A Pastilha Anti-Corrosªo - engegraut.com.br · O fluxo de corrente no concreto é acompanhado por...

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RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 2000 4 Efetivamente, esta notável idéia de utilizar técnicas ele- troquímicas nos serviços localizados de recuperação estrutural, vem corroborar a mudança mundial, que hoje se procede, na estratégia de execução des- tes serviços, motivada pela asserção de que é a única maneira de interromper a corrosão no concreto armado e protendido. A antiga estratégia de tratamento da estru- tura, chamada “recuperação estrutural”, apenas tratava e trata das conseqüências da corrosão e não da sua causa. A obra sem- pre se inicia sem a investigação prévia da existência de células de corrosão (com a semi-pilha) ao longo de toda a estrutura em apreço mas apenas com base nas conseqü- ências visíveis que são os desplacamentos da camada de recobrimento. Ignora-se tam- bém (e principalmente) a existência de con- taminação no concreto, fator preponderan- te e desencadeador da mudança daquele ambiente alcalino em um ambiente absolu- tamente infernal às armaduras. O que se faz, não passa de corte dos des- placamentos, e em torno das barras, segui- do da limpeza das regiões comprometidas e aplicação de epóxi ou epóxi rico em zinco nas armaduras do concreto, com o propósi- to de “neutralizar” o processo de corrosão. Esta forma de tratamento é contestada por sua duvidosa intervenção, já que estabele- ce células ainda maiores de corrosão em fun- ção do caráter dielétrico do polímero epóxi. Para o caso do epóxi rico em zinco, descon- siderando-se o questionável teor ideal do metal inserido na matriz, sua função estaria comprometida pela situação isolante do po- límero que o envolve, neutralizando a troca Joaquim Rodrigues A Pastilha Anti-Corrosªo Definitivamente, podemos e devemos parar de tratar apenas os efeitos da corrosão nos serviços de recuperação e reforço estrutural. O tratamento da causa está na Pastilha Z. Lugar comum de muitas estacas de pontes: a presença de altos níveis de corrosão que são tratados, invariavelmente, considerando-se apenas os seus efeitos. Por que não tratar a causa? O tratamento convencional ataca apenas as conseqüências da corrosão. CORROSÃO CORROSÃO

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RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 20004

Efetivamente, esta notávelidéia de utilizar técnicas ele-troquímicas nos serviçoslocalizados de recuperaçãoestrutural, vem corroborar amudança mundial, que hoje

se procede, na estratégia de execução des-tes serviços, motivada pela asserção de queé a única maneira de interromper a corrosãono concreto armado e protendido.A antiga estratégia de tratamento da estru-tura, chamada “recuperação estrutural”,apenas tratava e trata das conseqüênciasda corrosão e não da sua causa. A obra sem-pre se inicia sem a investigação prévia daexistência de células de corrosão (com asemi-pilha) ao longo de toda a estrutura emapreço mas apenas com base nas conseqü-ências visíveis que são os desplacamentosda camada de recobrimento. Ignora-se tam-bém (e principalmente) a existência de con-taminação no concreto, fator preponderan-te e desencadeador da mudança daqueleambiente alcalino em um ambiente absolu-tamente infernal às armaduras.O que se faz, não passa de corte dos des-placamentos, e em torno das barras, segui-do da limpeza das regiões comprometidas eaplicação de epóxi ou epóxi rico em zinconas armaduras do concreto, com o propósi-to de “neutralizar” o processo de corrosão.Esta forma de tratamento é contestada porsua duvidosa intervenção, já que estabele-ce células ainda maiores de corrosão em fun-ção do caráter dielétrico do polímero epóxi.Para o caso do epóxi rico em zinco, descon-siderando-se o questionável teor ideal dometal inserido na matriz, sua função estariacomprometida pela situação isolante do po-límero que o envolve, neutralizando a troca

Joaquim Rodrigues○

A Pastilha Anti-CorrosãoDefinitivamente, podemos e devemos parar de tratarapenas os efeitos da corrosão nos serviços derecuperação e reforço estrutural. O tratamento da causaestá na Pastilha Z.

Lugar comum de muitas estacas de pontes: a presença de altos níveis de corrosão que são tratados,invariavelmente, considerando-se apenas os seus efeitos. Por que não tratar a causa? O tratamentoconvencional ataca apenas as conseqüências da corrosão.

CORROSÃOCORROSÃO

RECUPERAÇÃOESTRUTURAL

Não faça recuperação sem ela!

COMBATA A CORROSÃOEM SUA OBRA DE 100%

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Faça proteção catódica com Pastilha Z, suaúnica garantia contra o retorno da corrosão nosseus serviços de recuperação/reforçoestrutural. Suas vantagens são inúmeras:

� Proteção localizada contra a corrosão nas armaduras, em qualquertipo de estrutura, para todo tipo de ambiente.

� Anula a corrosão do anôdo de anel (ring anode), muito comum nosserviços de recuperação estrutural localizados.

� A Pastilha Z é facilmente incorporada em armaduras novas ou emestado de corrosão.

� A Pastilha Z garante sua estrutura por, pelo menos, 15 anos contra acorrosão.

Arame de amarração.

Matrizcimentíciaiônicacondutiva.

Núcleo dezinco (anodode sacrifício).

Vista em corte daPastilha Z

galvânica entre o zinco e o aço da armadura.Como conseqüência desta tendência, estãosurgindo novas técnicas de proteção cató-dica passiva, mais práticas e viáveis, queutilizam quase que, invariavelmente, o me-tal (anodo) zinco, ao contrário dos sistemasativos de corrente impressa.Com base na técnica de proteção catódicapor anodo de sacrifício, surge agora no nos-so mercado um interessante produto, deno-minado PASTILHA Z, que vem resolver osério problema da efetiva interrupção dacorrosão nas armaduras do concreto paraaquelas situações de recuperações locali-zadas. Responsável pela maior fatia do mer-cado de recuperação estrutural, os serviçosque envolvem o tratamento de processosde corrosão localizados, até então restritosao lugar comum da ressurgência do sinto-ma após alguns anos, tornavam impotentea empresa de recuperação diante de clien-tes cada vez mais exigentes com relação àgarantia natural exigida, de cinco anos.

Entendendo a Corrosãono Concreto

O aço sofre corrosão porque não é um ma-terial em estado natural. O minério de ferroda natureza é fundido e trabalhado, produ-zindo-se o aço através da adição de outrosmetais e energia. Sob determinadas condi-ções o aço perde esta energia e volta ao seuestado natural. Esta perda de energia cha-ma-se corrosão. A corrosão ocorrerá quan-do existirem quatro condições: dois metais(ou duas posições em um mesmo metal), emníveis de energia diferentes, um eletrólito euma conexão metálica. Nestas condições,se forma uma célula eletrolítica. Como exem-

