Artigos eISSN: 1983-9294 Inclusão de recursos tecnológicos ...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
SILVIA VILELA DE OLIVEIRA RODRIGUES
A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA: ÂNGULOS, RETAS E PARÁBOLA.
Material Didático apresentado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Estado do Paraná.
Orientadora: Márcia Maioli
CIANORTE
2008
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Sumário
INTRODUÇÃO: Os computadores chegaram! Como usá-los nas aulas de matemática? ................... 3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 3
UM POUCO SOBRE GEOGEBRA .................................................................................................... 7
ÂNGULOS, RETAS E PARÁBOLA ................................................................................................ 16
ÂNGULO RETO E RETAS PERPENDICULARES .................................................................... 16
RETAS PARALELAS................................................................................................................... 18
BISSETRIZ DE UM ÂNGULO .................................................................................................... 20
MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO ............................................................................................. 22
CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA ............................................................................................... 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 27
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 28
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A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
INTRODUÇÃO: Os computadores chegaram! Como usá-los nas aulas de matemática?
Uma nova realidade é encontrada nas escolas paranaenses com o advento de
equipamentos de informática, essa nova fase pode ser encarada como um momento de
evolução tecnológica, que pode trazer vários benefícios para a inclusão digital, socialização
de programas educacionais e enriquecimento das estratégias de ensino em todas as
disciplinas, mas o que transparece, é que a entrada dos computadores na educação tem
provocado inquietação aos professores, pois estes provocam insegurança na maioria dos
docentes. Isso implica numa mudança de postura dos membros do sistema educacional e na
formação dos administradores e professores.
O presente material apresenta orientações básicas quanto ao uso do software Geogebra
e propostas de atividades de alguns conteúdos matemáticos, dando condições necessárias para
que diminua a distância do professor com o computador de modo que se sinta à vontade no
manuseio e não ameaçado por esta tecnologia, abordando possibilidades e limitações do uso
de softwares no ensino da Matemática, estimulando a utilização dos computadores na prática
docente para enriquecer ambientes de aprendizagem e auxiliar o aprendiz no processo de
construção do seu conhecimento.
A primeira parte do material composta pela Introdução; Fundamentação Teórica e o
item intitulado Um pouco sobre o Geogebra, foram preparados em conjunto pelo grupo das
cinco professoras PDE orientadas pela professora Marcia Maioli. A partir daí, cada professora
PDE ficou responsável pela elaboração de um conjunto de atividades de acordo com o
conteúdo de seu interesse. Cada um destes conjuntos de atividades é apresentado no item 4,
com a identificação das respectivas autoras.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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As escolas públicas da Rede Estadual do Paraná estão recebendo computadores
através do programa “Paraná Digital” e junto com eles está surgindo a necessidade de se ter
conhecimentos e metodologias para sua utilização de forma pedagógica. Diante desta
situação, percebemos que é necessário que o professor busque conhecimentos e se atualize
para utilizar esse importante recurso (computador) como uma ferramenta pedagógica que o
auxilie no ensino de sua disciplina.
No ensino da Matemática, o uso do computador poderá proporcionar avanços no
processo ensino aprendizagem, contribuindo e desafiando professores e alunos a torná-lo um
aliado importante na construção do conhecimento.
Segundo VALENTE (1999), a utilização dos computadores na educação é tão remota
quanto o advento comercial dos mesmos. O autor afirma que, já em meados da década de 50,
apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação. No entanto, a ênfase dada
nessa época era praticamente a de armazenar informação em uma determinada seqüência e
transmiti-la ao aprendiz.
Hoje, a proposta para o uso dos computadores na educação é mais diversificada e
desafiadora do que simplesmente a de transmitir informação ao aluno. O computador pode ser
um auxiliar do processo de construção do conhecimento e utilizado para enriquecer os
ambientes de aprendizagem. A simples presença das novas tecnologias não é por si só
garantia de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um
ensino tradicional, baseado na recepção e memorização de informações.
O uso inteligente do computador na Educação está vinculado à maneira como nós
concebemos a tarefa na qual ele será utilizado. Se o utilizarmos como máquina de ensinar,
estaremos apenas informatizando os métodos de ensino tradicionais. Contudo, se o
computador for utilizado como ferramenta pedagógica, onde ele não é simplesmente o
instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual este desenvolve, descreve,
busca novas estratégias e soluciona situações–problema, estaremos abordando a perspectiva
Construcionista.
“Na abordagem Construcionista o computador não é o detentor do conhecimento, mas uma ferramenta tutorada pelo aluno e que lhe permite buscar informações em redes de comunicação à distância, navegar entre nós e ligações, de forma não-linear, segundo seu estilo cognitivo e seu interesse momentâneo.” (ALMEIDA, 2000)
A autora ainda afirma que nessa perspectiva, é o aluno que coloca o conhecimento no
computador e indica as operações que devem ser executadas para produzir as respostas
desejadas.
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Borba e Penteado (2005) afirmam que a relação entre a informática e a Educação
Matemática deve ser pensada como transformação da própria prática educativa.
