Abril - aeg1.pt · Hugo Miguel do 12º5 que obteve as seguintes médias: 10º ano- 16,2; 11ºano-...

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Notícias PÁGINA 3 Mais Centros Comerciais?! PÁGINA 5 A Televisão é nossa amiga?... PÁGINA 6 Olá... Champ! PÁGINA 7 "Capitães de Abril" PÁGINA 8 Olimpíadas da Matemática PÁGINA 9 Bavaroise de afecto e laranja PÁGINA 10 Geração XX/XXI PÁGINA 11 Cidadãos "pequenos"... PÁGINA 11 TERCEIRO Escola Secundária de Gondomar PÁGINA 3 25 de Abril: Revolução para haver Evolução Nota: Lembramos a FEIRA DO LIVRO ESGondomar, de 2 a 5 de Junho. É ao ar livre e é mais um bom motivo para virmos todos à Escola. Na Viagem... ... encontram-se novas cores Abr./Mai./Jun. 2004 Ano IX Número -3 Preço - • 1,00 Tiragem 1 000 exemplares ISSN 0874-7385 PRÉMIOS “PÚBLICO” 2001: LUGAR EM JORNAIS DO SECUNDÁRIO E MENÇÃO HONROSA EM JORNAL ELECTRÓNICO A Árvore das Nossas Respostas página 12 PÁGINA 2,3 1º classificado no concurso de Cartazes do 25 de Abril

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NotíciasPÁGINA 3

MaisCentrosComerciais?!

PÁGINA 5

A Televisão énossaamiga?...

PÁGINA 6

Olá...Champ!

PÁGINA 7

"Capitãesde Abril"

PÁGINA 8

OlimpíadasdaMatemática

PÁGINA 9

Bavaroise deafecto elaranja

PÁGINA 10

GeraçãoXX/XXI

PÁGINA 11

Cidadãos"pequenos"...

PÁGINA 11

TERCEIRO

Escola Secundária de Gondomar

PÁGINA 3

25 deAbril:

Revolução parahaver Evolução

Nota: Lembramos a FEIRA DO LIVRO ESGondomar, de 2 a 5 de Junho. É ao ar livre e é mais um bom motivopara virmos todos à Escola.

Na Viagem...... encontram-se novascores

Abr./Mai./Jun. 2004Ano IXNúmero -3

Preço - • 1,00

Tiragem 1 000 exemplares

ISSN 0874-7385PRÉMIOS “PÚBLICO” 2001: 3º LUGAR EM JORNAIS DO SECUNDÁRIO E MENÇÃO HONROSA EM JORNAL ELECTRÓNICO

A Árvoredas NossasRespostas

página 12

PÁGINA 2,3

1º classificado no concurso deCartazes do 25 de Abril

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Ficha Técnica:

2 Abril/Maio/Junho - 2004

Editorial

Se formos capazes,tanto melhor!

Passamos no átrio, nocentro de recursos, na sala dosclubes, nos corredores, poralgumas salas de aula e vemosexposições temáticas, trabalhosvariados de alunos e pensamos:«Que bom! Pode e deve sair nojornal»!

E, felizmente, muitas vezestal acontece.

E todos gostamos de ver umsorriso no rosto dos alunos,quando os professores ecolegas reparam nos seustrabalhos, dando-lhes atenção,fazendo uma apreciaçãoconstrutiva, mostrando que, porpequenos que sejam, quandobem estruturados são muitoimportantes para quem os faz epara quem os observa. Todospodem aprender com o que seproduz e expõe ao olhar dosoutros.

E ficamos contentesquando ouvimos os alunosdizerem «Que fixe, vai sair nojornal da escola», como ficamostristes perante os autores quenão viram os seus textospublicados, quase sempre porfalta de espaço.

Gostamos, portanto, de darvoz a todos os que querem ouaceitam comunicar e partilharum pouco do que sabem fazeratravés do jornal da escola.

E, numa altura em que aauto-estima dos cidadãos nãoestá de modo nenhum em alta,julgamos que o jornal escolarpode ser uma das formaspossíveis de mostrar que,apesar de alguma inércia delargos sectores da nossasociedade, há muita coisa bonitae útil que se faz nos diferentesanos de escolaridade. E, já quese diz que se não gostarmos denós ninguém gosta, cabe-nosfalar da nossa escola e doambiente que é de todos.

A equipa do jornal tentou,ao longo do ano lectivo, reunire partilhar textos produzidospelos nossos alunos sobre aactualidade da nossacomunidade escolar e domundo em que estamosinseridos. É sempre com alegriaque recebemos toda acolaboração. Hoje publicamosum texto escrito por umencarregado de educação. Oxaláescrevam mais, porque família-escola-educação estão bemquando há proximidade ecomunicação.

Se todos tivermos sidocapazes de preencher maisalgumas das páginas da históriada escola, inscrevendo nelasalgum do muito trabalhorealizado por alunos,professores e funcionários,conseguindo também melhorara auto-estima, poderemos dizer:embora nunca perfeito nemcompleto, o trabalho conjuntovale a pena! Obrigada.

A Equipa Coodenadora

A ESG Aposta nosnovos Cursos daReforma

10º ano - Cursos científico-humanísticos- Ciência e Tecnologia- Ciência e SocioeconómicasCiências Sociais e HU/manas- Línguas e Literatura

10º ano - Cursos Tecnológicos- Construção Cívil e Edificações- Electrotecnia/Electrónica- Informática- Administração

Curso de Especialização Tecnológica (Nível IV)- Condutor de Obras

NOTA: Esta informação não dispensa a consulta da brochuraacerca da nossa Oferta Educativa onde são transmitidasinformações mais detalhadas acerca destes e dos outros cursos/anos lectivos a funcionar nesta escola.

No final de mais um anolectivo, é tempo de lançar umolhar retrospectivo sobre otrabalho que foi feito na nossaescola e que, de diferentesformas e em diferentes lugares etempos, implicou o envolvimentodos vários intervenientes.

Sabendo da riqueza doPlano Anual de Actividades(PAA) aprovado no início desteano, que se consubstanciou empropostas diversificadas emobilizadoras de recursos evontades múltiplas, poder-se-iamantever algunsc o n s t r a n g i m e n t o s ,inclusivamente no âmbito doenvolvimento de recursoshumanos. No entanto, uma vezmais o empenhamento de todos

Em jeito de balançofoi decisivo para superareventuais dificuldades, a pontode os dados disponíveis nestemomento apontarem para umaavaliação francamente positivado trabalho até agora realizado.

Significativo é oexemplo do Jornal 3º Toque, oqual, não obstante as limitaçõesde ordem temporal que, entreoutras, sempre se fazem sentir no3º período lectivo, aí está já nasbancas, a encerrar de formaemblemática todo um trabalhodesenvolvido ao longo do ano,corporizando o tema aglutinadordo PAA – Comunicação.

Falar de Comunicação implicauma referência a dimensõesdiversificadas e intrínsecas àmultiplicidade da pessoa humana

no que se reporta quer aorelacionamento consigo próprioquer, mais especificamente, com osoutros. Ora, se o fim último de todoo processo de escolarização é umaampla e plena integração social apar com o desenvolvimentopessoal, à comunicação que naEscola se desenvolve se pediráque seja capaz de cumprir essedesígnio.

Têm sido esses os caminhosque ao longo dos tempos, e maisuma vez este ano, a nossa escolatem trilhado. Ao reconhecimentodo trabalho desenvolvido aliam-seas nossas expectativas de quemais vastos e amplos sucessosvenham a ter continuidade.

O Conselho Executivo

Com criatividade, os nossos alunos fizeram adobradinha no concurso para o melhor cartaz do 25 deAbril.Parabéns e novos trabalhos!

1º lugar: Fábio Santos - 9º22º lugar Adriano Neves - 9º3

Concurso de cartazes do25 de Abril

2º lugar

No decorrer do Baile deFinalistas, foramentregues prémios aosdois melhores alunos, poragrupamento, queconseguiram as melhoresmédias. Os critériosutilizados para o cálculodestas médias foram osseguintes:

As médias do 10º e 11º anoforam feitas com asclassificações finais de cadaaluno. Relativamente às notas do12º ano, foram utilizadas asclassificações referentes ao 2ºperíodo:

Do agrupamento 1,Dominante: Científica e Natural

Ângela Mota do 12º3 queobteve as seguintes médias:

10ºano- 19,1; 11ºano- 19,4;12ºano- 19

Patrícia Borges do 12º1 queobteve as seguintes médias:

10ºano- 18,6; 11ºano- 19,2;12ºano- 18,5

Do agrupamento 3,

Dominante: Económica e SocialNuno Moura do 12º5 que

obteve as seguintes médias:10ºano- 17,2; 11ºano- 18,3;

12ºano- 18,2Hugo Miguel do 12º5 que

obteve as seguintes médias:10º ano- 16,2; 11ºano- 16,5;

12º ano- 17,9

Do agrupamento 4,Dominante: Humanidades

Ana Isabel Rodrigues do 12º6que obteve as seguintes médias:

10º ano- 17,7; 11ºano- 18,5;12ºano- 17,7

Raquel Maria do 12º7 queobteve as seguintes médias:

10ºano- 17,6; 11ºano- 18,1;12ºano- 18,2

Quadro de Honra

ISSN 0874-7385

Coordenação: Dulce Silva, Dolores Garrido, Júlia JorgeEquipa RedactorialAlunos das turmas: 7º1, 7º3, 7º4, 7º5, 8º1, 9º1, 10º2, 10º3, 10º4, 10º7, 10º8, 10º10, 11º1,11º3, 11º8, 11º9, 11º10, 11º11, 12º2, 12º6.Clube de Matemática; English Club.Design: Luis Costa, Tiago VieiraImpressão: Tipografia Lascasas, Gondomar

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3Abril/Maio/J unho - 2004

Desde finais do passado mês de Março e durantetodo o mês de Abril, a nossa escola vestiu as cores dePortugal para comemorar os 30 Anos da Revoluçãode Abril de 1974.

Sob o lema – Lembrar a Opressão! Comemorar aDemocracia! Viver a Liberdade! – o Clube de História eDireitos Humanos promoveu uma série de actividadescom o intuito de lembrar aos alunos (em particular) e àcomunidade (em geral) a importância de preservar valorestão importantes como a liberdade, a democracia e atolerância, conquistados em Abril de 1974.

