A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a...

27
-m . i;f-r ■£ l J A: } é 4 /l^€K, '^ . '• i-T;

Transcript of A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a...

Page 1: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

-m ..

i;f-r

■£l J ’A: }

é 4 / l ^ € K ,

'^ . '• i-T;

Page 2: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

\

-V /•

/■-■ ^ .

' ■

* í/ •.. ^ ' fí 4

/< V-j/r ■ ■

':V\^ :.'‘i ' t‘

.‘T

Page 3: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

S E R M A M^ e p r e g O M Ó P .

Fr. F R A N C I S C O D A C O N C E I C á M , Leicor jubilado, & Cuftodiocla S. Prouincia da TerceiraOrdédo Seraphico P S Franciíco/no Co- uenro de N. Senhoia de ieíus dos Cardacs, na fe- fla da milagioía Imagem de Chiifto ciucificado , que efta naquclie Gonuento , no 5. Domingo de Secembro de 1^7 4. annos pella maniiiá.

E S T A N T I O T A T E N T E

o SS SACRAMENTO.Ojferecido a venerattelConfraria do mefmojefus cr.ucifl^ado^&

dadoaimprejfaoporMa?mldeS. Tajo da Sjlua Efiriuao da dita Confraria,

L I S B O A .

N a Officina d e J o A M D a C o s t a .

M- U C . L X X V .

Com todoi as licen^as neceffarlas.

Page 4: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

'1» ^

î- J ..»h.

Mf ’ ---vr

•st

■a

W,l\ N 0 :.V ‘-Î;;* J

; i-A p 'l 1 T) / i n 0 -'■ i / 1 : Ì K \ f .

a o t p n i i ' i * '\ .c - -■ :î. '■ Í '; : i ; ; ,:

■»¿OcuTO. . ij !. . o). Ï*¿i £n ,. ••; yj s^b'W v'lri'.c.!*" o'*ri.v

> o ‘ .¿r:»iif'-j/-íí d ííu r t^ -yu -.i';■■'> *u y:-■: A>\

"b rj;n ifn '''- -( c-’ i-i- * ' 1, -ji'p.-:■ cn:i.{u Q

,- ,r - ' .-jr A- i ' t» O n

“ Í . >•- .i i . .': - '-•- ■ ■* •' ■• »■

: \ i"\V.3. v - - * r - 0-; .;\! . -.,.•"i-^\ .’. -i •■'V.-V

•,'4rÀ" vJ tv .V', •■.> 'V

' ■ . - *». ' ; A

? /

fi

Page 5: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

D E D I C A T O R I AOfFerecida à venerauel Confraria do

mefmolefus Crucificado.

E era aceftado , deuo tos Se- nhoreSj& veneraueis Irmaos queferecolhejfe eflepapel, por

ferefcrito porminha mao, nam he raXao que fe dobre pella materia tam ftngular de que trata, isfa m ina, inda que baja terra , defcobrefe nella outo fino. E(?e Sermacoferego a tam deuo tas pejfoas, defejando que fe diuulgue , para que confieatodoso ^ande cuidado com que nefie Conuento Je affiile a -efia fabada. Jmagem, ¿ r porque S- Mageflade diui- na jeja de todos veneradaperm ita ella,

A ij nos

Page 6: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

Wtííquéafef'mmff' augmento das vim^ des^&c. lefus & de S2t:6mbro dexßfeh

Orador de V V .

F r . F r a n c i í c o d a C o n c c i ç â o r

•- s ' . - ,• • ■ • ' ' ■ ••• •- ■ ^

íí- f’. ' \n t ‘ : /

> ‘ - : -Á rs': .i

rr v\ fA \w

■■■ 5'V«' V ú ; . ' ' ^V.i=; •. • 5>

: ' -, :.-'!v:r ^ ' V ' - .V ■ > ' ‘ - '-'y-'I H. • V .

Í.\:, vA ' • : • ■ -, 5 V s ' ; : ;3

Page 7: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

AAAAAAAAAAAAAAA*\AAA/.AAAAAA AAA/.A

E g o c u m e x a lt a t u s f u e r o a t e r r a o m n ia G ra h a m

a d m e ip p ^ m , l o a n . i z .

E o Sol nao padecera os edypfèsj nao brilbàra glorioiàiTienteeom-ieus ¡rayos. ¡Eterno ,8c ar­mante Senhor. Nào:brilhàra o Sol glorioià- menre'Go ièusrary^s.) de naopadecera os e d y - pfes i i&'fénaTnanliaàtÌè liienáo-oppuzpráo íbmbrasjnáo veftira notrfey.odia caritas luzes.

N áoha deígraga fem dita, nem perigofcm appíaufo ;p rim ei- ro fe peleja na-campanha, que fe cante a gala da victoria ; pri- ■meirofe íb freo naafr-agiojquefc.logre o porto com d<ífcango, Ahum aditagloFíoía, íem prc ihe.precedeo-huma ancia. A Lúa para crecery ha de mingoar ,■ ¿ o Soí para- apparCcer no Oriente, hade fenecer no Óccafo.