De acordo com o Documento das Diretrizes Curriculares de Matemática para a
Educação Básica do Estado do Paraná,
“O ensino da Matemática trata a construção do conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos devem ser apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos e também influenciar na formação do pensamento humano e na produção de conhecimentos por meio das idéias e das tecnologias.”
Segundo Borba (1999), no contexto da Educação Matemática, os ambientes de
aprendizagem gerados por aplicativos informáticos podem dinamizar os conteúdos
curriculares e potencializar o processo de ensino e da aprendizagem voltados à
“Experimentação Matemática” com possibilidades do surgimento de novos conceitos e novas
teorias matemáticas.
As Diretrizes Curriculares de Matemática ressaltam ainda que os recursos tecnológicos
sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm
favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de
problemas.
Borba e Penteado (2005) consideram as ferramentas tecnológicas interfaces
importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Destacam que abordar
atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da
disciplina, que é a experimentação.
De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes desenvolvem argumentos e
conjecturas relacionadas às atividades com as quais se envolvem e que são resultados dessa
experimentação.
Torna-se necessário, portanto, buscar meios como softwares matemáticos, e avaliar o
potencial de cada um deles para o trabalho pedagógico. Por meio dos softwares educacionais
de modelagens ou simulação, os alunos podem ser estimulados a explorar idéias e conceitos
matemáticos, antes difíceis de construir com lápis e papel, proporcionando assim, condições
para descobrir e estabelecer relações matemáticas.
Conforme Gravina e Santarosa (1998), “as novas tecnologias oferecem instâncias
físicas em que a representação passa a ter caráter dinâmico, e isto tem reflexos nos processos
cognitivos, particularmente no que diz respeito às concretizações mentais.”
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Como vimos, os pesquisadores apontam a necessidade de o computador ser utilizado
nas escolas como ferramenta pedagógica. No entanto, nos sentimos despreparados para essa
nova realidade escolar.
Existem diversos softwares matemáticos que podem ser utilizados pelo professor para
enriquecer a aprendizagem. Dentre eles, citamos Cabri-Géomètre, GeoGebra, Winplot, Régua
e Compasso, entre outros.
Por ser um software gratuito, com versão em português e funcionar na plataforma
Linux, optamos por apresentar neste trabalho atividades matemáticas utilizando o software
Geogebra (disponível em www.geogebra.org).
Criado pelo prof. Dr. Markus Hohenwarter da Flórida Atlantic University, em 2001, o
Geogebra é um software de matemática dinâmica para ser utilizado em Educação Matemática
nas escolas de Ensino Fundamental, Médio e Superior que reúne geometria, álgebra e cálculo.
O Geogebra é um software disponível na rede para Download e escrito em linguagem Java.
Foi traduzido para o português por J. Geraldes e é objeto de estudos de um ex-aluno da
Universidade Estadual de Maringá, Humberto José Bortollossi.
Segundo Hohenwarter (2007), idealizador do software, “a característica mais
destacável do Geogebra é a percepção dupla dos objetos: cada expressão na janela de Álgebra
corresponde a um objeto na Zona de Gráficos e vice-versa”.
Por um lado o Geogebra possui todas as ferramentas tradicionais de um software de
geometria dinâmica: pontos, segmentos, retas e seções cônicas. Por outro lado, equações e
coordenadas podem ser inseridas diretamente. Assim, o Geogebra tem a vantagem didática de
apresentar, ao mesmo tempo, duas representações diferentes de um mesmo objeto que
interagem entre si: sua representação geométrica e sua representação algébrica.
É mais uma ferramenta que pode oferecer a oportunidade de dinamizar e consolidar o
trabalho pedagógico em matemática.
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UM POUCO SOBRE GEOGEBRA
Figura 1 Fonte: www.augusta-neves.net
A proposta deste trabalho é apresentar uma breve introdução às ferramentas do
software Geogebra versão 3.0, auxiliando o leitor que não tem familiaridade no manuseio
destas ferramentas e propor algumas atividades para serem realizadas com a ajuda do
software. Outras informações poderão ser obtidas no menu Ajuda do programa (em inglês) ou
no endereço eletrônico www.geogebra.org, onde também é possível fazer o download do
programa. No site estão todas as informações sobre instalação e ajuda.
Esta primeira parte do material foi inspirada na apostila que esta disponível em:
http://www.es.cefetcampos.br/softmat/atividades1/geogebra.pdf
A tela do Geogebra
A figura abaixo representa a tela do Geogebra:
FERRAMENTAS
JANELA DE GRÁFICOS
JANELA DE ÁLGEBRA
LINHA/ENTRADA DE COMANDOS
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A barra de ferramenta do Geogebra está dividida nas janelas apresentadas abaixo:
Cada janela contém várias ferramentas, para selecionar uma função, devemos clicar
sobre uma das janelas, lado direito inferior sobre a setinha, e arrastar o cursor para baixo,
quando a função desejada estiver selecionada é só dar um clique.
Algumas dicas • O item Desfazer no menu Editar é uma ferramenta muito usada para anular as últimas
operações, pode-se usar também no teclado ctrl+z (desfazer) e ctrl+y (refazer), esta
opção também é encontrada no canto superior da tela .
