A importância de se chamar Ernesto ou Da necessidade de bem escolher um nome

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A importância de se chamar Ernesto ou Da necessidade de bem escolher um nome Já António Variações, vocalizado pelo projecto Humanos, ensinava que um nome é algo que marcará indubitavelmente uma pessoa, daí não se perceber a escolha de Maria Albertina para a sua petiza. Maria Albertina não estava, como não está ainda o Mundo, desperta para a importância que um nome pode assumir na vida de uma criança, nomeadamente quando o menor preveja o seu futuro na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Não servirão estas medianas notas para discorrer sobre a importância jurídica do nome, ou mesmo da protecção constitucional do bom nome; ou sequer servirão para analisar a obra de Oscar Wilde que poderia dar título a esta resenha, pois para essa empreitada cá estará o Magazine Cultural. Não, o trabalho a que nos propomos é diferente e, porventura, mais frutífero no futuro. Caros estudantes, futuros pais, tenham muito cuidado na escolha do nome do bebé que gerarão. Dessa escolha pode resultar o sucesso ou o insucesso da vossa prole! Como todos aprendemos, ao atravessar a Porta Férrea, o Mundo divide-se na letra J. A FDUC tem duas turmas e daí resultam dois universos paralelos: conhecimentos diferentes, opiniões diferentes, livros diferentes, horários diferentes…e notas também diferentes, muitas das vezes. Todavia, cremos (ou melhor, queremos acreditar) que este facto se deve a mais ou menos estudo… Nunca uma Ana será amiga de uma Soraia, nunca um Gonçalo estará ao lado de um Vítor…, salvo a tertúlia instituição o permita. A divisão é

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A importância de se chamar Ernesto ou Da necessidade de bem escolher

um nome

Já António Variações, vocalizado pelo projecto Humanos, ensinava que um nome é algo que marcará

indubitavelmente uma pessoa, daí não se perceber a escolha de Maria Albertina para a sua petiza. Maria

Albertina não estava, como não está ainda o Mundo, desperta para a importância que um nome pode

assumir na vida de uma criança, nomeadamente quando o menor preveja o seu futuro na Faculdade de

Direito da Universidade de Coimbra.

Não servirão estas medianas notas para discorrer sobre a importância jurídica do nome, ou mesmo da

protecção constitucional do bom nome; ou sequer servirão para analisar a obra de Oscar Wilde que

poderia dar título a esta resenha, pois para essa empreitada cá estará o Magazine Cultural. Não, o

trabalho a que nos propomos é diferente e, porventura, mais frutífero no futuro.

Caros estudantes, futuros pais, tenham muito cuidado na escolha do nome do bebé que gerarão. Dessa

escolha pode resultar o sucesso ou o insucesso da vossa prole! Como todos aprendemos, ao atravessar a

Porta Férrea, o Mundo divide-se na letra J. A FDUC tem duas turmas e daí resultam dois universos

paralelos: conhecimentos diferentes, opiniões diferentes, livros diferentes, horários diferentes…e notas

também diferentes, muitas das vezes. Todavia, cremos (ou melhor, queremos acreditar) que este facto

se deve a mais ou menos estudo…

Nunca uma Ana será amiga de uma Soraia, nunca um Gonçalo estará ao lado de um Vítor…, salvo a

tertúlia instituição o permita. A divisão é fatal como o destino. E, (in)felizmente, a chamada para as orais

já não é feita à porta do BEDEL…pois bem sabemos que um nome poderia tanto passar incólume como

ser objecto do comentário jocoso, algo bem necessário para acalentar os nervos de quem está prestes a

ser avaliado.

E falando em orais…poderá muito bem acontecer que uma parte dos pupilos sejam avaliados por um júri

e a outra parte seja ouvida por outro. Qual o critério? O nome…e o futuro foi assim baralhado, qual jogo

de fortuna e azar, tramando a Constança, favorecendo a Conceição.

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Estas constatações em roda de um nome também se tornam fulcrais na hora de exercer a douta Ciência

Jurídica. Todavia, da necessidade de com bom nome nascer para bem poder exercer o Direito se poderá

falar noutra altura, se tanto nos ajudar o engenho e a arte…e a Direcção deste Jornal quiser.