Seacjuelle S old iu inonáo fora m orto a poder de duras penas naquella CruZy nao catiuara as-vontades de tantos San- tosy& Santos que por íéu^am oqpcrderáoavidaglorioíam en-

‘tej^nemforáoGOñriecidaS'asiQurflasídcPortugaípellas prayas do Oriente com-tao felices fueceílbsdenoílás amiadas 5- & re­putando do valor Portngtiez, nem le proílrarSo z feus pés ta­tos MonarthasdaGentilidade^ofFerecendGlhe humildes feuS- fean.caf. fcetroSj'& coroas. Se-aquelleíbberano.griode tíigo náofora nioTtifÍGádo, eomoTirzira naquelle T.rono gíorÍ6ro,r‘:Se a Ima- ^ g t m déChriítoIefu$-cruGÍíictad©ííao.expénmeniárao naufra­gio juntoas prayas de Falmida,,-raríáópaíl'eáfa aquclles pro- «nonCoriosjCGmo' fora adorada .ern 'K o iìà Senhora de

.A iij Iefu&

Page 8: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

lefus com tantas honras P fe nao fora acender o fogo de feu a# m or naquelles caruoens, como fora iá conhecida P

D eu à vela efte Senhor pregado nefla Cruz,íae dcfte por­to de Lisboa, arraueíla os mares, íaudoíb de ver aquellas oiie- Jhasjquenáo conheciáoP aílor; dà viílad a terra, Se permitte que dé a fuá embarcagáo à coila. Sem duuida deuia de querer trazer para efte R eyn o , com o bom Paílor,todas aquellas oue- Jhas as coilas ; fe nao foíle querer tomar pofle daquella terra, & demarcalla pellos Portuguezes 5 para que en finándonos a altura, nos obngaíle a frequentar aquelles portos, pararefga- tarmos almascatiuas ñas cadeasdos abominaueis ritos da ce- ga Gentilídadc. Q uand o náofoíle trazernos nouas que nos nao can^aííemos com prolixas nauegagoens,intentos facéis da cobija humana,porque por todas aquellas prayas hauia luzen- tes veos de ouro fino, com que podiamos fartar noíia cobija, & e íle n d e ra n o ílá C o ro a . T u d o ifto p o d erla íer. Masconio hauia o Senhor ficar conhecido daquelles Barbaros, fe náofo- ra pregado neíía C ru z a dar lá principio a fuas marauühas?

V oltou para efta C idade,& C o n u éto , em companhiados dous R eligioíos que a leuauáo, efià fagrada Imagem crucifica­da, & alli eíla obrando aquellos prodigios que vedes. Náone- eefllta o cafo de mais rela^oens, que cada hum he huma lingoa que falla, & huma v o z que grita ; poréni inda aíTim, náo pode deixar de fallar o Canal de Flandes, onde ló o azeire daquella alampada enfreou as alteradas ondas daquella fcra garganta, & fe z brandos com o cera os penhafcos mais duros daquelles arrifcados promontorios. N áop ód em deixar de fallar tátos doentes, tantos enfermos, & tantos achacofos aliuiados.

T o rn ou efte Senhor da fuá viagem d ig o , que le as fauda- desoleuaráo, as faudades o trouxeráo. ,Sem duuida foráo Ciu­dades deftaHiaamada vinhade Portugal, pois elleaeoine^ou a plantar nos campos d eO u riq u e , entregando por entaiTi a guarda della ao^mais d ito fo , & b em afortunado AíFonfo. Se­ria tambem o tornar a L isb oa, para voltar com nofco a aifi n arnosocam inhonotem po em que fuá diuina prouidencía

queita

Page 9: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

q u e i r a , que as Q uinas de Portugal fubáoásT orres de A rg e l ,

& noíTasbandeirascremolem por todas as prayas, & campos Africanos. A llí efta aquella foberana Imagem hoje venerada^6cailiftidadofeuSacramento. Notauelconueniencia te m o Sacramento co m C h riílo crucificado ! mas como nao ha de fer aíÍlm, fe do lado de C hrifto crucificado fairáo os Sacrame- tos? Eftasfaó ascircunftancias defta grandiofa Fefta. N a o hei de largar nenhumadellas , feguindofem pre o N orte do texto com que comecei.

i^ u e Maria.

E' Gojiexaltattisfuero^&c. FacilheaintelU genciadotex- ¿ to. Q u i z dizer o Senhor, que quando eftiuclìè na C ru z

pregado, hauia de fer Senhor das vontades dos homens. Efta heaglofadosPadreSjCfpecialm entedeS. LeáoPapa. V eja- $ lea m osag!ofadem euM eftreL ira,que heefpecial ; E x amore^frw. h. enimojienfo in Cruceadgenushiimanutn habet vim atra^tua omnium menti-um ■ & logo mais abaixo, íeguindo a explica- ^áo do Euangel ifta diz : Ifta funt verba Euangelifta interpre- , . tantií -, quod C h riñ u s intelligeretper illam exaltationem Juam crucifixíor/em.Ora vejamos com o eílá C hrifto na C ru z, & lo­go veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades.Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá ras­gado com huma lan^á cruel, os bracos eftendidos na Cruz,du^ ro leito para tantas ancias. A cabera inclinada fobre o p e ito , porque aflim nosdizia, qu€por aquella porta que tmha aber­ra no lado entraílemos cm feu coragáo todos. A cabera coroa- da com huma C orea de penetrátes juncos, & no alto da C ru z iium titu loq u coacclam auaR ey: Nafarenits R ex J u - dícorum.

Pois agora que ella coroado de efpinhosjmorto na C ru z , opeito raígadoypés pregadoscom humt ferro penetrante»a- gora diz que ha de leuar a fi os homens i Circunfl-ancias lam eftas em que parece que os homés hauiáo de fogir delle.Scnáa vejamos. O s pés pregados ? O s homés nao querem R e y fcm

pés.

