A RELIGIÃO ISLÂMICA

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FACULDADE TEOLÓGICA DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE BRASÍLIA ROBSON DE CARVALHO FERREIRA A RELIGIÃO ISLÂMICA Ceilândia – DF

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FACULDADE TEOLÓGICA DA ASSEMBLEIA DE DEUS DE BRASÍLIA

ROBSON DE CARVALHO FERREIRA

A RELIGIÃO ISLÂMICA

Ceilândia – DF

2011

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A RELIGIÃO ISLÂMICA

ORIGEM

O islamismo foi fundado no ano de 622, na região da

Arábia, atual Arábia Saudita. Seu fundador, o profeta Maomé, reuniu a base da

fé islâmica num conjunto de versos conhecido como Corão - segundo ele, as

escrituras foram reveladas a ele por Deus por intermédio do Anjo Gabriel.

Assim como as duas outras grandes religiões monoteístas,

o cristianismo e do judaísmo, as raízes de Maomé estão ligadas ao profeta e

patriarca Abraão. Maomé seria seu descendente. Abraão construiu a Caaba,

em Meca, principal local sagrado do islamismo. Para os muçulmanos, o

islamismo é a restauração da fé de Abraão.

Ainda no início da formação do Corão, Maomé e um ainda

pequeno grupo de seguidores foram perseguidos por grupos rivais e deixaram

a cidade de Meca rumo a Medina. A migração, conhecida como Hégira, dá

início ao calendário muçulmano. Em Medina, a palavra de Deus revelada a

Maomé conquistou adeptos em ritmo acelerado.

O profeta retornou a Meca anos depois, perdoou os

inimigos e iniciou a consolidação da religião islâmica. Quando ele morreu, aos

63 anos, a maior parte da Arábia já era muçulmana. Um século depois, o

islamismo era praticado da Espanha até a China. Na virada do segundo

milênio, a religião tornou-se a mais praticada do mundo, com 1,3 bilhões de

adeptos.

PROFETA MAOMÉ

Maomé nasceu em Meca, no ano de 570. Órfão de pai e

mãe foi criado pelo tio, membro da tribo dos coraixitas. De acordo com

historiadores, tornou-se conhecido pela sabedoria e compreensão, tanto que

servia de mediador em disputas tribais. Adepto da meditação, ele realizava um

retiro quando afirmou ter recebido a primeira revelação de Deus através do

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anjo Gabriel. Na época, ele tinha 40 anos. As revelações prosseguiram pelos

23 anos restantes da vida do profeta.

Contrário à guerra entre tribos na Arábia, Maomé foi alvo

de terroristas e escapou de várias tentativas de assassinato. Enquanto

conquistava fiéis, empregava as escrituras na tentativa de pacificar sua terra -

tarefa que cumpriu antes de morrer, aos 63 anos, depois de retornar a Meca.

Para os muçulmanos, Maomé é uma figura digna de extrema admiração e

respeito, mas não é o alvo de sua adoração. Ele foi o último dos profetas a

trazer a mensagem divina, mas só Deus é adorado.

CONVERSÃO

Não é preciso ter nascido muçulmano ou ser casado com

um praticante da religião. Também não é necessário estudar ou se preparar

especialmente para a conversão. Uma pessoa se torna muçulmana quando

proferir, em árabe e diante de uma testemunha, que "não há divindade além de

Deus, e Mohammad é o Mensageiro de Deus". O processo de conversão

extremamente simples é apontado como um dos motivos para a rápida

expansão do islamismo pelo mundo. A jornada para a prática completa da fé,

contudo, é muito mais complexa. Nessa tarefa, outros muçulmanos devem

ajudar no ensinamento.

CRENÇAS

A base da fé islâmica é o cumprimento dos desejos de

Deus, que é único e incomparável. A própria palavra Islã quer dizer "rendição",

ou "submissão". Assim, o seguidor da religião islâmica deve obedecer às

escrituras, orar e glorificar apenas seu Deus e ser fiel à mensagem que Maomé

trouxe.

