A MENINA QUE NÃO ERA MALUQUINHA II E OUTRAS...

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1 PROJETO PEDAGÓGICO A MENINA QUE NÃO ERA MALUQUINHA II E OUTRAS HISTÓRIAS Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP CEP 05051-000 DIVULGAÇÃO ESCOLAR (11) 3874-0884 [email protected] www.editoramelhoramentos.com.br www.facebook.com/melhoramentos PL_A_menina_que_nao_era_maluquinha_2_p8.indd 1 22/05/15 13:37

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PROJETO PEDAGÓGICO

A MENINA QUE NÃO ERA MALUQUINHA IIE OUTRAS HISTÓRIAS

Rua Tito, 479 – Lapa – São Paulo – SP

CEP 05051-000

DIVULGAÇÃO ESCOLAR

(11) 3874-0884

[email protected]

www.editoramelhoramentos.com.brwww.facebook.com/melhoramentos

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A Menina Que Não Era Maluquinha II e Outras HistóriasPR

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ICO Autora: Ruth Rocha

Título: A Menina Que Não Era Maluquinha II e Outras Histórias

Ilustradora: Mariana Massarani

Formato: 20,5 x 26 cm

N.o de páginas: 40

Elaboração: Caio Ritter e Elaine Maritza de Silveira

Ficha

PRO

JETO

PED

AGÓ

GIC

O Ruth Rocha nasceu em 1931, em São Paulo, onde passou a infância, sempre entre livros, gibis, brincadei-ras e uma ou outra peraltice, assim como os personagens desse livro. Publicou seu primeiro livro há mais de trinta anos e nunca mais deixou de lançar novos títulos, de todos os temas. Tem mais de cem livros publi-cados no Brasil e no exterior. Já rece-beu muitos prêmios literários, entre eles o Prêmio Jabuti.

A obra A Menina Que Não Era Maluquinha II e Outras Histórias é composta por quatro pequenos con-tos que têm em comum personagens especiais, crianças que aprontam suas peraltices e fazem com que os adul-tos tenham que repensar suas postu-ras. Situações como entrar em uma nova escola, ficar de castigo, receber um primo comportadinho e brincar em uma farmácia transformam -se aqui em motivos para boas risadas.

A autora Apresentação

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8anos

INDICAÇÃO:

Leitor em processo:

a partir de

ensinofundamental

Temas principais: comportamento, fantasia e infânciaTemas transversais: ética, trabalho e consumoInterdisciplinaridade: Língua Portuguesa, História, Artes

Quadro sinóptico

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A motivação tem por objetivo cha-mar a atenção do aluno para o livro que será lido, inserindo -o na “atmos-fera” literária, sem, contudo, fazer referência direta à obra. Assim, você poderá, se julgar interessante, realizar atividades motivacionais para a leitura propostas a seguir.

I – Quebrando a cabeça…

Com base na ilustração inicial da segunda história, “Levada, eu?”, construa um quebra -cabeça. Divida então a turma em pequenos grupos, desafiando -os a montar o jogo.

Feito isso, convide os alunos a expor suas observações sobre a atitude da menina Juju, a protagonista dessa história. O que ela está fazendo? As expressões de seus pais revelam que ela está fazendo algo aceitável ou alguma traquinagem? E você, já apron-tou alguma peraltice que merecesse virar um quebra -cabeça?

Após breve debate, peça aos alu-nos que, ainda em pequenos grupos, escolh uma traquinagem feita por eles, desenhem-na e montem, com o desenho, um novo quebra -cabeça. Os quebra -cabeças serão trocados entre

Atividades lúdico -reflexivas

a) Peça aos alunos que observem a postura da professora Brites em relação à nova aluna. Será que ela agiu adequadamente? Se você fos-se a professora, como receberia a menina? Como você acha que ela se sentiu?

b) Proponha aos alunos que realizem a “técnica do espelho”, apresen-tando a professora Tesbri (ou seja, a “imagem invertida” da professora Brites). Como ela seria?

c) No primeiro conto, são citados dois fatos históricos: o Descobrimento

Motivando a leitura os diferentes grupos, cada um deles tentando montar o quebra -cabeça recebido e buscando identificar nas imagens qual a travessura retratada.