Page 10: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

pés. AsmaG>s;prezíis?’ Q slio m en sñaó cfuèreR ey lemmáosiO lado aberro ? O sh o m e n sm o qucrem que o feu moftre a

' tod<^ o peito. A cabera cheya de efpinbos ? O s hc^mens náo querem no íea R e y fcnáobrandiuas. Agora logo parece que eftaua mais para fugirem d d lè , do qiae parafe chegarem a el]e,

N á o lie aíTiim j aínda queaíTi parega, aates iagora eíla mais parabufcado. E porque ? Vam os vendo todas as rezocns, porque C lir iílo eílá na C n iz 5 na C ru z he R e y , ahi trata de n os,& náo trata de fi 5 pois ahi eilà mai¿'parabufcadO)& ahi eftà mais para querido R ey. O R e y fó fe faz querido quando trata da conueniencia do vafiallo, iSc o Prelado entáo fe faz bé q uiílo quando trata do remedio do fubdiro. 'Vejamos eíh verdade no Sacrameníx). Porque fe deíxa o Sí^nhor facramé- tado em pao Porque l i aquellc homem de Ifaias a quem biif* cauáo para R eyjd iííe que náo era para R e y , porque náo tiníig

Jfatas 13. Indomomeanon eHpanü-inolite me conftituere Trinci- 7* pempopidi. M uito bem ; pois deixenos C hrifto páo j porque

náo digamos nunca : náo eíla R e y para amado, pois que nam tem páo, antes porqué fe nos dá em páo, he muit» para ama­d o, que fo he para am ado, R e y que fedeixa comer em páo. C re y ó que fó he para amado R e y , o q u e trata do vaíBllo, l’ó he bem quiílo. Prelado que trata do fubdíto,

Foráoas aruoresaoíFereceraoliueira feu florido gouer- no, he celebre parabola do liuro dos lu ize s no cap. lmfer& nebis. N á o o quiz a oliueira aceitar. N a fegunda inííancia'fo- ráo à figueira, em terceira á vide, & nem a v id e , nem a figuei-. ra aceitaráo o principado. Grande repreheníáó nos dáoos troncos ,í pois a tee que fó os troncos fe julgáo no mundo capa- ■zes.do gouerno. D e defefperadas as aruores { deuia de fer) fc foráo ofFerecendo ao efpinheiro. Algumas eie jgoen síétem p o r neceílidade. Mas logo parecía de deíefperadas eíla elei- ^áo. Em fim o efpinheiro ficou obedecido de todas asaruo- res.

A g o r duuido, & com as aruores he que fallo. Vínde ca cegasaruorcsj a hum efpinheiro efcolheis para revnar ?

vos

Page 11: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

yQ S:inpM aricoi^;í^i$:eípm l5p^. í^ ía ftFá aíum- Oíhem.Quando as ariíQre^ çhegarâp aiq) €fpin]?eiro>ttâo recufôis o go- yerçoj antç? refpondço coîî? Kiy fterÎQ • ver è me Regem con- ñítmtisrequkfiípefHb^mkram^a,. «i¿- s>.iiIufom braparavoiÎQ ii^^pços^ali^ io, Pgtii&lîem, eil<5h e ^ -i5* paraam3doÎley;,qiiej::^^^ççderç^aç9 ^P.y'^®lQsçftelicp&- - ra Prelado, que quer d e fa n ç o para q lùbdi co-

Se as aruorç^ îiâp virâo a l3oa repofta ds farça > fâl v e z a3]âo çei^tarâo j q^ecorno virâo. a reppíla^.cí^ oviíifaS'a,ítt®rev logo Iheaceitaráo a renuncia. A oJiueiradi^ , q ik nâc) hauia de dar a ninguein do íéy azeite, a jfígiieiraj qg'e fô ?/áó ík ís os feus doces frutos, & a y i d e , que a nwgucm havúadicdardo- feu ajegre licor : ^onpojfum defererepiii¡giix4 inem dulce’- dinemme^mi^inummeum- P o is .gniàiai, que nap.ÍQÍs’$)ara a gouernoj que para q gouerno fó he hú Prinííepe q ue £az inom­bra a feus vaíiIüloS)& nao os aíloniVaípara Pndado foh e Pre­lado o que trata do aliuio do fubditp. Pois a farça ofo'-cc« ali- ujoj & deicanço. O h copiofergfinado.! oli como furà q u eri-, do Princepe I .

DoSoIjM onarchadasU ìZììs,felì;ade tornar adoiixrina., que para os hom ejiscriaoov.ro, ^ p a ra fi toraaas.neuoaá, & vapores j & fe ás vezes.os defpcdp d c íi dciabrído ? he porque atreuidos Ihe fa^cin Qpppfiçâp,a,;fei:ìs. refpi^odores. ÆUaJio^;;^^^; diz de cert^ A ue, que tanto qiíROí.SJJioSiVíem a lu z , fe 'defpe dapeñ^paralhe fazer carna brandy. N áo fei como nao he efta^ Rainha das Ajues í ISsoheaffim-O.gaitüáo , diz Santo 5, A m broíiq in Exam eron cap. f . O gauiáo tantoque os fílhos fe váo yeñindo da pena,ti,ra4h^coR)>ís róda a pcna,para que nao poílaó yoar. Oh^uanto^ gaujaens vejo no mundo !N ao he efta para Rainh^,4^saues , qu.e os Pn/accpes. he bem q u e íé d ifp á o a ll, para yeftircn^ o,v;aííá|l4, que entáp feráo mais queridos, & amadp^ Princ^pSíi-.. ¥<?}iííiíQS5gora cfta ver- dade no cafo prelence. - , , . .■ Aporro\i CJiriap lefus c ru c ife ro ; praiyas de Palmi- de, & logo PjÇilviojpi-i^iÎradoÿ &. S.tctros. .M as.

