Abaixo a repressão sanguinária de Deng Xiaoping

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  • 7/26/2019 Abaixo a represso sanguinria de Deng Xiaoping

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    Abaixo a represso sanguinria de Deng Xiaoping!

    Por uma revoluo poltica dos trabalhadores naChina!

    [O presente artigo foi originalmente publicado em julho de 1989, pela ento revolucionria

    Tendncia Bolcheviue !Bolshevi" Tendenc#$% &ua tradu'o para o portugus foi reali(ada pelo)eagrupamento )evolucionrio em junho de *+1%]

    A Tendncia Bolchevique condena o criminoso massacre dos manifestantes em Pequim em 4 de junho,perpetrado pelos lderes do Partido Comunista da China (PCC) !ar"istas revolucion#rios denunciam ase"ecu$%es e a continua$&o da repress&o dos tra'alhadores e estudantes chineses, atravs das quais o reimede *en +iaopin almeja reesta'elecer seu controle As a$%es '#r'ara do overno chins e sua venderraemcurso contra aqueles que ousaram questionar o monoplio poltico do PCC s&o viola$%es dos princpios mais'#sicos do socialismo

    A revolu$&o de -.4. trou"e anhos verdadeiros para os tra'alhadores chineses/ o domnio dos senhores deterras, randes capitalistas e imperialistas estraneiros foi derru'ado e a rique0a produtiva do pas foi

    coletivi0ada Todavia, enquanto a revolu$&o arrancou as ra0es do neocolonialismo e erradicou muitos dosescom'ros semifeudais do passado, ela dei"ou os escal%es superiores do PCC de 'ases camponesas com ummonoplio do poder poltico Contrariamente 1 opini&o p2'lica, a 3ep2'lica Popular da China n&o nemnunca foi uma sociedade socialista5, no sentido de !ar" e 6enin Ao invs, ela um Estado operriodeformado overnado por uma 'urocracia stalinista parasit#ria A tarefa de esta'elecer o controle polticodireto da classe tra'alhadora na China continua em a'erto 3evolucion#rios defendem as conquistas sociaisda revolu$&o chinesa, mas ns o fa0emos sa'endo que essa defesa demanda uma revoluo poltica paradestruir a 'urocracia do PCC e para passar o poder poltico para as m&os de conselhos democr#ticos detra'alhadores

    A poderosa e"plos&o de protesto que a'alou a China por sete semanas nessa primavera 7no hemisfrio norte8foi direcionada contra a incompetente e corrupta 'urocracia do PCC Todavia, o movimento democr#tico5

    nunca apresentou uma alternativa clara para a perspectiva de continuidade do domnio stalinista 9s protestosque come$aram com a morte de :u ;ao'an < um 'urocrata li'eral5 que caiu em desra$a por lidar demaneira muito leniente com uma onda anterior de protestos estudantis < se espalhou rapidamente para ostra'alhadores de d20ias de cidades atravs da China A participa$&o de milh%es de tra'alhadores transformouo car#ter e o sinificado dos protestos 9s lderes estudantis pretendiam apenas pressionar o overno por umpouco mais de espa$o poltico, alumas reformas educacionais e talve0 alumas mudan$as de pessoal entre aelite overnante !as as for$as sociais alinhadas atr#s de seu movimento tinham o potencial de alcan$armudan$as muito mais profundas na sociedade chinesa A lideran$a do PCC perce'eu corretamente que aparticipa$&o massiva dos tra'alhadores e desempreados era uma potencial amea$a revolucion#ria ao seudomnio =sse potencial foi destacado quando, por alumas poucas semanas, o apoio popular neutrali0ou asunidades do ="rcito de 6i'erta$&o Popular enviadas para dispersar os protestos

    O que uma revoluo poltica?

    >#rios impressionistas autodeclarados trots?istas5 < do @ecretariado nificado de =rnest !andel 1tendncia @partaquista < declararam que uma verdadeira revolu$&o poltica estava a caminho Apesar doslevantes terem sido enormes em escopo e certamente foram potencialmente revolucion#rios, eles n&oconstituram o que trots?istas poderiam caracteri0ar como uma revolu$&o poltica =m primeiro luar,qualquer tentativa sria de su'stituir o PCC demandaria institui$%es revolucion#rios capa0es de desafiar eefetivamente tomar o luar do poder de =stado 'urocr#tico que e"iste A 3evolu$&o :2nara de -., que

    foiuma tentativa de revolu$&o poltica, erueu conselhos de tra'alhadores, que poderiam ter se tornado asprincipais institui$%es do poder de Estadocaso os tra'alhadores tivessem triunfado !as o movimentodemocr#tico5 chins, apesar do entusiasmo de massas que ele erou e do pDnico que ele criou entre os

    trmulos velhos que overnam o 3eino !dio, n&o criou formas orani0ativas que poderiam ter seconstitudo enquanto a estrutura '#sica de um poder de =stado 9 o'jetivo do movimento n&o era destruir,mas reformaras institui$%es do domnio 'urocr#tico

