A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

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A Industrialização Brasileira Marcílio Beijamim 2º E

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A Industrialização

Brasileira

Marcílio Beijamim

2º E

Page 2: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Origens da Industrialização

• Embora a industrialização brasileira tenha

começado de forma incipiente na segunda metade

do século XIX, foi principalmente a partir da

Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que o país

passou por um processo significativo de

desenvolvimento industrial e de maior diversificação

do parque fabril (observe a tabela ao lado).

• Isso porque houve uma redução da entrada de

mercadorias estrangeiras no Brasil por causa do

conflito na Europa.

• As principais fabricas em 1919 eram voltadas ao

mercado de: tecidos, roupas, alimentos, bebidas e

fumo (indústrias de bens de consumo não duráveis)

eram responsáveis por 70% da produção industrial

brasileira.

.

Page 3: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Origens da Industrialização

• Apesar de ter passado por importantes

períodos de crescimento como o da

Primeira Guerra, a industrialização brasileira

sofreu seu maior impulso a partir de 1929,

com a crise econômica mundial decorrente

da quebra da Bolsa de Valores de Nova

York

• A partir da crise de 1929, as atividades

industriais passaram a apresentar índices

de crescimento superiores aos das

atividades agrícolas, como fica evidente na

observação do gráfico ao lado

• É importante destacar que o café permitiu a

acumulação de capitais que serviram para

implantar toda a infraestrutura necessária

ao impulso da atividade industrial

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O Governo Vargas e a Política de

“Substituição de Importações”

• Getúlio Vargas, que governou o país pela

primeira vez de 1930 a 1945, foi o

presidente empossado pela Revolução de

1930, de cunho modernizador.

• De 1930 a 1956, a industrialização no país

caracterizou-se por uma estratégia

governamental de implantação de indústrias

estatais nos setores de bens de produção e

de infraestrutura: siderurgia, extração de

petróleo e bens de capital Fábrica Nacional

de Motores, que, além de caminhões e

automóveis, fabricava máquinas e motores

e também da extração mineral Companhia

Vale do Rio Doce e da produção de energia

hidrelétrica (Companhia Hidrelétrica do São

Francisco – Chesf).

Indústria criada por Vargas em 1953, Petrobras,

Plataforma na Bacia de Campos,

http://veja.abril.com.br

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Entrada da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda (RJ), em 2012.

Fundada em 1941, sua construção foi financiada pelos Estados Unidos, após

Getúlio Vargas ter ameaçado aproximar-se dos países do Eixo nazifascista,

durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1993, a CSN foi privatizada.

O Governo Vargas e a Política de

“Substituição de Importações”

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• Entre as principais medidas de

Vargas que beneficiaram o

trabalhador figuravam a criação do

salário mínimo, as férias anuais e o

descanso semanal remunerado

• Com o apoio da classe

trabalhadora e da elite agrária e

industrial, Vargas conseguiu a

aprovação de mais uma nova

constituição que o fez continuar no

poder de ditador até o fim da

segunda guerra mundial, 1945,

período que ficou conhecido como

estado novo.

Trabalhadores da era Vargas

O Governo Vargas e a Política de

“Substituição de Importações”

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• A intervenção estatal no

setor de base da economia

(petroquímica, siderurgia,

energia elétrica e indústria

de cimento, por exemplo) foi

priorizada, graças a essa

intervenção do Estado,

houve grande crescimento

da produção industrial, com

exceção do período da

Segunda Guerra.

O Governo Vargas e a Política de

“Substituição de Importações”

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Governo Dutra (1946-1951)

• O general Eurico Gaspar Dutra, passou a governar após a

saída de Vargas do governo em 1946, o mesmo instituiu o

Plano Salte, destinando investimentos aos setores de

saúde, alimentação, transportes, energia e educação.

• Durante a Segunda Guerra, o país exportou diversos

produtos agrícolas, industriais e minerais para os países

europeus em conflito, obtendo enorme saldo positivo na

balança comercial.

• Boa parte das reservas cambiais acumuladas ao longo da

Segunda Guerra foi utilizada na importação de cremes

dentais, geladeiras, chocolates e muitos outros produtos

que agradavam à classe média. Ao usar as reservas, essa

mudança obrigou o governo a desvalorizar o cruzeiro em

relação ao dólar e emitir papel-moeda, o que provocou

inflação e consequente queda de poder aquisitivo dos

salários.

Na foto, o general Eurico Gaspar Dutra, em

primeiro plano, na inauguração da rodovia

presidente Dutra em são Paulo (sp), em

1951.

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O Retorno de Getúlio e da

Política Nacionalista

• De volta presidência em 1951, eleito pelo povo, Getúlio Vargas voltou em

projeto nacionalista onde passou a investir em sistemas industrias de

transportes, comunicações, produção de energia elétrica e petróleo – e

restringiu a importação de bens de consumo.

