A Historiografia E O OfíCio Do Historiador
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Gabriel Valente Barbosaretalhosdahistoria.blogspot.com
• Combate ao ensino tradicional e acadêmico da época;
• Incorporou métodos das ciências sociais (Interdisciplinaridade);
• Crítica a história “factual” (positivista);• Privilegiou os aspectos econômico-sociais e as
estruturas de conservação;• História totalizantes/Tempo de longa duração;• Trouxe novas abordagens.
Sociedade regulada por “leis naturais”;Os métodos iguais aos das ciências naturais;Os historiador deve se manter neutro, apenas
observar a veracidade do documento;Privilégio para documentos oficiais.
• Luta de classes;• Vitória da classe operária/Triunfo revolucionário;• Privilegia a base econômica.
Interpreta a formação da Europa a partir da Idade Média;
Estruturas sócio-econômicas de longa duração;
Questões sobre a psicologia coletiva e religiosa.
Marc Bloch
Lucien Febvre• Estudou a história na sua unidade, a historia do homem, do presente e o conhecimento global.• Trabalhou com a interdisciplinaridade, interagindo com a geografia, psicologia e sociologia.
Ganha destaque a partir de 1956Três tempos na história: O de longa, de média
e de curta duração.Combateu a história relato (biografias)Preocupou-se com o processo de emergência
do capitalismo (vida material).História serial (quantificação de documentos);Paradoxo: Concebeu a longa duração através
da vida material, afastando-se das mentalidades apreciadas pelos fundadores.
Novos historiadores afastaram-se da preocupação com a vida material (Braudel) para retomar a visão de mentalidades;
“Deixar o porão para ir ao sótão”.Privilegiou estudo da era medieval e
moderna;Temas frequentes: religiosidade, sexualidade,
sentimentos coletivos, vida cotidiana.Heterogênea: Os historiadores divergiam
quanto as propostas teórico-metodológicas.Devido a críticas e ao modismo, passaram a
chamá-la de Nova História a partir dos anos 80.
Produziam conhecimento apoiado nas estruturas e três escolas relutavam produzir conhecimento do fato puro e simples.
Marxista: Análise das revoluções. Abandono do fato pelos Annalles era mais ideológico que epistemológico (contra revolução) já que não estudavam as mudanças sociais.
Annales: O importante era a longa duração, onde a consciência social não se subordinava à realidade econômica.
Estruturalista: Se apóia nas estruturas, e utiliza a antropologia, filosofia e linguística.
A narrativa combatida pelos Annales refere-se a história positivista, que apenas narra o fato.
Chamada pejorativamente de acontecimental.O acontecimento seria a superfície do oceano da
história.A partir dos anos 80 há um retorno da narrativa
gerando novos conflitos:Estruturalistas: Os narrativos são superficiais,
pois não analisam as estruturas.Narrativos: A análise das estruturas faz a história
se tornar estática e reducionista.
Discussões: Qualquer história assume algum tipo de narrativa. - Vs - Essa generalização pode diluir o conceito de narrativa até se tornar indistinguível da descrição e da análise;
• Também chamada de micro-história;• Redução na escala de pesquisa;• Tentativa de esclarecer as estruturas através da narrativa.• Para Burke, não resolveu a ligação entre a micro-história e a macro-história.
Surge nos EUA nos anos 60.Hayden Withe: Crítica a distinção entre fato e ficção.Questionamentos: O que é um texto científico?
Devemos manter a objetividade científica ou enfatizar a subjetividade?
O retorno ao fato é impossível. O historiador dialoga com o passado, mas é sujeito de seu tempo. É aí que entram as críticas.
Withe e LaCapra: O historiador não deve competir com a ficção. Deve transpor as barreiras do positivismo podendo buscar a textualidade na crítica literária.
Surgiu no final do século XIX.Semiótica médica: Diagnóstico através de
sintomas superficiais, mas inteligíveis aos olhos dos leigos.
É qualitativo e tem como objeto casos e situações individuais.
Seu contraponto é centrado na física de Galileu, que utiliza a matemática. O método implica quantificação e repetitividade.