• Cada vez que selecionamos uma ferramenta, o Geogebra dá informações de como
proceder para utilizá-la.
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• O menu “Exibir – Protocolo de Construção“ fornece uma tabela listando todos os
passos que você tomou fazendo sua construção. Ele serve para revisar a construção
passo a passo utilizando as teclas de seta.
Apresentaremos algumas atividades básicas para a familiarização com as principais funções
do Geogebra.
Atividade 1
1- Nesta atividade serão utilizados a Janela de Álgebra, o Eixo e a Malha. No menu
Exibir aparece essas três funções, sempre que precisar, você poderá ativá-las ou
desativá-las.
2- Para criar um ponto selecione a ferramenta novo ponto , e dê um clique na área
de trabalho. Marque no plano cartesiano cada um dos seguintes pontos: A (2, 1); B (8,
1); C (8, -2) e D (2, -2). Outra forma de marcar os ponto e digitá-los na Caixa de
Entrada da seguinte forma: A=(2,1) e teclar Enter.
3- Mude a cor dos pontos. Para mudar a cor do ponto, clique sobre ele com o lado direito
do mouse, selecione a opção Propriedades e em seguida a opção Cor. No lado
esquerdo dessa janela aparecem os pontos. Clique neles, um a um, e na cor desejada.
Para a operação ser concluída, clique em Fechar.
4- Utilizando a ferramenta polígono , clique sobre os pontos e forme o Polígono
ABCD. Lembre-se de fechar o polígono no ponto A.
5- Para mudar a cor do polígono, repita o procedimento utilizado para mudar a cor dos
pontos, clicando dentro do polígono com o lado direito do mouse.
6- Observe a janela de álgebra. Os dados do polígono também mudaram de cor. O objeto
Poly1 traz a medida da área do Polígono P. Os objetos a, b, c, d, são as medidas dos
lados deste polígono.
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7- A intensidade da cor do preenchimento do polígono pode ser alterada, clique dentro
dele com o lado direito do mouse, a seguir, clique em Propriedades escolha a opção
Estilo, movimente com o mouse a seta de Preenchimento que pode intensificar ou
diminuir sua cor.
8- Para mover ou arrastar um objeto, selecione a ferramenta mover , clique no
polígono e arraste para o local desejado. Agora clique sobre um dos pontos e mova.
Clique sobre um dos lados e mova.
9- Caso queira salvar a atividade realizada, abra o menu Arquivo clique na opção Gravar.
Atividade 2
1- Abra um arquivo novo clicando em Arquivo, na janela que surge selecione Novo.
2- Nesta atividade, não utilizaremos a Janela de Álgebra, Malha e nem o Eixo. A Janela
de Álgebra também pode ser fechada, clicando no x que aparece em seu canto superior
direito.
3- Construa uma reta utilizando a ferramenta Reta definida por dois pontos ,
selecione a ferramenta e depois clique em dois lugares quaisquer no plano.
4- Renomeie os pontos A e B para C e D. Para isso, clique sobre o ponto com o lado
direito do mouse, abrirá uma janela, selecione a opção Renomear. Digite a letra que
você identificará o ponto e clique em Aplicar.
5- Nomine a reta como r. Se a letra não aparecer, clique com o lado direito do mouse
sobre a reta e selecione Exibir rótulo.
6- Mude a cor da reta. (Use o mesmo procedimento utilizado para mudar a cor dos pontos
e do polígono).
7- Modifique a espessura da reta. Clique sobre ela com o lado direito do mouse, selecione
Propriedades e na função Estilo podemos aumentar ou diminuir a espessura da reta
movendo a seta correspondente. Também nesta janela pode-se mudar o estilo da reta
para pontilhado.
8- Construa um novo ponto fora da reta e represente-o pela letra P.
9- Construa uma reta paralela à reta r passando pelo ponto P. Clique na ferramenta Reta
paralela , a seguir clique na reta r e no ponto P (ou vice-versa).
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10- Movimente a reta r clicando em um de seus pontos e observe o que acontece com a
reta paralela.
Atividade 3
1- Abra um arquivo novo.
2- Para esta atividade, não utilizaremos a Janela de Álgebra e o Eixo.
3- Selecione a opção Segmento definido por dois pontos e construa o segmento
AB, nomine como a.
4- Marque o ponto médio deste segmento. Selecione a opção Ponto médio ou centro
e clique nos pontos A e B.
5- Trace uma reta perpendicular ao segmento AB, passando pelo ponto médio C.
Selecione a ferramenta Reta perpendicular ,clique no segmento e no ponto C.
6- Desenhe um triângulo ao lado da reta criada. Selecione a opção Polígono .
7- Para Construir um triângulo congruente a este. Selecione a opção Reflexão com
relação a uma reta . Clique sobre o triângulo construído e depois sobre a reta.
Aparecerá um triângulo congruente ao primeiro.
8- Mude sua cor.
9- Observe na Janela de Álgebra e compare as medidas dos lados dos dois triângulos.
10- Movimente a reta e os triângulos.
Atividade 4
1- Abra um arquivo novo.