B cüuio

Page 12: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

l ocom o nao havu’a de fer aífim , íe hiápregado na C ru z ? ‘ Di-' ziaólheaos Barbaro», que aquella Imagem crucificada , era a Im agem do R e y do C e o , &c da terra. 'V M o fobre a C ru z o ti­tulo de R e y . pois R e y em C ru z pellos vafíalíos ? R e y na C ru z tratando de íeurem edio? R endaóíe Scetros, ^ Co­reas, catiuemfe vontades, traga, traga a ñ homens, que catiua' anuitoshomeus hum Princepeque fó trata do feu remedio, obriga m uito bum Prelado, que íe defuella no remedio do fcu fubdito, com o o Senhor na C ru z ; Ego f i exaltatm fuero a ter ra omnia traham ad me ipfum.

N a C ru z eftú C h rifto morto, & he a fegimda círcunftatr* €Ía que hauemos de confiderar. C o m razáo diz pois que pre­de noíTas vontades na C ru z, porque nao ha coufa que mais in- cline para C h rifto hum affetto, do qtie ver a C h rifto na Cruz m o rto ; maisroubanofìbsaifedtos m orto , doqueviuo'; No C c o erao oppofitores a certas coroas hum le a o . Se hum cor- deiro - Se pofto que o cordeiro, & o leao era o mefmo Chriito reprefentadoem diucriàsfiguras, com tudonào vemos leuar as ccroas o leao, fenao o cordciro ; M itehat coronas fuas ante

tee, & a- Jhronum Tieh & Agni. Pois como ai1ìm ì Porque náo- Feiia ¿¿¿^^*’ ^o^®^ ’'o ^ '^^ '’d oferep rcfen talcào , & porque Ihas

ferm .i.& oftcrccem quando ic rcprefcnta cordciro ? Porque quando fé reprefeim ua leào,eftaua viu o,m asqu an d ocord efro , eftaiia m orto: T^amquamoceijúm :po-isìcu-:t as coroas quandofere- preít'ntam orto,quem áisprende nofì'asVontades m ortóid a ’ que viuo, nao aftèi^oa tanto qiiandaviiro, corno quando'cM morto. .. . ■ •

JVIandou MoMès explorar ì terra da promiÌIao ftias gen­tes, &c frutos, & lofue, & C alab para alfticoarérri os fiihosde Ifraclarerra prometida, cortaráo-huma vide coni bum fermo-

JViitrer. fo cacho, atraueíTandoo em hu m pao largO^o moftráráo a todo 13.». i8. o pouo, d izc n ^ :y e n im is adjerram a-Sfuam mi£ì0 t nos^qua'

tenera fìuit latte-¡ ò ' mellej v t e x hps frutíiéu^ scgnofci pefefl. G rande terra porcercòheaqU e deixamosdeiciiberta! Vedeo na grandeza defte fruto. Pois para aiFci^oarem ao pouo ba­

ila*

Page 13: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

t iiiaiiamoiìrafemlliehum cacho de vuas atrauefìado em hum TorcuUr. p a o ?Sim^ que era figura d e .eh rifto , efpnm ido no lagar da Cruz. C h riílo na C ru z he C h riílo morco ; pois bem* fázein GS exploradores, que náo ha coufa que mais leue os oUios < os' ^ homens, do que C hrifto m orto na Cruz^mais aíFeigoa morto, doqueviuo.

Clara efi:á eíla verdade no Sacramento. C hriílonaquel- le Sacramento eílá realmente como eftá no C e o 5 m ascó efta difFerenga, que no C e o eftá viuojSc no Sacramento,pofto que realmente eílcja viuo, eftá com repreíbntacáo de m orco, por­que repreíenta alli íua paixáo : Hiecc[uotÍ€fcumcfíiefeceritisyin mei memoriamfacietu\ pois náo eftiuera naquella H oftia com j j ¿4 areprefentagáodeviuo, feeftáviu o narealídade , com o no ^ alibu C eo Ì O ra olhem, C hrifto quiz affeigoar noíias vontades c5 aquellefoberano Sacramento, que he bocado diuino i & ou- ue C hrifto quem áis nos affeigoaria morto, do que viuo, por­que náo afFei^oa tanto quando viuo, do quequando eftá mor­to , quando eftá m orto rouba mais noflbsaftèdos na C r u z ;Eg o cum exaltatusfuero à terra & c .

E ftá na C ru z com os bracos abertos,pois como náo ha de ieuara fi efte R e y , & Senhor a rodo o mundo? mais prende a beneuolencia, que o rigor,mais a brandura, que o poder. A brandurahe a regalia dos Princepes, & o feiti^o dos Prelados:F e z C hrifto hú exame e m S . Pedro, antes que o fizefiePrin- cepe, & Prelado. E que exame foi efte ? foi exame do amor. Oamorhamiftermuitose;cames:¿z;»í2J«i¡^? A yS en h or , 5c _ que quer dizer ifto ? náo fora melhor exame de fciencia ? O Prelado deueíeríabio^ mas jaque náo foi de fciencia , nam fora de valor? na Igreja.de D éos n áo fe leu áo os lugares por valentia. O ra íe jaexam in ad o S .P cd ro d eam o r,q u co am o r, a brandura, & a beneuolencia, he o feiti^o dos P relados, 6c a regalia dos Princepes.

