AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS ... · tecido ósseo. Caracterizam-se por...

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO MAYRA PAULA DE OLIVEIRA LIMA AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS OSTEOBLÁSTICAS OFCOL II Londrina 2016

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO

MAYRA PAULA DE OLIVEIRA LIMA

AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS OSTEOBLÁSTICAS OFCOL II

Londrina

2016

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MAYRA PAULA DE OLIVEIRA LIMA

Londrina

2016

AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS OSTEOBLÁSTICAS OFCOL II

Dissertação apresentada à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação (Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina - UEL e Universidade Norte do Paraná – UNOPAR). Orientador: Profa. Dra. Deise A. A. Pires Oliveira

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MAYRA PAULA DE OLIVEIRA LIMA

AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS

OSTEOBLÁSTICAS OFCOL II

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Programa de Pós-Graduação Mestrado

em Ciências da Reabilitação (Programa Associado entre Universidade Estadual

de Londrina [UEL] e Universidade Norte do Paraná [UNOPAR]), como requisito

parcial para a obtenção do título de Mestre conferida pela Banca Examinadora

formada pelos professores:

_________________________________________

Profa. Dra. Deise A. A. Pires Oliveira

(Orientadora)

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

_________________________________________

Prof. Dr. Rodrigo Franco de Oliveira

(Membro Interno)

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

_________________________________________

Prof. Dra. Berlis Ribeiro dos Santos Menossi

(Membro Externo)

Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

Londrina, 02 de Dezembro de 2016

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Dedico este trabalho a minha família que me

apoiou durante toda essa caminhada e que não

mediu esforços para que eu chegasse até aqui.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me permitir começar e concluir essa

etapa e me carregar no colo durante todo o caminho.

A Professora Deise Aparecida de Almeida Pires Oliveira, minha

orientadora, por todo conhecimento, dedicação e empenho na formação desse

trabalho. Além de professora, hoje se tornou uma grande amiga.

Ao Professor Rodrigo Franco de Oliveira e Professora Regina

Célia Poli Frederico, por todo auxílio e incentivo durante esta trajetória, muito

obrigada pelos ensinamentos.

Aos meus pais, Paulo e Jaqueline, que muitas vezes

renunciaram seus sonhos para que os meus se tornassem reais. Por todas as

vezes que não me deixaram desistir e me incentivaram a ser cada vez melhor.

E a minha irmã Mylena por estar sempre ao meu lado, sendo parceira e aliviando

minha carga sempre que possível.

Ao meu noivo Fernando, por toda a paciência, pelo apoio e por

me amar mesmo quando eu não estava presente. Por me ajudar e não medir

esforços para que esse sonho se tornasse real.

A Ana Flávia que me ajudou muito, que me incentivou desde a

inscrição até o último momento. Que é minha parceira de profissão e de vida.

Obrigada por tudo!

E as meninas do LACCEL, Priscila, Stheace, Jéssica, Larissa e

Flávia por toda a ajuda, conhecimento e paciência para nos ensinar.

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“É melhor lançar-se em busca de conquistas

grandiosas, mesmo expondo-se ao fracasso, do

que alinhar-se com os pobres de espírito, que

nem gozam muito, nem sofrem muito, porque

vivem numa penumbra cinzenta, onde não

conhecem nem vitória nem derrota..."

Theodore Roosevelt

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RESUMO Introdução: O osso é um tecido extremamente ativo e por isso no esqueleto em desenvolvimento, essa atividade é primariamente voltada para o crescimento e a remodelação óssea. Sendo assim, as células osteoblásticas são responsáveis pela formação de matriz óssea e também pela remodelação óssea. A estimulação com ultrassom pulsado de baixa intensidade é um dos recursos mais conhecidos para estimular a formação óssea e é amplamente utilizado para acelerar a cicatrização de fraturas e maturação óssea na osteogênese. Objetivo: Analisar os efeitos da terapia ultrassônica de baixa intensidade em cultura celular de osteoblastos. Métodos: As células OFCOLII foram cultivadas em frascos de 25 cm3 com 90% meio DMEM, suplementados com 10% SFB e 1% antibiótico e antimicótico; mantidas na estufa de CO2 em atmosfera de 5% a 37°C e em seguida, foram plaqueadas em placas de 12 poços. A irradiação foi realizada com ultrassom de 1 MHz e as células foram divididas em cinco grupos: Grupo 1 (controle), Grupo 2 (0,2 W/cm² - 10%), Grupo 3 (0,5 W/cm² - 10%), Grupo 4 (0,2 W/cm² - 20%), Grupo 5 (0,5 W/cm² - 20%), onde cada poço recebeu 2 minutos de irradiação nos tempos 24, 48 e 72 horas. Para avaliação de proliferação celular foi utilizado o método MTT, que foi realizado em 24 horas após cada irradiação ultrassônica. Resultados: Dos grupos analisados, o G2 (0,2 W/cm² - 10%) foi o que apresentou um aumento significativo na proliferação celular, em 24 e 48 horas (p=0,04), e posteriormente apresentando uma queda para 72 horas. Conclusão: A dosagem 0,2 W/cm2 com regime de pulso 10%, apresentou a melhor resposta para a proliferação celular. Os resultados in vitro demonstram efeito do ultrassom nas células osteoblásticas OFCOLII, indicando que este recurso induz proliferação celular, sendo assim, este resultado pode ajudar futuras investigações no uso da terapia ultrassônica e tratamento de patologias ósseas. Palavras Chave: Ultrassom, Osteoblastos, Reparo ósseo, Reabilitação

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ABSTRACT Introduction: Bone is an extremely active tissue and therefore in the developing skeleton, this activity is primarily geared towards bone growth and remodeling. Thus, osteoblastic cells are responsible for the formation of bone matrix and also for bone remodeling. Low intensity pulsed ultrasound stimulation is one of the most well-known features to stimulate bone formation and is widely used to accelerate the healing of fractures and bone maturation in osteogenesis. Objective: To analyze the effects of low intensity ultrasonic therapy on osteoblast cell culture. Methods: OFCOLII cells were cultured in 25 cm 3 flasks with 90% DMEM medium, supplemented with 10% FBS and 1% antibiotic and antimycotic; Maintained in the CO2 oven in 5% atmosphere at 37 ° C and then plated in 12-well plates. The irradiation was performed with 1 MHz ultrasound and the cells were divided into five groups: Group 1 (control), Group 2 (0.2 W / cm² - 10%), Group 3 (0.5 W / cm² - 10% ), Group 4 (0.2 W / cm² - 20%), Group 5 (0.5 W / cm² - 20%), where each well received 2 minutes of irradiation at times 24, 48 and 72 hours. To evaluate cell proliferation, the MTT method was used, which was performed 24 hours after each ultrasonic irradiation. Results: G2 (0.2 W / cm² - 10%) showed a significant increase in cell proliferation, in 24 and 48 hours (p = 0.04), and afterwards showed a drop to 72 Hours. Conclusion: The dosage 0.2 W / cm2 with a 10% pulse rate presented the best response to cell proliferation. The in vitro results demonstrate the effect of ultrasound on the OFCOLII osteoblastic cells, indicating that this feature induces cell proliferation, so this result may help future investigations in the use of ultrasonic therapy and treatment of bone pathologies. Keywords: Ultrasound, Osteoblasts, Bone repair, Rehabilitation

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Comparação das médias intra-grupo .......................................... 30

