A Massa - Julho / 2013

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É HORA DE AUMENTO REAL E CESTA BÁSICA O sindicato organiza a luta por melhores condições de vida e de trabalho porque tem uma direção atenta e leal na defesa dos interesses da nossa categoria. Essa é a natureza da ação sindical, alimentada pela par- cipação dos companheiros na luta e no trabalho de sindicalização, que se torna mais forte a cada dia que passa. Foi por conta da força da parci- pação da categoria, nas nossas lutas específicas e na dos trabalhadores em geral, que obvemos inúmeras conquistas: 13º salário, férias de 30 dias, vale transporte, jornada de 44 horas semanais e muitas outras. Obvemos essas conquistas, mas precisamos de mais benecios. Para avançarmos com mais força, pedimos aos companheiros ainda não sindicali- zados para que se filiem ao sindicato. Aos companheiros já sindicalizados pedimos que connuem a parcipar da luta, a defender nossa endade e a ampliar o nosso quadro associavo. COMPANHEIRO! VENHA PARA O SINDICATO! Santo André – Travessa São João, 68 – Fone: 4436-4791 São Miguel Paulista – Avenida Nordestina, 95 – Fone: 2956-0327 Osasco – Rua Mariano J. M. Ferraz, 545 – Fone: 3683-3332 Santo Amaro – Rua Brasílio Luz, 159 – Fone: 5686-4959 SEDE POPULAÇÃO COBRA A DÍVIDA SOCIAL A explosão da insasfação popular que tomou as ruas de mais de 300 cidades brasileiras, desde junho passa- do, teve a parcipação ava da nossa categoria, sob o comando de Chiquinho Pereira, presidente do nosso sindica- to. “Os impostos que pesam sobre os trabalhadores precisam ser aplicados em seu próprio benecio”, defendeu ele, durante as manifestações em São Paulo. No entender de Chiquinho, seja quem for o governante de plantão, os recursos dos impostos devem pagar a dívida social, a começar pela ampliação da oferta de serviços públicos de quali- dade, entre eles transporte, educação e saúde. Páginas 4, 5 e 7 Distribuição de pães mantém a tradição do Dia dos Padeiros Pág. 8 Inaugurada nossa quadra de futebol na colônia de Caraguá Pág. 8 Sindicato abre ações contra fraude na correção do FGTS Pág. 6 O sindicato está convocando toda a categoria para parcipar da assembleia de abertura da campanha salarial com vistas à Convenção Coleva de Trabalho que vigorará entre novembro próximo e outubro de 2014. A parcipação dos companheiros é fundamental para mostrarmos nossa força ao sindicato patronal de São Paulo e avançarmos nas conquistas por me- lhores condições de vida e de trabalho. Aumento real dos salários e implan- tação da cesta básica estão entre os pontos da pauta que será sugerida para discussão. Além de abrir a campanha salarial, a assembleia será informada sobre as eleições para a direção do sindicato neste ano. Pág. 3 SUBSEDES Rua Major Diogo, 126 – Bela Vista Centro – SP – Fone: 3242-2355 Chiquinho Pereira: luta pela oferta de serviços públicos com mais qualidade. CAMPANHA SALARIAL 2013 – SÃO PAULO ASSEMBLEIA – DIA 16 DE AGOSTO – 17:00 HORAS RUA MAJOR DIOGO, 126 – BELA VISTA – CENTRO www.padeiros.org.br – [email protected] Órgão oficial do Sindicato dos Padeiros, Confeiteiros, Balconistas, Gerentes, Caixas, Ajudantes, Faxineiros e demais trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo – Diretor responsável: Chiquinho Pereira – Julho 2013

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A Massa - Julho / 2013

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1Julho – 2013

É HORA DE AUMENTOREAL E CESTA BÁSICA

O sindicato organiza a luta por melhores condições de vida e de trabalho porque tem uma direção atenta e leal na defesa dos interesses da nossa categoria. Essa é a natureza da ação sindical, alimentada pela par-ticipação dos companheiros na luta e no trabalho de sindicalização, que se torna mais forte a cada dia que passa.

Foi por conta da força da partici-pação da categoria, nas nossas lutas específicas e na dos trabalhadores em geral, que obtivemos inúmeras conquistas: 13º salário, férias de 30 dias, vale transporte, jornada de 44 horas semanais e muitas outras.

Obtivemos essas conquistas, mas precisamos de mais benefícios. Para avançarmos com mais força, pedimos aos companheiros ainda não sindicali-zados para que se filiem ao sindicato. Aos companheiros já sindicalizados pedimos que continuem a participar da luta, a defender nossa entidade e a ampliar o nosso quadro associativo.

COMPANHEIRO! VENHA PARA O

SINDICATO!

Santo André – Travessa São João, 68 – Fone: 4436-4791

São Miguel Paulista – Avenida Nordestina, 95 – Fone: 2956-0327

Osasco – Rua Mariano J. M. Ferraz, 545 – Fone: 3683-3332

Santo Amaro – Rua Brasílio Luz, 159 – Fone: 5686-4959

SEDE

POPULAÇÃO COBRA A DíVIDA SOCIALA explosão da insatisfação popular

que tomou as ruas de mais de 300 cidades brasileiras, desde junho passa-do, teve a participação ativa da nossa categoria, sob o comando de Chiquinho Pereira, presidente do nosso sindica-to. “Os impostos que pesam sobre os trabalhadores precisam ser aplicados em seu próprio benefício”, defendeu ele, durante as manifestações em São Paulo.

No entender de Chiquinho, seja quem for o governante de plantão, os recursos dos impostos devem pagar a dívida social, a começar pela ampliação da oferta de serviços públicos de quali-dade, entre eles transporte, educação e saúde. Páginas 4, 5 e 7

Distribuição de pães mantém a tradiçãodo Dia dosPadeiros Pág. 8

Inaugurada nossa quadra de futebol na colônia de Caraguá Pág. 8

Sindicato abre ações contra fraude na correção do FGTS Pág. 6

O sindicato está convocando toda a categoria para participar da assembleia de abertura da campanha salarial com vistas à Convenção Coletiva de Trabalho que vigorará entre novembro próximo e outubro de 2014.

A participação dos companheiros é fundamental para mostrarmos nossa força ao sindicato patronal de São Paulo e avançarmos nas conquistas por me-lhores condições de vida e de trabalho.

