A Fe Que Invade o Impossivel

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ÍNDICE I – A FÉ QUE INVADE O IMPOSSÍVEL. II- SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR À DEUS III- COMO POSSUIR UMA FÉ QUE PRODUZ FRUTOS IV - A MEDIDA DA MINHA FÉ V- COMO POSSO PROVAR QUE O EVANGELHO EXISTE PARA QUEM NÃO CRÊ? VI- APRENDA A MOVER O MUNDO ESPIRITUAL VII- A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO: A NOSSA FÉ! VIII- O BOM COMBATE DA FÉ IX- O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA I (REFLEXÃO SOBRE A PESCA MARAVILHOSA) X- O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA II (O CEGO DE JERICÓ) XI- CONFISSÃO DA FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ XII- HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA A FÉ QUE INVADE O IMPOSSIVEL www.ministeriocaminhar.com.br 1

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A Fe Que Invade o Impossivele um livro de renovacao. Fe que se conhece ao conceber plenamente Jesus. O pastor Ronaldo Didini revive a fe e a esperanca na vida em Jeus. Livro simples e de leitura rapida.

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ÍNDICE

I – A FÉ QUE INVADE O IMPOSSÍVEL.

II- SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR À DEUS

III- COMO POSSUIR UMA FÉ QUE PRODUZ FRUTOS

IV - A MEDIDA DA MINHA FÉ

V- COMO POSSO PROVAR QUE O EVANGELHO EXISTE PARA QUEM NÃO CRÊ?

VI- APRENDA A MOVER O MUNDO ESPIRITUAL

VII- A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO: A NOSSA FÉ!

VIII- O BOM COMBATE DA FÉ

IX- O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA I (REFLEXÃO SOBRE A PESCA MARAVILHOSA)

X- O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA II(O CEGO DE JERICÓ)

XI- CONFISSÃO DA FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ

XII- HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA

XIII- PORQUE SOMOS SALVOS PELA FÉ?

XIV- QUANDO DEUS É REFÚGIO E FORTALEZA. PARTE FINAL

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I

A FÉ QUE INVADE O IMPOSSÍVEL

Algumas notícias chegam aos nossos ouvidos como se fossem verdadeiras bombas atômicas. É neste momento que Satanás se aproveita para semear a dúvida e o medo, os principais inimigos da nossa fé. Por outro lado, a fé que invade o impossível é inimiga do medo e da insegurança. Ela somente surge quando reconhecemos a Soberania de Deus, principalmente diante dos momentos mais drásticos de nossa vida.

I. INTRODUÇÃO Base para leitura bíblica: II Cr 20: 1-15

A Bíblia relata uma admirável demonstração do Poder de Deus através de um acontecimento singular na vida do rei Josafá, o qual governou Judá em uma época que muitos inimigos se levantaram contra o seu reinado. Mas, antes de prosseguirmos, também é importante ressaltar que, na dispensação do Velho Testamento, era nação contra nação, exército contra exército, isto é, o ministério era carnal e Deus sabia que o Seu povo era como uma criança mimada (e muitas vezes desobediente). Esta observação é importante para entendermos o porquê encontramos nas passagens do Velho Testamento sinais grandiosos da manifestação de Deus, tais como: O mar se abrir, o fogo descer do céu, as muralhas de uma cidade ruírem com o sonido das trombetas e vários outros exemplos. Já no Novo Testamento, apesar de encontrarmos o maior de todos os milagres (nascimento – morte – ressurreição - ascensão do Senhor Jesus) encontramos um outro tipo de ministério: O ministério espiritual, onde aprendemos que a nossa luta não é contra o sangue e nem contra a carne, mas sim contra principados, dominadores e forças espirituais da maldade (Ef 6: 12).Então, voltando ao exemplo do rei Josafá, podemos aprender uma lição importante no interminável aprendizado da fé: O tipo de fé que invade o impossível!É o que veremos a seguir.

II. QUANDO SURGEM AS MÁS NOTÍCIAS

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“ E sucedeu que, depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos amonitas, vieram à peleja contra Josafá. Então vieram alguns que avisaram a Josafá, dizendo: Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria; e eis que já estão em Hazazom-Tamar, que é En-Gedi (II Cr 20:1, 2)”.

Observe atentamente, na passagem acima, que a Bíblia declara que os inimigos vieram à peleja contra Josafá (moabitas e amonitas) e que “ vieram alguns que avisaram a Josafá”. Agora observe o que eles avisaram: “Vem contra ti uma grande multidão dalém do mar e da Síria”. Ora, estas pessoas, quando vieram alertar Josafá, descreveram o acontecimento de forma grandiosa, como se fosse algo insuperável, ou seja, um obstáculo praticamente impossível de ser ultrapassado. Em nossa vida, muitas vezes, acontece o mesmo: As notícias chegam aos nossos ouvidos como se fossem verdadeiras bombas atômicas. É neste momento que Satanás se aproveita para semear a dúvida e o medo, os principais inimigos da nossa fé.

Certa ocasião, quando eu comecei a pastorear uma Igreja em New Bedford, Massachusetts, USA, vivi uma situação semelhante. Esta cidade tem um Inverno muito rigoroso e, sem me importar com isto, resolvi fazer uma reunião de avivamento em uma 6ª feira, à noite, conforme cria em meu coração. Pois bem, quando comecei a anunciar a reunião algumas pessoas disseram: “Aqui não é assim. Neva muito. Será difícil alguém vir ao culto da noite”. Realmente foi um balde de água fria na minha fé. Contudo, permaneci imperturbável e perseverei, mesmo estando consciente de que o problema existia. Por outro lado, continuavam a “vir alguns que avisavam”: Tempestade de neve, estradas interditadas, falta de energia elétrica e por aí afora… Como afirmei acima, permaneci firme e não dei ouvidos aquelas vozes. Se eu realmente cria, deveria ficar imune a tudo isto, tomar uma atitude de fé e, depois, seguir em frente. Todavia, vamos fazer uma pequena pausa nesta experiência pessoal (mais a frente eu descrevo o final) e vamos perguntar a nós mesmos: O que devemos fazer em situações como esta, tão comuns em nosso dia-a-dia? Para responder, vamos prosseguir com exemplo do rei Josafá.

III. A IMPORTÂNCIA DA NOSSA ATITUDE

“ Então Josafá temeu, e pôs-se a buscar o SENHOR, e apregoou jejum em todo o Judá.  E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá vieram para buscar ao SENHOR. E pôs-se Josafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do SENHOR, diante do pátio novo (II Cr 20: 3-5)”.

Observe que a primeira atitude de Josafá foi temer. Mas temer como? Ora, a palavra temer pode ter 2 (dois) significados completamente diferentes: FUGIR OU CONFIAR.

Algumas pessoas, diante de uma notícia desagradável ou de uma situação têm medo, acovardam-se e fogem. Este tipo de pessoa é uma presa

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fácil nas garras de Satanás e seus demônios, os quais acabam por aprisioná-la em seus próprios pesadelos.

Obviamente, neste caso há uma ausência de fé e, quando isto acontece, é impossível para a pessoa conquistar qualquer bênção da parte de Deus. Medite no que diz a Palavra:

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (Hb 11:6)”

O temor de Josafá foi confiar, buscar uma solução diante de Deus. Todos estavam cientes do gravíssimo problema que enfrentavam e, ao invés de fugirem e se acovardarem, buscaram ao Senhor Deus de todo o coração. Como a própria Bíblia afirma: “ Eles se ajuntaram para pedir socorro ao Senhor”!Esta deve ser a nossa atitude diante de toda e qualquer situação que possa vislumbrar uma derrota em nossa vida, seja em que área for. O rei Josafá foi sábio e a sua sabedoria começou a movimentar o mundo espiritual. Quando este mundo se movimenta começa a surgir a fé que invade o impossível. Vamos saber, agora, como isto acontece!

IV. COMO MOVIMENTAR O MUNDO ESPIRITUAL

Após o povo estar reunido, o rei Josafá fez uma oração que tocou no coração de Deus. Sua oração foi:

“E disse: Ah! SENHOR Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e potência, e não há quem te possa resistir. Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo? E habitaram nela e edificaram-te nela um santuário ao teu nome, dizendo: Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás (2 Cr 20: 6-9)”.

Que oração poderosa. Que oração profundamente reveladora sobre a dependência que devemos ter diante de Deus. O que o rei Josafá e o povo confessaram foi:1º) A Soberania de Deus sobre todos os povos e todas as nações;2º) A aliança de Deus com Abraão3º) A fé em Deus em toda e qualquer situação (perseverança)

Estes 3 (três) pontos são essenciais. Praticá-los em nosso coração representa “tocar no coração de Deus”. Assim como o rei Josafá e o povo, nós também temos que clamar a Soberania de Deus sobre a nossa vida. O Senhor Jesus, traduziu esta situação com o seguinte ensinamento:

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“E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos. Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus (Mt 10:32)”.

  Em outras palavras, quando confessamos a Soberania de Deus em nossa oração, então, imediatamente o Espírito Santo nos faz lembrar da aliança que Deus fez conosco. Como caso do povo de Judá, a aliança era uma herança de Abraão, o pai da fé. Em nosso caso, esta aliança chegou até nós por intermédio do Mediador, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Leia como esta aliança também nos pertence:

“ Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito”. Gl 3: 13-14

Agora só falta a confissão de perseverança: Aquela que nos mantém firmes na fé, independentemente da situação que possa estar ao nosso redor. Justamente confesse como o apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, ensinou aos crentes da Igreja de Corinto:

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos (2 Co 4: 8-9)”.

Pronto! O mundo espiritual começará a se movimentar em seu favor. Simplesmente creia e vá em frente. Não acredite em doutrinas heréticas como maldição hereditária, regressão ao útero para descobrir um problema, manifestações artísticas fantasiadas de demonstração de fé e outras artimanhas malignas proporcionadas pela apostasia destes últimos tempos . Caia fora disto.

Você precisa agir desta maneira: 1º) Confessar a Soberania de Deus 2º) Crer na aliança que Deus tem contigo por intermédio de Cristo Jesus 3º) Ser perseverante na sua fé em toda e qualquer situação

Aqui começa a fé que invade o impossível, como veremos a seguir.

V. A FÉ QUE INVADE O IMPOSSÍVEL

Como prometi, vou voltar ao relato sobre o que me aconteceu quando eu era pastor na cidade de New Bedford. Pois bem, as notícias eram desanimadoras, mas busquei ao Senhor e recebi a certeza (fé) de que deveria prosseguir em frente, não obstante as dificuldades. Aquela certeza criou dentro de mim uma convicção (fé) inabalável. O que aconteceu em seguida foi maravilhoso. Em uma noite de Novembro, com a neve a cair, a nossa pequena Igreja de madeira ficou superlotada, para a honra e glória do

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Senhor Jesus. A bênção foi tamanha que tivemos que abrir a porta de entrada e, independentemente da neve e do frio, algumas pessoas ficaram do lado de fora com seus guarda-chuvas abertos e encostados uns aos outros.

Era um salão pequeno, com capacidade para cerca de 90 pessoas, mas naquele dia tornou-se a maior Igreja da face da Terra. Uma experiência realmente inesquecível, apesar de eu ter vivido há 15 anos. Assim é a fé que invade o impossível: Um tipo de fé que movimenta o mundo espiritual através da certeza e da convicção que nasce em nosso coração, a partir do momento que assumimos uma posição espiritual diante de Deus.

Apenas para concluir o episódio vivido pelo povo de Judá, após a oração de Josafá, Deus levantou um profeta que trouxe a resposta de Deus para o Seu povo. Esta resposta foi assim:

“Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus (2 Cr 20: 15)”.

VI. CONCLUSÃO

A fé que invade o impossível é inimiga do medo e da insegurança. Ela somente surge quando reconhecemos a Soberania de Deus diante dos problemas, principalmente nos momentos mais drásticos de nossa vida. Esta atitude traz todas as conquistas que o Senhor obteve por nós e para nós (a Sua Igreja), pois o Espírito Santo começa a agir e a perseverança agiganta-se perante todas as dificuldades. Então, o mundo espiritual entra em grande movimentação. Um verdadeiro Exército: infinitas vezes mais poderoso do que qualquer exército que alguém possa imaginar. Este Exército luta por nós, pois a batalha que estamos enfrentado não É nossa, mas do nosso Deus. Este poderoso Exército, invencível nos céus, na Terra e debaixo da Terra, somente entra em ação quando exercemos o único tipo de fé que pode torná-lo operacional: A FÉ QUE INVADE O IMPOSSÍVEL!

“ Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; a universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel”.

Hb 12: 22-24 

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II

SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS

(Hb 11:6)

Ao mesmo tempo que Deus ensina que sem fé é impossível agradá-Lo, também mostra quais são os caminhos necessários para que esta

plenitude de fé seja real, na vida daquele que crê. Como devemos nos aproximar do Senhor Deus? O que significa crer?

Por que Deus é galardoador daqueles que O buscam?____________________________________________________________________________

I.INTRODUÇÃO

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam (Hb 11:6)”

O versículo acima é um dos mais importantes de toda a Bíblia. Somente Deus conseguiria, em tão poucas palavras, expressar tanto. Que riqueza para a nossa vida espiritual. Observe que nesta passagem há 2 (dois) sentidos: 1º) Uma afirmação incondicional: “sem fé é impossível agradar a Deus”; 2º) Uma justificativa para esta afirmação incondicional: “porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

Se por um lado Deus revela categoricamente como poderemos agradá-Lo (FÉ), por outro lado Ele mostra quais são os caminhos que podem nos levar até esta plenitude de fé. Esta é uma revelação muito particular da

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parte do Senhor Deus, pois estes caminhos da fé estão interligados pelos verbos aproximar, crer e buscar, ou seja, primeiro devemos nos aproximar de Deus, depois crermos n’Ele para, finalmente, buscá-Lo.

Deixemos que a Pessoa do Espírito Santo nos conduza por estes caminhos!

II. POR QUE É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS SEM FÉ?

Porque o Senhor revelou a Sua própria existência através de um ato de fé. Como assim? Ora, basta lermos os primeiros versículos da Bíblia, no livro de Gênesis, para nos depararmos com esta verdade. No versículo 3 está escrito: “E disse Deus: Haja luz; e houve luz”. Observe atentamente que foi algo imperativo, isto é, o verbo haver simboliza uma ordem e, depois, o mesmo verbo torna-se uma concretização desta mesma ordem. Isto quer dizer que Deus, em Sua Soberania, além de trazer à existência o que não existia (Rm 1:20), também revelou a própria essência da fé: mover o sobrenatural, o inexplicável, aquilo que os olhos não vêem e a razão jamais compreenderá. Em todas as páginas da Bíblia Sagrada somos confrontados com a manifestação desta fé sobrenatural. Assim sendo, sem o conhecimento e a prática desta fé sobrenatural, ninguém poderá agradar a Deus, o que nos leva a percorrer os caminhos da fé para chegarmos até a Sua Santa presença!

III. 1º PASSO: APROXIMAR-SE DE DEUS

“Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto (Ef 2:13)”.

O Sangue de Jesus foi derramado como prova de amor e preço de redenção. A prova de amor está relacionada com a morte expiatória de Cristo Jesus, isto é, quando Ele foi pregado naquela rude cruz para ser o nosso Substituto. Isto porque não havia qualquer dúvida sobre o propósito de Deus, conforme a Bíblia nos revela:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16)”

Esta foi a prova de amor definitiva da parte de Deus, contudo esta prova foi acompanhada de um veredicto: o sangue que Ele derramou. Imagine um julgamento. Você está sendo acusado (Satanás) e, seu Advogado (Jesus Cristo), apresenta provas concretas sobre a sua inocência. O juiz aceita as provas e o caso vai para a decisão final do júri, que diz: inocente! Foi exatamente isto que aconteceu no mundo espiritual. Quando cremos que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador e entregamos a nossa vida em suas mãos, então somos Perdoados (crucificação/sangue derramado) e justificados (ressurreição/justificação):

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“O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação (Rm 4:25)”.

O aproximar-se de Deus está diretamente ligado ao conhecimento espiritual de que somos inocentes pelo sangue inocente que foi derramado por nós.

A partir deste instante temos o perdão e a justificação de todos os nossos pecados.

Esta é uma reflexão essencial e importante, pois se não fosse desta maneira, jamais poderíamos nos aproximar de Deus, pois sentiríamos o peso da culpa (pecado) e da acusação desta culpa (Satanás). Necessitamos estar livre de tudo isto para termos uma comunhão com Deus e, consequentemente, estarmos próximos dEle. Como se vê, trata-se de uma questão de fé. Uma fé sobrenatural que o Espírito Santo faz surgir dentro de nós, a partir do momento que a nossa sede relaciona-se com o conhecimento de Deus (Rm 10:17).

IV. 2º PASSO: CRER EM DEUS

Ao nos aproximarmos do Senhor ficamos diante da realidade do mundo espiritual. Isto quer dizer que a fé começa a exigir que tenhamos atitudes coerentes com ela, isto é, se quero a fé procedente do Senhor (a fé sobrenatural), então devo agir conforme a essência desta fé. Ora, esta essência é totalmente contrária aos nossos 5 sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tacto). É exatamente por isto que muitos, usando da chamada sabedoria popular, apregoam (e com razão) que a fé é o 6º sentido. Obviamente que trata-se de um 6º sentido, como já dissemos, somente para quem encontra-se próximo do Senhor Deus. A Bíblia diz assim:

“Porque andamos por fé, e não por vista (II Coríntios 5:7)”.

Andar por fé ou andar pela fé significa colocar a fé que possuímos (e está dentro de nós) em ação. Também significa crer que tudo o que Deus promete Ele cumpre. O Senhor tem um caráter imutável: Ele é Fiel e Justo. Ao nos aproximarmos d’Ele, a fé nascerá. Depois temos que colocar esta fé em ação. Isto significa crer em Deus: aproximação + fé em ação = crer. A Palavra de Deus nos afirma nos revela que Abraão é o pai da fé (Rm 4.16-18) justamente porque ele soube como expressá-la (o nascimento de Isaque). Isto significa crer em Deus:

“O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Assim isso lhe foi também imputado como justiça (Rm 4: 18-22)”.

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V. 3º PASSO: BUSCAR A DEUS

Como já estamos perto e também cremos, então falta saber como buscar o resultado de toda esta atividade espiritual. Aqui reside o valor da oração. A oração é uma atitude inevitável na vida de quem está próximo do Senhor e, consequentemente, crê na manifestação do Seu Poder. Ela não é algo repetitiva ou que busca seus próprios interesses. Não. A oração flui como as águas de um rio que são conduzidas pela própria corrente.

A verdadeira oração nasce de uma necessidade interior, como se fosse um vulcão a entrar em erupção. Um vulcão cujas larvas necessitam chegar ao coração do Senhor Deus, o Único e Fiel Galardoador (Recompensador) daqueles que O buscam. Observe este exemplo: “ Eu estou próximo do meu Deus. Eu fui comprado (a) e lavado(a) com o Seu precioso Sangue. Eu creio que o meu Deus, segundo a Sua riqueza, suprirá todas as minhas necessidades, em Cristo Jesus. Esta é a minha confissão de fé. Ò Deus, em Nome do Senhor Jesus, eu apresento a Ti a minha oração”. Observou? Ora, tudo vem em uma seqüência:

1º) A proximidade com Deus nos proporciona certeza e confiança;

2º) Esta certeza e esta confiança produzem a fé sobrenatural;

3º) Esta fé sobrenatural nos faz crer;

4º) Este crer nos faz falar com Deus;

5º) Ao falarmos com Deus dentro desta visão bíblica, as nossas necessidades são preenchidas. Totalmente preenchidas!

“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4:19)”.

VI. CONCLUSÃO

Quem almejar ter um relacionamento íntimo e abençoado com o Senhor, deve ter a consciência espiritual de que necessita percorrer os caminhos da fé, pois somente assim terá dentro de si uma fé sobrenatural. A fé que agrada a Deus:

1º) Aproximação = Perdão + Justificação

2º) Aproximação + Fé em ação = Crer

3º) Crer + Oração = O Deus Galardoador dos que O buscam

Percorra estes caminhos da fé e desfrute de uma plena comunhão com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Autor de nossa fé (Hb 12:2)!

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III

COMO POSSUIR UMA FÉ QUE PRODUZ FRUTOS

A Bíblia diz que “ a fé sem obras é morta (Tg 2:17)”. Isto quer dizer que a fé necessita produzir frutos (frutos são as obras da fé em ação), caso contrário seremos como aqueles que dizem crer, mas não vêem resultados em suas vidas. Qual será, então, o segredo para possuirmos uma fé que nos faça conquistar tudo aquilo que necessitamos para nossas vidas?

Primeiramente devemos entender que a fé é totalmente contrária à razão, pois enquanto a razão tenta entender os motivos pelos quais as coisas aconteceram, acontecem e acontecerão (a palavra COMO); a fé é a certeza das coisas que esperamos que aconteçam e a convicção dos fatos que não podemos ver (Hb 11:1). A fé nos mostra o porquê Deus quer fazer e não como deve ser feito!

Citarei alguns exemplos que podem parecer loucura, mas exemplificam muito bem o que passo a relatar:

1º) Noé construiu uma arca no meio de uma floresta porque Deus havia dito a ele que assim fizesse. Os incrédulos riram da atitude de Noé, que teve fé para obedecer ao que Deus havia dito (Gen 6: 11, 14 e Hb 11:7).

2º) Todas as vezes que o profeta Eliseu, homem de Deus, passava pela cidade de Suném, uma mulher rica dava-lhe de comer e tratava-o muito

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bem, ao ponto de mandar fazer um quarto para alojá-lo toda a vez que ele fosse à cidade.

O profeta, agradecido, orou para que ela engravidasse porque seu marido era idoso e, após algum tempo, nasceu-lhe um lindo menino. O tempo passou-se e o menino cresceu. Um certo dia, o menino estava junto do seu pai e teve uma terrível dor de cabeça e, passado algum tempo, morreu. A mulher sunamita, desesperada, colocou o corpo do seu filho deitado na cama que o profeta usava e mandou chamá-lo com urgência. Ao chegar, ela relatou-lhe o ocorrido.

O profeta, então, dirigiu-se ao menino, orou por ele e o menino ressuscitou. Que exemplo admirável de fé.

A mulher creu e porque creu, ela exigiu os seus direitos. Por causa desta atitude, o homem de Deus ao orar e deitar-se sobre o corpo do menino, provocou da parte de Deus este lindo milagre de ressurreição. A mãe não ficou perguntando-se como fazer. Não! Ela agiu pela fé! (2 Rs 4: 8-37)

3º) Jesus ordenou que Pedro andasse sobre as águas. Enquanto Pedro creu (creu porque Jesus havia dito), ele andou por cima das águas sem problemas. Infelizmente, quando ele pensou e perguntou-se “como isto pode estar a ser possível?”, ele afundou. Afundou porque o medo é um dos sintomas dos “comos desta vida”! A fé não é construída por “comos”, a fé tem “seus porquês”. (Mt 14: 24-32)

Para a nossa fé ter resultados (obras/ frutos) torna-se necessário saber qual é a vontade de Deus para cada um de nós (o porquê de Deus). Esta atitude resume-se em praticar os caminhos da fé: entendimento / oração/ ação. Estes caminhos devem ser percorridos dentro dos seguintes princípios de fé:

1º) A Palavra de Deus é infalível e imutável. A Palavra de Deus é o que ela declara ser!

2º) A realidade do nosso resgate em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

3º) Na mente de Deus nós fomos recriados em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

4º) Deus declarou a Sua justiça ao nosso favor por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador.

5º) O Espírito Santo habita em nós.

6º) Fomos resgatados pelo Sangue de Jesus derramado na Cruz. Isto aconteceu para termos comunhão com Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

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7º) Clamar o Sangue de Jesus e usar com autoridade do Nome de Jesus.

IV

A MEDIDA DA MINHA FÉ

A MEDIDA DA FÉ QUE DEUS REPARTIU A CADA UM

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil …Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo

mesmo Espírito, a palavra da ciência. E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé…(I Co 12:8-9)”

_______________________________________________________________________

I. INTRODUÇÃO

O Senhor Deus reparte o dom da fé segundo uma medida específica para cada pessoa. Esta medida, como afirmei, já vem especificada pelo próprio Deus, é a primeira referência para vivermos as primeiras experiências relativas à fé bíblica, ou seja, aquela fé que traz à existência as coisas que não existem (Rm 4:17). Assim sendo precisamos saber medir a nossa fé, segundo os princípios bíblicos que a norteiam, para testemunharmos os frutos resultantes dela.