Tabela 2- Comparação das médias entre os grupos ................................... 30

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Modo de propagação das ondas ultrassônicas .......................... 17

ARTIGO

Quadro 1. Parâmetros de irradiação ultrassônica ....................................... 29

Figura 1. Proliferação celular em relação ao tempo e intensidade ............ 32

Figura 2. Microscopia Óptica ........................................................................ 33

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LISTA ABREVIATURAS OU SIGLAS:

USP – Ultrassom Pulsado

DNA – Ácido Desoxirribonucleico

RNA – Ácido Ribonucleico

ELISA - Enzyme Linked Immunosorbent Assay

MTT - [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5 diphenyltetrazoliumbromide]

US – Ultrassom

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13

2. OBJETIVOS ................................................................................................. 15

2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 15

2.3 Objetivo Específico ................................................................................. 15

3. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 16

3.1 Tecido ósseo ........................................................................................... 16

3.2 Características Gerais do Ultrassom Pulsado e Contínuo ...................... 16

3.2.1 Efeitos do Ultrassom pulsado e contínuo ............................................. 19

3.3 Aplicação do ultrassom em reparo do tecido ósseo ................................ 23

3.4 Instrumentos de Avaliação ...................................................................... 25

4. ARTIGO ....................................................................................................... 26

5. CONCLUSÃO GERAL ................................................................................. 43

6. REFERENCIAS GERAIS ............................................................................. 44

7. ANEXOS ...................................................................................................... 53

Projeto de Pesquisa ...................................................................................... 53

Normas Da Revista ....................................................................................... 56

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1. INTRODUÇÃO

As células osteoblásticas, responsáveis pela formação de matriz óssea

consistem num espectro de células osteoprogenitoras derivadas de células

estaminais mesenquimais que se diferenciam para a formação de osso maduro;

estas células também são responsáveis pela manutenção de outros sistemas

fisiológicos como a eritropoiese e modulação das funções endócrinas do osso,

entre outras. Além disso, são responsáveis pela remodelação óssea, porém,

este processo está suscetível a agressões externas, que podem influenciar no

equilíbrio dessa atividade, alterando o processo de remodelação.1,2

É bem relatado o fato de que agentes físicos, podem estimular o processo

de cicatrização e regeneração de diferentes tecidos, como a pele, o osso,

tendões e nervos periféricos. O ultrassom (US) é uma modalidade terapêutica

bem estabelecida que apresenta uma influência positiva sobre a inflamação,

reparação e remodelação óssea, uma vez que, pode aumentar a atividade

angiogênica, condrogênica e osteogênica.3,4

A terapia com ultrassom pulsado (USP) de 1 MHz é um dos recursos mais

conhecido para estimular a formação óssea na área de ortopedia. É amplamente

utilizado para acelerar a cicatrização de fraturas, maturação óssea na

osteogênese. Para influenciar a reparação óssea, o USP se distingue por ser

não invasivo e de fácil aplicação, além de que o USP apresenta uma intensidade

suficientemente baixa para ser considerado não destrutivo.5

Nesse contexto, pode-se destacar que os efeitos do US quando aplicado

in vitro evidenciam íntima ligação com o tipo celular, propiciando síntese do ácido

Desoxirribonucleico (DNA) em periósteo, osteoblastos e fibroblastos. Sendo

assim, ressalta-se a relevância dos estudos em cultura celular quando

correlacionados à ação do ultrassom, uma vez que possibilitam a

complementação das investigações in vivo, proporcionam controle rígido sobre

as inúmeras variáveis e, ainda, potencializam os conhecimentos sobre o

emprego dessa ferramenta terapêutica.6

No entanto, a ação do USP atuante no metabolismo celular osteoblástico

in vitro, não foram totalmente elucidados, há uma escassez de literatura cientifica

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com este recurso em cultura celular osteoblástica. Diante do exposto, os

resultados dessa pesquisa nortearão para o aumento do processo de

estimulação e proliferação de células osteoblásticas a partir da terapia

ultrassônica.

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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Analisar os efeitos da terapia ultrassônica pulsada de baixa intensidade

(1 MHz) em cultura celular de osteoblastos.

2.3 Objetivo Específico

Analisar o efeito do ultrassom em diferentes parâmetros em cultura

osteoblástica, avaliando a proliferação celular correlacionando com o reparo

ósseo.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Tecido ósseo

O osso é um tecido mineralizado e extremamente ativo. No esqueleto em

desenvolvimento, essa atividade é primariamente voltada para o crescimento e

a remodelação óssea, processos pelos quais o osso atinge sua forma e seu

tamanho. 7

As células osteoblásticas são células responsáveis pela formação do

tecido ósseo. Caracterizam-se por possuir grande quantidade de retículo

endoplasmático rugoso e complexo de Golgi, sendo assim, sintetizam os

componentes de matriz orgânica e controlam a mineralização dessa matriz.8

A remodelação óssea é definida como um processo de aposição no qual

há remoção localizada do osso antigo (reabsorção) e substituição por osso

recentemente formado. Esse evento continua por toda a vida adulta do indivíduo,

sendo responsável pela renovação do esqueleto e mantendo sua integridade

anatômica e estrutural. Isso é um processo fisiológico constante no qual a

formação óssea é correspondente à reabsorção, sendo regulada por diversos

fatores, como mecanismos regulatórios intracelulares, influência hormonal,

fatores locais e externos.7

Um desequilíbrio entre formação e reabsorção óssea pode gerar uma

modificação na microarquitetura óssea. Uma diminuição da densidade mineral

óssea leva à osteoporose, o que gera um comprometimento da resistência do

osso a traumas de baixa energia predisposto a um aumento da ocorrência de

fraturas.9

3.2 Características Gerais do Ultrassom

O ultrassom é uma forma de energia mecânica que se propaga por

ondas de pressão acústica de alta frequência. Ao serem transmitidas para o

interior do corpo, as ondas promovem microdeformações nos tecidos

estimulados, e são capazes de gerar efeitos positivos sobre a inflamação,

reparação e remodelação óssea para acelerar ou iniciar os processos

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angiogênicos, condrogênicos e osteogênicos. 3,10

Os equipamentos específicos de ultrassom terapêutico são compostos

por um transdutor e um circuito elétrico. O circuito elétrico transforma a tensão

da rede de alta frequência em corrente alternada que é convertida por um

transdutor em vibrações acústicas ou mecânicas pela inversão do efeito

piezoelétrico.11,12

Segundo Ter Haar,13 as vibrações acústicas produzidas pelo ultrassom

induzem mudanças celulares alterando o gradiente de concentração das

moléculas e íons de cálcio e potássio, o que estimula a atividade celular;

podendo resultar em diversas alterações, como aumento da síntese proteica e

secreção de mastócitos bem como, modificações na mobilidade dos fibroblastos.