Aumento real dos salários e implan-tação da cesta básica estão entre os pontos da pauta que será sugerida para discussão. Além de abrir a campanha salarial, a assembleia será informada sobre as eleições para a direção do sindicato neste ano. Pág. 3

SUBSEDES

Rua Major Diogo, 126 – Bela Vista Centro – SP – Fone: 3242-2355

Chiquinho Pereira: luta pela oferta de serviços públicos com mais qualidade.

CAMPANHA SALARIAL 2013 – SÃO PAULOASSEMBLEIA – DIA 16 DE AGOSTO – 17:00 HORASRUA MAjOR DIOGO, 126 – BELA VISTA – CENTRO

www.padeiros.org.br – [email protected]

Órgão oficial do Sindicato dos Padeiros, Confeiteiros, Balconistas, Gerentes, Caixas, Ajudantes, Faxineiros e demais trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo – Diretor responsável: Chiquinho Pereira – julho – 2013

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hegou a hora de todo empenho dos companheiros e da participação

e luta da categoria por melhores con-dições de vida e trabalho. No próximo dia 16 de agosto daremos início à cam-panha salarial deste ano que exigirá a atenção de todos, da organização do nosso sindicato e da disposição de luta da categoria, para ampliarmos nossos direitos na Convenção Coletiva de Trabalho que vigorará de novembro próximo até outubro de 2014.

Sabemos que não será uma luta fá-cil. Enfrentaremos a ganância, o conser-vadorismo e a truculência presentes na alta cúpula do sindicato patronal de São Paulo. Fatos desabonadores, noticiados pelo nosso jornal há pouco tempo, nos dão a medida do caráter dos dirigentes com quem deveremos negociar.

Pouco ou nada podemos esperar

Palavra do presidente

uma categoria unida e forteC

Foi realizada na sede do nosso sindicato, no final de junho passado, a 15ª reunião da Comissão Nacional Tripartite Temática da Norma Regulamentadora nº 12 (foto) que tem entre os seus objetivos acompanhar a implantação de máquinas de segurança nas indústrias nacionais.

Integrada por bancadas de representantes dos trabalhadores, empresários e governo, a

desses dirigentes patronais, cujas em-presas não cumprem com regras da Convenção Coletiva de Trabalho vigente – embora o acordo do qual ela resultou tenha sido discutido e aprovado por eles mesmos, após duras negociações conosco em novembro do ano passado. Portanto, companheiros, vamos nos preparar para irmos às últimas conse-quências se for preciso.

Na assembleia de agosto a catego-ria discutirá a pauta de reivindicações da campanha deste ano. Todos os benefícios que reivindicaremos são fun-damentais para o bem estar dos nos-sos companheiros e de suas famílias. Entre esses benefícios, existem alguns altamente prioritários como o aumento real dos salários e dos pisos normativos, a melhoria dos valores da PLR (Partici-pação nos Lucros e Resultados), além

do fornecimento de uma cesta básica mensal por todas as empresas do setor.

A cesta básica é uma antiga reivin-dicação da nossa categoria. Diante da insistente recusa do sindicato patronal, decidimos intensificar a luta por sua implementação em acordos diretos empresa por empresa. Fruto desse trabalho, conseguimos ampliar, nos últimos meses, o número de padarias que concedem esse benefício. Com isso, mais de 35 mil trabalhadores do nosso setor já recebem uma cesta básica mensal – incluidos nessa conta os com-panheiros do ABC, que conquistaram a cesta básica mensal na Convenção Cole-tiva de Trabalho negociada e aprovada em junho passado.

Na assembleia de agosto, além de abrirmos oficialmente a campanha sa-larial, informaremos os companheiros

sobre o processo das eleições para a direção do sindicato que também ocor-rerão até o final deste ano. Queremos realizar uma eleição ampla e democrá-tica – e para isso não temos medido esforços. Intensificamos a campanha de sindicalização que, de qualquer for-ma, sempre foi permanente. Por isso, companheiros, venham para o sindi-cato, sindicalizem-se, vamos mostrar que nossa categoria tem força, união e muita tradição.

Chiquinho Pereira

comissão da nr12 reúne-se no sindicatocomissão reúne-se mensalmente e realizará o seu próximo encontro nos dias 5 e 6 de agosto, também em São Paulo, na sede da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas).

Outro objetivo da comissão é o de incenti-var a realização de estudos e debates, visando ao aprimoramento permanente da legislação voltada para a segurança do trabalhador.

PiSo SaLariaL em SÃo PauLoVÁLido atÉ 31/10/2013

Empresas com até 60 empregados ..........................................R$ 934,62Empresas com mais de 60 empregados ..................................R$ 1.009,36

A PLR dEvE sER PAgA Em duAs PARcELAs iguAis Até o quinto diA útiL dos mEsEs dE AbRiL E Agosto dE 2013

Empresas com até 20 empregados ....................................... R$ 184,00 Empresas com 21 até 35 empregados .................................. R$ 264,50 Empresas com 36 ou mais empregados: são livres as negociações a partir de no mínimo ...................................... R$ 350,75

VaLoreS da PLr em SÃo PauLo(Participação nos Lucros e Resultados)

PiSo SaLariaL no abcVÁLido atÉ 31/05/2014

Empresas com até 60 empregados ....................................... R$ 985,00Empresas com mais de 60 empregados ................................ R$ 1.057,00

Quem nÃo estiver recebendo a ParticiPaçÃo nos lucros e resultados

(Plr) deve informar o sindicato

conHeÇa Seudireito

o livro é distribuído graciosamente.

o associado deve procurar o sindicato

para retirar o seu exemplar.

Órgão oficial do Sindicato dos Padeiros, Confeiteiros, Forneiros, Balconistas, Gerentes, Caixas, Ajudantes, Faxineiros e demais trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo.