A Bíblia é repleta de exemplos práticos sobre este assunto; basta analisarmos as características próprias de alguns homens de Deus do passado como, por exemplo, o legislador Moisés, o profeta Elias e o apóstolo Paulo. Todos eles possuíam uma autêntica fé bíblica, sendo que cada um havia recebido uma medida de fé própria, pois Deus tinha um propósito específico para cada um deles. Ora, assim também acontece com cada um

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de nós, pois quando recebemos o dom da fé é exatamente como se recebêssemos uma pedra preciosa bruta que necessita ser lapidada para transformar-se em uma jóia de valor.

Somente após a lapidação é que saberemos a medida da nossa fé, ou seja, que tipo de pedra preciosa nos tornamos para Deus. Então, precisamos de 3 (três) ensinamentos essenciais: 1º) Quem é o Lapidador? 2º) O que acontece durante a lapidação? 3º)Qual o resultado desta lapidação? É o que o Espírito irá nos revelar a seguir!

II. QUEM É O LAPIDADOR?

O lapidador Divino é o Espírito Santo, ou seja, esta é a missão do Espírito Santo no âmbito da fé: lapidar quem recebeu este dom do Senhor Deus. Por quê? Ora, porque esta fé resultará em poder e somente o Espírito Santo pode manifestar esta essência na vida daquele que crê. O próprio Senhor Jesus diz o seguinte:

“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15: 26)”.Ora, o que a pessoa testifica? Testifica o próprio poder de Deus revelado no Evangelho e que contém as insondáveis riquezas de Cristo Jesus. Observe atentamente:

FÉ …………. DOM DE DEUS (Está dentro de quem Deus escolhe)ESPÍRITO SANTO …………. DOM DE DEUS (É revelado na vida de quem tem o dom da fé) FÉ + ESPÍRITO SANTO …………. PODER DE DEUS (Manifesta-se na vida de quem crê)PODER DE DEUS ..………. EVANGELHO

Por isto, um pouco antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus repetiu esta maravilhosa revelação. Observe mais uma vez:

“… Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1:8)”

III. O QUE ACONTECE DURANTE A LAPIDAÇÃO?

A Pessoa do Espírito Santo começa a manifestar a Sua presença, na vida de quem possui o dom da fé, através de Seus próprios atributos divinos. Um exemplo, que ilustra muito bem esta afirmação, aconteceu com o evangelista Filipe, um homem que possuía o dom da fé e estava cheio do Espírito Santo. Ele não sabia qual era o movimento do mundo espiritual, mas Deus queria usá-lo para algo importante e a fé de Filipe começou a ser lapidada neste sentido, pois já era notório aquela fé que habitava nele era um maravilhoso dom que recebera de Deus (Act 8: 5-8). Todavia, Deus

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queria mais de Filipe e, então, começou a lapidá-lo. Pois bem, em seguida ele obedeceu ao que o anjo do Senhor lhe dissera (Act 8:26) e foi para a estrada que ligava Jerusalém a Gaza. Deus sabia que algo importante deveria acontecer e envolveria a vida de Filipe e outra pessoa, apesar deles estarem alheios a este movimento do mundo espiritual. Então, o Espírito Santo falou-lhe:

“Chega-te, e ajunta-te a esse carro (At 8:29)”

Filipe obedeceu e, então, o propósito de Deus seria revelado: a conversão daquele eunuco.

“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse (At 8: 30,31)”.

Pronto. O propósito de Deus fora estabelecido tanto no ministério de Filipe como na vida do eunuco. Ambos foram abençoados segundo a medida de fé que possuíam. O dom da fé existia em ambos, contudo competia ao Espírito Santo lapidar aquele dom que fora recebido para que o Evangelho fosse revelado em poder. Assim como Filipe teve ouvidos para ouvir (a vontade de Deus revelada em espírito e no Espírito/ o falar do Espírito Santo), o eunuco foi alcançado por sua fé lapidada e, devido a isto, também conheceu a sua própria medida de fé ao afirmar:

“Eis aqui água; que impede que eu seja batizado (Act 8:36)”?

O que acontece durante esta lapidação é um aproximar do Espírito em nós. Um aproximar que traz comunhão espiritual com Deus e, consequentemente, nos revela a Sua soberana vontade!

IV. QUAL O RESULTADO DESTA LAPIDAÇÃO?

A partir do instante que a soberana vontade de Deus passa a ser uma prioridade na vida daquele que crê, então o Espírito Santo passa a ter liberdade para relacionar-se com aquela pessoa, ao ponto dela compreender que existe um contínuo movimento, invisível e sobrenatural, no mundo espiritual, sempre revelando os propósitos de Deus. Foi exatamente por isto que o Senhor Jesus atribuiu tamanha importância ao Espírito Santo. Leia com atenção estas passagens:

“ … Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito (Jo 14: 26).”

“… Quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15:26).”

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“…Quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir (Jo 16:13)”

Quem permite que o Espírito Santo tenha liberdade para agir em sua vida, descobre a vontade de Deus. Neste momento, a fé bíblica (aquela que traz a existência as coisas que não existem - Rm 14:17) surge e, com ela, a manifestação da fé que tem frutos!

V. CONCLUSÃO

Não há fórmulas ou conceitos capazes de definir a fé. A Bíblia afirma que a fé não é de todos (II Tess 3:2).

Quando ela nos é apresentada, já faz parte de alguma ação que foi desencadeada: ouvir, certeza, convicção (Rm 4:17; Hb 11: 1). Ou seja, a fé, como dom de Deus, é dada por Ele a quem Ele quer e na medida que Ele também quer.

“Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um (Rm 12: 3)”.

Quem recebe este dom deve ser lapidado (a) pelo Espírito Santo para viver pela fé e, assim, descobrir a soberana vontade de Deus através do contínuo mover do mundo espiritual que o cerca para conquistar todas as bênçãos que o Senhor Jesus, a Videira Verdadeira, conquistou para ela!

“Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hb 10:38)”

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V

COMO POSSO PROVAR QUE O EVANGELHO É VERDADEIRO

PARA QUEM NÃO CRÊ?

PERGUNTAS QUE EU QUERO FAZER. RESPOSTAS QUE EU QUERO TER

A fé não pode ser provada por experimentos científicos. Crer é um ato de fé. A Palavra de Deus, descrita nos 4 (quatro) Evangelhos, é uma expressão viva da própria existência de Deus. Portanto, provar a quem fecha seu coração à fé é como querer ver o ar que respiramos. Será uma discussão inútil. Contudo, ao encontrarmos uma pessoa que aceite ser honesta e sincera diante de Deus e que se disponha a ter um coração aberto para a ação do Espírito Santo, podemos apresentar alguns fatos irrefutáveis:

1. Jesus esteve neste mundo que vivemos: Nenhum historiador de reputação negaria isto, desde que muitos documentos históricos atestam sua vida, alguns com historiadores respeitados do mundo antigo como, por exemplo, Flávio Josefo.

2. Jesus morreu na cruz e foi sepultado: Mais uma vez, não há dúvida verdadeira sobre isto. A própria história nunca negou este fato.

3. Três dias depois a sepultura de Jesus estava vazia: Ora, pense bem: se a tumba não estivesse vazia, os mesmos que o crucificaram poderiam ter

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apresentado o corpo morto de Jesus e, assim, silenciavam para sempre a pregação da ressurreição. Glória a Deus!

4. Muitas pessoas sensatas e honestas viram Jesus depois de sua morte: Estes fatos históricos merecem uma explicação mais detalhada, como veremos a seguir:

1. O corpo de Jesus foi furtado: Impossível. O sepulcro estava guardado pelos soldados romanos porque eles temiam que acontecesse justamente isto! E para que furtariam o Seu corpo... Para quê? Para morrerem como mártires por uma mentira fabricada por suas mentes fantasiosas? Ora, francamente!

2. Os discípulos e as outras pessoas foram à sepultura errada: Mais uma vez, francamente.

Como a localização da tumba poderia ter sido esquecida em apenas três dias? Principalmente por ser uma tumba identificada como pertencente ao nobre José de Arimatéia. Finalmente, como poderiam aparecer os lençóis que cobriram o corpo do Senhor na sepultura: “Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis. E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar a parte (João 20:6-7)”.

3. Jesus nunca morreu. Deram uma bebida para que Seu coração parasse por algum tempo; ele apenas desmaiou e reviveu no sepulcro: Pois bem, os romanos tinham extrema experiência em crucificação e sabiam constatar quando alguém estava realmente morto. Além disto, imagine como Ele conseguiria livrar-se daquelas faixas apertadas que eles usavam no sepultamento (como foi o caso de Lázaro). Outra evidência: teria que remover uma pedra extremamente pesada, não ser notado pelos guardas que lá estavam e ainda andar cerca de 11 quilômetros (cerca de sessenta estádios): “E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús (Lucas 24:13).

Depois apareceu à frente de Seus discípulos, em carne e osso: “Ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés (Jo 24: 38,40)”. Tudo isto de forma natural e dando o testemunho de tudo o que havia pregado para eles. Ó quão indescritível e maravilhoso Poder!

4. Jesus tinha falsas visões, fruto de Sua fértil imaginação: Que férteis imaginações, por maiores que sejam, podem produzir o efeito de uma tumba vazia sem explicações e uma ressurreição em Glória e Poder? Aliás, a tumba permanece vazia até hoje......

5. A explicação oriunda da fé que habita em um coração voltado para Deus: Jesus foi ressuscitado. Esta é a explicação mais simples para quem desejar

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receber a revelação do Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo em Sua vida. Somente a fé pode provar esta evidência.

Conclusão

A tudo o que for dito, acrescente outras evidências: profecias cumpridas, milagres (sinais e maravilhas), ensinamentos que persistem aos séculos e atualizam-se a cada dia, o caráter de Jesus, o Cristo.

Qualquer pessoa honesta que procure pela Verdade será compelida a crer, por causa do peso da evidência. A evidência que a fé bíblica produz em nosso coração!

VI

APRENDA COMO MOVER O MUNDO ESPIRITUAL

Há um mundo sobrenatural e invisível ao nosso redor. Este mundo é a porta de entrada onde o impossível para os homens torna-se possível para Deus. Você deseja movimentar este mundo? Quer saber como usar a fé bíblica?

Não perca a oportunidade de revolucionar o seu relacionamento com Deus. Uma leitura altamente recomendada!

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[RECOMENDA-SE A LEITURA DESTE ARTIGO COM A BÍBLIA ABERTAEM II REIS, CAPÍTULO 7]

I. INTRODUÇÃO

Muitos teólogos fracassados insistem em afirmar que a época de milagres já acabou ou que Deus, hoje em dia, não opera da mesma maneira que operava no passado. Uma pura ignorância que é resultante da falta de experiência com o mundo espiritual. Obviamente refiro-me a experiências verdadeiramente bíblicas e descarto qualquer tipo de modismo (doutrinas humanas baseadas em emoções ou experiências extra bíblicas) e as já

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conhecidas apostasias e heresias (desvios doutrinários em relação a sã doutrina do Evangelho, tal como o chamado “evangelho de resultados”).

Ora, o que vamos abordar neste artigo chama-se fé bíblica, ou seja, a fé que crê, confessa e pratica tudo o que a Palavra de Deus afirma. A fé que ensina como “entrar dentro da Bíblia” e viver o que está acontecendo naquela passagem, exatamente como se lá estivéssemos. Somente esta fé pode nos revelar o mundo espiritual. É o que iremos refletir ao longo desta abençoada matéria.

II. O MUNDO ESPIRITUAL

Este é o mundo onde Deus habita. Observe que não é raro encontrar no Velho Testamento a expressão “ Senhor do Exércitos”, quando alguns servos (as) do passado dirigiam-se ao Senhor. Por quê? Por 2 (dois) simples motivos:

1º) Ainda não havia sido revelado o nome de Deus, por isto o chamavam sob a forma de vários adjetivos. Observe atentamente estes significados:

1. ‘El Shaddai: “Deus Todo Poderoso” 2. ‘El Elyon: “Deus Altíssimo” 3. ‘El Ròi: “O Deus que vê” 4. ‘El Olam: “O Deus Eterno” 5. ‘El Elohe Yisráel: “Deus, o Deus de Israel” 6. Yawehw-Ropheka: “O Senhor teu médico” 7. Yaweh- Nissi: “O Senhor minha bandeira” 8. Yaweh- Shalon: “O Senhor é minha paz” 9. Yaweh Rafá: "O Senhor que Sara (ou cura)" 10. Yaweh- Ròi: “O Senhor é o meu pastor” 11. Yaweh- Tsidkenu: “O Senhor justiça nossa” 12. Yaweh- Shammah: “O Senhor está ali” 13. Yaweh- Sabaoth: “O Senhor dos Exércitos” 14. Qedosh Yiráel: “O Santo de Israel” 15. Tsur: “Rocha” 16. Abba: “Pai” ou “O Pai” 17. Melek: “Rei” 18. Gòel: “Redentor” 19. Rishoh Wa-Acharon: “O 1º e o Último” 20. Elohe ‘Emeth: “O Verdadeiro”21. EL = DEUS* Uma observação importante*

Os nomes de Deus (YHWH): “O hebraico não tem vogais e estas foram acrescentadas ao longo dos anos, exatamente para se permitir a pronúncia.