Na fisioterapia, o ultrassom é definido pelas oscilações, ondas cinéticas

ou mecânicas produzidas pelo transdutor vibratório que, colocado sobre a pele,

atravessa e penetra no organismo em diferentes profundidades, dependendo da

frequência. Dessa forma, o efeito piezoelétrico só pode ser obtido se o material

cristalino possuir dipolos (regiões com cargas negativas e positivas) em suas

moléculas. Esse efeito, então, transforma tanto energia acústica em energia

elétrica, quanto energia elétrica em acústica, produzindo uma vibração mecânica

que é o ultrassom.14

As ondas ultrassônicas são ondas mecânicas e longitudinais que

transmitem energia através da matéria causando uma oscilação nas posições de

equilíbrio e de suas partículas. As ondas de água, o movimento de uma corda

de violino e as ondas eletromagnéticas, como as usadas na diatermia de ondas

curtas, terapia com infravermelho e corrente interferencial, são exemplos de

ondas transversas.15,16

As ondas se propagam a partir uma corrente alternada que é transmitida

através de um cristal piezoelétrico (quartzo) alojado em um transdutor. A

vibração desses cristais provoca a produção mecânica das ondas sonoras de

alta frequência acima de 20.000 Hz.17,18

A possibilidade de usar diferentes frequências entre 1 e 3MHz é

importante na medida em que as frequências mais altas (3MHz) são absorvidas

mais intensamente, tornando-as mais específicas para o tratamento de tecidos

superficiais, enquanto que as frequências mais baixas (1MHz) penetram mais

profundamente, devendo ser usadas para os tecidos mais profundos. 17

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Nos meios sólidos as ondas ultrassônicas, podem ser produzidas ondas

de três tipos: longitudinal, transversal e superficial. A onda longitudinal ou

depressão caracteriza-se por causar oscilações nas partículas na mesma

direção de propagação da onda. A onda transversal causa oscilações nas

partículas em direção perpendicular à direção de propagação da onda; e a onda

superficial causa oscilações elipsoidais nas partículas. Nos meios líquidos e

gasosos só podem ser produzidas ondas do tipo longitudinal.17

Figura 1. Modo de propagação das ondas ultrassônicas.

O Ultrassom destaca-se como uma forma terapêutica que apresenta

evidências clínicas para uso em lesões musculoesqueléticas com o objetivo de

acelerar a cicatrização, diminuir a rigidez articular, reduzir dor e espasmo

muscular, aumentar a síntese de colágeno e regeneração da inervação

periférica. Além disso, o ultrassom pode aumentar a densidade de osteoblastos,

estimular a secreção de matriz celular e de fatores de crescimento envolvidos na

consolidação de fraturas. Contudo, existem relatos sobre sua aplicação em

fraturas, apresentando bons resultados na formação e consolidação do calo

ósseo, tanto em modelos animais, como em humanos.19

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3.2.1 Indicações do Ultrassom pulsado e contínuo

A aplicação terapêutica do ultrassom tem sido muito empregada

em lesões de tecidos, ósseas e articulares e na otimização da cicatrização. Suas

indicações são muito abrangentes em relação às doenças musculoesqueléticas

envolvendo desde traumas, cicatrização de úlceras, aumento de circulação

sanguínea de tecido isquêmicos, redução de edema, estímulo cicatricial

tendinoso, liberação de aderências e ainda como recurso analgésico e anti-

inflamatório.20

Clinicamente, o ultrassom produz respostas significativas a partir de

células e tecidos, incluindo a degranulação das células de suporte, que altera a

função celular da membrana, o aumento dos níveis de cálcio intracelular, o

estímulo às atividades fibroblásticas, o aumento da síntese de proteínas,

angiogênese, aumento da permeabilidade vascular, aumento da densidade de

osteoblastos, estimula a secreção de matriz celular e de fatores de crescimento

envolvidos na consolidação de fraturas. Dessa forma, o uso deste recurso em

consolidação de fraturas, apresenta bons resultados na formação e consolidação

do calo ósseo, tanto em modelos animais, como em humanos. 15

O ultrassom pode ser indicado nas fases aguda e crônica do processo

inflamatório. Os efeitos são dependentes de alguns fatores, tais como tempo de

exposição, intensidade, a estrutura espacial e temporal do campo ultrassônico e

o estado fisiológico do local a ser tratado. Sendo assim, os mecanismos físicos,

térmicos e atérmicos acarretam respostas clinicamente significantes sobre o

organismo, órgãos, tecidos e células tratados.21,22

Existem algumas implicações da exposição à irradiação ultrassônica

como: regeneração tissular, reparação dos tecidos moles, aumento na circulação

sanguínea, liberação de macrófagos, síntese de proteína e ativação do ciclo de

cálcio, consequentemente aumentar a mobilidade articular e a extensibilidade

em tecidos ricos em colágeno, reduzir os espasmos musculares e aliviar a dor.22

Os efeitos benéficos do ultrassom observados na aplicação pulsada de

baixa intensidade são: aceleração no processo de reparo tecidual , ativando a

proliferação de fibroblastos, angiogênese, formação de tecido de granulação, e

consequente síntese de colágeno, favorecendo a redução do número de

leucócitos e macrófagos no interior da lesão,23 proporciona ainda, a modulação

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na atividade biosintética e expressão de integrinas24 e estimulação de sistemas

anti-inflamatórios em células de membrana sinovial.25

Os efeitos biológicos do ultrassom dependem de muitos fatores físicos,

tais como intensidade, tempo de exposição, estrutura espacial e temporal do

campo ultrassônico e estado fisiológico do objeto. O ultrassom é um recurso

amplamente empregado nas afecções do sistema musculoesquelético, visando

principalmente ao controle dos sinais e dos sintomas inflamatórios, ao estímulo

a fibroplasia, a osteogênese e a modulação da dor.12,26

Em geral, estes efeitos estão relacionados com a permeabilização

transitória da membrana celular mediada pelo ultrassom e são muitas vezes

atribuídas aos efeitos biofísicos, como a cavitação e microfluxo acústico. 27

O ultrassom pode exercer efeitos anabólicos diretos, como a estimulação

do fator de crescimento, expressão gênica e produção de matriz extracelular

para melhorar o efeito terapêutico. Os efeitos biofísicos são causados por

estresse mecânico, cavitação e calor na membrana plasmática e do

citoesqueleto. Este recurso, tem sido utilizado na fisioterapia para estimular a

diferenciação de células formadoras de ossos e cicatrização de feridas. 28

Os efeitos do ultrassom sobre os tecidos ocorrem através de 2

mecanismos:

(1) efeitos térmicos que são adquiridos com a aplicação contínua;

(2) e os efeitos não térmicos adquiridos com a aplicação pulsada.

O efeito térmico usualmente é acompanhado de intensidades mais altas,

e é proveniente do modo contínuo, condicionando a célula a uma excitação que

aumenta a atividade celular, por meio da associação entre a cavitação estável e

a transmissão acústica.29 Também através da aplicação no modo contínuo são

encontrados efeitos como expressão de ácido ribonucleico (RNA) específico

para cartilagem em cultura de condrócitos30 e hipertrofia das fibras

musculares.31,32

A ação térmica apresenta fins curativos de lesões em partes ósseas e

moles, tendo como objetivo analgesia, redução da espasticidade e rigidez

articular, aumento do fluxo sanguíneo e produção de colágeno.33

Já o efeito atérmico, obtido na aplicação pulsada, habitualmente é

direcionado ao tratamento de lesões mais graves ou agudas, por melhorar a

qualidade e velocidade da recuperação sem aumentar a temperatura local29.Os

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efeitos atérmicos resultam de eventos mecânicos (cavitação, correntes acústicas