Foram várias e diversificadas as actividadesdesenvolvidas nos diferentes espaços da escola :

· Exposição de Jornais de 1974 a 1976 ( cedidos pela ProfessoraOtília Torres)

· Exposição de Autocolantes sobre Organizações Partidárias daÉpoca (cedidos pelo Professor Henrique Monteiro)

· Exposições de materiais diversos (uns cedidos pela Universidadede Coimbra, outros adquiridos e realizados pelo Clube, outros aindarealizados por alunos do Secundário, sob a orientação das Professorasde Filosofia Noémia Rolla, Luísa Pacheco e Ivone Rebelo e, dos 7º e8º Anos, sob a orientação da Professora de Educação Visual, RitaTorres).

· Passagem do Filme “Capitães de Abril” - dia 23 de Abril com apresença de cerca de 100 alunos.

Comemorações dos 30 Anos do 25 de Abril· Colóquio com o Major João Moutinho (que em 1974 participou

nos acontecimentos preparativos da Revolução, a partir da Guiné) –dia 26 de Abril, com a presença de cerca de 200 alunos.

· Concurso “Quem Sabe MaisSobre o 25 de Abril? ” – dia 27de Abril – realizado em duasfases:

Manhã – turmasde 8º e 9º Anos

Tarde - turmas deSecundário. O entusiasmo eadesão dos concorrentes (51alunos) e das suas claques (cercade 250 alunos), foram de tal modo

surpreendentes e contagiantes,nas duas fases do concurso, quehouve grande “luta” e dificuldadepara encontrar as equipasvencedoras. Depois de um longoprocesso de desempate,sobretudo entre as equipas do 3ºCiclo, lá se encontraram osvencedores:

Manhã – turma 9º2(Marta Filipa, Viviana e Francisco)

- turma 8º3 (JoanaPatrícia, Maling Wang e Renata

Tarde – turma 10º2 (InêsRolla, Diana Norinho e JoãoEsteves).

A título de balanço, importasalientar o ambiente deentusiasmo e participação activavivido em cada uma dasactividades, tendo os nossosalunos demonstrado umcomportamento cívico digno deregisto.

Ficou mais uma vez provadoo dinamismo e vitalidade que aescola pode ter, muito para alémdas actividades lectivas.

A Coordenadora do ClubeMª Conceição Pereira

III ª Edição do Recital de Poesia/Música dePrimavera

Foi no dia14 de Maio2004, noauditório daescola.

R e u n i ualunos e ex-alunos.

L e r a mp o e m a sescritos por alunos e professores.

Cantaram. Dançaram. Encantaram com palavras, sons, gestos...

E mais palavras se escreveram no coração...

30 anos deLiberdade

Começamos por lamentarnão ter assistido ao filme«Capitães de Abril» mas, emcontrapartida, tivemos oprivilégio de participar noconcurso «Quem sabe maissobre o 25 de Abril» e, naexposição interactiva quedecorreu em todas as exposiçõesda escola. Achamos gratificantee oportuna a exposiçãointeractiva, porque nos deu aliberdade de exprimir o que

pensamos, uma vez que é navivência das situações concretasque a liberdade existe.

Esta era uma realidadeimpensável antes do 25 de Abrilde 1974.

Deu-nos prazer escrever oque pensamos e sentimos. E, nofinal, traduziu o que podemosconsiderar as diferentes culturasda escola. Dado que somos umaturma especial que só tem novealunos, inicialmente nãotínhamos três elementos para

considerar que foram duas horasde prazer e emoção.

Para quem até aomomento não gostava de seexpor perante um público, foiuma experiência muitoagradável, de óptimo convívio e,portanto, inesquecível.

E também aprendemos umpouco mais sobre o 25 de Abril.

10º 7

Liberdade«A liberdade é liberdade de

escolher,mas não liberdade de não

escolher.Não escolher, de facto, é

escolher não escolher»Sartre

O que é a liberdade?É uma grande questão!Ao agir livrementeTenho de me manter

conscienteDo que quero fazerE ao mesmo tempo saberQual o meu motivo.O acto que pretendo realizar,Todos têm que concordar,Que é condicionadoPela época em que nasci,Pela sociedade onde estou

inserida,Pela cultura para mim

transmitidaE muito mais.Do acto que realizeiTalvez resultem

consequênciasPelas quais responderei.A realização de uma acçãoExistem diversas condiçõesQue favorecem

ou impedemTodas as

acçõesImplicam um

querer fazerAo qual

c h a m a m o sliberdade

Sem ter medo de responderPor possíveis consequências

que possa terImplica tambémTer certos limitesAos quais chamamos

condicionantesQue nos fazem pensar bemAntes de realizar a acçããoAgir livrementePressupõe primeiramenteUm acto voluntário e

conscienteLogo a liberdadeÉ a nossa capacidadeDe escolher e de querer

ConscientementeLiberdade implica

quererQue implica ter

consciênciaQue implica assumir

responsabilidadesNós temos

liberdade de escolher tudo!Só não temos liberdadeDe escolherNão ter liberdade!

Ana Amaral, 10º4

participar. Superado este primeiroobstáculo, fomos à luta mas semexpectativas de ganhar, o queinfelizmente não passou de umahipótese. No entanto, podemos

NotíciasTODOS À FESTA DAESCOLA

É já na noite de 4 de Junho afesta de final de ano. Tal comono ano anterior, é no SalãoParoquial de Valbom.

Os bilhetes estão à venda naescola.

Tem havido muito trabalhodos participantes e, como énatural, há algum nervosismo noar. Mas com tanto trabalho etalento, os olhos de todos vãode alegria brilhar.

SARAU DE POESIAEm país de poetas, não admira

que na nossa escola também secultive a arte da poesia.

Desta vez, vai ser no

Auditório Municipal deGondomar, no dia 18 de Junho.

EXAMES – ÉOBRIGATÓRIO...

Atenção! É obrigatória ainscrição para a segunda fasedos exames do 12º ano, no casodos alunos externos eautopropostos.

Já agora, boa sorte paratodos nos exames!

E ANTES DO ADEUS...Um bom final de ano lectivo

com boas e merecidas férias.Em 2004/05, sejam bem-

vindos à nossa escola.Um abraço e até breve.

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4 Abril/Maio/Junho - 2004

Numa escola, cujo universo épovoado de jovens numa idadeem que o sonho comanda acaminhada, vivem cadamomento “como o primeiro diado resto das suas vidas”. Cadaum procura, intensamente,desfrutar dos prazeres da vida eultrapassar os invariáveisobstáculos que vão aparecendono percurso de qualquer serhumano.

Encontramos rapazes e raparigasque, para além dos desejos normaisinerentes à sua adolescência, procurambrilhar como atletas dedicados e seduzidospor uma actividade que lhes permite umapermanente interacção com a natureza.

Marco, do 11º11, e Ângela, do11º 10, praticam, respectivamente, remo ecanoagem. Eles encontraram-se,conversaram e deram-nos a conhecer umpouco das suas vidas.

MARCO (praticante de remo),respondendo às perguntas de Ângela

Ângela – Com que idade iniciaste aactividade do remo?

Marco – Com 15 anos.A. - O que te motivou a entrar para o

remo e a continuar nesta modalidade?M. - Eu não sabia o que era o remo até

que, um belo dia, um amigo insistiu comigopara eu ir experimentar. Ao princípio,recusei, mas depois de conhecer bem estedesporto, nunca mais parei. A minhamotivação reside nos títulos que esperoganhar e nos amigos que encontrei.

A.- Quantos treinos fazes porsemana?

M. - Cerca de oito, nove treinos porsemana, incluindo Sábado e Domingo, coma duração de uma hora e trinta a duas horascada um.

A. O que mais admiras no remo?M. - O desporto em si e as amizades

construídas.

Pelo Nosso Rio Acima/Pelo Nosso Rio AbaixoA- Pensas poder ter futuro no remo?M. - Como profissional não, pois teria

que ir para o estrangeiro, mas como amadortenho as minhas ambições.

A. - És capaz de partilhar connosco oteu melhor/pior momento?

M.- O meu pior momento foi perder ooito júnior na época de 2003 ( 3º lugar). Omelhor momento aconteceu em 2004, naDescida (do rio) do Natal, pois foi a minhaprimeira vitória como sénior.

A.- A paisagem influencia o teuestado de espírito?

M. - Claro que sim. O treino é duro,mas o prazer de andar no meio do rio fazcom que se superem todas as dificuldades.

ÂNGELA (praticante de canoagem),respondendo às perguntas de Marco

Marco - Qual a diferença entre oremo e a canoagem?

Ângela - Embora a canoagem e o remosejam praticados na água, estasmodalidades são diferentes. Na canoagem,anda-se para a frente e o barco maior levaquatro pessoas. Já no remo, rema-se decostas e o barco maior comporta 8pessoas.

M. - Qual foi a razão pela qualescolheste a canoagem como desportopara praticares?

A.- Quando tinha 10 anos, queriapraticar um desporto e como os meusirmãos mais velhos praticavam canoagem,resolvi entrar também. De início, andavalá por andar, só para praticar desporto, masagora levo esta actividade mais a sério eagora acho que era incapaz de abandonaresta modalidade.

M.- Pensas que a canoagem serelaciona pacificamente com oambiente?

A.- Sim, porque este desporto vive emcontacto com a natureza.

M.- O que sentes ao praticarcanoagem?

A.- Sinto-me bem e sinto que foi aescolha correcta. Todo o tipo de desportofaz bem e dá-nos saúde, embora algunsatletas cometam erros.

M.- Achas que a canoagem é umdesporto completo?

A.- Não se pode dizer que a canoagemseja o desporto mais completo, mas ébastante completo.

M.- Há quanto tempo praticascanoagem?

A.- Pratico canoagem há sete anos.M.- Quantas vezes treinas por

semana?A.- Eu treino todos os dias, mais ou

menos 20 horas por semana.M.- És capaz de partilhar connosco

o teu melhor/pior momento?A.- Todos os momentos para mim são

importantes, embora haja uns melhores euns piores. O melhor foi quando o anopassado participei no campeonato domundo. Até agora ainda não vivi nenhummau momento.

BRUNO Fernando – outro atleta de(primeira) água!

Na turma 1 do 11º ano, está outroatleta que pratica canoagem.

A Liliana e a Joana do 10º7falaram com ele para saberem comoorganiza os seus dias de modo aconciliar estudo e práticadesportiva.

