A trindade e toda sua origem

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A Trindade e toda sua Origem. A mais predominante de muitas falsas doutrinas referentes à unidade de Deus é o trinitarianismo. Este erro se insinuou para dentro da Igreja pelo paganismo e manteve seu lugar na teologia através do governo totalitário dos imperadores romanos e da Igreja Católica Romana. Os reformadores Protestantes saíram da igreja papal mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs. Juntamente com falsas doutrinas como imortalidade da alma, batismo infantil, aspersão, eles também reteram o falso ensino da trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais uma vez chamou a atenção do homem para a Palavra de Deus, e na restauração de doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar na igreja. Ar e forma, contudo, não foi longe o bastante. Muitos erros da Igreja Romana foram retidos. Outra reforma se faz necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e retornar às verdadeiras doutrinas da Bíblia.

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A Trindade e toda sua Origem.

A mais predominante de muitas falsas doutrinas referentes à

unidade de Deus é o trinitarianismo. Este erro se insinuou para

dentro da Igreja pelo paganismo e manteve seu lugar na teologia

através do governo totalitário dos imperadores romanos e da

Igreja Católica Romana. Os reformadores Protestantes saíram da

igreja papal mas trouxeram consigo algumas doutrinas pagãs.

Juntamente com falsas doutrinas como imortalidade da alma,

batismo infantil, aspersão, eles também reteram o falso ensino da

trindade. A reforma foi boa até o ponto em que mais uma vez

chamou a atenção do homem para a Palavra de Deus, e na

restauração de doutrinas Bíblicas rejeitadas ao seu próprio lugar

na igreja. Ar e forma, contudo, não foi longe o bastante. Muitos

erros da Igreja Romana foram retidos. Outra reforma se faz

necessária hoje, para livrar a Igreja de todos os erros pagãos e

retornar às verdadeiras doutrinas da Bíblia.

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I -DEFINIÇÃO DE TRINDADE

Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste

em três pessoas, Pai, Filho e Espírito. O dicionário Webster

define a palavra:“A união de três pessoas ou hipostases (o Pai, o

Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de modo que todos os

três são um Deus, com relação à substância, mas três pessoas ou

hipostases com relação à indivi-dualidade‟‟. (Webster‟s

Collegiate Dictionary, (F) 5ª edição). Trinitarianos não creem

que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são

três Deuses. Eles creem em três pessoas que constituem um

Deus.

II- TRÊS PROPOSTAS ENVOLVIDAS

Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da

Trindade.

Estes três pontos são: (1) A unidade composta de Deus. (2) A

divindade do Pai, do Filho e do Espírito. (3) A personalidade do

Pai, do Filho e do Espírito. O fracasso na prova de qualquer uma

destas três propostas, resultará no colapso desta teoria. Para

refutar a trindade, entretanto, necessita-se estabelecer apenas um

dos seguintes três fatos: (1) A unidade simples de Deus. (2) Jesus

não é Deus. (3) O Espírito não é uma pessoa.

1- A Unidade Composta de Deus: Os trinitarianos afirmam

acreditar na unidade de Deus. Caso eles não afirmassem acreditar

que Deus é único, sua doutrina seria revelada como não passando

de politeísmo.

Os trinitarianos, entretanto, não creem na unidade de Deus como

ensinada na Bíblia. Eles rejeitam a verdade bíblica de que existe

apenas uma pessoa que é Deus. Negam a simples unidade de

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Deus, insistindo que a unidade de Deus é composta. Advogam

que existe uma única substância, uma inteligência e um propósito

na Divindade mas que três pessoas eternamente co-existem

daquela essência única e exercitam aquela única inteligência e

único propósito. Dizem eles que a unidade de Deus refere-se à

sua substância, essência ou ser.

2- A Divindade do Pai, do Filho e do Espírito: O segundo

ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus,

o Filho é Deus e o Espírito é Deus. Tentam mostrar que cada um

é mencionado como sendo Deus e que cada um possui atributos e

obras de Divindade.

Também afirmam que os três são iguais em todas as formas, a

unica diferença é que eles são distinguidos por certas

propriedades individuais, a saber, o Filho é gerado pelo Pai, e o

Espírito procede do Pai e do Filho.

3- A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito: Como o

terceiro ponto, os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma

pessoa, que o Filho é uma pessoa, e que o Espírito também o é.

Cada um tem uma personalidade distinta dos outros dois.

Entretanto, cada pessoa é admitida como possuindo toda a

essência divina e todos os divinos atributos. Cada pessoa da

trindade é admitida como completamente Deus dentro de Si

mesma. As três pessoas juntas, compartilham em comum a

essência única, todos os atributos, uma substância, uma

inteligência e um propósito.

III- ORIGEM HISTÓRICA DESSA DOUTRINA

1- Não mencionada na Bíblia – O trinitarianismo não é uma

doutrina Bíblica. Esta teoria não é mencionada tampouco

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ensinada na Bíblia. As palavras “trindade” e “triúno” jamais

foram usadas pelos escritores da Palavra de Deus. A doutrina da

trindade era desconhecida pelos Israelitas do Velho Testamento e

pelos Cristãos do Novo Testamento. Esta teoria não foi

formulada até muitos anos após a morte do último apóstolo. Não

há autoridade bíblica para a trindade; o que ocorre é que os

Teólogos leem nas entrelinhas das Escrituras na busca pela

trindade, torcendo os textos Escriturísticos tentando o apoio à sua

teoria, mas ainda a verdade de que a doutrina da trindade não é

ensinada pela Bíblia, permanece. Graham Greene, um Inglês

convertido ao Catolicismo, escreveu um artigo para a revista

“Life” em apoio ao dogma na Igreja Católica concernente à

ascenção de Maria aos céus. Neste artigo, ele admitiu não haver

autoridade bíblica para a trindade:

Nossos oponentes às vezes afirmam que nenhuma doutrina deve

ser sustentada dogmaticamente que não esteja explicitamente

exposta na Escritura (ignorando que é somente pela autoridade

da Igreja que reconhecemos certos Evangelhos e não outros

como verdadeiros). Mas as Igrejas Protestantes, elas mesmas,

aceitam tais dogmas como a trindade, para a qual, não há uma

precisa autorização nos Evangelhos.” (Graham Greene “The

Catholic Church‟s New Dogma: The Assumption of Mary,” Life,

30/10/50,pg.51)

A doutrina da trindade além de não ser bíblica é também anti-

bíblica. Não somente é verdade que a Bíblia não apóia tal teoria

como também o ensino da palavra de Deus é diretamente oposto

à ela. A Bíblia claramente afirma a verdade da não-composta

unidade de Deus, que é o Pai. Ela afirma que Jesus é o Filho de

Deus, não o próprio Deus; também nos revela que o Espírito é o

poder impessoal de Deus.

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2- Origem pagã – A doutrina da trindade é de origem pagã. A

trindade, assim como a falsa doutrina da imortalidade da alma, se

insinuou para dentro da teologia da Igreja gradativamente

durante os primeiros séculos da era da Igreja. Pagãos que

aparentemente não estavam, completamente convertidos

tornaram-se membros da Igreja visível. Como esses homens

assumiram lugares de liderança como professores e teólogos, a

teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos

da Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem

aos ensinamentos da filosofia pagã.

Tríades de divindades prevaleciam na mitologia pagã. Embora

muitos deuses fossem adorados em nações politeístas,

geralmente havia três divindades que eram consideradas mais

importantes. O hinduísmo cria em uma essência Brâhmane

expressa em três personalidades: Brahma, o Criador; Vishnu, o

preservador, e Shiva, o destruidor. O Zoroastrismo Persa cria em

Ahura Mazda, a divindade boa, Angra Manya, a divindade má,

que eram expressões de Mitra, a primeira grande causa.

Confúcio, segundo é relatado, escreveu: “Tao (Deus) é por

natureza único; o primeiro gerou o segundo; ambos em conjunto

deram origem ao terceiro; estes três, criaram todas as coisas.”

Osíris, Ísis e Neftís parecem haver formado uma tríade de

divindades no Egito. Na Babilônia, havia Ea, o deus dos resíduos

aquosos, Enlil, o senhor das tempestades, e Anu, o senhor dos

céus. Na Grécia, as três divindades entre as muitas sobre o

Monte Olimpo eram Zeus, Hera e Atena. A tríade de divindades

que os romanos adoravam sobre o monte do Capitólio era

constituída de Júpiter, Juno e Minerva. As divindades mais

importantes dos Germanos eram Odin, Tró e Freyr. Platão

personificou três eternos princípios: Bondade, Intelecto e a Alma

de tudo. A filosofia pagã de Platão que permeava o pensamento

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grego e romano, foi o fator principal que possibilitou a entrada

de tais falsas doutrinas como a imortalidade da alma e a trindade

na religião Cristã.

Embora a trindade do paganismo e a trindade do pseudo-

cristianismo não eram idênticos em todos os precisos detalhes de

definição, está aparente que uma originou-se da outra.

3- Primeiro uso da palavra: o primeiro uso da palavra

“trindade”

em sua forma grega „trias‟ foi de autoria de Teófilo, que tornou-

se bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de

Marco Aurélio (168 a.C.). Ele usou a palavra no segundo dos três

livros que escreveu endereçados ao seu amigo Autólico.

Comentando o quarto dia da criação no Gênesis, ele escreveu:

”Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos

luminares, são tipos da trindade, de Deus, de sua palavra, e Sua

sabedoria.” (Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers)

Tertuliano (160-220 a.D.) foi o primeiro à usar a palavra latina

“trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago,

Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde

foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Embora tenha denunciado

Platão como filósofo herege, Tertuliano expressou sua teologia

nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros à

ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A

trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas e

formuladas dentro de um sistema de teologia por Agostinho.

Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja

Católica Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro

escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele

escreveu: “O mistério da dispensação ainda está guardada, que

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distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as

Três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano.

“Contra Praxeas,” – The Anti-Nicene Fathers)

IV- CONTROVÉRSIA ÀRIO-ATANASIANA

Atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade

no início do quarto século como resultado de uma controvérsia

entre dois líderes da Igreja em Alexandria, Ario (256-336) e

Atanásio (293-373). Ario mantinha que Jesus, embora grande,

era em algumas formas inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário,

afirmava que Cristo era igual à Deus em todos os modos.

Em 318 a.D., a controvérsia veio a tona. Ario afirmou que se

Jesus era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um

tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto,

era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado

em 321 a.D., Ario e seus colaboladores foram excomungados da

Igreja por causa de sua opinião. Ario, entretanto, tinha muitos

amigos e seguidores em todas as Igrejas da Cristandade. A falsa

teoria da trindade não alcançou rapidamente uma posição

dominante na Igreja. Pelo mesmo tempo em que a controvérsia

entre Ario e Atanásio estava assolando as Igrejas, o imperador

Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo.

O imperador cosiderava a Igreja como uma grande força

unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse

a religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas

as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma

Igreja unida a fim de existir um império unificado.

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Buscando resturar a unidade às Igrejas, Constantino convocou

uma reunião de um Concílio geral da Igreja à ser celebrado na

cidade de Nicéia, em 325 a.D. Bispos e o clero de todas as

Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas

as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia,

entretanto, foi um Concílio de Igrejas na seção oriental do

império. Enquanto é dito que compareceram ao Concílio 318

bispos além de oficiais eclesiásticos menores, não haviam sequer

dez bispos do oeste presentes ao Concílio. O Concílio não era

verdadeiramente representativo da Igreja inteira.

Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do

Concílio ofereceu um credo de acordo que usava a linguagem da

Escritura em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os

seguidores de Atanásio perceberam que um voto para Eusébio

era realmente um voto para Ario, porque a Bíblia não confirma

nada à respeito da doutrina da trindade. O compromisso de

Eusébio, entretanto, foi rejeitado. O imperador Constantino,

embora ignorante com relação aos fatos teológicos que estavam

então em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou

Atanásio. A maioria dos bispos presentes assinaram então

finalmente o credo formulado pelo grupo Atanasiano. Aqueles

que não assinaram, incluindo Ario, Eusébio de Nicomédia e

Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados

publicamente.

Isto, entretanto, não foi o fim. O debate prosseguiu por quarenta

e seis anos. Ario e seus colaboradores foram chamados de volta

do exílio dentro de três a cinco anos após o Concílio de Nicéia.

Atanásio foi deposto por um grande Concílio em Tiro em 335

a.D., sendo deportado para Gaul. Ario morreu em 336. Durante

os anos que se sucederam, os seguidores de Ario e Atanásio

alternadamente foram banidos e chamados de volta, já que vários

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imperadores que governavam o império favoreciam ou uma ou

outra teoria. O trinitarianismo não tornou-se a dominante e

“ortodoxa” doutrina da cristandade até que Teodósio tornou-se

imperador (379). Teodósio foi o imperador que fez do

cristianismo a religião estatal. A união da Igreja e estado

pavimentaram o caminho para a ascenção da Igreja Católica

Romana.

Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla, que se

reuniu em 381 a.D. Foi assistido por cerca de cento e cinquenta

bispos do oriente. No credo adotado, o trinitarianismo foi feito

doutrina oficial da Igreja nas fronteiras do império. Todos os que

discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de

suas Igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e

mais tarde da Igreja Católica Romana que possibilitaram a

doutrina da trindade manter seu lugar numa teologia pervertida.

Crentes fiéis, mesmo fora da Igreja Católica Romana,

continuaram a crer no ensino bíblico concernente a simples

unidade de Deus. A região norte da Europa, convertida pelo

grande missionário Ulfilas (Morreu em 381), abraçou a doutrina

do Cristianismo Ariano que ensinava. Isto foi muitos séculos

antes dos Ostrogodos, Visigodos, Burgúndios, Vândalos,

Lombardos, e outros povos do norte Europeu terem finalmente se

entregado à crença na Trindade, tornando-se eventualmente parte

da Igreja Católica Romana. A história da Igreja e a história da

doutrina revelam muitos crentes fiéis através de todos os vinte

séculos da era Cristã que tem repudiado a teoria da trindade e

insistido no ensino bíblico concernente à unidade de Deus.

V- TRINITARIANISMO NOS CREDOS

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Durante os anos seguintes à morte dos apóstolos, muitas pessoas

diziam ser cristãs mas não aceitavam os ensinos apostólicos. A

fim de se determinar os verdadeiros crentes, cada Igreja local,

listava certas doutrinas que os conversos cristãos deveriam crer.

Estas listas de doutrinas e confissões de fé foram chamados de

“credos” de „credo‟ (Eu creio). Haviam tantos credos, quanto

haviam Igrejas, muito possivelmente. O credo dos Apóstolos

(Didakê), escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim

chamado pois pretendia incorporar os ensinamentos apostólicos,

foi formulado de vários credos de várias Igrejas locais. Foi

escrito para que todas as Igrejas locais pudessem ter uma

confissão de fé comum.

O credo dos apóstolos (gr. Didakê” – ensino) não inclue a

doutrina da trindade. Embora sejam mencionados sentenças

referentes à Deus, Jesus, e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina

da trindade não é nem mencionada e tão pouco ensinada.