Os muçulmanos enxergam nas escrituras divulgadas por

Maomé a continuação de uma grande linhagem de profecias, trazidas por

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figuras que fazem parte dos livros sagrados dos judeus e cristãos - como Adão,

Noé, Abraão, Moisés, Davi e Jesus. Os cristãos e judeus, aliás, são chamados

no Corão Povos das Escrituras, com garantia de respeito e tolerância.

O seguidor do islamismo tem como algumas de suas

obrigações "promover o bem e reprimir o mal", evitar a usúria e o jogo e não

consumir o álcool e a carne de porco. Um dos principais desafios do

muçulmano é obter êxito no jihad - que, ao contrário do que muitos acreditam

no Ocidente, não significa exatamente "guerra santa", mas sim o esforço e a

luta do muçulmano para agir corretamente e cumprir o caminho indicado por

Deus.

Os muçulmanos acreditam no dia do juízo final e na vida

após a morte, quando o praticante da religião recebe sua recompensa ou sua

punição pelo que fez na Terra. Acreditam também na unidade da "nação" do

Islã - uma crença simbolizada pela gigantesca peregrinação anual a Meca, que

reúne muçulmanos do mundo todo, lado a lado.

CINCO PILARES

Os cinco pilares do islamismo formam a estrutura de vida

do seguidor da religião. São eles: a fé, a oração, o chamado zakat, o jejum e a

peregrinação.

A FÉ

Pronunciar a declaração de fé intitulada "chahada": "Não

há outra divindade além de Deus e Mohammad é seu Mensageiro".

A ORAÇÃO

Realizar as cinco orações obrigatórias durante cada dia, no

ritual chamado "salat". As orações servem como uma ligação direta entre o

muçulmano e Deus. Como não há autoridades hierárquicas, como padres ou

pastores, um membro da comunidade com grande conhecimento do Corão

dirige as orações. Os versos são recitados em árabe, e as súplicas pessoas

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são feitas no idioma de escolha do muçulmano. As orações são feitas no

amanhecer, ao meio-dia, no meio da tarde, no cair da noite e à noite. Não é

obrigatório orar na mesquita - o ritual pode ser cumprido em qualquer lugar.

Antes de rezar,  mulçumano executa um ritual de limpeza e

preparação para a oração, utilizando-se de água. Em locais onde não há água,

por exemplo, no deserto, a limpeza é feita simbolicamente.

Ablução:

Ato de lavar-se com água antes de uma prece,

simbolizando a purificação.

Antes de entrar na mesquita, retire os sapatos.

Antes da ablução devemos ter consciência da oração e da intenção da mesma.

Comece lavando as mãos, repita este processo por três vezes.

Lave a boca com água, repita isto por três vezes.

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Limpe as fossas nasais, utilizando-se da água.

Lave a face por três vezes.

Lave o antebraço direito e esquerdo, repita isto três vezes.

Limpe a cabeça; passa-se a mão direita em cima da cabeça até onde termina o

cabelo, de trás para frente, uma única vez.

Limpe o ouvido com os dedos e atrás das orelhas, faça isto uma vez.

Lava-se a nuca, uma vez.

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Lavam-se os pés três vezes.

* Existem outros tipos de rituais de ablução (purificação)

Orando na Mesquita

Voltado com a face para Meca; O mulçumano faz uma limpeza mental, a fim de

desligar-se completamente do mundo e se concentrar no diálogo com Deus.

Em pé com as mãos nas orelhas ele diz; "Allahu Akbar" (Deus é supremo)

Coloca sua mão esquerda sobre o peito e em cima sua mão direita, depois diz

silenciosamente: "Glória e louvores para Deus; Louvado seja o seu nome;

Exaltado seja sua majestade. Não há outro Deus senão Alah. Eu vim procurar

proteção contra Satã, o condenado”

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Em seguida abre e recita um capítulo do Corão. Se desejar, recita outra

passagem do Corão.