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Em virtude disto, as variações que surgiram fazem com que se tenham diferentes formas para o nome. Com relação ao nome de Deus, então, como os judeus não o pronunciam, não houve, por parte deles, qualquer interesse em fazê-lo. De qualquer modo, a forma mais antiga e considerada mais próxima da realidade é Javé, embora, repitamos, a forma não pronunciável seja a única aceita pelos judeus. A forma Jeová, entretanto, é bem mais recente e foi utilizada como um estratagema para se permitir a pronúncia do nome não pronunciável de Deus, utilizando-se das vogais do nome "Adonai", que quer dizer Senhor. Portanto, Jeová não é, em absoluto, o nome originariamente dado ao tetragrama, residindo aí, até, um dos grandes equívocos dos seguidores da seita Testemunhas de Jeová”.

Hoje a situação é completamente diferente: O Senhor dos Exércitos, que expressa toda glória e soberania de Deus, tem um nome revelado. Nós somos privilegiados porque sabemos qual é o Nome de Deus.

Sim, há um nome que está acima de todo Nome. Jesus Cristo é Senhor e Salvador. Este é o nome de Deus:

JESUS = O SENHOR É O SEU SALVADORCRISTO = MESSIAS, SUBSTITUTO, UNGIDO DE DEUS

“ Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai”. Filipenses 2: 9-11

2º) Também, ao mencionarem Senhor dos Exércitos, queriam referir-se ao Deus que move o sobrenatural. O Deus Criador dos Céus e da Terra que pode todas as coisas. Eles sabiam o seguinte: “Há um Deus invisível e Soberano. Alguns povos adoram o sol, outros a lua, enquanto alguns voltam-se para falsas divindades em forma de gesso, madeira ou metal. Nós, porém, adoramos o Senhor dos Exércitos. O Criador de Tudo. O Deus Todo Poderoso”.

Vamos, então, aprender com esta fé que praticavam. Continue comigo!

III. APRENDENDO COMO O MUNDO ESPIRITUAL É MOVIDO

Um excelente exemplo está descrito no II livro de Reis, no capítulo 7, quando Deus decide honrar a palavra de um servo temente a Ele: O profeta Eliseu. Ele tinha uma fé sobrenatural dentro dele. Ele cria que ao exercer o seu ofício de profeta, Deus iria honrar a Sua palavra. Ele vivia dentro deste ambiente de fé, apesar de estar cercado de incredulidade. Realmente, a situação na época de Eliseu não era nada fácil. Observe: Jorão era um rei desleal e perverso (filho de Acabe e Jezabel). Seu reinado foi um desastre. Com toda esta iniqüidade em suas mãos atraiu maldição para o reino de Israel. A fome era uma delas.

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Samaria, a capital, estava cercada e as pessoas desesperadas, desorientadas e somente esperando o pior. Obviamente que Deus nunca desejou aquela situação, contudo o povo teimava em desobedecer-lhe; em manter uma postura de rebeldia diante d’Ele. Assim, com a Sua misericórdia, o Senhor preservou a vida de um homem de Deus, o profeta Eliseu, e deu uma grande lição naquele povo, deixando-nos uma herança em saber como mover o mundo espiritual. Como aconteceu isto?

Eliseu, consciente da fome e da miséria espiritual da nação de Israel, foi chamado pelo corrupto Jorão para interceder diante de Deus. E foi o que Eliseu fez. Mas fez de maneira clara e direta. Cheio de fé, o profeta clamou:

“ENTÃO disse Eliseu: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o SENHOR: Amanhã, quase a este tempo, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, à porta de Samaria”. II Rs 7:1

Aqui está a revelação do grande mistério. Eliseu creu. Ao Crer, confessou. Ao confessar, movimentou o mundo espiritual. Todavia, apesar desta atitude houve uma resistência: O capitão da guarda do rei corrupto. Aquele capitão, logo após a confissão de fé poderosa e extraordinária de Eliseu, disse:

“Eis que ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?”

Quer dizer, não somente duvidou da palavra do homem de Deus como pôs em causa a Soberania do próprio Deus. Mas isto não abalou Eliseu, que simplesmente disse-lhe que a bênção viria e ele não iria desfrutar dela. Bem até aqui parece que não há nada de especial. Engano! O mundo espiritual havia começado a se movimentar, mesmo que os olhos do profeta Eliseu, do rei Jorão e todos na nação de Israel não estivessem a ver.Não muito longe dali estavam 4 (quatro) leprosos. Eles estavam perto do arraial dos sírios que eram os inimigos que se preparavam para invadir Israel. Estes leprosos não sabiam, mas seriam usados por Deus para que a confissão do profeta Eliseu se tornasse realidade (depois leia atentamente, em sua Bíblia, II Rs 7: 3-20). O que aconteceu de sobrenatural foi:

1º) Os leprosos decidiram entrar no arraial dos sírios, mesmo conscientes de que poderiam ser mortos.

2º) Deus fez com que um ruído semelhante de um exército fosse ouvido pelos sírios. Então, eles fugiram.

3º) Os leprosos, ao entrarem no arraial dos sírios, encontraram-no vazio. Após se banquetearem, decidiram avisar ao rei de Israel.

4º) O corrupto rei Jorão enviou cavaleiros, os quais confirmaram o que os leprosos disseram.

5º) O povo de Israel invadiu o arraial dos sírios e comeram fartamente, como o profeta Eliseu havia dito.

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6º) O capitão da guarda morreu e não desfrutou da bênçãoAgora surge uma pergunta: Como estes ensinamentos podem ser aplicados em minha vida? Como eu posso movimentar o mundo espiritual a partir deste exemplo bíblico? É justamente o que saberemos a seguir, como conclusão de nossa matéria.

IV. O MOVER DO MUNDO ESPIRITUAL EM NOSSA VIDA (CONCLUSÃO)

Primeiramente não dê importância ao que os seus olhos vêem ou ao que os seus sentimentos indicam. Mantenha-se firme em uma posição espiritual. Creia que você é uma pessoa única para Deus e muitíssimo importante para Ele, pois o Seu próprio Filho foi entregue em seu lugar.

Assuma isto: EU TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE!

Este ponto é básico. Digamos que seja o ponto de partida. Então, após esta confissão de fé, determine o que você deseja obter da mão de Deus (cura, bênção financeira, familiar, sabedoria, enfim, confesse a sua bênção como se ela já existisse). O que acontecerá? Ora, Deus irá trazer à existência o que não existe, como fez com os sírios: Não existia exército algum, contudo Deus fez com que aquele exército existisse para os sírios. Entendeu como funcionou? O mundo espiritual moveu-se. Assim também pode acontecer com você ou com qualquer pessoa que assuma a sua posição espiritual diante de Deus. Então faça o seguinte:

1º) Creia que Jesus Cristo é a Videira e você é um ramo desta videira ( Jo 15). Um ramo que dá fruto. Um ramo abençoado que não aceita fracassos em sua vida. Sim, exatamente isto: Somos ramos de uma Videira que é Cristo Jesus.

2º) Em seguida confesse que sem Jesus você nada poderá fazer. Confesse que é totalmente dependente d’Ele (Jo 15:5).

3º) Agora, confesse com a mesma fé do profeta Eliseu: “ Ó Deus, em Nome de Jesus, eu confesso ………………………………………… E assim será, para a Tua honra e (Aqui é a sua confissão de fé) Glória, em Nome de Jesus!

4º) Pronto! O mundo espiritual já começou a mover-se em seu favor, mediante a medida da sua fé (Rm 12:3).

5º) Faça como Eliseu. Não dê ouvidos a opiniões negativas. Siga em frente na sua fé. Não contamine os seus ouvidos com palavras cheias de veneno e de dúvidas. O que você determinou através da sua fé, em Nome de Jesus há de acontecer.

6º) Se a bênção parecer demorada, não se preocupe. Continue na fé e na perseverança. Lembre-se do que o Senhor Jesus nos ensinou: “E Deus não

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fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” Lc 18:7

7º) Se você chegou até aqui, então, não se preocupe. O mundo espiritual irá abrir bênçãos sem medidas sobre a sua vida, pois se aconteceu no ministério do profeta Eliseu há de acontecer na sua vida. A Palavra de Deus nos afirma isto:

“E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.

As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, PROVENDO DEUS ALGUMA COISA MELHOR A NOSSO RESPEITO, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:32-40

Agora é contigo: Vá nesta tua fé e movimente o mundo espiritual!

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VII

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO: A NOSSA FÉ!

Quando temos entendimento para usar o Nome de Jesus com autoridade e poder, todas as portas que necessitamos são abertas na nossa vida, pois

esta foi a grande bênção que Ele nos deixou (Mt 18: 18-20).

________________________________________________________________

Portanto, para as bênçãos de Deus chegarem até nós, devemos crer no que a Palavra de Deus nos afirma sobre o Nome de Jesus (Fp 2: 5 – 11). Esta foi a condição que o Pai o colocou após Sua ascensão aos céus: Senhor da Glória!

A palavra glória significa honra; significa também fama adquirida por obras ou virtudes. Assim, a cada um é dado o que merece. É o que a Bíblia diz: “ Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem

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imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra (Rm 13: 7)”. Jesus tornou-se Digno de toda honra, glória, temor e louvor. Tornou-se Digno porque Ele é o Senhor e porque sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés e, na paixão da sua morte, provou a morte por todos. É Digno porque ao morrer em nosso lugar Ele tornou-se o Príncipe da nossa salvação e, por causa disto, Nele somos santificados. Ele é tão Digno que nós cantamos louvores a Ele porque o Pai colocou Nele a Sua confiança. E, finalmente, Jesus também é Digno porque, como filhos de Deus, recebemos a liberdade que Ele conquistou para cada um de nós quando, pela Sua morte, aniquilou o diabo (Hb 2: 8-14).

Em outras palavras: O Nome de Jesus é o que Ele recebeu de Deus e em o Nome de Jesus é a expressão que mostra o que os filhos de Deus, partilham com Ele.

Ao determinarmos “ Em o Nome de Jesus” recebemos da parte do Pai um tipo diferente de confiança: Isto significa que recebemos autorização para levar conosco o Filho de Deus.

DEUS CONFIOU O SEU FILHO A NÓS E NOS AUTORIZOU A USAR O NOME DELE. O NOME QUE ELE COLOCOU ACIMA DE TODO O NOME!

Para recebermos estas e outras grandes bênçãos, basta usarmos o Nome de Jesus com entendimento espiritual e fé. Preste atenção: Durante a sua última noite na terra, Jesus disse aos seus discípulos: “ E tudo quanto pedirdes em Meu Nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14:13)”. Em outras palavras: O Pai é responsável pelo uso que nós fazemos do Nome do Seu Filho porque Ele nos deu o Seu Filho. Use o Nome de Jesus com autoridade e poder. Diga: Em o Nome de Jesus eu determino a minha vitória contra o mal. Chame este mal que te aflige pelo nome (dívida, cancro, vício, etc...), e use contra este mal, o Nome que está acima de todo o nome: O Nome de Jesus!

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VIII

O BOM COMBATE DA FÉ

I. INTRODUÇÃO Ver: I Tim 6:12

Não precisamos combater o diabo: ele está derrotado (Hb 2:14). Não precisamos combater o pecado: ele está derrotado (Rm 6:14). Não precisamos combater a doença: ela também está derrotada (Mt 8: 16,17). Também não precisamos combater a mágoa que surge contra alguém ou a carnalidade no nosso relacionamento com Deus, pois em Cristo Jesus somos novas criaturas (2 Cor 5:17). Então, o que precisamos combater?

Simplesmente nós, como Igreja de Cristo, precisamos aprender que o único combate que somos chamados a combater é o bom combate da fé.