O diálogo decorreu napalmeira da escola, depois dasaulas.

Joana – Há quanto tempopraticas canoagem?

Bruno – Há oito anos.Liliana – Não achas que o remo e a

canoagem são desportos demasiadosolitários?

Bruno – Sim, quando remamossozinhos. Tento, contudo, concentrar-me.

Joana – Como conheces bem o rioDouro, que conselhos dás às pessoas parao protegerem?

Bruno – Não fazerem das suasmargens depósitos de lixo, assim como nãodevem fazer descargas de produtos

tóxicos. Lembro-me de há dois anos vermuitos peixes mortos enquanto treinava,o que foi muito triste. E a poluição do riotraz prejuízos para todos, porque é de látambém que vem a água que consumimos.

Liliana – Tens cuidados especiaiscom a alimentação?

Bruno – Tento comer mais vezes peixedo que carne e também muitos legumes. Omeu pai é o meu treinador e como sempresopa ao almoço e ao jantar.

Joana – E com as saídas à noite?Bruno – Não saio, a não ser, por

exemplo, nos anos dos meus irmãos.Liliana – Como concilias o estudo

com os treinos e com as provas?Bruno – É difícil, porque depois de

várias horas de escola e de treino, chego acasa e apetece-me, sobretudo comer edescansar. Mas tento arranjar tempo paratudo.

Joana – Achas que os atletasportugueses deveriam ter mais apoios ouestá bem assim?

Bruno – Claro que queremos mais e

melhor, embora nos últimos anos as coisastenham melhorado muito, uma vez quemuita gente tem trabalhado nesse sentido.

Joana e Liliana – Os nossos desejosde bom trabalho e boa sorte.

Bruno – Obrigado. Igualmente.

Para todos – pratiquem ou nãodesporto – os nossos desejos de bomtrabalho e boa sorte!

Desporto Escolar? Sim, Claro!

O 3º Toque falou com o professor Fernando Ermida, um dosdocentes ligados ao nosso desporto escolar.

O que distingue o desporto escolar do desporto federado?Aquele é praticado no espaço escolar. Pretende-se com o desporto escolar contribuir

para a melhoria do estudo e rendimento escolar, formação cívica e humana...Que modalidades são praticadas na nossa escola?Atletismo, voleibol, orientação e natação.É boa a adesão dos alunos?-É razoável. Há, contudo, várias pressões como a dos resultados escolares, horários

dos treinos ao fim da tarde, sobrecarga horária dos alunos e instalações, horários dostransportes...

-Quer falar de uma boa experiência?Destaco o convívio com alunos de outras escolas e regiões.Refiro também a

participação no campeonato do mundo de voleibol escolar, em 2002, em Porto Rico,onde estiveram presentes 23 países de todos os continentes.

P o d esintetizar duasboas razões paraa participaçãodos jovens no desporto escolar?

A prática desportiva implica resultados positivos ao nível do aproveitamento erendimento escolar, ao contrário do que muitos adultos pensam. É também umacompensação em relação à vida sedentária dos jovens que passam demasiadas horassentados na sala de aula, em frente ao computador ou televisão.

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5Abril/Maio/Junho - 2004

Razões? Bem … A Escola faz parte dasociedade e, tal como o resto do mundo etoda a gente, vai mudando, tornando-semais exigente. Porque cada vez mais hámenos tempo para tudo. Um dia,escreveram-me: “ o tempo não passa, voa!E nós, os nossos trabalhos e as pessoasque amamos vamos cada vez menoscabendo dentro dele”.

Agora já não existem círculos de“porrada”, nem se fazem esquemas paraconseguir levar um cigarro escondido paraa casa de banho, porque não há tempo etambém porque os valores são outros. Asociedade tornou-se demasiadobarulhenta, demasiado confusa. Umvaivém de carros e autocarros e os testese os treinos e a festa de aniversário daAlice e o presente esquecido e a correriade Educação Física para Matemática e

Uma simples carta dereclamação

Exmo Deus,

Eu, apenas mais uma das sobreviventes deste vasto mundo, venho por este meiotransmitir o que muitos costumam fazer, mas que poucos têm coragem de admitir: umareclamação.

Receio dizer-lhe que esta será uma longa e extensa reclamação, mas sei que terá“todo o tempo do mundo” para me escutar.

Com o crescimento gradual da minha vida, tenho vindo a constatar que há certascoisas que não acho que estejam muito bem! Sei que ninguém me disse que o mundo émeu, ninguém me disse que os dias eram só meus, fui eu que pensei que podia arrancartudo o que queria da vida. Ninguém me disse que os sorrisos eram de todo o mundo,ninguém me disse que eu podia “voar”, fui eu que pensei que podia comandar o mundo!Mas peço-vos que me escuteis.

Será que é correcto haver tanta gente que não saiba viver? Será correcto que tãopoucos saibam o que é a liberdade? Contesto a maneira como é dada a liberdade aosHomens! Não é possível dar-lhes apenas liberdade, sem terem que chegar ao ponto dese matarem uns aos outros?

De onde vieram estas perguntas, existem muitas mais! Por que é que dais“autorização” para que as pessoas se unam sem amor? Como podeis permitir queconstruam famílias, sem terem consciência do que fazem? Não vedes que com essassituações fazeis sofrer crianças inocentes? Como podeis deixar que simples jovens sedeixem levar pelos desejos, sem verem que o que fazem pode ter consequências drásticase gerar tristezas, dor e guerras? Porque deixais que os Homens aumentem o seuvocabulário com palavras mundanas, com poderes inimagináveis, assim como comsentimentos sem qualquer fundamento e que podem levar à destruição? Como podeispermitir que o Homem se destrua cada vez mais e, pior que isso, que destrua o mundo etoda a vida nele existente? Como permitis? Será que não vedes que o mundo está a cairnuma infindável decadência, que só pode ter fim quando Vós Vos impuserdes?

Não tem fim a lista de reclamações que tenho, estaria aqui tempos infinitos a falardesta bola de neve que não pára de rebolar, mas o que tento dizer-Vos é que basta umpouco de “sol” e essa bola “derrete”!

Fico ansiosa à espera de uma possível resposta a todos estes problemas do mundoe do Homem e espero que tomeis medidas para que estes possam ser combatidos semmais demoras. Ficarei extremamente atenta às Vossas mensagens.

Atenciosamente e agradecendo a Vossa paciência e disponibilidade por terdesgasto algum do vosso precioso tempo a ler a minha carta.

Filipa Castro, 10º 3

Mais Centros Comerciais?! Exmo Senhor Presidente da Câmara de Gondomar,

As alunas Nídia Oliveira e Marina Santos, da turma 2, do 12º ano, da Escola Secundáriade Gondomar, gostariam de felicitar o Senhor Presidente pelo brilhante projecto levadoa cabo em frente à nossa escola.

Realmente, é espantosa a falta que nos faz um bom centro comercial em Gondomar,uma vez que os poucos, muitos, que temos, têm sempre as suas lojas povoadas pelasgentes da nossa terra, sendo um transtorno ter que aguardar nas longas filas pela nossavez, para que possamos ser atendidos.

Sempre que olhamos através das janelas da nossa sala de aula, ficamos fascinados,porque pensamos que até a localização do nosso novo centro comercial foi muito bemescolhido, aliás não existirá melhor espaço para ver nascer o novo shopping! Talvez osestudantes da nossa escola consigam subir as classificações à disciplina de matemática!Sempre ouvimos dizer que é a fazer muitos exercícios que os alunos conseguem boasclassificações a essa disciplina. Assim, com as lojas em frente à escola, os estudantespodem sempre pôr em prática a matemática, ao fazerem as suas compras e podem aindaambientar-se à nossa nova moeda — o euro.

Não podemos deixar de referir, que a Biblioteca Municipal, há tanto tempo prometidae esquecida, não nos fará grande falta, porque o que interessa não é termos cultura, massim dinheiro para que possamos gastá-lo nas mais variadas lojas do novo centrocomercial. Elas é que são a verdadeira cultura!

Contudo, quando necessitarmos de fazer um trabalho de pesquisa, para umadeterminada disciplina, podemos sempre contar com o centro de recursos da nossaescola, para obtermos toda a informação de que precisamos para o nosso trabalho. E senão encontrarmos informação suficiente, podemos, sempre, atravessar a rua, entrar nonosso novo centro comercial e esperar que alguma informação nos caia do céu!

É claro que se se tratar de um aluno mais exagerado, pode sempre gastar dinheiro edirigir-se à cidade do Porto, a uma das suas bibliotecas (Biblioteca Municipal do Portoe Biblioteca Almeida Garrett), para satisfazer as suas necessidades culturais, ou entãopara conseguir um pouco mais de informação para completar o seu trabalho ou aindapara estudar num sítio onde se encontre rodeado de informação e silêncio.

É obvio que este aluno é demasiado (não) exagerado, porque se procurasse bem,bem no fundo das formas visíveis de cimento e betão dos nossos edifícios, conseguiriaver os traços invisíveis da nossa tão indispensável biblioteca. Já dizia Fernando Pessoaque “O sonho é ver as formas invisíveis” e que quando “Deus quer”, basta que ohomem sonhe, para que a obra nasça.

De facto, a obra nasceu, mas o sonho foi mais uma vez posto de parte!Senhor Presidente, acabemos com o implemento de valores como o consumismo, a

ignorância, e tantos outros...; vamos fazer cumprir-se a cultura... Vamos dar forma a umabiblioteca há tanto prometida; vamos criar espaços verdes, locais agradáveis, adequadosaos mais novos, aos de meia idade e aos mais velhos, locais onde possamos ler, estudar,conversar, adquirir cultura, etc...

Apesar de tudo isto, gostaríamos de salientar que compreendemos o objectivocamarário, porque já fomos informados que a associação de comerciantes de Gondomar,juntamente com os orgãos camarários, devido ao elevado lucro que irão obter, vãocontribuir com a módica quantia de 2 euros para a construção da biblioteca municipal eclaro para a compra de livros e equipamento para esta.

Gostaríamos ainda de sugerir que talvez a venda daquele monumento apelidado de“As portas da Cidade” (desaparecido, repentinamente) dê para liquidar os custos doprojecto invisível da nossa biblioteca.

Sabemos que é difícil conciliar progresso e cultura, mas temos a esperança de que,no meio dos inúmeros projectos e papéis, que enchem a secretária de V. Ex.a, encontreesta pequena missiva e que esta o desperte para a aventura do conhecimento.