C om branduras, & cortezia folicítaua Abfalam os cora- -^ens de Ifrael,com que todo Ifrael tombu a v o z de Abfalam: « Totocorde 'vniuerjus ífraeljíquitur Abfalon ,p orq u ecom o a

B ij cor.- & n -6 '!

Page 14: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

covKpiihxk>izœco^ viTffrüm,podiâüdeixarctefèvenderoscoraçoeaisa tào branda coqui. A i. A a tó h a meilr^ í-úotem aguilháo com .que bftime-j fen- d o que as ontras ahclhas tcm agiiiihâo, P oiico imporra que fofrâo os Fn^Kepes, S :os Prelados o^eftimulo de humaabelha quem oleila poiico, m aso golpe de hum Prelado afiîige mui­to. O jugoquancahecaatsftiauc,entàoh€ midhorjuCTO'7í¿-

MAihAogummeiimfuaueeíí. A b u le n le ,& S . leronimc^ affírmáo que

^uÎbtii a d p c ic O jd e ^

Í-.11 Letti' P fàlm a 103. fendo que as outrass.j&ron. ^^Gscaçaocomas vnhaSjeaïno 'caraçâo hs que fexaga me-

_ g / i / m e t e n d o a todos no eoraf ao.Certo- que muitas vezes teniioreparadortaquelleleâo que

Sanfam matou. Matou'oIeàa>&.pafïàndi>rdahia aigims dias poi onde dcixara o lcao mortOjachouiquctiKiÆïxhum iàuo dc

Jndicîii^ m ein ab jca. CertoquefceraparaSæofamiiraararafomCyque».7. melhor fora hum pao. Mas fauodemel^ para que ? Ora olhé.

O Icâo he R.ey das feras> tcm na; cabera- coroa de R ey, Afii pois tcnha na boca me]. OsPnncepes^ & 0« Frfekdos iejara embora leoens no valor masdafua bocahadefair iempre mel de brandara, porque fempredeuem. fer fuaticsconio mel. Omelheiimboîadabrandura,comocon{ïa dosCaaiikosdc

C(ty¡úc\ 4 Salamáo: Fauus. dijlilm s labiatuay lac ¿y rnelftih lingua tua.- Fois-iiáo lìajaieiBprevnhasj.nemhaja Tempregairrasi, porque

coni o mel da fuaiiidade fe cacao m eìhor coraçoens..C o m orit^ rnaoiègrangea nada, antes tè perde muito.

S.. Ped ro ao H orra puxou da e^ada, Se C h r iit o , bem noflo ,

n.<L pQÌsSeiahor, & vosi na Ceanáü pFOeiiraííes'porefpa<Ias? ex aqui huma eipada valente. Co4¥i.o logo a liiaiìd-MS meternabainha í Orabem>dizo ScahorJiajaelpa- da, mas náo andéis com. a efpada na mao , que fois Príncepe, ^Prelado.. Tendevalòrrepreiènradona'efpada , masnam

golpe deeiç^da deiènibainfaadâî.que fe chaitiaraa iflô ty- rannid 1 Sabeiiios que quancos; milhares, de aJmaslairàodo

Egypto,

Page 15: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

Egypto, Tómente lofue, ê< Calab eittrarao na terra da promif- Îâo. E pois M oiíesporquenáo a logra? fó a vio de longe. O s bensapetecidosdefuellâO} ÔclogradosenFadâo. Q u m cis ve- zeslliecham oafeuferao. P o is fe e ra ie ra o d e D -o s , porque náoentranacerradaprom iííaó como lofue ? ScCalab ? porq nodeièrtoIhem aiidou que faliaiTeâ pedra:Loqm m m i adpe- Namtr'. ir^;^5&elleaçoutou^aduasvezescom avara ; Tercujjit vir^ ^o-«* S» ga bisfilfcem. Pois nào logre a terra da prom iiîao, que he bê

j que a perca quem quer que a pedra dê à força agoa. f S. Pedro andaua huma hora peic^nda com fuas redes, &

foi tam efcaça a fua fortuna, que nenhu m peix’e to mou. T u d o tem ilïa hora, & tudo quer ventura. C h ^ a o Senhor, & d iz- Ihe,lançaieiïà.redeparaam à0direita,ob'edeceoPedm ,& foi a-i.

