez, tambm luta pelo campesinato, esperandopoder utiliz-lo em defesa dos seus interesses de classe. Mas aqui se encontra o pontomais fraco da burguesia colonial. A insuportvel explorao do campesinato colonialpode ser aniquilada somente por meio da revoluo agrria. A burguesia da China,porm, da ndia e do Egito se encontra, em virtude de seus interesses diretos, toestreitamente ligada posse da terra, ao capital usurrio e explorao das massascamponesas em geral, que toma posio no somente contra a revoluo agrria mastambm contra qualquer reforma agrria radical. Teme, no sem razo, que at umaapresentao franca da questo agrria d impulso ao processo de fermentao

    revolucionria nas massas do campesinato e o apresse. Assim, a burguesia reformistaquase no pode se decidir a tratar praticamente desta grande questo fundamental. A

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    luta dos trabalhadores do campo pela terra, por condies humanas de vida, pelotrabalho e pelas liberdades democrticas se funde na corrente nica da luta delibertao e anti-imperialista dos povos coloniais, na sua luta pela libertao nacional, cuja frente se encontra a classe operria e a sua vanguarda comunista.

    O camarada Stlin assinala a possibilidade e a necessidade da formao, emdeterminadas etapas da revoluo, de uma frente nica nacional e anti-imperialistanas colnias. indispensvel, ensina o camarada Stlin, distinguir claramente

    "entre a revoluo nos pases imperialistas, nos pases que oprimemoutros povos e a revoluo nos pases coloniais e dependentes, nospases que sofrem o jugo imperialista de outros Estados. A revoluonos pases imperialistas uma coisa: neles a burguesia opressora deoutros povos; neles, a burguesia contra-revolucionria em todas asetapas da revoluo; neles, falta o fator nacional, como fator da luta de

    libertao. A revoluo nos pases colnias e dependentes outracoisa: neles, a opresso imperialista de outros Estados constitui um dosfatores da revoluo; neles essa opresso no pode deixar de tambmatingir a burguesia nacional; neles, a burguesia nacional, emdeterminada etapa e por determinado prazo, pode apoiar o movimentorevolucionrio do seu pas contra o imperialismo; neles, o fator nacionalcomo fator da luta pela libertao, constitui um fator da revoluo"(20)

    As posies da burguesia nacional das colnias e das semi-colnias em relao aoimperialismo no so iguais at mesmo nas primeiras etapas do desenvolvimento do

    movimento de libertao. Uma parte desta burguesia, a burguesia denominadacompradora, ou que atua como intermediria, serve aos interesses do imperialismo.No que diz respeito burguesia nacional industrial, particularmente a grandeburguesia nacional industrial, no pode deixar de manifestar o seu descontentamentoem relao poltica dos imperialistas, que por todas as formas freiam odesenvolvimento das foras produtivas nas colnias. A medida que se eleva o seupapel e significao no processo da produo industrial e que participa cada vez maisna explorao da classe operria colonial, crescem os seus apetites. Preferiria que elamesma explorasse sozinha a classe operria e o campesinato trabalhador. Mas, emprimeiro lugar, a burguesia industrial das colnias ainda fraca e, em segundo lugar,

    comea a experimentar um medo que se intensifica dia a dia diante do crescentemovimento operrio e, cm geral, diante da luta de libertao dos povos.

    Uma vez que v e sabe que a luta anti-imperialista se acha estreitamente ligada luta de classes, que a ameaa diretamente, rola cada vez mais para a posio dacooperao com o imperialismo, tanto econmica quanto poltica e da traio aosinteresses nacionais do seu povo.

    A conseqncia direta da segunda guerra mundial, da vitria da Unio Soviticasobre os agressores fascistas, dos acontecimentos polticos internacionais e, antes de

    tudo, do considervel fortalecimento do campo da democracia e do socialismo resideno fato de que nas colnias e nos pases dependentes a grande burguesia nacional, as

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    camarilhas militares, os vrios representantes do capital financeiro e os homens denegcios de diferentes espcies, todas estas camadas e tambm os elementos feudais,os latifundirios e a burguesia compradora, em todas as partes e definitivamente sepassaram para o campo da reao e do imperialismo e constituem um baluarte doimperialismo nas colnias e semi-colnias.