e microfluxo) produzidos pela passagem da onda sonora nos tecidos e estão

relacionados: ao aumento da permeabilidade da pele e da membrana celular, ao

aumento dos níveis de cálcio intracelular, ao aumento da síntese proteica, da

atividade de fibroblastos e condrócitos, ao aumento da degranulação de

mastócitos e da atividade dos macrófagos.26

Uma série de processos biológicos estão entre os efeitos atérmicos do

ultrassom, a micromassagem, correntes acústicas, ondas estacionárias e

cavitação.34

A micromassagem atribui-se as oscilações provocadas pelo feixe

ultrassônico que atravessa os tecidos. A movimentação desses provoca um

aumento na circulação dos fluidos intra e extracelulares, facilitando a retirada de

catabólitos e a oferta de nutrientes. A micromassagem, devido ao efeito

mecânico, vibrações sônicas que o ultrassom provoca, acaba gerando calor por

fricção.34,35,36

Cavitação é a formação e o crescimento de cavidades ou bolhas de ar, ou

vapor, em um meio. Esse fenômeno pode ser induzido pela irradiação

ultrassônica. Nas células biológicas, o ultrassom pode alterá-las tanto estrutural

como funcionalmente através da cavitação, pois o colapso das bolhas libera

grande energia que pode romper ligações moleculares, provocando a produção

de radicais livres H+ e OH-, altamente reativos, e, como consequência, causar

alterações químicas nas células, chegando até a provocar a lise celular.15

Existem dois tipos de cavitação: a cavitação estável e cavitação

instável, sendo a primeira responsável pela produção dos efeitos terapêuticos

desejados e a segunda pelos efeitos deletérios as células.

A cavitação estável define a presença de bolhas de gás nos fluídos

devido à energia ultrassônica.37 Estas bolhas são em diferentes espessuras e

tamanhos dependendo do tipo do sinal do ultrassom e com o movimento do

fluído local.

Transmissão acústica é definida como um fluído perto de uma estrutura

vibrante como uma bolha de gás de cavitação estável resultando em

transmissões localizadas de alta velocidade. Estes mecanismos causam

movimentação e transferência nos íons intra e extracelular. Um aumento na

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transferência de íons intra-celular altera a permeabilidade da membrana,

resultando em alteração das propriedades eletrofisiológicas das células. Foi

provado que a aplicação do ultrassom aumenta a condutibilidade dos íons para

22% e diminui a necessidade de consumo da adenosina trifosfato pelo canal de

sódio-potássio.38

O ultrassom pode se apresentar em altas e baixas frequências e

potencias, consequentemente pode ter diferentes efeitos no tecido a ser tratado.

Quando o ultrassom se propaga, o material torna-se compactado. Assim, as

ondas de pressão entram no meio e se expandem novamente quando saem. Em

tecidos vivos, estas repetidas compressões e rarefações podem causar bolhas

microscópicas em forma biológica de fluidos que crescem em tamanho e oscilam

até que implodem. Altas temperaturas podem ocorrer dentro das bolhas e as

forças geradas pelo colapso das bolhas podem causar a morte celular através

de processos mecânicos.39

O processo pelo qual pequenas bolhas em um líquido são forçadas a

oscilar na presença de um campo sonoro é chamado de cavitação não-inercial

ou estável. No entanto, quando um volume de líquido é submetido a uma pressão

suficientemente baixa, pode ocorrer o rompimento da bolha, sendo

consequência deste efeito a cavitação instável.40 Este processo mecânico é

produzido por equipamentos de ultrassom em altas potências ou em baixas

frequências e associado às altas temperaturas produzidas pelo fenômeno de

cavitação que são suficientes para destruir o tecido focalizado, mas existe a

grande vantagem de que o tecido circundante tratado permanece inalterado.41

Os efeitos da cavitação no tecido têm aplicações terapêuticas, mas ainda pouco

estudadas e, às vezes, estes efeitos podem ser imprevisíveis e difíceis de

controlar.42, 43

A frequência, a intensidade e o tipo de tecido submetido à irradiação

implicam no grau de aquecimento gerado pelo aparelho. Mas, para que esteja

dentro dos padrões desejados, é fundamental que o tecido tratado atinja uma

temperatura entra 40 e 45°C por cerca de cinco minutos. Caso a temperatura

não atinja esse número, existe a possibilidade de não serem obtidas as ações

terapêuticas desejadas, e também se esse valor for superior, pode haver danos

celular. 44,45

Para que haja uma resposta fisiológica, a área a ser tratada, o modo de

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emissão (contínuo ou pulsado), o período de aplicação e de aquecimento, a

dimensão a ser aquecida, a presença de superfícies refletoras, a temperatura

máxima alcançada, a profundidade (1 ou 3 MHz), a técnica de aplicação, e as

características específicas de cada aparelho, são essenciais em sua

delimitação.19

Tanto no modo pulsado como no contínuo, há indução de respostas como

analgesia, regressão de edema e aceleração cicatricial em injúrias teciduais,

propiciando assim, maior rapidez no retorno da função.31

Ambos ocorrem no organismo, mas a proporção e a magnitude de cada

um deles dependem do ciclo de fornecimento e da intensidade de saída37. Sendo

assim, a profundidade de penetração aumenta com a elevação da frequência.32

3.3 Aplicação do ultrassom em reparo do tecido ósseo

O USP é utilizado desde quando Yasuda, em 1957,45 constatou o conceito

de piezoeletricidade do osso. Desde então, estudos vem sendo realizados para

investigar os efeitos do ultrassom na aceleração do reparo ósseo.

O reparo ósseo é um processo regenerativo complexo que inclui uma

série de eventos biológicos, como a síntese ativa de genes e a ação de um

grande número de células e proteínas, que determinarão a reestruturação do

tecido ósseo. No entanto, no decorrer desse processo, podem ocorrer alterações

que irão prejudicar ou atrasar a regeneração ou até mesmo que ocorra a não-

união óssea.46

O reparo ósseo pode ser influenciado positivamente pelo uso do USP por

acelerar o metabolismo e auxiliar no controle do processo inflamatório, com

consequente aumento da síntese de colágeno, permitindo a aceleração da

consolidação óssea.22

A consolidação da fratura é um processo que envolve a proliferação e

diferenciação celular, quimiotaxia e síntese de matriz extracelular, responsável

pelo restabelecimento da integridade mecânica, e consequentemente funcional,

do tecido ósseo. No entanto, este processo, pode ocorrer lentamente (retardo de

consolidação) ou até não acontecer (pseudoartrose), resultando em deficiência

ou incapacidade dos indivíduos.47

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A propriedade elétrica do tecido ósseo, particularmente a

piezoeletricidade, motivou diversos pesquisadores a desenvolverem técnicas

que repercutissem na alteração do metabolismo ósseo, caso a consolidação não

ocorresse no tempo esperado ou até mesmo para acelerar esse metabolismo

em fraturas recentes. A aceleração do processo de consolidação de fraturas por

US, de forma pulsada, encontra-se bem documentada na literatura científica.41,42

O estímulo elétrico produz uma maior atividade mitótica das células, as

quais se agruparão segundo polaridades compatíveis com sua natureza, onde

osteoblastos serão atraídos pelo pólo negativo e os osteoclastos pelo pólo

positivo, promovendo, assim, o reparo ósseo segundo o processo de

retroalimentação negativa.49

Em estudo de Oliveira et al.,50 estes relatam que a aceleração da

consolidação da fratura utilizando o USP está interligada ao tipo de fratura, a

modulação do aparelho do ultrassom e a fase de reparo em que será estimulada.