Assim sendo, vamos tomar como exemplo o que aconteceu quando Jesus amaldiçoou a figueira. Ver Mc 11: 12-14 e 20-24. Observe que Jesus exortou os seus discípulos para terem fé em Deus. É exatamente o mesmo

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do que dizer “tende a fé do tipo de Deus”. Esta fé é aquela que fala – confessa - aquilo que crê o coração - entendimento da Palavra de Deus. Ao assumirmos este tipo de fé, estaremos prontos para iniciarmos o bom combate da fé!

II. 1ª FASE DO BOM COMBATE DA FÉ:

“Dizer ao monte: Ergue-te e lança-te ao mar!”

Dentro da nossa visão espiritual, Jesus quer nos mostrar que devemos nos dirigir diretamente ao problema e transportá-lo para um local onde ele não represente mais nada. Este local é o mundo espiritual, onde podemos derrotar todos os nossos inimigos.

Aliás, o que representa um monte dentro do mar? Nada. Assim também os nossos problemas não representam nada no mundo espiritual onde Deus reina e habita. Onde a Sua Igreja reina com Ele!

Portanto, depois desta atitude de fé, podemos enfrentá-lo frente a frente, pois estaremos em vantagem e teremos condições de partir para o ataque. Esta é a 1ª fase do bom combate da fé!

Analise estes exemplos, pois todos eles são atitudes espirituais perante problemas que surgem no mundo natural que nos cerca:

1º) Maria agiu assim quando o anjo deu-lhe a notícia de que ficaria grávida por obra do Espírito Santo (Lc 1: 31).

2º) Jesus fez isto contra os demônios que atormentavam a mulher encurvada (Lc 13: 11-13).

3º) Os crentes da Igreja Primitiva oraram por Pedro quando ele estava preso e isolado nas masmorras de uma prisão (At 12: 4, 5).

4º) Paulo fez uso da sua autoridade apostólica quando foi acusado de “ interesseiro” por falsos crentes da Igreja de Corinto (II Cor 10: 4, 5).

Ora, agora pense em um problema pelo qual esteja a passar. Depois comece a enfrentá-lo da mesma maneira como os exemplos descritos acima. O que acontecerá? O problema – monte – estará à sua frente no mundo espiritual. Pronto! A partir deste momento inicia-se o bom combate da fé.

III. 2ª FASE DO BOM COMBATE DA FÉ:

“...E não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.”

Como nesta fase o problema está em desvantagem devemos fazer o seguinte:

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1º) Usar a fé no Nome de Jesus para chamar o mal pelo nome.

2º) Confessar com autoridade e poder a Palavra que cremos.

3º) Não se preocupar mais. Isto quer dizer que aquele problema foi colocado na mão de Deus.

4º) Fazer a nossa parte: Crer, confessar e praticar!

IV. CONCLUSÃO

“Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis”

Combater o bom combate da fé não é combater o mal, mas simplesmente dirigir-se a ele frente a frente e trazê-lo para o mundo espiritual. Então, no mundo que Deus domina e que a Sua Igreja domina com Ele, podemos enfrentá-los através da fé no Nome de Jesus e chamarmos o mal pelo nome para então, confessarmos com autoridade e poder a Palavra que cremos.

Esta atitude gera a determinação, a qual significa que não devemos nos preocupar mais com aqueles problemas, mas simplesmente alimentar a nossa vitória através do que cremos, confessamos e praticamos!

IX

O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA I

I Jo 5: 5

Até que ponto o que está dentro tem condições reais de vencer o que está fora?

Para respondermos esta questão devemos primeiramente analisar o nosso coração (a alma, o espírito racional). Se o nosso coração é um coração amedrontado, machucado, cansado, desanimado, ao nos levantarmos pela

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manhã, já não há estímulos para nós. Então fica claro que o que está fora terá uma imensa vantagem sobre nós.

Ver: Provérbios 17:22

E por que chegamos a este extremo?

A Palavra de Deus nos orienta sobre isto. O Senhor Jesus explica tal situação: “ A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas (Mateus 6: 22, 23) ”.

A porta de entrada para um coração forte e sadio começa na maneira como olhamos para o que está à nossa volta. Quando temos bons olhos, trazemos para dentro o fortalecimento necessário para combatermos o que está fora.

Como distinguir os bons olhos?

Todos os dias enfrentamos os mais diversos tipos de problemas. Por isto, quando pensamos nos problemas que nos tem afligido (ex: Doenças na família, dívidas perseguições, etc...), e ficamos abatidos por eles, significa que o que está fora quer vencer o que está dentro.

Por exemplo: O nosso filho adoece. Então, ao invés de vermos o demônio que causa aquela doença e que está por trás daquela situação, ficamos tristes e compadecidos porque enxergamos a doença e vemos nosso filho sofrendo. Neste momento os nossos olhos estão a ser maus e, por isto, o nosso corpo vai sofrer!

Entretanto, se naquele momento (ao sermos confrontados com o problema) buscamos o fortalecimento interior (a nossa fé), temos consciência do problema, mas o desprezamos, isto é, não damos ao problema a importância que o diabo quer que ele tenha. Confessamos com os lábios o que o coração crê!

Como buscar o fortalecimento interior?

Vamos buscar o nosso exemplo maior: O Senhor Jesus. Quando Ele era confrontado com os problemas, a primeira coisa que fazia era mudar o cenário daquela situação com os seus olhos e, consequentemente, com o seu coração.

O que o Senhor fez na primeira multiplicação dos pães e peixes? O que o Senhor fez quando apaziguou a tempestade? E a pesca maravilhosa?

Observe que para todos os problemas Ele tirava os olhos humanos (o que vê o cenário de uma forma má) e olhava com bons olhos (desprezava o cenário ruim em favor do que Ele tinha dentro: A certeza das coisas que Ele esperava que acontecesse e a convicção dos fatos que Ele não via).

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Ver: Mt 14: 13-21; Lc 5: 4-7; Mc 4: 35-41

Como satanás nos mostra o mau exemplo?

Ele procura sempre nos mostrar o lado negro das coisas. Por exemplo:Se o problema é financeiro, ele mostra só contas e mais contas se avolumando, até fazê-lo enxergar a falência.

Se é uma doença, o mínimo espirro se transforma em uma pneumonia e a pessoa tosse! Neste momento, os maus pensamentos invadem você, como, por exemplo, este: “ Foi assim que o fulano morreu!” Então a cada dia a situação piora e, então, você vai ao médico e ele diz: “ A sua doença não tem mais jeito!”

Se você acha que seu marido ou esposa lhe trai, ele faz você “ver amantes por todos os lados”.

Se o filho se droga, ele faz seu filho drogar-se na sua frente e diz que “as suas orações não valem nada” ou, então, “esqueça o novo nascimento porque a sua fé não é o suficiente para esta situação”.

Como o que está dentro pode vencer o que está fora?

Além de crer e confessar com o coração, o louvor é uma grande arma nesta guerra.

Quando subimos à presença de Deus para louvar devemos deixar no chão os problemas, os filhos, o marido, a esposa, o pai, a mãe, enfim, devemos nos desligar de tudo para sermos somente nós e nosso Deus. Necessitamos ficar a sós com Deus e, assim, o louvor nos proporciona este momento! Não pedimos nada, apenas enchemos o nosso coração da presença de Deus. Esta arma fará o nosso coração alegrar-se e encher-se de força e de vida!

Por fim, devemos ler diariamente a Palavra de Deus como o alimento diário que dará suporte para a nossa fé! Pratique assim: Olhe para o seu problema e diga que você pode todas as coisas naquele que te fortalece. Repita: Sou mais do que vencedor. Diga o fraco, eu sou forte. Grande e poderoso é o meu Deus, meu escudo e fortaleza! Lembre-se sempre das várias situações que Cristo socorreu-lhe. Naqueles momentos nos quais você pensou que ia naufragar, mas o Senhor estendeu-lhe a Sua mão e cuidou de você.

Ver: Prov 24:10; Joel 3:10; Salmo 46:1; Rm 8:37.

REFLEXÃO SOBRE A PESCA MARAVILHOSA

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(Lc 5: 1 – 11)

1.“Estavam lavando as redes” Vers 2

1. Esta expressão significa que naquele exato momento eles estavam desistindo da pescaria. Assim sendo, esta expressão tem o mesmo sentido para a nossa vida em nosso dia a dia: Será que também estamos lavando a nossa rede? Ou será que estamos desistindo de alcançar os nossos objetivos?

2. Isto aconteceu porque eles tinham somente uma visão natural da situação, pois eram bons pescadores e não conseguiam entender porque não haviam pescado coisa alguma. Eles estavam presos em seus próprios entendimentos. Estavam presos no que achavam como pescadores!

3. Deus nos adverte que não devemos agir assim: Prov 3: 5, 6“Fazes-te ao mar alto e lançai as vossas redes para pescar” Vers 4

4. Aqui, Jesus deixa bem claro que eles deveriam colocar em prática a fé que agrada a Deus. Esta fé é aquela que crê com o coração e que fala com a boca. É a obediência ao que diz a Palavra de Deus.

5. Portanto ir ao mar alto é irmos de encontro às bênçãos que Deus já preparou para cada um de nós. Ver: Jo 6: 37

“ Mas, porque mandas, lançarei a rede” Vers 5. Isto significa que devemos ir de encontro ao que Deus nos afirma na Sua Palavra, independentemente do que achamos ou pensamos. Devemos agir desta maneira para darmos liberdade ao Espírito Santo para agir na nossa vida.

6. Deus tem um plano para cada um de nós. Este plano somente é revelado quando obedecemos integralmente incondicionalmente a Sua Palavra. Ver Jo 7: 38

7. 4. “ E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes” Vers 6

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8. Este foi o resultado da obediência ao que Jesus determinou que eles fizessem. A bênção de Deus é o resultado de quem obedece à Palavra de Deus. Em lugar da afronta que o diabo quer nos sujeitar, Deus nos dá dupla honra. Ver Is 61: 6 – 8

9. Resumo Não ser guiado pela razão (2 Cor 5:7). Crer nas Escrituras; crê somente! Crê na aliança que existe. Cuidar sempre do coração (Prov 4: 23) e usar a fé!

10-Crer na aliança que nos faz esquecer o passado e que nos dá um coração novo na presença de Deus. Confesse sempre: “ Eu sai do Egito e atravessei o deserto e agora estou em Canaã”. Hb 10: 16,17

X

O QUE ESTÁ DENTRO VENCE O QUE ESTÁ FORA II

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“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei.”

(Salmo 7:1)

I. Introdução

A Palavra de Deus define a fé como sendo “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem (Hb 11:1)”.Este firme fundamento é o alimento espiritual que precisamos ter dentro de nós para servir como base ao exercício da nossa fé. Em outras palavras, o firme fundamento é a própria Palavra de Deus. Portanto, o uso da fé que agrada a Deus é a prática da Sua Palavra que habita em nós. É o alimento do nosso espírito, o qual traz para a nossa vida “as coisas que esperamos que aconteçam e a prova das coisas que não podemos ver!”II. Os dois mundos

“Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente (Hb 11:3)”.O uso da fé é a única maneira de conciliar os conflitos que existem entre dois mundos: O espiritual e o físico. O mundo espiritual é aquele onde Deus habita e tem completa e soberana autoridade, enquanto que o mundo físico, apesar de ter sido criado por Deus, tem o governo do diabo. Isto aconteceu porque o ser humano entregou o poder deste mundo a satanás.

Ver Gen 2: 16,17 e comparar com Lc 4: 5-7 e I Jo 5:19

III. A nossa recompensa

“ Ora, sem fé é impossível agradar-Lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador daqueles que o buscam (Hb 11: 6) ”.

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Apesar da nossa real recompensa ser a vida eterna que nos aguarda (no mundo espiritual onde Deus habita), o uso da nossa fé agrada a Deus e traz recompensas também nesta vida, tais como: paz de espírito e saúde, que são as bênçãos que abrem as portas para a nossa prosperidade.

IV. A nossa atitude I Jo 5:51. Crer na Palavra de Deus2. Confessar a Palavra de Deus 3. Agir de acordo com o que cremos e confessamos4. Perseverar5. ConfiarQUEM É QUE VENCE O MUNDO – o que está fora – SENÃO AQUELE QUE CRÊ – o que está dentro - QUE JESUS É O FILHO DE DEUS?

O CEGO DE JERICÓ

[...] “Saindo ele de Jericó com os seus discípulos e grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho, mendigando..."