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plo de célula eletrolítica temos a pilha deuma lanterna. O reservatório de zinco e ahaste de carbono são os dois metais e apasta úmida ácida atua como eletrólito.Quando o carbono e o zinco forem conecta-dos, através da ligação em qualquer apare-lho elétrico, a corrente fluirá do zinco para ocarbono, porque o zinco tem um nível deenergia superior ao carbono. Como está li-berando energia, o zinco corrói. O carbono,que recebe energia, não sofre corrosão.Neste caso, o zinco é o anodo e o carbono éo catodo. Quando o anodo for consumido,a pilha não mais funcionará.A corrosão do aço estrutural funciona, ge-nericamente, como uma pilha. Embora as ar-maduras do concreto existam apenas comoum metal, podem apresentar diferentes ní-veis de energia. O concreto atua como ele-trólito e o condutor metálico é a própria ar-madura. Com a introdução de íons contami-nantes no concreto, na forma de substânci-as corrosivas, criam-se diferentes ambien-tes através do concreto e ao longo das ar-maduras, estabelecendo-se diferentes níveisde energia. Uma vez existindo duas áreasenergéticas, anodo e catodo, formar-se-ãomilhares de pilhas, iniciando-se a corrosão.O anôdo descarrega corrente contínua, al-guns miliamperes, levando parte de sua pró-pria estrutura, e o catodo a recebe. Quantomaior a pilha, maior será a corrente. Para ter-mos uma idéia, 1 ampère de corrente contí-nua pode desestruturar 10 quilos de aço emum ano.No ambiente alcalino da massa do concre-to, com pH entre 12 e 13, estabelece-se aproteção da ferragem, através de uma finapelícula de óxido depositada sobre a arma-dura. Esta película de óxidos, no entanto,

não consegue resistir a algumas substânci-as que se introduzem no concreto. A utiliza-ção de água excessivamente clorada na fa-bricação do concreto, o ambiente marítimogases tóxicos ou o próprio contato com aágua do mar são alguns fatores de ataqueque reagem com aquela película protetora,neutralizando-a, e abrindo caminho para oataque às armaduras. Como de um modogeral o ataque é feito da superfície do con-creto para o seu interior, as armaduras pró-ximas a superfície perdem sua película pas-siva de óxidos, iniciando-se um processoativo de corrosão. Em outras palavras, a ar-madura próxima a superfície do concretotransforma-se em anodo, enquanto que aarmadura mais interna ou mesmo as adja-centes laterais mais protegidas, transfor-mam-se em catodos. O resultado é que aarmadura cujo ambiente do concreto foimodificado entra em processo de corrosão.Na prática, ocorre o desplacamento na re-gião anódica.Se você verificar a região vizinha, em que aarmadura parece nova, perceberá que trata-se da região catódica. Poderão existir cente-nas de milhares de células de corrosão emsua obra.

Como Verificara Corrosão no Concreto

A estratégia de só atacar, ou melhor, de seorçar apenas as situações terminais ondeocorrem os desplacamentos do recobrimen-to do concreto, motivado pelo avançado es-tado de corrosão, revelará um perigoso des-conhecimento da causa que, em pouco tem-po, poderá reconduzi-lo à mesma obra, naobrigatoriedade de refazê-la sem qualquer

continua na pág. 11

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Os postes de uma grande estação de entrada de energia elétrica de uma indústria siderúrgica são esbeltos e apresentam-se sem qualquer proteção superficial.O agravante é que a estação só pode receber serviços de recuperação/reforço durante apenas, três dias por ano. Já foram executados dois serviços derecuperação estrutural e, repare, novos sintomas de corrosão. A solução seria a utilização da Pastilha Z e uma aplicação de silano para preservação do aspectodo concreto.

Esta laje, reforçada com chapas de aço devido a grandes deformações existentes apresentou, posteriormente, surgência de corrosão comprometendo todo otrabalho de reforço. A solução foi pela retirada das chapas, preparação das superfícies, seguida da instalação de Pastilhas Z e reforço com fibra de carbono.

Detalhe da laje reforçada com fibra de carbono.

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Observações sobre o teste com a semi-pilha

O traço característico da corrosão nas armaduras do concreto é o descobrimento de macrocélulas, que correspondem a coexistência deáreas passivas e corroídas numa mesma barra formando uma célula galvânica em curto circuito, sendo a área corroída o anodo e asuperfície passiva e o catodo. A voltagem de cada célula pode alcançar valores superiores a 0,5V, particularmente onde os íons cloretosestão presentes. O fluxo de corrente resultante, que é diretamente proporcional a perda de seção do aço, é determinado pela resistênciaelétrica do concreto e a resistência entre a reação anódica e catódica.

O fluxo de corrente no concreto é acompanhado por um campo elétrico o qual pode ser medido em sua própria superfície, resultando emlinhas equipotenciais que permitem a locação das zonas corroídas para os valores mais negativos encontrados. Esta é a base para seexecutar o mapeamento do potencial de corrosão, principal técnica eletroquímica aplicada em estruturas de concreto armado, comdiretrizes bem claras, na norma ASTM C 876-80 “método padrão para potenciais da semi-pilha em armaduras do concreto armado”.

Antes de falarmos em corrosão das armadu-ras é conveniente recordar sucintamente al-gumas noções fundamentais sobre a estru-tura do aço. Sabemos que um metal quimica-mente puro e rigorosamente homogêneo nãopode sofrer corrosão. O aço da construção

está longe de ser um metal quimicamentepuro, pois é uma combinação de ferro comcarbono, contendo outros elementos metáli-cos, como silício, enxofre, fósforo, magnésio,etc. Ao sair do alto forno e depois de sofrerdiversos tratamentos, o purificar e torná-loutilizável nas nossas aplicações, o ferro, aoarrefever, cristaliza em grãos com dimensõesvariáveis e muito reduzidas, que se ligam esoldam uns aos outros num conglomerado.Observa-se portanto que o aço é constituídopor uma matriz de ferro com numerosos com-ponentes metálicos diferentes. Facilmente secompreende que contém na sua estruturamicro-pilhas que podem originar a corrosão,logo que haja um eletrólito que as ponha emcontato (veja RECUPERAR nº 27).Com o pH acima de 12, devido aos hidróxidos

de sódio, potássio e de cálcio em sua composi-ção, o concreto apresenta um excelente meiode proteção para as armaduras de aço que com-põem o concreto armado. No entanto, diferen-tes tipos de contaminação ocorrem no concre-to, tornando-o “ativo” e, por que não dizer, con-

dicionando-o a ser o pior ambiente para as ar-maduras. Algumas formas de contaminação são:� O ingresso de íons cloretos, devido ao ambi-

ente marinho.� Gases ácidos.� Dióxido de carbono que provoca a diminuição

do pH do concreto.� A introdução de íons cloretos na água de

amassamento do concreto (excessivamenteclorada).

� Aditivos químicos à base de cloretos.

As diferenças nos valores encontrados dos po-tenciais (volts) ao longo das armaduras atu-am como força motriz para elétrons fluírematravés das barras, formando macrocélulasde corrosão, ao mesmo tempo em que ser-vem como propulsoras para reações eletro-

Saiba mais sobre a corrosão eletroquímica

(região contaminada)ANODO

Fe è F++ + 2e-

O ferro ioniza-se e os elétrons liberados migram...2H+ + 2e- ó H2

...sendo captados por íons hidrogênio, que passam a gáshidrogênio...

4H+ + 4e + O2 ó H2O...e pelo oxigênio, abudante, que reduz lá nos domínios do

catodo, estimulando o prosseguimento das reações...Fe++ + 2H2O è Fe(OH)2 + 2H + 2e

...que produzem o hidróxido ferroso (cor amarelada) aqui noanodo.

(região não contaminada)CATODO

A presença do oxigênio e da águapromove o aparecimento dosgrandes íons OH-...