Diretor responsável: chiquinho Pereira

diREtoRiA ExEcutivA

Presidente: chiquinho Pereira Vice-presidente: Pedro Pereira de sousaSecretário-geral: Fernando Antonio da silvaSecretário adjunto: Ângelo gabriel victonteSecretário de finanças: benedito Pedro gomes

Secretário adjunto de finanças: geraldo Pereira de sousaSecretário de assuntos jurídicos: José Alves de santanaSecretário para cultura, formação e educação: valter da silva RochaSecretário de comunicação e imprensa: José Francisco simõesSede: Rua major diogo, 126 – bela vista são Paulo – capital – cEP: 01324-000Fone: 3242-2355 – Fax: 3242-1746

Subsede Santo André - travessa são João, 68 – Fone: 4436-4791Subsede São Miguel - Av. nordestina, 95 – Fone: 2956-0327Subsede Osasco – Rua mariano J.

m. Ferraz, 545 – Fone: 3683-3332Subsede Santo Amaro – Rua Brasílio Luz, 159 Fone: 5686-4959Produção, reportagem, redação e edição: Vicente Dianezi Filho (MTb 12.732) Edição de arte: R. simons (MTb 30.016)Fotografia: Paulo Rogério “neguita”Tiragem: 30 mil exemplaresImpressão: unisind

Órgão oficial do Sindicato dos Padeiros, confeiteiros, forneiros, balconistas, gerentes, caixas, ajudantes, faxineiros e demais trabalhadores nas indústrias de Panificação e confeitaria de São Paulo – diretor: chiquinho Pereira – Junho – 2013

O nosso jornal é um dos veículos mais tradicionais do movimento sindical brasileiro. Criado em agosto de 1959, “A Massa” foi o título escolhido para informar os companhei-ros e reforçar a mobilização da nossa categoria.

A trajetória do jornal está relatada no livro “Tempos de Luta e Glória – A História do Sindicato dos Padeiros de São Paulo (1930 a 2010)”, de autoria de Cláudio Blanc e Chiquinho Pereira.

“A Massa” sucedeu a outro título, mais antigo, o jornal “O Trabalhador Padeiro”, que havia sido criado em 1936 e teve poucos números editados.

Os textos de “A Massa” sempre buscaram esclarecer os trabalhadores sobre seus

direitos, além da necessidade de união da classe para conse-guirmos força na luta. O jornal também sempre buscou cons-cientizar o padeiro da necessi-dade de fazer cursos de aper-feiçoamento, tanto quanto da importância de reivindicar benefícios diretamente com os patrões.

O jornal foi suspenso com o Golpe de 1964, depois de 55 edições – para ser retomado em setembro de 1979, no bojo da luta da resistência democrá-tica pela abertura política que acabou com o regime militar em 1985. O jornal voltou a ser publicado para cumprir, até os dias atuais, com o pa-pel de tribuna do padeiro, do confeiteiro e dos demais tra-balhadores nas indústrias de panificação, para denúncias e reivindicações. Um jornal livre como sempre quiseram os integrantes da nossa categoria.

a maSSa, um JornaL de tradiÇÃo

www.padeiros.org.br [email protected]

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3Julho – 2013

ASSEMBLEIA ABRIRÁ CAMPANHA SALARIAL

A implementação da cesta básica mensal por todas as empresas do nosso setor é uma antiga reivindicação. Em junho passado, conseguimos incluir esse benefício

na convenção dos companheiros da Região do ABC. Com isso, mais de 35 mil companheiros já conseguiram esse direito em acordos diretos nas empresas.

om o objetivo de iniciar a campanha salarial de São

Paulo, o sindicato está convo-cando a categoria para parti-cipar da assembleia marcada para o dia 16 de agosto, sex-ta-feira, na sede do sindicato, localizado à rua Major Diogo, 126, bairro da Bela Vista.

C

Incluído na coluna dos patrões “Fora da Lei” da edição de junho passado, o sócio da Panificadora Ceci, Basílio Fernandes Bastos, pro-curou o sindicato para informar que a empresa já se ajustou às regras das relações de trabalho.

Bastos explicou que cumpre a nossa convenção e vai além do que ela determina, concedendo uma ces-ta básica mensal aos trabalhadores, assim como mantendo um plano de saúde coletivo sem nenhum custo aos empregados. Desse modo, a Panificadora Ceci demonstra que é exemplo para as demais empresas do nosso setor.

Além de abrir a campanha salarial, a assembleia do dia 16 de agosto mar-cará o início da safra das negociações diretas que todos os anos ocorrem em centenas de empresas do nosso setor. Através do diálogo com os patrões nos locais de trabalho, temos obtido, como já é tradicional, acordos mais vantajo-sos que os conseguidos na Convenção Coletiva de Trabalho – que estabelece os direitos mínimos da categoria e devem ser cumpridos por todas as empresas.

Será a assembleia de abertura da campanha que autorizará as negocia-ções em separado. Por esse motivo, é fundamental a presença dos compa-nheiros de empresas como Pullman, Nutrella, Cepam, Kim Pães, Wick Bold,

vAMoS AvANçAR NoS ACoRdoS PoR EMPRESA

CEStA BÁSICA: REIvINdICAção ANtIgA

Panificadora Ceci está dentro da lei

discuta a pauta de reivindicações no seu

local de trabalho

A assembleia discutirá a pauta de reivindicações e o plano de lutas para a sua conquista até o dia 1º de no-vembro próximo, data base da nossa categoria em São Paulo, quando se encerra a vigência da Convenção Coletiva de Trabalho que foi negociada e

Conheça algumas suges-tões da pauta de reivindi-cações, que será discutida na assembleia do dia 16 de agosto:

• Aumento real sobre os salários reajustados pelo ín-dice de inflação do período mais benéfico aos trabalha-dores.

• Aumento real dos pisos salariais e fixação de pisos di-ferenciados para confeiteiro e padeiro, meio oficial, geren-te, encarregado, ajudante e faxineiro, além de balconista, copeiro, chapeiro, lancheiro, masseiro e cozinheiro.

• Aumento real dos valo-res da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

• Aumento substancial do abono do Dia dos Padeiros.

• Fornecimento de re-feições gratuitas em cada jornada de trabalho.

• Fornecimento de uma

aprovada em novembro do ano passado.

Para o nosso sucesso, de-vemos mostrar força, unidade e disposição para a luta e nos prepararmos para irmos às últimas consequências, caso os patrões neguem nossas reivindicações.

cesta básica mensal com 40 quilos de alimentos que será colocada à disposição de cada trabalhador até o último dia de cada mês.

• Fornecimento de uma Cesta Natalina com o valor mínimo de 150 reais que será colocada à disposição de cada trabalhador até o dia 20 de dezembro.

• Jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem re-dução dos salários.