• Getúlio dedicou-se à criação da Petrobras (1953) e do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (1952).

• No confronto entre os getulistas e os defensores neoliberal, que preferiam

promover a abertura da economia aos produtos e capitais estrangeiros, o

projeto de Getúlio acabou sendo derrotado.

• Os defensores do neoliberalismo argumentavam que, qualquer crise ou queda

de preço dos produtos primários, como o café, resultava em crise também na

modernização e expansão do parque industrial, isso porque o ele era pendente

do resultado da exportação desses produtos.

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O Retorno de Getúlio e da

Política Nacionalista

Getúlio Vargas chega ao estádio do vasco da gama, no rio de Janeiro, para as

comemorações do dia do trabalho, em 1/5/1951. Em 1954, em meio à séria crise política,

suicidou-se. Café Filho, seu vice-presidente, assumiu o poder, permanecendo até 1956.

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Juscelino Kubitschek e o

Plano de Metas (1956-1961)

• Com o plano de metas houve um grande crescimento econômico.

• O plano de metas era programa de desenvolvimento que previa

maciços investimentos estatais em diversos setores da economia –

agricultura, saúde, educação, energia, transportes, mineração e

construção civil, tornando o Brasil um país atraente aos

investimentos estrangeiros.

• O governo procurava interiorizar espaços ligados a agricultura e

pecuária aos grandes centros urbano-industriais.

• Foi nessa época que a capital federal foi transferida da litoral para

interior com a construção de Brasília, foi inaugurada em 1960.

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O projeto de transferir a capital para o interior existe desde o período

colonial. Já na república, em 1892, o engenheiro belga Louis Ferdinand

Cruls liderou uma equipe que demarcou a área onde atualmente se

localiza o distrito Federal. na foto, vista aérea da capital em 2012.

Juscelino Kubitschek e o

Plano de Metas (1956-1961)

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Ao longo do governo JK consolidou-se o

tripé da produção industrial nacional,

formado pelas indústrias:

• de bens de consumo não duráveis, que

desde a segunda metade do século XIX já

vinham sendo produzidos, com amplo

predomínio do capital privado nacional;

• de bens de produção e bens de capital,

que contaram com investimento estatal

nos governos de Getúlio Vargas;

• de bens de consumo duráveis, com forte

participação de capital estrangeiro

A foto mostra JK na inauguração da

fábrica da Volkswagen em São

Bernardo do Campo (sp), num fusca

conversível, em 18/11/1959, evento

que marca a ampliação da entrada

do capital estrangeiro no país.

Juscelino Kubitschek e o

Plano de Metas (1956-1961)

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• Entretanto, o sucesso do Plano de Metas resultou num significativo

aumento da inflação e da dívida externa, contraída para financiar seus

investimentos.

• A política do Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial

na região Sudeste, agravando os contrastes regionais.

• As Migrações internas intensificaram-se, provocando o crescimento

acelerado e desordenado dos grandes centros urbanos, principalmente São

Paulo e Rio de Janeiro.

• Os problemas decorrentes da falta de planejamento urbano permanecem

até.

Juscelino Kubitschek e o

Plano de Metas (1956-1961)

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• No decorrer de seu governo, o

Brasil passou por uma grande crise

política, iniciada em 25 de agosto

de 1961 com a renúncia do

presidente Jânio, empossado

poucos meses antes. A crise

agravou-se com os problemas

econômicos herdados do governo

JK, como a dívida externa e,

sobretudo, a inflação.

• A posse de Jango, foi em 25 de

setembro de 1961, ocorreu após a

instauração do parlamentarismo,

que reduziu os poderes do chefe

do Executivo (Presidente).

O Governo João Goulart e a

Tentativa de Reformas

Posse de João Goulart na presidência da república, em 7/9/1961. Jango foi chefe de estado durante o curto período do parlamentarismo republicano brasileiro, de setembro de 1961 a janeiro de 1963.

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O Governo João Goulart e a

Tentativa de Reformas

• Aprovação do presidencialismo com 82% dos votos, no qual permitiu

encaminhar as reformas de base.

• Golpe militar de 31 de março de 1964.

• Capitalismo x Socialismo

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O Período Militar

• Em 1º de abril de 1964, após um golpe de Estado que tirou João Goulart do poder,

teve início no país o regime militar.

• Brasil no regime militar – 43º PIB – Dívida Externa: 3,7 bilhões de dólares

• Brasil no término do regime militar – 9º PIB – Dívida Externa: 95 bilhões de dólares

• Agravamento do êxodo rural

Indicadores

econômicos

Desigualdade

social

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O Período Militar

• Essa frase, de apelo nacionalista, foi utilizada pelos militares para intimidar

os opositores do regime. Note que ela permite a seguinte interpretação:

ame o país do jeito que está, sem críticas ou questionamentos, ou deixe-o.