Gratas por toda a reflexão que possa acompanhar esta leitura, despedimo-nos.

Marina Santos; Nídia Oliveira, 12º2

consequente atraso. E a minha irmã quetem viola e a catequese e o livro que estoua ler e esqueci-me de responder àquelacarta e a cama por fazer, o saco de treinoainda fechado, a mesa da cozinha porarrumar e os trabalhos de casa para fazer.Simplesmente não há tempo ousimplesmente há demasiadas coisas parafazer. O pouco tempo que se arranja éocupado pelos alunos a fazer aquilo deque gostam e, por isso, namoram e dedicamum tempinho a escolher a roupa (mesmoque sejam calças de ganga e blusõesdescuidados) e decoram os seus cadernos.

Não acho que a escola esteja pior, estásó diferente. Tal como tudo o resto, teveque se adaptar para não “morrer” e nãoser esquecida no tempo.

Beatriz, 10º3

A Escola mudou … como todasas coisas!

Os súbditos deste nosso reino, após a notícia de um novo parque deestacionamento, acompanhado de mais um centro comercial, mesmo em frente da suaescola, ficaram tão radiantes que decidiram agradecer-lhe. Após várias deliberações,concluíram que não há maior honra do que ter uma oração em seu nome.

Esperamos que este gesto singelo seja do seu agrado...

Nosso querido presidente,que estais na CAMA(RA)Louvado seja tudo o que (NÃO) criasteVenham a nós os centros comerciais,os parques de estacionamento e outras coisas mais...que é sua vontade e de todos os demaisAssim aqui como em toda a parte.As promessas de uma biblioteca municipalLeva-as o vento... (e de quem mais??)Perdoa-nos ansiarmos por um pouco mais de culturae não tantos empreendimentos e negóciosAssim como nós (NÃO) perdoamosAqueles que se deixaram de preocupar com issoE não nos deixeis cair na ignorânciaDe alguma vez ter sonhado com algoDe melhor para todos nós...

P.S. Se preferir pode ignorar as “entrelinhas” embora a oração deixe de fazer sentido.Direitos de autor reservados a dois pobres elementos do Povo

Ana Daniela e Helena Isabel, 12º 2

Submissão

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6 Abril/Maio/Junho - 2004

A Televisão é nossaamiga?...

A turma 5 do 7º ano deescolaridade temdesenvolvido umasérie de actividades,na área curricular nãodisciplinar de área deprojecto, no sentido deavaliar a influência da t.v nos dias de hoje.

Nesta perspectiva, elaborou um inquérito aplicado a uma amostrade turmas dos diferentes níveis de ensino, tendo obtido os resultadosque vamos mostrar.

De um total de cerca de duzentos inquéritos, foram apuradas asseguintes conclusões:

1ª - 121 alunos das faixas etárias mais baixas, consideram que aaudiência é o melhor meio para julgar a qualidade da programação;

2ª - 137 alunos consideram existir boas programações televisivas;3ª - 111 alunos consideram que a maioria dos programas não são

adequados às faixas etárias dos telespectadores;4ª - 145 alunos consideram existir mais programas de

entretenimento do que violentos;5ª - 164 alunos consideram que os programas televisivos

influenciam muito a vida quotidiana das pessoas;6ª - 160 alunos consideram que não se deve explorar, na televisão,

a vida íntima das pessoas. A turma do 7º5

Rapazes,ninguémvosentende…

A expressão “Mulheres,ninguém as entende!” é bastantefrequente entre o sexo masculino.No entanto, não é bem assim, oumelhor, não é nada assim! Osrapazes é que são, de facto,difíceis de compreender, emboranunca se possa generalizardemasiado.

Na minha opinião, asmulheres são bastantecompreensíveis, ao contrário dosexo oposto que é muitoimprevisível. O comportamentofeminino, por vezes, estranho einvulgar aos olhos dos rapazes,tem sempre uma justificaçãoplausível… Em determinadasalturas as mulheres encontram—

se menos dispostas a fazerqualquer coisa ou respondem deforma menos delicada e cordial acertas questões, mas tudo issodevido à TPM – Tensão Pré-Menstrual - ou à própriaMenstruação. Os rapazes não!Nalgumas ocasiões agem deforma impensada e tomamatitudes rudes e agressivas, eporquê? Não há nenhumaexplicação convincente; fazemisso apenas porque sãohomens…

Regra geral, as raparigassabem o que pretendem e, porexemplo, no campo afectivo, têma noção e certeza dos seussentimentos, deixandotransparecer exactamente o queas move ou inquieta. Já osrapazes… nunca se sabe! Éextremamente difícil descobrir oque um rapaz sente ou deseja! Éum risco conversar com algunsdeles, uma vez que não se tem acerteza daquilo que pensam ouquerem de nós, raparigas. Certosrapazes quando se apaixonamfingem não gostar dessa pessoa,e porquê? Para darem a imagem

Hello, salut, hallo, ciao...Apesar do atraso relativo dePortugal no que se refere àaprendizagem de idiomas (e queé um reflexo da reduzida fatia dapopulação que fez estudossecundários), cada vez é maishabitual encontrar portuguesesque dominem o inglês, o francês,o alemão ou o italiano, e toda agente pensa falar um pouco ou,pelo menos, compreender oespanhol. Mas o que aconteceriase nos dissessem jambo,mamaste ou zdravo, que tambémsignificam , ”olá”, mas em swahili,hindi e croata?

Nos últimos anos, o desejode conhecer novas culturas estáa pôr na moda a aprendizagem delínguas exóticas. Algumasescolas e academiasinternacionais de línguasoferecem formação em idiomascomo o árabe, o checo, o chinês,o russo, o japonês, o eslovaco, ofinlandês, o turco ou o gregomoderno, para além de outras

mais originais, como o hindi, oservocroata, o persa, o yidish ouo swahili.

Entre estes idiomas, os mais

procurados parecem ser o chinês,o japonês, o árabe e o russo, mastem-se notado um aumento dematrículas nas aulas de checo epolaco, talvez comoconsequência da entrada, esteano, destas nações na UniãoEuropeia.

Alguns idiomas, como o hindie o japonês, são mais popularesdevido ao interesse pelasrespectivas culturas do que pelodesejo de conhecimento e uso da

língua em si mesma, se bem que acompreensão de uma culturapasse quase necessariamentepelo entendimento da sua língua.

Algo de semelhante se passacom os idiomas da China, masaqui alia-se a atracção por urnacultura milenar à crescenteimportância do país nointercâmbio comercial. Bastapensar que os chinesesrepresentam um quinto dapopulação mundial. Sabendo quea motivação certa é meio caminhoandado para a aprendizagem deuma língua, e que o dinheiro éuma das grandes motivações dosnossos dias, não custa a crer quemesmo a complexidade doalfabeto chinês e as subtilezasdas sonoridades do mandarim edo cantonês sejam ultrapassadascom facilidade.

E que bom seria se cada vezfalássemos menos chinês unscom os outros!

Serafim Araújo, 11º1

de “durões” em frente aoscolegas? Não se percebe…

Outro aspecto que não dápara compreender nem aceitar éo facto de muitos homens teremum sentido de discriminaçãoperante as mulheres. Porquêcontinuar a afirmar que o sexomasculino é o sexo forte? Porquêfingir que às mulheres competecuidar dos filhos e da casa? É umerro tremendo! Ambos os sexossão fortes, e o mais importante:complementam-se!

Muito mais haveria a referiracerca deste asunto, todaviaconsidero que os aspectos maispertinentes foram abordados.Crucial é ainda mencionar que oponto relevante desta minhareflexão é o facto de não se podergeneralizar tudo. É óbvio que hárapazes muito incompreensíveis,(assim como certas raparigas).Felizmente, muitos delesconseguem-se perceber naperfeição e é óptimo poderafirmar: “Rapazes, como é bomquando nos entendemos!”

Joana Ferreira, 11º1

Diz lá isso em Chinês...

Os Maias[episódios no palco da(nossa) vida em 718páginas]

No início do corrente anolectivo fomos avisados pelosprofessores da disciplina dePortuguês que teríamos de ler umromance de 718 páginas. Achoque não estarei muito longe daverdade se disser que a ideia nãoagradou à maior parte.

Para tentar inverter umpouco o panorama e dar algumalento aos alunos para iniciarema leitura, foi dinamizada umavisita de estudo para ver arepresentação d’Os Maias deEça de Queirós.

Na minha opinião apeça foi bastante interessante. Noentanto, depois de ler a obratenho algumas críticas a apontar.Em primeiro lugar penso que oessencial do romance não foirepresentado da melhor forma.Pareceu-me que a companhia deteatro se preocupou demasiadocom o romance de Carlos daMaia e de Maria Eduarda e se

esqueceu de reforçar a verdadeiracrítica que a obra queirosianaqueria transmitir, ou seja, oestado da sociedade portuguesano século XIX.

Da mesma forma, amaneira como é contada a históriana peça e no livro ésubstancialmente diferente. Sepor um lado, na peça teatral, anarração começa com ummonólogo de Afonso e a partirdaí é contada de uma forma linear,praticamente sem recorrer alembranças do passado daspersonagens, por outro lado, aobra propriamente dita, apesar decomeçar a descrição em 1875, ameio do primeiro capítulo,recorrendo a uma analepse, énarrada toda a história de trêsgerações (Afonso, Pedro e Carlosde Maia).

Deste modo,juntamente comtodos osepisódios da vida româtica, quese vão encontrar encaixados naintriga principal, a leiturarequererá muita mais atenção doque inicialmente parecia.

Falando agora apenas

do conteúdo da obra. No meuponto de vista, dizendo com amaior da sinceridade, este terásido, provavelmente, um dosmelhores (e também dos maiores,sem dúvida!) livros que eualguma vez li. Porquê? Por umarazão muito simples. Apesar deter sido escrito há mais de umséculo, Os Maias continuam aretractar não só a sociedadeportuguesa de então comotambém o estado em que o nossopaís se encontra actualmente. Sefolhearmos o livro iremosencontrar várias situações que,mudando algumas personagens

com alguma imaginação,encaixaram perfeitamente na vidaportuguesa do século XXI.

Por exemplo, existemcertas personagens comoDâmaso Salcede, Conde deGouvarinho ou Eusebiozinhoque, sendo personagens- tiporepresentarão os vícios de umpaís inteiro (o tentar parecer algoque não somos, a ambição pelopoder, a ausência de vontade ede opinião própria,...)

