A educaçao da criança - Steiner

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  • 8/13/2019 A educaao da criana - Steiner

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    Rudolf Steiner

    A educao da CRIANAsegundo a Cincia Espiritual

    Traduo deRudolf Lanz

    O contedo destas consideraes foi apresentado por mim sob forma de palestra proferidaem vrios lugares da Alemanha. Tendose e!pressado de muitos lados o dese"o de vlo publicado#apresentoo a$ui refundido como trabalho escrito.

    Rudolf Steiner1907

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    vida atual coloca em questo muito do que o homem herdou de seus antepassados. por issoque sur!em tantos "pro#lemas modernos$ e "e%i!&ncias da 'poca$. (ue tipo de "pro#lemas$pertur#am o mundo ho)e* + questo social, a questo do feminismo, pro#lemas educacionaise escolares, pro#lemas relacionados ao direito, - sade, etc. /elos mais diversos meiosprocuramse solues para estes pro#lemas, sendo incalcul2vel o nmero dos que afirmam

    terem esta ou aquela "f3rmula$ para resolver este ou aquele ou, pelo menos, contri#uir com al!opara sua soluo. 4 nessa situao fazemse valer todos os matizes poss5veis do comportamentohumano6 o radicalismo, que toma ares revolucion2rios as tend&ncias moderadas, com respeito peloe%istente, querendo desenvolver o novo e o conservadorismo, que lo!o se a!ita quando se toca emanti!as instituies ou tradies. 4 ao lado dessas atitudes principais e%istem inmerasintermedi2rias.

    (uem analisar mais profundamente a situao no poder2 a#sterse, perante todos essesfen8menos, do sentimento de que nossa 'poca possu5 apenas meios inadequados para enfrentar ase%i!&ncias feitas ao homem moderno. uitos querem reformar a vida sem conhecer realmente seusprinc5pios #2sicos. (uem quiser fazer su!estes para que al!o acontea no futuro no poder2 darsepor satisfeito com um conhecimento superficial da vida dever2, antes, pesquis2la em profundidade.

    + e%ist&ncia toda ' como uma planta, no a#ran!endo apenas o que se apresenta - vista, mascontendo em seu :ma!o um estado futuro. (uem v& uma planta apresentando apenas folhas sa#e

    perfeitamente que ela ter2, dentro de al!um tempo, flores e frutos contudo, a planta )2 possui, demaneira invis5vel, a disposio para essas flores e frutos. as como poderia opinar so#re o aspectodesses 3r!o al!u'm que se limitasse a estudar na planta apenas o que ela apresenta ao olhar doo#servador no momento presente* S3 poder2 faz&lo quem conhece sua natureza 5ntima.

    ;e maneira an2lo!a, a vida humana inteira cont'm as disposies para seu futuro.

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    (uem quiser conhecer a ess&ncia do homem em desenvolvimento dever2 partir de umao#servao da natureza oculta do ser humano em !eral.

    ? que a o#servao sens3ria desco#re no homem, e a concepo materialista considera o nicoaspecto v2lido em sua natureza, constitui para a pesquisa espiritual apenas uma parte, um mem#roda entidade humana, ou se)a, seu corpo f(sico. 4ste est2 su)eito -s mesmas leis da vida f5sica,compondose das mesmas su#st:ncias e foras que formam o resto do mundo chamado inor!:nico.+ >> e naprimeira metade do s'culo A>A. =essa 'poca se dizia no ser poss5vel que as su#st:ncias e forasatuantes num mineral pudessem transform2lo espontaneamente num ser vivo. 4ste deveria conteruma "fora$ especial chamada "fora vital$. 4ra opinio corrente que tal fora atua na planta, noanimal e no corpo do homem, provocando as manifestaes da vida da mesma forma como a fora

    ma!n'tica provoca a atrao no 5m. + 'poca su#seqCente, a do materialismo, afastou tais id'ias.?s cientistas passaram a dizer que um ser vivo se estrutura e%atamente como o faz um ser ditoinanimado que as foras reinantes no or!anismo so as mesmas que atuam no mineral apenas demaneira mais complicada, pois formam uma estrutura comple%a. +tualmente, s3 os materialistasmais o#stinados persistem na ne!ao desta "fora vital$. ?s fatos ensinaram a muitos cientistasque se deve admitir al!o como uma fora ou princ5pio vital.