RUKU

Com as mãos nos joelhos e encurvado-se para frente diz. "Gloria seja Deus o

Grande, louvado seja", Repete três vezes.

 

QUIYAM

Em pé com as mãos e braços estendidos lateralmente,  diz; "Deus ouve

aqueles que o glorifica. Oh Deus, todos os louvores são para Vós. Deus de

todas as coisas" 

 

SUJUD

Prostrado de joelhos, com a testa, nariz, palma das mãos no chão. Diz; "Gloria

para Meu Deus e Senhor, Deus de todas as coisas". Repete três vezes.

 

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Senta-se sobre as pernas. Após uma pausa, repita o  SUJUD Sentado sobre

as pernas diga; "Não há Deus maior"

* Existem outras formas de se fazer a oração.

ZAKAT

Fazer o que puder para ajudar quem precisa, no chamado

"zakat". A caridade é uma obrigação do muçulmano, mas deve ser voluntária e,

de preferência, em segredo. O muçulmano deve doar uma parte de sua riqueza

anualmente, uma forma de mostrar que a prosperidade não é da pessoa - a

riqueza é originária de Deus e retorna para Deus.

JEJUM

Jejuar durante o mês sagrado do Ramadã, todos os anos.

Nesse período, todos os muçulmanos devem permanecer em jejum do

amanhecer ao anoitecer, abstendo-se também de bebida e sexo. As exceções

são os doentes, idosos, mulheres grávidas ou pessoas com algum tipo de

incapacidade física - eles podem fazer o jejum em outra época do ano ou

alimentar uma pessoa necessitada para cada dia que o jejum foi quebrado. O

muçulmano que cumpre o jejum se purifica ao vivenciar a experiência de quem

passa fome. No fim do Ramadã, o muçulmano celebra o Eid-al-Fith, uma das

duas principais festas do calendário islâmico.

PEREGRINAÇÃO

Realizar a peregrinação a Meca, o "haj". Todos os

muçulmanos com saúde e condição financeira favorável devem realizar a

peregrinação pelo menos uma vez na vida. Todos os anos, cerca de dois

milhões de pessoas de todas as partes do mundo se reúnem em Meca, sempre

com vestimentas simples - para eliminar as diferenças de classe e cultura. No

fim da peregrinação, há o festival de Eid-Al-Adha, com orações e troca de

presentes - a segunda festa mais importante.

O CORÃO

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O livro sagrado dos muçulmanos reúne todas as

revelações de Deus feitas ao profeta Maomé através do anjo Gabriel. No Corão

estão instruções para a crença e a conduta do seguidor da religião - não fala

apenas de fé, mas também de aspectos sociais e políticos. Dividido em 114

"suratas" (capítulos), com vários versículos cada (o número varia de 3 a 286

versículos), o Corão foi escrito em árabe formal e, com o tempo, tornou-se de

difícil entendimento.

O complemento para sua leitura é a Sunna, coletânea de

registros de discursos do profeta Maomé, geralmente em linguagem mais clara

e fluente. Cada uma dessas mensagens tiradas dos discursos é conhecida

como "hadith". Como os relatos foram de pessoas diferentes, há muitas

divergências entre os registros de ensinamentos do profeta: cada um contava a

mensagem da forma que o interessava. Além de contradições, as "hadith"

provocaram também uma expansão dos conceitos do Islã, ao incorporar

tradições e doutrinas sobre sociedade e justiça - aspecto importante na

formação da cultura islâmica em geral, que não ficou restrita à religião.

SHARIA

É a lei religiosa do islamismo. Como o muçulmano não vê

distinção entre o aspecto religioso e o resto da sua conduta pessoal, a lei

islâmica não trata só de rituais e crenças, mas de todos os aspectos da vida

cotidiana. Apesar de ter passado por um detalhado processo de formatação, a

lei islâmica ainda é aplicada de formas variadas ao redor do mundo - os países

adotam a sharia têm interpretações mais ou menos rigorosas dela.