Condenar ao exílio quem criticava o regime era comum para governantes

desse período ditatorial.

Page 19: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

O Período Militar

• Durante a década de 1970,

o aumento das

desigualdades sociais, a

falta de solução para o

êxodo rural e o baixo

investimento em habitação

popular fizeram com que

milhões de famílias em

todas as grandes cidades

brasileiras fossem viver em

favelas. na foto, favela no

bairro de vila prudente, em

São Paulo (sp), em 1978.

Page 20: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Durante o período militar,

a economia cresceu e o

país se modernizou, mas

algumas necessidades

básicas da população,

como o acesso à água no

semiárido nordestino,

continuaram se

agravando.

O Período Militar

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• Entre 1968 e 1973, período

conhecido como “milagre

econômico”, a economia

brasileira desenvolveu-se em

ritmo acelerado.

• Esse ritmo de crescimento foi

sustentado por investimentos

governamentais que

promoveram grande expansão

na oferta de alguns serviços

prestados por empresas

estatais, como energia,

transporte e telecomunicações.

O Período Militar

Page 22: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Arrocho salário dos trabalhadores

• Penetração do capital estrangeiro em vários setores da economia, principalmente na

extração de minerais metálicos, na expansão das áreas agrícolas, nas indústrias

química e farmacêutica, e na fabricação de bens de capital (máquinas e equipamentos)

utilizados pelas indústrias de bens de consumo.

• No final da década de 1970, os Estados Unidos promoveram a elevação das taxas de

juros no mercado internacional, reduzindo os investimentos destinados aos países em

desenvolvimento.

• Soluções para o mercado interno: arrocho salarial, subsídios fiscais para exportação,

negligência com o meio ambiente, desvalorização cambial e diminuição do poder

aquisitivo

• As industriais não tinham capacidade financeira para importar novas máquinas e, por

causa da falta de competição com produtos importados, não havia incentivos à busca

de maior produtividade e qualidade dos produtos.

O Período Militar

Page 23: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

O Período Militar

Assembleia de grevistas na região do ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano, na grande São Paulo). Nas primeiras greves do período ditatorial, eles reivindicavam aumento de salários, garantia de emprego, reconhecimento das comissões de fábrica e liberdades democráticas. Para as autoridades, isso era “coisa de comunista” e o movimento foi duramente reprimido (foto de 1979).

Page 24: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Crise mundial, que se iniciou em

1979

• ciranda financeira

• O crescimento da participação do

Estado na economia, de 1964 a

1985, foi muito grande.

O Período Militar

• O processo de industrialização e de

urbanização continuou avançando

• O fim do período militar ocorreu em

1985, depois de várias manifestações

populares a favor das eleições diretas

para presidente da República.

Page 25: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Moeda brasileira passou a

ser o real.

• Objetivo era combater a

inflação e estabilizar a

economia brasileira.

• Valorização da moeda em

relação ao dólar

• Elevação da dívida externa

e interna

• Privatização

Plano Real

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Page 26: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país

produz diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões,

equipamentos, produtos alimentícios industrializados,

eletrodomésticos, e muitos outros.

• O país é hoje um dos mais industrializados do mundo e ocupa o 15º

lugar em escala global nesse segmento.

• A privatização de empresas estatais nas áreas de mineração,

bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na

economia brasileira.

Industrialização nos dias de hoje

Page 27: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Distribuição de industrias de forma

heterogenia.

• A maior concentração de indústrias

brasileiras está situada na Região

Sudeste, principalmente em São

Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais,

estados onde o processo de

industrialização teve início.

• produção de produtos químicos, além da

indústria automobilística e tecnologia de

ponta.

• O estado de São Paulo abriga 40% da

produção da industria brasileira

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Page 28: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Outro destaque no cenário industrial brasileiro é a região Sul, segundo lugar

em industrialização.

• indústrias que atuam especialmente no beneficiamento de produtos primários,

como a agroindústria e também na produção de peças e metalurgia.

Industrialização nos dias de hoje

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Page 29: A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

• Nordeste, a base industrial encontra-se vinculada a produtos tradicionais,

como a produção têxtil, de álcool, açúcar e também industrias alimintícias.

• A região se encontra em processo de modernização e diversificação da

indústria.

• A maior parte do valor da produção industrial encontra-se entorno de três

regiões metropolitanas principais: Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE).

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• O Norte e o Centro-Oeste são as regiões de menor expressão no setor

industrial do país.

• Base industrial na produção de eletrônicos, mineração de ferro, montadoras,

industrias farmacêuticas. A maior parte dessas atividades são ligadas os

estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso

do Sul

Industrialização nos dias de hoje

Montadoras de eletrônicos, Amazonas, http://acritica.uol.com.br/

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