1- O Credo de Nicéia – Este é o primeiro Concílio à ensinar a

trindade. O credo de Nicéia foi originalmente formulado pelo

Concílio de Nicéia em 325 a.D. como segue:

”Acreditamos em Deus, o Pai, do-Poderoso, Criador de todas as

coisas, visíveis e invisíveis, e no Senhor Jesus Cristo, o Filho de

Deus, unigênito do Pai, o único, isto é, da essência do Pai, Deus

de Deus, Luz da Luz, Deus perfeito do Deus perfeito, gerado,

não criado, sendo de uma substância com o Pai; por meio do

qual, todas as coisas foram feitas, tanto na Terra como no céu;

que por nós homens, e por nossa salvação, desceu e se fez carne,

e foi feito homem; Ele padeceu, e no terceiro dia, levantou-se

novamente, e ascendeu aos céus, de onde há de vir à julgar os

vivos e os mortos; e no Espírito Santo. Mas aqueles que

dizem:”Houve um tempo em que Ele não era”, e “Ele não era até

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que foi gerado” e, “Ele foi feito do nada”, ou “Ele é de outra

substância” ou “essência”, ou “O Filho de Deus é criado”, ou

“mutável” ou “alterável” – estes são condenados pela santa

Igreja Católica Apostólica.” (Hodge, A.A.Opcit.,pp.115-116)

2 - O Credo Niceno-constantinopolitano – O credo de Nicéia

como foi formulado originalmente não é o credo que por esse

nome é repetido nas Igrejas hoje. O credo orignal foi emendado

no Concílio de Constantinopla, 381 a.D., e no Concílio de

Toledo, Espanha, 589 a.D. O anátema do credo original foi

omitido e a porção referente ao Espírito Santo foi aumentada. A

Igreja Grega rejeitou este credo porque o mesmo ensinava que o

Espírito procedia tanto do Pai como do Filho. A presente forma

do Credo Niceno é a seguinte:

”Creio em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra,

e de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e num Senhor, Jesus

Cristo, o filho unigênito de Deus, gerado de Seu Pai antes de

todos os mundos; Deus de Deus, luz da luz, Deus perfeito de

Deus, gerado mas não criado, sendo de uma única essência com

o Pai, por intermédio de quem todas as coisas foram feitas; que

por nós homens e por nossa salvação desceu dos céus, e fez-se

carne pelo Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem;

foi crucificado também por nós, sob Pôncio Pilatos; padeceu e

foi sepultado; e ao terceiro dia, levantou-se novamente de acordo

com as Escrituras; e ascendeu aos céus, e está assentado à direita

de Deus Pai. E virá novamente em glória para julgar aos vivos e

aos mortos; cujo reino não terá fim. E creio no Espírito Santo,

Senhor e Doador da vida, que procede do Pai e do Filho, o qual

juntamente com o Pai e o Filho é louvado e glorificado, que

falou pelos profetas. E creio na Igreja Católica e Apostólica,

reconheço um batismo para remissão dos pecados; e aguardo a

ressurreição dos mortos, e a vida do mundo porvir.”

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3 - O Credo Atanasiano – Este credo, que é considerado pelos

trinitarianos como sendo a mais profunda exposição daquela

doutrina que existe atualmente, é assim denominado em honra de

Atanásio. Entretanto, Atanásio não escreveu este credo, pois foi

escrito muitos séculos após sua morte. Primeiramente, este credo

apareceu em Gaul, na escola de Agostinho por volta do sexto ou

sétimo século. Enquanto lendo este credo, note as contradições

berrantes que o mesmo contém:

“1. Quem quer que seja salvo, antes de toda as coisas é

necessário que retenha a fé católica.

2. A qual, a menos que seja mantida íntegra e imaculada por

todos, será a razão sem dúvida alguma, pela qual estará perdido

para todo o sempre.

3. Mas, esta é a fé católica: Que adoremos um Deus em

trindade, e trindade em unidade.

4. Nem confundindo as Pessoas, nem dividindo as

substâncias.

5. Pois, há uma pessoa do Pai, outra do Filho e outra do

Espírito Santo.

6. Mas, a divindade do Pai, e do Filho e do Espírito Santo

éuma só: a glória igual, a majestade co-eterna.

7. Tal como o Pai é, também são o Filho e o Espírito Santo.

8. O Pai não foi criado, tão pouco o Filho e o Espírito Santo.

9. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito

Santo é imensurável, como o Filho e o Espírito Santo.

10. O Pai é eterno, assim como o Filho e o Espírito Santo.

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11. E, entretanto não existem três eternos, mas um eterno.

12. E também não existem três que não foram criados, nem

três imensuráveis, mas um que não foi criado e um imensurável.

13. Assim, da mesma forma, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é

Todo-Poderoso, e o Espírito Santo Todo-Poderoso.

14. E entretanto, não existem três Todo-Poderosos, mas um

Todo-Poderoso.

15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é

Deus.

16. Entretanto não existem três deuses, mas um Deus.

17. Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo

é Senhor.

18. E ainda assim não existem três Senhores, mas um Senhor.

19. Pois assim como somos compelidos pela verdade cristãa

reconhecer todas as Pessoas por Si como sendo Senhor e Deus.

20. Também somos proibidos pela religião católica de dizer

que há três deuses ou três Senhores.

21. O Pai não foi originado de nada, nem criado, nem gerado.

22. O Filho é do Pai apenas não feito, não criado mas, gerado.

23. O Espírito Santo é do Pai e do Filho, não feito, não criado,

nem gerado mas, procedente.

24. Portanto, há um Pai, não três Pais, um Filho, não três

Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.

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25. E nesta trindade, nenhum é antes ou depois de outro,

nenhum é maior ou menor do que o outro.

26. Mas, todas as três Pessoas são co-eternas, juntas e co-

iguais.

27. De modo que em todas as coisas, como dissemos antes, a

Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade deve ser adorada.

28. Aquele que portanto será salvo, deve refletir sobre a

Trindade.

29. Além disso, é necessário para a salvação eterna, que

creiamos também de maneira correta na en-carnação de Nosso

Senhor Jesus Cristo.

30. Então a fé correta é, que creiamos e confessamos que

Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem.

31. Deus da essência do Pai, gerado antes dos mundos; e

Homem, segundo a essência de Sua mãe, nascido no mundo.

32. Deus perfeito; Homem perfeito, de alma racional e carne

humana subsistente.

33. Igual ao Pai, no tocante à Sua natureza Divina, inferior ao

Pai no tocante à Sua natureza humana.

34. E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim não édois,

mas um Cristo.

35. Um, não pela conversão da Divindade em carne, mas pela

ascenção da Humanidade para Deus (para o interior).

36. Um, todos juntos não pela confusão da essência, mas pela

unidade pessoal.

Page 15: A trindade e toda sua origem

37. Pois ssim como a alma racional e a carne racional éum

homem, também Deus e Homem é um Cristo.

38. Que padeceu pela nossa salvação, desceu ao Hades,

levantou-se dos mortos ao terceiro dia.

39. Ascendeu aos céus; está assentado à mão direita de Deus,

o Pai Todo-Poderoso.

40. Donde há de vir à julgar os vivos e os mortos.

41. Em cuja vinda, todos os homens devem levantar-se

novamente com seus corpos.

42. E darão contas por suas próprias obras.

43. E aqueles que tiverem praticado o bem entrarão na vida

eterna, mas, os que houverem operado o mal, para o fogo eterno.

44. Esta é a fé católica, a qual caso um homem não creia

verdadeiramente e firmemente, não pode ser

salvo.(Curtis,W.A.”A History of Creeds and Confessions of

Faith”; Schaff, Philip. “Creeds of Christendom.”)

Trinitarianismo – Continuação

VI- ARGUMENTOS TRINITARIANOS CONSIDERADOS

Chega à ser quase patético considerar os argumentos debi-litados

que lançam mão os trinitarianos para defender sua teoria. Eles

admitem que a doutrina não está firmada na Bíblia, entretanto, se

agarram à toda pequena frase nas Escrituras que possa ser usada

de alguma forma para apoiar sua falsa doutrina.

I – UM TEXTO ESPÚRIO

Page 16: A trindade e toda sua origem

O único verso na Bíblia que aparenta ensinar a trindade é I João

5:7, ” Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a palavra e

o Espírito Santo; e estes três são um.” Geralmente é aceito entre

os eruditos que este verso é espúrio, não sendo parte genuína da

Bíblia, portanto, sem autoridade. Sendo pois este verso forjado,

já que não consta nos melhores manuscritos, presume-se que o

mesmo foi inserido por algum escriba trinitariano durante a

Idade Média. Hoje em dia, trinitarianos honestos não usam este

verso no ensino de sua doutrina.Quase todas as versões e

traduções modernas corretamente omitem as palavras deste

verso. (Obs.”O Novo Testamento Grego Analítico”- Barbara &

Timothy Friberg, baseado nos antigos códices da Sociedade

Bíblica Americana, também omite o verso 7, exposto acima,de I

João 5.)

II - OCORRÊNCIA DE TRÊS PALAVRAS JUNTAS

Um dos principais argumentos usados pelos trinitarianos é o fato

de que Deus, Jesus e o Espírito Santo são mencionados juntos em

alguns versos. Dizem eles que isso prova a trindade. Isto não é

verdade. O fato de que três palavras ocorrem na mesma sentença

não é indicação em si mesmo que os fatores ou pessoas

mencionadas são iguais ou até necessariamente relacionadas. Eis

alguns versos usados por eles:

Mateus 3:16,17 Batismo de Jesus

João 14:16 A promessa do Consolador

Mateus 28:19 A Grande Comissão

2 Coríntios 13:13 Benção

Page 17: A trindade e toda sua origem

1 Pedro 1:2º Os Eleitos

1. Mateus 3:16,17 – Este texto descreve eventos ligados ao

batismo de Jesus. Após Jesus ter sido imergido no Rio Jordão,

Deus enviou Seu poder, o Espírito, a Jesus e declarou que Ele

era Seu Filho. Incluídos neste incidente estão Jesus, Deus e o

Espírito de Deus. Isto, entretanto, não prova nem indica a

trindade. O Espírito, que é o poder de Deus, desceu como pomba

sobre Jesus batizado. Nada há em absoluto neste incidente que

mostre que o Espírito é uma pessoa. Nada há aqui que sequer

insinue a idéia de que Jesus, Deus e o Espírito são co-iguais e co-

eternos. A subordinação do Filho a Seu Pai, além disso, é

revelada pelo fato de que o Pai enviou o Espírito enquanto o

Filho era quem o recebia. O Pai nos céus era quem falava. O

Filho, saído da água, era quem o Pai reconhecera como Filho.

2. João 14:16 – Jesus prometeu Seus discípulos que após Ele

haver ascendido aos céus, Ele receberia o Consolador de Seu Pai,

e então, envia-lo-ia para eles. O Pai deu Seu poder à Jesus, por

Sua vez, Cristo deu Seu poder à Seus discípulos. Esta promessa

cumpriu-se no dia de Pentecostes (Atos 2:33).Deus, Jesus e o

Espírito são mencionados juntos aqui. Este fato, entretanto, não

prova, nem insinua a trindade. Deus, Jesus, e o amor de Deus são

mencionados juntos em diversos versos. Os mesmos argumentos

usados pelos trinitarianos personificaria também o amor de Deus

e o transformaria numa pessoa da Divindade. O mesmo se

aplicaria àsabedoria de Deus e outros atributos. Os argumentos

trinitarianos resultariam em tantas pessoas da Divindade quantos

atributos houvessem na natureza Divina: isto é absurdo… O fato

de que uma das habilidades ou atributos de Deus é usada em

Page 18: A trindade e toda sua origem

conexão com Deus e Seu Filho não é indicação de que uma

trindade de pessoas é por este meio ensinada. O Pai somente é

Deus. Jesus é o Filho de Deus, o Espírito Santo é o poder

impessoal de Deus.

3. Mateus 28:19 – Neste texto a palavra “nome” no original

está no singular; esta palavra não refere-se a um nome pessoal:

designa simplesmente autoridade. “O Pai” não é o nome pessoal

de Deus, é um título, pois Seu nome pessoal éYAWEH. “O

Filho” não é o nome pessoal de nosso Salvador, é também um

título, pois Seu nome pessoal é Jesus. O Espírito é o poder de

Deus, não é uma pessoa, portanto, não tem um nome pessoal.

Observação:

Note o seguinte: O Pai – Nome pessoal: YAHWEH

O Filho – Nome pessoal: JESUS

O Espírito – Nome:?

- Por ser impessoal, o Espírito (poder de Deus) não tem nome

próprio, pois quem jamais encontrou referência na Escritura

sobre o nome do Espírito ?

- Pode ser dito que as palavras a versão inglesa “Holy Ghost” e

Holy Spirit” (Espírito Santo) tem o mesmo significado. Ambas

as palavras “ghost” e “spirit” são traduzidas do vocábulo grego

“pneuma”, que significa “poder”. Os tradutores não podem ter

razão válida para usarem a palavra “ghost” em vez de “spirit”.

Page 19: A trindade e toda sua origem

Este texto (Mateus 28:19), registrando a Grande comissão

evangelística de Cristo, autorizou os discípulos à irem à todo

mundo e pregar o Evangelho. É similar a Marcos 16:15,16. No

verso anterior a este texto, lemos; ”E chegando-se Jesus, falou-

lhes dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra.”

(Mt.28:18). A palavra “poder” (Grego: exousia) aqui significa

„autoridade‟. Após ter recebido autoridade divina de Deus, Jesus

autorizou Seus discípulos para irem e ensinarem todas as nações.

Assim, quando os discípulos foram, ensinaram e batizaram, e

eles assim o fizeram através da autoridade de que estavam

investidos pelo Pai, que tinha dado toda autoridade para Seu

Filho. Desta maneira, assim eles fizeram isso no “nome” ou

autoridade recebida do Pai.

Os discípulos foram por todas as partes pregando e ensinando

porque Jesus assim os tinha autorizado e instruído, para que

assim agissem. Desta maneira, eles trabalharam no “nome” ou

autoridade do Filho. O poder de Deus, o Espírito, foi concedido

aos discípulos para que se operasse neles mudança de caráter e

para que fosse possível a operação de milagres. Através dessas

obras miraculosas do Espírito, Cristo estava “cooperando com

eles (…) e confirmando a palavra com os sinais que se

seguiram”. (Marcos 16:20). O poder de Deus confirmou Sua

mensagem através de milagres, revelando também que eles eram

representantes de Deus e Jesus; assim os discípulos foram,

ensinaram e batizaram “em nome de” ou com uma autoridade

confirmada pela operação do poder de Deus, o Espírito Santo.

A autoridade recebida de Jesus e do Pai e revelada através do

poder do Espírito foi uma autoridade divina, portanto, a palavra

“nome” ou “autoridade” é singular. Nada há neste verso que

ensine a trindade, como também nada que indique que o Espírito

Page 20: A trindade e toda sua origem

é uma pessoa ou que as três formam uma unidade composta de

uma só substância e essência.

4. II Coríntios 13:13 – Esta é outra escritura na qual o Pai,

Jesus, e o Espírito Santo são mencionados juntamente. Os

trinitarianos afirmam que o Pai é sempre o primeiro, o Filho

sempre o segundo, e o Espírito sempre o terceiro. Os apóstolos,

entretanto, parecem jamais ter ouvido sobre a regra trinitária. Em

muitos versos, o assunto da discussão exige que Jesus seja

mencionado no texto antes de Deus. Na maioria dos textos do

Novo Testamento onde Jesus e o Pai são mencionados juntos, o

Espírito não é mencionado de forma alguma. É interessante notar

que neste verso Jesus é mencionado primeiro, Deus é

mencionado em segundo, e o Espírito em último. Neste verso,

Jesus e Deus são representados como pessoas. O Espírito é

revelado como o poder de Deus. Paulo não ensinou a trindade

nesta bela bênção. Ele orou para que a graça divina, amor e

comunhão estivessem com os Coríntios. Ele desejava que estes

experimentassem os benefícios da graça de Cristo. Ele também

desejava que os crentes de Corinto entrassem nas bençãos

resultantes do amor de Deus, assim como, desfrutar da

comunhão espiritual com Deus, Seu Filho, e irmãos que é feita

possível através da operação do poder de Deus, o Espírito Santo.

IMPORTANTE: Note que Paulo mencionou a comunhão do

Espírito Santo, não a comunhão com o Espírito Santo. Os crentes

tem comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo (ver I

João 1:3-7) porque o Pai e o Filho são pessoas, ao passo que os

crentes não podem ter comunhão com o Espírito, pois este não é

uma pessoa. Na verdade, os Cristãos experimentam comunhão

do Espírito, mas não com o Espírito.

Page 21: A trindade e toda sua origem

Portanto, notamos que esta benção de Paulo na realidade não

ensina de modo algum a falsa doutrina da trindade.