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    =m seundo luar, uma revolu$&o poltica em um =stado oper#rio deformado almejaria derru'ar a 'urocraciaao mesmo tempo em que preservaria a propriedade estatal dos meios de produ$&o 9 movimentodemocr#tico5 n&o possua tal clare0a em rela$&o a seus o'jetivos =m rande parte devido 1 e"clus&o que a'urocracia reali0ou das massas em rela$&o 1 vida poltica, 'em como ao clima antiEpoltico que resultou dasua amara e"perincia na 3evolu$&o Cultural dos anos -.F, os estudantes e tra'alhadores chineses lutaramcontra tanques e tropas overnamentais sem possurem um prorama definido *o incio ao fim, omovimento democr#tico5 continuou politicamente amorfo !as se prematuro ta"ar os protestos antiE

    'urocr#ticos dessa primavera como o come$o de uma revolu$&o poltica5, a afirma$&o de que elesrepresentam uma tentativa de restaura$&o capitalista foe ainda mais da realidade

    Democracia versuscomunismo?

    Tanto a mdia ocidental como o reime de *en +iaopin falsamente apresentam o conflito entre omovimento democr#tico5 e os oliarcas stalinistas como uma luta entre capitalismo e comunismo Comoparte de sua tentativa para justificar a repress&o sanuinolenta, a 'urocracia chinesa tem divulado apresen$a de aentes da intelincia taiGanesa entre os manifestantes =nquanto seria a'surdo imainar queas manifesta$%es foram iniciadas ou diriidas por um punhado de aentes capitalistas, altamente prov#velque tais elementos estivessem presentes 9 car#ter politicamente amorfo do movimento democr#tico5sinificava que ele estava a'erto 1 participa$&o daqueles que querem uma restaura$&o do capitalismo matarefa chave de uma interven$&o mar"ista em uma situa$&o dessa seria a de polarizaro movimento entreaqueles que querem democrati0ar a tomada de decis%es polticas nas 'ases da preserva$&o do sistema depropriedade coletivi0ada e seus inimios de classe cuja aenda chama por uma contrarrevolu$&o social

    Apesar do movimento democr#tico5 ter contradi$%es em seus o'jetivos, ele claramente no eraantissocialista em seu car#ter eral !ilhares de estudantes na Pra$a Tiananmen que estavam saudando umarplica da =st#tua da 6i'erdade estavam simultaneamente cantando a Hnternacional, o hino do comunismoPor contraste, o'viamente perverso que a fra$&o de *en +iaopin, que por uma dcada esteve ocupadadescoletivi0ando a aricultura chinesa, promovendo empresas privadas e forjando uma alian$a militar com oimperialismo dos =A tente aora se apresentam como a uardi&o do socialismo

    Apesar desse round de luta n&o ter atinido o nvel do poder dual, uma caracterstica de situa$%esrevolucion#rias, ele representou uma profunda crise social 9 que deu aos protestos iniciados por estudantesseu impacto foi que ele foi de encontro com o ressentimento e a ansiedade enerali0ada e"istente entre ostra'alhadores chineses ante os efeitos do prorama econImico de reformas5 prEmercado de +iaopin Alideran$a chinesa prefere se referir a isso como constru$&o do socialismo com mtodos capitalistas5 !aspara milh%es de tra'alhadores chineses, a eros&o da poltica da tiela de arro0 de ferro5 < que, desde -.4.,arantiu empreo e as necessidades '#sicas da vida < uma quest&o de vida ou morte A restaura$&o daeconomia de mercado avan$ou muito mais na China do que na ni&o @ovitica e de0enas de milh%es detra'alhadores e camponeses po'res est&o sofrendo com desempreo enerali0ado, JFK de infla$&o e umaalopante corrup$&o < frutos das reformas5

    Socialismo de mercado antissocialista

    A mdia capitalista afirma que as reformas5 de mercado na China e na 3@@ provam que o socialismo5falhou !as os mar"istas jamais acreditaram que o socialismo pudesse ser atinido dentro do escopo de um2nico pas atrasado @ocialismo, conforme compreendido por !ar", =nels e 6enin, tem por premissa aelimina$&o da escasse0 e, consequentemente, demanda um nvel de produ$&o material que s pode seratinido por uma divis&o mundialde tra'alho e pela aplica$&o dos nveis mais avan$ados e"istentes detecnoloia L o stalinismo, noo mar"ismo, que advoa a utopia aut#rquica e reacion#rio do socialismo emum s pas5 enquanto uma co'ertura nacionalista e antimar"ista para a preserva$&o dos privilios da elite'urocr#tica dominante

    As contradi$%es e irracionalidades do planejamento 'urocr#tico em um 2nico pas levaram tanto *enquanto Mor'achev a adentrarem a via das reformas econImicas do socialismo de mercado5 Na China, essasreformas5 promoveram o crescimento de uma camada de em torno de vinte milh%es de empreendedoresauto empreados5, que v&o de artes&os individuais a especuladores de commoditiese donos de f#'ricas:oje e"istem fa0endeiros auto empreados5 na China que possuem FF empreadosO =sse estrato auto