O2 + 2H2O + 4e- è 4OH-

...que reagirão com o ferroionizado, formando o hidróxidoférrico (cor vermelho-marrom)aqui no catodo: a libertação dosíons OH- origina a formação deoutras substâncias ferruginosasexpansivas.

químicas. Reações de oxidação (produçãode elétrons) dirigir-se-ão para as regi-ões que tornaram-se anódicas, ao mes-mo tempo em que estabelecer-se-ão re-ações de redução (consumo de elétrons)nas regiões catódicas que permanecem

(por enquanto) passivas, ocorrendo a re-dução do oxigênio. O íon hidrogênio (H+),gerado no anôdo, contribui também, no-tavelmente, para a corrosão, diminuin-do o pH em torno das armaduras, che-gando a valores entre 7 e 9.A medida que o processo de corrosãoavança, originam-se, em torno das arma-duras, produtos de corrosão que ocupamde 2 a 14 vezes o volume da barra origi-nal, criando enormes tensões de traçãono concreto, superiores à sua resistên-cia, originando trincas e desplacamen-tos.

Aqui estão as reações que ocorrem nas armaduras

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 20008

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Contaminação no concreto armado e protendido é fatal. O que sepode fazer para sabermos se o concreto está ou não contamina-do? CHLOR-TEST é a única maneira de verificarmos se há ou nãocontaminação por íons cloretos, esses �bichinhos� que ativam amassa do concreto, tornando-a um �inferno� para o aço. CHLOR-TEST é um teste high-tec que, em apenas 3 minutos, o informa daexistência daqueles bichinhos e sua quantidade. CHLOR-TEST évendido em 3 versões:

CHLOR-TEST �S� - para averiguar o estado de contaminação de superfícies de concreto emetálicas.

CHLOR-TEST �W� - para checar a presença de concentrações perniciosas de cloretos naágua de amassamento.

CHLOR-TEST �A� - para verificar se sua areia de jateamento está ou não contaminada comcloretos.

ELE ESTAVA TODO CONTAMINADO...

CAUSA DA MORTE:

Contaminação por Cloretos

OUTROS FATORES:

Tratamento Inadequado

PROFISSÃO:

Gerente de Obras

CHLOR-TEST

A proteção catódica, com anodo de sacrifício,é uma técnica eletroquímica que paraliza asreações de oxidação (produtoras de elétrons)nas armaduras, pela introdução de um anodo(metal) suplementar que reverte aquelas rea-ções, obrigando que as armaduras, naquelaregião, tornem-se catódicas pelo estabeleci-mento de reações de redução (consumo deelétrons do zinco). Na verdade, forma-se umaverdadeira célula galvânica de zinco-ferro queproduz uma força eletroquímica que acarretaexcesso de elétrons no anodo (zinco) e umaausência no catodo (ferro), evidenciada pornovas reações de oxidação que geram elé-trons no anodo de zinco (corroendo-o) e rea-ções de redução que removem elétrons docatodo (armaduras). A matriz cimentícia ati-vada da pastilha se encarrega de receber oselétrons, fechando o circuito.

Como funciona o antídoto para a corrosão eletroquímicaSituação típica que ocorre em uma re-cuperação normal, perpetuando um pro-cesso sem fim. Fortes macrocélulaseletroquímicas estabelecem-se junto ainterface do concreto antigo, contami-nado com a massa nova ausente de con-taminação. A pequena distância entre oanodo e o catodo, juntamente com agrande diferença de concentração deíons Cl - e do pH, promovem gradientesde potenciais que aceleram a corrosãonaquelas áreas. Uma verdadeira faca dedois gumes que exigirá novas obras derecuperação mais cedo do que se ima-gina.

Após a execução da recuperação, poder-se-á medir a volta-gem para conferir que o zinco tem maior tendência para ionizardo que o ferro e, portanto, confirmando a liberação de seuselétrons que entrarão nas armaduras em razão do processode oxidação do zinco. Este processo de fornecimento de elé-trons (do zinco) ao ferro das armaduras (corroídas) é umaredução, ocorrendo basicamente a reação Zn = Z ++ + 2e nozinco e Fe ++ + 2e = Fe nas armaduras. Repare que o ferrovoltou à sua forma estável, instalando-se várias pastilhas(anodos) em série. Ao longo da região a ser recuperada, pro-move-se uma voltagem maior, aumentando o espectro deneutralização da corrosão.

Contaminado já basta o aí de cimaUse CHLOR-TEST

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Vamos por em cena, uma situação comumentre nós. Uma estrutura de concreto ar-mado, junto a costa, apresenta desplaca-mentos e exposição de armaduras comprocessos de corrosão. Sabemos que oaço das armaduras do concreto não cor-rói ou permanece em estado passivoquando envolto em um ambiente alcalino.Sabemos também que haverá corrosãoquando, durante a construção da estrutu-ra, o concreto é produzido de forma hete-rogênea, não completamente passivo outornando-se ativo durante o decorrer desua vida. A natureza nos informa que acorrosão é um processo eletroquímico eas células de corrosão são carregadas pordiferentes potenciais (volts) existentes aolongo da superfície do aço, em razão damaior ou menor concentração de íons.Diante disto, questiona-se nos serviços derecuperação estrutural, por problemas decorrosão, a prática da aplicação de epóxinas armaduras, após os trabalhos de lim-peza das barras e antes da projeção daargamassa estrutural ou do micro-concre-to, considerando-se a existência de regi-ões com concreto contaminado (pH bai-xo) e outras não contaminadas (pH alto),estabelecendo-se com isto, de forma não

intencional, a criação localizada de macro-células de corrosão, em função do estabele-cimento de contrastes entre a região recu-perada e a antiga, em razão das diferençasde pH e da concentração de íons.A região recuperada tornar-se-á, natural-mente, catódica em relação às áreas adja-centes, intocáveis e agora anódicas, poisapresentam contaminação e pH reduzido,embora sem qualquer problema de corro-são (ainda).Uma das principais leis da eletroquímicada corrosão informa que dever-se-á dar

Aplicar epóxi na armadura piora o estado de corrosão?

atenção à relação catodo/anodo, já quea taxa de corrosão é em função destarazão. De forma mais clara, quanto mai-or o catodo ou menor o anodo, mais ra-pidamente o anodo será destruído. Des-ta maneira, formaremos uma área cató-dica quando colocamos ou projetamosum concreto novo e ausente de conta-minação sobre uma armadura, previa-mente limpa das carepas de corrosão,estabelecendo, desta forma, uma rela-ção grande catodo � pequeno anodocom rápido consumo (corrosão) do ano-do. De forma contrária, não fazendo otrabalho de recuperação, teremos, deforma mais “favorável”, uma relação pe-queno catodo � grande anodo, pelo fatoda região anódica existente estar sendoconsumida a uma taxa menor.Com isto, conclui-se que não estaremostrazendo nenhum benefício à estruturaquando alteramos ou diminuímos a rela-ção catodo/anodo.Revestindo as armaduras da região re-cuperada com um material dielétrico(epóxi), estaremos reduzindo a área deaço exposta ao ambiente do concreto e,portanto, diminuindo a relação catodo/anodo.

Superfícies de concreto aparente deverão receber,preventivamente, um silano como proteção, já quepenetra nos poros e reage quimicamente com asílica, impedindo a penetração d’água pela mu-dança do ângulo de contato da água com a super-fície. O fato é que, na prática, aplica-se apenas umatenra barreira com vernizes acrílicos, os quais for-mam filmes rígidos e totalmente permeáveis quenada protegem. A ausência de recobrimento ade-quado e a porosidade do concreto depõem aindamais contra ele. A existência de desplacamentosdeverá ser combatida com a Pastilha Z de menortamanho (4cm x 4cm).

