A persistência das desigualdades recomposição, polarização e regressão

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A persistência das desigualdades recomposição, polarização e regressão Renato Miguel do Carmo (CIES-IUL, Observatório das Desigualdades) [email protected]

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A persistência das desigualdades recomposição, polarização e regressão. Renato Miguel do Carmo (CIES-IUL, Observatório das Desigualdades) [email protected]. Recomposição social. Processos de recomposição social (1960-2011). - PowerPoint PPT Presentation

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A persistência das desigualdades recomposição, polarização e regressão

Renato Miguel do Carmo(CIES-IUL, Observatório das Desigualdades)

[email protected]

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RECOMPOSIÇÃO SOCIAL

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Processos de recomposição social (1960-2011)Indicadores (%) 1960 1970 1981 1991 2001 2011População 0-14 anos 29,2 28,4 25,5 20,6 16,0 14,9

População 15-64 anos 62,8 61,9 63,1 66,0 67,6 66,1

População de 65 e + anos 8,0 9,7 11,4 13,4 16,4 19,0

Taxa de analfabetismo 33,1 25,6 18,6 11,0 9,0 5,2

Pop. 25-64 anos c/ ensino superior - - 3,9 6,4 12,8 17,3

Pop. 25-64 anos c/ ensino secundário - - 3,3 5,5 12,7 16,8

Pop. 25-64 anos c/menos escolaridade - - 92,8 88,1 74,5 59,1

Estudantes Grupo etário 20-24 anos 1,7 3,5 5,8 11,8 23,9 29,1

Estudantes sexo feminino no superior 29,5 43,6 45,0 55,0 55,2 54,2

Taxa de atividade global 37,5 39,4 42,5 44,6 45,9 47,6

Taxa de atividade masculina 63,8 62,1 53,3 54,3 52,9 51,6

Taxa de atividade feminina 13,0 19,0 29,0 35,5 39,4 43,9

População ativa no setor primário 43,6 31,7 19,7 11,2 5,0 3,0

População ativa no setor secundário 28,9 32,3 38,7 37,4 35,1 27,0

População ativa no setor terciário 27,5 36,0 41,6 51,4 59,9 70,0

Empresários, dirigentes e profissionais liberais, EDL 6,0 3,0 4,4 8,5 11,9 14,7

Profissionais técnicos e de enquadramento, PTE 2,6 4,9 7,9 11,7 16,7 22,5

Trabalhadores independentes, TI 3,8 7,3 7,2 8,5 4,8 5,0

Agricultores independentes. AI 14,1 15,2 11,3 6,2 2,2 0,9

Empregados executantes, EE 14,6 19,4 26,0 27,1 32,3 32,4

Operários industriais, OI 30,6 34,0 36,0 34,3 30,3 22,7

Assalariados agrícolas, AA 28,3 16,2 7,2 3,7 1,8 1,8

Fontes: INE, Censos, OCTES, Inquérito ao Emprego.

Mauritti, R. e Nunes, N. (2013), “Processos de recomposição social: continuidades e mudanças”, em R. M. Carmo (org.), Portugal uma sociedade de classes: polarização e vulnerabilidade, Edições 70/ Le Monde Diplomatique, p.39.

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Nível de escolaridade da população empregada (Portugal e UE)

ISCED 0-2 ISCED 3-4 ISCED 5-6 ISCED 0-2 ISCED 3-4 ISCED 5-62003 2011

74.6

13.811.5

59.2

21.1 19.7

27.6

48.7

23.720.8

49.2

30.0

Portugal UE-27

perc

enta

ge

Source: EU Labour Force Survey (Eurostat).

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Nível de escolaridade por classe social e por ano (percentagem)

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…em suma• Processos: terciarização da economia, feminização do

mercado de trabalho, escolarização/qualificação da população empregada.

• Recomposição de classes, trajetórias de mobilidade social ascendente (PTE)

• Apesar da recuperação mantém-se um relevante défice de escolarização.

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POLARIZAÇÃO SOCIAL

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Desigualdade na distribuição do rendimento disponível nos países da UE-27 (coeficiente de Gini e rácio entre quantis) (2010)

Coeficiente de Gini (%) S90/S10 S80/S20Letónia 35,2 12,4 6,6Bulgária 35,1 11,4 6,5Portugal 34,2 9,4 5,7Espanha 34,0 14,9 6,8Grécia 33,6 11,0 6,0Roménia 33,2 10,9 6,2R. Unido 33,0 9,0 5,3Lituânia 32,9 10,5 5,8Itália 31,9 10,5 5,6Estónia 31,9 9,2 5,3Polónia 31,1 8,1 5,0França 30,8 7,4 4,6Alemanha 29,0 7,2 4,5Chipre 28,8 6,3 4,3Dinamarca 27,8 9,5 4,4Malta 27,4 5,9 4,1Luxemburgo 27,2 5,9 4,0Hungria 26,9 5,7 3,9Áustria 26,3 5,9 3,8Bélgica 26,3 5,9 3,9Holanda 25,8 6,1 3,8Finlândia 25,8 5,4 3,7Eslováquia 25,7 6,0 3,8R. Checa 25,2 5,3 3,5Suécia 24,4 5,5 3,6Eslovénia 23,8 5,1 3,5UE-27 30,7 8,3 5,1

Fonte: Statistics on Income and Living Conditions, EU-SILC 2011 (Eurostat). Nota: Países organizados por ordem decrescente de acordo com o resultado obtido para o coeficiente de Gini.

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Rendimento médio e mediano disponível nos países da UE-27 (euros) (2010)

Fonte: Statistics on Income and Living Conditions, EU-SILC 2011 (Eurostat).

Luxemburgo

Dinamarc

aFra

nça

Áustria

Finlân

dia

Holanda

Suéci

a

Aleman

haBélg

ica

R. Unido

ChipreItá

liaUE-2

7

Espan

haGréc

ia

Eslovén

iaMalt

a

Portuga

l

R. Checa

Eslová

quia

Estónia

Polónia

Letónia

Hungria

Lituân

ia

Bulgária

Roménia

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

Média

Mediana

Euro

s

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Evolução do ganho médio mensal por quintil (1985-2009)

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20090

500

1,000

1,500

2,000

2,500

266

364 427471

357461

534 577

442

576671 719

579

789 933

9991,034

1,717

2,1142,237

5º quintil

1º quintil

Fonte: Quadros de Pessoal.Note: Trabalhadores a tempo completo e com remuneração base completa. Valores a preços constantes (2006).

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…em suma• Portugal continua a ser um dos países mais

desiguais da Europa.• As desigualdades de rendimento,

designadamente as desigualdades salariais, contribuem para o aumento da polarização social.

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REGRESSÃO SOCIAL?

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Pobreza e desigualdade: uma correlação relevante

Nota: Para a Irlanda os dados referem-se a 2010 .

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Desemprego na Europa (2013)

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Desemprego e desigualdade (2005): uma correlação fraca

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Desemprego e desigualdade (2011): uma correlação relevante

Nota: Para a Irlanda os dados do S80/S20 referem-se a 2010.

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Nota: Para a Irlanda os dados do coeficiente de Gini referem-se a 2010.

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…algumas questões finais• Qual o efeito do desemprego no aumento das

desigualdades internas de cada país, e nas desigualdades entre os países Europeus?

• Em que medida a relação entre desemprego, pobreza e desigualdade provocará uma efetiva regressão nos trajetos de mobilidade social?

• No que concerne a Portugal, irão os fatores de polarização sobrepor-se aos de recomposição social?