Para terminar queroapenas relevar toda a minhaadmiração por aquele que, naminha opinião continua a ser um

dos ex-libris da literaturanacional: Eça de Queirós. Comtoda a sua capacidade de escritaconseguiu representar toda umaforma de viver, oscomportamentos, o ambiente etoda a educação de uma nação: anossa.

Sandra Pontes, 11º3

Queridos colaboradores,Não viram os vossos textos

publicados? Não os perdemos,mas o espaço não o permitiu.Prometemos divulgá-los numadas próximas edições. Continuema participar, pois é bom para acomunidade escolar.

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7Abril/Maio/Junho - 2004

Olá… Champ!Sim… sou eu de novo!Mais um ano lectivo.Estás no sétimo ano. Começa aqui a grande caminhada da tua vida de estudante.A caminhada anterior feita até aqui foi a construção do alicerce…!Agora começa a verdadeira realidade da tua formação académica e humana.Como confio em ti e nas tuas capacidades, resolvi escrever estas simples e humildes

palavras com a convicção de que estas serão lidas por ti e tidas em conta com fidelidade.E … agora crendo eu que me permitirás mais algumas palavras… peço-te que as

tenhas em conta com vontade de as leres e de a acolheres com entusiasmo.Suficientes?... Porquê?... E para quê?E porque não… Muito Bons?Porque não determinas que os suficientes não são opção?Porquê?Com humildade… mas também com empenho e querer… terás a inteligência de

transpor os obstáculos com os quais irás deparar.Lembras-te da história que te contei um dia sobre o comboio?É composto por várias carruagens. Uma delas é a da frente. Concordarás comigo

que se estiveres na do meio ou na detrás e quiseres chegar à que vai na frente, terásde fazer um percurso grande para lá chegares… Se estiveres na segunda… darásapenas um passo para lá chegares… Mas… se estiveres na primeira… tens apenas etão só que… manter.

Claro que é preciso: força de vontademotivaçãopaciênciatrabalhoatenção nas aulase estudar até ao limite!Se eu acho que tens capacidade?Não acho, tenho a certeza!

Este é um texto que dedico àminha mãe… Desculpem-me umbocadinho de egoísmo. Mastambém recordo todas as outrasmães. No entanto, só o consigofazer, falando da minha própriamãe.

Escrevo e sei que a minha mãegosta que eu escreva. É umaforma de lhe agradar e de lhedemonstrar o quanto a amo eadmiro. Sou incapaz de conseguirtransmitir tudo o que sinto porela, tão grande é a minha gratidãoe afecto. Ela sente, acompanha,vive o meu desenvolvimento,desde o pequeno óvulo que fui,até aquilo que sou hoje e que meacompanhará no futuro.

É óbvio que é impossívelagradecer ou retribuir tudo o quea minha mãe sempre fez e faz pormim (assim como o meu pai), e oamor que nos une éincomensurável. A minha mãeabdicou de muita coisa parapoder acompanhar o crescimentodos filhos: na escola, nasactividades desportivas…

Noites e noites passadas emclaro para que pudéssemos tertudo o que necessitávamos.Sempre disponível e pronta paranos educar com carinho,

Porque não entrares na sala de aulas… ouvires os professores a leccionarem …e com humildade e concentração recolheres o ensinamento…?

Ah! Para conseguires… creio que concordarás que terás de te privar de algumasfantasias… mas no fim de cada etapa sairás triunfante.

Queria dar-te outro exemplo que já deves ter ouvido, mas que se calhar jáesqueceste.

No que diz respeito à Matemática… será que ainda te lembras que o quadrado dahipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos?... Primeiro terás que saber qualé o quadrado da hipotenusa. Pode parecer confuso mas é simples.

Mais simples será se estiveres atento, se estudares e se praticares…Estamos a falar de Matemática, mas há ainda mais disciplinas e todas juntas vão

obrigar-te a: concentraçãoatençãoestudoprática…Mas a tua vida não é poventura … a de um estudante?Então… trabalha e queima, se necessário, as pestanas. No fim triunfarás!Atenção!! Nunca vás pelo caminho doSe eu… Amanhã eu… recuperarei… ainda falta algum tempo… depois eu estudo…Isso nunca!Terá de ser… hoje … agora … já!Não estou à espera de qualquer agradecimento!Sempre foste… és… e serás sempre a minha alegria!Digo-te isto, porque és inteligente e porque sei que és capaz!Farei tudo para te ajudar… champ.Quero no fim… ver-te caminhar para mim, olhares-me de frente, dizendo-me:PAI… toca na minha capa…Um dia apanhei a primeira carruagem e nunca mais a larguei… e também não

esqueci a hipotenusa…

Teu pai: Vítor RibeiroPS: para meditar e nunca, nunca esquecer!

Obrigada, mamã…

dedicação, ternura, paciência,alegria… Com todo o seu amor,sempre teve a preocupação denos ensinar e incutir valores,regras e princípios (que sãoessenciais à vida).

Mesmo em silêncio, a minhamãe percebe se estamos bem ounão e arranja logo formas de nosajudar. É tolerante, amiga,benevolente… Todos os dias mepergunta como foi a escola e eusinto-me à vontade para falar comela de qualquer assunto, comofaço com as boas amigas daminha idade. A minha mãe é aminha primeira e verdadeiraamiga (sabe muito mais da vidado que eu, e pode-me alertar paravários perigos)! É minhaconfidente e conselheira…

Muito mais haveria paradizer acerca desta mulherextraordinária, sofredora elutadora, bela e carinhosa daqual tenho um orgulho semmedida. Só espero nunca adesiludir e continuar a tentarretribuir-lhe todo o amor atravésdos meus desempenhos.Obrigada mamã!

Joana Ferreira, 11º1

Pais e fil

hos!

Quem é m

ais

sábio?

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8 Abril/Maio/Junho - 2004

“Capitães de Abril”: um dos filmes danossa liberdade

No passado dia 23 de Abril e por iniciativa do Clube de História da nossa escola, foi projectado o filme“Capitães de Abril”, da actriz e realizadora portuguesa Maria de Medeiros, e que passou na sala 10,durante o horário da manhã.

A acção principal do filme centra-sesobretudo na noite de 24 para 25 de Abrilde 1974, uma noite que prometia serdiferente de todas as outras noites a queos portugueses da época se haviamhabituado. No programa Limite da RádioRenascença é transmitida uma cançãoproibida : “Grândola Vila Morena”.Seria isto o acto insubordinado de algumjornalista rebelde? Não. Na verdade, estacanção era a senha escolhida pelo MFA,como sinal confirmativo de que o Golpede Estado se havia iniciado e de que asoperações militares eram, naquelemomento, irreversíveis. Seguidamente,dá-se a ocupação de vários pontos estratégicos considerados fundamentais. No filme é focada a ocupaçãoda Rádio Clube Português, de onde é difundido o primeiro comunicado do MFA.

Entretanto, o capitão Salgueiro Maia comanda a coluna militar que saiu da EPC de Santarém emarchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço. Horas mais tarde, dá-se o início do cerco ao Quarteldo Carmo, também sob o comando de Maia onde se encontram refugiados Marcelo Caetano e doisministros do seu gabinete. É de notar a alegria e o apoio de milhares de pessoas dado às tropas revoltosas.

O filme termina com a rendição de Marcelo Caetano e consequente exílio, com a entrega do poder aoGeneral Spínola e com a libertação de todos os presos políticos.

A Revolução dos Cravos mudou não só a face deste país, mas também o destino de vastos territóriosem África, distinguindo-se pelo seu carácter político, pacífico e lírico. Maria de Medeiros faz, desta forma,um relato carinhoso e sincero da Revolução, colocando em perspectiva os momentos mais intensosdaqueles que acreditavam poder mudar o mundo. No final, a actriz dedica esta história ao capitão SalgueiroMaia, que dele se diz “ter sido o melhor de entre os melhores dos corajosos e generosos Militares deAbril”.

Na minha opinião, uma das partes mais tocantes do filme é a imagem dos militares reunidos na sala doquartel, a acompanharem a música de José Afonso “ Grândola”, o medo parece não os afectar e a palavraLIBERDADE o grande objectivo a atingir. Recomendo este filme a todos aqueles que queiram ver comoimportante a Revolução foi, não só para a vida da população da época, mas também para as geraçõesfuturas. É, assim, um bom filme para toda a família!

Márcia Santos, 12º6

Ó retrato da luz! Ó Sol amigo!Por tua aurora estou a esperar,Tal como por aquele que estoua amar.Como anseio falar contigo!Pois manda Amor só a ti contarMais um momento desta beleza,O melhor dom da naturezaCom o qual estou ainda asonhar.Depois de um beijo tãogostoso,Então ele não só me conquistouComo também o deixei de mimdesejoso.Por isso, de seguida ele sedeclarouNum jeito apaixonante (e tãoamoroso!),Dizendo que desde o princípiome amou.

Ana Sofia Isidro, 11º3

Ó retrato da vida! Ó sol amigo,Por cuja luz suspiro há muito!Calada testemunha do mal que

sinto,E das minhas alegrias, que, por

vezes, vivo!Pois manda Amor que a ti

somente as diga,Dá-lhes mais vida no teu calor;Ouve-as, como costumas,

ouve todo o meu amor;Atenta na felicidade, pois é

amiga;E vós, ó cortesãos da fantasia,Pássaros verdes, do calor

anunciadores,Inimigos, às vezes, da

sabedoria;Em bandos levem meus

dissabores;Creio também na vossa

filosofia,Quero fartar meu coração de

flores!

Nuno Pereira, 11º3

Ó retrato de luz! Ó sol amigo!Senhor do intenso ardor por que anseio,Responsável por minha loucura e meu devaneio,Pelo meu desesperante estado de mendigo;Tento apagar a chama deste teu fogo,Fugir por causa do meu constante receio,Lutar contra este amor feio;Mas, tudo em vão! Meu coração permanece contigo.E Ela, Vénus, suprema Senhora,Diva detentora da felicidade,Por que não me escuta? Por que me ignora?Incessantemente imploro a sua bondade...Com humilde voz uma serva lhe implora,Pois sem amor a vida não tem claridade.

