Acessibilidade e Design inclusivo - um estudo sobre a aplicac¦ºa¦âo do design universal nos prod

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Acessibilidade e Design Inclusivo Um estudo sobre a aplicação do design universal nos produtos industriais Carlos Eduardo Senna Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN E-mail: [email protected] Susana Medeiros Vieira Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN E-mail: [email protected] Rodrigo Gonçalves dos Santos Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN E-mail: [email protected] Av. Mauro Ramos 950 88020-300 Florianópolis SC (48) 3221 0549 Resumo: Neste artigo é apresentado um referencial teórico abordando a questão do design universal observando sua relação com o projeto de produtos industriais, enfocando principalmente a inclusão pelo design e diretrizes projetuais para promovê-la. Juntamente com este referencial, propõem-se Quadros de Análise para a verificação destas diretrizes projetuais. Palavras Chave: Design Universal, Produtos Industriais, Acessibilidade. 1. Apresentação O Censo Populacional de 2000 revelou que existem, no Brasil, cerca de 24,5 milhões de pessoas (14,5% da população total) que apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos um tipo de dificuldade, para enxergar, ouvir, locomover- se ou compreender. Deste total 8,3% possuem deficiência mental, 4,1% deficiência física, 22,9% deficiência motora, 48,1% deficiência visual e 16,7% deficiência auditiva. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, 10% da população mundial são de portadores de algum tipo de deficiência. Com este cenário, a diversidade humana adquire um novo significado pouco explorado pelos profissionais atuantes na configuração do ambiente objetual e urbano. 24,5 milhões de pessoas é um número expressivo de seres humanos sem o direito de exercer sua cidadania em situação plena. Garantir a acessibilidade aos produtos e meios físicos é uma maneira de garantir a cidadania desta parcela excluída. Apesar destes dados, verifica-se que os produtos vêm sendo concebidos para serem utilizados por um modelo idealizado de pessoa. Grande parte dos projetos é destinada unicamente a indivíduos que apresentem vigor físico, medidas antropométricas ideais, ótima

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Resumo: Neste artigo é apresentado um referencial teórico abordando a questão do design universal observando sua relação com o projeto de produtos industriais, enfocando principalmente a inclusão pelo design e diretrizes projetuais para promovê-la. Juntamente com este referencial, propõem-se Quadros de Análise para a verificação destas diretrizes projetuais. Carlos Eduardo Senna Susana Medeiros Vieira Rodrigo Gonçalves dos Santos 1. Apresentação

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Acessibilidade e Design Inclusivo Um estudo sobre a aplicação do design universal

nos produtos industriais

Carlos Eduardo Senna Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC

Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN

E-mail: [email protected]

Susana Medeiros Vieira Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC

Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN

E-mail: [email protected]

Rodrigo Gonçalves dos Santos Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina – CEFET/SC

Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN

E-mail: [email protected] Av. Mauro Ramos 950

88020-300 Florianópolis SC (48) 3221 0549

Resumo: Neste artigo é apresentado um referencial teórico abordando a questão do design universal observando sua relação com o projeto de produtos industriais, enfocando principalmente a inclusão pelo design e diretrizes projetuais para promovê-la. Juntamente com este referencial, propõem-se Quadros de Análise para a verificação destas diretrizes projetuais. Palavras Chave: Design Universal, Produtos Industriais, Acessibilidade.

1. Apresentação

O Censo Populacional de 2000 revelou que existem, no Brasil, cerca de 24,5 milhões de pessoas (14,5% da população total) que apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos um tipo de dificuldade, para enxergar, ouvir, locomover-se ou compreender. Deste total 8,3% possuem deficiência mental, 4,1% deficiência física, 22,9% deficiência motora, 48,1% deficiência visual e 16,7% deficiência auditiva. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, 10% da população mundial são de portadores de algum tipo de deficiência.

Com este cenário, a diversidade humana adquire um novo significado pouco explorado pelos profissionais atuantes na configuração do ambiente objetual e urbano. 24,5 milhões de pessoas é um número expressivo de seres humanos sem o direito de exercer sua cidadania em situação plena. Garantir a acessibilidade aos produtos e meios físicos é uma maneira de garantir a cidadania desta parcela excluída.