[...] "Ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar: ‘Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim! ‘ Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele cada vez gritava mais: ‘Filho de Davi, tem misericórdia de mim! ‘ Jesus parou e disse: ‘Chamai-o’. Chamaram o cego, dizendo-lhe: ‘Tem bom ânimo! Levanta-te! Ele te chama’. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: ‘Que queres que te faça? ‘ O cego lhe respondeu: ‘Rabi, eu quero ver’. Disse-lhe Jesus: ‘Vai a tua fé te salvou’. Imediatamente ele tornou a ver, e seguia Jesus pelo caminho.” (Mc 10.46-52.)

Assim como Bartimeu, todos nós temos uma necessidade e precisamos de um milagre.

De acordo com estes versículos, podemos analisar se nossas atitudes se comparam com as de Bartimeu. Veja como ele se comporta ao saber que Jesus estava por perto. Vs. 46 a 48

Bartimeu foi ousado o bastante para clamar por socorro enquanto Jesus passava. A multidão, ainda que repreendendo-o, não foi capaz de silenciá-lo, nem de fazê-lo desistir. Quantas vezes desistimos de nossa fé diante das circunstâncias ou diante da opinião contrária de outras pessoas.

Quantas vezes deixamos de confiar no poder de Jesus e damos ouvidos à incredulidade e às dificuldades que nos rodeiam. E assim, deixamos passar a oportunidade de agirmos em fé e recebermos o milagre que precisamos. Vs. 49

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Bartimeu consegue captar a atenção de Jesus. Com fé e determinação, consegue fazer Jesus parar. E Jesus manda chamá-lo. Sua fé consegue chamar a atenção de Deus? Sua fé faz com que Deus pare pra te atender? Você está realmente determinado naquilo que tem buscado de Deus? Você tem conseguido convencer a Deus de que realmente deseja alcançar este milagre?

Deus procura fé nos homens. Seus olhos passam pela terra procurando alguém que tenha fé. Somente assim Ele pode agir. Quando Deus encontra fé em nossas vidas, então, Ele tem nas mãos o que é necessário para agir em nosso favor. Nossa incredulidade impede o agir de Deus. Nossa fé move Suas mãos. Vs. 50

Ao ouvir que Jesus o chamava, Bartimeu, ainda que cego, ainda que rodeado por pessoas que o desanimavam, não olhou as suas dificuldades e foi ao encontro d’Aquele que poderia salvá-lo. Bartimeu lança fora a capa, que representava toda a sua miséria. Não se limite pelas dificuldades. Não se limite na sua própria necessidade. Lance fora a capa de sua miséria. Dê um salto em direção a Jesus. Dê um passo de fé. Seja ousado em confiar que Deus pode resolver seu problema. Vs. 51

Jesus então pergunta a Bartimeu o que ele queria d’Ele. E Bartimeu, nessa hora, é específico na sua resposta. Ele sabia exatamente o que buscava.

Talvez Jesus esteja perguntando pra você o que você quer d’Ele. Como tem sido sua resposta? “O que o Senhor quiser?” “Não sei bem o que quero...” Seja específico com Deus. Você pode contar a Deus detalhes do que tem sonhado. Deus tem prazer nisso, pois assim vê que você confia n’Ele. Vs. 52

O resto da história é a única coisa que podemos esperar de Jesus. Jesus supre a necessidade de Bartimeu. Bartimeu é curado de sua cegueira.

E é isso o que Ele quer fazer com as suas necessidades. Você pode receber seu milagre ainda hoje se tiver fé. Qual é a sua necessidade? Precisa de uma cura? Precisa de uma libertação? Jesus continua o mesmo. Ainda hoje Ele realiza milagres.

Um detalhe no final do versículo 52 é o fato de que Bartimeu, após receber a cura que buscava, passa a seguir Jesus de perto. O milagre deve nos aproximar de Jesus. Não devemos ser como aqueles que recebem o milagre e então se afastam. Melhor que aquilo que Deus pode fazer por nós é a Sua presença, a Sua companhia. Nenhuma bênção se compara com a alegria e a paz que Sua presença nos traz.

Não tenha medo de agir em fé. Não tenha medo de dar um salto em direção a Jesus. Creia no que Sua Palavra diz. E não se esqueça que Deus é digno de sua confiança.

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XI

CONFISSÃO A FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ

“Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo-sacerdote da nossa confissão (Hb 3:1)”.

I. INTRODUÇÃO

“Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo-sacerdote da nossa confissão (Hb 3:1)”. Esta é uma das revelações mais extraordinárias sobre o mistério sobrenatural que envolve a essência da fé. Isto porque a fé revela-se através de alguma ação específica, cuja origem está em tudo o que a Palavra de Deus nos apresenta.

Observe estes 2 (dois) exemplos:

1º) “… A fé é pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm10:17)”. Neste caso, a fé corresponde a uma ação singular: ouvir a Palavra de Deus. Ora, a partir deste ponto, o Espírito Santo flui no coração daqueles que ouvem e testemunham sobre o próprio Verbo em ação: Jesus Cristo é apresentado, na vida daqueles que crêem, de forma viva, real e atuante (Hb 13:8)”.

2º) “ Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hb 11:1)”.

Aqui, especificamente, a fé já está em ação, ou seja, ela requer que pratiquemos (crer) tudo o que ouvimos (o que a própria Palavra nos revela). Assim sendo, os verbos esperar (crer em esperança até contra a própria esperança – Rm 4:18) e provar (convicção inabalável de que tudo o que Deus promete também cumpre - Rm 4: 20,21), apenas confirmam que o uso da fé bíblica torna Deus e o mundo espiritual reais e, justamente por isto, requer um contínuo testemunho por parte daqueles que crêem!

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Assim, vamos entender o valor deste testemunho de fé (confissão)!II. O APÓSTOLO E SUMO - SACERDOTE DA CONFISSÃO DE FÉ

Confessar significa admitir ou reconhecer algo. Então, o conhecimento espiritual sobre o valor da confissão está centralizado na essência de admitirmos (e reconhecermos), sem quaisquer objeções, tudo o que a Palavra de Deus nos revela. É aí que surge a missão de Jesus Cristo: o Apóstolo e Sumo-Sacerdote desta nossa confissão.

A palavra apóstolo significa enviado ou mensageiro, ao passo que sumo-sacerdote é traduzido por representante supremo. Ora, fica claro que Jesus Cristo é o Mensageiro e Representante Supremo de tudo o que nós admitimos e reconhecemos em relação à fé que nos foi concedida. Aqui começa a força explosiva da fé, tendo por base a própria confissão, como analisaremos a seguir.

III. CONFISSÃO: A FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ

Como a nossa fé é bíblica e testemunha a própria vontade de Deus então, quando confessamos o que cremos, nos tornamos participantes de tudo o que Ele conquistou com a Sua morte expiatória (morreu por nós / Is 53:4,5) e a Sua ressurreição gloriosa (nos ressuscitou juntamente com Ele/ Ef 2:6). Vamos colocar em prática este ensinamento através de um simples exemplo:

1º) Eu tenho uma doença: PROBLEMA

2º) A Bíblia afirma que Jesus Cristo levou esta doença na Cruz do Calvário: REVELAÇÃO

3º) Eu creio no que a Palavra de Deus afirma: FÉ

4º) Eu confesso a minha fé: FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ

PROBLEMA REVELAÇÃO FÉ

CONFISSÃO

FORÇA EXPLOSIVA DA FÉ

JESUS CRISTO APÓSTOLO E SUMO-SACERDOTE

IV. TESTEMUNHO MINISTERIAL

Em Lisboa, no ano de 2007, onde exerço atualmente o meu ministério em Cristo Jesus, fui procurado por uma senhora que trazia um grave problema familiar. Ela disse-me o seguinte: “ Reverendo, estou preocupada

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com um cunhado que mora no Brasil. Ele está com um problema de saúde e sente uma dor muito forte na região do peito e não está conseguindo movimentar o braço adequadamente, mas eu creio que se o senhor orar, ele ficará curado”. Ora, situações como esta geralmente acontecem conosco, basta que estejamos exercendo um ministério voltado ao Evangelho Pleno, na Graça de nosso Senhor Jesus. Pois bem, vamos continuar. Em seguida eu disse para aquela senhora: 1º) A Bíblia afirma que Jesus Cristo é o mesmo de ontem, hoje e o será eternamente e eu creio que Ele poderá curar o seu cunhado como curou o servo do centurião (expliquei-lhe resumidamente a passagem/ Mt 8:5-13); 2º) Perguntei se ela cria nesta Palavra, o que ela imediatamente assentiu; 3º) Fiz uma imposição de mãos sobre ela e orei com fé, confessando que da mesma forma que o Senhor operou na vida do servo do centurião, também operaria no cunhado dela; 4º) Ela também confessou, no mesmo espírito de fé. Em seguida, disse-lhe que fosse embora, pois o assunto estava devidamente entregue na mão de Deus e que deveríamos tão-somente crer.

No domingo seguinte, após o culto, aquela senhora veio falar comigo e, toda cheia de alegria disse: “Reverendo, o meu cunhado foi curado. Foi maravilhoso. Praticamente no mesmo instante que estávamos orando, Deus operou na vida dele, lá no Brasil”. Obviamente que eu fiquei feliz, mas não deixamos de dar Honra e Glória ao Apóstolo e Sumo-sacerdote da nossa confissão: Jesus Cristo. Em outras palavras: a nossa confissão, por estarmos totalmente dentro do que a Palavra de Deus nos ensina, transformou-se em uma força explosiva de fé capaz de manifestar o Poder de Deus na vida daquela pessoa, que eu nem sequer ainda conheci pessoalmente. Como o Senhor Deus é maravilhoso!

Assim é a fé e assim também ele deve manifestar-se. Quão sublimes e maravilhosas são as palavras do Senhor Jesus, tantas e tantas vezes expressadas durante o Seu ministério terreno: Crê somente (Mc 5:36; Lc 8:50)!·

V. CONCLUSÃO

Alimente-se espiritualmente de tudo o que a Palavra de Deus ensina. Creia nestes ensinamentos. A partir deste ponto é como se fôssemos transportados para os pés da cruz, na própria solidão do Monte Calvário, a verdadeira nascente da fé salvífica, cuja essência resume-se na revelação sobrenatural da morte expiatória do Filho de Deus Encarnado (Is 53:4,5 / Rm 4:25). Aqui, uma nova e fantástica vida espiritual nos é apresentada através da conseqüente e gloriosa ressurreição de Jesus, o Cristo (Ef 2:6). Então, nesta posição espiritual, participamos dos frutos da própria ascensão aos céus do Rei dos reis (Ef 2:8).

Pronto: eis o dom da fé em nossa vida! Com a manifestação do dom da fé aprendemos que temos um Apóstolo (mensageiro, enviado) e Sumo-Sacerdote (representante supremo) para tudo o que confessarmos

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(reconhecermos ou admitirmos) em nossa atitude fé. Nesta confissão há a explosão da própria fé: a certeza do que esperamos que aconteça e a convicção dos fatos que não vemos (Hb 11:1)! Vamos viver nesta dimensão de fé, o Senhor, certamente, nos honrará. Ele sempre foi um Deus Fiel!

XII

HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA!

Todos querem possuir uma essência de fé que agrade a Deus. Elias era um homem sujeito às mesmas paixões do que nós, mas possuía um espírito aberto para Deus. Aqui reside a revelação para possuirmos a mesma essência de fé que Elias professou durante a sua vida. É a chave para a fé sobrenatural. Qual o segredo para este tipo de fé? Como obtê-la? O que significa ter um espírito aberto para Deus?

_____________________________________________________________________

INTRODUÇÃO

A Bíblia descreve Elias como sendo “ um homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a Terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a Terra produziu o seu fruto (Tg 5: 17,18)”. Ora, se Deus nos revelou esta Palavra, então fica claro que é de Sua vontade que nós também podemos agir com a mesma fé de Elias, principalmente em relação aos males que nos cercam, sejam eles quais forem. Observe que Elias era um homem muito especial para Deus. Por quê? Porque Elias confessava com a boca a fé que existia em seu coração. Sempre que ele agia desta maneira, independentemente dos males que o cercavam, ele tornava-se vitorioso. E nós? O que devemos fazer? A resposta está abaixo:

1º) Devemos ter a mesma essência de fé que Elias tinha em seu coração2º) Devemos confessar com a mesma certeza que Elias confessou.

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È sobre esta essência de fé e certeza de confissão que consiste a matéria HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA.