Pilar de ponte evidenciando células de corrosão com maior e menor intensidade. Repare a profundidadedo corte e a existência de pequenas células (quase que pontos) de corrosão.

A questionável aplicação de epóxi nas barras cor-roídas.

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REFERÊNCIAS

• Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, mem-bro de diversos institutos nos EUA, em assun-tos de patologia da construção. É editor e dire-tor da RECUPERAR, além de consultor técni-co de diversas empresas.

• The Physical Chemistry of EletrolyticSolutions, Harned.

• Experimental and Theorical Eletrochemistry,Dole.

• Textbook of Electrochemistry, Kortüm eBockris.

• Oxidation States of the Elements and TheirPotentials in Aqueous Solutions, Latiner.

• Eletrometric PH Determinations, Botes.• Time to Corrosion of Reinforcing Steel in

Concrete, K.C. Clear and R.E. Hay.• Corrosion Protection Properties of Portland

Cement, J.E. Slates.• Solving Rebar Corrosion Problems in Concrete,

K.C. Clear e Yash Irmani.

ônus para o proprietário. Situação muito co-mum, na verdade, que já ocorreu e ocorrecom muitas empresas de recuperação.Detectando e medindo as diferenças de po-tencial existentes nas superfícies do concre-to, com uma semi-pilha, levantam-se áreasdas armaduras com presença de corrosão,com base nestas diretrizes da ASTM C-876:• Se os potenciais de corrosão (volts) em

uma determinada área são mais positivosque –0,20volts, há uma probabilidade su-perior a 90% de não ter corrosão na regiãoanalisada, no dia do teste.

• Se os potenciais de corrosão estão situa-dos entre –0,20volts e –0,35volts a ativi-dade de corrosão é incerta no dia do teste.

• Se os potenciais de corrosão, em uma de-terminada área, são mais negativos que –0,35volts há probabilidades maiores que90%, de haver corrosão na região analisa-da no dia do teste.

Maiores detalhes sobre o uso da semi-pilhana RECUPERAR nº 6.

Tratando a causa da corrosãocom a PASTILHA Z

A PASTILHA Z é um anodo que promove aproteção contra a corrosão, neutralizandoas pilhas anodo/catodo geradoras, surgidasao longo das armaduras. É composto porum núcleo de zinco, especialmente formula-do para esta função, envolto em uma matrizcimentícia ionicamente condutiva, que ser-ve de eletrólito.Este anodo, uma vez instalado com conve-niente espaçamento, neutraliza a correnteelétrica geradora do processo de corrosão,entre anodos e catodos ao longo das arma-duras, produzindo elétrons para, a partir dozinco, irem para as barras e, retornando atra-vés do eletrólito (envoltório de cimento ati-vado). Desta forma, ocorre o que podería-mos denominar de “congelamento” ou“neutralização” das pilhas (anodo/catodo)de corrosão existentes em estruturas com-prometidas ou que pudessem surgir, no casode obras novas.

O corte do concreto comprometido e asurgência de armaduras em estado são.

Após o corte e o estabelecimento da área recu-perada, foi feita a instalação de novos estri-bos, acompanhado da escovagem para retira-da das carepas de corrosão, permitindo-seuma boa ligação com os arames da pastilha. Oarame é fixado com alicate.

Instalação da Pastilha Z. É desejável que severifique a continuidade elétrica entre a pasti-lha (arame de fixação) e a armadura, com umsimples multímetro.

Como aplicar Pastilha Z○

Sua vida útil depende de vários fatores,como a densidade das armaduras, a condu-tividade do concreto (geralmente boa parao nosso ambiente com umidade relativamen-te alta), o número de pastilhas instaladas eseu espaçamento.É interessante ressaltar que a corrente galvâ-nica gerada pela pastilha ao longo das barrasdas armaduras pode ser monitorada, após asua instalação, confrontando-se com as me-didas anteriores com processo de corrosão.A presença da Pastilha Z extende a vida útildas recuperações estruturais para períodossuperiores a 15 anos.Sua utilização é particularmente indicadanas obras de recuperação estrutural de in-dústrias químicas e obras junto a costa, ondeo ambiente é 100% hostil às armaduras oucabos de protensão do concreto.

Para ter mais informaçõessobre PASTILHA Z

Click aqui:http://www.recuperar.com.br

Fax consulta nº 403

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Carlos Carvalho Rocha

Grandes barragens foram fei-tas para durar quantosanos? Quais os critérios téc-nicos que entram no plane-jamento dos serviços de re-cuperação (ou de manuten-

ção, como queiram) de um estrutura que foiplanejada para durar 500 anos? Quantos anosde garantia dever-se-á exigir nos serviços demanutenção/recuperação? O critério de com-patibilidade (veja RECUPERAR nº 25) entremateriais é adotado? Consideramos que emobras de barragens existem grandes massasde concreto que fogem da realidade das em-pregadas em estruturas nas cidades.Nossas grandes barragens tem cerca de 40anos e, nesta etapa, apresentamos informa-ções sobre uma barragem americana, a deMormon Flat no Rio Salt (gera eletricidade eágua para irrigação), situada na grande Fho-enix, Arizona, que está fazendo um século,questionando seus critérios de manutenção/recuperação até então adotados e os que se-rão empregados para o futuro. Acreditamosser de grande interesse para nós as questõesadotadas nesta matéria, considerando-se,neste assunto, o sistema de proteção empre-gado nas duas comportas metálicas daquelevertedouro, com utilização de ZTP (ZincoTermo Projetado) há vinte anos atrás.

Modificando uma situação

O rio formado à jusante do vertedouro dabarragem de Mormon Flat ocupa 34 milkm2 e é alimentado também pelo rio verde.Esta é uma barragem de concreto em arco,com 70m de altura, e suas duas comportastêm, cada uma, 15m por 15m. As estruturasdas comportas são totalmente metálicas, do

ZTP Protege Barragens

A barragem Mormon e sua localização. Repare que abarragem Theodore Roosevelt é a primeira linha de

defesa em uma série de quatro barragens no Rio Salt.

Zinco termo projetado (ZTP) mostra ser a melhor barreirade proteção contra a surgência de corrosão nascomportas metálicas de barragens.

CORROSÃOCORROSÃO

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 200012

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Reforce qualquer peça de concreto armado,de maneira simples, sem grandes mobilizações

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tipo rebitada e é movimentada verticalmen-te por equipamentos existentes na casa dascomportas, através de correntes.Durante os primeiros 30 anos de operaçãoficaram submetidas, ora a condição de totalimersão, ora a de total exposição à forte in-solação existente naquele estado (no perío-do de seca).Em 1970, foram incorporadas duas novasturbinas às duas faces da barragem, aumen-tando substancialmente a capacidade degeração e de “pumpback”. De dia a águapassou a ser liberada para geração e à noitebombeada de volta ao lago para gerar eletri-cidade no dia seguinte.Desta forma, as duas comportas metálicaspassaram a ficar na condição de imersão

constante, sem qualquer possibilidade demanutenção, como vinha ocorrendo até1970, quando dos períodos de estiagem.Esta situação foi analisada e questionou-se, naquele ano, qual seria o melhor sistemade proteção para a estrutura metálica dascomportas.

Como seria feito isso?