O modo de ultrassom efetivo para tal resultado deve ser pulsado e com

intensidade de 30 mW/cm2, de forma estacionária. Os resultados indicaram que

a irradiação deve ser realizada na fase inflamatória até a segunda semana pós

fratura.

De acordo com Silveira et al.,51 utilizando ultrassom no reparo ósseo de

cães na modalidade de emissão pulsado e contínuo; frequência do transdutor de

1 e 3 MHz, com intensidade de 0,5 e 1 W/cm² com duração de aplicação de 5

minutos por 20 dias, não observaram alterações significativas da densidade

mineral óssea entre os membros tratado e controle.

Segundo Gonçalves et al.,52 relatam que no tecido ósseo fraturado, as

cargas elétricas ultrassônicas atuam alterando o comportamento das células

mesenquimais e aumentando a atividade mitótica, o que resulta em um aumento

local das células precursoras de fibroblastos e osteoblastos. Portanto, o

ultrassom, também, aumenta a síntese proteica, interferindo favoravelmente na

polimerização dos precursores do colágeno e, consequentemente, promovendo

maior deposição óssea.

Guerino et al.,53 relatam que o ultrassom tem sido amplamente utilizado

como um agente terapêutico com a finalidade de acelerar o processo de

reparação, modificando a produção de tecido cicatricial e reduzindo a dor.

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3.4 Instrumentos de Avaliação

O MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl) -2,5 diphenyl tetrazolium bromide é

um composto de tetrazólio que tem sido utilizado nos ensaios de viabilidade

celular in vitro para avaliar a citotoxicidade, proliferação de células para detectar

células viáveis. O mesmo é carregado positivamente e penetra prontamente nas

células eucarióticas viáveis. O ensaio de MTT quantifica, portanto, a taxa de

proliferação celular.54

Estes ensaios são baseados na absorção óptica e avaliam a função

celular por uma redução detectável de um produto por enzimas específicas

(ELISA – Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), determinando assim

atividades fisiológicas vitais. Entre outros, ensaios que utilizam reagentes

colorimétricos destaca-se Vermelho Neutro (NR), Commassie Azul (CB), Alamar

Blue (AB) e das Enzimas Lactato Desidrogenase (LDH). 54,55

O ensaio colorimétrico quantitativo mede sobrevivência e proliferação,

pois o anel de tetrazólio é clivado na mitocôndria ativa, por conseguinte, é

utilizado para medir citotoxicidade, proliferação ou ativação, os resultados

podem ser lidos num espectrofotômetro de varrimento com múltiplas cavidades

(Leitor de ELISA) e apresenta um elevado grau de precisão.56

As células viáveis com metabolismo ativo convertem o MTT em um

produto formazana roxo. Quando as células morrem, perdem a capacidade de

converter MTT em cristais de formazana, portanto, a cor serve como um

marcador útil apenas as células viáveis. 55

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4. ARTIGO

AÇÃO DA TERAPIA ULTRASSÔNICA PULSADA EM CÉLULAS

OSTEOBLÁSTICAS OFCOL II

Mayra Paula de Oliveira Lima¹, Ana Flávia Spadaccini Silva¹, Priscila Daniele de

Oliveira2, Rodrigo Franco de Oliveira3, Deise Aparecida de Almeida Pires-Oliveira3

1. Fisioterapeuta, mestranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado e doutorado

associado UEL/UNOPAR Ciências da Reabilitação – Universidade Norte do Paraná

2. Fisioterapeuta, doutoranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado e doutorado

associado UEL/UNOPAR Ciências da Reabilitação – Universidade Norte do Paraná

3. Fisioterapeuta, doutor, docente do Programa de Pós-Graduação Mestrado e doutorado

associado UEL/UNOPAR Ciências da Reabilitação – Universidade Norte do Paraná

Endereço para correspondência:

Deise A. A. Pires-Oliveira

UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná. Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde.

Laboratório de Cultura Celular. Av. Paris, 675. Jd. Piza, CEP: 86041-140, Londrina-PR.

e-mail: [email protected]

Conflito de Interesse: Não há conflito de interesses.

Agradecimento

Fonte de Financiamento: Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior

Particular (FUNADESP).

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Resumo

Introdução: O Tecido ósseo, é um tecido em desenvolvimento que tem atividade de

crescimento e remodelação. No entanto, para reparo de uma lesão óssea, o ultrassom

pulsado (USP) tem sido muito utilizado, pois apresenta grande potencial osteogênico.

Objetivo: Analisar os efeitos da terapia ultrassônica de baixa intensidade em cultura

celular de osteoblastos. Métodos: As células OFCOLII foram cultivadas em frascos de

25 cm3 com 90% meio DMEM, suplementados com 10% SFB e 1% antibiótico e

antimicótico, mantidas na estufa de CO2 em atmosfera de 5% a 37°C e em seguida foram

plaqueadas em placa de 12 poços. Para irradiação foi utilizado o ultrassom de 1 MHz e as

células foram divididas em cinco grupos: Grupo 1 (controle), Grupo 2 (0,2 W/cm² - 10%),

Grupo 3 (0,5 W/cm² - 10%), Grupo 4 (0,2 W/cm² - 20%), Grupo 5 (0,5 W/cm² - 20%), e

os grupos receberam irradiação a cada 24 horas, com duração de 2 minutos cada poço,

sendo 24, 48 e 72 horas. Para avaliação de proliferação celular foi utilizado o método

MTT, realizado 24 horas após a cada irradiação ultrassônica. Resultados: Dos grupos

analisados, o G2 (0,2 W/cm² - 10%) foi o que apresentou um aumento significativo na

proliferação celular, em 24 e 48 horas (p=0,04), e posteriormente apresentando uma queda

para 72 horas. Conclusão: A dosagem 0,2 W/cm2 com regime de pulso 10%, apresentou

a melhor resposta para a proliferação celular. Os resultados in vitro demonstram efeito do

ultrassom nas células osteoblásticas OFCOLII, indicando que este recurso induz

proliferação celular, sendo assim, este resultado pode ajudar futuras investigações no uso

da terapia ultrassônica e tratamento de patologias ósseas.

Palavras-chave: Ultrassom, Osteoblastos, Reparo ósseo, Reabilitação

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ABSTRACT

Introduction: Bone tissue is a developing tissue that has growth and remodeling activity.

However, for repair of a bone lesion, pulsed ultrasound (USP) has been widely used

because it presents great osteogenic potential. Objective: To analyze the effects of low

intensity ultrasonic therapy on osteoblast cell culture. Methods: OFCOLII cells were

cultured in 25 cm 3 flasks with 90% DMEM medium, supplemented with 10% FBS and

1% antibiotic and antimycotic, maintained in the CO2 oven in 5% atmosphere at 37 ° C

and then plated in 12 well plate. For irradiation, 1 MHz ultrasound was used and the cells

were divided into five groups: Group 1 (control), Group 2 (0.2 W / cm² - 10%), Group 3

(0.5 W / cm² - 10% ), Group 4 (0.2 W / cm² - 20%), Group 5 (0.5 W / cm² - 20%), and

the groups received irradiation every 24 hours, lasting 2 minutes each well, 24 , 48 and

72 hours. To evaluate cell proliferation, the MTT method was used 24 hours after each

ultrasonic irradiation. Results: G2 (0.2 W / cm² - 10%) showed a significant increase in

cell proliferation, in 24 and 48 hours (p = 0.04), and afterwards showed a drop to 72

Hours. Conclusion: The dosage 0.2 W / cm2 with a 10% pulse rate presented the best

response to cell proliferation. The in vitro results demonstrate the effect of ultrasound on

the OFCOLII osteoblastic cells, indicating that this feature induces cell proliferation, thus,

this result may help future investigations in the use of ultrasonic therapy and treatment of

bone pathologies

Key words: Ultrasound, Osteoblasts, Bone repair, Rehabilitation

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1- INTRODUÇÃO

O osso é um tecido extremamente ativo. No esqueleto em desenvolvimento, essa

atividade é primariamente voltada para o crescimento e a remodelação óssea, processos

pelos quais o osso atinge sua forma e seu tamanho. A remodelação óssea é definida como

um processo de aposição no qual há remoção localizada do osso antigo (reabsorção) e

substituição por osso recentemente formado. [1].