O fato de que Pedro, Tiago e João são mencionados juntos

repetitivamente na Bíblia não indica que eles formam uma

trindade. Por que deveria isto ser mais verdade porque Deus,

Jesus e o poder de Deus aparecem mencionados no mesmo verso

? Outras Escrituras usadas de modo errôneo no mesmo intuito

pelos trinitarianos são:Gn.19:24; Nm.27:18; Sal.51:11; Isa.34:16;

40:13; 48:16; Oséias 1:7; Ageu 2:4-5l; I Cor.12:4-6; I Ped.3:18;

Apoc.1:4-6.

III-FRASES REPETIDAS TRÊS VEZES

Outro grupo de Escrituras nas quais os trinitarianos tentam ler

sua doutrina inclue aqueles versos onde uma certa frase é

repetida três vezes. Estes textos quando usados erroneamente

deste modo, estão relacionados abaixo:

Isaías 6:3 Santo, Santo, Santo

Apocalipse 4:8 Santo, Santo, Santo

Números 6:24-26 O Senhor, o Senhor, o Senhor

1. Isaías 6:3 – O serafim adora à Deus clamando um ao

outro: ”Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exércitos: a terra

toda está cheia de Sua glória.” O fato de que o atributo divino da

santidade é repetida três vezes na adoração do serafim, não

indica que alguma referência é feita à três pessoas de uma

Page 22: A trindade e toda sua origem

trindade assentadas sobre um trono. A palavra “Santo” é

repetida três vezes para dar ênfase.

*Obs.: Hollenberg & Budde em sua “Gramática Elementar da

Língua Hebraica” ensinam que a forma repetida de um adjetivo

em Hebraico além de lhe comunicar Ênfase, também serve como

superlativo absoluto, passando “Santo, Santo, Santo” à ser

entendido como “Santíssimo”.

Repetição para Ênfase é uma prática comum entre os escritores

da Bíblia. Note os seguidores exemplos: “Ó terra, terra, terra!

Ouve a palavra do Senhor.” (Jer.22:29) Terá Jeremias ensinado

uma trindade de terras? Certamente que não.”Ao revés, ao revés,

ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a

quem pertence de direito, e a ele darei.” (Ezequiel 21:27).

Deus declarou que o reino de Israel seria suspenso e o trono de

Davi seria posto ao revés. Este permaneceria em efeito até que o

Messias viesse para reinar como rei. Neste texto a palavra “ao

revés” é repetida três vezes para Ênfase.

2. Apocalipse 4:8 – Este verso é similar à Isaías 6:3. Aqui os

quatro seres viventes “não descansam nem de dia nem de noite,

dizendo: “Santo, Santo, Santo” Senhor Deus Todo-Poderoso, que

era, e é, e que há de vir.” O contexto deste verso nos mostra que

estas palavras foram dirigidas somente ao Pai. Embora seja

verdade de que o Filho é Santo e que o poder de Deus éSanto, as

palavras de adoração deste texto são ende-reçadas ao Pai apenas.

O Filho não é incluído aqui.

O contexto descreve Deus assentado sobre Seu trono no Céu

tendo nas mãos um livro selado com sete selos. (Apoc.5:1). Um

anjo forte inquire por alguém que possa vir e abrir o livro

Page 23: A trindade e toda sua origem

(Apoc5:2-4). Finalmente após tornar-se claro que ninguém mais

era digno, Jesus é descrito como o Cordeiro que vem e toma o

livro da mão direita de Deus (Apoc.5:5-7). Jesus não era aquele

que Se assentava sobre o trono, nem parte d‟Ele. Aquele que se

Assentava no trono não era uma trindade.

Em Apocalipse 4:2-3, notamos que “um” estava assentado sobre

o trono. Esta pessoa única era o Pai, o Criador. Era Ele que

estava assentado sobre o trono a quem as quatro criaturas

viventes adoravam com as palavras: “Santo, Santo, Santo.” Este

texto, assim como Isaías 6:3 absolutamente não apóia a falsa

doutrina da trindade.

3- Números 6:24-26 – ”O Senhor te abençoe e te guarde; o

Senhor faça o Seu rosto resplandecer sobre ti, e tenha

misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê a

paz.” As palavras “o Senhor” são usadas como o sujeito de três

sentenças consecutivas. Este fato, entretanto, não é prova que a

trindade é indicada. Nesta benção sacerdotal, Aarão referiu-se à

apenas uma pessoa, o Senhor Deus de Israel. No verso seguinte,

Deus fala de si mesmo, no singular, ”Assim porão o Meu nome

sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.” (Núm.6:27)

”Os próprios Judeus severamente resentem-se da imputação de

que suas Escrituras contém alguma prova ou até mesmo

intimação da doutrina da trindade ortodoxa, e Jesus e os Judeus

nunca diferiram sobre este assunto, ambos mantendo de que

Deus é único, e de que esta é a maior verdade revelada para o

homem.” (Gifford, Ezra D. “The True God, the true Christ, the

true Holy Spirit.- San Diego, Califórnia, 1912, pp.44-45)

Page 24: A trindade e toda sua origem

*Obs.: Em Números 6:24-26, a palavra traduzida por “Senhor” é

o nome próprio de Deus, o Pai Eterno, isto é”Yahweh” o que

indica claramente que a passagem refere-se somente à Ele, o que

é confirmado no verso 27.

IV- A PALAVRA PLURAL HEBRAICA

A palavra hebraica mais comum e usada para designar Deus no

Velho Testamanto é”Elohim”, sendo um substantivo plural. “No

princípio, criou Deus o céu e a terra.” (Gên.1:1). “Elohim” não é

nome pessoal de Deus; simplesmente refere-se à Sua Divindade,

Sua posição em relação às criaturas, significando originalmente

“O Forte”. Esta palavra plural hebraica é usada 2470 vezes no

Antigo Testamento. É aplicado a homens que exercitam

autoridade, a anjos, e para os muitos deuses do paganismo, como

também para o único Deus verdadeiro. Quando aplicado ao

verdadeiro e único Deus, “Elohim” geralmente é associado com

verbos singulares, como também adjetivos e advérbios. Por

exemplo, a palavra hebraica para “criou” em Gênesis 1:1 “bara”

é singular. Elohim, designando o verdadeiro e único Deus, não

indica uma pluralidade de deuses ou pluralidade de pessoas

numa substância, isto é: politeísmo / triteísmo ou trinitarianismo.

Se o substantivo plural “Elohim” fizesse referência à uma

pluralidade de pessoas ou pluralidade de deuses quando usado

em referência ao único Deus verdadeiro, Ele sempre seria

identificado por esta palavra plural, pensamos entretanto, que

este não é o caso. A forma singular “Eloah” também é usada em

referência a Deus. Isto é especialmente verdade nos Livros

Poéticos do Antigo Testamento. Quarenta e uma das quarenta e

seis ocorrências de ELOAH, encontram-se no Livro de Jó. Os

escritores do Antigo Testamento usaram a palavra Elohim para

Page 25: A trindade e toda sua origem

designar o único Deus verdadeiro, mostrando Sua infinita

superioridade em relação às divindades politeístas e indicando

Sua singular existência.

A pluralidade de atributos e poderes que o politeísmo distribue

entre muitas divindades finitas, pertencem à Pessoa Infinita, o

Deus verdadeiro. Divindades pagãs são não-existentes.

Adoração, reverência, e sacrifícios prestados a esses deuses são

mal-direcionados.O louvor total, obediência, e amor da raça

humana pertencem ao único infinito Deus. Este Ser Infinito

declarou, “Eu sou o Senhor (Yahweh) teu Deus. Não terás outros

deuses diante de mim.” (Ex.20:2,3).

O Plural de majestade – Quando usado em referência ao único

Deus verdadeiro, o substantivo plural hebraico Elohim denota

majestade, excelência, superioridade. Refere-se à infinita

plenitude de Deus e ilimitada grandeza; designa mais pluralidade

quantitativa do que numérica, refere-se mais à quanto

(intensidade), do que a quantos (quantidade). O uso de

substantivos plurais e pronomes em referência à pessoa de Deus

é comumente conhecido como “plural de majestade”. Este

pensamento é substanciado nas seguintes citações:

Numa nota sobre Gênesis 1:1, Joseph Bryant Rotherham faz as

seguintes observações:

”Deveria ser cuidadosamente observado que, embora Elohim

seja plural na forma, todavia quando, como aqui, está construído

com um verbo no singular, naturalmente é singular em sentido;

especialmente por que o “plural de qualidade” ou “excelência” é

abundante na língua hebraica em casos onde a referência é

inegavelmente à alguma coisa que deve ser compreendida em

Page 26: A trindade e toda sua origem

número singular.” (Rotherham, Joseph Bryant. “The Emphasized

Bible”. Londres: H.R. Allenson, 1901. Vol. 1. p. 33)

Louis Berkhof, presidente do seminário Teológico Calvinista, faz

a seguinte observação concernente à palavra Elohim:

“O nome raramente ocorre no singular, exceto em poesia. O

plural deve ser considerado como intensivo, e portanto, serve

para indicar plenitude de poder.” (Op. cit. p. 48)

O doutor William Smith da Universidade de Londres, um século

atrás, foi descrito como o “mais eminente lexicógrafo do mundo

de língua Inglesa.” A seguinte afirmação encontra-se no

Dicionário Bíblico que o doutor Smith editou:

”A forma plural Elohim tem dado origem à muita discussão. A

idéia fantasiosa de que refere-se à trindade de pessoas na

Divindade, dificilmente encontra agora algum partidário entre

eruditos. Ou é o que os gramáticos chamam “plural de

majestade” ou então denota a plenitude da força divina, a soma

de poderes revelados por Deus. (Smith, William. “A Dictionary

of the Bible” Philadelphia: American Baptist Publication

Society, 1863, pg. 216).

Embora sendo trinitariano, Dr. Augustus H. Strong mostra que a

palavra Elohim frequentemente adquire a significado singular:

”Pensou-se uma vez que o estilo real de linguagem era um

costume de um tempo posterior à Moisés. O Faraó não o usa. Em

Gênesis 41:41-44, ele diz: “Te tenho posto sobre toda a terra do

Egito…eu sou Faraó.” Mas investigações posteriores parecem

provar que o plural para Deus foi usado pelos Cananitas antes da

ocupação hebraica: o Faraó é chamado “meus deuses” ou “meu

deus”, indiferentemente. A palavra “Senhor” é geralmente

Page 27: A trindade e toda sua origem

encontrada no plural no Antigo Testamento. (cf. Gênesis 24:9,

51; 39:19; 40:1). O plural dá expressão ao sentido de temor,

significa magnitude ou plenitude. Os hebreus tinham muitas

formas plurais, onde deveríamos usar o singular.

Ex: “MÀ-YIM” (água x águas) = água.

“SHAMAYIM” (Céus) = céu. (Op. cit. pp. 318-319)

Strong cita Gustav Friedrich Oehler, “Old Testament Theology”,

como chamado Elohim um plural quantitativo, significando

grandeza ilimitada. (Ibidem, 318).

V – PRONOMES PESSOAIS PLURAIS

Existem quatro escrituras no Antigo Testamento onde pronomes

pessoais plurais são usados em referência à Deus. Os

trinitarianos afirmam que isto ensina sua teoria. Isto não é

verdade. De maneira nenhuma estes quatro textos ensinam que

existe uma pluralidade de pessoas em Deus. Os quatros textos

em questão são os seguintes:

Gênesis 1:26 Façamos o homem à nossa imagem.

Gênesis 3:22 O homem é como um de nós.

Gênesis 11:7 Desçamos e confundamos

Isaías 6:8 Quem ir por nós?

Os pronomes pessoais plurais nestes versos referem-se à um

Deus singular. Isto está claro pelo fato de que pronomes

singulares são usados no contexto em referência à Deus. Em

Page 28: A trindade e toda sua origem

Gênesis 1:26, Deus disse, “Façamos o homem à nossa imagem,

conforme a nossa semelhança.” No verso seguinte, entretanto,

lemos: “E criou Deus o homem à Sua (Dele) imagem; à imagem

de Deus os criou; macho e fêmea os criou.”

(*Obs: Note acima os verbos no singular, como também os

pronomes.)

Em Isaías 6:8, lemos, ”Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que

dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Note que o

Senhor disse: “A quem enviarei…?” – Deus falou de si mesmo

no singular.

Em todo o restante da Bíblia, exceto estes quatros textos, Deus é

designado por pronomes singulares.

Quando falando de si mesmo, Deus diz: “Eu, Meu, Mim.”

Quando homens falam à respeito de Deus, dizem: “Ele, dEle,

Lhe.” – Caso os pronomes plurais destes textos fizessem

referência à uma pluralidade de pessoas dentro de Deus, porque

então não é Deus, sempre designado por pronomes plurais? Além

do mais, se estes pronomes plurais denotassem realmente

pluralidade em Deus, não haveria absolutamente nada que

revelasse quantos haveriam naquela pluralidade, se seriam dois,

três, dez, ou mesmo mil. Aplicar pluralidade à Deus resultaria

em Politeísmo, mas não trinitarianismo.

Estes pronomes plurais, como o substantivo plural ELOHIM,

referem-se ao “plural de majestade”. Deus é representado como

dizendo: “Façamos” em vez de dizer: “Vou fazer” como uma

indicação de Sua glória e grandeza.

O Dr. William Evans, embora trinitariano, escreveu o seguinte:

Page 29: A trindade e toda sua origem

“Alguns diriam que o “Façamos” em Gênesis 1:26 – “Façamos o

homem,” refere-se à Deus consultando Seus anjos, com os quais

Ele toma conselho antes de executar algo de importância. Mas,

Isaías 40:14, diz: “Com quem tomou conselho?” mostra então,

que não é este o caso; e Gênesis 1:27 contradiz esta idéia, pois

repete a frase: “ à imagem de Deus”, não à imagem de anjos;

também que Deus criou o homem à Sua própria imagem, à

imagem de Deus (não anjos) o criou.” O “Façamos” de Gênesis

1:26, portanto, é devidamente compreendido como plural de

majestade, como indicando a dignidade e majestade d‟Aquele

que fala. A tradução apropriada deste verso não deveria ser

“Façamos”, mas “Faremos”, indicando mais a linguagem de

“resolução” do que de “consulta”.

(Evans, William “The Gospel Doctrines of the Bible” –

Chicago: Moody Press, 1939, pg. 27).

Trinitarianismo – Continuação

VII- CONTRA – TRINITARIANISMO

A trindade como mencionamos previamente, é baseada sobre três

propostas. É como uma mesa construída sobre três pernas. Caso

uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá. As três

propostas sobre as quais a trindade está construída são: (1) A

unidade composta de Deus. (2) A divindade do Pai, do Filho e do

Espírito. (3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito. Em

caso de fracasso em se provar qualquer uma destas três

propostas, isto causará o colapso desta falsa teoria. Para refutar a

trindade, portanto, precisa-se estabelecer apenas um dos três

fatos verdadeiros seguintes: (1) A unidade de Deus não é

composta. (2) Jesus não é Deus. (3) O Espírito não é uma pessoa.

Page 30: A trindade e toda sua origem

Nas três próximas seções, planejamos considerar estes três fatos.

I – A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA

Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a fonte e o

Dominador do universo. Ele é o Pai de Nosso Senhor Jesus

Cristo. A unidade de Deus é simples, não composta.

1 - Um Deus significa uma pessoa – Deus é único. Ele é

Individual e Singular, uma unidade, um único Ser. Vejamos

agora uma pequena listagem que ensina que Deus é único.

Jesus fez referência à Seu Pai como “o único Deus verdadeiro”

(João17:3). Moisés declarou: ”Ouve, ó Israel: O Senhor nosso

Deus é um único Senhor.” (Deut. 6:4). Paulo escreveu: ”Para nós

há um só Deus, o Pai.” (I Cor. 8:6)

Há um Deus (gr. “heis” – heb. echad”). Deus é singular, só,

único, à parte. Ele é o único Deus (gr. “monos” – heb. “bad”).

Todos os “outros” estão excluídos. Nada mais há, nenhum outro.