    + ci&ncia moderna apro%imase, assim, do que a

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    f5sico, ' seu ha#itante e arquiteto. /or isso ' l5cito considerar o corpo f5sico uma ima!em oue%presso do corpo vital. +m#os apresentam, no homem, tamanho e forma apro%imados E nuncae%atamente i!uais E, enquanto nos animais e, mais ainda, nas plantas, o corpo et'rico sediferencia consideravelmente do f5sico quanto a forma e dimenso.

    ? terceiro mem#ro da entidade humana ' o chamado corpo das sensaes ou astral6 ' oportador de dores e prazeres, instintos, apetites, pai%es, etc. Fm ser composto s3 dos corposf5sico e et'rico no possui essas manifestaes ps5quicas que poder5amos reunir so# o termo"sensi#ilidade$. + planta no a possui. Se, do fato de certas plantas responderem por movimentosou de outra maneira a impulsos e%teriores, al!uns cientistas conclu5ssem que as plantas possuemuma certa capacidade sens5vel, isso apenas revelaria sua i!nor:ncia quanto - ess&ncia da sensao.? que importa no ' a resposta dada a uma e%citao e%terior, e sim sua refle%o por meio de umprocesso interior, como ale!ria ou dor, instinto, co#ia, etc. =o fora assim, poderseia dizer, comrazo, que o papel de tornassol azul teria uma sensi#ilidade para certas su#st:ncias, motivo peloqual sua cor passa a vermelho em contato com elas.3

    ? corpo das sensaes, ve5culo da vida sentimental, o homem a compartilha apenas com osanimais.

    =o se deve incorrer no erro de certos c5rculos teos3ficos, ima!inando serem os corpos et'ricoe astral compostos meramente por su#st:ncias mais sutis do que as e%istentes no corpo f5sico. >ssosi!nificaria materializar esses mem#ros superiores da natureza humana. ? corpo et'rico ' umaestrutura ener!'tica composta de foras atuantes, e no de mat'ria o corpo astral ou das

    sensaes ' uma formao constitu5da por ima!ens din:micas, coloridas e luminosas.4

    ;iferente do corpo f5sico pela forma e pelo tamanho, o corpo astral apresenta no homem aforma de um ovo alon!ado, contendo os corpos f5sico e et'rico e ultrapassandoos, de todos oslados, como uma formao luminosa.

    ? homem possui ainda um quarto mem#ro de sua entidade, o qual ele no compartilha comqualquer ser terrestre. Tratase do portador do "eu$ humano. + palavrinha "eu$, tal como ' usadana l5n!ua alemG, ' um nome diferente de todos os outros. (uem se pe a refletir de maneiracorreta so#re esse nome a#re a via de acesso - natureza humana. (ualquer outro nome pode serempre!ado por todos os homens para desi!nar o o#)eto que lhe corresponde. (ualquer indiv5duopode chamar a mesa de "mesa$, a cadeira de "cadeira$. Tal no ' o caso do nome "eu$. =in!u'mpode us2lo para desi!nar outrem.

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    Toda evoluo da cultura e%primese em tal efeito do eu humano so#re os mem#ros inferiores.4ssa atuao atin!e at' o corpo f5sico6 so# a influ&ncia do eu transformamse a fisionomia, os!estos e movimentos E enfim, todo o aspecto do corpo f5sico.