ComentárioAs quatro histórias têm como elemento comum, além da atmosfera leve e bem -humorada, ações de crianças levadas e espirituosas, algu-mas mais traquinas, como a Juju, outras nem tanto. Assim, a atividade motivacional também faz uso desse mote, incentivando os alunos a falar de si para, depois, mergulhar na leitura dos contos de Ruth Rocha.Procure levar os alunos a perceber que toda criança tem seu lado peralta, independente-mente da época, como na história que fecha o livro: “Tio Chico, Zezé e a farra da farmácia”.

Explorando a leitura

Feito isso, convide os alunos a expor suas observações sobre a atitude da menina Juju, a protagonista dessa história. O que ela está fazendo? As expressões de seus pais revelam que ela está fazendo algo aceitável ou alguma traquinagem? E você, já apron-tou alguma peraltice que merecesse

Após breve debate, peça aos alu-nos que, ainda em pequenos grupos, escolh uma traquinagem feita por eles, desenhem-na e montem, com o desenho, um novo quebra -cabeça. Os quebra -cabeças serão trocados entre

o livro: “Tio Chico, Zezé e a farra da farmácia”.

ComentárioO espelho nos devolve nossa imagem invertida. O que está do lado direito, ao ser espelhado, é visto pelo lado esquerdo. Assim, após expli-car aos alunos a técnica, estimule-os a pensar como seria a professora Brites caso ela virasse outra, invertida, ou seja, completamente dife-rente: a professora Tesbri.Para deixar a proposta mais clara aos alunos, leve um espelho para a sala de aula e incen-tive-os a se olhar, observando que, diante do espelho, se, por exemplo, acenarem com a mão esquerda, a imagem refletida “responderá” com a direita.

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do Brasil e a morte do bispo Sardinha. Com o auxílio da disciplina de História, numa perspectiva interdisciplinar, su-gira aos alunos que pesquisem outros fatos da história bra-sileira e narrem de forma leve, brincalhona, o que a menina fez na aula.

d) Juju, personagem da segunda história, aprontava muito, ao contrário de Armandinho, personagem da terceira his-tória, que era todo certinho. Até quando fi cou de castigo, Juju acabou fazendo das suas.

Analise com os alunos os motivos por que os dois ficaram de castigo. Observar como eles agiram a fim de que o castigo se tornasse mais leve.

Após a atividade em que os alunos analisam o comporta-mento dos personagens, proponha um breve debate a partir das questões:• Você alguma vez ficou de castigo?• Como agiu quando estava de castigo?• Aprontou mais uma como fez Juju ou ficou esperando que

o castigo acabasse?• Punir alguém com castigo é correto? Por quê?

e) Armandinho é um garoto muito certinho. Você tem algum parente ou conhecido assim? Como você se relaciona com ele? É possível existir alguém tão certinho como Armandinho?

f) As histórias são contadas de diferentes maneiras, com di-ferentes focos (primeira pessoa, terceira pessoa, memória). De qual desses modos de contar você gostou mais? Por quê? Em qual deles temos mais acesso ao que o persona-gem pensa?