Ele é uma pessoa única. Além d‟Ele nenhum outro há. Todas

estas palavras denotam unidade simples; A respeito da palavra

“echad” (único, um) R. H. Judd escreveu:

“Esta palavra hebraica “echad” ocorre aproximadamente

quinhentas vezes no Antigo Testamento, e nem um exemplo

sequer pode ser produzido onde a palavra em qualquer sentido

perde seu valor numérico; nem pode ser negado que esta é a base

da qual todos os outros numerais tem ser valor; é verdade que

temos tais palavras como “nação”, “grupo”, “assembléia”, mas

quando falamos de “uma nação” como contra duas ou mais

nações, absolutamente não há alteração do valor numérico do

numeral.

Page 31: A trindade e toda sua origem

(Judd, R. H. “One God: The God of The Ages”. Oregon, Illinois:

National Bible Institution, 1949, pp. 28, 30)

Sobre a questão da unidade simples de Deus, citamos o seguinte

do famoso Catecismo Racoviano:

“Prova-me que na única essência de Deus há somente uma

Pessoa…De princípio já podemos notar que a essência de Deus é

única não em tipo mas em número, pelo que não pode de modo

algum conter uma pluralidade de pessoas, já que uma pessoa é

nada mais do que uma essência inteligente individual. Então,

onde quer que existam três pessoas numéricas, devem ser

reconhecidas da mesma maneira, três essências individuais; pois,

no mesmo sentido em que é afirmado que há uma essência

numérica; também deve ser considerado que há apenas uma

pessoa numérica.” (The Racovian Cathecism, Seção III, cap. 1.)

2 - Pronomes Pessoais Singulares – O fato de que pronomes

pessoais singulares são usados em referência à Deus é excelente

testemunho da unidade Simples de Deus.

”Às dezenas, ás centenas, de fato aos milhares, os pronomes da

Bíblia em relação à Deus permanecem como faróis em cada

página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade

pessoal, literal e individual de Deus com uma clareza tal, que

nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar

com sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, Dele, Ele mesmo”, “Tu,

Ti, Teu”, jamais foi e nunca será corretamente aplicado à mais

do que uma personalidade individual; tais palavras levam

consigo, uma dignidade e uma certeza que não pode ser expressa

nem por um nome (de doutrina) ou de qualquer outro método.”

(Judd, R. H. Op. cit. p.32)

Page 32: A trindade e toda sua origem

3 - Esta única Pessoa é o Pai – O testemunho da Bíblia é que

existe uma única Pessoa que é Deus. Quem então é esta Pessoa?

Ele é o Pai. Numerosos textos Bíblicos identificam o único Deus

como o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Algumas destas

Escrituras são as seguintes:

João 17:3 “… à Ti só, por único Deus verdadeiro…”

Romanos

15:6

“…glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso

Senhor…”

I Cor. 8:6 “…para nós, há um só Deus, o Pai…”

I Cor. 15:24 “…à Deus, o Pai.”

II Cor. 1:3 “…o Deus e Pai de nosso Senhor…”

Efésios 1:17 “…O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo…”

Efésios 4:6 “…Um só Deus e Pai de todos…”

ITess. 3:13 “…Nosso Deus e Pai…”

Tiago 3:9 “…à Deus e Pai…”

II João 3 “…de parte de Deus Pai e do nosso Senhor

Jesus Cristo, o Filho do Pai.”

A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma

pessoa. Esta única pessoa é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

Page 33: A trindade e toda sua origem

II- JESUS NÃO É DEUS

1 - Somente uma única pessoa é Deus – Jesus não é Deus

porque há somente uma pessoa que é Deus. Essa pessoa única

tem sido identificada com o Pai. Jesus portanto, não pode ser

também Deus. Não há outra pessoa que possa ser Deus no

mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus, o

Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos.” (I Cor. 8:6).

“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e

por todos, e em todos.” (Efésios 4:6). Jesus é divino, mas não

divindade. Ele é o divino Filho de Deus, mas, não é a divindade,

o Ser Supremo.

2 - Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus –

“Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os

homens, Jesus Cristo homem.” (I Tim. 2:5). Jesus é Mediador

entre Deus e os homens, portanto, não é Ele o próprio Deus. Se o

próprio Jesus fosse Deus e igual à Deus, como os trinitarianos

declaram, Ele não estaria numa posição para servir como

Mediador; como Mediador, alguém deve ser a terceira parte; pois

caso Cristo sendo Deus ou igual à Deus, seria uma das duas

partes, e não teria condições de ministrar como Mediador entre

os dois – Deus e o homem. (Gál. 3:20).

O fato de que Jesus é um Mediador anula a possibilidade de que

Ele seja parte de uma trindade. Jesus insistiu que Ele e Seu Pai

não são idênticos. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas,

essência e ser. Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas

testemunhas separadas: ”E na vossa Lei está também escrito que

o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico

de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me

enviou.” (João 8:17-18)

Page 34: A trindade e toda sua origem

3 - Jesus é o Filho de Deus – Jesus em Si mesmo não é Deus,

nem parte de um Deus triuno pois Ele é o Filho de Deus. Ele não

pode ser Deus e Filho de Deus ao mesmo tempo. O Pai e o Filho

não são nem iguais, nem idênticos. O Pai vivia antes do Filho; o

Filho recebeu Sua vida do Pai; o Pai é maior do que o Filho.

Jesus foi gerado de Seu Pai e nascido de Maria; Ele é o Filho do

Deus vivo. O Novo Testamento está repleto de escrituras

afirmando que Jesus é o Filho de Deus.

4 - Deus é o Deus de Jesus – Jesus reconheceu o Pai, o único

Deus verdadeiro, como seu Deus. Jesus jamais reivindicou Ele

próprio ser Deus; não pretendia ser igual à Deus. Ele sempre se

referiu ao Pai como sendo superior à Ele, Seu Deus. Nas

seguintes Escrituras, Jesus faz referência ao Pai como Seu Deus,

ou Deus é descrito como o Deus de Jesus.

João 20:17 “Meu Deus e vosso Deus”

Apocalipse 3:12 “Meu Deus / meu Deus / meu Deus”

Mateus 27:46 “Deus meu, Deus meu…”

Marcos 15:34 “Deus meu, Deus meu…”

Salmo 22:1 “Deus meu, Deus meu…’’

II Cor. 11:31 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Efésios 1:3 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Efésios 1:7 “O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo…”

Page 35: A trindade e toda sua origem

I Pedro 1:3 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Hebreus 1:8-9 “Deus…O Teu Deus Te ungiu…”

Salmo 45:6-7 “Deus…O Teu Deus Te ungiu…”

Apocalipse 1:6 “…para Seu Deus…” (R.S.V.)

II Cor. 1:3 “Deus e Pai de Nosso Senhor…”

5 - Jesus orou ao Seu Deus, o Pai – Jesus revelou que Ele

próprio não era Deus, quando orou à Seu Pai como Deus. Caso

Jesus fosse igual à Deus, porque orou Ele então à Deus? Os

trinitarianos afirmam que Deus, Jesus, e o Espírito todos tem

uma mesma inteligência e um propósito; caso Jesus e Deus

compartilhassem um propósito, o poder de decisão, pareceria

zombaria para uma pessoa de uma trindade orar à uma outra

pessoa de uma trindade. Jesus mostrou ser inferior à Seu Pai, e

que somente Seu Pai é Deus pelo fato de que Cristo orou para

Ele.

Hebreus 5:7-8 Ofereceu orações à Deus.

Lucas 6:12 A noite toda em oração à Deus.

Mateus 11:25 ó Pai, Senhor do céu e da terra.

João 17:1 Pai, é chegada a hora.

Mateus 26:38,42 Meu Pai, se é possível…

Page 36: A trindade e toda sua origem

6 - Jesus é inferior à Deus – Jesus ocupa a mais exaltada

posição no universo, junto à Deus. Jesus não é igual à Seu Pai,

pois o Pai é maior do que o Filho, e este, por sua vez, é inferior à

Seu Pai. Jesus, portanto, não é Deus. Reconhecer este fato, não

quer dizer que não estejamos dando a glória devida à Cristo: é

simplesmente o reconhecimento da verdadeira relação entre o Pai

e Seu Filho. Jesus declarou: “Meu Pai é maior do que Eu.” (João

14:28). Quando Jesus disse; “Eu e o Pai somos um” (João

10:30), Ele não ensinou que Ele e Seu Pai eram um em essência

ou ser (como os trinitarianos afirmam) ou um em pessoa (como

os Sabelios ensinam). Ele referiu-se à unidade de propósito e

perfeita concordância que existe entre Ele próprio e Seu Pai.

Jesus orou para que esta mesma unidade tornasse possível entre

Seus seguidores. (João 17:11,21-23). Jesus sempre reconheceu

que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de

que Jesus não pode ser parte então, de um Deus triuno.

João 14:28 O Pai é maior da que Eu.

João 10:29 Meu Pai…é maior do que todos.

I Cor. 11:3 A cabeça de Cristo é Deus.

I Cor. 3:23 Cristo é de Deus.

Mateus 20:23 Não me pertence dá-lo(…)mas, à Meu Pai.

I Cor. 15:24-28 O próprio Filho sujeitou-se ao Pai.

Page 37: A trindade e toda sua origem

Depois de haver sido completada a soberania redentora de Cristo

e Deus haja posto todos os inimigos debaixo de Seus pés, Jesus

contuará à ser sujeito à Deus. Deus será supremo; será tudo em

todos: “Porque todas as coisas sujeitou debaixo de Seus pés. Mas

quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que

se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando

todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o Filho

mesmo se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para

que Deus seja tudo em todos.” (I Cor. 15:24-28) Jesus viveu

como o Servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai,

sempre fazendo aquilo que agradava à Deus, mostrando assim,

que Ele reconhecia ser inferior à Deus.

Zacarias 3:8 Meu servo, o Renovo.

Mateus 12:18 Eis qui o Meu Servo.

Filipenses 2:7-

8 A forma de um Servo.

Hebreus 10:7,9 Eis aqui venho para fazer a Tua vontade.

João 4:34 Fazer a vontade d’Aquele que me enviou.

João 5:30 Busco (…) a vontade do Pai que Me

enviou.

João 6:38 Não para fazer minha própria vontade.

João 8:29 Eu faço sempre o que Lhe agrada

Lucas 22:42 Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

Page 38: A trindade e toda sua origem

Romanos 5:19 Pela obediência de um.

7 - Jesus é inferior à Deus em atributos – O Novo Testamento

revela Jesus Cristo como inferior à Deus em atributos. Esta é

uma indicação definitiva de que Jesus em si mesmo não é Deus;

não é nem igual ou idêntico ao Pai, tão pouco parte de um Deus

triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os Seus atributos. Em

todas estas coisas, Deus é imutável; Sua perfeição infinita não

pode nem aumentar, tão pouco diminuir. O que Ele Tem sido,

sempre será. Jesus demonstrou Ele mesmo ser inferior à Deus em

Seus atributos.

Inferior em conhecimento – Deus é onisciente; é perfeito em

conhecimento. “Conhecidas de Deus são todas as Suas obras

desde o começo do mundo.” Seus conhecimentos são infinitos,

eternos e completos. Jesus, por outro lado, não era onisciente.

Jesus “crescia em sabedoria” (Lucas 2:52). Se Jesus era Deus

com conhecimento infinito, como poderia Ele ter “crescido em

sabedoria”? O conhecimento de Deus é nem adquirido nem

derivado: Origina-se com Ele mesmo. “…que conselheiro o

ensinou?” (Isaías 40:13). Por outro lado, Jesus recebeu Seu

conhecimento de Deus. (João 8:28). O conhecimento de Deus

inclue todas as coisas, presentes, passadas, e futuras; Ele conhece

todas as coisas. Jesus, por outro lado, era limitado em

conhecimento com relação à data de Sua volta. (Marcos 13:32).

Jesus não é Deus.

Lucas 2:52 Jesus crescia em sabedoria.

João 5:19 O que Ele vê o Pai fazer.

Page 39: A trindade e toda sua origem

João 8:28 Como o Pai me ensinou.

Marcos 13:32 Não sabe a data de Sua volta.

Atos 1:7 Na autoridade do Pai.

Inferior em poder – Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso;

tem poder infinito. “Com Deus todas as coisas são possíveis.” O

poder de Deus originou-se d‟Ele próprio. Através de seu poder,

Deus executa todas as Suas obras. Jesus por outro lado, não era

onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava milagres

era recebido de Deus. Ele disse: “O Filho por si mesmo não pode

fazer coisa alguma.” (João 5:19). O poder que Cristo usa para

relizar Sua obra na Igreja hoje, e o qual Ele usará para governar a

terra em Seu reino futuro foi recebido de Deus. O poder de Deus

originou-se de Si mesmo; Jesus recebeu poder de Deus. Jesus

não é Deus.

João

5:19

O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa

alguma.

João

5:30

Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa

alguma.

João

8:28 Nada faço por Mim mesmo.

Inferior em vida – Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo

no qual Deus não existisse. Deus não somente viverá para

Page 40: A trindade e toda sua origem

sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A

vida de Deus foi sem começo. A vida de Cristo, por outro lado,

teve um começo definido; houve um tempo, em que Jesus não

existia; Ele viverá por toda eternidade no futuro, mas não viveu

por toda a eternidade no passado. Jesus é inferior à Deus, com

relaçãoà idade e extensào anterior de vida.

Deus é a fonte de toda a vida. Sua existência derivou-se de nada;

Possui vida em Si mesmo. Jesus, ao contrário, recebeu vida de

Deus. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido; Jesus

foi gerado do Pai, Sua vida foi portanto, derivada de Deus. O

poder de Deus fez com que Maria concebesse e desse à luz à um

filho. Se não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus jamais teria

nascido. “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do

Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o

Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.”

(Lucas 1:35). Jesus disse, “O Pai que vive Me enviou, e Eu vivo

pelo Pai.”(João 6:57).

Jesus também recebeu vida ressureta do Pai. Deus levantou Jesus

dos mortos através de Seu poder, o Espírito. (Atos 10:40; 13:30;

Rom.10:9). Jesus voluntariamente entregou Sua vida como um

sacrifício. Ele tinha autoridade para entregá-la e tornar à tomá-la

novamente (João 10:17-18). Jesus não ressurgiu dos mortos por

Si mesmo. Ele foi levantado da morte através do poder de Deus,

pois Ele éa fonte de toda a vida; Jesus recebeu a vida de Deus,

portanto, Jesus não é Deus.

Deus não pode morrer – Deus é imortal, e não pode estar sujeito

à morte; sempre foi e será imortal, pois é impossível que Ele

morra. Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que

experimentou a morte. Jesus tinha as características de um

homem mortal. Ele experimentou: fome (Mat. 4:2), sede (João

Page 41: A trindade e toda sua origem

19:28), cansaço (João 4:6), tentação (Mat. 4:1), e sofrimento

(Luc.24:46). Jesus morreu (João 19:33 I Cor. 15:3). Deus não

pode morrer, mas, Jesus morreu. Jesus não é Deus. Jesus tornou-

se imortal quando Deus o levantou da sepultura, assim sendo,

recebeu imortalidade de Deus; com isso, sabemos que Jesus

jamais pode morrer novamente (Rom. 6:9). Quando Jesus voltar,

todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele. (I

Cor. 15:52-53 – Filipenses 3:20-21).

8 - Atributos e Posições Divinas recebidas de Deus – Alguns

acham que Jesus deve ser Deus porque Ele exerce certa

autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à

mão direita de Deus, Jesus recebeu autoridade e poder divinos de

Deus. Isto entretanto, não prova que Jesus é igual à Deus, o

próprio Deus, nem uma parte de Deus.

O fato que Jesus foi exaltado pelo Pai mostra que Ele é maior

que Jesus. O fato de que Jesus recebe posição e obras divinas

mostra que Ele é inferior à Deus. Hoje, Jesus tem sido exaltado à

mais alta posição no universo, segundo apenas pelo próprio

Deus.

Autoridade recebida de Deus – Jesus disse, “Todo o poder

(autoridade) me é dado no céu e na terra” (Mat. 28:18). Jesus

sempre entendeu que Seu Pai era superior à Ele em autoridade.