Ângela Ramos, 11.º 3

Ó retrato da Luz! Ó Sol amigo,Por cuja claridade suspiro há

tanto!Calada testemunha da

felicidade e do meu canto,Minhas alegrias a ti somente

digo!Pois o meu Amor, que a ti e

só a ti confesso,Dá-me força e vontade para

viver cada dia;Ouve-me, como costumas,

ouve, pois peçoQue me dês um momento,

uma pequena alegria.E vós, ó delícias da claridade,Abelhas melífluas,

borboletas em flores,Inimigas, como eu, da

escuridade!Tantos os sentidos... tantos

os amores...Na alegria e na flor desta

minha idade,Procuro vosso coração para

uma nova vida de mil cores!

Vítor Daniel, 11º3

Depois de estudar o poema «Aquela nuvem» de JoséGomes Ferreira, a turma 5 do 7º ano começou avoar…Foi, assim, que a Sílvia Soares e o Diogo Vasconcelos(re)escreveram:

Aquela nuvem

Com(o) poetas escrevemos...

Aquela?Mas já não é o meu futuro,É a realidadeQue eu estou a viverCom maior verdade.

Não faz malQuero triunfá-la

Vá, lancem-me ao marDonde voam as nuvensPara numa delas tomar milformasCom sabor a sal.

Aquela nuvemParece a minha infância…

Ah! Se eu pudesse recordá-la!

Aquela?Mas já não é a minha infânciaÉ o meu futuro.

Não faz mal.Queria conhecê-lo.

O LIVRO DO MÊSFalámos com a Dra Ana Cardoso, também responsável pelo

Centro de Recursos, sobre O LIVRO DO MÊS, actividade quedecorre naquele bonito espaço, onde todos podem consultarlivros, utilizar computadores, vídeo, DVD...

Conhecemos, então, livros já lidos e/ou oferecidos, como:Filosofia para crianças de Noémia Rolla; DesesperadamenteGiulia, A Viela da Duquesa e Baunilha e Chocolate de S. C.Modignani; A Rapariga de Pequim de Chun Shu, Papillon deH. Charrière; Encontro de Amor num País em Guerra de LuísSepúlveda...

Sobre esta última obra, Beatriz Soares, do 10º 3, escreveu:«“Pequenos prazeres” (...) Quem não gosta de poder

desfrutar dos pequenos prazeres da vida? (...) Ler o livro deLuís Sepúlveda mostrou-se, sem dúvida, um enorme “pequenoprazer”. Recheado de palavras de amor soltas ao som dos gritos(...) de amores sem palavras, de amores pelo mar, de amorespela mesinha de chocolates que alguém montava todos osdias na praça, de amor pela vida (ou pela falta dele)!»

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9Abril/Maio/Junho - 2004

Fitormonas

Provavelmente já te interrogaste sobrea forma como as plantas se desviam paralocais com maior luminosidade e outrosfenómenos vegetais. Muitos dessesprocessos ocorrem devido à acção dehormonas vegetais. A palavra «hormona»deriva do termo grego “horman” quesignifica excitar.

Todos os seres vivos possuemhormonas que são respostas aosestímulos do meio exterior. Estassubstâncias são produzidas por célulasespecíficas em determinadas zonas daplanta.

As hormonas vegetais, ou fitormonas,actuam sobre determinadas célulasregulando o crescimento e odesenvolvimento dos vegetais.

É a produção coordenada dosdiferentes tipos de hormonas que permiteà planta sobreviver às mudanças dasestações do ano, bem como a condiçõesclimáticas extremas e continuar o seudesenvolvimento.

Existem cinco importantes grupos dehormonas vegetais: auxinas, giberlinas,citoquininas, ácido abscísico e etileno.

As auxinas, giberlinas e as citoquininastêm funções semelhantes, tais comopromover o desenvolvimento dos frutos,o alongamento dos caules e retardar aqueda dos frutos.

Por sua vez, o ácido abscísico temfunções completamente diferentes dasreferidas. Inibe a acção de hormonas decrescimento, a germinação de sementes eo desenvolvimento de gomos e aindapromove o fecho dos estomas e a quedade folhas e frutos.

O etileno estimula a maturação dos

frutos e a queda das folhas. Tambémprotege a planta pois acelera oenvelhecimento de partes que estão feridase estimula o inicio da floração emplantações. Esta hormona é diferente dasoutras, uma vez que se encontra no estadogasoso. É muito utilizada na agriculturacomercial. Estimula o amadurecimento defrutos colhidos ainda verdes e que sãomantidos assim por serem armazenadosnuma atmosfera com dióxido de carbono ecom temperatura próxima da congelação;estimula a pigmentação de uvas vermelhas;induz a queda de algodão; floresce alaranja e estimula o fluxo de latex. Foitambém utilizado no Vietname comodesflorante das florestas.

Actualmente, consegue-se sintetizar,em laboratório, substâncias quimicamentesemelhantes a estas hormonas para queocorra o crescimento de frutos semsementes e para que estes caiam maiscedo, para promover o crescimento dasraízes e evitar a formação de gomosalterias, como “olhos” nas batatas. Estassubstâncias em excesso são prejudiciaisao ser humano e aos animais em geral.

E agora, está mais esclarecido? Comeste trabalho da disciplina de Ciências daTerra e da Vida, pretendemos alertar-te(actualmente os alertas nunca são demais) para os ataques sistemáticos quevitimizam o nosso ambiente.

Se, em nome da fome e do dinheiro oHomem manipula quimicamente osvegetais, pensa um pouco em tudo aquilode que o Homem, ele próprio, está a serprivado: da Natureza no seu estadoNatural!

Trabalho em equipa, 10º2

Prémio dividido pelos trêscientistas que ajudaram aexplicar asupercondutividade esuperfluidez de materiais.

Alexey Abriskosov; Vitaly Ginzburg;Anthony Leggett

O que é a supercondutividade?A supercondutividade é observada em

alguns materiais que, quando refrigeradosa temperaturas próximas do zero absoluto(-273ºc) conduzem a electricidade semoferecer resistência, portanto sem dissiparcalor.

Quais são as eventuais melhoriastecnológicas que podem vir a ser

A excitação de hormonas

Eu e o desenho

Uma das características do serhumano é a capacidade que este apresentade se expressar, de mostrar o seu agrado/desagrado face a determinados assuntos,de evidenciar os seus sentimentos, osseus desejos, os seus gostos, as suasopiniões…

O desenho é, sem dúvida alguma, aforma de expressão que mais me seduz eque muitas vezes utilizo.

O meu fascínio pelo desenho surgiude uma forma inexplicável! Penso quequando nasci já existia essa tendênciadentro de mim que foi progressivamnteaumentando, à medida que eu crescia, eque, por volta dos meus 11, 12 anos, setraduziu numa enorme vontade de marcara folha de papel macia e branca com a cinzado carvão rude e áspero, gravando,enquanto a mão deslizava suavemente,tristezas, alegrias e medos.

Grande parte das vezes, desenhoquando me sinto extremamente feliz ou,então, quando tenho algum problema queme faz ficar em baixo. Ao desenhar, torno-me mais calma, menos eufórica ou menos

triste, fico mais leve ao libertar-me de tudoo que me faz sentir instável. Os desenhossão o meu refúgio!…

Sei que, apesar de toda a minhapaixão por esta arte, jamais conseguiriausar os desenhos como sendo umsustento regular, pois só quandoprofundamente estimulada consigo fazerum conjunto de traços com algumsignificado.

Os desenhos são muito importantespara mim, fazem parte da minhapersonalidade e são como retratos depequenas histórias da, ainda curta, vidaque tenho, e que devem ser recordados,ainda que uns com saudade e alegria eoutros com tristeza, sendo estes, a meuver, mais importantes, já que nos permitemamadurecer…

Deste modo, espero que o dom quejulgo possuir nunca me abandone paraque possa continuar a tirar proveito desteamor que me tem ajudado a viver, como sede um bem indispensável à vida setratasse.

Elza Machado,11º1

As Olimpíadas Portuguesas daMatemática decorreram em Tomar esaldaram-se com a entrega de 24 medalhasa estudantes portugueses.

O concurso nacional contou com aparticipação de 840 escolas e 12 mil alunos,dos quais 60 chegaram à finalíssima e 24conseguiram ganhar medalhas de ouro,prata e bronze.

O concurso divide-se em duascategorias: a categoria A destina-se aalunos que frequentam os 8º ou 9º anosde escolaridade, enquanto a categoria B épara alunos que frequentam os 10º, 11º ou12º anos de escolaridade. Para cadacategoria, são premiados três alunos commedalhas de ouro, três com medalhas deprata e seis com medalhas de bronze. Nacategoria A arrebataram medalhas de OuroJoana Clemente da Costa Venâncio, 9º ano,Escola E B 2, 3 Quinta das Palmeiras,(Covilhã), Luís Filipe Carpinteiro Abreu,9º ano, Escola Secundária Alcaides deFaria, (Barcelos) e Vasco Correia Moreira,9º ano, Escola E. B. 2, 3 de Gondomar.

Na categoria B conseguiram arrebatarmedalhas de ouro os alunos João EduardoCasalta Lopes, 12º ano, Escola SecundáriaJosé Falcão (Coimbra), Paulo Guilhermedos Santos, 12º ano da Secundária Eng.Acácio Calazans Duarte, (MarinhaGrande) e Rita Serrano dos Anjos, 12º ano,Externato Marista de Lisboa.

As Olimpíadas Portuguesas daMatemática são um concurso de

problemas de matemática dirigidoaos estudantes dos 2º e 3º ciclosdo ensino básico e também aos quefrequentam o ensino secundário. Oconcurso é promovido pelaSociedade Portuguesa deMatemática e visa incentivar edesenvolver o gosto pela área,detectar vocações científicas etentar acabar com a carga negativaque existe em torno da disciplina,num país em que a disciplina é uma

das mais problemáticas. O insucessoreflecte-se nos exames nacionais doensino secundário, cujas médias dasclassificações na disciplina, em 2003, foramsempre abaixo dos dez valores.

In Público Online – 5 de Abril de 2004

Dentro dos medalhados, contam-se osdois representantes da nossa escola,Pedro Costa e Diogo Fernandes, do 11º3,que ganharam ambos medalhas de bronze.A estadia de 4 dias em Tomar contou comuma viagem ao longo dos rios Nabão,Zêzere e Tejo, um foot-paper pela cidadede Tomar, visita à Mata dos Sete Montese ao Convento de Cristo e ainda aparticipação num teatro muito especial, emque a audiência partilha o “palco” com osactores.

