A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade...

12
A relevação de riscos e a informação financeira Vitor Ribeirinho Head of Audit 29 de Maio de 2012

Transcript of A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade...

Page 1: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

A relevação de riscos e a informação financeira

Vitor Ribeirinho

Head of Audit

29 de Maio de 2012

Page 2: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

2© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

Disclaimer

A informação contida neste documento é de natureza geral e

não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular.

Apesar de fazermos todos os possíveis para fornecer

informação precisa e actual, não podemos garantir que tal

informação seja precisa na data em que for

recebida/conhecida ou que continuará a ser precisa no futuro.

Ninguém deve actuar de acordo com essa informação sem

aconselhamento profissional apropriado para cada situação

específica.

Page 3: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

3© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

› A preocupação com os aspectos relacionados com os riscos e a orientação das organização para a identificação atempada dos riscos, a sua mitigação, a sua relevação nos processos e na informação financeira tem vindo a aumentar nos últimos anos e a marcar as alterações nas estruturas de governance das organizações.

› No seguimento da evolução do enquadramento regulatório e das orientações e melhores práticas internacionais sobre governo das sociedades tem-se verificado um crescente envolvimento dos Administradores não executivos nos aspectos relacionados com a monitorização dos riscos e na participação em comissões/comités dos Conselhos de Administração que supervisionam e definem as orientações estratégicas que devem ser executadas pelos elementos executivos das organizações.

› Tendência global para uma maior envolvimento dos orgãos de supervisão das instituições na avaliação e monitorização dos sistemas de controlo interno e dos riscos da actividade.

› Exigências normativas, nomeadamente contabilísticas (‘SCIRF’), no sentido de aumentar a informação e divulgação sobre os modelos de gestão de risco utilizados pelas entidades.

A relevação de riscos e a informação financeira Enquadramento

Page 4: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

4© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

A relevação de riscos e a informação financeira Exemplo de estrutura de governance

Orgão de Administração

Orgão Executivo

Comissão de Governo

Societário

Comissão de Nomeações e

Avaliações

Comissão de avaliação de

riscos

Comissão de Ética e

Deontologia

Outros comités operacionais

Sustentabilidade Subsidiárias

Comité de Processos e

Serviços

Recursos Humanos

Asset & Liability Management

Partes relacionadas

Comité de Risco Sub-Comissões 1 Auditoria Interna

Fundos Pensões

Stakeholders

Funções de supervisão e acompanhamento

Funções executivas

Comissões com responsabilidade na gestão de risco

Page 5: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

5© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

› Um dos elementos cruciais de uma gestão integrada de risco corresponde à implementação de um modelo de três linhas de defesa em que, para além das funções de gestão de risco e de auditoria independente (interna e externa) tradicionalmente atribuídas ao Gabinete de Gestão de Riscos e à Direcção de Auditoria Interna e ao ROC, assume particular importância a existência de uma primeira linha de identificação e gestão pro-activas de risco por parte das unidades de negócio.

› Adicionalmente, a mesma lógica de reforço de controlo existirá no órgão que emana do Conselho de Administração, composto por elementos não executivos que monitorizará a evolução do processo de gestão de risco, por exemplo Comissão de Auditoria.

A relevação de riscos e a informação financeira Estrutura de governance de risco

Modelo de operações

1ª Linha Unidades de negócio • Ambiente de risco e controlo no terreno

2ª LinhaGestão de risco pela Comissão de Risco da C.E.

