Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

download Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

of 5

Transcript of Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

  • 8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

    1/5

    Abertura dos portos ao Brasil e ida do rei

    Neste momento da história, Portugal era governado pelo provável herdeiro da coroa, Dom

    João. Portugal e Inglaterra eram velhos cmplices, o !ue dei"ou Dom João em uma posi#ão

    delicad$ssima. A situa#ão dele não era nada %ácil, o !ue %a&er' ir contra Napoleão e correr o

    risco de uma invasão %rancesa ou esperar para ver a Inglaterra invadir o Brasil' Nem uma

    nem outra atitude era %ácil para D. João.

    A sa$da encontrada, em conluio com os ingleses, %oi a mudan#a da comitiva portuguesa para

    o Brasil. (m novembro de )*+, sob prote#ão da %or#a naval inglesa, D. João, sua linhagem e

    a nobre&a !ue o rodeava mudaram-se para o Brasil. Aportaram em território brasileiro cerca

    de !uator&e navios com ) mil pessoas. Após a chegada da linhagem real, Dom João passou

    alguns dias em /alvador, !uando tomou duas decis0es !ue deram uma in1e#ão de 2nimo na

    economia brasileira3 determinou aabertura dos portos aos pa$ses amistosos e a

    autori&a#ão para a instala#ão de indstrias, antes coibida por Portugal.

    --

    (n!uanto o Brasil se vangloriava por ter dei"ado de ser col4nia e o 5io de Janeiro se

    trans%ormava na sede do reino, em Portugal a situa#ão não era das melhores, o povo

    encontrava-se depauperado em conse!67ncia da guerra contra Napoleão e o com8rcio estava

    em decad7ncia devido 9 abertura dos portos brasileiros.

    --

    Transformações do Rio de Janeiro – Após a abertura dos portos, pela primeira vez o Brasil

    pôde manter contatos comerciais diretos e regulares com o eterior, sem a intermediaç!o

    de "ortugal# $ Rio de Janeiro transformou%se ent!o num &empório do Atl'ntico (ul&, nas

    palavras do )istoriador *elson +ernec (odr-# Ali c)egavam mercadorias de diversas

    proced.ncias e dali eram eportados os produtos brasileiros#

    As formas da nova depend.ncia – /om o fim do eclusivo metropolitano, uma nova forma

    de depend.ncia se estabeleceu, manifestando%se no d-ficit permanente da balança

    comercial eterna# 0ssa situaç!o decorreu da fran1uia dos portos, 1ue alterou as tarifas

    alfandeg2rias de 345, na -poca do eclusivo, para 635 com 7# Jo!o, a fim de favorecer

    contatos comerciais diversificados#

    %%

    0n1uanto isso, as eportações brasileiras n!o cresciam na mesma proporç!o, nem t!o

    rapidamente 1uanto era necess2rio para fazer face 8s importações# A 9nglaterra n!o

    ad1uiria produtos brasileiros, pois suas colônias :2 os produziam# (ó entravam no

    mercado brit'nico a1uelas mercadorias consideradas ;teis 8s ind;strias t.teis, como o

    http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/

  • 8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

    2/5

    algod!o e o pau%brasil# 7e "ortugal, a 9nglaterra ad1uiria o vin)o e o azeite# /om isso, a

    balança comercial do Brasil tornou%se deficit2ria#--

    O termo regência prende-se aqui com o facto de, apesar de a sua

    titularidade não estar adstrita a qualquer indivíduo de origem britânica, na

    prática as guras cimeiras da governação de Portugal entre !"# e !$"

    serem os militares daquela nacionalidade% &l'm disso, a in(uência inglesa

    era então bem patente em vários outros domínios da vida nacional%

    )epois da invasão sem oposição de *unot, general de +apoleão, a família

    real portuguesa, a corte e as mais altas magistraturas e funcionários

    superiores da nação abandonam o País em direção ao rasil, onde se am

    ao todo mais de " """ pessoas% O País ca desprovido dos quadros do seu

    aparel.o administrativo% /m !"!, dá-se o desembarque inglês na 0igueira econsequente epulsão dos franceses% 1as não ' s2 aqui que nasce a