2- Nesta atividade, não utilizaremos as opções Janela de Álgebra e Eixo.
3- Construa duas semi-retas de mesma origem. Selecione a opção Semi-reta definida por
dois pontos . Clique em dois pontos distintos na área de trabalho. Usando o
mesmo procedimento, construa a semi-reta AC.
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4- Marque o ângulo formado pelas duas semi-retas. Selecione a ferramenta Ângulo
e clique sobre os pontos no sentido horário.
5- É importante destacar que duas semi-retas, determinam dois ângulos, e que para
marcar o ângulo interno você deve selecionar a ferramenta Ângulo e clicar nos pontos
no sentido horário, BÂC (como ilustra a figura abaixo), o segundo ponto sempre será
o vértice. Caso queira marcar o ângulo externo você deverá clicar nos pontos CÂB,
nesta ordem.
6- Movimente os pontos para aumentar ou diminuir o ângulo.
Atividade 5
1- Abra um arquivo novo
2- Nesta atividade, utilizaremos a Janela de Álgebra. Desative a opção Eixo.
3- Construa um triângulo qualquer.
4- Marque os ângulos internos desse triângulo.
5- Clique com o cursor na caixa de comando Entrada que fica no canto inferior esquerdo
da Janela. Digite a soma α+β+γ e pressione a tecla Enter. Essas letras encontram-se à
direita desta entrada. Dê um clique na letra correspondente a um dos ângulos e esta
aparecerá na caixa de entrada.
6- Observe que na janela de álgebra aparecerá a soma δ que é o valor de α+β+γ .
7- Mova os vértices e observe os ângulos na janela algébrica.
Atividade 6
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1- Abra um arquivo novo.
2- Nesta atividade utilizaremos a Janela de Álgebra e o Eixo.
3- Digite na caixa de entrada a função F(x)=-2x-1 e pressione a tecla Enter. Surgirá o
gráfico na área de trabalho e sua função na janela algébrica.
4- Mude a cor da reta.
5- Digite na caixa de entrada G(x)=x^2+6x+1e pressione a tecla Enter. Sempre que for
digitar um expoente digite o acento (^) antes.
6- Para ajustar a posição do gráfico, selecione a opção , Deslocar eixo. Com essa
ferramenta selecionada é só clicar na área de trabalho que você moverá toda a área de
trabalho e não apenas a figura.
7- Com a ferramenta Interseção de dois objetos ativada, clique sobre a parábola e
depois na reta.
8- Aparecerão na Janela algébrica as coordenadas destes pontos.
Atividade 7
1- Construa um hexágono, selecione a ferramenta , polígono regular, e clique em
dois pontos no plano, na janela que abrirá digite 6 que é o número de lados do
polígono.
2- Trace a mediatriz do lado AB do hexágono. Utilize a ferramenta Mediatriz e
clique sobre os pontos A e B. Com o mesmo procedimento construa a mediatriz do
lado BC.
3- Marque a interseção dessas duas mediatrizes. Renomeie esse ponto de interseção para
O (centro do polígono)
4- Selecione a ferramenta Circulo definido pelo centro e um de seus pontos . Clique
no ponto O e sobre um dos vértices do polígono.
5- Para esconder as mediatrizes, clique com o lado direito do mouse sobre a mediatriz e
selecione Exibir objeto.
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6- Para construir uma circunferência com um raio determinado, utilize a ferramenta
Segmento definido por dois pontos e clique em dois pontos quaisquer na área
de trabalho. Esta medida corresponde a abertura de um compasso (raio).
7- A medida deste segmento pode ser apresentada também com seu valor, para isso
clique com o lado direito do mouse selecione Propriedades e na função Exibir rótulo
selecione Nome & Valor. Aparecerá o rótulo i seguido de sua medida.
8- Construa uma circunferência usando a ferramenta circulo dados centro e raio ,
clique sobre um ponto qualquer fora do polígono e digite i na janela que abrirá
pedindo a medida do raio.
9- Com a ferramenta Mover clique em um dos pontos do segmento i e ajuste a medida
que desejar. Observe o que acontece com o circulo.
10- Vamos transportar o polígono para um documento qualquer (Word).
11- Você pode ajustar o polígono na posição e tamanho que quiser antes de transportá-lo,
basta clicar em Mover, e clicar nos pontos em azul, que são objetos livres da
construção. Com este botão selecionado também é possível mover os rótulos dos
objetos.
12- Você também pode ampliar ou reduzir as figuras com os botões e
respectivamente, após selecionar os botões é só clicar na área de trabalho, você estará
alterando toda a área de trabalho e não só a figura.
13- Para ajustar a posição, você ainda tem a opção , Deslocar eixo, com essa
ferramenta selecionada é só clicar na área de trabalho e arrastar que moverá toda a
área de e não apenas a figura.
14- Selecione a figura que será transportada (polígono). Para isso clique na ferramenta
, clique em um ponto próximo a figura e arraste o cursor formando um retângulo
onde a figura ficará inscrita.
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15- Com o polígono selecionado abra o menu Arquivo, selecione a opção Exportar e
depois clique em Copiar para a área de transferência.