Na Arábia Saudita, por exemplo, vigora uma das mais

conservadoras versões da lei islâmica. O Afeganistão da época da milícia

Talibã teve a mais dura e radical aplicação da sharia nos tempos modernos -

proibia música e outras expressões culturais e esportivas, restringia

gravemente todos os direitos das mulheres e ordenava punições bárbaras. A

sharia, porém, é adotada formalmente numa minoria de países com grandes

populações islâmicas.

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MESQUITAS

As construções reservadas para as orações dos

muçulmanos são chamadas mesquitas, ou "masjids". Os prédios, contudo, não

precisam ser especialmente construídos com esse fim - qualquer local onde a

comunidade muçulmana se reúne para orar é uma mesquita.

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Há dezenas de milhares de mesquitas no mundo, e elas

vão desde as construções mais esplendorosas, com arquitetura riquíssima, às

mais modestas, adaptadas dentro de outras estruturas.

Depois do Islamismo, a antiga forma politeísta de adoração

a Deus, passou a não existir mais.

Pela fé Islâmica, a "Caaba foi originalmente construída por

Adão segundo protótipo celestial e depois do dilúvio reconstruída por Abraão e

Ismael. É por este motivo que a Mesquita da Caaba é muito importante para o

Islamismo.

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A mesquita de Caaba, em Meca, é uma das mais famosas,

pois é o centro da peregrinação do "haj". A mesquita de Al-Aqsa, em

Jerusalém, também é um local muito visitado pelos muçulmanos de todo o

mundo - ela abrigaria a pedra de onde Maomé "ascendeu ao céu".

FESTAS E DATAS

As duas principais festividades do islamismo são o Eid-Al-

Adha, que coincide com a peregrinação anual a Meca, e o Eid-al-Fith, quando

se quebra o jejum do mês do Ramadã. O mês sagrado, aliás, é o principal

período do calendário islâmico.

Os muçulmanos xiitas também comemoram o Eid-al-Ghadir - aniversário da

declaração de Maomé indicando Ali como seu sucessor. Outras festas

islâmicas são o aniversário de Maomé (Al-Mawlid Al-Nabawwi) e o aniversário

de sua jornada a Jerusalém (Al-Isra Wa-l-Miraj).

GRUPOS

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Os muçulmanos estão divididos entre sunitas, o grupo

majoritário, e xiitas, a minoria dentro da religião. Os sunitas formam o tronco

principal da religião, ligado à interpretação mais aceita da história islâmica, e

reúnem cerca de 90% dos muçulmanos no mundo. A diferença em relação ao

Islã xiita é a aceitação à seqüência de califas da história islâmica. Sem

características comuns entre si, os muçulmanos sunitas incluem praticantes da

religião em todas as partes do mundo e de todas as tendências, dos mais

conservadores até os moderados e seculares.

Os xiitas, que reúnem cerca de 10% dos muçulmanos,

surgiram como movimento político de apoio a Ali e acabaram formando uma

ramificação da religião islâmica. A dissidência surgiu quando os xiitas se

uniram para apoiar Ali, primo de Maomé, como o herdeiro legítimo do poder no

Islã após a morte do profeta, com base na suposta declaração de que ele era

seu sucessor ideal.

A evolução para uma fórmula religiosa diferente teria

começado com o martírio de Husain, o filho mais novo de ali, no ano de 680,

em Karbala (no atual Iraque). Os clérigos xiitas são os mulás e mujtahids, mas

o clero não tem uma hierarquia formal. Os xiitas foram os responsáveis pela

revolução islâmica do Irã, em 1979, e têm graves divergências com setores do

islamismo sunita.

CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS FATOS NO MUNDO ISLÂMICO

 570: Nasce, em Meca, o profeta Mohammad (Maomé)

595: Mohammad (Maomé) se casa com Khadija

611: O profeta começa a receber a revelação do Corão

622: Data que marca a Hágira (exílio, em árabe), início do calendário islâmico. Dose anos após ter visto o Anjo Gabriel e lhe anunciar que fora escolhido por Deus para ser seu último profeta. Mohammad deixa sua cidade natal, Meca, onde a crença era politeísta e contra os ensinamentos islâmicos. Ele parte para Medina, cidade onde ergue a primeira Mesquita.