■ grandeaquanttdadede-peixesquepefcouna rede. P o is q u e ”** ’ ïïïyfterk)pàdehaiier em tom ar mùfto p é ite lançando a rede para a m aadiréira ? C erto quecem'grandè m yiïcrio. A mao direita he a m aoda mifericardia, & da piedade, a efqucrda he mao da juftiça; L^em e jm fié capite meo->& dexterailUus am- ^

^■ lexabiturme. Pois Pedro, d iz o S en h o r, fe quereis pefcar ' muitos pcàkes nævoffc rcde, haueis- de peicar para a mao di-

reita', que hea mao dapiedade, & naopara aefqucrda,-que he adajuitiça. Q uem quizereaçarvontades,com a brandurahe q ue^ Iiade caçar, porque com o rigor he certo que haó de fu -’

í gir da rede:! D ousPrincepesteueR om æ , d iz Plufa:rcho5 queforaô

dous extreuHïs, lu iio C eiàr extrem ad e brand'ura, & N ero ex-■ trem odecrueldade.. CefàriefaziaanTadopor co rtez,\ aborrceidoporarpero: Oderint d im ntefuant y dizia N era. . ; .^^Nonmetnam'jdfîmdHîgant,i^7À'3.C(^3rè. N a ô fe fa z hùPrtrt-

tepe, & hiim Prelado fenr q in f c por fétrerp: C hfiÏÏo ' P e f e , nofl<>Rederaptor,eitafïdo na C ru z, dbakou arcabeça'pata peito*: Inclinato capite. D izcm aîgims^qcre for qiter¿rdfefuia.f /oannAg.

Í'* â«cipmhas;-dks-Ictrasv N eiîetem p o dsignbrantí^ Círaó'as'Pe- ».3 o.

t ^ ’lai^das.- Ora'quererft-.iabei' porque C lto fto ' abàŸîCOTi a cabcgapara o p eito?eu o digo. Chrifto. no altO'dâ-CriTZ rt-

Page 16: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

/ÍI4W. i 9* nha o titulo de R e y : Jefus Nafarenus R e x Judaorum. Se fe encoílauafobre a C ru z, como a cabera eílaua coroadadeef- pinhos,hauia de ajuncar os erpinhos com o titulo de Rey.Pois naÓ, d iz o Sen hor. R e y com efpinhoS) ou com afperezas, naó d iz bem, apartemos os efpinhosdo titulode Reyjquemeíhct dizem nos R e y s & Prelados branduras, & fuauidades.

O diuinillim o Sacramento todo hefuauidade : Tanemit Tfai., y 7, Cíeloprajiiítft le is habenteminfe orrmem faporem fumútatu\ ía24.<?' Pois nao hauia de fer alhm ? fe aUiefìà C hrifto R e y , como

n aó h au iad eeftara lh to d aa fuauidadcjpara com fuauidade nos leuar aquella mela fuaue Ì O h R egalia de tam grande Princepcj de tam fupremo R e y ! C o m os bragos abertos buí- caftes Senhor aquellas almas , que fepulcadas nastreuasda ignorancia, viuiaó de feu R e y ignorantes. M as com o vosvi- rao coroado> na C ru z , m orto, com os bragos abertos j pedin- dolhe abramos, logo íe confeílaraó voflbs vaíl'allos humildes. O h foberanos eíFeitosde huma beneuolencia na C ru z ! líio he faber prendar vontades, ifto he faber leuar a fi os Lomens; Ego cum exaltatus y <¿rc.

Achoufe o Senhor lefus por aquellas prayas coroadode efpinhos, pregado na C ru z, m orto, & com o peito aborto. Olí grandes circunftancias para fer adorado,& querido / Princepe com ocora^ áo aberto , Princepe.m oftrandoa todos o cora- ^áo i &: como náo hauia de catiuar as vontades daquelles ido-

Júan. 10, Jotras? N á o h a co u fa q u em a isca tiu eo v a íra llo jd o q u e mo- ftrarlhe o Princepe o feu peito. N á o fe períuadia S. Thonifi a que o Senhor hauia refucirado g lo rio ló , com o o contcfc' iiáoosoutros Difcipulos, volta o Senhor, acha a T h o m e com elles, & dizlhe : Bafta que náo queres crer que eu fou refuci* tado ? O ra mece a máo nefte lado. E que íüccedeo ? mas qiis hauia de fucceder ? Senhor, d iz S. T h o m e , náo he neceíTano mais, moftraifme voflb peito, já vos conhe^o, já vos confcíió, já e fto u rendido, pois me moítraftes o coragáo. M as como le náo hauia de render T h o m e a quem Ihe moftrou o coradlo táo lealmente ?

í áo

Page 17: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

N áo ha confa que mais obrigue, d o que moftrar hum ho-jncma outro hzaniente o feu coraçâo. Aquelles Séraphins e:delfaiasqueaÜlftíáoa D eosjuntodoT ronojC obriàoo rofto, Scdefcobv'ùoo c o i ^ S i q z o v e l a b a n t . E p o is defabro- char o peito diante da M ageftade diuina, náo he acçao mut*- |bana? parece qviefmi. O ra digo que aqui náo. A rezáo he [claraj porque eftes Séraphins queriáoobrigar a D cos aman- [tes corno SeraphinS) Separa oobrigarem jacharào que náo ha- miamelhor modO) q u eco b rirem oro ilo , & moftrarcmlhe o ipeico. N a o ha coufa que mais obrigue, quem oftrar lizamen-

fte o coraçâo j Se fe ifto náo obriga, náo fei que mais pòde obri- '■ar. S óS .IoáoE uan geliftaaífiftio a C hrifto até a morte. .