16- Feito isso é só abrir o documento para onde a figura será transportada, e pressionar as
teclas Ctrl+V ou a opção Colar.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.E. – Proinfo: Informática e formação de professores / Secretaria de Educação a Distância. vol. 1 e 2, Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2000.
BORBA, M.C.- Tecnologias informáticas na educação matemática e reorganização do pensamento. In: BICUDO, M.A.V. (org.). Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999. p.285 – 295.
BORBA, M.C. & PENTEADO, M.G.– Informática e Educação Matemática, Belo Horizonte: autêntica, 2005.
CEFET- Centro Federal de Educação Tecnológicas de Campos. Software GeoGebra, disponível em: http://www.es.cefetcampos.br/softmat/atividades1/geogebra.pdf.
GRAVINA, M. A.; SANTAROSA, L. M.- A aprendizagem da Matemática em Ambientes Informatizados. IV Congresso RIBIE. Brasília. 1998. Disponível em: <http://euler.mat.ufrgs.br/~edumatec/artigos/a1.pdf >. Acesso em: 04/05/2007
HOHENWARTER, Markus - GeoGebra Quickstart: Guia rápido de referência sobre o GeoGebra, disponível em: <http://www.mtm.ufsc.br/~jonatan/PET/geogegraquickstart_pt.pdf>. Acesso em: 20/06/2007.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2006.
VALENTE, J.A. – O computador na sociedade do conhecimento, Campinas, SP:
UNICAMP/NIED, 1999.
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ÂNGULOS, RETAS E PARÁBOLA
Silvia Vilela de Oliveira Rodrigues1
Márcia Maioli2
Apresentaremos aqui uma sugestão de atividades para trabalhar os seguintes
conteúdos: ângulo reto e retas perpendiculares, retas paralelas, bissetriz, mediatriz e a
construção da parábola. Este material fará parte de um caderno pedagógico elaborado pelo
grupo de professores PDE da disciplina de matemática da UEM.
ÂNGULO RETO E RETAS PERPENDICULARES
O ângulo reto é encontrado em inúmeras aplicações práticas, como no encontro de
uma parede com o chão, os pés de uma mesa em relação ao seu tampo, caixas de papelão,
esquadrias de janelas, etc.
Percebemos que muitos dos livros didáticos que consultamos voltados para o Ensino
Fundamental, os autores abordam o ângulo reto enfocando a sua medida.
Observem as definições encontradas:
“Um ângulo de medida igual a 90° é chamado ângulo reto” (BONGIOVANNI, 1997)
“O ângulo reto é aquele cuja medida é 90°.” (DI PIERRO NETTO, 2002)
“Um ângulo é denominado ângulo reto quando a sua medida vale metade da medida
do ângulo de meia-volta, ou seja, 90°.” (GIOVANNI, 2002)
O objetivo desta atividade é abordar o conceito de ângulo reto e retas perpendiculares
com a ajuda do software Geogebra, sem o uso de medidas, proporcionando a compreensão do
deste objeto matemático.
Atividade 1:
1- Nesta atividade não é necessário a janela algébrica e nem os eixos das ordenadas.
2- Construir uma reta r definida por dois pontos, não vertical. Nominar a reta r e os pontos
A e B.
3- Marcar um ponto C, acima de r. Construir a reta s passando por A e C.
1 Professor da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná e-mail: [email protected] 2 Professor do CRC/UEM e-mail: [email protected]
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4- Marcar sobre r um ponto D de forma que A fique entre B e D.
5- Marcar sobre s um ponto E, de forma que A fique entre C e E.
6- Quantos ângulos você observa?
7- Notamos a formação de quatro ângulos de vértice A, que chamaremos de: BÂC, CÂD,
DÂE e EÂB.
8- Marcar todos os ângulos formados pelo encontro dessas retas. Para isso, selecionar a
ferramenta ângulo , clicar sobre os pontos B, A e C nesta ordem, ou seja, no sentido
horário, para formar o ângulo BÂC, use o mesmo procedimento para: CÂD, DÂE e EÂB.
É importante que não apareça as medidas dos ângulos, caso esteja aparecendo, basta
clicar com o botão direito do mouse sobre a medida do ângulo e tirar a seleção de “exibir
rótulo”.
B
r
s
9- Comparar os ângulos dois a dois utilizando a ferramenta relação entre dois objetos
. Para isso selecionar a ferramenta, clicar em um ângulo e depois em outro ângulo
qualquer.
10- Com a ferramenta Mover selecionada clicar sobre o ponto C para mover a reta s. Mover a
reta s, de forma que o ponto C permaneça acima da reta r, e fazer novamente a
comparação. Descrever o que você observou.
11- Tente fazer com que os quatro ângulos fiquem congruentes, movendo a reta s. Comprovar
a igualdade com a ferramenta relação entre dois objetos .
12- Marcar um ponto F em qualquer lugar sobre a reta r.
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13- Construir uma reta t perpendicular a r passando por F.
14- Para determinar os ângulos formados pelas retas r e t é necessário marcar os pontos G e
H sobre reta r de forma que F fique entre eles, e I e J sobre a reta t com F entre I e J.