• Proibição de dispensa do trabalhador que depender de até dois anos de trabalho para completar o tempo necessá-rio à aposentadoria.

• Manutenção de locais apropriados para a amamen-tação e guarda dos filhos das trabalhadoras até a idade de quatro anos.

• Admissão de trabalhado-res portadores de necessida-des especiais.

entre outras. Além de participarem dos debates que levarão à pauta de reivindicações, os companheiros se or-

ganizarão, em sintonia com a categoria, para avançarem nos acordos em seus locais de trabalho.

vEjA A LIStA dAS PAdARIAS quE EStão SENdo oBRIgAdAS A SE REguLARIzAR

oS dIREItoS tRABALHIStAS São SAgRAdoS. EMPRESA IRREguLAR dEvE SER dENuNCIAdA. SE o PAtRão Não REgIStRA EM CARtEIRA, Não PAgA HoRAS ExtRAS, Não dÁ foLgA E Só LHE tIRA o CouRo, AvISE o SINdICAto.

•100LimiteInd.eComérciodePães Av. do Cursino, 4.809 – Vila Moraes

•PraçadosPães – Rua Visconde de Sousa Fontes, 56 – Parque da Moóca

•ConfeitariaJaber – Rua Domingos de Moraes, 86 – Paraíso

•EstrellatoInd.Com.deProdutos Alimentícios – Rua Marco Arruda, 120 – Belém

•MagiaPãeseDoces – Rua Farjalla Koraicho, 46 – Vila Parque Jabaquara

•ThizzysConfeitaria – Rua Prof. Paulo F. Massaro, 55 – Vila Lavinia

•J.E.F.PãeseDoces Rua José Vieira Guimarães, 22-A Jardim Centenário

•KitsLanches – Rua Aron Master, 85 – Jardim Master

•LetíciaPãeseDoces – Rua Cerro Corá, 748 – Vila Argentina

•PanificadoraEstilo Rua Itingucu, 1.700 – Vila Ré

•PadariaSantoAntôniodePaula Av. Brigadeiro Luiz Antônio, 1.400 Bela Vista

•PadariaeConfeitariaPãodeLó Av. Cândido Portinari, 958 – V. Jaguara

•PadariaBellaJuly – Rua Prof. José Azevedo Minhoto, 99 – Vila Quitaúna

•RainhadoIracema – Av. Ministro Petrônio Portela, 2.172 – Itaberaba

•IndústriaFlávioLinodaSilva – Rua Raiz Forte, 258 – São Miguel Paulista

dE oLHo NoS

foRA dA LEI

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4 5Julho – 2013Julho – 20134 5

Ele é poeta, mas sua vida daria um romance. E dos bons. Senão vejamos. Nascido em São Luiz, Maranhão, e criado na periferia operária da cidade, Ferreira Gullar trabalhou como radialista, até se mudar para o Rio de Janeiro, em 1951. Mal completara então 20 anos de idade. Mas já trazia na baga-gem o esboço do livro “A luta corporal”, que iria sacodir os meios literários nacionais. Jornalista, dramaturgo, cronista, crítico de arte, pintor bissexto, homem de rádio e de televisão, grande animador do Teatro Opinião, Ferreira Gullar é, ainda, um militante das causas sociais e políticas.

Ou seja, estamos diante de um homem do Renascimento, pela amplitude de seus conhecimentos e alcance de seus interesses culturais e sensitivos. Aderiu à militância do Partido Comunista Brasileiro no dia do Golpe de 64, pois precisava estar organizado para combater a ditadura, conforme ele mesmo o diz. Ainda que tendo uma aguda consciência dos equívocos do socialismo, ao qual se ligou com paixão quase estética, ele permanece fiel aos seus ideais, firme na luta pela liberdade e pela justiça social. Devido a esse compromisso, foi preso pela ditadura.

Perseguido pelos golpistas após a sua soltura, o poeta amargou algum tempo de clandestinidade no Rio de Janeiro, até se ver obrigado a deixar o Brasil. Moscou, Paris, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires. Correu mundo o nosso Gullar.

No período mais terrível do obscurantismo cultural em nosso país, o poeta reconfortou com seu canto doído, sentido, as nossas próprias tris-tezas e mágoas. Mas a voz de Ferreira Gullar também embalou as nossas esperanças. O seu Poema Sujo é, provavelmente, o mais belo texto da poe-sia brasileira do século XX. Um texto que poderíamos chamar de dialético. Ainda hoje ecoa dentro de muitos de nós os versos do poeta desterrado:

O homem está na cidade como uma coisa está em outra

e a cidade está no homem que está em outra cidade.

E recorro mais uma vez ao poeta para entender o que lhe invade a alma e que é a verdadeira razão da sua e de nossas vidas:

Como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena

embora o pão seja caro e a liberdade pequena

Como teus olhos são claros

e a tua pele morena como é azul o oceano

e a lagoa, serena e a noite carrega o dia no seu colo de açucena

sei que dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena

mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena.

* Ivan Alves FilhoEspecial para A Massa

o poeta e seu povo

*Ivan Alves filho é historiador, jornalista, autor de 13 livros, editor do site da Fundação Astrojildo Pereira e do jornal eletrônico a vertente Cultural.

Você sabia...Que o pão foi o primeiro alimento

fabricado pela humanidade?

Que o pão só começou a ser consumido no Brasil a partir de 1808?

Que na Idade Média não havia pratos? as pessoas comiam sobre uma casca de pão velho. Se você gosta de passatempos e palavras cruzadas visite o site www.recreativa.com.br,

envie um e-mail com seu nome e endereço completos e peça uma cortesia.

Neste momento em que a população protesta nas ruas insatisfeita com o anacro-nismo das instituições governamentais, é conveniente lembrar que não há solução para os problemas sociais fora da democracia. Durante duas décadas, na segunda metade do século passado, o Brasil viveu sob uma ferrenha ditadura militar que só terminou em 1985. Ao assumirem o poder pela força, em meio a uma crise política, os militares quiseram conduzir o país no leito da “ordem e progresso”.

Não deu certo. Principalmente para os trabalhadores que pagaram a conta do crescimento da economia com o sacrifício de benefícios sociais e trabalhistas. O regime dos quartéis foi imposto à população. Manifestações de protesto passaram a ser duramente reprimidas pelas polícias. Com mão de ferro, os militares cassaram os direitos políticos de democratas. Na primeira leva de 100 cassações em 1964, cerca de 40 eram lideranças sindicais autênticas.