Ele viveu em perfeita obediência à Deus. Após Sua ressurreição,

Jesus recebeu autoridade divina de Deus. A autoridade de Deus é

derivada do nada; é originária do próprio Deus. Deus é maior do

que Jesus; Jesus é inferior à Deus; Jesus não é Deus.

Reinado recebido de Deus – Jesus é designado Rei dos Reis.

Deus sempre tem sido designado Rei do universo; Jesus recebeu

Sua autoridade real de Deus. A base do reinado de Cristo é o fato

Page 42: A trindade e toda sua origem

de que Ele é o Filho de Davi (Lucas 1:31- 33) e também o Filho

de Deus (Salmo 2:6-9 e Daniel :14). Jesus não tornou-se Filho de

Davi e Filho de Deus até que tivesse nascido de Maria.

Obra de Julgamento – Deus autorizou Jesus à ser o juiz da

humanidade. Deus entregou o julgamento à Seu Filho. Deus

julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Jesus

recebeu esta posição e obra de Deus. (João 5:22,27 – Atos 10:42;

– 17:31). O fato de que Jesus recebeu esta prerrogativa de Seu

Pai, indica que o Pai é superior à Ele. Jesus não é Deus.

Sua presença Invisível – Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode

estar presente em todos os lugares com Seus seguidores. Ele

disse: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a

consumação dos séculos.” (Mat. 28:20). Jesus pode fazer isso

através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de

Deus. (João 15:26) (Atos 2:33). Durante Seu ministério terrestre?

Jesus pode curar o servo do centurião (Mat. 8:5-13) mesmo

estando o servo doente à uma grande distância daquele lugar que

Se encontrava. Ele também podia conhecer o que havia no

coração do homem. Jesus podia fazer essas coisas, não porque

Ele é parte de um Deus triuno, mas, porque Deus O revestiu de

poder para executar essas obras.

9 - Quatro argumentos trinitarianos considerados – Os

trinitarianos objetam o fato de que Jesus não é Deus. Os quatros

mais importantes argumentos que eles costumam ensinar que

Jesus é o próprio Deus são:

(1) Atributos divinos são atribuídos à Cristo; (2) Prerrogativas

divinas são atribuídas à Cristo; (3) Certas escrituras atestam que

Jesus era a imagem ou plenitude de Deus; (4) Dá-se o título de

“Deus” à Jesus em certas Escrituras.

Page 43: A trindade e toda sua origem

Já consideramos o primeiro argumento e observamos que Jesus

era inferior à Deus em atributos de conhecimento, poder e vida

durante Seu ministério terrestre: Ele era dependente de Deus em

todas as coisas. Em vez se provar que Jesus é Deus, seus

atributos provam que não. O segundo argumento também já foi

considerado. O fato de que Jesus exerceu ou exercerá certa

autoridade divina e executará obras divinas (Rei, Juiz, etc.) não

indica que Jesus é Deus, ao contrário, notamos que Jesus recebeu

todas essas posições e obras de Deus, mostrando que Ele é

inferior à Deus.

O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade

de que Jesus não é Deus, é o fato de que algumas Escrituras

atestam que Jesus é a imagem de Deus. Estas Escrituras são as

seguintes:

Filipenses 2:6 Sendo em forma de Deus.

Colossenses

1:19 N’Ele habita toda a plenitude.

Colossenses 2:9 N’Ele habita toda a plenitude da

divindade.

II Cor. 4:4 Cristo, que é a imagem de Deus.

Hebreus 1:3 A expressa imagem da Sua pessoa.

João 12:45 Quem me vê a mim, vê aquele que me

enviou.

João 14:9 Quem me vê a mim, vê ao Pai.

Page 44: A trindade e toda sua origem

Estas Escrituras não ensinam que Jesus é Deus. Não indicam

também que Jesus é parte de uma trindade. A palavra “imagem”

significa “semelhança” ou “caráter impressionado”. Jesus era a

semelhança moral de Deus. Seu caráter refletia os atributos de

morais de Deus – santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia,

amabilidade, verdade, fidelidade. Jesus é Divino. Ele é

semelhante à Deus em caráter e conduta. Jesus propriamente não

era Deus; Ele refletia o caráter de Deus em Sua vida perfeita.

O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que Jesus é

chamado pelo título de “Deus” em algumas Escrituras. As três

principais Escrituras são: João 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8.

Este argumento é respondido pelo fato de que a palavra de

“Deus” (Heb. ‟ELOHIM‟ / Gr. ‟THEOS‟) às vezes é aplicado à

homens e anjos na Bíblia. Quando usada no sentido secundário, a

palavra ”Deus” indica alguém que é ‟representante‟ d‟Aquele

que é o verdadeiro e supremo Deus.

O termo Deus é empregado nas Escrituras principalmente em

dois sentidos.

O primeiro destes é quando designa Aquele que governa e

preside sobre todas as coisas no céu e na terra, que é reconhecido

como Superior à todas as coisas…Neste sentido as Escrituras

afirmam que Deus é um. O último sentido é quando designa um

ser que recebeu do primeiro (o Deus único) algum tipo de

autoridade superior ou no

céu ou sobre a terra entre os homens, ou poder superior com

relação à todas as coisas humanas, ou autoridade para impor

julgamento sobre outros homens, sendo dessa maneira, e nesse

Page 45: A trindade e toda sua origem

sentido considerado como um participante da Divindade do Deus

único. (The Recovian Cathecism. Seção 3 Cap.I).

Moisés foi designado por Deus como “Deus” em relação à

Aarão (Ex. 4:16) e com relação à Faraó (Ex.7:1). Moisés foi

chamado Deus (ELOHIM), mas ele não era o único supremo

Deus, nem parte de uma trindade. Moisés foi o representante de

Deus. Juízes, representantes humanos do único Deus verdadeiro,

são desginados como Deus. Em Êxodo 22:28 a palavra “deuses”

refere-se à Juízes humanos; *apesar de termos “Juízes”, no

original encontramos ”ELOHIM” (deuses). Em Êxodo 21:6;

22:8-9; e em I Samuel 2:25, a palavra “Juízes” é traduzido do

Hebraico ‟ELHOIM‟ ou Deus. Salmo 97:7 é citado em Hebreus

1:6. Os “anjos” de Hebreus 1:6, são “deuses” no Salmo 97:7.

Anjos são representantes de Deus, mas, não Ele próprio.

Os Israelitas foram chamados “deuses” no Salmo 82:6-7. Jesus

citou este verso para mostrar este fato. “Respondeu-lhes Jesus:

Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Sois deuses? Pois , se a

Lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida

(e a escritura não pode ser anulada). Aquele a quem o Pai

santificou e enviou ao mundo, vóz dizeis: Blasfemas; porque

disse: Sou Filho de Deus? (João 10:34-36).

O fato de que a palavra Deus é usada no sentido secundio com

um representante de Deus em Hebreus 1:8 é mostrado no

versículo seguinte. Em Hebreus 1:9 o “único Deus verdadeiro”

(João 17:3) é descrito como sendo o Deus do Filho! “Amaste a

justiça, e aborreceste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus te

ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.”

(Hebreus 1:8-9 é uma citação de Salmo 45:6-7). Jesus não é o

próprio Deus; também não é parte de uma trindade. Jesus é o

Filho de Deus.

Page 46: A trindade e toda sua origem

III – O ESPÍRITO NÃO É UMA PESSOA

O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O

Espírito Santo é impessoal, não é portanto, parte de nehuma

trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza

Suas obras.

1 - O Espírito é o Poder de Deus – O Espírito não é uma

pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o poder de Deus. O

Espírito Santo é o poder impessoal de Deus. Cada obra que Deus

executa, é através de Seu poder, ou Espírito.

“Espírito” é traduzido do hebraico „ruach‟ e „neshamah‟e da

palavra grega „pneuma‟. Pneuma nas escrituras gregas, é ruach

nas Escrituras hebraicas. Espírito significa, ar, respirar, poder,

animação, e manifestação do poder de alguém. O Espírito de

Deus é o poder de Deus.

2 - A palavra “Espírito” é neutra – O Espírito não é uma

personalidade porque a palavra grega “pneuma”, traduzido

Espírito, é neutra, em gênero. Artigos e pronomes referentes à

essa palavra também são neutros. (*ref.”o Novo Testamento

Grego-analítico).

3 - Símbolos Impessoais – O poder impessoal de Deus, o

Espírito Santo, é designado na Bíblia por símbolos impessoais.

Alguns desses são: vento (João 3:8 / Atos 2:2), fogo (Mat. 3:11),

água (João 7:37-39),ó leo (Sal. 45:7 / Isa. 61:1), sêlo (Ef. 1:13),

pomba (Mat. 3:16), lâmpadas (Apoc. 4:5), e fôlego.

4 - Características Impessoais – As características impessoais

do Espírito revelam-no como o poder de Deus e não como uma

personalidade. O Espírito é mencionado como sendo

“derramado” (Isa. 32:15 / 44:3 / Joel 2:28 / Atos 2:17 / 10:45),

Page 47: A trindade e toda sua origem

“espargido, vertido” (Tito 3:5-6), assoprado (João 20:22), e

enchendo pessoas (Atos 2:2-4) e (Ef. 5:18). Jesus foi ungido com

este poder (Atos 10:38); Homens foram batizados nele (Mat.

3:11; Atos 1:5; I Cor. 12:13) e beberam dele (I Cor. 12:13); é

comparado ao vento que sopra (João 3:8). O Espírito Santo, é

portanto, impessoal. *Perguntamos: Qual Ser físico que pode ser:

derramado, espargido, vertido, assoprado? O Espírito não é uma

pessoa.

5 - Sem um nome pessoal – O Espírito demonstra-se

impessoal pelo fato dele não possuir nenhum nome pessoal. Deus

é uma pessoa: Seu Nome é”Yahweh”; Nosso Salvador é uma

pessoa: Seu Nome é Jesus. *Qual é o nome do Espírito? O

Espírito não é uma pessoa, não tem nome pessoal. Se o Espírito é

uma pessoa, porque ele não tem um nome pessoal? A palavra

“nome” de Mateus 28:19 não se refere à um nome pessoal. A

palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou “como

representante de”. O Espírito não é uma personalidade.

6 - Nenhuma prece dirigida – ”O Espírito Santo não é uma

pessoa, porque em toda a Bíblia não há sequer uma oração ou

canção de louvor, ou exclamação à ele endereçada. Nem há um

preceito sequer que autorize dentro da Bíblia tal oração ou hino

de louvor.” (Gilfford. Op. cit. p.172). Miles Grant escreveu:

Outro fato importante que é digno de nota, é que em nenhum

lugar nas Escrituras somos nós ensinados à amar, honrar, ou

louvar o Espírito Santo, ou à orar por sua assistência. Por que

não, se é uma pessoa, como o Pai e o Filho? (Grant, Miles.

“Positive Theology” - Boston: Advent Christian Publications

Society, p. 287).

Page 48: A trindade e toda sua origem

O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração no

Apocalipse

(Apoc. 5:13 / 7:10). Se o Espírito é uma terceira pessoa de uma

trindade, por que é omitida a referência à ele?

7 - Não incluído nas Saudações Apostólicas – O poder de

Deus, o Espírito, geralmente não é mencionado juntamente com

Deus e Jesus nos cumprimentos e saudações Apostólicas nas

Epístolas Neo-Testamentárias. O Espírito não é mencionado em

nenhuma das saudações das Epístolas de Paulo (Rom. 1:7; I Cor.

1:3; II Cor. 1:2; Gál. 1:3; Ef. 1:2; Filip. 1:2; Col. 1:2; I Tess. 1:1;

IITess. 1:2; I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4; Filemom 3.)

Deus e Jesus são mencionados juntos repetidamente, mas

raramente é o Espírito mencionado com eles. Note também as

palavras de abertura das epístolas escritas pelos outros escritores.

(Tiago 1:1; II Pedro 1:2; I João 1:3; II João 3; Judas 1). Todos

estes mencionam Deus e Jesus, mas não o Espírito. O Espírito é

mencionado em I Pedro 1:2 mas não como pessoa: *O apóstolo

simplesmente afirma que o poder manifesto de Deus, o Espírito,

é o agente que santifica os eleitos. Notar-se-á também que o

Espírito não é incluído em maioria das doxologias e bençãos.

Uma passagem na qual o Espírito é mencionado, (II Cor. 13:13)

já foi considerada.

”A questão repete-se novamente. Por que não há “graça”

solicitada do Espírito Santo de Deus, se é uma pessoa? Caso

houvesse uma junta de três pessoas, e não houvesse menção de

terceira, mas, somente das outras duas em todos os relatórios,

não teria a terceira ocasião para se sentir por demais desprezada?

Se Paulo sabia de uma “terceira pessoa” de quem a graça deveria

Page 49: A trindade e toda sua origem

ser recebida, porque não solicitou ele por isso, à seu favor, em

conexão com o Pai e Seu Filho? (Ibid. p. 288)

8 - Não mencionado como estando entronado ou reinando – A

Bíblia representa à Deus o Pai, sentado sobre Seu Trono e Jesus

assentado à Sua mão direita. O Pai e o Filho são ligados no

julgamento e na redenção. O reino vindouro é o reino de Deus e

de Seu Cristo. Não há menção alguma do Espírito como sendo

uma pessoa ou como um assentado um trono.

9 - Não relacionado com o Pai como uma pessoa para a outra:

A relação do Espírito com o Pai não é aquela de uma pessoa para

outra. A relação do Espírito com o Pai é aquela de um poder para

com uma pessoa. O Espírito é o poder de Deus. O poder de Deus

não é mais uma pessoa distinta de Si mesmo, mais do que o amor

e sabedoria de Deus o são; *Isto é, se considerarmos o Espírito

de Deus com pessoa, também deveremos considerar outros

atributos de Deus como sabedoria e amor como pessoas,

igualmente.

O Pai e o Filho são pessoas, mas o Espírito não é uma pessoa.

O Pai diz: “Tu” ao Filho e o Filho diz: “Tu” ao Pai, mas, nenhum

deles diz “Tu” ao Espírito. O Pai ama o Filho, e o Filho ama ao

Pai, mas nemhum dEles é mencionado “amando o Espírito”. O

Espírito nunca foi denominado “o terceiro” ou “a terceira

pessoa” em qualquer maneira. Além do mais, o Pai nunca é

chamado “a primeira pessoa” e o Filho nunca é chamado “a

segunda pessoa”.

10 - Objeções consideradas – Os trinitarianos afirmam,

baseados em Atos 5:3-4 e II Cor. 3:17, que o Espírito é Deus.

Eles insistem que desde que o Espírito está diretamente

identificado com Deus, o Espírito deve ser Deus e uma

Page 50: A trindade e toda sua origem

personalidade distinta. Nada há nestes dois versos para garantir

tal afirmação. Meramente porque a Bíblia afirma que “Deus é

amor” (I João 4:8,16) ninguém está autorizado à dizer que o

amor é uma personalidade distinta do Pai e um membro de uma

trindade. O Espírito é o poder de Deus. A obra do Espírito é a

obra de Deus e Seu Filho. Quando alguém é cheio do Espírito,

ele está cheio com o poder de Deus e Cristo. O fruto do Espírito

é o resultado da obra de Cristo na vida do crente através de Seu

poder. Quando a Bíblia descreve o Espírito como falando (Apoc.

2:7), está se fazendo referência à obra de Deus falando através

de Seu poder. Quando o Espírito é descrito como fazendo

intercessão (Rom. 8:26-27), refere-se à intercessão que Cristo,

Nosso Sumo Sacedote faz por nós através de Seu poder. (Rom.

8:34 / Heb. 7:25). Jesus é o Nosso único intercessor; Ele é o

Nosso mediador. Quando Ananias mentiu ao Espírito Santo, ele

mentiu para Deus que operava através daquele santo poder.

Quando o homem “entristece” o Santo Espírito de Deus (Ef.

4:30), ele entristece ao próprio Deus que opera através de Seu

Santo Espírito.