15- Marcar todos os ângulos formados pelo encontro da reta t e a reta r.
16- Comparar os ângulos dois a dois entre si.
17- Enunciar com suas palavras o que você observou.
18- Observar em sua sala de aula e verificar se você encontra coisas que dão a idéia de ângulo
reto.
19- Você conhece alguma figura geométrica que apresenta os quatro ângulos retos?
Orientações didáticas:
Abrir uma discussão com as observações apresentadas pelos alunos levando-os a
perceber que:
- Como observamos na atividade dois ângulos opostos pelo vértice são congruentes, mas só
podemos afirmar que esta propriedade vale para todos os ângulos opostos pelo vértice, porque
os matemáticos já comprovaram este fato.
- Quando duas retas se interceptam, formando quatro ângulos congruentes, dizemos que estas
retas são perpendiculares. E que esses ângulos são denominados “ângulos retos”.
- A posição do ponto C acima da reta, foi uma convenção para facilitar a orientação da
atividade. E no item 10, quando se pede para que ele permaneça acima da reta, é pelo fato de
que os ângulos formados, quando as retas se cruzam se sobrepõem, o que não nos interessa
discutir nesta atividade.
RETAS PARALELAS
O objetivo desta atividade é construir as retas paralelas no Geogebra de forma que se
entenda o seu conceito.
Atividade 2:
1. Traçar uma reta a usando a ferramenta reta definida por dois pontos, clique em dois
pontos quaisquer no plano. Oculte os pontos.
2. Marcar um ponto P sobre a reta a.
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3. Selecionar a ferramenta segmento definido por dois pontos e clicar em dois pontos
quaisquer fora da reta a. Nominar esse segmento como b. Esta será a medida do raio da
circunferência que iremos construir. Como se fosse a abertura de um compasso.
4. Construir um Círculo dados centro e raio com centro em P e raio b. Clicar em P e
digitar b na janela que abrirá pedindo a medida do raio.
5. Marcar a interseção entre o círculo e a reta como E e F.
6. Construir uma circunferência usando a ferramenta Circulo dados centro e raio, com
centro em E e raio b.
7. Fazer a mesma construção só que com o centro em F e raio b.
8. Marcar a interseção da primeira circunferência com as duas novas circunferências.
9. Trace uma reta s passando pelos dois pontos de interseção que estão acima da reta a, ou
se preferir sobre os dois pontos de interseção que estão abaixo da reta a.
10. Ocultar as circunferências.
11. Selecionar a ferramenta mover e clicar sobre um dos pontos do segmento de reta b, e
mover este ponto. O que acontece com as retas?
12. Marcar um ponto K sobre a reta a.
13. Traçar uma reta perpendicular a reta a passando pelo ponto K.
14. Marcar o ponto de interseção da reta perpendicular com a reta s. Nominar esse ponto
como L.
15. Ocultar a reta perpendicular.
16. Construir um segmento de reta h de K a L.
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17. Vamos determinar a distância entre essas retas. Selecionar a ferramenta Distância ou
comprimento e clicar sobre o segmento de reta h.
18. Mover o segmento h. O que se pode observar?
19. Podemos conjecturar que essa distância vai se manter por toda a extensão das retas, ou
será que as retas se encontram em algum ponto no infinito?
20. Comparar a reta s construída com a reta r, usando a ferramenta .
21. A reta s construída é paralela a reta r. Com suas palavras registre o que a construção
sugere que seja duas retas paralelas.
Orientações didáticas: - Pode-se iniciar a atividade questionando os alunos se já ouviram a expressão “ruas
paralelas”.
- Após atividade realizada incentivar os alunos, para que apresentem o que entenderam por
retas paralelas. Em seguida à discussão, formalizar o conceito de retas paralelas.
“Duas retas são denominadas paralelas quando não se interceptam.” (GERÔNIMO, 2005)
- Depois de construído e formalizado o conceito de paralelas, informar que o Geogebra
apresenta esta ferramenta, que poderá ser utilizada em futuras construções.
- Sugerimos que essa atividade seja realizada primeiramente com régua e compasso na sala de
aula.
BISSETRIZ DE UM ÂNGULO
O objetivo desta atividade é levar o aluno a compreensão do conceito de bissetriz a
partir de sua construção no Geogebra.
Atividade 3:
1- Abrir um arquivo novo, desativar o Eixo e a Janela Algébrica.
2- Primeiro vamos construir um ângulo qualquer AÔB.
3- Marcar dois pontos na área de trabalho. Nominar como O e A.
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4- Traçar uma Semi-reta partindo de O e passando por A.
5- Construir uma circunferência de centro em O passando por A.
6- Marcar um ponto B sobre a circunferência.
7- Construir a semi-reta b, partindo do centro O passando por B. Temos a garantia de que o
ponto A e B eqüidistam de O? Por quê?
8- Ocultar a circunferência.
9- Construir uma circunferência com centro em A e raio AB .
10- Da mesma forma, construir uma circunferência com centro em B e raio BA .
11- Marcar a interseção entre essas duas novas circunferências. Criando os pontos C e D.
12- Ocultar também essas circunferências.