Todos nós sabemos que o melhor sistemade proteção é aquele que oferece o maiortempo de serviço, com a menor ou total au-sência de manutenção. Até 1970, as com-portas da barragem experimentaram uma sé-rie de revestimentos protetores, que apre-sentamos a seguir, em ordem de utilização:

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• Esmalte à base de alcatrão.• Emulsões à base de alcatrão.• Epóxi de alcatrão.• Sistemas à base de resinas vinílicas espe-

cificadas pelo Bureau of reclamation (VR-3 e VR-6).

Todas estas tintas promoveram décadas deproteção contra a surgência de corrosão naestrutura metálica das comportas, mas exi-giam manutenção periódica, resultado dostrancos que, sua superfície, recebia, prove-niente do entulho que estocava. Por outrolado, sempre apareciam trincas na pinturajunto às cabeças dos rebites e nas extremi-dades das comportas, o que deixava o pes-soal de manutenção preocupado e ávido porlogo recuperar aquela proteção, já que a to-lerância à surgência de corrosão, na estru-tura metálica, era bastante pequena. Se nes-tes quase setenta anos de manutenção apossibilidade do desenvolvimento de qual-quer processo de corrosão era inaceitável,por isso logo combatido, agora na condi-ção de imersão constante passaria a ser umgrande problema e uma grande ameaça àrápida destruição das comportas.A solução veio do sistema de proteção em-pregado em diversos equipamentos metá-licos antigos de transmissão e distribuiçãoexistentes nas casas de máquinas. Estesequipamentos eram protegidos, de fábrica,com ZTP, técnica esta iniciada no começodo século para uso exclusivo em estrutu-ras metálicas. Estes equipamentos apresen-tavam de trinta a quarenta anos de traba-lho sem qualquer sintoma de corrosão. Al-

Fax consulta nº 381

Protege e impermeabilizatodo tipo de estrutura e piso.

A aplicação do zinco termo projetado (ZTP) é simples e extremamente rápida.

A MELHOR OPÇÃO PARA OEPÓXI TRADICIONALA MELHOR OPÇÃO PARA OEPÓXI TRADICIONAL

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 2000`

metro, deixando, em média, 50cm da partesuperior da comporta em total exposição àforte insolação do deserto. No início dosanos 90, foi feita a vistoria utilizando-se umpequeno robô que dispõe de um sistemaespecial de visão, inclusive para águas tur-vas. O resultado foi a total ausência de cor-rosão nas duas comportas, até mesmo naregião dos rebites, não se verificando nem achamada corrosão branca do zinco. Aquelasituação de danos, que constantemente severifica nas superfícies das comportas, mo-tivada pelo tranco de grandes entulhos nãofoi observada. A conclusão foi de que, após22 anos de serviço o revestimento protetoranti-corrosão estava em excelentes condi-ções. De acordo com as medições realiza-das com o medidor ultra-sônico de películanas regiões superiores das comportas, cons-tatou-se que a taxa de corrosão do zinco foiextremamente pequena, podendo-se estimaruma vida útil de cerca de 50 anos para osistema de proteção catódica com ZTP apli-cado, sem que haja qualquer processo decorrosão.

Dicas importantesacerca do ZTP

A aplicação do ZTP em estruturas metáli-cas está fazendo cerca de 100 anos, haven-do inúmeras estruturas, entre elas pontes,edificações, torres metálicas etc, com cercapositiva de 50 e 60 anos com 100% de per-formance em relação à surgência de corro-são. Sua utilização é sugerida inclusive parareservatórios ou castelos d’água metálicos.

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•O tempo de vida útilde estruturas metá-licas tratadas comZTP é, seguramentesuperior a 20 anos.

Com base nestes as-pectos e na perfor-mance dos equipa-mentos, anterior-mente tratados comesta técnica, foi su-gerida a aplicação deuma película de ZTPnas duas comportas,de modo a garantirtotal ausência de ma-nutenção a partir da-quele ano (1970).Considerando-se osaspectos do ambien-te local e o desejo dadireção da barragemde ter, pelo menos, 30anos sem manuten-ção, foi projetada aaplicação de uma pe-lícula média de 200micrômetros nas su-perfícies das duascomportas.

Recuperação após 20 anos

Embora, teoricamente, os 15 metros de altu-ra das comportas fiquem na condição deimersos, diariamente ocorre uma pequenavariação do nível do lago, em torno de 1

Um bom ambienteelétrico, tanto no

concreto armado quantono protendido, favoreceo desenvolvimento da

corrosão.Resistividade elétrica

só com

RESI

A película de ZTP mostrou ser a melhor barreira de proteção contra a corrosão,já que não apresenta os problemas inerentes às resinas como furos durante aaplicação, que arruinam a película em pouco tempo, exposição a radiação UV ea própria rigidez do filme. Com apenas meio milímetro (500 micrômetros) estabe-lece-se um plano de garantia superior a 20 anos.

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gumas vantagens adicionais são evidenci-adas abaixo:• Após o jateamento e limpeza das superfí-

cies, é aplicado o ZTP. A estrutura assimprotegida entra imediatamente em traba-lho, pois não exige tempo de cura.

• O ZTP não é afetado pela radiação UV.

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Algumas dicas são apresentadas abaixo, nosentido de melhor entender à performancedo ZTP.• As superfícies metálicas a serem tratadas

com ZTP deverão ser analisadas para apossibilidade da existência de contamina-ção por íons cloretos, após o hidrojatea-mento de areia. Dever-se-á analisar a exis-tência destes íons na areia de jato atravésdo chlor-test S e na própria superfície, apósa limpeza com o chlor-test A. Caso se cons-tate contaminação, remova-a antes da apli-cação do ZTP, pois certamente provocaráa ruína por adesão entre o zinco e o aço.

• Determine a espessura mais adequada dezinco a ser aplicado. Espessuras da ordemde 150µm garantem cerca de 20 anos emregiões não costeiras.

• Hidrojateie primeiro parafusos, rebites etodas as peças salientes. Aplique o ZTP,primeiramente nestas regiões, com a meta-de da espessura especificada. Juntas deum modo geral também deverão ser previ-amente testadas.

• A adesão entre o zinco e o aço é apenasmecânica. Logo, exige-se um perfil de su-perfície suficientemente rugoso para ob-ter-se uma boa aderência.

• Diferentemente dos processo de pintura tra-dicionais, com o ZTP não há tempo de cura,problemas de adesão entre películas (1ª e 2ªdemãos) e necessidade de imprimação.

Para ter mais informaçõessobre Zinco Termo Projetado.

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Fax consulta nº 404

O Princípio é o Mesmo...A corrosão que existe nas armaduras do concreto armado e protendido é um

processo semelhante ao encontrado em pilhas comuns. Uma região positiva (catodo)interligada, através de um eletrolito (concreto), a uma região negativa (anodo), geracorrente e voltagem elétricas. Ao longo das armaduras ou cordoalhas formam-semilhares de pilhas como esta, funcionando até o limite em que o aço é corroído ou serompe. O processo tradicional de recuperação não desliga o processo eletroquímicocausador da corrosão, apenas trata dos seus efeitos.

A única maneira 100% eficiente de tratar a corrosão é aplicando um outrometal, que formará uma pilha com o aço, neutralizando o processo de corrosão desteúltimo.

Aplique Zinco Termo Projetado (ZTP) e pare de dar pilha aos processos decorrosão em sua obra de concreto armado, protendido ou de estrutura metálica,independente do ambiente, seja industrial ou marítimo. O plano de garantia é superi-or a vinte anos e não custa um centavo de manutenção. Pense na sua tranqüilidade.

Não dê pilha à corrosão.Dê pilha de proteção.