O Espírito é descrito como eterno e Santo porque Deus é eterno

e Santo. Quando, o Espírito, o poder de Deus, é representado

como tendo certas características e desempenhando certas obras,

a referência é feita ao único Deus eterno que tem estas

características e faz estas obras.

11 - Pronomes Masculinos do Grego: Nenhuma prova de

personalidade – Nosso Senhor prometeu à Seus discípulos que

após Ele ter ascendido aos céus Ele lhes enviaria o poder de

Deus, o Espírito Santo. Através deste poder, Jesus continuaria

Sua obra com e nos Discípulos. O poder foi chamado o

“Consolador”, “Paráclito”, “Advogado” ou “Auxiliador”, porque

Page 51: A trindade e toda sua origem

Jesus pretendia trabalhar através daquele poder em favor dos

crentes.

IMPORTANTE:

Era o próprio Jesus que seria o próprio “Advogado” ou

“Paráclito”, o qual segundo João 14:26 seria enviado

posteriormente. Podemos verificar isso através de I João 2:1,

onde encontramos Jesus Cristo como Advogado, em grego

“Paráclito”. Foi o próprio Jesus que prometeu estar com os

discípulos e os crentes através das eras, sempre, até a

consumação dos séculos (Mat. 28:20), e também seria sua fonte

de conforto e auxílio. Jesus disse: “Não vos deixarei órfãos:

voltarei para vós” (João 14:18). A obra do Espírito de Cristo

como Confortador, advogado e auxiliador não era senão a obra

do próprio Cristo como confortador, Advogado, e Auxiliador

através daquele poder divino.

A palavra grega para Confortador “Parákletos” é masculina em

gênero. (João 14:16; 17:26; 15:26; 16:7-8,13-

15). Portanto, os tradutores usaram pronomes masculinos para se

referir ao poder de Deus nesta porção de João, muito embora

aquele próprio poder fosse neutro e impessoal. O poder

impessoal de Deus foi indicado por uma palavra masculina

“Confortador” porque ia ser usado pela pessoa, Jesus Cristo.

Jesus é uma pessoa, mas o poder, o Espírito Santo, através do

qual Ele operava era impessoal. O uso de pronomes masculinos

nestes versos citados não são indicações de personalidade.

“Espírito em grego é um substantivo neutro e sempre

representado por pronomes neutros naquele idioma. O

Page 52: A trindade e toda sua origem

Confortador em grego é masculino e portanto, é representado por

pronomes masculinos. Mas, isto nada prova com respeito à

personalidade. Porque o uso de pronomes masculinos no grego

não é prova de personalidade. O grego, diferentemente do Inglês

usa pronomes masculinos e femininos com referência à coisas e

qualidades, bem com à pessoas. Em grego, um campo é

masculino, uma cidade é feminino, dor é feminino, vinho é

feminino, mas vinha é masculino, vento é masculino, prata é

masculino, mas uma moeda de prata é neutro, um número é

masculino, um escudo é feminino, etc. Do começo ao fim do

léxico de substantivos gregos. Não é prova em absoluto de

personalidade que um objeto seja masculino ou feminino em

grego. Um substantivo neutro, entretanto, nunca é usado em

grego para denotar uma pessoa, exceto no caso de um

diminutivo, como uma criança, uma pessoa demente, ou uma

pessoa considerada não como uma pessoa, mas sim, como a um

objeto. Portanto, já que o Espírito é sempre neutro em grego,

não pode ser uma pessoa, e jamais pode-se fazer referência ào

Espírito por ele, lhe, quem, mas, sempre por pronomes neutros.

(Gifford, Op. cit. 170-172)

A Sabedoria em Provérbios é personificada como sendo ela. Isto

entretanto, não é referência de que a sabedoria seja uma mulher

ou uma pessoa. Não significa que seja parte de um Deus triuno.

O fato de que o Confortador é chamado “ele / dele” não indica

que é uma personalidade. Várias versões e traduções do Novo

Testamento usam pronomes neutros em vez de masculinos em

João 14:16,17,26.

Entre estas versões, estão: “The New Testament: An American

Translation” – Edgar J. Goodspeed; J. B. Rotherham, “The

Emphasized Bible”, e Wilson, “The Emphatic Diaglott”. Miles

Grant afirma que os três manuscritos mais antigos do Novo

Page 53: A trindade e toda sua origem

Testamento, o Sinaítico, o Alexandrino, e Vaticano, usam

pronomes neutros em vez de masculinos em João 14. (Op. cit.

290-293).

**Gostaríamos que algum dos muitos trinitarianos sinceros

pudesse responder as dez perguntas que se seguem com o intuito

de esclarecermos, e revelar definitivamente a farsa que envolve a

doutrina da trindade, que é uma sombra que ainda paira sobre

muitas seitas denominadas

cristãs. Esta sombra de Babilônia, é também parte de seu vinho

de prostituição o qual ela tem dado à beber todas as nações da

terra.

1) Sendo I João 5:7 um texto espúrio, com sinceridade,

devem os trinitarianos usá-lo para defender sua doutrina?

2) O Pai é uma pessoa. Seu nome éYAHWEH ou JEOVÁ. O

Filho é uma pessoa. Seu nome é JESUS CRISTO. Qual é o nome

do Espírito? Não tem nome? Então é impessoal!

3) Porque temos comunhão com o Pai e com Seu Filho, e

desfrutamos da comunhão do Espírito? Porque não temos

comunhão com o Espírito?

(Ver pág. )

4) A quem reconheceu Jesus Cristo como único Deus

verdadeiro, à Ele mesmo, ou à Seu Pai? (João 17:3)

(Ver pág. ).

5) Já após Sua ascensão e glória, quando da visão de João da

Ilha de Patmos, como Jesus referiu-se à Seu Pai? (Apoc. 3:12).

Page 54: A trindade e toda sua origem

6) Cristo admitiu que nada podia senão pelo Pai: (João 5:19 /

5:30 / 8:28). Como se explica isso? Jesus sendo Deus não seria

autosuficiente, completo em Si mesmo?

7) Como explicam os trinitarianos o texto de I Cor. 8:6?

“Para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós

vivemos.”

Obs: Jesus nunca foi chamado de Pai, mas, sim de Filho.

8) Por que não há oração dirigida ao Espírito Santo, e os

apóstolos raramente costumavam citá-lo em suas saudações e

doxologias de suas epístolas?

9) Em Apoc. 22:1 encontramos já na Nova Terra, os tronos

do Pai e do Cordeiro (Jesus / João 1:36); Se Jesus é Deus por que

deve Ele ter um trono separado do Pai? E o Espírito Santo…onde

está seu trono, já que ele faz parte da “trindade”?

10) Sabendo-se que a “trindade” é uma refinada heresia que se

infiltrou na Igreja nos primeiros séculos, atrvés do paganismo de

Constantino, deliberadamente continuariam à propagar uma

dose a mais do vinho de Babilônia?

NOTA: O presente estudo foi traduzido da obra:

”SYSTEMATIC THEOLOGY” de Alva G. Huffer – 1976.

VII- CONTRA – TRINITARIANISMO

A trindade como mencionamos previamente, é baseada sobre três propostas. É como uma mesa construída

sobre três pernas. Caso uma das pernas seja removida, a mesa por inteiro cairá. As três propostas sobre as

quais a trindade está construída são: (1) A unidade composta de Deus. (2) A divindade do Pai, do Filho e do

Espírito. (3) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito. Em caso de fracasso em se provar qualquer uma

destas três propostas, isto causará o colapso desta falsa teoria. Para refutar a trindade, portanto, precisa-se

estabelecer apenas um dos três fatos verdadeiros seguintes: (1) A unidade de Deus não é composta. (2) Jesus

não é Deus. (3) O Espírito não é uma pessoa.

Nas três próximas seções, planejamos considerar estes três fatos.

Page 55: A trindade e toda sua origem

I – A UNIDADE DE DEUS NÃO É COMPOSTA

Existe apenas uma pessoa que é Deus. Ele é a fonte e o Dominador do universo. Ele é o Pai de Nosso Senhor

Jesus Cristo. A unidade de Deus é simples, não composta.

1 - Um Deus significa uma pessoa – Deus é único. Ele é Individual e Singular, uma unidade, um único

Ser. Vejamos agora uma pequena listagem que ensina que Deus é único.

Jesus fez referência à Seu Pai como “o único Deus verdadeiro” (João17:3). Moisés declarou: ”Ouve, ó Israel:

O Senhor nosso Deus é um único Senhor.” (Deut. 6:4). Paulo escreveu: ”Para nós há um só Deus, o Pai.” (I

Cor. 8:6)

Há um Deus (gr. “heis” – heb. echad”). Deus é singular, só, único, à parte. Ele é o único Deus (gr. “monos”

– heb. “bad”). Todos os “outros” estão excluídos. Nada mais há, nenhum outro. Ele é uma pessoa única.

Além d‟Ele nenhum outro há. Todas estas palavras denotam unidade simples; A respeito da palavra “echad”

(único, um) R. H. Judd escreveu:

“Esta palavra hebraica “echad” ocorre aproximadamente quinhentas vezes no Antigo Testamento, e nem um

exemplo sequer pode ser produzido onde a palavra em qualquer sentido perde seu valor numérico; nem pode

ser negado que esta é a base da qual todos os outros numerais tem ser valor; é verdade que temos tais

palavras como “nação”, “grupo”, “assembléia”, mas quando falamos de “uma nação” como contra duas ou

mais nações, absolutamente não há alteração do valor numérico do numeral.

(Judd, R. H. “One God: The God of The Ages”. Oregon, Illinois: National Bible Institution, 1949, pp. 28,

30)

Sobre a questão da unidade simples de Deus, citamos o seguinte do famoso Catecismo Racoviano:

“Prova-me que na única essência de Deus há somente uma Pessoa…De princípio já podemos notar que a

essência de Deus é única não em tipo mas em número, pelo que não pode de modo algum conter uma

pluralidade de pessoas, já que uma pessoa é nada mais do que uma essência inteligente individual. Então,

onde quer que existam três pessoas numéricas, devem ser reconhecidas da mesma maneira, três essências

individuais; pois, no mesmo sentido em que é afirmado que há uma essência numérica; também deve ser

considerado que há apenas uma pessoa numérica.” (The Racovian Cathecism, Seção III, cap. 1.)

2 - Pronomes Pessoais Singulares – O fato de que pronomes pessoais singulares são usados em referência

à Deus é excelente testemunho da unidade Simples de Deus.

”Às dezenas, ás centenas, de fato aos milhares, os pronomes da Bíblia em relação à Deus permanecem como

faróis em cada página do Gênesis ao Apocalipse, nos revelando a singularidade pessoal, literal e individual

de Deus com uma clareza tal, que nenhum trinitariano, nem qualquer outro argumento pode negar com

sucesso. “Eu, Mim, Meu” e “Ele, Dele, Ele mesmo”, “Tu, Ti, Teu”, jamais foi e nunca será corretamente

aplicado à mais do que uma personalidade individual; tais palavras levam consigo, uma dignidade e uma

certeza que não pode ser expressa nem por um nome (de doutrina) ou de qualquer outro método.” (Judd, R.

H. Op. cit. p.32)

3 - Esta única Pessoa é o Pai – O testemunho da Bíblia é que existe uma única Pessoa que é Deus. Quem

então é esta Pessoa? Ele é o Pai. Numerosos textos Bíblicos identificam o único Deus como o Pai de nosso

Senhor Jesus Cristo. Algumas destas Escrituras são as seguintes:

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João 17:3 “… à Ti só, por único Deus verdadeiro…”

Romanos 15:6 “…glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor…”

I Cor. 8:6 “…para nós, há um só Deus, o Pai…”

I Cor. 15:24 “…à Deus, o Pai.”

II Cor. 1:3 “…o Deus e Pai de nosso Senhor…”

Efésios 1:17 “…O Deus de nosso Senhor Jesus Cristo…”

Efésios 4:6 “…Um só Deus e Pai de todos…”

ITess. 3:13 “…Nosso Deus e Pai…”

Tiago 3:9 “…à Deus e Pai…”

II João 3 “…de parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai.”

A unidade de Deus não é composta. Um Deus significa uma pessoa. Esta única pessoa é o Pai de nosso

Senhor Jesus Cristo.

II- JESUS NÃO É DEUS

1 - Somente uma única pessoa é Deus – Jesus não é Deus porque há somente uma pessoa que é Deus. Essa

pessoa única tem sido identificada com o Pai. Jesus portanto, não pode ser também Deus. Não há outra

pessoa que possa ser Deus no mesmo sentido em que o Pai é Deus. “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem

é tudo, e para quem nós vivemos.” (I Cor. 8:6). “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por

todos, e por todos, e em todos.” (Efésios 4:6). Jesus é divino, mas não divindade. Ele é o divino Filho de

Deus, mas, não é a divindade, o Ser Supremo.

2 - Jesus como mediador não pode ser o próprio Deus – “Porque há um só Deus, e um só mediador entre

Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (I Tim. 2:5). Jesus é Mediador entre Deus e os homens, portanto,

não é Ele o próprio Deus. Se o próprio Jesus fosse Deus e igual à Deus, como os trinitarianos declaram, Ele

não estaria numa posição para servir como Mediador; como Mediador, alguém deve ser a terceira parte; pois

caso Cristo sendo Deus ou igual à Deus, seria uma das duas partes, e não teria condições de ministrar como

Mediador entre os dois – Deus e o homem. (Gál. 3:20).

O fato de que Jesus é um Mediador anula a possibilidade de que Ele seja parte de uma trindade. Jesus

insistiu que Ele e Seu Pai não são idênticos. Ele e Seu Pai são de personalidades separadas, essência e ser.

Ele declarou que Ele e Seu Pai constituem duas testemunhas separadas: ”E na vossa Lei está também escrito

que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica

também o Pai que me enviou.” (João 8:17-18)

3 - Jesus é o Filho de Deus – Jesus em Si mesmo não é Deus, nem parte de um Deus triuno pois Ele é o

Filho de Deus. Ele não pode ser Deus e Filho de Deus ao mesmo tempo. O Pai e o Filho não são nem iguais,

nem idênticos. O Pai vivia antes do Filho; o Filho recebeu Sua vida do Pai; o Pai é maior do que o Filho.

Jesus foi gerado de Seu Pai e nascido de Maria; Ele é o Filho do Deus vivo. O Novo Testamento está repleto

de escrituras afirmando que Jesus é o Filho de Deus.

Page 57: A trindade e toda sua origem

4 - Deus é o Deus de Jesus – Jesus reconheceu o Pai, o único Deus verdadeiro, como seu Deus. Jesus

jamais reivindicou Ele próprio ser Deus; não pretendia ser igual à Deus. Ele sempre se referiu ao Pai como

sendo superior à Ele, Seu Deus. Nas seguintes Escrituras, Jesus faz referência ao Pai como Seu Deus, ou

Deus é descrito como o Deus de Jesus.

João 20:17 “Meu Deus e vosso Deus”

Apocalipse 3:12 “Meu Deus / meu Deus / meu Deus”

Mateus 27:46 “Deus meu, Deus meu…”

Marcos 15:34 “Deus meu, Deus meu…”

Salmo 22:1 “Deus meu, Deus meu…’’

II Cor. 11:31 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Efésios 1:3 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Efésios 1:7 “O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo…”

I Pedro 1:3 “O Deus e Pai de Nosso Senhor…”

Hebreus 1:8-9 “Deus…O Teu Deus Te ungiu…”

Salmo 45:6-7 “Deus…O Teu Deus Te ungiu…”

Apocalipse 1:6 “…para Seu Deus…” (R.S.V.)

II Cor. 1:3 “Deus e Pai de Nosso Senhor…”

5 - Jesus orou ao Seu Deus, o Pai – Jesus revelou que Ele próprio não era Deus, quando orou à Seu Pai

como Deus. Caso Jesus fosse igual à Deus, porque orou Ele então à Deus? Os trinitarianos afirmam que

Deus, Jesus, e o Espírito todos tem uma mesma inteligência e um propósito; caso Jesus e Deus

compartilhassem um propósito, o poder de decisão, pareceria zombaria para uma pessoa de uma trindade

orar à uma outra pessoa de uma trindade. Jesus mostrou ser inferior à Seu Pai, e que somente Seu Pai é

Deus pelo fato de que Cristo orou para Ele.

