Ab ciber distribuição e circulação de música nas redes sociais

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ABCiber 2010 http://labcult.blogspot.com/ Distribuição e circulação de música nas redes sociais online Universidade Federal Fluminense LabCult/UFF – Laboratório: Culturas Urbanas & Tecnologias Beatriz Polivanov Jefferson Chagas Lucas Waltenberg Gabriela Miranda

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Apresentação mesa ABCiber 2010 - Beatriz Polivanov

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Distribuição e circulação de música nas redes sociais online

Universidade Federal Fluminense

LabCult/UFF – Laboratório:

Culturas Urbanas & Tecnologias

Beatriz Polivanov Jefferson Chagas

Lucas Waltenberg Gabriela Miranda

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:Resumo , Crise da indústria fonográfica modelos alternativos de

distribuição e difusão de música e o embaçamento da fronteira que separa amadores e profissionais são os

pressupostos principais que dão fôlego à discussão . “ dos trabalhos A mesa Distribuição e circulação de

música nas redes sociais online” , pretende investigar a , partir dos quatro trabalhos apresentados o caráter de , difusão da música gravada atualmente pela Internet . focando nas redes sociais na Internet Compõem a

mesa os seguintes papers: Distribuição de música : eletrônica em sites de redes sociais o

autogerenciamento de produtores e DJs ( . ), B Polivanov : Ouvintes de rádio conectados na web investigando os diferentes usos das redes sociais pelas emissoras Oi

e MPB FM ( . ), J Chagas O funk carioca invade a tela( . ) G Miranda e : Bed Intruder Song cultura do amador e

circulação de música por redes sociais online ( . L).Waltenberg

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Propos ta da

mesa

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DISTRIBUIÇÃO DE MÚSICA ELETRÔNICA EM SITES DE REDES

SOCIAIS: O AUTOGERENCIAMENTO DE PRODUTORES E DJs

Beatriz PolivanovDoutoranda UFF

[email protected]

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Contexto • Indústria fonográfica: últimos anos surgimento e ampla

utilização da Internet (web 2.0) série de reconfigurações afetam toda a cadeia de produção, distribuição, circulação e consumo de música (PERPÉTUO, 2009).

• Eixo distribuição/circulação: antes = poucas grandes gravadoras (majors); controle da distribuição musical.hoje = cenário + complexo; sujeitos – mesmo os tidos como profissionais – parecem não depender mais de grandes (ou mesmo pequenas) empresas para fazer circular seu material de trabalho musical, num processo marcado pelo autogerenciamento.

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Contexto• Sites de redes sociais (SRS) cada vez mais

usados por produtores musicais para distribuir, divulgar e fazer circular suas músicas, sejam aquelas lançadas por gravadoras ou não.

• Produtores e DJs de música eletrônica: utilização dos SRS nesse processo tornou-se praticamente indispensável.

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Questão principal• Buscar entender como esses sujeitos se

apropriam de diferentes SRS para distribuir e fazer circular seus trabalhos.

Questões secundárias• Quais as especificidades dos diferentes SRS?• Como estão entrelaçadas as redes de contatos

nos SRS (há interconexões)?

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Pressupostos• SRS possuem objetivos e funcionalidades

distintas, o que leva os sujeitos a agenciar essa distribuição de maneiras específicas em cada um deles.

• Devido aos modos como são apropriados os SRS, as redes de contatos dos mesmos sujeitos variam em cada um desses ciberespaços, o que está intrinsecamente ligado às diferentes escolhas de como fazer a distribuição de certas tracks (faixas musicais) e sets (conjunto de músicas mixadas) em cada site.

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Fundamentação teórica“Definimos sites de rede social como serviços baseados na web que permitem aos indivíduos (1) construírem um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema interligado, (2) articular uma lista de outros usuários com eles dividem uma conexão, e (3) olhar e atravessar suas listas de conexões e aquelas feitas por outros dentro do sistema. A natureza e a nomenclatura dessas conexões podem variar de site para site” (BOYD E ELLISON, apud AMARAL E DUARTE, 2008, p. 272).