ZTP

REFERÊNCIAS

• Carlos Carvalho Rocha é engenheiro civil,especialista em serviços de recuperação.

• Salt River Project, John Brodor, P.E.• Journal of Protective Coatings and Linings.A aplicação de barreira protetora com tintas não

oferece garantias superiores a 5 anos.

• Em ambientes altamente corrosivos oumesmo antes da surgência de chuvas, exi-gir-se-á uma fina película de ZTP após ohidrojateamento. Posteriormente, aplicar-se-á o restante da película especificada.

• Dever-se-á dividir as diversas regiões deaplicação, de acordo com o tipo de exposi-ção e as espessuras aplicadas, documen-tando-se para futuras averiguações.

• Lembre-se de que é essencial ter uma gran-de relação entre as áreas de aplicação dezinco e a do aço, de modo a manter umainsignificante taxa de corrosão do zinco.Em números, é necessário que a área totalda superfície do zinco aplicado seja de pelomenos 3 a 4 vezes o tamanho da área doaço exposto.

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Michelle Batista

Saiba como escolher o elastômero ideal para a sua junta.

Há séculos temos usadoelastômeros (também cha-mados de selantes) na cons-trução civil para calafetartodo tipo de juntas que ne-cessitem impermeabilidade.

Historicamente, começou-se com os “elas-tômeros” à base de betume há cerca de 4.000anos atrás, sendo que, incrivelmente, no(nosso) mercado ainda se oferece este po-bre material elastomérico. A partir da intro-dução dos elementos pré-moldados, porvolta dos anos 50, paralelamente, foram sen-do introduzidos produtos com verdadeirascaracterísticas elastoméricas como os sili-cones, acrilatos e poliuretanos.

O Elastômero Perfeito

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 2000

como aceleradores e os agentes que promo-vem intensamente a adesão ou colagem doproduto na superfície. A resina ou o aglo-merante, como já dissemos, dão aos elastô-meros as principais características. Logo,torna-se importante conhecer os polímerosenvolvidos. Os polímeros mais comuns, usa-dos como aglomerantes na formação doselastômeros dependem do seu mecanismode cura e, obrigatoriamente, possuem liga-ções cruzadas em suas cadeias, de modo adar-lhes características elastoméricas. O pro-cesso pelo qual introduz-se uma rede de li-gações cruzadas (interligação) no polímero,para formar o elastômero que desejamos emnossa junta, chama-se vulcanização. Estatécnica transforma aquelas borrachas ter-moplásticas sem qualquer propriedade me-cânica útil e que não servem para colocar

numa junta em um forte elastômero. Na pá-gina 24 apresentamos as propriedades típi-cas dos elastômeros comerciais, simboliza-dos pelos polímeros que os estruturam.É indiscutível a predominância, no mercado,dos elastômeros de silicone e poliuretano e,incontestável também a superioridade do úl-timo em relação ao primeiro, principalmentepelas qualidades de adesão em superfíciesporosas e pelo grande desnível em relação àresistência à tração. Com relação ao alonga-mento é comum se obter valores de até 900%para os elastômeros de um modo geral.

Como são os poliuretanos

Os elastômeros de poliuretano podem serformulados como produtos de um ou doiscomponentes. No primeiro, a resina de iso

Em estádios, dever-se-á exigir o melhor elastômero, associado a uma mão de obra conscientizada daimportância da junta e com a melhor técnica de aplicação.Produtos à base de betume ................... 2000AC

Produtos à base de óleos ...................... 1700DCPolissulfetos à base de butilia .................... 1950Silicone (monocomponente) ........................ 1959Polímeros modificados com betume ........... 1960Acrilatos ..................................................... 1962Poliuretano (bi-componente) ....................... 1964Poliuretano (monocomponente) .................. 1968

A história dos elastômerosna construção civil

Os Verdadeiros Elastômeros

Podemos e devemos chamar de verdadei-ros elastômeros para o calafetamento dejuntas, de modo a torná-las impermeáveis,independentemente do comportamento dosdois lados “solidarizados”, aqueles políme-ros formados, basicamente, pela resina(aglomerante) e com a adição de cargas, pig-mentos, plastificantes e outros aditivos

JUNTASJUNTAS

Melhor que metacrilato

Preencher e monolitizar trincas e fissuras no con-creto estrutural ficou mais fácil com o revolucionáriosistema epóxico PP50. Isento de solventes, com100% de sólidos, possui viscosidade praticamenteigual a da água. Basta verter e pronto. Sua estruturaestá novamente monolitizada. PP50 só tem dois com-ponentes. PP50 é um potente monolitizador, superi-or ao metacrilato pelo preço e pela facilidade deaplicação. Ideal para aplicação em estruturas comtrincas e fissuras como lajes, pisos industriais, lajesde vertedouros etc.

PP50 na sua estrutura

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cianato pré-reage com um poliol para formarum pré-polímero, disponível em cartuchoque, quando aplicado na junta, a umidadedo ambiente migra para dentro do elastôme-ro, promovendo a sua cura. Na situação bi-componente, o primeiro componente é umisocianato ao passo que o segundo, quepromove a cura, é formado por poliol e ami-nas. Quando os dois componentes são mis-turados, em proporções adequadas, promo-ve-se a cura e a formação de um elastômerocom excepcional qualidade.Infelizmente, no mercado, existem elastôme-ros de poliuretano, de boa e má qualidade,que poderão não atender à sua necessida-de para uma determinada solicitação e, numtempo curto, entrarem em processo de ruí-na. Torna-se necessário conhecer suas ca-racterísticas e questionar, junto ao fornece-dor, como aplicar adequadamente o produ-to, de modo a não lhe causar problemas coma garantia. Queremos dizer que não é sócomprar o produto e aplicar. É necessáriosaber se o produto atende à norma ASTMC920 e aos requisitos da especificação ame

EPDM(monômero

Propriedade Estireno Polisulfeto Acrilato Butila de Etileno Neoprene Silicone PoliuretanoButadieno Propileno

Dieno)Resistência à tração (em MPa) 25 8 15 21 21 28 10 57

Alongamento (%) 700 400 400 700 � 700 700 700

Relação tensão/deformação (módulo)feita com 300 a 400% 17 10 � 7 � 7 � 8de alongamento (em MPa)

Adesão Excelente Pobre Boa Boa Excelente Excelente Pobre Excelente

Temperatura máxima 110 80 150 100 150 100 230 100de trabalho (ºC)

Resistência ao tempo Fraca Excelente Excelente Excelente Excelente Excelente Excelente Excelente

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R$ 11,10o cartucho

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 200024

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CEVA DECK 300Impermeabilidade e durabilidade exige flexibilidade contínua.

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reservatórios e estádios exigem CEVA DECK 300.

REFERÊNCIAS

• Michelle Batista é Química.• “Facades: errors can be expensive”.

engineering new records• Specifications that waterproofing contractors

need to know, Herome Klosowsck• Expansion joints in buildings, technical report

nº 65, National Academy of Sciences - NationalResearch Council.

• Guide to Sealing Joints in Concrete Structures- ACI Committee 504.