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    empreado5, que se 'eneficiou das reformas5 de *en, est# inquieta com o poder poltico dos 'urocratas dopartido e almeja uma normali0a$&o5 das rela$%es sociais capitalistas < isto , restaura$&o capitalista total9s 'urocratas do PCC 'alan$am entre essa camada (e seus irm&os imperialistas) e as indceis vtimasple'eias do crescimento das rela$%es de mercado 9 massacre de Pequim e a repress&o su'sequente tem sidoapresentado pela mdia 'uruesa como parte de uma luta pica entre uma democracia sem adjetivo de classee o malvado e tirDnico comunismo Todavia, ainda que os estrateistas polticos dos =A estejam ansiosospara tirar as li$%es5 anticomunistas do 'anho de sanue da Pra$a Tiananmen, eles tem sido restrinidos pelo

    medo de que uma rea$&o demasiada dura possa empurrar os chineses de volta para a 3@@, o querepresentaria um rande revs estratico para o imperialismo

    Mor'achev, por sua parte, teve o cuidado de n&o fa0er nenhuma crtica ao mandat#rios do PCC e tratou o'rutal massacre de estudantes e tra'alhadores que pediam por uma pequena lasnost5 como um assuntoestritamente interno 1 China 9s aliados cu'anos de !oscou, talve0 desejando mandar uma mensaem parapotenciais dissidentes internos, optou por endossar as a$%es da lideran$a chinesa A edi$&o de - de junho doGramna tinha por manchete *ist2r'ios almejavam derru'ar o socialismo5 =la afirma que foram oslinchamentos e impiedosos ataques das for$as antiovernamentais 1s tropas que for$aram o overno aordenar medidas fortes para parar o caos5 Por hora *en e Cia conseuiram suprimir a oposi$&o atravs deum poder de foo superior, mas as profundas tens%es sociais que produ0iram a resistncia permanecemAdemais, as amplamente conhecidas divis%es fracionais da lideran$a do PCC em rela$&o a como lidar com omovimento democr#tico5 reflete o car#ter profundamente inst#vel da casta parasit#ria stalinista 9 potencialpara novas irrup$%es 'vio Certamente uma das mais importantes casualidades do massacre da Pra$aTiananmen foi a aura de leitimidade poltica que tradicionalmente cercou o PCC e seu ="rcito de6i'erta$&o Popular A 'arreira da Mrande !entira que predomina nos r#dios e televis&o controlados pelo=stado e afirma que as manifesta$%es eram provoca$%es violentas, iniciadas por contrarrevolucion#rios,dificilmente vai afetar a atitude de centenas de milhares de testemunhas e participantes

    Por um partido trotskista na China

    9 que de vital necessidade na China a cria$&o de um n2cleo de militantes que lutem por um prorama derevoluo polticapara derru'ar o domnio dos parasitas anti classe tra'alhadora do PCC, ao mesmo tempo

    que defendam a propriedade coletivi0ada ma autntica oposi$&o comunista ao domnio stalinista iria seopor viorosamente 1s mo'ili0a$%es racistas contra estudantes africanos que tiveram luar inverno passadoem Nanquim, nos quais foi levantado o slogan !atem os demInios neros5 9utro componente doprorama de uma oposi$&o enuinamente socialista a *ene e Cia seria o rep2dio da alian$a anticomunistaentre os stalinistas de Pequim e os imperialistas dos =A, selada so're o sanue dos anolanosQcu'anos,vietnamitas e dos afe&os

    @em um partido consolidado em torno dessa perspectiva para enca'e$ar as lutas antiE'urocr#ticas, oselementos da classe tra'alhadora podem aca'ar ficando desmorali0ados Aluns podem at ser sedu0idos porelementos prEcapitalistas, cujo prorama, apesar de contrarrevolucion#rio, ao menos claro A reconstru$&osocialista da China requer um levante prolet#rio, que que're as rdeas da oliarquia do PCC e secomprometa em estender os anhos de -.4. Hsso sinifica uma luta poltica contra o nacionalismo

    mesquinho de !ao TseEtun e seus herdeiros, 'em como o reconhecimento de que o socialismo s pode seresta'elecido na China atravs da e"tens&o da revolu$&o dos tra'alhadores 1s cidadelas do imperialismo

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    que se 'aseia a Tendncia Bolchevique e pelo qual ela luta < o prorama do comunismo internacionalcom'ativo

    - Abaixo a lei marcial de Deng Xiaoping! Pela libertao imediata de todos os presos polticos pr-

    socialismo!

    - Repdio aliana antissovitica de Pe"uim com o imperialismo dos #$A! Por uma revoluo poltica

    prolet%ria na &'ina para derrubar os parasitas stalinistas!

    - Abaixo o (socialismo de mercado)! Pela reconstruo socialista da &'ina dentro de uma *ederao+ocialista do #xtremo ,riente!

    - Por um partido trotsista na &'ina! Pelo renascimento da .uarta /nternacional 0 o Partido 1undial da

    Revoluo +ocialista!