; Ipois S. Pedro porquclhenao aiTifte ? porque fe C h rifto d e u ” * ®' ^ P ed roaefp ofa,aoE u an geh ftaxn tregou lh e o coraçâo: Su- ^frapeElus. inciena recubuit, & o S. Euangeliftaentendeo que

cria a'ieiuozia darlhe C hrifto o peitOj & ìaltarlhc com a aftì- knciajporquefe via obrigadoj porque Chrifto Ihc moftràra odo o feu peito.

i; Alguns homens ha que vos moftráo o coraçâo, & outras■ kn oftraóuosfóacara^ & asvezesvos fazem huma cara bem

Iná. Outros moftrao-voshuma cara com que vos roubáo o í fcoraçâo.Outros eftaó-vosencobrindoó coraçâo, nioftrando- í ^osboacara,falláo liuma coufa com voíco , &: íicalhe outra \- ¡toufa no peito. Eftes merecem caftigados os coracoens. O

ìaftìgoqueD eosd euàferpente no Paraifo, foi que andaiïèi íbbre o peito : Shprape6íus tuumgradierü. O ra ahi ha tal mo- ». & í, ,: dodecaftigo? m o rraaferp en telo go ,jáq u efezq u e morrefte ’ A dam , mas andar com o peito arraftado ? Pois náo coníide-

ÿâoqueaferpenteeftaua fallando huma couíacom Eua, & ti- lìhalà oiTtracouíano coraçaô ? pois caftigueíe o coraçâo da

||rrpente, pois falla huma coufa. Se Ihe fica outra coufa no co - façâo.' EftauaPedro Santo nocarccre, vai tírallo da prizá» hum

' A njo. Sedeulhe no coraçâohunia pancada .* ^ercìifjo ¿ateren.y. Vetri. A qui reparo logo. E fte A n jo náo queria acordar o

Santo i

Page 18: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

Santo ? Coiî-pois porque nao lh ep^ apo;:h iïm brago ? para qu clh ed àn ocoraçaô aqucUe golpe O ra fofreime cilare, pcita. O A p oilo lp tinha cm cafa do Pontífice negado a feu

toio cap. M eftrc, quero que náo fofiè de cofaçi^ , o A n jo cbegüuíe a elle, lem broulhç3negaçap,& deuilie.i)ocor^a6aquclle gol­pe, com o dizendo : O b Pedro çfte vo^ocoragaó ha, miílerca- ffigado, porquedificile?hum açouj(à pella boca, & í5cou-vüs outra conia no coraçao.

Cerrem os cûe dilcuríb raílejando pello Sacramepto.Mor- loan Chrifto bem noiTo, abrixaólhe o peiro, & do pcito fahio

& ' ^ Tangue ; E xm itfanguis, i¿r aqua. È para que ? ou por 34. ' q u e fd e p p isd e ra o rto jo p e ito fe r id o ? N otem bcm o que

digo. C h rifto tin h a d ito : Confim atum eñ áobradaRedem p^arji- A f ì jerajqueoSenhorjânaaceitaçao tinhao m erecim entodaquellalançada, mas o coraçaô tinha ainda là aquelleiàngue, pois chegue a lança, rafgue o peito, para que nao íe diga que o Senhor d iz huma coula pella boca, & que ihe iîca no coraçaô outra couia. P or iilb o Senhor lefus leua os coraçoens de todos, porque na C ru z moftra a todos o cor?ii<pó'.Ego cumexaltatus^é^'c.

O queenaconfellioaosP ortuguezes, he que íe difponhaó afazer guerra a efta maldita íeit-a dos Agarcnos, queoponhaó a C ru z as meyas Lúas ; & que cratem de conquiftar a cerra que. I}e fuá. M asaduirtolhe queleuem configqefte Senhor crud- ficaíjo, para terem mais cerras as vi£torias , & as conquilhs- M u ito aíJegura huma conquifta huma ImagCm crucificada., Q uantas vezes venceraó os Catholicos mais à vifta com Cru- ciíixosj q u e cp ^ numeroibs exercitos¡? Fora nunca acabai,

Exoàû 17 íl^^crerreferireftescalos. Celelpa^ce-xcadpExodonpcap.i/r f!, n. Pelejaua lo fu e contra os Amaleci¡tas, <;ip quanto M oífcs nao

leuantaua os br^gos, vencia Am alee, com o fe punha (?m for* ma de crucificado jfrium phaua Íí'rael. O ra ahi ha caiò.mai^

rA ^ J t J*—_ _ í\ _ ' / Í l / I A « # * / ’ t _ — /•

em C ru z ? Sim jporque entaóeftau^eom o crvicifiçadpï&al eancar victorias, nao ha arma mais p od ero^ que h¿ a Imagécrucificada. Ora

Page 19: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

Ora acabemos o Sermao. N a o me admiro de ver naquella pai'ede tantos milagres, 8c tantos enfermos faós, & tantos ne- ceíÍÍtados com remedio. N a o me admiro digo, porque rccor- reraoao Senhor naquella C ru z. Pois com o nao hauiaó dea- ¿xodoiu cbar remedio ? N a íerpente de metal acharao aliuio os-Ifrae- litas, porque era figura de C h riíto crncjfícado , 6c vai muico da figura ao figurado. Efficaz remedio he C h riílo na C ru z. N aC ru zfarou achaga geral da culpa,naCruz deu vifta ao cc-

i gp , na C ru z aíÍegiira avida, na C ru z difpenía a gloria. Cairn *5'I para que ninguem o mataííe, trazia fobre feus hombros o final ^ •

d a C ru z :c o m o ía n g u e d e C h r ifto n a C ru z ouue v iftaL o n - guinhos, que Ihe deu a lançada j he opiniaó de Santo Ifidoro Árcebifpo de Seuilha. lun to de C h riiïo na C ru z alcançou hú ParaifoDimas. O ían gu e do C ord eíro ofí^recido em holo- cauílo, he efficaz para tüdo, que fe naa fora prefente a Abra­ham ocordciro, fem duuidarora Ifaac íacrificado.