• Sealant, waterproofing and restoration instituteapplicator magazine.

ricana TT-S-00230C/TT-S-00227C. Compa-rando-se os diversos produtos, segundouma mesma norma, poder-se-á, de maneirasensata, comprar o mais barato. De outraforma, poder-se-á estar comprando um pro-blema, sem saber, apenas confiando no fatode ser um elastômero de poliuretano.Os elastômeros à base de poliuretano so-frem de tensões de relaxação muito interes-santes que, quando submetidos a proces-sos de alongamento constante, minimizamsubstancialmente as tensões nas superfíci-es de colagem. Sua resistência ao rasgo,após a cura do polímero, é superior, evitan-do o desencadeamento do chamado efeitozíper (rápida propagação do rasgo).A compatibilidade entre os revestimentos,sejam eles tintas cerâmicas, mármores etc, eo elastômero de poliuretano é bastante co-nhecida e de fundamental importância parasuperfícies expostas ao tempo e, particular-mente, para fachadas de edificações. Tor-na-se necessário esperar que o elastômerotenha todo o tempo necessário para a suacura, antes que se faça aderir qualquer tipode tinta.

Situações de ruína nas juntas

Um processo de investigação, recentemen-te executado na Europa, abordou as falhase o colapso de juntas de fachadas, tornan-do claro aquilo que já se presumia – 22%dos casos de ruína das juntas, nas edifica-ções, ocorreram devido à especificação im-própria do produto, 20% por defeito do ma-terial elastomérico e 58% devido a aplica-ção inadequada do produto. Embora já sesaiba de outros levantamentos e investiga-ções a respeito, que divergem muito poucodos números evidenciados acima, reforça-mos que, ao se tratar uma junta é necessárioestar atento para se obter a melhor combi-nação entre o projeto da junta (se houver),o material a ser especificado e a aplicação.Devemos admitir que em nossas obras a ter-ceira etapa, normalmente, cai na mão de em-presas ou profissionais que nada têm a vercom este importante local da obra ou, sim-plesmente, a executam pensando apenas que

o puro enchimento da junta é etapa conclu-ída. Só para refrescar a memória, citamos aseguir as quatro categorias de ruína em queuma junta vai parar no caso comum da de-satenção entre aquelas combinações dese-jadas:• Falha na adesão do elastômero com as bor-

das da juntaO elastômero é selecionado incorretamen-te pois não conseguiu absorver a movi-mentação real da junta. Havia imperfei-ções (qualidade da superfície) nas bor-das e na abertura da junta. Ausência deprimer. Nesta etapa, dever-se-á atentarpara o fenômeno da nata que fica na su-perfície do concreto, o que, na verdade éapenas uma fina película de “finos” oumaterial pulverulento na qual nada aderebem.

• Falha na coesão do elastômeroO elastômero foi colado incorretamentenas três faces da junta (o terceiro lado é ofundo da junta). Movimento inesperadoou imprevisível na junta incompatibilizouo elastômero que não suportou e abriu umatrinca no meio da massa do elastômero (bor-racha). Esta situação ocorre com freqüên-cia durante a cura total do elastômero (21dias para o monocomponente). Misturainadequada para o caso do elastômero dedois componentes (7 dias de cura).

• BolhasSuperfícies muito porosas liberam bolhasde ar (ou água na forma de vapor) quandoa temperatura aumenta, coincidido com aaplicação do elastômero. A simples apli-cação física do produto promove a forma-ção de bolhas de ar. Logo, atenção.

• DescoloraçãoAlguns elastômeros apresentam manchasou perdem a cor com a incidência da radia-ção solar (UV).

Do pessoal que deverá aplicar o elastôme-ro, só basta exigir a adequação do produtoà norma ASTM C 719, para a superfície a sertrabalhada, já que este teste lhe dirá se oproduto é bom mesmo. Em resumo, estanorma exige que o elastômero, após aplica-do em uma junta teste, cure durante os 21dias regulamentares. Após a cura, o produ-

Vista em corte das aplicações dos elastômeros.

to é posto dentro d’água por uma semana.Isto ajuda a curar o produto. No entanto,começa a influenciar também em seu pro-cesso de adesão nas duas superfícies dajunta. Na etapa seguinte, a junta teste é pos-ta em um forno a 65ºC sob tensão de com-pressão. Trata-se da pior parte do teste. Aseguir, a junta teste é posta em uma máqui-na que simula, alternadamente, ciclos de ten-sões de compressão e tração. Se o elastô-mero ainda estiver trabalhando, irá sofrermais 10 dias de testes.Caso o elastômero passe neste teste, já comconhecimentos suficientes de aplicação,poder-se-á calafetar a junta e assinar em-baixo.

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Fax consulta nº 405

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 200026

Carlos Alberto Monge

MAZUma novamaneira deinterromper acorrosão

Estruturas de concreto ar-mado e protendido, particu-larmente as que têm conta-to direto com ambientes crí-ticos como pontes maríti-

mas, indústrias químicas de processamentoe estações de tratamento de água e esgoto,têm nos serviços de recuperação/reforçoestrutural um problema comum. A maioriadestas estruturas, construídas a partir dosanos 60 já experimentaram dispendiososserviços de recuperação motivados essen-cialmente por uma única causa: a corrosão.Nós, da área de construção e recuperação,fomos educados para ver o concreto arma-

do (e principalmente o protendido) comomateriais eternos. Como conseqüência, fo-mos também habituados a “ver” a corrosão,quando de sua surgência, apenas. O quesignifica aceitar a cara política do “deixaacontecer” para, finalmente, depararmoscom aquela situação terminal do desplaca-mento.Centenas e centenas de obras de recupera-ção motivadas por processos de corrosãoacontecem todos os anos. Uma bela indús-tria alimenta esta situação, seja pela vendade materiais específicos, seja pela execuçãodos serviços ou pelos especialistas ou con-sultores da área que elaboram os projetos.

Uma formidável máquina correndo atrás dosefeitos da corrosão.

Novos tempos, novos conheci-mentos.

A causa é a corrosão das armadoras dentrodo concreto, seja armado ou protendido.Nossa umidade, sempre muito alta, aliada àmaresia (íons cloretos) de nossas costas eao danado vício da ausência do recobrimen-to do concreto que aceitamos em nossasobras, se combinam para criar um ambientecorrosivo em torno das armaduras. A umi-dade em que as armaduras corroem, aumen-

CORROSÃOCORROSÃO

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 200028

tam de volume em re-lação às seções origi-nais, criando forçasexpansivas no concre-to, conduzindo-o aodesplacamento atra-vés de sua camada derecobrimento. Prosse-guindo, conduzirá apeça estrutural à ruína.

Entendendo a corrosão.

A corrosão no concreto é um fenôme-no eletroquímico onde estabelecem-sezonas de anodos (instáveis) e zonas decatodos (estáveis) ao longo das seçõesdas armaduras, formando células decorrosão, à medida que ocorrem muta-ções no ambiente da massa do concre-to pela introdução de agentes conta

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Para medir os potenciais de corrosão no concreto armado, agora sedispõe do novo conjunto semi-pilhaCPV-4 com voltímetro digital.A semi-pilha CPV-4 é umrevolucionário instrumento que medeos potenciais de corrosão emsuperfícies de concreto armado eprotendido. Com este equipamentopoder-se-á levantar ou monitorar, detempos em tempos, possíveis estados decorrosão e a sua evolução, antes que a estrutura apresente sinais deruína por sintomas de corrosão.

SEMI-PILHA CPV4Medição dos Potenciais de Corrosão

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Nesta outra indústria, um dos pilares, embora com aspecto melhor que o dolado, apresenta sintomas tão ou mais graves. Repare que apresenta umaextensa trinca vertical, motivada pela alta corrosão da última camada da arma-dura, além de trincas de menor calibre, também verticais e paralelas. Sãonecessários reforços estruturais e o ataque à causa da corrosão.