    /odese tam#'m distin!uir como os diversos meios de cultura e educao atuamdiferentemente so#re os mem#ros da entidade humana. ?s fatores culturais comuns atuam so#re ocorpo das sensaes, trazendolhe tipos de prazer e desprazer, de impulsos, etc. diferentes dos queele inicialmente possu5a. + contemplao de o#ras de arte atua so#re o corpo et'rico, pois ohomem o transforma quando se lhe revela, por interm'dio da o#ra de arte, al!o superior e maisno#re do que o proporcionado pelo am#iente sens3rio. ?utro meio potente para purificar eaperfeioar o corpo et'rico ' a reli!io, cu)os impulsos t&m, portanto, uma misso !randiosa naevoluo da humanidade.

    ? que se denomina consci&nciaanada mais ' seno o resultado da atuao do eu so#re o corpoet'rico atrav's de uma s'rie de encarnaes. + consci&ncia nasce quando o homem se convence deno dever cometer este ou aquele ato, rece#endo desse entendimento uma impresso to forte quea transmite at' ao corpo et'rico.

    4ssa atuao do eu so#re os mem#ros inferiores pode ser ou mais pr3pria de todo o !&nerohumano ou totalmente individual, constituindo um desempenho do eu particular so#re si pr3prio.Toda a esp'cie humana cola#ora, de certa forma, numa transformao do primeiro tipo, enquantoa se!unda repousa na atividade individual do eu. (uando o eu adquire #astante fora para, apenaspor seu pr3prio vi!or, transformar o corpo das sensaes ou astral, o resultado dessa atuao '

    chamado "personalidade espiritual$ Iou, na terminolo!ia oriental, manasJ. Tal transformaoconsiste essencialmente num aprendizado, num enriquecimento da alma com id'ias e conceitosmais elevados.

    4m sua atuao 5ntima so#e a natureza humana, o eu pode atin!ir um !rau ainda mais elevado.>sso se d2 quando a transformao no atin!e apenas o corpo astral. 4m sua vida, o homem aprendemuitas coisas e em qualquer ocasio em que contemplar sua vida passada, sa#er2 que aprendeumuito mas s3 em escala muito menor poder2 falar de uma transformao do temperamento, docar2ter, de um aperfeioamento ou de uma deteriorao da mem3ria, ocorridos durante sua vida.+prender ' uma faculdade do corpo astral as transformaes ora mencionadas, por'm, referemseao corpo et'rico ou vital. Fsando uma ima!em assaz persuasiva podemos, pois, comparar astransformaes do corpo astral durante uma vida humana com o andamento do ponteiro !rande deum rel3!io, enquanto as do corpo et'rico corresponderiam ao movimento do ponteiro pequeno, queindica horas.

    (uando o homem se su#mete a um treino superior ou a uma educao denominada oculta,ca#elhe o#ter essa ltima transformao com as foras mais !enu5nas do eu. 4le deve tra#alharnessa transformao de h2#itos, temperamento, car2ter, mem3ria, etc. com um esforo conscientee individual. + medida que remodela o corpo et'rico ele o transforma, se!undo a terminolo!ia da

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    leis evolutivas da natureza humana constitui o fundamento apropriado para a educao e o ensino.+ntes do nascimento f5sico, o homem em formao est2 envolto, de todos os lados, por um

    corpo f5sico estranho. 4le no tem contato direto com o mundo f5sico e%terior. ? que o circunda ' ocorpo f5sico da me, e somente este atua so#re o ser humano em amadurecimento, ? nascimentof5sico consiste na li#erao do ser humano pelo envolt3rio f5sico materno e no fato de, por isso, omundo f5sico ao redor poder atuar diretamente so#re ele. +#remse os sentidos para o mundoe%terior, e este e%erce so#re o homem a influ&ncia que inicialmente ca#ia ao envolt3rio materno.