Entretanto quando ocorre uma lesão óssea o ultrassom terapêutico vem se

destacando devido ao seu grande potencial osteogênico. Vários autores demonstraram a

eficiência do USP na aceleração da consolidação óssea após uma fratura e também no

aumento das propriedades biomecânicas do calo ósseo em animais. [2, 3].

De acordo com Korstjens [4], a terapia ultrassonica de baixa intensidade é uma

forma de energia mecânica administrada a um organismo com muitas ondas de pressão

acústica frequentes. Esta terapia é considerado como não-térmica e não-destrutiva, pois

são ondas de baixa pressão acustica. O aquecimento dos tecidos é menor que 1ºC e,

nenhuma atividade elevada de temperatura ocorre a nível celular.

Adicionalmente, esta terapia tem sido amplamente investigada como um

estimulador de formação óssea. Embora o seu mecanismo ainda não seja completamente

conhecido e definido, sabe-se que o ultrassom estimula vários estágios no processo de

regeneração óssea [5].

De acordo com Xu et al. [6], os ensaios clínicos têm demonstrado potenciais

terapêuticos na aplicação do ultrassom pulsado de baixa intensidade na cicatrização de

fratura. As evidências sugerem que este recurso pode aumentar a espessura osteóide e

volume ósseo, onde atinge os seus efeitos biológicos por osteogênese e remodelação

óssea.

Várias investigações têm estabelecido um efeito estimulador do tratamento com

ultrassom pulsado (USP) sobre a osteogênese e fratura. No entanto, a ação desse recurso

atuante no metabolismo celular osteoblástico in vitro, não foi totalmente elucidado,

havendo uma escassez de literatura cientifica com este recurso em cultura celular

osteoblástica. Diante do exposto, os resultados dessa pesquisa nortearão para o aumento

do processo de estimulação e proliferação de células osteoblásticas a partir da terapia

ultrassônica de baixa intensidade. [1,7,8]

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Espera-se, dessa forma que o USP tenha um efeito positivo sobre as células

osteoblásticas contribuindo para a proliferação das mesmas, e ainda constatar qual a

melhor dose para a estimulação desse processo.

Sendo assim esse estudo tem como objetivos analisar os efeitos da terapia

ultrassônica pulsada de baixa intensidade em cultura celular de osteoblastos, avaliando a

proliferação celular e parâmetros de dosimetria da irradiação ultrassônica,

correlacionando com processo de reparo ósseo.

2- MATERIAIS E MÉTODOS

Cultura Celular

Células osteoblásticas OFCOL II, Mus Musculus (Mouse, Balb/C), obtidas de

Banco de Células do Rio de Janeiro – BCRJ - Brasil) sub cultivadas em garrafas de 25cm3

(TPP, Switzerland, Europe) com meio DMEM Low Glucose (Dulbecco Minimum

Essential Medium – GibcoBRL, Grandlsland, NY), contendo 5% (vol/vol) soro fetal

bovino (SFB – GibcoBRL), 100 U/mLpenicilina, 100 mM/mLstreptomicina e 0.25

μg/mLfungicida (GibcoBRL), mantidas em uma estufa de CO2 em atmosfera 5% a 37ºC.

O estudo recebeu aprovação do Comitê de Ética da Universidade Norte do Paraná

(UNOPAR), sob o protocolo nº 462.478/2013.

Irradiação

A irradiação ultrassônica foi realizada com um equipamento da marca KLD®

(Biossistemas Equipamentos Eletrônicos Ltda.), modelo Avatar III, com cabeçote de 1

MHz, BNR (taxa de uniformidade do feixe) ≤ 6 com área de irradiação efetiva (ERA) de

1 cm², devidamente calibrado pelo fabricante.

Após as células apresentarem semi confluência (80%), foram tripsinizadas e

plaqueadas em uma placa TPP de 12 poços com medidas de 24mm de diâmetro e 18 mm

de profundidade, em uma densidade 1x106 células/ml. Após o plaqueamento as células

ficaram 24 horas em repouso para a sedimentação. Em seguida iniciou-se o processo de

irradiação de acordo com os grupos apresentados a seguir.

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Grupo Intensidade

(W/cm²)

Regime de

pulso

Ciclo de

trabalho

Frequência

GI Grupo controle – Não irradiado

G2 0,2 10% 1:9 100 Hz

G3 0,5 10% 1:9 100 Hz

G4 0,2 20% 2:8 100 Hz

G5 0,5 20% 2:8 100 Hz

Quadro 1. Parâmetros de irradiação ultrassônica

Objetivando um bom acoplamento do transdutor (distância da camada de células

a interface do ultrassom 18mm) e propagação da onda mecânica para que a irradiação

fosse eficaz, os volumes dos poços foram completados com meio DMEM até a borda e

cada poço foi irradiado e mantido sempre na mesma posição em relação a face do

transdutor do ultrassom. Dessa forma, a irradiação foi realizada 2 minutos por poço em

temperatura ambiente, nos intervalos de 24, 48 e 72 horas. Todos os experimentos foram

realizados em triplicata e após cada período as culturas foram avaliadas pelo teste MTT.

Teste de citotoxicidade celular por MTT

Os experimentos de citotoxicidade foram avaliados pelo método de MTT Brometo

de [3-(4,5-dimetiltiazol)- 2,5-difeniltetrazólio]. As culturas de células OFCOL II

receberam irradiação de ultrassom nos intervalos de 24, 48 e 72 horas, sendo que após 24

horas de cada irradiação realizou-se o teste de MTT de acordo com ensaio a seguir:

retirou-se o meio de cultura de cada poço, adicionado 500l MTT e incubado por 01 hora

a 37C em atmosfera de 5% em estufa de CO2. Em seguida, retirou-se o MTT e adicionou

500l de DMSO (Dimetil Sulfóxido) em cada poço, posteriormente as placas foram

mantidas em agitação por 20 minutos para solubilização dos cristais de formazana e sua

concentração quantificada espectroscopicamente por meio de um leitor de microplacas

(Leitor ELISA – SpectraCount – Packards Instrument, Offeburg – Alemanha), em

comprimento de onda de 546 nm. [9]

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Análise estatística

A análise estatística foi realizada utilizando o programa BioEstat 5.0. Os

resultados foram expressos em valores de média e desvio padrão, com avaliação da

normalidade verificada pelo teste de Shapiro-Wilk. Para análise simultânea dos grupos,

utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA) e o teste post hoc de Tukey para verificar

os efeitos entre as diferentes intensidades e em relação ao tempo. Ambos adotaram o

intervalo de confiança de 95% e valores de p ≤ 0,05 foram considerados estatisticamente

significativos. Foi utilizado o GraphPad Prism 6.0 (GraphPad Software, San Diego, CA,

EUA) para a realização dos gráficos. Considerou-se resultado estatisticamente

significativamente quando o valor de p≤0,001 ou alterações maiores que 1,5 vezes

considerando valor de p<0,05.