Os finalistas irão participar em estágiosno Departamento de Matemática com ofim de seleccionar 8 alunos paraparticiparem nas OlimpíadasInternacionais de Matemática e nasOlimpíadas Ibero-Americanas daMatemática.

Aqui vai um desafio (Problema 2 doDia 1):

Existe algum número da forma qqppque seja quadrado perfeito, onde q e psão algarismos e q ‘“ 0? E se for da formaqqqppp?

Diogo Fernandes, 11º3

Olimpíadas da Matemática

introduzidas?Este fenómeno é conhecido desde 1911

mas só agora começa a ser totalmentecompreendido. Esta tecnologia podecausar uma autêntica revolução tanto naprodução como na transmissão de energiaeléctrica, Abrindo alas para computadores,carros etc. mais rápidos, com melhordesempenho e necessitando de menosenergia.

O que é a superfluidez?A superfluidez ocorre também a

temperaturas muito baixas (-273ºc) e emsuperfluidos tais como os isótopos He3ou o He4.

A superfluidez reduz drasticamente aresistência do movimento interno dosátomos, reduzindo também a suaviscosidade.

João Matias Alves, 11º1

Prémio Nobel da Física 2003

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10 Abril/Maio/Junho - 2004

Houve um caminho que percorremos

As professoras conheceram o projectoNarrativas de Viagem dos ServiçosEducativos da Fundação de Serralves.Comunicaram-no aos seus alunos dePortuguês do Ensino Secundário.

Todos gostaram da ideia. Em seguida:

Trocaram opiniões.Definiram esquemas e planos de trabalho.

Tentaram encaixar o trabalho Narrativas de Viagem nos programasde Português.

Combinaram um tema que era a Viagem ao Barroco ou BarrocoFashion

Efectuaram a visita de Estudo ao Porto Barroco, destinada a todosos alunos do 11º ano de Português e realizada no primeiro períododeste ano lectivo.

Decidiram pôr pés ao caminho e mãos à obra.Dividiram-se os grupos e as tarefas.Aos alunos cabia realizar, mas as professoras estariam sempre por

perto – para que ninguém se perdesse na viagem nem faltasse oapoio.

Algum trabalho foi realizado na aula, outro em duas tardes naEscola, fora das aulas, outro em casa.

Às vezes, foi preciso avisar a navegação para não perder o rumonem ficar à espera ou à deriva.

Reutilizaram alguns materiais recolhidos em revistas, emdesdobráveis, em postais, em fotografias…

Escreveram e rescreveram alguns textos emergentes da viagem aoBarroco.

Construíram objectos com alguma simplicidade mas com a alegriae orgulho de poderem dizer são «os nossos», como a caixa , o diáriode bordo, o CD de música barroca, as fotografias, o jornal…

Reutilizaram postais cedidos pela Fundação, dando-lhes nova vidae novas cores.

Preencheram páginas em branco, passando para elas o seu sentire sentidos.

Deram forma a um Jornal, atribuindo-lhe nome e conteúdo.Puderam ver o trabalho exposto aos outros olhares da Escola.Reflectiram sobre o trabalho realizado e fizeram a auto-avaliação.E todos cresceram com a pequena/grande viagem realizada.E todos aprenderam que vale a pena iniciar e concluir um trabalho

– para poder realizar outras viagens.Viajaremos, agora, até Serralves em busca de novos olhares.

As professoras

Alunos do 11º 9 com aprofessora de Português. Eratempo de fazer o jornal sobre oBarroco. E como a moda está namoda, escolheram BARROCOFASHION. Chique a valer!

Na Viagem… Ao Barroco…

Alunos do 11º 1 – Aalegria partilhada ao ver otrabalho realizado e poderdizer: «fomos nós quefizemos…»

...Que também contam a história da nossaescola

Estes trabalhos foram realizados nos anos 70.São tesouros guardados para que mais gerações os possam

continuar a apreciar.Os diferentes trabalhos que se vão produzindo agora continuam a

história da nossaescola.

Aquela vaisendo contada portodos os jovens eadultos que nelavivem muitas horasdos seus dias.

Exposição de Trabalhos...

GaussCarl Friedrich Gauss (1777-

1855) nasceu a 30 de Abril emBrunswich, na Alemanha, emorreu a 23 de Fevereiro emGotinga, na Alemanha.

Estudou na Universidade deGotinga de 1795 a 1798, ondepassou a ensinar Matemática apartir de 1807, sendo ao mesmotempo director do ObservatórioAstronómico pertencente àquelainstituição. Manteve ambos oscargos até à sua morte.

Gauss dedicou-se àmatemática, à astronomia, àgeodesia, à física-matemática eà geometria. O seu nome constade numerosos resultadosobtidos nos domínios daastronomia, da física e damatemática.

Nestas áreas, Gaussdemonstrou a denominada leifundamental da álgebra,segundo a qual uma equação dosegundo grau tem duassoluções, uma do terceiro temtrês e assim sucessivamente.Para tratar medidas astronómicas

desenvolveu o método chamadodos mínimos quadrados. Comeste sistema conseguiu calcularem pouco tempo e com grandeexactidão, as órbitas dos corposcelestes, a partir de poucasobservações. Obteve ainda aschamadas coordenadas deGauss – utilizam-seespecialmente para adeterminação de um ponto sobrea superfície da Terra (latitude elongitude); a curva de Gauss –curva da distribuição normalmediante a qual é possívelrepresentarem-se medidasprováveis da Estatística; ométodo da eliminação de Gauss– utiliza-se na análise numéricapara resolver sistemas deequações lineares; e o plano deGauss – plano pararepresentação dos númeroscomplexos.

Cristina Sofia, 10º 8

Bavaroise de afectoe laranja

Dissolvendo um pacote degelatina, lembro como éemocionante criar obras de artecomestíveis… Que prazer…

Derramo a gelatina numaforma de bolo como quem cuidade um bébé, cuidadosamente,canto-lhe para que se prenda àforma.

Levar ao lume, mexendo bem,uma mistura de gelatina, açúcar,leite, farinha e sumo de umalaranja, lembra-me a mistura desentimentos que é a vida. Pensocomo aquela misturaesbranquiçada me faz lembrar asnuvens num dia como o de hoje…

As claras em castelo… sólhes faltava serem azuis e quelindo mar pareciam! Onda declaras, claras como as teclasdesta linda máquina em queescrevo, sempre pronta a ajudar-me.

Misturo este mar fictício coma mistura de nuvens que criei hápouco. Qual paisagem perfeita!…é simplesmente fascinante.

Lavo a laranja com o mesmosentimento que alguém pode terquando se imagina lavando umfruto tão divino! Colo as suasfatias na forma do bolo como seestivesse fazendo festas aalguém.

Assim que a gelatina fica rija,deito na forma a mistura de marcom nuvens e levo ao frigorífico,esperando que da próxima vezque o vá abrir veja um bolo queme regale os olhos e a alma. Dezminutos antes de servir,encarrego-me de desenformar aminha criação com o maiorcuidado possível de imaginar,ansiosa, que me caiam lágrimasde alegria por tal beleza.!

Ana Lídia, 10º3

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11Abril/Maio/Junho - 2004

Formas de osagarrar:

-Ter orgulho na rica culturaportuguesa;

-Cuidar melhor do nosso país,protegendo o ambiente comoseres civilizados;

-Procurar inspiração nosbons êxitos desportivos;

-Contribuir para ocrescimento económico dePortugal, consumindo maisprodutos nacionais;

-Perspectivar o futuro comoptimismo, estabelecendo metase objectivos;

-Ter confiança em nóspróprios e nos outros;

-Trabalhar de forma solidária,(re)conciliando gerações;

-Conhecer o passado paranão repetir erros mas dar outrasglórias a Portugal;

-Encarar a escola como umtrabalho que nos abre portas parao sucesso pessoal, social eprofissional;

-Acreditar nos saberes dosprofissionais portugueses;

-Ter consciência do nossovalor no contexto ibérico,europeu e do mundo;

-Valorizar a culturaportuguesa a nível dagastronomia, música, cinema,literatura, pintura…;

-Desenvolver a cultura geral,lendo livros e jornais, recorrendoà internet, seleccionandoprogramas de televisão,participando em eventosculturais…;

-Divulgar melhor exposições,concertos, feiras, peças deteatro…;

-Prestar mais atenção à nossasaúde física e mental, através decuidados e exercício físicoregular;

-Amar e ser amado, porque oamor faz bem ao ego;

-Procurar o apoio da famíliana tomada de decisões;

-Manter os amigosverdadeiros e não deixar quesejam uma espécie em extinção;

-Fazer o que achamos melhore não só o que os outros queremque façamos;

-Escolher bem oagrupamento para que temosvocação;

-Tomar iniciativas sem estarsempre à espera da dos outros;

-Construir motivação pessoalna nossa vida quotidiana;

-Acreditar que somoscapazes de vencer percalços e

A geraçãoque diziamperdidaEsta voz que vosfala faz parte deuma geração quetodos consideravamperdida...

Parecia ser a frase favorita detodos e ouvi-a em cada cantoenquanto crescia... Claro que nãoa entendia e demorei a perceberque, por muitas vezes que adissessem, não era de factoverdade!!