II – De olho nas ilustrações

ComentárioA proposta de atividade f depende muito do tipo de trabalho que você costuma desenvolver com seus alu-nos e também da faixa etária da turma e do estágio cognitivo em que eles se encontram, pois ela visa analisar a estrutura tex tual, não restringindo a leitura ao tema, porque, dependendo do foco esco-lhido pelo autor, pode -se ter uma história diferente.É interessante perceber que o modo como Ruth Rocha narra os contos dá ao livro mais dinamismo. Claro que você não precisa teori-zar, mas apenas destacar as opções que a escritora fez ao produzir os textos.Geralmente, a narração em pri-meira pessoa traz mais elemen-tos para a compreensão do pro-tagonista e de seus sentimentos. Assim, o leitor tem mais acesso à interioridade do personagem prin-cipal, mas fica limitado ao que os demais personagens pensam, pois o acesso à história se dá a partir

de um único ponto de vista, o do narrador, que, por ser em primeira pessoa, é o mesmo do personagem principal.No entanto, quando a narração é em terceira pessoa, há mais possi-bilidade de o leitor conhecer outros aspectos da história e também dos demais personagens, visto que o narrador não é um personagem e, portanto, por não fazer parte da história, ele pode apresentar todas as informações que julgar impor-tantes.Já na última história, como relata algo que o personagem ouviu de seu avô, Ruth Rocha aproxima a narrativa dos relatos de memória, embora as memórias narradas não sejam as do menino, mas aquelas que seu avô lhe contou, o que faz do narrador uma espécie de narrador -testemunha. Ele conta os fatos, mas relata o que ouviu de seu avô e não o que viveu. Seu avô é o personagem, ele é apenas o narrador.

Armandinho é um garoto muito certinho. Você tem algum parente ou conhecido assim? Como você se relaciona com ele? É possível existir alguém tão certinho como Armandinho?

As histórias são contadas de diferentes maneiras, com di-ferentes focos (primeira pessoa, terceira pessoa, memória). De qual desses modos de contar você gostou mais? Por quê? Em qual deles temos mais acesso ao que o persona-

cipal, mas fica limitado ao que os demais personagens pensam, pois o acesso à história se dá a partir

de seu avô e não o que viveu. Seu avô é o personagem, ele é apenas o narrador.

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Sempre é interessante que a leitura de um livro instigue os alunos a bus-car mais informações e a criar objetos culturais a partir de diferentes olhares sobre o livro lido.

Assim, sugere -se que, após a leitura e a exploração dos elementos textuais, os alunos realizem atividades que vão além da mera leitura informativa, refle-xiva ou fruitiva.

1. Criando uma linguagemNa primeira história, a menina con-

juga os verbos do seu jeito, o que acaba confundindo e irritando a pro-fessora. Assim, desafie os leitores, em pequenos grupos, a criar uma lingua-gem utilizando determinados códigos. Depois, usando esses códigos, cada grupo deve escrever uma mensagem que fale sobre suas impressões de lei-tura do livro de Ruth Rocha.

Essas mensagens serão trocadas entre os grupos para que cada grupo tente decodificar a mensagem.

2. Entrevistando pais e avósA quarta história começa dizendo

que: “Há muito tempo era tudo dife-rente. Só as pessoas é que eram a mesma coisa”. Assim, a história abre

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Note que, além de apresentar ele-mentos referidos pela autora, a ilustra-ção de Mariana Massarani acrescenta às cenas informações que contribuem para a leitura da criança, expondo ele-mentos subjetivos, não presentes expli-citamente nas histórias.

Assim, pode -se solicitar aos alunos que façam uma leitura das imagens do livro, destacando alguns elementos acrescentados pela ilustradora e as infor-mações que eles somam às histórias.

ComentárioObserve com o grupo a ilustração da

página 6 e solicite aos alunos que pres-tem atenção nos detalhes apresentados, que revelam como os amigos da menina se sentiram quando ela partiu da cidade.

Leve os alunos a perceber que há feli-cidade nas expressões dos amigos (risos, acenos), mas também há tristeza (lágri-mas, olhos fechados). Orientada, essa percepção pode levar as crianças a se interrogarem sobre o porquê de a partida da menina trazer felicidade e ao mesmo tempo tristeza. Tristeza por ela estar par-tindo para uma cidade distante e eles não poderem mais se ver diariamente; felici-dade por ela viver uma nova etapa em sua vida.