    O medo em face da perspectiva de perda dos seus privilgios de classe os obriga aceder uma parte considervel da mais-valia criada pela classe operria e a se contentarcom as esmolas que o imperialismo lhes atira, com o objetivo de dividir a frentenacional que se formou nos anos da guerra em muitos pases coloniais.

    Assiste-se atualmente franca traio e perfdia no somente da grandeburguesia da ndia e dos reacionrios burgueses do Kuomintang mas tambm daburguesia das Filipinas, Indonsia, Birmnia e de uma srie de colnias e semi-colnias.A grande burguesia nacional de muitos pases envereda rapidamente pelo caminho da

    perfdia e da traio aos movimentos de libertao nacional. Em muitos pases, como,por exemplo, na ndia e na Indonsia, j se tornou um inimigo dos seus povos nomenos ou talvez mais cruel do que os colonizadores imperialistas.

    O marxismo-leninismo nos ensina que o fraco desenvolvimento das forasprodutivas, o jugo estrangeiro e tambm a presena de fortes sobrevivncias dofeudalismo e de relaes pr-capitalistas determinam o carter da revoluo nacionale colonial como revoluo anti-imperialista e agrria e que gradualmente setransforma em revoluo socialista.

    O processo revolucionrio se desenvolve de forma cada vez mais rpida nascondies de aprofundamento da crise geral do capitalismo que se caracteriza por umabrusca intensificao de todas as contradies imperialistas, em cujo nmero seencontram as contradies entre as metrpoles e os povos coloniais, o poderosoimpulso da luta de libertao nacional e a vitria da revoluo nacional e colonialnuma srie de pases.

    O movimento de libertao nacional, que se elevou a uma nova altura comoresultado das vitrias alcanadas pela Unio Sovitica na segunda guerra mundial e nocaminho da construo da sociedade comunista, se desenvolve como luta pela

    revoluo democrtico popular nas colnias.

    Para isso contribui a experincia vitoriosa da construo democrtica-popular naRepblica Popular da Monglia, na Coria do Norte e na China. A palavra de ordem deluta pela nova democracia popular se torna a palavra de ordem mais popular domovimento de libertao nacional das colnias. A democracia popular como forma depoder que realiza as funes da ditadura do proletariado nas condies atuais, nascondies de existncia da grande Unio Sovitica e do poderoso campo dademocracia e do socialismo, a forma que melhor corresponde ao perodo detransio para o socialismo.

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    precisamente esta forma de poder que corresponde integralmente aosinteresses das amplas massas de trabalhadores nas colnias. A luta anti-imperialista, aluta pela democracia popular une, sob a direo da classe operria, a esmagadoramaioria do povo, inclusive a pequena burguesia e determinadas camadas da mdiaburguesia. O poder popular-democrtico desenvolve uma luta vitoriosa pela libertao

    do jugo imperialista e realiza transformaes realmente democrticas na vidaeconmica e na construo social e poltica, criando as condies necessrias para atransio construo socialista. Assim, a revoluo democrtica-popular nas colniasapresenta, antes de tudo, um carter anti-imperialista e anti-feudal. A sua etapaposterior ser, sem dvida, a revoluo socialista. Os prazos desta transformaodependem das particularidades concretas de cada pas colonial. As etapas e oscaminhos deste perodo de transio foram fundamentalmente formulados pelocamarada Stlin nas suas conhecidas teses sobre o desenvolvimento e as perspectivasda revoluo chinesa.

    O perodo de transio, nos pases coloniais e semi-coloniais, entre a integralservido e escravizao econmica e poltica e a independncia c a liberdadeeconmica e poltica, em marcha para a construo socialista ser, sem dvida alguma,difcil e diferente em cada uma das suas etapas. determinado pela unio de muitosfatores econmicos e polticos, pelo grau de desenvolvimento da indstria, pelo nvelde conscincia e de organizao do proletariado e de sua vanguarda comunista. Aexistncia, a ajuda e o apoio do grande Estado socialista a URSS e o crescentefortalecimento do campo democrtico em todo o mundo constituem fatores decisivose favorveis que facilitam a transio construo socialista nos pases de democraciapopular tanto no Oriente como no Ocidente. A experincia da Repblica Popular da

    Monglia e da Repblica Popular Democrtica da Coria demonstrou que a ajudadireta da Unio Sovitica representa um papel decisivo para a soluo dos mais agudosproblemas que surgem no processo de desenvolvimento dos Estados de democraciapopular.