Para mostrar ao mundo uma imagem de país democrático, o regime manteve instituições, como o parlamento, por exemplo, mas sob forte controle. Com esse objetivo, também mantiveram o direito de greve, mas com procedimentos tão ri-gorosos, que tornaram proibitivas as paralisações por melhores condições de vida e de trabalho. E se fez o arrocho salarial.

Por conta dessa e de outras arbitrariedades, quando se apagaram as luzes do regime militar, a desigualdade social era imensa e o país estava financeiramente quebrado. Enfim, o regime promovido pelos militares no Brasil, entre 1964 e 1985, atrasou o desenvolvimento social, desperdiçando 21 anos da nossa História.

recordar é viver* cláudio Blanc

* coordenador do Projeto cultura e Memória dos Padeiros.www.padeiros.org.br

no site do sindicatoO site do Projeto Memória e Cultura do nosso sindicato, além de recuperar

e divulgar documentos, fotografias e depoimentos que contam a história da nossa categoria, acaba de colocar um Cine Club no ar. O internauta tem a sua disposição clássicos do cinema em que o tema é a luta da classe trabalhadora.

Um dos destaques é o documentário “Vlado – 30 anos depois”, do cineasta João Batista de Andrade. A fita conta a história do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em outubro de 1975 nos porões do Exército em São Paulo.

O internauta também encontra no Projeto Memória e Cultura, artigos, fotos e até uma biblioteca com áudio de livros sobre o universo cultural do padeiro, do pão e do movimento sindical brasileiro.

Julho – 2013Julho – 2013

As manifestações da juventude iniciadas em junho passado em São Paulo, criaram o clima, alastraram-se por centenas de cidades brasileiras como num efeito dominó – e culminaram, no último sábado de julho, com a reunião de cerca de três milhões de pessoas na praia carioca de Copacabana, no término da Jornada Mundial da Juventude Católica.

A multidão foi motivada pela fala suave e oportuna do papa Francisco, que peregrinou pelo Rio de Janei-ro e Aparecida do Norte, afinado com os anseios da juventude e falando a linguagem que todos queriam ouvir: “Sejam protagonistas das mudanças, construam um mundo melhor e mais justo”, ele pregou. “Saiam às ruas”, sugeriu aos bispos. Sem pronunciar expli-citamente a palavra corrupção, Francisco apontou a necessidade da “reabilitação da política”.

“O futuro exige de nós uma visão mais humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza”, afirmou Francisco, que tam-bém alertou sobre os perigos das drogas e orientou a juventude, seu público prioritário, para não esmorecer na luta contra a desigualdade social.

Foi exatamente motivada pelo desejo de justiça, de cobrança da dívida social, que a juventude havia saído para as ruas, em sucessivas manifestações das quais participaram ativamente jovens integrantes da nossa categoria. Uma juventude trabalhadora e ousada que está querendo a distribuição mais igualitária dos recursos públicos em favor de uma qualidade de vida melhor para todos nas cidades.

uMa JuventudeProtagonistadas Mudanças

Foto Stefano Rellandini / Reuters

Para sustentar o modelo político mundial, estamos descartando os extremos. Os jovens, que são promessa para o futuro, e os idosos, que precisam transferir sabedoria aos jovens.

Descartados os dois, o mundo desaba.

Papa Francisco

edição nº 41 – Julho de 2013

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4 5Julho – 2013Julho – 20134 5

Ele é poeta, mas sua vida daria um romance. E dos bons. Senão vejamos. Nascido em São Luiz, Maranhão, e criado na periferia operária da cidade, Ferreira Gullar trabalhou como radialista, até se mudar para o Rio de Janeiro, em 1951. Mal completara então 20 anos de idade. Mas já trazia na baga-gem o esboço do livro “A luta corporal”, que iria sacodir os meios literários nacionais. Jornalista, dramaturgo, cronista, crítico de arte, pintor bissexto, homem de rádio e de televisão, grande animador do Teatro Opinião, Ferreira Gullar é, ainda, um militante das causas sociais e políticas.

Ou seja, estamos diante de um homem do Renascimento, pela amplitude de seus conhecimentos e alcance de seus interesses culturais e sensitivos. Aderiu à militância do Partido Comunista Brasileiro no dia do Golpe de 64, pois precisava estar organizado para combater a ditadura, conforme ele mesmo o diz. Ainda que tendo uma aguda consciência dos equívocos do socialismo, ao qual se ligou com paixão quase estética, ele permanece fiel aos seus ideais, firme na luta pela liberdade e pela justiça social. Devido a esse compromisso, foi preso pela ditadura.

Perseguido pelos golpistas após a sua soltura, o poeta amargou algum tempo de clandestinidade no Rio de Janeiro, até se ver obrigado a deixar o Brasil. Moscou, Paris, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires. Correu mundo o nosso Gullar.

No período mais terrível do obscurantismo cultural em nosso país, o poeta reconfortou com seu canto doído, sentido, as nossas próprias tris-tezas e mágoas. Mas a voz de Ferreira Gullar também embalou as nossas esperanças. O seu Poema Sujo é, provavelmente, o mais belo texto da poe-sia brasileira do século XX. Um texto que poderíamos chamar de dialético. Ainda hoje ecoa dentro de muitos de nós os versos do poeta desterrado:

O homem está na cidade como uma coisa está em outra

e a cidade está no homem que está em outra cidade.

E recorro mais uma vez ao poeta para entender o que lhe invade a alma e que é a verdadeira razão da sua e de nossas vidas:

Como dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena

embora o pão seja caro e a liberdade pequena

Como teus olhos são claros

e a tua pele morena como é azul o oceano

e a lagoa, serena e a noite carrega o dia no seu colo de açucena

sei que dois e dois são quatro sei que a vida vale a pena

mesmo que o pão seja caro e a liberdade pequena.

* Ivan Alves FilhoEspecial para A Massa

o poeta e seu povo

*Ivan Alves filho é historiador, jornalista, autor de 13 livros, editor do site da Fundação Astrojildo Pereira e do jornal eletrônico a vertente Cultural.

Você sabia...Que o pão foi o primeiro alimento

fabricado pela humanidade?