13- Traçar uma semi-reta f de O a um desses pontos de interseção, ou C ou D (caso um deles
esteja fora do ângulo AÔB, utilizar o que está entre AÔB.).
14- Marcar o ângulo formado pelas semi-retas a e f e da mesma forma das semi-retas f e b.
Depois de selecionada a função ângulo, basta clicar na semi-reta a e f e depois f e b.
15- O que se pode afirmar desses ângulos quando comparados?
16- Marcar o ângulo AÔB. Caso os rótulos não fiquem visíveis, selecionar a ferramenta
mover e ajustá-los em uma posição melhor.
17- Observar que o ângulo AÔB está dividido pela semi-reta f em dois ângulos. O que se
pode afirmar com relação ao ângulo AÔB e esses dois ângulos?
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18- Selecionar a ferramenta mover, clicar no ponto A e mover a semi-reta a. Comparar
novamente os ângulos.
19- A semi-reta f é chamada de bissetriz do ângulo AÔB. Com suas palavras, registre o que a
construção sugere que seja a bissetriz de um ângulo.
Orientações didáticas:
- Incentivar os alunos a apresentarem seus próprios conceitos. Em seguida à discussão,
formalizar o conceito de bissetriz.
“Bissetriz de um ângulo AÔB é a semi-reta OC , que divide o ângulo em dois ângulos de
mesma medida.” (BONGIOVANNI, 1997)
- Pode ocorrer que a soma AÔC+CÔB não corresponda exatamente a AÔB. Pelo fato de que
o Geogebra usa aproximação das casas decimais.
- Depois de construído e formalizado o conceito de bissetriz, informar que o Geogebra
apresenta esta ferramenta, que poderá ser utilizada em futuras construções.
- Observação: a ferramenta bissetriz no Geogebra quando acionada, nos dá a representação de
uma “reta”, dividindo o ângulo interno em duas partes congruentes.
- Após esta atividade, como sugestão, os alunos poderiam ser desafiados a dividir um ângulo
qualquer em quatro ângulos iguais.
- Sugerimos que essa atividade seja realizada primeiramente com régua e compasso na sala de
aula.
MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO
O objetivo desta atividade é levar o aluno à compreensão do conceito de Mediatriz
com a ajuda do software Geogebra e, a partir da construção discutir suas propriedades.
Atividade 4:
1- Abrir um arquivo novo, desativar o Eixo.
2- Traçar um Segmento definido por dois pontos: A e B.
3- Marcar o ponto médio deste segmento. Nominar como ponto C.
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4- Traçar uma reta perpendicular ao segmento, passando por C. Nominar como reta b.
5- Marcar sobre a reta b um ponto D.
6- Utilizar a ferramenta segmento definido por dois pontos e traçar os segmentos AD e BD .
Nominar estes segmentos como c e d, respectivamente.
7- É possível observar alguma relação entre esses dois segmentos?
8- Comparar os segmentos c e d, utilizando a ferramenta Relação entre dois objetos.
9- O que você observou? Será que isso ocorreria se o ponto D estivesse localizado em outra posição
na reta b?
10- Mover o ponto D e observar os segmentos c e d na Janela Algébrica.
11- Levar em conta que, quando o ponto D se desloca sobre a reta, ele estará representando a posição
de qualquer ponto desta reta, logo podemos conjecturar que a propriedade observada deve ser
atribuída a qualquer ponto da reta. Registrar o que se observa dos pontos da reta em relação aos
pontos extremos A e B do segmento.
12- Marcar o ângulo formado pelo segmento AB e a reta b.
13- Mover o ponto A e observar o que acontece com o ângulo.
14- Esta reta b é chamada de Mediatriz do segmento AB .
15- Escrever com suas palavras o que a construção sugere que seja a Mediatriz de um segmento.
Orientações didáticas: - Antes de iniciar a atividade, o professor pode abrir uma discussão sobre o que o nome
sugere que seja a Mediatriz de um segmento investigando o conhecimento prévio dos alunos.
- É importante que o professor retome o conceito de reta perpendicular e ponto médio.
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- Após a atividade realizada, incentivar os alunos a apresentarem seus próprios conceitos. Em
seguida à discussão formalizar o conceito de mediatriz que para BARBOSA (2006):
Chamamos de Mediatriz de um dado segmento à reta perpendicular ao segmento passando
pelo seu ponto médio. E que todos os pontos desta mediatriz eqüidistam dos extremos desse
segmento.
- Depois de construído e formalizado o conceito de mediatriz, informar que o Geogebra
apresenta esta ferramenta, que poderá ser utilizada em futuras construções.
CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA
Em geral, os livros didáticos, por exemplo, MARCONDES (1998), PAIVA (1999)
entre outros apresentam a definição de função quadrática de maneira formalizada e sem
muitas aplicações e apenas cita que o seu gráfico é representado por uma curva chamada
parábola. A definição de parábola só é apresentada nos livros didáticos quando é abordado o
conteúdo de geometria analítica ao final do curso do Ensino Médio.
O objetivo desta atividade é definir e construir a parábola com a ajuda do software
Geogebra.