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Fundamentação teóricaRecuero (2009): o diferencial mais importante entre sites de redes sociais e outras formas de comunicação mediada pelo computador é a maneira como os primeiros expõem os laços sociais entre seus atores, ou seja, como “permitem a visibilidade e a articulação das redes sociais”, entendendo que sites de redes sociais (SRS) não devem ser confundidos com redes sociais.

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Fundamentação teórica• “Em um artigo sugestivo, Barry Shanks apontou para a utilidade da

noção de ‘cena’ para dar conta da relação entre diferentes práticas musicais se desdobrando dentro de um determinado espaço geográfico (Shanks, 1988). Como ponto de partida, pode-se postular a cena musical como distinta, em maneiras significativas, de noções mais antigas de comunidade musical. A última presume um grupo populacional cuja composição é relativamente estável – de acordo com uma ampla gama de variáveis sociológicas – e cujo envolvimento na música toma a forma da exploração de um ou mais idioma musical tido como enraizado em uma geograficamente específica herança histórica. Uma cena musical, em contraste, é aquele espaço cultural no qual uma gama de práticas musicais coexiste, interagindo uma com a outra dentro de uma variedade de processos de diferenciação, e de acordo com amplamente variadas trajetórias de mudança e entre-fertilização” (STRAW, 1991, p.6).

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Metodologia• Netnografia (SÁ, 2002):

- entrevistas através da CMC com 10 produtores musicais e DJs da cena da música eletrônica de São Paulo;

- observação participante dos atores no SoundCloud, Facebook e Twitter (reportados como os SRS mais usados para distribuição de tracks).

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SoundCloud – We Move MusicSoundCloud lets you move music fast & easy. The platform takes the daily hassle out of receiving, sharing & distributing music for artists, record labels & other music professionals.

Criado por Alexander Ljung e Eric Wahlforss em 2007.

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• “Originalmente, o objetivo do site era permitir que profissionais da música trocarem ideias sobre as composições nas quais estão trabalhando, permitindo uma fácil colaboração e comunicação antes de um lançamento público. Hoje, o site também é utilizado por ouvintes e usuário da web em geral” (wikipedia).

• SRS propriamente dito ou estruturado (RECUERO, 2009).

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• Facebook: lançado em 2004 por Mark Zuckenberg; inicialmente apenas para alunos de Harvard. Hoje: mais de 400 milhões de usuários no mundo inteiro.

• SRS propriamente dito / estruturado.

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• Twitter:

- serviço de microblogging;

- 140 caracteres;

- criado em 2006 por Jack Dorsey, Biz Stone e Evan Williams.

• SRS apropriado.

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Resultados parciais• SoundCloud: site específico para divulgação e

compartilhamento de tracks e sets; é mais usado por sujeitos que tem um envolvimento tido como mais profissional com a música eletrônica (e selos de gravadoras) e, dessa forma, seu uso torna-se quase obrigatório dentre aqueles que querem dialogar e fazer circular suas músicas entre os “entendidos” no assunto.

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Resultados parciais• Facebook e Twitter: redes de contato tanto

profissionais quanto pessoais marcam um lugar de divulgação dos trabalhos menos “sério” em certo sentido (mas também necessário); mistura “amadores” e “profissionais”.

• Uso dos 3 SRS: interligados. Mesmo conteúdo é replicado.

• Redes de contatos: muito similar no Facebook e Twitter; mais “profissional” no SoundCloud.

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• Fala de um dos entrevistados:

“na verdade uso todos eles linkados... tenho uma base de contatos parecidos, mas no Soundcloud tenho acesso aos selos e produtores que às vezes não encontro no Facebook”.

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Resultados parciais• Dimensão do afeto (capital afetivo) parece ser

fundamental no processo de distribuição e circulação das músicas: - comentários de amigos; - muitos “curtir”; - retweets entre atores com laços fortes.

• Laços fracos: importância apenas numérica popularidade e visibilidade.

• Processo de autogerenciamento, mas ainda atrelado a gravadoras e grandes agências.

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Encaminhamentos• Aprofundar análise;

• Realizar mais entrevistas e observação participante;

• Sistematizar / categorizar dados.

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Obrigada! [email protected]