Que o pão só começou a ser consumido no Brasil a partir de 1808?

Que na Idade Média não havia pratos? as pessoas comiam sobre uma casca de pão velho. Se você gosta de passatempos e palavras cruzadas visite o site www.recreativa.com.br,

envie um e-mail com seu nome e endereço completos e peça uma cortesia.

Neste momento em que a população protesta nas ruas insatisfeita com o anacro-nismo das instituições governamentais, é conveniente lembrar que não há solução para os problemas sociais fora da democracia. Durante duas décadas, na segunda metade do século passado, o Brasil viveu sob uma ferrenha ditadura militar que só terminou em 1985. Ao assumirem o poder pela força, em meio a uma crise política, os militares quiseram conduzir o país no leito da “ordem e progresso”.

Não deu certo. Principalmente para os trabalhadores que pagaram a conta do crescimento da economia com o sacrifício de benefícios sociais e trabalhistas. O regime dos quartéis foi imposto à população. Manifestações de protesto passaram a ser duramente reprimidas pelas polícias. Com mão de ferro, os militares cassaram os direitos políticos de democratas. Na primeira leva de 100 cassações em 1964, cerca de 40 eram lideranças sindicais autênticas.

Para mostrar ao mundo uma imagem de país democrático, o regime manteve instituições, como o parlamento, por exemplo, mas sob forte controle. Com esse objetivo, também mantiveram o direito de greve, mas com procedimentos tão ri-gorosos, que tornaram proibitivas as paralisações por melhores condições de vida e de trabalho. E se fez o arrocho salarial.

Por conta dessa e de outras arbitrariedades, quando se apagaram as luzes do regime militar, a desigualdade social era imensa e o país estava financeiramente quebrado. Enfim, o regime promovido pelos militares no Brasil, entre 1964 e 1985, atrasou o desenvolvimento social, desperdiçando 21 anos da nossa História.

recordar é viver* cláudio Blanc

* coordenador do Projeto cultura e Memória dos Padeiros.www.padeiros.org.br

no site do sindicatoO site do Projeto Memória e Cultura do nosso sindicato, além de recuperar

e divulgar documentos, fotografias e depoimentos que contam a história da nossa categoria, acaba de colocar um Cine Club no ar. O internauta tem a sua disposição clássicos do cinema em que o tema é a luta da classe trabalhadora.

Um dos destaques é o documentário “Vlado – 30 anos depois”, do cineasta João Batista de Andrade. A fita conta a história do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em outubro de 1975 nos porões do Exército em São Paulo.

O internauta também encontra no Projeto Memória e Cultura, artigos, fotos e até uma biblioteca com áudio de livros sobre o universo cultural do padeiro, do pão e do movimento sindical brasileiro.

Julho – 2013Julho – 2013

As manifestações da juventude iniciadas em junho passado em São Paulo, criaram o clima, alastraram-se por centenas de cidades brasileiras como num efeito dominó – e culminaram, no último sábado de julho, com a reunião de cerca de três milhões de pessoas na praia carioca de Copacabana, no término da Jornada Mundial da Juventude Católica.

A multidão foi motivada pela fala suave e oportuna do papa Francisco, que peregrinou pelo Rio de Janei-ro e Aparecida do Norte, afinado com os anseios da juventude e falando a linguagem que todos queriam ouvir: “Sejam protagonistas das mudanças, construam um mundo melhor e mais justo”, ele pregou. “Saiam às ruas”, sugeriu aos bispos. Sem pronunciar expli-citamente a palavra corrupção, Francisco apontou a necessidade da “reabilitação da política”.

“O futuro exige de nós uma visão mais humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza”, afirmou Francisco, que tam-bém alertou sobre os perigos das drogas e orientou a juventude, seu público prioritário, para não esmorecer na luta contra a desigualdade social.

Foi exatamente motivada pelo desejo de justiça, de cobrança da dívida social, que a juventude havia saído para as ruas, em sucessivas manifestações das quais participaram ativamente jovens integrantes da nossa categoria. Uma juventude trabalhadora e ousada que está querendo a distribuição mais igualitária dos recursos públicos em favor de uma qualidade de vida melhor para todos nas cidades.

uMa JuventudeProtagonistadas Mudanças

Foto Stefano Rellandini / Reuters

Para sustentar o modelo político mundial, estamos descartando os extremos. Os jovens, que são promessa para o futuro, e os idosos, que precisam transferir sabedoria aos jovens.

Descartados os dois, o mundo desaba.

Papa Francisco

edição nº 41 – Julho de 2013

Page 6: A Massa - Julho / 2013

6 Julho – 2013

Assembleia do FGTS: Chiquinho cobra reposição na Justiça.

afif DOMiNGOS PROMETE aPOiO aOS PaDEiROS

O atual critério de cálculo do benefício da aposentadoria, denominado Fator Previden-ciário, vai continuar a lesar os trabalhadores.

Essa foi a impressão passa-da pelo ministro da Previdên-cia Social, Garibaldi Alves Filho, em reunião com a direção da UGT.

O ministro não quis tocar no assunto. Indagado, limitou--se a dizer que quando foi indicado para o ministério, pensou: “Estou assumindo um abacaxi”.

Afif e Chiquinho (ao centro) com Toninho, presidente do sindicato patronal do ABC e Cidão dos Padeiros (à esq.)

À direita, Pedrinho, nosso vice-presidente e Antero, presidente do sindicato patronal de São Paulo.

mbora a troca das máqui-nas obsoletas seja uma

obrigação das padarias, a di-reção do nosso sindicato não tem medido esforços para que esse processo se realize o mais rapidamente possível. A substi-tuição das máquinas permitirá reduzir o elevado número de acidentes do trabalho nas pa-darias brasileiras.

Foi com esse objetivo que o presidente do nosso sindicato, Chiquinho Pereira, levou em-presários da indústria de pani-ficação para uma audiência, no dia 8 de julho, em São Paulo, com Afif Domingos, ministro chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presi-dência da República.

A troca das máquinas obso-letas é uma determinação do Anexo VI da NR12, que obriga as empresas a fazerem a subs-tituição de todas as máquinas até junho de 2016.

A abertura de uma linha especial de financiamento em nível nacional, argumentou Chiquinho, vai acelerar a subs-tituição das máquinas em to-das as padarias e indústrias de panificação existentes no país.