Apresentaremos algumas definições de parábola:
“A parábola é a curva obtida através da intersecção de um cone e
um plano secante paralelo a uma e somente uma geratriz do cone.”
(SILVA, IN Revista do professor de matemática, 1985).
Se você consultar o Novo Dicionário Brasileiro Melhoramentos -
7ª edição obterá a seguinte definição para a parábola: "Curva plana, cujos pontos são eqüidistantes
de um ponto fixo (foco) e de uma reta fixa (diretriz) ou curva resultante de uma secção feita num
cone por um plano paralelo à geratriz” (1992.p.377). Esta definição não está distante da realidade
do rigor matemático.
Para MACHADO (1986), “Denominamos parábola ao lugar geométrico dos pontos de
um plano que são eqüidistantes de uma reta dada d e de um ponto dado F, F∉d, do plano”.
Atividade 5:
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Em pesquisa na internet encontramos um tutorial do software de geometria Régua e
Compasso, elaborado pelo prof. Humberto José Bortolossi. Na animação era apresentada a
construção da parábola. Com base nesta animação construiremos a parábola no software
Geogebra.
Partindo da definição de parábola, apresentaremos a seguir os passos desta construção.
1- Construir uma reta d (diretriz) definida por dois pontos A e B. Nominar a reta e ocultar os
pontos.
2- Marcar um ponto F(foco), fora de d.
3- Marcar um ponto D sobre a reta d. Observe que é possível mover o ponto D, mas somente
sobre a reta d.
4- Construir a mediatriz dos pontos F e D.
5- Construir uma reta perpendicular a d passando pelo ponto D.
6- Marcar a interseção da reta perpendicular a d e a mediatriz dos pontos F e D. Renomear
esse ponto como P.
d
7- Mover o ponto D sobre a reta e observar que a trajetória do ponto P é de uma curva, para
obter um traço nesta trajetória, basta clicar com o lado direito do mouse sobre o ponto P e
selecionar a função habilitar traço.
8- Outra forma de obter a curva é selecionando a ferramenta lugar geométrico e
clicar sobre o ponto P e depois sobre o D.
9- Se você mover o foco F para o outro lado da diretriz d, o que acontece com a parábola?
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Orientações didáticas:
- Discutir com os alunos se é correto afirmar que esta curva trata-se de uma parábola? Por
quê?
- Retomar a definição, chamando a atenção para o lugar geométrico dos pontos. De fato eles
eqüidistam do foco e da diretriz? O que nos garante isso?
- Se necessário apresentar as propriedades de mediatriz.
Essa curva é uma parábola, pois se trata de um lugar geométrico cujos pontos eqüidistam do
foco F e da diretriz d.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades contidas neste trabalho foram realizadas individualmente e foram
testadas pelo grupo de professores orientados pela professora MS. Márcia Maioli.
Verificamos que a aprendizagem, de qualquer conceito matemático, fica facilitada
quando este é visualizado, manipulado e apresentado de forma dinâmica. Percebemos que o
software Geogebra proporciona ao aluno a oportunidade de conjecturar sobre o que está sendo
construído na tela do computador, pois este permite movimentar as construções realizadas,
quando apenas o uso de régua e compasso não permite.
Nenhuma das atividades apresentadas foi testada com alunos. A proposta é trabalhar
com elas em 2008 na intervenção na escola, momento em que elas poderão ser alteradas.
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REFERÊNCIAS
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria Euclidiana. Coleção do Professor de Matemática. Rio de Janeiro, RJ: Sociedade Brasileira de Matemática, 2006.
BONGIOVANNI, Vincenzo; VISSOTO LEITE, Olímpio Rudinim; LAUREANO, José Luiz Tavares. Matemática Vida. São Paulo-SP: Editora Ática, 1997
DI PIERRO NETTO, Scipione; SOARES, Elizabeth. Matemática em atividades. São Paulo: Editora Scipione, 2002.
GERÔNIMO, João Roberto; FRANCO, Valdeni Soliani. Geometria Plana e Espacial: Um Estudo Axiomático. Maringá, PR: Massoni, 2005.
GIOVANNI, José Ruy; PARENTE, Eduardo. Aprendendo matemática: novo. São Paulo, SP:FTD, 2002.
MACHADO, Antônio dos Santos. Matemática, Temas e Metas. São Paulo: Atual,1986.
MARCONDES DOS SANTOS, Carlos Alberto; GENTIL, Nelson; GRECO, Sérgio Emílio. Matemática para o Ensino Médio. Volume único. São Paulo: Editora Ática, 1998.
MELHORAMENTOS: Dicionário da Língua Portuguesa. 7ª Edição. São Paulo: Melhoramentos, 1992. P.377.
PAIVA, Manoel. Matemática. Volume único.1. edição. São Paulo: Moderna, 1999.
SILVA, Geni Schulz. Por que elipse, parábola e hipérbole? Revista do Professor de Matemática, n° 7, 1985, p. 43-44.
TUTORIAL 13, Régua e Compasso. Disponível em: http://www.professores.uff.br/hjbortol/car/tutorial/3.8/car-tutorial-12-gif/car-tutorial-12-main-gif.html. acesso dia 11/06/2007