Hebreus 5:7-8 Ofereceu orações à Deus.

Lucas 6:12 A noite toda em oração à Deus.

Mateus 11:25 ó Pai, Senhor do céu e da terra.

João 17:1 Pai, é chegada a hora.

Page 58: A trindade e toda sua origem

Mateus 26:38,42 Meu Pai, se é possível…

6 - Jesus é inferior à Deus – Jesus ocupa a mais exaltada posição no universo, junto à Deus. Jesus não é

igual à Seu Pai, pois o Pai é maior do que o Filho, e este, por sua vez, é inferior à Seu Pai. Jesus, portanto,

não é Deus. Reconhecer este fato, não quer dizer que não estejamos dando a glória devida à Cristo: é

simplesmente o reconhecimento da verdadeira relação entre o Pai e Seu Filho. Jesus declarou: “Meu Pai é

maior do que Eu.” (João 14:28). Quando Jesus disse; “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), Ele não ensinou

que Ele e Seu Pai eram um em essência ou ser (como os trinitarianos afirmam) ou um em pessoa (como os

Sabelios ensinam). Ele referiu-se à unidade de propósito e perfeita concordância que existe entre Ele próprio

e Seu Pai. Jesus orou para que esta mesma unidade tornasse possível entre Seus seguidores. (João 17:11,21-

23). Jesus sempre reconheceu que Seu Pai é maior do que Ele. Isto claramente expõe o fato de que Jesus não

pode ser parte então, de um Deus triuno.

João 14:28 O Pai é maior da que Eu.

João 10:29 Meu Pai…é maior do que todos.

I Cor. 11:3 A cabeça de Cristo é Deus.

I Cor. 3:23 Cristo é de Deus.

Mateus 20:23 Não me pertence dá-lo(…)mas, à Meu Pai.

I Cor. 15:24-28 O próprio Filho sujeitou-se ao Pai.

Depois de haver sido completada a soberania redentora de Cristo e Deus haja posto todos os inimigos

debaixo de Seus pés, Jesus contuará à ser sujeito à Deus. Deus será supremo; será tudo em todos: “Porque

todas as coisas sujeitou debaixo de Seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está

que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então

também o Filho mesmo se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em

todos.” (I Cor. 15:24-28) Jesus viveu como o Servo de Deus. Ele rendeu perfeita obediência à Seu Pai,

sempre fazendo aquilo que agradava à Deus, mostrando assim, que Ele reconhecia ser inferior à Deus.

Zacarias 3:8 Meu servo, o Renovo.

Mateus 12:18 Eis qui o Meu Servo.

Filipenses 2:7-8 A forma de um Servo.

Hebreus 10:7,9 Eis aqui venho para fazer a Tua vontade.

João 4:34 Fazer a vontade d’Aquele que me enviou.

João 5:30 Busco (…) a vontade do Pai que Me enviou.

João 6:38 Não para fazer minha própria vontade.

Page 59: A trindade e toda sua origem

João 8:29 Eu faço sempre o que Lhe agrada

Lucas 22:42 Não se faça a minha vontade, mas a Tua.

Romanos 5:19 Pela obediência de um.

7 - Jesus é inferior à Deus em atributos – O Novo Testamento revela Jesus Cristo como inferior à Deus em

atributos. Esta é uma indicação definitiva de que Jesus em si mesmo não é Deus; não é nem igual ou

idêntico ao Pai, tão pouco parte de um Deus triuno. Deus é infinito e perfeito em todos os Seus atributos. Em

todas estas coisas, Deus é imutável; Sua perfeição infinita não pode nem aumentar, tão pouco diminuir. O

que Ele Tem sido, sempre será. Jesus demonstrou Ele mesmo ser inferior à Deus em Seus atributos.

Inferior em conhecimento – Deus é onisciente; é perfeito em conhecimento. “Conhecidas de Deus são todas

as Suas obras desde o começo do mundo.” Seus conhecimentos são infinitos, eternos e completos. Jesus, por

outro lado, não era onisciente. Jesus “crescia em sabedoria” (Lucas 2:52). Se Jesus era Deus com

conhecimento infinito, como poderia Ele ter “crescido em sabedoria”? O conhecimento de Deus é nem

adquirido nem derivado: Origina-se com Ele mesmo. “…que conselheiro o ensinou?” (Isaías 40:13). Por

outro lado, Jesus recebeu Seu conhecimento de Deus. (João 8:28). O conhecimento de Deus inclue todas as

coisas, presentes, passadas, e futuras; Ele conhece todas as coisas. Jesus, por outro lado, era limitado em

conhecimento com relação à data de Sua volta. (Marcos 13:32). Jesus não é Deus.

Lucas 2:52 Jesus crescia em sabedoria.

João 5:19 O que Ele vê o Pai fazer.

João 8:28 Como o Pai me ensinou.

Marcos 13:32 Não sabe a data de Sua volta.

Atos 1:7 Na autoridade do Pai.

Inferior em poder – Deus é onipotente. Ele é Todo-Poderoso; tem poder infinito. “Com Deus todas as coisas

são possíveis.” O poder de Deus originou-se d‟Ele próprio. Através de seu poder, Deus executa todas as

Suas obras. Jesus por outro lado, não era onipotente. O poder que Cristo exercia quando operava milagres

era recebido de Deus. Ele disse: “O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma.” (João 5:19). O poder

que Cristo usa para relizar Sua obra na Igreja hoje, e o qual Ele usará para governar a terra em Seu reino

futuro foi recebido de Deus. O poder de Deus originou-se de Si mesmo; Jesus recebeu poder de Deus. Jesus

não é Deus.

João 5:19 O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma.

João 5:30 Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma.

João 8:28 Nada faço por Mim mesmo.

Inferior em vida – Deus sempre existiu. Nunca houve um tempo no qual Deus não existisse. Deus não

somente viverá para sempre no futuro, mas também viveu eternamente no passado. A vida de Deus foi sem

começo. A vida de Cristo, por outro lado, teve um começo definido; houve um tempo, em que Jesus não

existia; Ele viverá por toda eternidade no futuro, mas não viveu por toda a eternidade no passado. Jesus é

inferior à Deus, com relaçãoà idade e extensào anterior de vida.

Page 60: A trindade e toda sua origem

Deus é a fonte de toda a vida. Sua existência derivou-se de nada; Possui vida em Si mesmo. Jesus, ao

contrário, recebeu vida de Deus. Se não fosse por Deus, Jesus jamais teria existido; Jesus foi gerado do Pai,

Sua vida foi portanto, derivada de Deus. O poder de Deus fez com que Maria concebesse e desse à luz à um

filho. Se não fosse pelo santo poder de Deus, Jesus jamais teria nascido. “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e

a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo que de ti há de nascer será

chamado Filho de Deus.” (Lucas 1:35). Jesus disse, “O Pai que vive Me enviou, e Eu vivo pelo Pai.”(João

6:57).

Jesus também recebeu vida ressureta do Pai. Deus levantou Jesus dos mortos através de Seu poder, o

Espírito. (Atos 10:40; 13:30; Rom.10:9). Jesus voluntariamente entregou Sua vida como um sacrifício. Ele

tinha autoridade para entregá-la e tornar à tomá-la novamente (João 10:17-18). Jesus não ressurgiu dos

mortos por Si mesmo. Ele foi levantado da morte através do poder de Deus, pois Ele éa fonte de toda a vida;

Jesus recebeu a vida de Deus, portanto, Jesus não é Deus.

Deus não pode morrer – Deus é imortal, e não pode estar sujeito à morte; sempre foi e será imortal, pois é

impossível que Ele morra. Jesus, ao contrário, nasceu mortal, pois é sabido que experimentou a morte. Jesus

tinha as características de um homem mortal. Ele experimentou: fome (Mat. 4:2), sede (João 19:28), cansaço

(João 4:6), tentação (Mat. 4:1), e sofrimento (Luc.24:46). Jesus morreu (João 19:33 I Cor. 15:3). Deus não

pode morrer, mas, Jesus morreu. Jesus não é Deus. Jesus tornou-se imortal quando Deus o levantou da

sepultura, assim sendo, recebeu imortalidade de Deus; com isso, sabemos que Jesus jamais pode morrer

novamente (Rom. 6:9). Quando Jesus voltar, todos os verdadeiros crentes serão feitos imortais como Ele. (I

Cor. 15:52-53 – Filipenses 3:20-21).

8 - Atributos e Posições Divinas recebidas de Deus – Alguns acham que Jesus deve ser Deus porque Ele

exerce certa autoridade divina, e revela certos atributos divinos. Exaltado à mão direita de Deus, Jesus

recebeu autoridade e poder divinos de Deus. Isto entretanto, não prova que Jesus é igual à Deus, o próprio

Deus, nem uma parte de Deus.

O fato que Jesus foi exaltado pelo Pai mostra que Ele é maior que Jesus. O fato de que Jesus recebe posição

e obras divinas mostra que Ele é inferior à Deus. Hoje, Jesus tem sido exaltado à mais alta posição no

universo, segundo apenas pelo próprio Deus.

Autoridade recebida de Deus – Jesus disse, “Todo o poder (autoridade) me é dado no céu e na terra” (Mat.

28:18). Jesus sempre entendeu que Seu Pai era superior à Ele em autoridade. Ele viveu em perfeita

obediência à Deus. Após Sua ressurreição, Jesus recebeu autoridade divina de Deus. A autoridade de Deus é

derivada do nada; é originária do próprio Deus. Deus é maior do que Jesus; Jesus é inferior à Deus; Jesus

não é Deus.

Reinado recebido de Deus – Jesus é designado Rei dos Reis. Deus sempre tem sido designado Rei do

universo; Jesus recebeu Sua autoridade real de Deus. A base do reinado de Cristo é o fato de que Ele é o

Filho de Davi (Lucas 1:31- 33) e também o Filho de Deus (Salmo 2:6-9 e Daniel :14). Jesus não tornou-se

Filho de Davi e Filho de Deus até que tivesse nascido de Maria.

Obra de Julgamento – Deus autorizou Jesus à ser o juiz da humanidade. Deus entregou o julgamento à Seu

Filho. Deus julgará a humanidade através da obra de Cristo, o juiz. Jesus recebeu esta posição e obra de

Deus. (João 5:22,27 – Atos 10:42; – 17:31). O fato de que Jesus recebeu esta prerrogativa de Seu Pai, indica

que o Pai é superior à Ele. Jesus não é Deus.

Sua presença Invisível – Embora Jesus esteja nos céus, Ele pode estar presente em todos os lugares com

Seus seguidores. Ele disse: “Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mat.

28:20). Jesus pode fazer isso através do poder de Deus, o Espírito. Jesus recebeu este poder de Deus. (João

15:26) (Atos 2:33). Durante Seu ministério terrestre? Jesus pode curar o servo do centurião (Mat. 8:5-13)

mesmo estando o servo doente à uma grande distância daquele lugar que Se encontrava. Ele também podia

Page 61: A trindade e toda sua origem

conhecer o que havia no coração do homem. Jesus podia fazer essas coisas, não porque Ele é parte de um

Deus triuno, mas, porque Deus O revestiu de poder para executar essas obras.

9 - Quatro argumentos trinitarianos considerados – Os trinitarianos objetam o fato de que Jesus não é

Deus. Os quatros mais importantes argumentos que eles costumam ensinar que Jesus é o próprio Deus são:

(1) Atributos divinos são atribuídos à Cristo; (2) Prerrogativas divinas são atribuídas à Cristo; (3) Certas

escrituras atestam que Jesus era a imagem ou plenitude de Deus; (4) Dá-se o título de “Deus” à Jesus em

certas Escrituras.

Já consideramos o primeiro argumento e observamos que Jesus era inferior à Deus em atributos de

conhecimento, poder e vida durante Seu ministério terrestre: Ele era dependente de Deus em todas as coisas.

Em vez se provar que Jesus é Deus, seus atributos provam que não. O segundo argumento também já foi

considerado. O fato de que Jesus exerceu ou exercerá certa autoridade divina e executará obras divinas (Rei,

Juiz, etc.) não indica que Jesus é Deus, ao contrário, notamos que Jesus recebeu todas essas posições e obras

de Deus, mostrando que Ele é inferior à Deus.

O terceiro argumento usado pelos trinitarianos contra a verdade de que Jesus não é Deus, é o fato de que

algumas Escrituras atestam que Jesus é a imagem de Deus. Estas Escrituras são as seguintes:

Filipenses 2:6 Sendo em forma de Deus.

Colossenses 1:19 N’Ele habita toda a plenitude.

Colossenses 2:9 N’Ele habita toda a plenitude da divindade.

II Cor. 4:4 Cristo, que é a imagem de Deus.

Hebreus 1:3 A expressa imagem da Sua pessoa.

João 12:45 Quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.

João 14:9 Quem me vê a mim, vê ao Pai.

Estas Escrituras não ensinam que Jesus é Deus. Não indicam também que Jesus é parte de uma trindade. A

palavra “imagem” significa “semelhança” ou “caráter impressionado”. Jesus era a semelhança moral de

Deus. Seu caráter refletia os atributos de morais de Deus – santidade, retidão, justiça, amor, misericórdia,

amabilidade, verdade, fidelidade. Jesus é Divino. Ele é semelhante à Deus em caráter e conduta. Jesus

propriamente não era Deus; Ele refletia o caráter de Deus em Sua vida perfeita.

O quarto argumento usado pelos trinitarianos é que Jesus é chamado pelo título de “Deus” em algumas

Escrituras. As três principais Escrituras são: João 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8. Este argumento é

respondido pelo fato de que a palavra de “Deus” (Heb. ‟ELOHIM‟ / Gr. ‟THEOS‟) às vezes é aplicado à

homens e anjos na Bíblia. Quando usada no sentido secundário, a palavra ”Deus” indica alguém que é

‟representante‟ d‟Aquele que é o verdadeiro e supremo Deus.

O termo Deus é empregado nas Escrituras principalmente em dois sentidos.

O primeiro destes é quando designa Aquele que governa e preside sobre todas as coisas no céu e na terra,

que é reconhecido como Superior à todas as coisas…Neste sentido as Escrituras afirmam que Deus é um. O

último sentido é quando designa um ser que recebeu do primeiro (o Deus único) algum tipo de autoridade

superior ou no

Page 62: A trindade e toda sua origem

céu ou sobre a terra entre os homens, ou poder superior com relação à todas as coisas humanas, ou

autoridade para impor julgamento sobre outros homens, sendo dessa maneira, e nesse sentido considerado

como um participante da Divindade do Deus único. (The Recovian Cathecism. Seção 3 Cap.I).

Moisés foi designado por Deus como “Deus” em relação à Aarão (Ex. 4:16) e com relação à Faraó (Ex.7:1).

Moisés foi chamado Deus (ELOHIM), mas ele não era o único supremo Deus, nem parte de uma trindade.

Moisés foi o representante de Deus. Juízes, representantes humanos do único Deus verdadeiro, são

desginados como Deus. Em Êxodo 22:28 a palavra “deuses” refere-se à Juízes humanos; *apesar de termos

“Juízes”, no original encontramos ”ELOHIM” (deuses). Em Êxodo 21:6; 22:8-9; e em I Samuel 2:25, a

palavra “Juízes” é traduzido do Hebraico ‟ELHOIM‟ ou Deus. Salmo 97:7 é citado em Hebreus 1:6. Os

“anjos” de Hebreus 1:6, são “deuses” no Salmo 97:7. Anjos são representantes de Deus, mas, não Ele

próprio.

Os Israelitas foram chamados “deuses” no Salmo 82:6-7. Jesus citou este verso para mostrar este fato.

“Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Sois deuses? Pois , se a Lei chamou deuses

àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada). Aquele a quem o Pai

santificou e enviou ao mundo, vóz dizeis: Blasfemas; porque disse: Sou Filho de Deus? (João 10:34-36).