O presidente do Sindicato da Indústria de Panificação do Grande ABC, Antônio Carlos Henriques, presente na audi-ência, disse que o apoio finan-ceiro permitirá às empresas manterem os níveis programa-dos de investimentos no setor.

Com o mesmo propósito, os participantes pediram mudan-ças no sistema tributário, que tem sobrecarregado as empre-sas – e também a revisão da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). “A burocracia precisa ser elimina-

da”, afirmou Chiquinho. “Por não ser poluente, o setor de panificação não pode receber o mesmo tratamento que o se-tor químico”, ele exemplificou.

O ministro ouviu os par-ticipantes e prometeu levar as reivindicações ao governo federal. A redução da carga tributária, a linha especial de crédito para a troca das má-quinas obsoletas e a revisão da CNAE, segundo Chiquinho Pereira, contribuirão para a ampliação do número de em-pregos no setor da panificação.

E O fator Previdenciário não pode continuar

fGTS: SiNDiCaTO RECEBE aDESÕES

A extinção do Fator Previ-denciário chegou a ser apro-vada no Congresso Nacional, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei em 2010.

O Fator Previdenciário pre-judica o trabalhador porque ele é obrigado a começar a trabalhar mais cedo. Se ele se aposentar antes dos 65 anos de idade, mesmo tendo cumprido o tempo de contri-buição, pode chegar a perder até 45% do valor do benefício a que teria direito.

Nosso sindicato já começou a rece-ber adesões dos companheiros interes-sados em reaver na Justiça as perdas na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que foi frau-dada pelo governo. “Vamos reverter o prejuízo por menor que seja a quantia”, conclamou Chiquinho Pereira em as-sembleia realizada no sindicato.

A fraude vem desde 1999, quando o índice escolhido para corrigir mensal-mente os depósitos do FGTS começou a ficar sistematicamente abaixo da inflação – embora a Lei determine que se faça a atualização monetária dos recursos depositados.

Com isso, todo trabalhador perdeu e pode reclamar na Justiça, tenha ou não mexido na sua conta desde 1999. Um trabalhador, por exemplo, que não movimentou os recursos ao longo de todo esse período, tem direito a uma correção de 88,3%, ou seja, cada mil reais que tinha naquela época deveriam ser hoje R$ 2.586,47. Mas ele só tem R$ 1.340,47.

Para evitar que os companheiros se submetam aos demorados e des-confortáveis deslocamentos comuns na cidade, o pessoal do sindicato já está recolhendo adesões nos locais de trabalho.

fraude na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Ser-

viço (FGTS) surpreende pelo volume dos recursos envolvidos. Atinge todos os depósitos, movimentados ou não, nos últimos 14 anos. Esse “assalto discreto” está levando mais da metade do patrimônio dos trabalhadores que não mexeram no seu FGTS nesse período. Preci-samos reverter essa situação!

O nosso caminho é judicial, mas a luta é política. A adesão em massa à nossa ação reforçará a luta pela retomada da aplicação

do índice correto nos depósitos do FGTS. Cada real que estava na conta em janeiro de 1999 hoje são 11 centavos. Não dá para comprar uma balinha. A inflação comeu o seu valor e continua comendo. No mês que vem serão menos centa-vos ainda. Até junho passado, a in-flação oficial deste ano foi de 3,3% enquanto a correção dos depósitos ficou em zero.

A fraude faz lembrar o Governo Collor que tomou o dinheiro da nos-sa poupança. O próprio FGTS, que hoje nós recebemos muito bem, foi

criado, em 1966, para substituir um sistema muito mais benéfico aos trabalhadores que inibia a dispensa arbitrária e garantia a estabilidade no emprego: a Lei da Estabilidade.

O custo das demissões era muito mais alto. Na dispensa, o traba-lhador tinha direito a um salário por ano trabalhado e o ano era contado a partir do sexto mês de trabalho. Depois de dez anos, o trabalhador tinha estabilidade no emprego e só podia ser demitido por falta grave.

A mudança encontrou a classe

trabalhadora amordaçada. A li-berdade de organização sindical era monitorada e as principais lideranças sindicais haviam sido cassadas.

A rotatividade da mão de obra atingiu níveis alarmantes. Tentou-se criar freios legais na Consti-tuição de 1988 – a multa de 40% sobre o volume dos depósitos. Mas a festa continua. Os patrões conti-nuam a dispor das pessoas ao seu bel prazer.

Chiquinho Pereira

Afraude é um "assalto discreto"

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7Julho – 2013

manifestação para a cidade de são paulo

assembleias nas portas de fábricas

etrô e ônibus trafegaram quase vazios pelas calmas

ruas da cidade ensolarada. O congestionamento de veículos nas principais vias registrou um nível cinco vezes menor do que nos dias comuns de traba-lho: 8 quilômetros no pico das 9 horas da manhã.

Parecia um domingo, mas era quinta-feira. Concentrados desde as primeiras horas em diferentes pontos da cidade, milhares de trabalhadores marcharam em direção ao ato principal da manifesta-ção, montado no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no espigão da Avenida Paulista.

Foi assim que transcorreu o 11 de julho, escolhido pelas Centrais Sindicais para a re-alização do “Dia Nacional de Luta – com greves e manifesta-ções”. Não houve depredação, violência, nem outro tipo de incidente.

Nossa categoria juntou-se aos companheiros de outros ramos profissionais, como os comerciários e os motoboys, organizados na marcha da União Geral dos Trabalhado-

M res, a UGT – central da qual o presidente do nosso sindicato, Chiquinho Pereira, é secretário nacional de Organização e Po-lítica Sindical.

A manifestação começou na Rua 25 de Março, que foi tomada por mais de seis mil pessoas. As lojas de comércio popular da região cerraram as portas. Moradores saíram às janelas dos edifícios, incenti-vando a manifestação. Do alto do carro de som, Chiquinho Pereira deu o recado: “O país está sendo tomado de assalto pela corrupção, pela malan-dragem, e não podemos deixar que isso continue”, afirmou ele. E acrescentou: “Com a realização da Copa de Futebol, o governo quer fazer bonito para o mundo, gastando bi-lhões em estádios que virarão elefantes brancos, enquanto o trabalhador passa três, quatro horas dentro de um ônibus que transporta mais gente do que sua capacidade permite”.