M euD eoSj de Portugal faiftesí & depois de nauegar os mafesjtôrnaiïes para Portugal. Grande amor tendes a Portu­galm eu Déos/ M asco m a naó ha de íeraííím íe quizeftes queandaííem vnidasvoííaschagas com as efpheras.? Grande felicidade de Portugal ! Ponde Senhor os olhos nefte voííó R eyno, nao vos eiqueçais d o , refpiciam , ér videbo, do Cam - podeO ürique, Vcd'eSenhorque’foi&neftaCara feruido de voííósfíllioscom eftas mageftades, com eftas pontuais aífi- fíencias; V cn h a Senhor vOÍÍa bençao fobr'e eíte R!eyno,íbbre eftaCidadeyfobreeftedeuotoaudicorio,porque com 'ella fe afleguravoiiàgraçajpenhor'certodevoilà gloria, ^ a m no^ bis concédant Vaiery Filius^ó' Spifitus Sanñus. Am en.

/

L A V S d e g ­

l i .

Page 20: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

E

L IC E N C A S ->

I L L V S T R I S S I i M O S S E N H O R E a

Ste Sermaó nao coñtém couía algiiraa que íeja contra a j F é jo u b o n s coftumes. S. Dom ingos de Lisboa em ii.d e

becembro de 1Ó74.

Fr. Ignacio da Cofta.

L i o S erm á o d a C ru z que quer im prim ir o Padre Frcy Franciíco da C on ceigáo, C u fto d io da T erceira Ordemj nao tem coufa contra noíía íimta F e e , ou bons coftumes , &

Ihe pode VoíTa IHuftriíTima dar a Uceaba que pede. Lisboa em S. Bento 17. de O utubro de 16/4<.

O T>outor Fr. Jorge de Carualho.

V Iftas as informagoens, podefe imprimir efte SermaOj & ímpreílb tornará para fe conferir, & fe dar licen^a para

correr , ]$c fem ella nao correrá. Lisboa 15). de O uiubro de 16-74.

Fr. Tedro de Magalhaens. Manoelde Magalhaes de Menezes. Manoel T tm enU l de Soufa. Tedro M exia de Magalhaep.

j p O defeim prim ir. L isb o a^ .d eN o u em b ro d e 1674.

Fr, C. Bijpo de CMartjria.

Page 21: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

S E N H O R .

I por efta ordern de Alteza o Sermäo inclufojque prè­soli o Padre Fr. Fraricifco da C onceigäoj Leute jiibila-

, & C u ilo d io d aP ro u in ciad aT erceiraO rd ern , &^näo dicinellacoufaqueencontreaoferLii^odeV. Aiceza; & afll K parece merecedor da licenza que pede. V . A lteza manda­to que mais for feruido. S.Francifco de Lisboa iS .d e N o -

■uembro de 1^74.Fr. yoao da Madre de co s.

V e fe poíTa imprimir, viftas as 1 iccngas do S. O fficio,& Ordinario? & informa^äo, & defpois de impreflb tor-

iarà à M efa para fe taxar, & conferir. L is boa 2p. de N ouem - frode 1(574-

Magalhaens de Menezes. Miranda. Carneiro.

O d e correr efte Sermäo. Lisboa p, de A goilo d c i 6 ^f.

tanoelde M agalhah de Menezes. M anóelT im ètel de Soufa. M anoel de Moura Manoel. Fr. Valerio de S. Ray mundo.

A xao eile Sermäo em quinze reis. Lisboa 9. de A go flo deió7f.

CHiranda.

E R R A T A S .

P Ag.íJ.reg. 13. facéis, diga fatais, reg. 1 5*. veos,diga veas. Pag.8.reg.2. o ièu m oilre,diga o feu R e y moftre, reg. 1 8.

náo eilà R e y , diga nao he eile R e y , reg. 30. offerecendo,di- ga ofierccello.

Pag.io.reg.6'. traga,traga, diga traga.P ag.12.reg.2.vender,diga render,reg.p.fcerodio,digaherodio Pag. 1 ó.reg. zó .aiTcgura huma, diga aiìegura cm huma.

!

Page 22: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

Í! ■... . 'Í*-- '

r?

I-;-,- '

’■""" _c.-ro':' - , -y* j».,, ,

. . . -, ■;

W ' . W ■ ’ ’ ■ *1'».

—ííSífte->'i‘ '

Page 23: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

&

■t ■■■

?r-'5v-

Page 24: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

>

%V

•.if-

y -

' í

Page 25: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

. :• •?r'í«

,*•>

■' ■■" i / - :/

T

« 'Ì

,. 1*.'-

/•■ 1 /

■ 'Ï;.

é*-,.rV

Page 26: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

J

■4* '. ' % - ";

-r■ " W

m ■ ^ v - ‘

w■ * >

- , , •. r -i-'

»r.;

• 5ÍP*ai r

--- c;.; Av.-'-'t ■-*''• ■'. • V ■■.- "■'■ '•■ -rr-. • -■>.. . r -vc .si

Page 27: A: £ Jdadun.unav.edu/bitstream/10171/30065/1/FA.137.687_15.pdfgo veremos íe aíil atrahe mais a liberdade de noílas vontades. Os pés eftáo pregados com hum duro crauo. O peitoeftá

r\

«