    /ara uma concepo espiritual do mundo tal como a postula a pesquisa do esp5rito, o queocorreu foi o nascimento do corpo f5sico, mas ainda no o do corpo et'rico ou vital. +ssim como at'o momento do nascimento o homem possui um envolt3rio materno f5sico, at' a 'poca da se!undadentio, isto ', at' a idade dos sete anos apro%imadamente, ele est2 enlaado por um envolt3rioet'rico e um astral. 4 s3 na 'poca da troca da dentio que o envolt3rio et'rico li#era o corpoet'rico. Su#siste ainda um envolt3rio astral at' a entrada da pu#erdadeK, 'poca em que o corpoastral ou das sensaes se torna livre para todos os lados, tal como aconteceu com o corpo f5sicopelo nascimento f5sico e com o corpo et'rico na 'poca da se!unda dentio.

    +

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    depois, )2 que s3 um am#iente f5sico apropriado atua so#re a criana de maneira a plasmarlhecorretamente os 3r!os.

    ;uas palavras m2!icas caracterizam a maneira como a criana se relaciona com o mundo6imita&o e e!emplo. ? fil3sofo !re!o +rist3teles denominou o homem como o animal mais propensoa imitar essa verdade vale para a idade infantil, at' os sete anos, mais do que para qualqueroutra. ? que acontece no am#iente f5sico a criana imita, e essa imitao confere aos 3r!os f5sicossuas formas definitivas. ;evemos considerar o am#iente f5sico em sua acepo mais ampla,incluindo nele no apenas o que se passa materialmente ao redor da criana, mas tudo o queocorre, o que seus sentidos perce#em o que, a partir do espao f5sico, ' suscet5vel de a!ir so#reas foras espirituais. >sso inclui todas as aes morais e imorais, inteli!entes e tolas que a crianapossa perce#er.

    =o so, pois, as sentenas morais nem os ensinamentos da razo que atuam nesse sentidoso#re a criana, mas apenas o que os adultos fazem em sua redondeza de maneira vis5vel. /receitosdesse tipo t&m efeito plasmador, no so#re o corpo f5sico, mas so#re o et'rico por'm este, at' aidade dos sete anos, tem o envolt3rio et'rico protetor da me e%atamente como, fisicamentefalando, o corpo f5sico ' prote!ido antes do nascimento pelo envolt3rio materno, ? que devedesenvolverse nesse corpo et'rico antes do s'timo ano, quanto a representaes, h2#itos,mem3ria, etc. deve faz&lo "espontaneamente$, tal como o fazem os olhos e as orelhas no ventreda me sem que ha)a interveno da luz e%terior... =o h2 duvida so#re o acerto do que se podeler em evana ou Er'iehlehre MTeoria educacionalN de Oean /aula, e%celente livro peda!3!ico6 um

    via)ante aprende mais de sua ama durante o primeiro ano de vida do que em todas as via!ens aoredor do mundo. S3 que a criana no aprende por instruo, mas por imitao. 4 seus 3r!osf5sicos adquirem forma pela influ&ncia do am#iente f5sico. + viso se desenvolve sadiamente quando e%istem no am#iente da criana fen8menos apropriados de luz e cor no c're#ro e na circulaosan!C5nea se formam as disposies para um sentido moral sadio, desde que a criana perce#a emseu am#iente fatos morais. Se antes da idade de sete anos a criana v& ao seu redor apenasatitudes tolas, o c're#ro adquire formas tais que a capacitam apenas para tolices na vida posterior.

    +ssim como os msculos da mo se tornam fortes e vi!orosos quando e%ercem atividadesapropriadas, o c're#ro e os demais 3r!os do corpo humano se!uem o rumo certo quando rece#emdo am#iente os impulsos adequados. Fm e%emplo ilustrar2 melhor o que queremos dizer. /odesefazer para uma criana uma #oneca com um !uardanapo do#rado6 duas pontas sero os #raos, asoutras duas as pernas, um n3 servir2 para a ca#ea onde al!umas manchas de tinta indicam osolhos, o nariz e a #oca. Tam#'m se pode comprar uma "linda$ #oneca, com ca#elos !enu5nos e

    #ochechas pintadas, e d2la - criana. =em queremos insistir no aspecto horr5vel desta #oneca,perfeitamente capaz de estra!ar para sempre o sentido est'tico sadio.