Indo além da leitura um espaço bastante interessante para que os alunos interajam com seus pais e/ou com seus avós a fim de perceber como era ser criança na época em que eles viveram a infância. Incentive as crianças a criar perguntas sobre o que gostariam de saber sobre a infância de seus pais ou de seus avós.

ComentáriosA linguagem serve para informar, transmi-tir conhecimentos, criar identidade entre um grupo e, assim, aproximar as pessoas de uma comunidade. No entanto, é muito comum determinados grupos criarem seus próprios códigos para preservar certas informações que queiram manter em segredo. É comum, por exemplo, grupos de jovens terem seu próprio vocabulário, suas gírias, suas expressões.Houve uma época em que se tentou usar uma língua comum a todos os povos, a fim de aca-bar com os obstáculos causados à comunicação pelo uso de línguas diferentes. Com essa ideia, foi criado o esperanto.

que fale sobre suas impressões de lei-

Essas mensagens serão trocadas entre os grupos para que cada grupo

A quarta história começa dizendo que: “Há muito tempo era tudo dife-rente. Só as pessoas é que eram a mesma coisa”. Assim, a história abre

pelo uso de línguas diferentes. Com essa ideia, foi criado o esperanto.

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Um livro sempre pode ser uma refe-rência para mais e mais leituras. Assim, sempre é interessante indicar aos alu-nos outros livros que mantenham rela-ções de intertextualidade com o livro lido, seja por tratarem do mesmo tema, seja por fazerem uso do mesmo tipo de personagem, cenário, linguagem, seja por serem escritos pelo mesmo autor ou ilustrados pelo mesmo ilustrador.

Seguem -se algumas indicações:

Outras leituras

Adamastor, o Pangaré, de Mariana Massarani (texto e ilustração). São Paulo: Editora Melhora-mentos, 2011.Não Era uma Vez… Contos clássicos recontados, de vários autores, ilustrado por Mariana Massa-rani. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2010.A Menina Que Não Era Maluquinha I, de Ruth Rocha, ilustrações de Mariana Massarani. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009.O Menino Maluquinho, de Ziraldo (texto e ilustra-ção). São Paulo: Editora Melhoramentos, 1980.

ções de intertextualidade com o livro lido, seja por tratarem do mesmo tema, seja por fazerem uso do mesmo tipo de personagem, cenário, linguagem, seja por serem escritos pelo mesmo autor ou ilustrados pelo mesmo ilustrador.

Seguem -se algumas indicações:

Adamastor, o Pangaré(texto e ilustração). São Paulo: Editora Melhora-mentos, 2011.Não Era uma Vez… Contos clássicos recontadosde vários autores, ilustrado por Mariana Massa-rani. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2010.A Menina Que Não Era Maluquinha IRocha, ilustrações de Mariana Massarani. São Paulo: Editora Melhoramentos, 2009.O Menino Maluquinhoção). São Paulo: Editora Melhoramentos, 1980.

3. Criando históriasA última história tem um final aberto

a várias interpretações. Com a chegada de Brederodes, todos ficam imaginando de que maneira ele se relacionou com as crianças, ou seja, como ficou a situa-ção entre as crianças e o novo ajudante do tio Chico. Assim, pode -se desafiar os alunos a escrever uma história cujo título seria “Tio Chico, Brederodes e as crianças na farmácia”.

O esperanto é a língua artificial mais falada no mundo. Ao contrário da maioria das outras línguas artificiais, o esperanto saiu dos níveis de projeto (publicação de instruções) e semilíngua (uso em algumas poucas esferas da vida social).Seu iniciador, o médico polaco Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a versão inicial do idioma em 1887, com a intenção de criar uma língua de aprendizagem mais fácil, que servisse como língua franca internacional, para toda a popula-ção mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes).O esperanto pode ser empregado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, conven-ções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio. Alguns sistemas esta-tais de educação oferecem cursos opcionais de esperanto, e há evidências de que ele auxilia na aprendizagem dos demais idiomas.

Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/Esperanto. Acesso em: 28 maio 2012.

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