3- RESULTADOS

MTT

Os efeitos induzidos nas células OFCOL II irradiadas pelo ultrassom nas

diferentes intensidades e regimes de pulso, foram determinadas com o auxílio do teste de

MTT e a microscopia óptica nos respectivos grupos G2: 0,2W/cm2-10%; G3: 0,5W/cm2-

10%; G4: 0,2W/cm2-20% e G5: 0,5W/cm2-20% respectivamente. Todos foram

acompanhados a cada 24 horas de intervalo. O G1 (controle - não irradiado), foi

submetido as mesmas condições e análises.

A média do valor de crescimento celular baseado em cada densidade de energia

está apresentado na Tabela 1. Observa-se que as células irradiadas a 0,2 e 0,5 W/cm2 10%

e 0,2 W/cm2 com regime de pulso 20% apresentaram o mesmo comportamento de

crescimento no tempo 48 horas, quando comparado intra-grupo, porem ressalta o melhor

crescimento a 0,2W/cm2-10% (p<0,04). Ressaltando queda da proliferação celular após

72 horas da primeira irradiação.

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Tabela 1 – Comparação das médias de proliferação celular intra-grupo em relação

aos tempos.

24 hrs 48 hrs 72 hrs p

G1 94 ± 5,57 92,6 ± 4,13 83 ± 9,19 0,78

G2 103 ± 8,71 113 ± 4,96 103,8 ± 12,71 0,04*

G3 107 ± 14,62 108 ± 13,65 93,4 ± 6,18 0,99

G4 97,8 ± 2,16 104,8 ± 8,75 88,6 ± 3,45 0,25

G5 91,8 ± 5,21 89,8 ± 2,68 80,4 ± 4,27 0,63

*Valores significativos

Quando analisados entre os grupos, observa-se diferença significativa em todos

os tempos conforme demonstra a tabela 2 e figura 1.

Tabela 2 – Comparação das médias da proliferação celular entre os grupos

G1 G2 G3 G4 G5 p

24 hrs 94 ± 5,57 103 ± 8,71 107 ± 14,62 97,8 ± 2,16 91,8 ± 5,21 0,03*

48 hrs 92,6 ± 4,13 113 ± 4,96 108 ± 13,65 104,8 ± 8,75 89,8 ± 2,68 0,00*

72 hrs 83 ± 9,19 103,8 ± 12,71 93,4 ± 6,18 88,6 ± 3,45 80,4 ± 4,27 0,00*

*Valores significativos

Ao comparar os valores de células viáveis pelo teste MTT nos grupos G1, G2,

G3, G4 e G5, observou diferença significativa entre os grupos em todos tempos (24hs:

p=0,03; 48hs: p=0,00 e 72hs: p=0,00) e momentos avaliados.

Ao analisar aos pares, em 24 horas, observa-se a variação entre os grupos

0,5W/cm2- 10% e 0,55W/cm2 - 20% (p=0,00). No tempo 48 horas, o grupo que apresentou

maior porcentagem de proliferação celular foi o 0,2W/cm2-10% (113%) o que diferiu dos

demais grupos quando comparados. A proliferação celular no pulso 10% foi maior do que

no pulso 20% neste tempo. A partir do pós-teste, foi possível observar as diferenças entre

controle e as demais intensidades no tempo de 48 horas, 0,2W/cm2-10% (p=0,01),

0,5W/cm2-10% (p=0,05), 0,2W/cm2-10% e 0,5W/cm2-20% (p=0,01), 0,5W/cm2-10% e

0,5 W/cm2-20% (p=0,05), 0,2W/cm2-20% e 0,5 W/cm2-20% (p=0,05).

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Apesar do tempo 72 horas ter apresentado uma diminuição nas médias de

proliferação celular, ainda foi possível notar diferença significativa entre os grupos

(p=0,00). A variação significativa ocorreu entre controle e 0,2W/cm2-10% (p=0,01),

controle e 0,5W/cm2-10% (p=0,05), 0,2W/cm2-10% e 0,5W/cm2-20% (p=0,01),

0,5W/cm2-10% e 0,5W/cm2-20% (p=0,05), 0,2W/cm2-20% e 0,5W/cm2-20% (p=0,05).

No presente tempo, o grupo 0,2W/cm2-10% também apresentou a maior porcentagem de

proliferação celular e os dois grupos no regime de pulso 10% obtiveram as maiores

médias em relação ao regime de pulso 20%.

Figura 1. Crescimento celular em relação ao tempo e intensidade

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MICROSCOPIA ÓPTICA

As análises fotográficas foram realizadas antes de cada Teste de MTT. As células

foram fotografadas pelo microscópio invertido Nikon TS-100, em lente objetiva 20x

LWD 20 x 0,40, as mesmas se encontravam sedimentadas em placas de 24 poços.

As imagens da figura 2 apresentam as células OFCOLII, após irradiação com

ultrassom em relação aos tempos do grupo 0,2 W/cm²-10%. Figura 2A: grupo controle

não irradiado, figura 2B: 24 horas, observa-se células com morfologia adequada e semi

confluência, figura 2C: 48 horas onde obteve a melhor média de proliferação; as células

apresentaram espraiadas, aderidas, e confluentes e a figura 2D: 72 horas observa-se

células retraídas, perda de confluência e de morfologia.

Figura 2. Microscopia Óptica - Células OFCOLII - A: controle não irradiado, B:

irradiadas a 24 horas, C: irradiadas a 48 horas, D: irradiadas a 72 horas

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4 - DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo demonstram que a terapia ultrassônica estimulou a

proliferação celular osteoblástica, principalmente em 24 e 48 horas observando este

comportamento em todos os tempos e parâmetros apresentados, porém na intensidade de

0,2 w/cm2 a 10% no tempo de 48hs apresentou o melhor desempenho celular.

Embora exista uma extensiva literatura sobre aplicação da terapia ultrassônica

para estimulação de consolidação óssea in vivo, há escassez de informações em relação a

esta terapia in vitro, principalmente em relação a células osteoblásticas e diversidade de

parâmetros. [4,10]

A terapia ultrassônica de baixa intensidade, é uma forma de energia mecânica

administrada a um organismo (in vivo) que pode ser considerada como não térmica e não

destrutiva, a partir da baixa intensidade das ondas de pressão acustica; porém, ocorre um

pequeno aquecimento dos tecidos, menor que 1ºC, o que não altera a atividade celular

[11,12].

A escolha do recurso na frequência de 1MHz, fundamentou-se em relação ao

presente estudo por ser em células osteoblásticas. Devido a sua capacidade de estimulação

mecânica este recurso é amplamente investigado como um estimulador de formação

óssea. [5] A interação do ultrassom com tecidos pode induzir efeitos mecânicos, químicos

e térmicos, dependendo do equipamento usado, bem como os parâmetros estabelecidos,

que por sua vez pode levar a vários efeitos biológicos. [12]

Gusmão e Belangero, [13], Kang et al., [14] relataramm que este recurso é

extensamente utilizado para diversos fins na área da ciências da saúde e que os princípios

físicos como amplificação do estímulo mecânico, força de arrasto e estresse de

cisalhamanto, têm a capacidade de produzir in vitro resultados positivos em relação à

proliferação e à diferenciação das células ósseas.