III. A ESSÊNCIA DE FÉ QUE HABITAVA NO CORAÇÃO DE ELIAS

[Nota: Aconselha-se que os textos a seguir sejam acompanhados da leitura da Bíblia, no Livro de I Reis, nos capítulos 17 e18. Essencialmente sobre a oração de Elias ler I Reis 17:41 a 46 ]

Quando lemos a Bíblia descobrimos que Elias, o tisbita, era um homem que surgiu misteriosamente (como se viesse do nada, sem linhagem e sem ter qualquer preparação específica como profeta) e colocou o dedo na cara de Acabe, corrupto rei de Israel, afirmando-lhe que não choveria em Israel. Ora, naquela época, qualquer um que fizesse isto seria imediatamente morto pela guarda do rei. Mas Elias não se preocupou com nada. Por quê? Porque ele não lutava contra Acabe ou contra quem quer que seja, mas contra a traição espiritual que aquele povo cometeu contra Deus. Note bem: Havia dentro dele uma fé (certeza + convicção) de que o Senhor estava no comando de todas as situações e que o guardaria em quaisquer circunstâncias. Esta essência de fé nasce no coração e termina com a confissão das palavras que saem pela boca. É exatamente esta fé que agrada a Deus. A fé que traz bênçãos sem medidas sobre nós.

Apenas para que não digam: Ah!!!! Não é bem assim…. Ah!!!.....Isto e aquilo… Então, deixe-me complementar o que afirmei acima. Por favor, preste atenção:

Na Bíblia, um profeta não é alguém com poder de predizer o futuro. No hebraico a palavra quer dizer “ pessoa inspirada”. No grego a palavra significa “ o que anuncia” e não “ o que prediz”. Obviamente, muitas vezes isto resultava na predição de coisas futuras. Para o profeta, o futuro é simplesmente o que Deus vai fazer, não uma sorte fixa e predeterminada. Assim, eles eram pessoas abertas o suficiente para Deus de modo que o Senhor poderia comunicar-lhes as mensagens que desejava transmitir aos outros. Aqui está a chave da bênção: PESSOAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA DEUS!

Nesta revelação reside o depósito da essência de fé. Assim, a mão de Deus pode mover-se. É o que aprenderemos, juntos, a seguir.

III. HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA

Depois de assumir a sua condição espiritual diante de Deus, Elias foi confrontado com 2 (duas) situações sobrenaturais. Vejamos:

1º) Foi isolado e alimentado por corvos

2º) Foi para o território de Baal (Sarepta)

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Isto foi necessário para ele aprender a depender do Senhor e, também, para preservá-lo da ira de Acabe, o rei corrupto e de Jezabel, a rainha idólatra adoradora de Baal. Assim sendo, depois de ter passado por estas duas situações e de ter alicerçado bem a sua confiança e a sua fé em Deus, Elias recebeu uma grande notícia da parte do Senhor.

Leia comigo:

“E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra (I Rs 18:1)”.

Ora, Elias apresentou-se a Acabe sem nenhum medo, apesar dele querer matá-lo a todo custo (leia o testemunho de Obadias: I Rs 18:10). Quando Elias chegou à frente de Acabe foi recebido como sendo “ o perturbador de Israel (I Rs 18:17)”, contudo não temeu e chamou o governo de Acabe de corrupto, acusando-o de voltar-se para outro Deus e corromper a fé do povo. Em seguida, sem deixar Acabe abrir a boca, lançou-lhe o seguinte desafio: “Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel (I Rs18: 19)”.

Como sabemos, os profetas de Baal foram ridicularizados e o povo, depois de muitos anos, clamou: “ Só o Senhor é Deus (I Rs 18:39)”. Diante de toda esta situação, Elias virou-se para Acabe e disse:

“Sobe, come e bebe, porque há ruído de uma abundante chuva (I Rs 18:41)”.

Observe que Elias confessou o que Deus já lhe havia dito, bem antes dele confrontar-se com os profetas de Baal. Elias era um homem com o espírito aberto para Deus e isto gerava nele uma essência de fé sobrenatural: Aquela essência que faz a boca confessar o que o coração crê. Para entendermos bem este tipo de fé, deixe-me apresentar estes pontos:

1º) Deus disse que choveria, mas não disse quando…..

2º) Elias guardou, no coração, o que Deus havia prometido. Isto aconteceu bem antes de enfrentar os profetas de Baal.

3º) Quando o povo voltou-se outra vez para o Senhor, Elias teve a essência de fé que agrada a Deus (certeza + convicção) e disse para Acabe que “há ruído de uma abundante chuva”. Ele confessou o que Deus havia dito de forma real, concreta, como se “a mão de Deus trouxesse à existência o que não existia”.

4º) Um ruído é um barulho de menor intensidade sonora, mas naquele caso, o ruído somente existia no coração de Elias. É o que aprendemos mais

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acima: Elias era um homem de espírito aberto para Deus, o que gerava dentro dele uma fé sobrenatural.

Na parte final, vamos analisar a oração de Elias e como aplicar estes ensinamentos em nossa vida.

IV. CONCLUSÃO

Elias, então, subiu ao Monte Carmelo. A Bíblia assim nos relata o que houve:

“…Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e pôs o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel. E a mão do SENHOR estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jizreel (I Rs 18: 42-46)”

Ensinamentos práticos para a nossa vida:

1º) “ Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e pôs o seu rosto entre os seus joelhos….”Uma atitude de dependência, de submissão à Vontade e Soberania de Deus, mesmo estando convicto de que Deus iria honrar a sua oração. E conosco? Agimos da mesma maneira? Observe quantas e quantas vezes o Espírito Santo nos dá uma direção e surge uma fé dentro de nós. Cremos na bênção, mas esquecemo-nos de algo essencial: Nos curvarmos diante da Vontade e Soberania de Deus. Em outras palavras: “Eu sei que vai acontecer. Eu sei que Deus é Fiel, mas não submeto esta fé ao próprio Deus, digno de toda honra, glória e louvor. Muitos caem por causa disto. Por quê? Porque enquanto oravam com dependência a Deus, recebiam bênçãos e mais bênçãos, não obstante as lutas que enfrentavam, todavia ao verem resultados em suas orações e começarem a estufar o peito (eu posso, eu..eu…eu…. !!!!!), começavam um declínio espiritual. O exemplo extremo é do próprio diabo!

2º) “E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada.”Depois de submeter-se à Soberania e Vontade de Deus, Elias colocou em prática a sua fé, já testada e aprovada como bem mostram os acontecimentos anteriores. Mas, ao contrário do que poderíamos supor, o resultado não foi nada agradável. A resposta foi: Não há nada!

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Você já se imaginou em uma situação semelhante? Observe que Elias estava cheio de fé. Vinha de uma grande vitória. Tinha visto uma manifestação sobrenatural de Deus e, de repente, a resposta foi: Não há nada! O que ele fez? Desistiu? Apavorou-se? Resmungou? Desanimou? Não e não. O que ele fez? Vamos ler a seguir.

3º) “E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes”.Elias não ligou para o que disse aquele menino. Nada poderia perturbá-lo. Nada poderia afastá-lo do que tinha dentro do seu coração: Aquela essência de fé sobrenatural que faz a boca confessar o que o coração crê.

Elias tinha o espírito liberado para Deus, apesar de ter as mesmas paixões do que nós. Se ele agiu assim e venceu, por que o mesmo não pode acontecer conosco? Afinal, o nosso Deus não mudou.

O menino foi sete vezes. Imagine. Foram 7 vezes sem ver nada, isto é, a primeira vez que trouxe a notícia e outras seis vezes. Procure entender este particular do sobrenatural de Deus: Elias tinha fé + temor. Então o que faltava? É o que veremos a seguir.

4º) “ E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça. Sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva”

Faltava a Elias a prática da perseverança. Por quê? Ora, não aprendemos acima que Deus disse a ele apenas que iria “ dar chuva sobre a Terra (I Rs 18:1)”. Não aprendemos que Deus não havia marcado hora, nem dia para isto acontecer? Não aprendemos também que a essência da fé que Elias tinha em seu coração faria a mão de Deus se mover (como fez no caso dos profetas de Baal)? Ora, então, Elias precisou ser perseverante e sustentar a sua fé com oração. Uma oração que determinava a Soberania de Deus sobre toda aquela situação e, ao mesmo tempo, honrava a determinação do Seu servo. Vamos imaginar alguns trechos daquela oração de Elias, a oração com o rosto entre as pernas, e, certamente, constataríamos que ela teve um sentido como este:

“ Senhor, Tu és o Deus Criador dos Céus e da Terra, Aquele que derrotou os profetas de Baal e que faz descer a chuva dos céus. Vem, Senhor, honra a Tua palavra, segundo dissestes ao coração do Teu servo”. Assim, quando o menino disse que havia uma nuvem do tamanho da mão de um homem e, Elias explodiu de fé e afirmou: “Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça”.

A expressão “HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA!” quer dizer: A essência de fé que agrada a Deus é aquela que a boca confessa o que o coração crê. Esta essência de fé faz a mão de Deus mover-se em nossa direção, isto porque encontra o nosso espírito liberado para a sobrenatural

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manifestação d’Ele em nós e através de nós. Se Deus fez isto com Elias e através de Elias, algo muito melhor proveu para quem crê que Jesus Cristo é Senhor e Salvador.

Isto porque temos o Poder do Nome de Jesus, o clamor de Seu precioso sangue a ação direta do Espírito Santo sobre nós. O que aprendemos é algo real. Coloque em prática como o apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, ensinou aos corintos: “Quando sou fraco, então, é que sou forte (II Co 12:10)”.

Portanto, vamos em frente. Levante a sua cabeça.

CREIA.

PORQUE HÁ RUÍDO DE ABUNDANTE CHUVA!O DÍZIMO DA GRAÇA É O DÍZIMO DA FÉ

A principal diferença entre a época da Lei – olho por olho e dente por dente - e a época da Graça – Deus inclina-se para nós - é a distinção entre obediência e fé. Na Lei, a característica principal era a obediência irrestrita aos princípios estabelecidos pela própria Lei, isto porque o povo era de dura cerviz – teimoso e obstinado - . Naquela época, quando alguém desobedecia era amaldiçoado. Hoje em dia, na época da Graça, a característica principal é a fé. A obediência que surge após a revelação de Jesus Cristo é a obediência pela fé – praticar a Palavra de Deus - o que nos posiciona como filhos santos do Senhor. Dt 11: 26,28 e I Pe 1:13,16

Assim também acontece em relação ao nosso dízimo. Hoje em dia, o nosso dízimo é proveniente da fé e, por isto, é muito diferente do dízimo proveniente da Lei. As principais diferenças são:

1 - No dízimo da Lei as pessoas eram obrigadas a dar o dízimo, caso contrário seria cobradas pelos sacerdotes levitas e seriam punidas com o rigor da Lei. Estas punições eram:1 - Seriam amaldiçoadas.2 - Seriam comparadas individualmente a um ladrão.3 - Seriam impedidas de cultuar a DeusO povo tinha uma cerviz tão dura que Deus mandava prová-Lo nos dízimos e nas ofertas.

Vamos meditar em Malaquias 3: 7,11 porque nesta passagem bíblica há o exemplo da Lei e da Graça.

2) O dízimo da Graça nasceu da atitude de Abraão. Ele deu o seu dízimo porque possuía 4 (quatro) qualidades fundamentais que precisam existir em todos os dizimistas. Estas qualidades eram:

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1. Reconhecimento da Soberania de Deus.2. Crença verdadeira e sincera de que tudo o que possuía era dom de Deus.

1- Humilhação debaixo da poderosa mão de Deus (condição de dependência espiritual).

2 - Agradecimento por todos os bens que possuía.

Desta forma, o dízimo de Abraão era o dízimo da fé – não havia nenhuma lei para obrigá-lo -. Assim também deve ser em nossos dias; hoje estamos na condição de Igreja de Cristo e, como filhos de Deus, representamos a coluna da Igreja de Cristo na terra.

Agimos da mesma maneira que Abraão – o pai da fé - no qual, em Cristo Jesus, nós somos herdeiros das bênçãos prometidas por Deus. Quando somos fiéis no nosso dízimo e o entregamos na Casa de Deus (onde nos alimentamos espiritualmente), passamos a ter direitos e privilégios. Basta determinarmos e tomarmos posse do que nos pertence!

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XII

POR QUE NÓS SOMOS SALVOS PELA FÉ?