    dominação inglesa3 os navios que levaram a comitiva real para o rasil

    eram ingleses%

    4avia muito tempo que o País estava submetido aos interesses e imposiç5es

    inglesas, particularmente visíveis nos acordos comerciais altamente

    desfavoráveis para Portugal% & pr2pria mudança da corte para o rasil

    obedecia a conversaç5es secretas entre Portugal e 6nglaterra, em 7ondres,

    em !"#, mal se pressentia a ameaça de *unot% +a base destas

    conversaç5es, mais do que garantir a integridade da família real, estava ointeresse britânico pela abertura 89s naç5es amigas8 dos portos brasileiros

    ao com'rcio e navegação, quebrando-se a eclusividade nacional, o que de

    facto ocorreu em $: de ;aneiro de !":% /ra, neste tempo, a 6nglaterra a

    dominadora eclusiva dos mares e a nação mais 8amiga8 de Portugal% O

     om'rcio, serão

    assinados em !" no ?io de *aneiro% Protegia-se a família real e a >asa de

    ragança, consagrava-se a reciprocidade mas tamb'm se estendiam os

    privil'gios comerciais ingleses, não s2 ao rasil, mas a todas as col2nias

    lusas%

    +as invas5es de !": e !", os ingleses mantêm-se no nosso país,

    organi=ando a defesa militar com bril.o mas cometendo ;á abusos de

    autoridade e arbitrariedades inqualicáveis, de que ' eemplo o fu=ilamento

    do comandante da fortale=a de &lmeida por não ter resistido mais a

    1assena% & situação do País depois das invas5es francesas era deplorável,

    com mis'ria, devastação, abandono dos campos, mutilados, " """ mortos,

    famíllias desfeitas, o tecido produtivo destruído% @2 o vin.o do Porto,

    monop2lio inglês, con.ecia progressos% &s pil.agens francesas e inglesas

    tin.am sido imensas% O governo estava no rasil, aí se demorando e sem

    sinais de regresso, representado na metr2pole por uma regência A;unta

    governativaB impotente e fraca, dominada pelos militares ingleses%

  • 8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

    3/5

    &t' !C, combater-se-á os franceses, perseguindo-os at' 0rança, com os

    ingleses a mobili=arem ;ovens portugueses 9 força sem qualquer tipo de

    opinião ou autoridade das c.eas portuguesas, completamente dominadas

    pelos militares ingleses, instalados nos mais altos cargos - para al'm do

    controlo econ2mico do País - desde !":, quando o comando do e'rcito

    português ADnica força real do PaísB ' atribuído, com plenos poderes, aogeneral eresford Aeleito depois marec.alB, coad;uvado por compatriotas%

    Eo=ava, por isso, de poderes semel.antes aos de um vice-rei, quase

    soberanos e de direção absoluta% 6mpun.a medidas repressivas at', não

    poupando os quadros superiores do e'rcito nacional, ao ponto de ter

    ordenado a eecução, em !#, do general Eomes 0reire de &ndrade, ilustre

    gura portuguesa, e de outros sob a acusação de franco-maçonaria e

    tentativa de conspiração, num clima anti-liberal% O 2dio aos ingleses crescia,

    aliás como a mis'ria e a sensação de abandono da população% O País

    encontrava-se em estado de mobili=ação permanente, absorvendo o

    e'rcito quase todas as receitas pDblicas, substituindo os 2rgãos centrais depoder ausentes% O domínio inglês era, por isso, ainda mais avassalador%