Tassinary et al., [15] objetivando avaliarem o efeito do USP (1MHz; 0,2W/cm2-

20%, por 30 min) na proliferação de pré-osteoblastos in vitro, observaram que o USP

aumentou o número de células pré osteoblásticas após 16, 24 e 48 horas pós irradiação.

Os estudos sugeriram que tanto in vivo quanto in vitro o uso do USP foi capaz de

promover proliferação celular, diferenciação osteogênica e formação de matriz

extracelular. Nossa pesquisa corrobora com os resultados de Tassinary em relação a

intensidade 0,2W/cm2 tanto para o ciclo de pulso 10% e 20% no tempo de 48 horas.

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Pires-Oliveira, [16] em um estudo comparativo entre laser e USP em células

fibroblásticas (L929) avaliaram citoesqueleto e reticulo endoplasmático, estruturas estas,

importantes para proliferação celular e observaram que o ultrassom foi mais efetivo nas

células marcadas para análise de reticulo endoplasmático nas intensidades (0,2 e

0,6W/cm2 - 20%), enquanto o laser demonstrou mais efetivo para citoesqueleto. O

presente estudo apresentou maior efetividade do ultrassom na intensidade de 0,2 W/cm2

-10%, quando comparado com estudo acima.

Segundo Wu et al., [17] analisando os efeitos do ultrassom pulsado de baixa

intensidade (1.0 MHz, intensidade de 30 mW/cm2 por 20 min.) em celulas osteoblásticas

humanas normais (NHOst) e em modelo animais com osteoporose, observaram que o US

acelerou formação de nódulos mineralizados, diferenciação celular e aumento da

fosfatase alcalina. Mediante estes dados os autores concluiram que o US acelera

osteogênese, e uma vez que este impede perda de massa óssea, pode ser um tratamento

promissor para osteoporose.

Na mesma linha de estudo de Wu et al., [17], Xu et al., [6], relatam que o US é

um recurso de grande potencial terapêutico, sendo uma modalidade de tratamento não

invasivo em lesões ósseas e não apresenta efeitos adversos. As evidências sugerem que o

US pode aumentar a espessura osteóide e volume ósseo. Em estudos in vitro, o US

aumentou a proliferação e maturação osteoblásticas, bem como a formação da matriz

extracelular. Evidencia-se que a angiogênese está associada com a osteogênese,

fornecimento de oxigênio, células estaminais e fatores de crescimento que promovem o

processo osteogênico.

O ultrassom tem sido interesse de varios pesquisadores, não somente em células

normais ósseas bem como em células tumorais. Sawai et al., [18] investigaram o efeito

do US (30 mW/cm2, frequência de 1,5 MHz, 20 minutos, 48 hs) em diversas células

tumorais, ósseas, pulmão, renal e próstata, objetivando analisar se a terapia ultrassônica,

promovia a formação óssea sem acelerar a proliferação de células tumorais. Dessa forma

observaram que a estimulação pelo US em tumores ósseos metastáticos induziu a

diferenciação de osteoblastos sem proliferação de células tumorais, sugerindo que US

pode ser também um novo método de tratamento sem cirurgia para tumores ósseos

metastáticos.

No estudo de Silva et al., [19] ressalta-se que os efeitos da aplicação do ultrassom

não dependem apenas da intensidade, modo de emissão e frequência, mas também têm

relação com o tempo de intervenção. O atual estudo, utilizou um tempo padrão de 2

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minutos por poço baseado no estudo de Oliveira et al., 2008 que também obtiveram

viabilidade celular com esse tempo, porém utilizando células fibroblásticas.

De acordo com Oliveira et al., [2] utilizando a terapia Ultrassônica em células

fibroblásticas, irradiadas a 0,3W/cm2(10% e 20%) e 0,5W/cm2 (20%), observaram

aumento no percentual da viabilidade celular nestes grupos, porém o grupo irradiado a

0,5W/cm2 (10%) obteve o melhor crescimento em todos os tempos avaliados (24, 48 e 72

horas). No presente estudo, no tempo de 48 apresentou o melhor comportamento celular

para os grupos 0,2 e 0,5-10% e 0,2-20%; havendo um decréscimo celular para o tempo

de 72 horas, contrariando os resultados de Oliveira et al. 2015.

Segundo Nagasaki et al.,[20] relatam que em relação a terapia ultrassônica há uma

diversidade de parâmetros para análise de proliferação celular; bem como, resposta

divergente em relação aos efeitos sobre osteoblastos ou outras células. Os efeitos dessa

terapia podem variar devido os parâmetros de excitação tais como intensidade, frequência

e tipo de onda.

A utilização de cultura de células tem sido de fundamental importância para a

pesquisas. Investigações indicam que o USP é eficaz para o

tratamento de diferentes tipos de células que desempenham um papel importante nos

processos de cicatrização de fratura. [21]

Katiyar et al., [22] referem que a aplicação do USP próximo ao campo de

estimulação é um método viável para aumentar proliferação celular de cultura em

monocamada, neste caso cultura osteoblastica. A proliferação das celulas osteoblasticas

induzidas pelo USP desempenha um papel importante na formação dos ossos, acelerando

a consolidação da fratura. Porém há necessidade de melhor padronização parâmetros

para aplicação clinica. E por conseguinte, receber cada vez mais atenção no campo das

terapias de regeneração.

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CONCLUSÃO

Os avanços nos estudos do uso do USP com frequência de 1 MHz em células

osteoblásticas têm contribuído para uma maior compreensão tanto da remodelação óssea

quanto do seu processo de reparação. Especialmente a intensidade 0,2 W/cm2 com regime

de pulso 10%, indicando que este recurso induz proliferação celular, no qual pode ajudar

futuras investigações no uso da terapia ultrassônica e tratamento de patologias ósseas.

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5. CONCLUSÃO GERAL

Existem muitas evidências científicas que demonstram os efeitos

biológicos positivos do ultrassom de baixa intensidade, sobre o tecido ósseo,

este é um dos vários recursos capazes de promover a estimulação mecânica em

células ósseas. A terapia ultrassônica é um método viável para proliferação

celular de osteoblastos, dessa forma, o aumento de osteoblastos estimulados

pela terapia, desempenha papel importante na formação e regeneração óssea e

consolidação de fraturas.

No entanto, afirmar qual o melhor parâmetro é muito difícil, pois estes

parâmetros são bastante variáveis, tempos de tratamento e regimes de pulso

utilizados em cada estudo são muito distintos. Pesquisar sobre os parâmetros

ideais para estimular a osteogênese em diferentes estados biológicos como, por

exemplo, no tecido ósseo normal, ou com consolidação tardia ou na

osteoporose, faz-se necessário.

Assim a investigação de pesquisas in vitro é importante a fim de que os

resultados possam ser extrapolados para a prática clínica. A fisioterapia com

auxílio do ultrassom na consolidação óssea desempenha um papel fundamental

na reabilitação. Por isso, é necessário a continuidade e aprofundamento das

pesquisas utilizando esse recurso em cultura celular, visando à elaboração de

protocolos e a determinação de parâmetros ideais, fortalecendo, assim, sua

comprovação científica para a prática clínica.

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7. ANEXOS

Projeto de Pesquisa

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Normas Da Revista

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