A marcha cruzou o cen-tro antigo de São Paulo e se dirigiu à Avenida Paulista para integrar o ato com os manifes-tantes das Centrais Sindicais.

Chiquinho Pereira, no Dia Nacional de Luta.

Os governos não podem continuar a tratar os trabalhadores assim. Com transporte público que chega à imobilidade e trabalhadores implorando um lugar na fila dos hospitais. Não importa quem é o

presidente da República. Para o trabalhador interessa que, quem está ali, represente e respeite as suas necessidades.

Na semana da realização do “Dia Nacional de Luta - com greves e manifestações”, orga-nizada pelas Centrais Sindicais, nossa categoria, além de ir para as ruas, realizou assem-bleias em portas de padarias e indústrias de panificação – en-tre elas Panco, Nutrella, Bella Paulista e Galeria dos Pães.

O objetivo foi discutir a situação de vida em que se encontra o trabalhador hoje no país e informar os companhei-ros sobre a fraude na correção dos depósitos do FGTS (leia matéria na pág. 6).

Presente em diferentes as-sembleias, nosso presidente, Chiquinho Pereira, concla-

mou: ”Vamos juntar forças para sermos mais fortes. Sem a organização e a ajuda do sindicato, nós estaríamos na roça”.

Para Chiquinho, é inconce-bível que, enquanto o governo faz um assalto discreto nos depósitos do FGTS, distribua benesses, favores e cortesias para as classes abastadas e não para os trabalhadores.

“Essa situação precisa mu-dar com a contribuição da nossa categoria”, acrescentou Chiquinho, apontando a neces-sidade de o governo investir na ampliação dos serviços pú-blicos com qualidade, como a saúde, educação e transporte.

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8 Julho – 2013

mantida a tradição no dia dos padeiros

placar do festival

do dia dos padeiros

Patriopan “A” 6 X 3 Brasileira

Patriopan “B” 5 X 1 Di Cunto

Patriopan “C” 6 X 3 Ben Hur “A”

Cepan 3 X 4 Ben Hur “B”

22 de Fevereiro “A” 3 X 4 Monte Carlo

22 de Fevereiro “B” 4 X 3 Juliana

Combinado Couto e Rocha/Nova Major

2 X 7 Morrys

Com a tradicional distri-buição de pães bentos para a população, o pessoal do nosso Sindicato comemorou a pas-sagem do “Dia dos Padeiros”, no 13 de junho passado. Mais uma vez, coube ao padre Eval-dino Borges Dias, da paróquia de Nossa Senhora Achiropita, dar a benção aos pães.

Participaram das comemo-rações as crianças do quarto ano da Escola Estadual Dra. Maria Augusta Saraiva, lo-calizada na mesma rua do sindicato. Meninos e meninas de turmas distintas chegaram formando silenciosas filas indianas, monitorados por suas respectivas professoras: Ana Lúcia Barreto e Ivonete dos Santos e Luciene Ribeiro Domingos. A vice-diretora da escola, Tânia Regina de Olivei-ra, prestigiou o evento.

Enquanto o pessoal do sindicato fazia, na rua, a festa da distribuição de milhares de pães para a população, o nosso presidente Chiquinho

colônia de férias ganha quadra de esportesfutebol society

abre comemoração

Pereira conversava com as crianças confortavelmente acomodadas no auditório do quarto andar. Chiquinho destacou a importância dos caminhos que levam à cons-trução do país, lastimando o desvio de jovens que caíram em outro mundo.

No final da tarde, a catego-ria reuniu-se em assembleia marcada para comemorar a data, que também foi presidida por Chiquinho Pereira. Ele fez um balanço das atividades do sindicato e das lutas que a categoria tem pela frente para, ato contínuo, convidar os presentes à participarem da inauguração oficial das novas instalações da sede, no bairro da Bela Vista, na zona central de São Paulo.

As novas instalações, dis-tribuídas por um amplo es-paço contíguo ao prédio prin-cipal, já estão abrigando os serviços jurídicos, oferecendo mais conforto aos associados. Os visitantes podem contar

O padre Evaldino (no alto à esq.) benze os pães que, em seguida, começam a ser distribuidos à população pelo pessoal do sindicato (ao lado). Acima,

Chiquinho conversa com alunos do ensino fundamental e preside no final do dia assembleia comemorativa do Dia dos Padeiros.

A realização de um Festival de Futebol marcou a inauguração, na noite do dia 20 de julho, da quadra oficial de esportes da nossa colônia de férias em Caraguatatuba. O companheiro Cidclei Soares Barbosa, o

"Acosta", da equipe da Monte Carlo, marcou o gol inaugural, embora sua equipe tenha perdido de 6 a 5 para a Irmãos Vieira. No dia seguinte jogaramJC Brasil 4 contra Cepam 1; Irmãos Vieira 6 contra Padeiros 1; e Alcântara Machado 4 contra Monte Carlo 7. Além da quadra de futebol, também foi

inaugurada a academia de ginástica ao ar livre. O nosso presidente, Chiquinho Pereira, destacou a importância do esporte e da

cultura, atividades que o nosso sindicato incentiva.

agora com uma confortável sala de espera com poltronas estofadas e onde o destaque

é a apresentação contínua, em vídeo, de curiosidades sobre a história do pão, o primeiro ali-

mento produzido pela huma-nidade e notícias relacionadas com a ação sindical.

campanha salarial 2013 – são pauloassembleia – dia 16 de agosto – 17:o0 horasrua major diogo, 126 – bela vista – centro

www.padeiros.org.br – [email protected]

Entre as atividades come-morativas do Dia dos Padeiros, não faltou a realização do tradicional Festival de Futebol Society nas quadras da Arena Sport Brasil – localizada no bairro do Ipiranga, na capital paulista.

As goleadas mostraram que os atletas estavam com muita fome de bola (veja o placar). Participaram mais de dez times formados por companheiros

de diversas empresas do se-tor. O mal tempo impediu o comparecimento de equipes que haviam confirmado sua presença.

O futebol society é a ati-vidade esportiva incentivada pelo sindicato. Nas tardes das quartas-feiras são promovidos “rachões”. Os companheiros, que quiserem calçar as chu-teiras, podem participar. Basta ser sócio do sindicato.

assembleia comemorativa

palestra paraas crianças