POR QUE A FÉ É ESCOLHIDA como o canal da salvação? Nenhuma dúvida é lançada sobre essa pergunta, muitas vezes. "Pois pela graça sois salvos, por meio da fé" é seguramente a doutrina das Sagradas Escrituras e a ordenança de Deus; mas; por que é assim? Por que a fé foi escolhida, ao invés da esperança, ou do amor, ou da paciência?

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Torna-se modesto para nós responder essa questão, pois os caminhos de Deus nem sempre precisam ser entendidos, nem somos autorizados de maneira presunçosa a lhes questionar.

Nós devemos responder humildemente, tão logo quanto podemos, que a fé foi escolhida como o canal da graça porque há uma adaptação natural da fé para ser usada como receptáculo. Suponha que eu pudesse dar esmolas a um homem pobre: eu as coloco em sua mão - por quê? Bem, seria difícil de ajustá-la na orelha dele, ou deixá-la debaixo dos pés; a mão parece ter sido feita de propósito para recebê-la. Assim, em nossa moldura mental, a fé foi criada de propósito para ser um receptáculo: é a mão do homem, e há uma boa forma de receber graça por esse meio.

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Deixe-me colocar isso claramente. A fé que recebe a Cristo é um ato tão simples quanto a tua criança receber uma maçã de você, porque você a segura e promete dar a maçã se ela vier para isso. Crer e receber se relacionam unicamente com a maçã, mas elas se transformam exatamente no mesmo ato da fé que lida com a salvação eterna. Tal como a mão da criança está para a maçã, assim está a tua fé quanto à perfeita salvação de Cristo. A mão da criança não faz a maçã, nem a melhora, nem a merece; ela somente a pega, e a fé foi escolhida por Deus para ser o receptáculo de salvação, porque ela não finge criar a salvação, nem ajudá-la nisso, mas se coloca humildemente contente para a receber.

"A fé é a língua que mendiga o perdão, a mão que o recebe, e o olho que o vê, mas não é o preço com o qual o compras.

"A fé nunca faz por si mesma seu próprio apelo, ela descansa toda a sua discussão sobre o sangue de Cristo. Ela se transforma em algo empregado para trazer à alma as riquezas do Senhor Jesus, eis que ela reconhece aquele que as desenhou, e possui a graça somente a ela confiada.

A fé, uma vez mais, foi sem dúvida selecionada porque dá toda a glória para Deus. É de fé que pode vir a graça, e é da graça que não pode se contar vantagem, pois Deus não pode suportar o orgulho. "O orgulhoso dele conhecido pôs ao longe" e Ele não deseja lhes trazer para mais perto.

Ele não dará a salvação de tal modo que se sugerirá ou se fomentará o orgulho. Paulo disse: "Não por meio de obras, para que ninguém se glorie". Ademais, a fé exclui toda jactância. A mão que recebe o amor não diz: "eu é que devo ser agradecido por aceitar o presente"; isso é um absurdo.

Quando a mão traz o pão à boca, ela não diz ao corpo: "Agradeça-me por te alimentar". É uma coisa muito simples o que a mão faz, embora algo muito necessário, e ela nunca se arroga glória pelo que faz. Dessa forma, Deus escolheu a fé para receber o presente indizível de Sua graça, porque ela não pode tomar a si mesmo crédito qualquer, mas deve adorar ao Deus de graça que é quem dá todo o bem. A fé estabelece a coroa sobre a correta cabeça, e portanto o Senhor Jesus foi separado para pôr a coroa sobre a cabeça da fé, dizendo: "A tua fé te salvou; vai-te em paz".

Em seguida, Deus escolhe a fé como o canal de salvação por ser um método correto de vincular o homem a Deus. Quando o homem confia em Deus, há um ponto de união entre eles, e essa união garante a bênção. A fé nos salva por nos fazer apegar a Deus, e assim nos trazer à conexão com Ele.

Muitas vezes eu usei o seguinte exemplo, mas devo repeti-lo, por não poder pensar num melhor. Contei que, anos atrás, um barco navegava sobre as cataratas do Niágara, e dois homens estavam sendo arrastados corrente abaixo, quando pessoas na margem tentavam fazer uma corda fina flutuar ao lado deles, corda essa que foi jogada para ambos. Um deles segurou-a rapidamente, e foi conduzido com segurança à margem; mas o outro, vendo

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um grande tronco flutuar, imprudentemente soltou a corda e pegou no tronco, porque era o maior entre dois, e pelo visto seria melhor se agarrar a ele. Ai! Nisso o tronco com o homem foi por sobre o vasto abismo, porque não havia união entre o tronco e a margem. O tamanho do tronco não foi bom a quem nisso esperava; era preciso uma conexão com a margem para haver segurança.

Assim, quando um homem confia em suas obras, sacramentos, ou qualquer coisa do tipo, ele não será salvo, por não haver conexão entre elas e Cristo; mas a fé, embora possa parecer uma corda fina, está nas mãos do grande Deus no outro lado da margem: o poder infinito empurra a linha de conexão, e assim conduz o homem para longe da destruição. Bendita seja a fé, porque ela nos une a Deus!

A fé foi escolhida, ainda, porque ela toca as origens da ação. Até nas coisas comuns a fé de um certo modo descansa na raiz de tudo. Eu questiono se estaria errado dizer que jamais fazemos qualquer coisa exceto por meio de algum tipo de fé. Se eu atravessar meu estudo será porque creio que minhas pernas me carregaram. Um homem come porque crê na necessidade de comida; ele vai aos negócios por crer no valor do dinheiro; ele aceita um cheque por crer que o banco o honrará. Colombo descobriu a América porque creu haver outro continente além do oceano, e os Pioneiros o colonizaram porque creram que Deus seria com eles naquelas costas rochosas.

A maioria dos grandes feitos são nascidos de fé; para o bem ou para o mal, as obras da fé operam no homem no qual ela mora. A fé, em seu estado natural, é uma força toda predominante, que estabelece todo tipo de ações humanas.

Possivelmente aquele que ridiculariza a fé em Deus é o homem que de uma má maneira tem mais fé; de fato, ele normalmente debanda para uma credulidade que seria ridícula se não fosse vergonhosa. Deus dá a salvação pela fé porque por criar em nós a fé Ele toca a principal fonte verdadeira de nossas emoções e ações. Ele tem, por assim dizer, tomado posse da bateria, e agora pode enviar a santa corrente por toda parte de nossa natureza. Quando nós cremos em Cristo, e o coração tem herdado a posse de Deus, então nós somos salvos do pecado, e ele fica comovido em direção ao arrependimento, à santidade, ao zelo, à oração, à consagração, e a todas as coisas advindas da graça.

"Como o óleo é para as rodas, como os pesos são para um relógio, como as asas são para uma ave, como as velas são para um barco, assim é a fé para todas as funções e serviços santos." Tenha fé, e todas as outras graças se sucederão e continuarão a seguir seu próprio curso.

A fé, novamente, tem o poder de trabalhar por amor: ela influencia nosso afeto em direção a Deus, e conduz o coração pelas melhores coisas. Aquele que crê irá, além de tudo, amar a Deus. A fé é uma ação do entendimento, mas ela também procede do coração. "Com o coração o homem crê para a justiça"; daí Deus dá a salvação pela fé porque ela reside

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na casa do lado do afeto, e está perto do amor; e o amor é o pai (ou a mãe) e o enfermeiro de cada sentimento e ação santos.

Amar a Deus é obediência, amar a Deus é santidade. Amar a Deus e ao homem é estar ajustado à imagem de Cristo, e isso é a salvação.

Além do mais, a fé cria paz e alegria; aquele que a tem descansa, e está tranqüilo, contente e alegre, e isso é uma preparação para o céu. Deus dá todos os presentes celestiais pela fé e, por essa razão, dentre outras, que a fé trabalha em nós a vida e o espírito que devem ser eternamente manifestados num mundo superior e melhor. A fé nos reveste com armadura para esta vida, e nos instrui para o porvir.

Permite ao mesmo tempo que um homem viva e se porte sem medo; prepara ambos a ação e o sofrimento: daí o Senhor a escolhe como o mais conveniente meio para conduzir graça a nós, e de assim prender-nos para glória.

Certamente fé faz por nós aquilo que nada mais pode fazer: nos dá alegria e paz, e nos faz estabelecer o descanso.

Por que o homem tenta ganhar a salvação por outros meios? Um antigo pregador afirmou: "Um empregado tolo que é comissionado para abrir uma porta, põe nela seus ombros e a empurra com todas as suas forças, mas a porta não se abre, e ele não pode entrar, use ele a força que puder. Um outro vem com uma chave, facilmente destranca a porta, e entra perfeitamente.

Aquele que seria salvo pelas obras está empurrando o portão do céu sem resultado, mas a fé é a chave que abre o portão imediatamente". Leitor, você não usará essa chave? O Senhor manda que você creia em Seu precioso Filho, portanto você pode fazer assim, e assim fazendo você viverá. Não é esta a promessa do evangelho, "quem crer e for batizado será salvo"? (Marcos 16:16).

Qual pode ser a tua objeção para um caminho de salvação que conduz a si mesmo à piedade e à sabedoria de nosso Deus gracioso?

Fonte: www.spurgeon.org; tradução livre).

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XIV

PARTE FINAL

QUANDO DEUS É REFÚGIO, FORTALEZA E SOCORRO

O DEUS QUE É O NOSSO SOCORRO

A fé é um dom de Deus, mas ao chegar até nós entra em contacto com a nossa mente. Ou seja: em primeira instância é uma atividade especialmente da mente. É aí que tendemos a errar. Temos tanta preocupação em contrastar a fé com a razão que caímos em erro. Dizemos (corretamente) que ninguém jamais pode viver pela fé por meio do seu entendimento. E então afirmamos: "Logo, a fé nada tem a ver com a razão". Nesse ponto erramos porque há uma relação muito próxima entre a fé e a razão, ou seja, a fé leva aos sentimentos e os inclui, porém os sentimentos não vêm em primeiro lugar. Vou tentar ser mais prático para que não haja dúvidas.

Observe comigo este exemplo: “ De repente eu sou surpreendido em meio a um tiroteio e, como um bom crente, jogo-me ao chão e começo a

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orar a Deus para que me livre daqueles tiros. Ora, o que me fez ter fé para orar? Obviamente o fato de eu ter ficado indefeso no meio de um tiroteio. Então a razão (receber um tiro / elemento intelectual) acabou por estimular um sentimento (ser socorrido naquela situação/elemento emocional) que, por sua vez, gerou a fé (orar pelo socorro de Deus)”. Este exemplo é muito importante porque muitos problemas em nossa vida começam em nossa razão e geram os mais diversos tipos de sentimentos. É exatamente aqui que devemos usar a fé bíblica; a fé que confessa com a boca o que o coração crê, “independentemente da razão apresentada e dos sentimentos que tenhamos naquele momento”. Um exemplo que muito nos fortalece é o que aconteceu no Jardim do Getsêmani com o próprio Senhor Jesus (Lc 22: 39-46).

Ali, na solidão de Sua missão com o Pai, a razão de Jesus, enquanto homem, apontava para o Calvário e para a ingratidão da humanidade, como se a razão quisesse justificar que o Seu sacrifício seria em vão (para uma humanidade caída e ingrata).

O sentimento da Sua alma também foi expresso pelo suor em sangue o que poderia, em uma análise bem significativa, representar o que o apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, tão bem descreveu: “ De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz (Fp 2: 5-9)”. No final de Sua angústia, a fé viva que havia no coração do Senhor fez com que a razão e os sentimentos fossem dominados pela manifestação da vontade do Pai em Sua vida (“todavia não se faça a minha vontade, mas a tua / Lc 22:42”)!

CONCLUSÃO

Todas as vezes que você necessitar de um socorro da parte de Deus, entenda que já existirão 2 (dois) elementos que irão se opor ao uso da sua fé em Deus: 1º) O elemento intelectual: a razão / o que está acontecendo; 2º) O elemento emocional: o sentimento/ o que estou sentindo. Assim, para que eu, você ou qualquer outra pessoa receba o socorro da parte de Deus é necessário levar cativos tanto a razão quanto os sentimentos ao que afirma a Palavra de Deus e, então, na intimidade de sua oração, clamar pela manifestação da mão de Deus em sua vida (o socorro divino).

Esta foi a atitude dos heróis da fé, dos apóstolos na igreja primitiva e do próprio Senhor Jesus que, na solidão de Sua cruz, clamou: Está consumado!

Pela fé, confesse que a sua vitória já está consumada, em Cristo Jesus, Senhor e Salvador e receba o socorro bem presente na hora da sua angústia!

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