    Os geniais ensinamentos de Lnin e de Stlin sobre a revoluo nacional e colonialarmam os Partidos Comunistas, o proletariado internacional e os povos dos pasescoloniais e dependentes para a luta contra o imperialismo, pela libertao nacional ecolonial e pela independncia.

    Escreveu Mao Ts-Tung:

    "Tivemos que lutar contra inimigos dentro do pas e no estrangeiro,dentro do Partido e fora dele. Somos reconhecidosa Marx, Engels, Lnin e Stlin que nos forneceram a arma necessria nossa luta. Esta arma no so as metralhadoras, mas o marxismo-leninismo... As salvas da Revoluo de Outubro trouxeram at ns omarxismo-leninismo. A Revoluo de Outubro ajudou os elementosprogressistas do mundo e da China a aplicar a concepo proletria domundo para determinao do destino do pas e a reviso dos seus

    prprios problemas. Seguir o caminho dos russos tal foi aconcluso"(21).

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    Os acontecimentos revolucionrios que se desenvolvem aps a segunda guerramundial nas colnias e semi-colnias demonstram irrefutavelmente que a luta dospovos oprimidos se desenvolve sob a bandeira da grande doutrina de Lnin e deStlin.

    Notas:(1) J. Stlin "Questiones dei Leninismo", pg. 62, Ediciones en Lenguas Extranjeras,1941, Moscou. (retornar ao texto)(2) J. Stlin Obras pg. 310, tomo II, edio russa, Moscou. (retornar ao texto)(3) V. I. Lnin Obras Completas, tomo XXIV, pg. 549, edio russa, Moscou. (retornarao texto)(4) J. Stlin Obras, tomo X, pg. 243, edio russa, Moscou. (retornar ao texto)(5) J. Stlin "O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial", pg. 131, EditorialVitria, 1946, Rio. (retornar ao texto)

    (6) J. Stlin "O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial", pg. 16 e 17, EditorialVitria, 1946, Rio. (retornar ao texto)(7) J. Stlin Entrevista concedida "Pravda", de Moscou, em maro de 1946, apropsito do discurso de Churchill em Fulton, publicada em "A Classe Operria" de 23-3-46. (retornar ao texto)(8) J. Stlin O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial", pg. 12, Editorial Vitria,1946, Rio. (retornar ao texto)(9) J. Stlin Idem, pg. 13. (retornar ao texto)(10) V. I. Lnin "O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo", pg. 9, EditorialVitria, 1947. Rio. (retornar ao texto)

    (11) J. Stlin "Questiones del Leninismo," Ediciones en Lenguas Extranjeras. 1941,Moscou. (retornar ao texto)(12) J. Stlin Obras, tomo V, pg. 43. edio russa, Moscou. (retornar ao texto)(13) J. Stlin Obras, tomo XI, pg. 339, edio russa, Moscou. (retornar ao texto)(14) J. Stlin Obras, tomo V, pg. 347, edio russa, Moscou. (retornar ao texto)(15) J. Stlin "O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial", pg. 120, EditorialVitria, 1946, Rio. (retornar ao texto)(16) J. Stlin "Questiones dei Leninismo", pg. 217, Ediciones en LenguasExtranjeras, 1941. Mascou. (retornar ao texto)(17) V. I. Lnin Obras Completas, tomo XXV, pg. 575, edio russa. Moscou.

    (retornar ao texto)(18) J. Stlin "Questiones del Leninismo", pg. 215, Ediciones en LenguasExtranjeras, 1941, Moscou. (retornar ao texto)(19) J. Stlin "Comentrios sobre Temas Atuais", PROBLEMAS N. 25, pg. 17, Rio.(retornar ao texto)(20) J. Stlin "O Marxismo e o Problema Nacional e Colonial" pg. 300, EditorialVitria, 1940, Rio. (retornar ao texto)(21) Mao Ts-Tung Artigo publicado na "Pravda", de Moscou, de 6-7-1949. (retornarao texto)

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    Fonte:Problemas - Revista Mensal de Cultura Poltica n 28 - Julho de 1950.

    http://www.marxists.org/portugues/tematica/rev_prob/28/doutrina.htm