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    solues incorretas. Fma criana e%citada deve ser rodeada e vestida de cores amarelas e vermelhas no caso de uma criana impass5vel, conv'm recorrer a tonalidades azuis e esverdeadas. ?que importa ' a cor complementar produzida interiormente. =o caso do vermelho, ser2 a corverde no do azul, a alaran)ada E como facilmente constatamos ao olhar durante al!um tempo parauma superf5cie colorida nessas cores e depois fi%ar o olhar rapidamente numa superf5cie #ranca.4ssa cor complementar ' produzida pelos 3r!os f5sicos da criana e provoca as estruturas or!:nicascorrespondentes, de acordo com suas necessidades. Se a criana irrequieta tem ao seu redor umacor vermelha, esta produz intimamente a ima!em complementar verde. + produo dessa cor verdetem efeito calmante, e os 3r!os adquirem tend&ncia - calma.

    sso voc& no pode fazerU.(uando se v& a criana ra#iscar letras muito antes de compreender seu sentido, constatase queela procura, nessa idade, apenas imitar. +li2s, ' #om que ela primeiro imite estes si!nos e somente

    mais tarde entenda seu si!nificado.

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    her3i a quem pretende imitar em sua ascenso ao ?limpoU. Benerao e respeito so foras quedevem fazer crescer o corpo et'rico de maneira sadia. (uem no tem, nessa idade, a chance deolhar para al!u'm com um sentimento de ilimitada venerao, mais tarde ter2 de pa!ar por isso.(uando falta essa venerao, as foras vivas do corpo et'rico se atrofiam. >ma!inemos a se!uintecena e o efeito produzido por ela so#re um menino de, di!amos, oito anos de idade6 +l!u'm lheconta al!o a respeito de uma pessoa particularmente vener2vel. Tudo o que ele ouve lhe incute umtemor quase sa!rado. +pro%imase o dia em que ele deve ter o primeiro encontro com essa pessoa.+o pressionar a maaneta da porta atr2s da qual dever2 aparecer o ser vener2vel, um tremor derespeito o invade... E ?s #elos sentimentos !erados por semelhante e%peri&ncia permanecero entreas reminisc&ncias mais duradouras da vida. @eliz ' o adolescente que pode elevar seu olhar para omestre e educador como autoridades naturais, e isso no apenas em al!uns momentose%cepcionais, mas durante toda a )uventudeV +l'm dessas autoridades vivas, verdadeirasencarnaes da fora moral e intelectual, deve haver as autoridades espiritualmente aceitas. ?rumo espiritual do )ovem deve ser determinado pelas !randes fi!uras da Wist3ria, pela descrio dehomens e mulheres modelares e no por princ5pios a#stratos de moral, que s3 atuaroefetivamente depois que o corpo astral se tiver despedido de seu envolt3rio astral, na 'poca dapu#erdade. Tais consideraes devem nortear so#retudo o ensino da Wist3ria. +ntes da troca dosdentes, todas as hist3rias, contos, etc. tero como nico fim trazer - criana um am#iente deale!ria e riso mais tarde as hist3rias devero conter, al'm disso, ima!ens v5v5das que incitem nosadolescentes o dese)o de i!ualar os feitos descritos. =o se deve esquecer que maus h2#itos podem

    ser com#atidos por meio de ima!ens repu!nantes apropriadas. (uando e%istem tais maus h2#itos einclinaes, pouco adianta recorrer a admoestaes.