O fato de que a palavra Deus é usada no sentido secundio com um representante de Deus em Hebreus 1:8 é

mostrado no versículo seguinte. Em Hebreus 1:9 o “único Deus verdadeiro” (João 17:3) é descrito como

sendo o Deus do Filho! “Amaste a justiça, e aborreceste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu

com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.” (Hebreus 1:8-9 é uma citação de Salmo 45:6-7).

Jesus não é o próprio Deus; também não é parte de uma trindade. Jesus é o Filho de Deus.

III – O ESPÍRITO NÃO É UMA PESSOA

O Espírito Santo não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. O Espírito Santo é impessoal, não é portanto,

parte de nehuma trindade. É sim, a energia divina através da qual, Deus realiza Suas obras.

1 - O Espírito é o Poder de Deus – O Espírito não é uma pessoa distinta do Pai e do Filho porque é o poder

de Deus. O Espírito Santo é o poder impessoal de Deus. Cada obra que Deus executa, é através de Seu

poder, ou Espírito.

“Espírito” é traduzido do hebraico „ruach‟ e „neshamah‟e da palavra grega „pneuma‟. Pneuma nas escrituras

gregas, é ruach nas Escrituras hebraicas. Espírito significa, ar, respirar, poder, animação, e manifestação do

poder de alguém. O Espírito de Deus é o poder de Deus.

2 - A palavra “Espírito” é neutra – O Espírito não é uma personalidade porque a palavra grega “pneuma”,

traduzido Espírito, é neutra, em gênero. Artigos e pronomes referentes à essa palavra também são neutros.

(*ref.”o Novo Testamento Grego-analítico).

3 - Símbolos Impessoais – O poder impessoal de Deus, o Espírito Santo, é designado na Bíblia por

símbolos impessoais. Alguns desses são: vento (João 3:8 / Atos 2:2), fogo (Mat. 3:11), água (João 7:37-39),ó

leo (Sal. 45:7 / Isa. 61:1), sêlo (Ef. 1:13), pomba (Mat. 3:16), lâmpadas (Apoc. 4:5), e fôlego.

4 - Características Impessoais – As características impessoais do Espírito revelam-no como o poder de

Deus e não como uma personalidade. O Espírito é mencionado como sendo “derramado” (Isa. 32:15 / 44:3 /

Joel 2:28 / Atos 2:17 / 10:45), “espargido, vertido” (Tito 3:5-6), assoprado (João 20:22), e enchendo pessoas

(Atos 2:2-4) e (Ef. 5:18). Jesus foi ungido com este poder (Atos 10:38); Homens foram batizados nele (Mat.

3:11; Atos 1:5; I Cor. 12:13) e beberam dele (I Cor. 12:13); é comparado ao vento que sopra (João 3:8). O

Espírito Santo, é portanto, impessoal. *Perguntamos: Qual Ser físico que pode ser: derramado, espargido,

vertido, assoprado? O Espírito não é uma pessoa.

Page 63: A trindade e toda sua origem

5 - Sem um nome pessoal – O Espírito demonstra-se impessoal pelo fato dele não possuir nenhum nome

pessoal. Deus é uma pessoa: Seu Nome é”Yahweh”; Nosso Salvador é uma pessoa: Seu Nome é Jesus.

*Qual é o nome do Espírito? O Espírito não é uma pessoa, não tem nome pessoal. Se o Espírito é uma

pessoa, porque ele não tem um nome pessoal? A palavra “nome” de Mateus 28:19 não se refere à um nome

pessoal. A palavra “nome” neste verso significa “autoridade” ou “como representante de”. O Espírito não é

uma personalidade.

6 - Nenhuma prece dirigida – ”O Espírito Santo não é uma pessoa, porque em toda a Bíblia não há sequer

uma oração ou canção de louvor, ou exclamação à ele endereçada. Nem há um preceito sequer que autorize

dentro da Bíblia tal oração ou hino de louvor.” (Gilfford. Op. cit. p.172). Miles Grant escreveu:

Outro fato importante que é digno de nota, é que em nenhum lugar nas Escrituras somos nós ensinados à

amar, honrar, ou louvar o Espírito Santo, ou à orar por sua assistência. Por que não, se é uma pessoa, como o

Pai e o Filho? (Grant, Miles. “Positive Theology” - Boston: Advent Christian Publications Society, p. 287).

O Espírito não é mencionado nos hinos de adoração no Apocalipse

(Apoc. 5:13 / 7:10). Se o Espírito é uma terceira pessoa de uma trindade, por que é omitida a referência à

ele?

7 - Não incluído nas Saudações Apostólicas – O poder de Deus, o Espírito, geralmente não é mencionado

juntamente com Deus e Jesus nos cumprimentos e saudações Apostólicas nas Epístolas Neo-Testamentárias.

O Espírito não é mencionado em nenhuma das saudações das Epístolas de Paulo (Rom. 1:7; I Cor. 1:3; II

Cor. 1:2; Gál. 1:3; Ef. 1:2; Filip. 1:2; Col. 1:2; I Tess. 1:1; IITess. 1:2; I Tim. 1:2; II Tim. 1:2; Tito 1:4;

Filemom 3.)

Deus e Jesus são mencionados juntos repetidamente, mas raramente é o Espírito mencionado com eles. Note

também as palavras de abertura das epístolas escritas pelos outros escritores. (Tiago 1:1; II Pedro 1:2; I João

1:3; II João 3; Judas 1). Todos estes mencionam Deus e Jesus, mas não o Espírito. O Espírito é mencionado

em I Pedro 1:2 mas não como pessoa: *O apóstolo simplesmente afirma que o poder manifesto de Deus, o

Espírito, é o agente que santifica os eleitos. Notar-se-á também que o Espírito não é incluído em maioria das

doxologias e bençãos. Uma passagem na qual o Espírito é mencionado, (II Cor. 13:13) já foi considerada.

”A questão repete-se novamente. Por que não há “graça” solicitada do Espírito Santo de Deus, se é uma

pessoa? Caso houvesse uma junta de três pessoas, e não houvesse menção de terceira, mas, somente das

outras duas em todos os relatórios, não teria a terceira ocasião para se sentir por demais desprezada? Se

Paulo sabia de uma “terceira pessoa” de quem a graça deveria ser recebida, porque não solicitou ele por isso,

à seu favor, em conexão com o Pai e Seu Filho? (Ibid. p. 288)

8 - Não mencionado como estando entronado ou reinando – A Bíblia representa à Deus o Pai, sentado

sobre Seu Trono e Jesus assentado à Sua mão direita. O Pai e o Filho são ligados no julgamento e na

redenção. O reino vindouro é o reino de Deus e de Seu Cristo. Não há menção alguma do Espírito como

sendo uma pessoa ou como um assentado um trono.

9 - Não relacionado com o Pai como uma pessoa para a outra: A relação do Espírito com o Pai não é

aquela de uma pessoa para outra. A relação do Espírito com o Pai é aquela de um poder para com uma

pessoa. O Espírito é o poder de Deus. O poder de Deus não é mais uma pessoa distinta de Si mesmo, mais do

que o amor e sabedoria de Deus o são; *Isto é, se considerarmos o Espírito de Deus com pessoa, também

deveremos considerar outros atributos de Deus como sabedoria e amor como pessoas, igualmente.

O Pai e o Filho são pessoas, mas o Espírito não é uma pessoa.

Page 64: A trindade e toda sua origem

O Pai diz: “Tu” ao Filho e o Filho diz: “Tu” ao Pai, mas, nenhum deles diz “Tu” ao Espírito. O Pai ama o

Filho, e o Filho ama ao Pai, mas nemhum dEles é mencionado “amando o Espírito”. O Espírito nunca foi

denominado “o terceiro” ou “a terceira pessoa” em qualquer maneira. Além do mais, o Pai nunca é chamado

“a primeira pessoa” e o Filho nunca é chamado “a segunda pessoa”.

10 - Objeções consideradas – Os trinitarianos afirmam, baseados em Atos 5:3-4 e II Cor. 3:17, que o

Espírito é Deus. Eles insistem que desde que o Espírito está diretamente identificado com Deus, o Espírito

deve ser Deus e uma personalidade distinta. Nada há nestes dois versos para garantir tal afirmação.

Meramente porque a Bíblia afirma que “Deus é amor” (I João 4:8,16) ninguém está autorizado à dizer que o

amor é uma personalidade distinta do Pai e um membro de uma trindade. O Espírito é o poder de Deus. A

obra do Espírito é a obra de Deus e Seu Filho. Quando alguém é cheio do Espírito, ele está cheio com o

poder de Deus e Cristo. O fruto do Espírito é o resultado da obra de Cristo na vida do crente através de Seu

poder. Quando a Bíblia descreve o Espírito como falando (Apoc. 2:7), está se fazendo referência à obra de

Deus falando através de Seu poder. Quando o Espírito é descrito como fazendo intercessão (Rom. 8:26-27),

refere-se à intercessão que Cristo, Nosso Sumo Sacedote faz por nós através de Seu poder. (Rom. 8:34 /

Heb. 7:25). Jesus é o Nosso único intercessor; Ele é o Nosso mediador. Quando Ananias mentiu ao Espírito

Santo, ele mentiu para Deus que operava através daquele santo poder. Quando o homem “entristece” o Santo

Espírito de Deus (Ef. 4:30), ele entristece ao próprio Deus que opera através de Seu Santo Espírito.

O Espírito é descrito como eterno e Santo porque Deus é eterno e Santo. Quando, o Espírito, o poder de

Deus, é representado como tendo certas características e desempenhando certas obras, a referência é feita ao

único Deus eterno que tem estas características e faz estas obras.

11 - Pronomes Masculinos do Grego: Nenhuma prova de personalidade – Nosso Senhor prometeu à Seus

discípulos que após Ele ter ascendido aos céus Ele lhes enviaria o poder de Deus, o Espírito Santo. Através

deste poder, Jesus continuaria Sua obra com e nos Discípulos. O poder foi chamado o “Consolador”,

“Paráclito”, “Advogado” ou “Auxiliador”, porque Jesus pretendia trabalhar através daquele poder em favor

dos crentes.

IMPORTANTE:

Era o próprio Jesus que seria o próprio “Advogado” ou

“Paráclito”, o qual segundo João 14:26 seria enviado

posteriormente. Podemos verificar isso através de I João 2:1,

onde encontramos Jesus Cristo como Advogado, em grego

“Paráclito”. Foi o próprio Jesus que prometeu estar com os

discípulos e os crentes através das eras, sempre, até a

consumação dos séculos (Mat. 28:20), e também seria sua fonte

de conforto e auxílio. Jesus disse: “Não vos deixarei órfãos:

voltarei para vós” (João 14:18). A obra do Espírito de Cristo

como Confortador, advogado e auxiliador não era senão a obra

do próprio Cristo como confortador, Advogado, e Auxiliador

através daquele poder divino.

Page 65: A trindade e toda sua origem

A palavra grega para Confortador “Parákletos” é masculina em

gênero. (João 14:16; 17:26; 15:26; 16:7-8,13-

15). Portanto, os tradutores usaram pronomes masculinos para se

referir ao poder de Deus nesta porção de João, muito embora

aquele próprio poder fosse neutro e impessoal. O poder

impessoal de Deus foi indicado por uma palavra masculina

“Confortador” porque ia ser usado pela pessoa, Jesus Cristo.

Jesus é uma pessoa, mas o poder, o Espírito Santo, através do

qual Ele operava era impessoal. O uso de pronomes masculinos

nestes versos citados não são indicações de personalidade.

“Espírito em grego é um substantivo neutro e sempre

representado por pronomes neutros naquele idioma. O

Confortador em grego é masculino e portanto, é representado por

pronomes masculinos. Mas, isto nada prova com respeito à

personalidade. Porque o uso de pronomes masculinos no grego

não é prova de personalidade. O grego, diferentemente do Inglês

usa pronomes masculinos e femininos com referência à coisas e

qualidades, bem com à pessoas. Em grego, um campo é

masculino, uma cidade é feminino, dor é feminino, vinho é

feminino, mas vinha é masculino, vento é masculino, prata é

masculino, mas uma moeda de prata é neutro, um número é

masculino, um escudo é feminino, etc. Do começo ao fim do

léxico de substantivos gregos. Não é prova em absoluto de

personalidade que um objeto seja masculino ou feminino em

grego. Um substantivo neutro, entretanto, nunca é usado em

grego para denotar uma pessoa, exceto no caso de um

diminutivo, como uma criança, uma pessoa demente, ou uma

pessoa considerada não como uma pessoa, mas sim, como a um

objeto. Portanto, já que o Espírito é sempre neutro em grego,

não pode ser uma pessoa, e jamais pode-se fazer referência ào

Page 66: A trindade e toda sua origem

Espírito por ele, lhe, quem, mas, sempre por pronomes neutros.

(Gifford, Op. cit. 170-172)

A Sabedoria em Provérbios é personificada como sendo ela. Isto

entretanto, não é referência de que a sabedoria seja uma mulher

ou uma pessoa. Não significa que seja parte de um Deus triuno.

O fato de que o Confortador é chamado “ele / dele” não indica

que é uma personalidade. Várias versões e traduções do Novo

Testamento usam pronomes neutros em vez de masculinos em

João 14:16,17,26.

Entre estas versões, estão: “The New Testament: An American

Translation” – Edgar J. Goodspeed; J. B. Rotherham, “The

Emphasized Bible”, e Wilson, “The Emphatic Diaglott”. Miles

Grant afirma que os três manuscritos mais antigos do Novo

Testamento, o Sinaítico, o Alexandrino, e Vaticano, usam

pronomes neutros em vez de masculinos em João 14. (Op. cit.

290-293).

**Gostaríamos que algum dos muitos trinitarianos sinceros

pudesse responder as dez perguntas que se seguem com o intuito

de esclarecermos, e revelar definitivamente a farsa que envolve a

doutrina da trindade, que é uma sombra que ainda paira sobre

muitas seitas denominadas

cristãs. Esta sombra de Babilônia, é também parte de seu vinho

de prostituição o qual ela tem dado à beber todas as nações da

terra.

1) Sendo I João 5:7 um texto espúrio, com sinceridade,

devem os trinitarianos usá-lo para defender sua doutrina?

Page 67: A trindade e toda sua origem

2) O Pai é uma pessoa. Seu nome é YAHWEH ou JEOVÁ. O

Filho é uma pessoa. Seu nome é JESUS CRISTO. Qual é o nome

do Espírito? Não tem nome? Então é impessoal!

3) Porque temos comunhão com o Pai e com Seu Filho, e

desfrutamos da comunhão do Espírito? Porque não temos

comunhão com o Espírito?

(Ver pág. )

4) A quem reconheceu Jesus Cristo como único Deus

verdadeiro, à Ele mesmo, ou à Seu Pai? (João 17:3)

(Ver pág. ).

5) Já após Sua ascensão e glória, quando da visão de João da

Ilha de Patmos, como Jesus referiu-se à Seu Pai? (Apoc. 3:12).

6) Cristo admitiu que nada podia senão pelo Pai: (João 5:19 /

5:30 / 8:28). Como se explica isso? Jesus sendo Deus não seria

autosuficiente, completo em Si mesmo?

7) Como explicam os trinitarianos o texto de I Cor. 8:6?

“Para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós

vivemos.”

Obs: Jesus nunca foi chamado de Pai, mas, sim de Filho.

8) Por que não há oração dirigida ao Espírito Santo, e os

apóstolos raramente costumavam citá-lo em suas saudações e

doxologias de suas epístolas?

9) Em Apoc. 22:1 encontramos já na Nova Terra, os tronos

do Pai e do Cordeiro (Jesus / João 1:36); Se Jesus é Deus por que

deve Ele ter um trono separado do Pai? E o Espírito Santo…onde

está seu trono, já que ele faz parte da “trindade”?

Page 68: A trindade e toda sua origem

10) Sabendo-se que a “trindade” é uma refinada heresia que se

infiltrou na Igreja nos primeiros séculos, atrvés do paganismo de

Constantino, deliberadamente continuariam à propagar uma

dose a mais do vinho de Babilônia?