Neste momento,

estamos numa nova Era, tenho16 anos e sinto que a frase não énecessariamente dirigida a mimnem a nenhum dos meus colegase amigos; na verdade, aabsolutamente ninguém da minhageração, da NOSSA geração.Agora sinto-me completamenteno direito de reivindicar, deresponder quando alguém meespeta com esta frase: Não! Aminha geração não está perdida!!Porque haveria de estar? Assimque lhes faço esta pergunta,bombardeiam-me com milrespostas, que não são respostasa nada a não ser às suas própriasfrustrações: a mais frequente: “Adroga! Consomem-nas nosbares, discotecas que frequentamtodas as noites, onde seembebedam até vomitarem astripas!” Não é verdade. A droganão se encontra só nos bares ediscotecas, podemos adquiri-laquando quisermos (nas escolasprincipalmente, onde acaba porser muito mais fácil que nosoutros sítios), mas mesmo assimmuitos de nós escolhem não ofazer e mesmo os que o fazem sãoapenas uma minoria e só umaminoria dessa minoria queexperimenta é que continua paraas drogas pesadas! A maioriafuma apenas um charro quandoestá com os amigos (e isso nãonos mata)! Não é que concordecom esta ideia mas tenho queenfrentar o facto de que nãoposso mudar o mundo sozinha,pois cada um sabe de si! Sópretendo deixar claro que,quando realmente queremos,somos responsáveis q.b., somoscriativos e não precisamos deajudas para nos divertir! E mais,a ideia de que os jovens só sedivertem se estiverem bêbedosestá completamente “out”; aliás,nos nossos grupos há cada vezmais a atitude de “quem não sabebeber, que beba água...” Outraacusação que nos fazem muitasvezes é a de que a nossa maneirade pentear e vestir nos faz parecerpapagaios...Mais uma vez, meussenhores, que mania degeneralizar! Já disse, cada caso éum caso; há os mais discretos,os que gostam de estar aocorrente das novas tendências(só pra dizer que percebo algumacoisa de moda!J), os maisexcêntricos e rebeldes... noentanto, todos nós que mudamosde gostos semana a semana, sónos vestimos com aquilo quegostamos e que reencontre anossa maneira de ser, estar eencarar a vida! Ao vestirmos oque queremos, fazemos o que ospsicólogos chamam de“afirmação de carácter”! Que eusaiba, a liberdade de expressãono nosso país é permitida, pois otempo da ditadura já passou... e,por falar em liberdade deexpressão, tantos são os quecriticam a nossa maneira de falar(principalmente os pais)! Agoracomeço a correr o risco de merepetir mas, sinceramente, achoque são assuntos em que

ninguém se deve meter, a não serquem não se importe de usarcertas expressões como: Dah! Seique é irritante, mas só nós é quepodemos acabar com essamoda... se nos apetecer!!!Numa de conclusão (e porque aminha stora de português diz quetodos os textos têm que ter uma):depois da expressão “geraçãorasca” que nos pôs a deitar fumopelas orelhas, só mesmo dizeremque estávamos perdidos echamarem—nos “geração Dah”também não ajudou... agoraapenas uma “geração tá-se” paraaguentar tudo isto e afirmar-secomo futuro desta nação! Masaté lá , e porque falta ainda muitotempo, CURTAM A VIDA!!....Tá-se?! E portem –se mal mas... comclasse!

Alexandra Silva Nº1 11º9

Cidadãos“pequenos”…

País “ENORME”…!

«As coisas estão cada vezpior, mas…» Nada. Só isso mesmoa seguir ao “Mas”: umas grandes,enormes reticências, o maiorpossível, para não haver espaçopara coisas que incomodam, paracompromissos, confrontos, oucontestações… As pessoas têmmedo do conflito e – coisa terrívelé esta que nos pode “engolir”! –do compromisso. É um medo quevemos ser cultivado entre osdias, regado e adubado pelaausência de palavras, ausência deactos, gestos, ausência deconvicções. Um medo-em-forma-de-cacto, que sobrevive noquase nada da areia, de umbranco falta-de-palavras, falta-de-gestos, falta-de-actos-e-convicções, do árido deserto.Medo-em-forma-de-cacto, quecom os seus espinhos afasta asmãos mais corajosas (e, nestecaso, sensatas!.

Numa época onde tanta gentese queixa que as coisas estãomal, deveria procurar-se o debate,fomentar o confronto,“espicaçar” as mentespreguiçosas. “Espicaçar”mesmo!, picar, perfurar, da mesmaforma que a expressão “pica” e“perfura” os nossos ouvidos. Noentanto, cada vez mais as pessoasse resignam a uma atitudepassiva, e aceitam o que lhes éimposto. Sentadas à frente dosseus computadores e televisões,“curtem” o momento, agarradasà convicção (tão frágil…) – quenão é convicção nenhuma, sóuma crença (cega) – de queamanhã “alguém” terá resolvidoos seus problemas.

É preciso incomodar,“chatear” estas almasresignadas, é preciso dinamizarprojectos que façam mover ascoisas. Quem poderia (edeveria?…) ir à luta – pessoasconhecidas, pessoas ricas, ouque estejam à frente, no poder –é tentado, pelas facilidades da

vida que o seu estatuto lhespermite, a ficar parado. E depois,sabe-se lá se a pessoa queconfrontarão não será o seu“juiz” um dia mais tarde…? Étudo uma questão de favores. Ecomodidades.

Numa sociedade cada vezmais “científica”, os técnicos,como bons técnicos, devemapenas preocupar-se comquestões técnicas. Pagam-lhespara produzir, devem produzir,ponto final, como técnicoseficientes que se espera quesejam. Foi para isso que tiraramum curso. Foi para isso queaprenderam todas asMatemáticas, Físicas, Químicas eElectrónicas… Para que precisamde saber para quê, em quê ou porquem é que vai ser utilizado o seuproduto, e que consequênciasisso pode trazer? Mas deveriam…Por uma simples questão de bomsenso e consciência (que se podemanter “limpa”, ou não). A pardas Matemáticas, das Físicas,das Químicas e das Electrónicas,deveria ser ensinado a um bomtécnico, ou pelo menos a um bomtécnico-pessoa (que suponho,são todos) muito mais coisas.

A dita conjunção adversativa(nome feio…!) lá fica sozinha, noinício da segunda frase destetexto, deixada àqueles trêspontinhos grandes, enormes!, omaior possível, mas, de qualquermaneira, pontinhos (pontinhos-p e s s o a s - s e m - c o n v i c ç õ e s ,pontinhos-mentes-vazias).

É preciso gente para “colorir”este “Mas” com um “eu vou”, “eufaço”, “eu falo”, “eu grito”… Nãome refiro aos políticos e patrões,às “grandes” pessoas do nossopaís (a quem estupidamentechamam “grandes”). Aliás, éexactamente a isso que eu NÃOme refiro. Precisam-se pessoas“pequenas” (a quemestupidamente não chamam“grandes”), alunos “pequenos”,funcionários “pequenos”,doutores “pequenos”, escolas“pequenas”, repartições“pequenas”, hospitais“pequenos”, famílias“pequenas”, para dinamizarprojectos maiores e não ocontrário!

Quando o conseguirmos – termuitos cidadãos “pequenos” deprojectos “grandes” – o nossopaís tornar-se-á, então, num paísgrande, de projectos enormes…!E “enormes” não significanecessariamente de grandetamanho.

São precisos projectosenormes no sentido em quepossam trazer dignidade equalidade de vida às pessoas, esensibilizá-las para isso;projectos que fomentem grandesideais, que nos tornem a todos(políticos e não-políticos, adultose mais jovens) os pequenos“grandes” cidadãos quepoderão, efectivamente, cobrireste “Mas…” de cores, de sons,sabores mais dignos, etransformar aquelas reticênciasem pontinhos-pessoas-de-grandes-projectos e pontinhos-mentes-de-grandes-ideias.

Maria Beatriz Soares, 10º3

Geração XX/XXI:Auto-estima e Bom Ambiente – necessário eurgente!

adversidades;-Conhecermo-nos bem a nós

próprios para bem conhecer osoutros;

-Privilegiar os momentosbons em vez de nos refugiarmosno pessimismo;

-Construir uma memória,tendo em conta o passado, opresente e o futuro;

-Trabalhar para o bem comume não apenas para si próprio;

-Acreditar que as pequenasmudanças nos hábitosquotidianos se traduzem emenormes ganhos para o país;

-Deixarmo-nos de lamúrias equeixas e perseguir objectivosmais altos;

-Pôr as ideias no lugar e agir;-Questionar o «politicamente

correcto» e remar contra a maré,se for necessário;

-Rejeitar a passividade e osrótulos: os betos, os dreads, osgóticos…;

-Reconhecer qualidades nosoutros e não ver apenasaspectos criticáveis;

-Sermos nós os primeiros amudar em vez de exigir só amudança dos outros;

-Procurar vias de satisfaçãocomo desportos ao ar livre,voluntariado…;

-Mostrar empenho edeterminação em tudo o que sefaz;

- Dar valor ao quesomos, ao que temos, ao quevemos, ao que ouvimos…

Turma 11º 1(Lembrando, à nossa maneira eno nosso tempo, a Geração de70!)

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12 Abril/Maio/Junho - 2004

O que a escola escreveu:

Sê cuidadoso, não deites lixo para o chão.Não poluas, porque, se o fizeres, estás a ir contra a natureza.Não atirar lixo para o mar.Não cuspir para o chão.Não deixes lixo por onde passas.As árvores são impotentes: no futuro não serão reais. Trata-as bem.Podes comprar roupa e sapatilhas de marca, mas não podes

comprar ar puro, um mar azul para nadares, o cheiro a terra molhada...Protege o ambiente.

O ambiente é a tua casa.Fechemos a torneira, quando não se está a utilizar a água.Não poluir é ser cidadão responsável.Vamos o lixo transformar para a saúde aumentar.Respeita aquilo que é de todos.Reciclar é para lembrar.Faz do ambiente a tua fonte de vida.Separar as embalagens.Apagar a luz quando não é necessária.Amar a natureza como uma amiga.Se tiveres amor dentro de ti, respeitas o ambiente.Não deitar lixo nos rios.Tratemos a natureza como um interlocutor à nossa altura.Se o ambiente ajudar, a poluição vai acabar.Menos lixo – mais saúde.

A ÁRVORE DAS NOSSAS RESPOSTAS

Respondendo à questão lançada pelo PÚBLICO/concurso dos jornais escolares – «Que fazer para proteger o ambiente?» – o jornal 3º Toque solicitou à comunidade escolarque apresentasse sugestões práticas para cada um de nós, e todos, melhorarmos o ambiente.

O espaço de escrita foi papel de cenário – no qual foram desenhadas árvores – colocado no átrio da escola e num dos corredores.Agradecemos a colaboração de todos – de quem escreveu (obrigada, pelas palavras e sobretudo pelos actos), de quem desenhou as árvores (obrigada, Rita)...

As fotografias revelam o interesse dos nossos alunos pelo tema. Está no ar... o Ambiente vai melhorar.

Preserva o ambiente, como se fosse a tua vida; sem ele não podesviver.

Plantemos mais árvoresNão usar combustíveis fósseis.Ser civilizado é a chave para um bom ambiente.Quem polui, mata.Não poluir a natureza: não deitar lixo para o chão, pois o ambiente

não é nenhum centro de recolha de lixo.Tratar os esgotos.Separar os resíduos.Saber as regras que cada um deve cumprir.Levar as ideias às acções.Ao proteger o ambiente, estamos a assegurar o nosso futuro.

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