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    corpo em n5vel superior e so# forma evolutiva mais perfeita. 4le pr3prio acredita nisso com toda asua fora. 4 essa crena se transmite, como num flu%o misterioso, de quem fala a quem escuta,produzindo convico. + vida flui diretamente do educador para seu disc5pulo, e viceversa. aspara haver essa vida o educador deve haurir do manancial da

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    verdade que este trecho se refere a um entendimento precedente - conceituao intelectual,e isso num campo diferente do que aqui visamos. as, mesmo assim, as consideraes de Oean /aulso#re a lin!ua!em aplicamse ao nosso caso. Tal como a criana acolhe em seu or!anismo an5mico aestrutura da lin!ua!em sem usar suas leis lin!C5sticas de maneira racional, o )ovem precisaaprender, para o cultivo de sua mem3ria, coisas que s3 mais tarde compreender2 intelectualmente.+prendese mais facilmente a conceituar o que, nessa idade, foi assimilado apenas pela mem3ria

    da mesma forma como se aprende melhor as re!ras de uma l5n!ua que )2 se sa#e falar. + ale!aode mat'ria decorada e incompreendida no passa de preconceito materialista. Hasta, por sinal, queo )ovem aprenda as leis elementares da multiplicao mediante al!uns e%emplos em que no 'preciso usar m2quina calculadora, e sim de prefer&ncia os dedos depois ele deve decorar ordenadamente as ta#uadas. Se procedermos assim, estaremos a!indo de acordo com a natureza do serhumano em crescimento. 4staremos pecando contra essa natureza se e%i!irmos demais do intelectonuma 'poca em que o que se deve cultivar ' a mem3ria. ? intelecto 'uma fora an5mica que nasceapenas com a pu#erdade, e so#re a qual, por isso, no seria conveniente atuar antes dessa idade.+ntes da pu#erdade, o )ovem deveria assimilar pela mem3ria o acervo mental da humanidade maistarde ele poder2 conceituar o que primeiro !ravou na mem3ria. ? homem no deve apenasmemorizar o que compreendeu, mas compreender o que aprendeu, isto ', o que memorizou, damesma forma como a criana se apossada l5n!ua. >sto ' v2lido de um modo !eral6 primeiro vem amemorizao de fatos hist3ricos, depois sua compreenso conceitual primeiro a !ravao de fatos!eo!r2ficos, depois seu interrelacionamento, etc. 4m certos aspectos, a conceituao deveria

    sempre haurir do que se acha armazenado na mem3ria. (uanto mais o adolescente aprende pelamem3ria antes de compreender conceitualmente, tanto melhor. Todavia, ' oportuno lem#rare%pressamente que tudo isso se aplica apenas - idade aqui focalizada, e no -s idades maisavanadas. Se mais tarde aprendemos al!o por recuperao ou de outro modo, o caminho a se!uirpode ser o inverso, em#ora tudo dependa da confi!urao intelectual do indiv5duo.

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    retroativo so#re o corpo et'rico, enquanto este se for aperfeioando devido -s influ&nciase%teriores rece#idas entre a 'poca da se!unda dentio e a pu#erdade.

    (uando corretamente aplicados durante os primeiros sete anos de vida, os aludidos princ5piospeda!3!icos criam o fundamento de uma vontade sadia e vi!orosa.

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    ? corpo astral s3 nasce com a pu#erdade.

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    #ases das solues desses pro#lemas mas tam#'m ' verdade que ela pode constituir para$ual$uer pessoa# se)a qual for a posio que ocupe na vida, a fonte em que ela pode encontrarrespostas aos pro#lemas mais corriqueiros, consolo, fora e confiana na vida e no tra#alho. 4lapode constituir uma a)uda no s3 para os !randes pro#lemas da e%ist&ncia, mas tam#'m para asnecessidades mais imediatas do momento, nas situaes aparentemente mais insi!nificantes davida cotidiana.

    . ? leitor encontrar2 esses arti!os em meu livro O conhecimento dos mundos superiores )Ainicia&o*. M4dio #rasileira em traduo de 4riXa Reimann IPY ed. So /aulo, +ntropos3fica,1991J.N

    P. sso nada si!nifica,naturalmente, de material. poss5vel, por'm, usar na