• Gestão de Risco

• Políticas e procedimentos

• Supervisão funcional

• Providenciam a garantia da efectividade dos controlos

3ª Linha Auditoria Independente:

Auditoria Interna e Auditoria Externa

RISCO E CONTROLO

RISCO E CONTROLO

RISCO E CONTROLO

Funções de supervisão

e acompanhamento

Funções de gestão executiva

do risco

Comissão de avaliação de

riscosComité de Risco

- Directrizes quanto ao apetite ao risco

- Desafio da estratégia e processos de risco existentes

- Monitorização dos níveis de risco e das principais decisões tomadas

- Identificação e avaliação dos riscos da actividade

- Decisões sobre políticas de risco

- Monitorização regular dos riscos

2ª linha Controlo de risco

MODELO DE ESTRATÉGIA E SUPERVISÃO

Page 6: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

6© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

Quantificação de riscos mais detalhada por tipo de risco e definir capital por

tipo de risco

Definir apetite ao risco em termos quantitativos

(preferencialmente capital económico – agregação

de risco avançada)

Integrar os valores de indicadores com os

montantes de capital (articular variação de limites com capital)

Avançado

Quantificação de riscos mais relevantes e

estabelecer medidas de risco

Estabelecer ligação entre os indicadores e as

medidas de risco para riscos mais relevantes

Intermédio

Estabelecer montantes agregados de perda aceitável para riscos

mais relevantes

Definir apetite ao risco em termos qualitativos (directriz qualitativa da gestão de topo) e articular

com montante de capital económico.

Definir os indicadores e estabelecer limites

(consoante apetite e tolerância);

Inicial

Tolerância ao risco

(Táctico)

Apetite ao risco

(Estratégico)

Indicadores e limites de risco

(Operacional)

- Níveis de Maturidade para Apetite, Tolerância e Limites - Ilustrativo

A relevação de riscos e a informação financeira Fases de maturidade da gestão do risco

Page 7: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

7© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

A relevação de riscos e a informação financeira Processo de identificação e gestão de riscos

3. Identificação

dos responsáveis

pelo risco

4. Identificação e reporte das fraquezas do

controlo

1. Identificação, categorização e definição

dos riscos

2. Identificação dos Controlos

Chave e a sua

efectividade

Inputs: Recolha de dados e

experiência prévia Critérios de

avaliação de Risco Modelo de

categorização de riscos

Outputs: Perfis de Risco e Controlo Responsáveis pelo risco Requisitos de informação

de Gestão Planos de Acção para

melhorias

• Visa reduzir a probabilidade de ocorrência do risco

• Altera a distribuição da frequência

Exemplo: definição e implementação de políticas de limites restritivos (investimentos, coberturas, …)

• Visa mitigar impacto de ocorrência do risco

• Altera distribuição de impacto

Exemplo: revisão pela chefia de relatórios de actividade

Controlo Preventivo

Controlo Detectivo

Criticidade do Controlo

Diferença entre avaliação do risco inerente e residual.

• Conjunto de riscos agrupados em diferentes categorias (Risco de crédito, Risco de mercado, Risco de liquidez e Risco operacional, etc.)

• Exposição ao risco antes daaplicação de quaisquercontrolos de mitigação (riscobruto).

• Exposição da organização aorisco após aplicação decontrolos de mitigação de risco.

Categoria de risco

Risco Inerente

Risco Residual

Probabilidade Impacto

Baseadaem:

Histórico

Experiência

Intuição

Perda associada à concretização do risco

• Conjunto de riscos agrupados em diferentes categorias (Risco de crédito, risco de mercado, risco de taxa de juro, risco de câmbio, risco de liquidez, risco de compliance, risco operacional, risco de sistemas de informação, risco de estratégia e risco de reputação

› Este processo de avaliação consistente dos riscos e controlos em todos os processos da instituição, deverá ocorrer continuamente e de forma pró-activa envolvendo todas as linhas de defesa e com destaque na contribuição das Unidades de negócio (1ª linha de defesa)

Este processo deverá incluir os riscos com impacto ao nível da informação e relato financeiro (‘SCIRF’) bem como todos os riscos relacionados com a actividade da Instituição.