630: Os discípulos do profeta conquistam Meca e Maomé retorna à sua terra

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632-634: (califado de Abu Bakr) Mohammad, que não tinha filho homens, morre sem deixar herdeiros. É sucedido por Abu Bakr, que comanda a expansão do Islâmica por toda a península árabe, Síria, Palestina e Pérsia. Após sua morte é sucedido por Omar Ibn al Kahattab, que conquista o sul do Iraque e também o Egito.

634-644: califado de Umar, o segundo sucessor; O texto do Corão é lançado.

644: O Islã expande-se na África do Norte, Chipre e Armênia sob o califado de Othman, que reorganiza uma frota para enfrentar o império Bizantino; Em 645 ele aprova a definição do texto do Alcorão, que havia sido iniciada por Omar.

644-656: califado de Uthman, o terceiro sucessor

656-661: califado de Ali, o quarto sucessor

661: A capital do Islã muda de Medina para Damasco, na Síria , com a fundação da dinastia omíada. Os califados tornam-se hereditários.

680: Fundação do xiismo

711: Após a expansão no Oriente Médio e no Norte da África, Tariq Ibn Ziyad ataca o sul da Espanha

750: Início da dinastia Abbasid que se estende até o ano de 1258

762: Fundação de Bagdá, para onde os abassídas mudam sua capital.

800-900: Texto das Hadith é compilado

909: Obais Alla al Mahdi funda a dinastia fatímida, que conquista o Norte da África, Sicília e Gênova. Ela passa a explorar o comércio entre Europa e as Índias, mas é extinta em 1171

912: Em Córdoba , Espanha, remanescente da dinastia omíada, derrotada em 750, fundam um califado, que tem uma fase de esplendor até 1031, quando é extinto pela guerra civil.

1085: Início da reconquista da península Ibérica, com a vitória cristã em Toledo e depois em Saragoza (1118), Tolosa (1212), Córdoba (1236) e Sevilha (1248)

1095: Os Cristãos atacam os Mulçumanos pela primeira vez. O Papa católico Urbano 2º ordena a primeira cruzada. Jerusalém é conquistada pelos cristãos no ano seguinte, e em 1099, o domínio se estende para toda a Síria o período das cruzadas cristãs vai de 1095 a 1270.

 1174: Reconquista cristã de Lisboa por Afonso Henriques. A cidade havia sido tomada pelos islâmicos em 1111 com Santarém, Évora e Porto. Início da Segunda cruzada, contra as investidas turcas na Síria

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1187: Após derrotar os fatídidás e retomar a Síria para o Islã, Saladino toma Jerusalém. Início da Terceira Cruzada.

1258: Mongóis atacam Bagdá e põem fim aos abássídas.

1281: Com a derrota dos Turcos pelos Mongóis, a tribo dos otomanos toma o poder liderados por Osman. Seu filho Orkham e seu neto Murad 1º expandem o Império Otomano para a Península do Bálcãs.

1380-1918: Império Otomano

1444: Murad 2º conquista Varna (Bulgária) e consolida o domínio da Sérvia, Polônia, Transilvânia, Hungria e Albânia.

1453: O Império Bizantino é derrotado por Muhammad 2º, que consolida o império Otomano com a tomada de Constantinopla. É o fim da Idade Média.

1492: As tropas católicas dos reis católicos Fernando e Isabel expulsam os últimos muçulmanos da Espanha.

1502: A esquadra de Vasco da Gama chega à Índia e bombardeia Calicute. Os mulçumanos se rendem aos portugueses, que inicia o domínio do Oceano Índico.

1529: Viena é cercada por tropas otomanas, mas não é derrotada. Esse foi o máximo avanço de Suleimã, o Magnífico.