    &s relaç5es entre e'rcito AinglesesB e ;unta governativa eram tensas e

    difíceis, pendendo favoravelmente para o primeiro% ?egistavam-se, contudo,

    crispaç5es entre ociais dos dois países% >rise militar e econ2mica, oposição

    ao absolutismo, ausência de poder real, domínio pleno dos ingleses Amesmo

    nas fábricas, onde os seus quadros substituem os portugueses, aumentando

    o desempregoB, descontentamento generali=ado% &ssim estava o país em

    !$"%

    Os poderes de eresford serão ampliados nesse ano, quando visita a família

    real no ?io, at' que, em $C de agosto do mesmo ano, uma sublevação

    militar iniciada no Porto, apoiada pelo @in'drio e implantada no País, não

    deia o regente militar inglês desembarcar em Portugal, obrigando-o a

    rumar a 6nglaterra% 6nstaura-se o liberalismo em Portugal, fa=endo-se

    entretanto regressar a família real% O domínio inglês do País terminou, nos

    moldes em que se vin.a vericando, apesar de economicamente continuar

    enrai=ado%

    --

    & abertura dos Portos brasileiros 9s naç5es amigas Aprincipalmente 9 Erã

    retan.aB foi promulgada por meio de uma >arta ?'gia, pelo príncipe

    regente, )% *oão, em $! de ;aneiro de !"!% O decreto foi assinado quatro

    dias ap2s a c.egada da 0amília ?eal e da >orte portuguesa ao brasil%

    &ntes da abertura dos Portos, os produtos que saiam do rasil passavam,

    obrigatoriamente, pela alfândega em Portugal, assim como os produtos

    importados a serem enviados para a >olFnia% OPacto >olonial garantia a

    Portugal o monop2lio do com'rcio eterior da >olFnia% +ada se comprava ou

    vendia na >olFnia sem passar antes por Portugal%

  • 8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

    4/5

    & decisão de )% *oão foi feste;ada pela população por anos, apesar de tal

    decisão, na verdade, ter sido tomada por necessidade e conveniência% >om

    a transferência da 0amília ?eal para o rasil, e com Portugal nas mãos de

    +apoleão, o com'rcio com os demais países precisou ser feito sem

    intermediários% 1esmo porque, a família ?eal estava falida, e sua

    sobrevivência dependia da venda das rique=as etraídas e produ=idas emsolo brasileiro%

    +esse mesmo ano, outra medida foi feste;ada pela população, sobretudo

    pelos comerciantes locais% /m G de abril, )% *oão assinou um alvará que

    revogava um antigo, de #!H, que proibia a instalação de manufaturas na

    >olFnia%

    Por dois anos, os /stados Inidos foram os maiores beneciados pela

    abertura dos portos% +o entanto, em !", Portugal e Erã retan.a

    assinaram o ooperação e &mi=ade Aocialmente Jooperation and 0riends.ipLB, que contin.a regras de aliança e ami=ade, e

    de com'rcio e navegação% >om esse tratado, a Erã retan.a passou a ser o

    país mais beneciado pela abertura dos portos brasileiros, inclusive no que

    di= respeito 9s tarifas alfandegárias%

    & abertura dos Portos no rasil, assim como o

  • 8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano

    5/5

    Para poder ter 'ua independ5ncia em relação a +rança :apole9nica, Portugal preci'ou da

    e'colta 0rit4nica para fugir ao Bra'il 'o0 a condição de ue fo''em a0erto' o' porto' para

    a' naç3e' amiga', pondo fim ao pacto colonial, pa''ando a 'er po''í$el o comércio direto

    do' produto' 0ra'ileiro'*[;]

    --

    Para al'm disto, a população portuguesa estava tamb'm descontente

    porque3

      Os portos brasileiros deiaram de ser eclusivos de Portugal e em

    !"! abriram as portas ao com'rcio com outros países% /m !H, o rasil

    deiou de ser uma col2nia portuguesa e foi elevado 9 categoria de ?eino,

    tornando-se a cidade do ?io de *aneiro a sua verdadeira capital% A4o;e '

    rasíliaB% & família real e a corte portuguesa continuavam no rasil Ao reiestava fora de Portugal e os ingleses ' que estavam a ocupar os principais

    cargos na governação e no e'rcito em PortugalB%

     âmbio com a 6nglaterra A!"B M concorrência

    comercial estrangeira

    --

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3