Page 8: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

8© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

A relevação de riscos e a informação financeira O reflexo dos riscos nas demonstrações financeiras

Sistema de Controlo Interno sobre o Relato Financeiro (‘SCIRF’)

Reporte Natureza Destinatário Frequência

Documentos de suporte às reuniões Interno Comissão e sub-comissões de Risco Mensal / Trimestral

Relatório de Governo da Sociedade Externo (Público) Orgãos de Supervisão, stakeholders, público em geral e Orgãos sociais

Anual

Relatório de Controlo Interno Externo / Interno Orgãos de Supervisão e Comissão de Risco Anual

Relatório de Gestão Externo (Público) Orgãos de Supervisão, stakeholders, público em geral e Orgãos sociais

Semestral

Demonstrações financeiras e notas às contas

Externo (Público) Orgãos de Supervisão, stakeholders, público em geral e Orgãos sociais

Trimestral

Principais reportes e documentos preparados

Page 9: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

9© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

O ERM é uma abordagem transversal à Organização para a identificação, avaliação, comunicação e gestão de risco cost-effective – é uma aproximação global e

abrangente à gestão de risco.

Quais os potenciais benefícios do ERM?

• Alinhamento da estratégia da organização com o risco;

• Maior responsabilização da organização na gestão de risco;

• Clarificação dos riscos chave da organização e acções de mitigação;

• Melhor alocação do esforço e de recursos da organização nos riscos prioritários, por exemplo, na definição de planos de continuidade do negócio e na definição de recomendações e planos de acção;

• Redução de custos e melhoria da eficácia e transparência no investimento no risco e nas actividades de controlo.

O ERM é um processo dinâmico focado na protecção do valor criado pela Organização, antecipando os riscos e ajustando a estratégia e objectivos do

negócio.

A relevação de riscos e a informação financeira Um modelo de gestão integrada dá resposta a estas questões (visão futura)

Page 10: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

10© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

Regulação

Agências de Rating

Accionistas

Boas práticas de gestão

• Crescente pressão das entidades reguladoras para implementação de gestão integrada de risco. Para o Sector Financeiro, o Aviso 5/2008 do Banco de Portugal define os requisitos para o desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Risco para a globalidade dos riscos da organização.

• Requisitos explícitos e com exigência crescente de procedimentos de gestão de risco nas Organizações

• Pressão crescente dos accionistas para práticas mais estruturada e formalizadas de gestão de risco, que contribua para o aumento da transparência e do processo de tomada de decisão na Organização.

• Enterprise Risk Management é reconhecido como ‘uma boa prática de negócio’. Permite um melhor suporte da tomada de decisão por via de um melhor conhecimento e gestão do risco.

ERM - Porquê?

A relevação de riscos e a informação financeira Um modelo de gestão integrada dá resposta a estas questões (visão futura)

Modelos de governação

• Crescente envolvimento dos Administradores não executivos nos aspectos relacionados com a monitorização dos riscos e na participação em comissões/comités dos Conselhos de Administração .

Page 11: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

11© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

Medir, quantificar e agregar os riscos da organização

Identificar, avaliar e categorizar os riscos a que a organização está exposta

Utilizar informação de riscos e controlos para melhorar o desempenho corporativo (análise e optimização das técnicas de mitigação).

Monitorizar e reportar os principais riscos a que a organização está exposta e desempenhar acções correctivas

Estabelecer uma abordagem para desenvolver, suportar e embeber a estratégia de gestão de risco da organização

A relevação de riscos e a informação financeira Um modelo de gestão integrada dá resposta a estas questões (visão futura)

› Uma Gestão Integrada de Riscos que represente um processo end-to-end na gestão dos riscos permite assegurar uma maior consistência e pro-actividade do processo de gestão global de riscos e reforçar a integração entre as unidades com intervenção do processo

Page 12: A relevação de riscos e a informação financeira · Inerente Risco Residual Probabilidade Impacto Baseadaem: Histórico Experiência Intuição Perda associada à concretização

PRIVADO & CONFIDENCIAL.

APENAS PARA USO INTERNO.

© 2012 KPMG & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal.

Obrigado pela vossa atenção e interesse.

Vítor RibeirinhoHead of Audit

T: + 351 210 110 [email protected]