1571: Derrota Naval otomana em Lepanto abala o poderio do império no

Mediterrâneo.

1578: Sebastião rei de Portugal morre em combate contra os mouros na batalha de Alkácer Kibir, no Marrocos.

1654: Concluída a construção do Taj Mahal

 1718: Derrotados pelos Austríacos, os otomanos são forçados a deixarem a Hungria.  1789: Napoleão ocupa o Egito. Em 1830, a França volta a invadir a África, na Argélia e em 1881 na Tunísia.

1815 a 1900: Os católicos colonizam o norte da África e o Oriente Médio

1857: Os ingleses põem fim a 322 anos da dinastia mongol na Índia

1901: Árabes liderados por Ibn Saund expulsam otomanos de Riad. A França domina Marrocos.

1915: Otomanos massacram cerca de um milhão de armênios na Primeira Guerra Mundial.

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1916: Revolta árabe liderada pelo britânico Lawrence da Arábia força os otomanos à retirada na Arábia.

1917: França e Inglaterra dividem a região do Oriente Médio com a retirada otomana na primeira Guerra Mundial

1923: Turquia se transforma em uma República com Mustafá Kernal Ataturk.

1928: Fundada a Irmandade Muçulmana, primeiro grupo extremista

1930: Independência do Iraque, seguida em 1946 pela Jordânia, Síria e Líbano

1947: Islâmicos deixam a Índia após independência e fundam o Paquistão

1948: Fundação de Israel que rechaça invasão por grupos palestinos, Iraque, Líbano, Jordânia e Egito.

1951: Independência da Líbia seguida por Marrocos, Tunísia e Sudão em 1956 e Argélia em 1962

1964: Fundação da Organização para a libertação da Palestina (OLP). Em 1974 ela é reconhecida pela a ONU

1967: Guerra dos 6 dias , Israel ocupa a Península do Sinai, Faixa de Gaza e

Cisjordânia. 1973: Guerra do Yom Kippur, Israel derrota Egito e Síria. Com o acordo de Camp David, nos Estados Unidos, Israel devolve o Sinai ao Egito.

1979: A revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini no Irã. A URSS invade o Afeganistão para manter aliados no poder, mas é obrigada pela guerrilha islâmica a se retirar em 1988. Em Israel é desencadeado a revolta palestina nos territórios ocupados

1991: Guerra no Golfo, coalizão liderada pelos EUA ataca o Iraque e força seus soldados a deixarem o Kuait

1993: Acordo de Oslo prevê retirada israelense da faixa de Gaza e o reconhecimento de Israel pelos Palestinos

1996: Afeganistão fica sobre o controle do Talibã

1999: o Islamismo torna-se a religião mais praticada no mundo

2001: Bin Laden usando-se do fundamentalismo mulçumano dirige contra os EUA o maior atentado terrorista que o país poderia sofrer. Ele se esconde no Afeganistão com apoio do Talibã. EUA trava uma guerra contra o terrorismo. O Talibã e derrotado. Cria-se um novo governo provisório no Afeganistão com o apoio dos EUA e dos aliados. Bin Laden supostamente morre de doença.

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Notas: A maioria dos países islâmicos apoiou os EUA na investida contra o terrorista Bin Laden. O mundo mulçumano está passando por grandes transformações que inclui a ampliação dos direitos e liberdade e em assumir um importante papel na globalização e na paz mundial.

2002: EUA acusa Irã de abrigar membros do Talibã. Intensificam-se os atritos entre Israel e Palestina.

2003: EUA atacam o Iraque e derrubam o ditador Saddam Hussein; começa ofensiva para democratizar o Iraque

2005: Israel inicia a retirada de judeus colonos da faixa de Gaza.

2006: Israel ataca o Líbano por ter dois soldados seqüestrados pelo Hizbollah. Em 11/08/2006, ONU aprova Resolução para por fim à Guerra no Líbano. Dois dias depois,  Líbano e o Hizbollah também aceitaram a resolução.

A EXPANSÃO DO ISLAMISMO