Em ambientes industriais, como nesta indústria de processamento químico, aspeças estruturais já receberam diversos tipos de recuperação estrutural, sem-pre atacando-se os efeitos da corrosão. Uma ótima solução seria o uso da MAZ.

RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 2000 29

INJETAR CIMENTO NÃO DÁ MAIS DOR DE CABEÇA

Antes do Graut de Micro Cimento (MICROCIM) isto aí era o café da

manhã do pessoal de geotecnia, fundações e impermeabilizações.

Desculpe-nos a generalização, mas asntes da utilização do MICROCIM

todos os serviços com injeção de calda de cimento portland davam

dores de cabeça, ficando a desejar, já que sua penetrabilidade é para

vazios superiores a 500µm (0,5mm).

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MICROCIM em serviços de injeção para tratamento de solos, estocagem

secundária de lixo nuclear ou outro material contaminante, consolida-

ção de rochas e fundações. recuperação de barragens, túneis e descu-

bra o poder do verdadeiro “analgésico”, capaz de injetar em vazios

inferiores a 3µm.

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RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 200030

Peças estruturais apresentando avançado estadode corrosão como este pilar, não há outra solu-ção...

... da mesma forma que neste outro pilar onde seobserva a disseminação de grandes células de cor-rosão, que não seja pela neutralização das correnteseletroquímicas de corrosão com aplicação da MAZ.

minantes. As conseqüências todos nósjá sabemos.A única maneira de interromper este pro-cesso eletroquímico de destruição do aço(e do concreto) é introduzindo-se um meca-nismo eletroquímico que inverta esta situa-ção de destruição (melhor seria de corro-são). Com este intuito, utiliza-se o metal zin-co, que tem um potencial mais eletronegati

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RECUPERAR • Janeiro/Fevereiro 2000 31

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Nesta indústria de processamento químico, repare a presença de corrosão em pilares e vigas. A soluçãoefetiva poderá ser feita com a MAZ ou, de forma alternativa, com ZTP ou ainda com o uso das Pastilhas Z.

vo (maior tendência para corroer) que o aço,para promover a proteção eletroquímica ne-cessária à neutralização da corrosão nasarmaduras do concreto. Em outras pala-vras, ocorrerão reações de oxidação (cor-rosão) no zinco, enquanto que o aço dasarmaduras, na região protegida, permane-cerá estável, sem qualquer sintoma de cor-rosão.É perfeitamente compreendido que a pro-teção catódica é o único meio pelo qualpoder-se-á interromper o processo de cor-rosão, tanto no concreto armado quantono protendido.Sabemos também que os sistemas de pro-teção catódica por corrente impressa sãocomplexos e incorrem quase sempre emuma infinita quantidade de ajustes, razãopela qual cada vez mais utiliza-se sistemasde proteção catódica galvânicos, com autilização de anodos de sacrifício, como ocaso do zinco termo projetado (ZTP), lar-gamente usado na Europa e EUA e, maisrecentemente, pelo uso também da Pasti-lha Z.

A manta aderida de zinco(MAZ)

A proteção catódica feita com MAZ é umaexcelente alternativa para se interromper acorrosão em quase todos os tipos de es-truturas. É prática e fácil de ser instalada.Diferentemente do sistema de anôdo de sa-crifício com zinco termo projetado (ZTP)que exige compressor e o próprio equipa-mento de projeção do zinco. À semelhançado concreto projetado, a MAZ é uma man-ta de zinco, fornecida em rolos com 33m decomprimento e 25cm de largura, tendo 250micrômetros de espessura, revestida comum adesivo ionicamente condutivo, extre-mamente sensível a pressões feitas em suasuperfície. O lado do adesivo é coberto comum papel especial, de modo a protegê-loantes da instalação. Uma vez instalada, aMAZ é ligada, eletricamente, às armadu-ras, através de um fio especial, fazendo comque o aço e o zinco, naturalmente, geremuma pequena voltagem e uma corrente elé-trica entre eles. O circuito da célula forma-da é completado com o fluxo de corrente,passando pelo adesivo que põe o zinco emum estado anódico (que corrói) e as arma-duras em um estado catódico (não corrói).Imediatamente cessa o processo de corro-são nas armaduras. De forma opcional,poder-se-á aplicar uma tinta texturada paradar um outro acabamento.

Mais dados da MAZ

A composição química da MAZ oferece ex-celente resistência ao calor, a radiação UV ea uma grande gama de produtos químicos.O zinco, componente da MAZ, é suficiente-mente ativado, oferecendo alto teor energé-tico, próprio para oferecer uma excelentecorrente de proteção catódica com um míni-mo consumo de energia que possibilite sua

auto corrosão. É perfeitamente aceito que adensidade de corrente da proteção por sa-crifício fique em torno de 10 miliamperes pormetro quadrado de anôdo, evidenciado porequações termodinâmicas que indicam queas reações de oxidação no zinco consomem-no cerca de 25µm por ano, conduzindo, destaforma, a uma durabilidade de 10 anos para oanôdo feito com a MAZ (250µm de espes-sura).

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Uma questão natural que se impõem é a ade-são da MAZ ao longo do tempo. Testes desimples arrancamento da manta demonstra-ram que há um acréscimo significativo emsua adesão com o correr dos anos. Dentrodeste mesmo conceito, efetuaram-se testesde arrancamento em ciclos, para situaçõesde colagem horizontal, simulando a posiçãoem regiões inferiores de lajes, ao mesmo tem-po em que se aumentava a temperatura doambiente. Os resultados comprovaram a efi-ciência do adesivo iônico.

A eficiência da MAZ

A experiência da utilização da MAZ vemdesde 1970, com aplicação em numerososcondomínios ao longo da costa da Flórida,especificamente entre as localidades deBoca Raton até Cocoa Beach. Nestas es-

A MAZ é fornecida em rolo com 25cm delargura e 27m de comprimento.

Adesivo iônicocondutivo(0,75mm)

Papel especial(0,08mm)

Anôdo de zinco(0,25mm)

Repare na situação desta marquise.Que solução poderia ser dada?

Para ter maisinformações sobre

CorrosãoClick aqui:

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Fax consulta nº 407

REFERÊNCIAS

• Carlos Alberto Monge é engenheiro civil,especializado em serviços de recuperação.

truturas, com avantajados vãos em balan-ço, formando grandes varandas, há insidio-sas formações de corrosão nas lajes que,em pouco tempo, caso não se tomem medi-das que efetivamente interrompam o pro-cesso de corrosão nas armaduras, conduzi-rão ao estado de ruína daquelas peças. Ali-ás, há um triste histórico de casos de que-bra de marquises naquela região.Nestas lajes, após a constatação de poten-ciais de corrosão, através de mapeamentodetalhado com utilização de semi-pilhas,aplicou-se a MAZ. Algumas em sua regiãoinferior e outras na região superior, alter-nâncias que dependiam da situação pós re-cuperação. Na primeira situação, ainda po-der-se-á aplicar uma tinta com objetivo es-tético, enquanto que na segunda, normal-mente, aplica-se uma proteção mecânica,através de um piso cerâmico.Outras utilizações da MAZ incluem pontes,com aplicação tanto na região inferior dostabuleiros como nas estacas e blocos, até onível do splash das ondas e em torno delongarinas e transversinas.É sugerida a utilização da MAZ em torno dereservatórios e estações de tratamento deágua e esgotos, pelo seu lado externo.

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