Apesar destes dados, verifica-se que os produtos vêm sendo concebidos para serem utilizados por um modelo idealizado de pessoa. Grande parte dos projetos é destinada unicamente a indivíduos que apresentem vigor físico, medidas antropométricas ideais, ótima

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capacidade sensorial e mobilidade irrestrita. Este modelo não condiz com a maioria das pessoas, pois exclui os portadores de deficiência e/ou restrição, os idosos, as crianças, as gestantes e todas aquelas pessoas que possuem uma ou outra necessidade especial.

Neste artigo é apresentado um referencial teórico abordando a questão do design universal observando sua relação com o projeto de produtos industriais, enfocando principalmente a inclusão pelo design e diretrizes projetuais para promovê-la. Juntamente com este referencial, propõem-se Quadros de Análise (exemplificado, neste caso, pelo quadro que trata do primeiro princípio do design universal - Uso Eqüitativo) para a verificação destas diretrizes projetuais.

Este material apresentado faz parte da pesquisa Acessibilidade e Design Inclusivo que está sendo desenvolvida pelo Programa de Educação Tutorial – PET DESIGN – do Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto do Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina (CEFET/SC). 2. Objetivos do estudo

O principal objetivo da pesquisa Acessbilidade e Design Inclusivo é caracterizar o design universal e sua relação com o desenvolvimento de produtos industriais, inserindo no desenvolvimento desses os princípios do design universal, proporcionando, desta maneira, a acessibilidade e a inclusão pelo design. Este artigo é um recorte da pesquisa, objetivando, assim, obter uma definição de design universal aplicado ao design de produtos e apresentar uma maneira de analisar os produtos industriais segundo os princípios do design universal. 3. Referencial teórico 3.1 Integração Social e Inclusão Social

O conceito de integração social começa a surgir com o intuito de vencer a exclusão contra os portadores de deficiência.

Neste sentido, o modelo de integração social nada mais é do que a busca de uma inserção do deficiente a uma sociedade que lhe exige certas capacidades para a sua sobrevivência.

A integração social não toma a sociedade como responsável principal neste processo, pois é o portador da deficiência que deverá adequar-se à estrutura oferecida, ou seja, deverá moldar-se aos mais diversos procedimentos e papéis sociais que lhe forem exigidos, para que possa ser aceito.

Integrar significa adaptar-se, acomodar-se, incorporar-se.

Já à inclusão, parte-se da premissa de uma mudança na sociedade como primeira etapa para que o portador de necessidades especiais possa construir seu desenvolvimento e desempenhar o seu papel de cidadão. Se consultarmos o dicionário, verificamos que a palavra incluir significa compreender, abranger, fazer parte, pertencer, processo que pressupõe, necessariamente, antes de tudo, uma grande ação ou dose de respeito.

Criar uma realidade inclusiva resulta na mudança de toda a sociedade para que esta possa atender as necessidades de cada indivíduo.

Para Sassaki (1997, p. 41), inclusão é um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.

Porém, aceitar e respeitar não são suficientes. É necessário criar condições para que a inclusão aconteça para todos. 3.2 Design Universal

Pode-se dizer que o Design Universal teve seu início no período pós Segunda Guerra Mundial, através da busca por uma arquitetura para todos, com a remoção de barreiras que excluíam pessoas de atividades cotidianas (PREISER, 2001).

O Design Universal consiste no planejamento de produtos que visa atender a maior gama de usuários possível, segundo suas características antropométricas, biomecânicas e sensoriais, independente do público-alvo ao qual o produto se destina. O produto, desta forma, deve ser desenvolvido evitando a existência exclusiva de produtos especiais para pessoas com deficiências e restrições. O Design Universal tem também como foco a idéia de adaptação do produto ao usuário abrangendo produtos acessíveis para toda uma gama de capacidades ou habilidades sem deixar de lado as diferenças culturais, sociais e econômicas.

Trata-se de uma maneira de conceber produtos e meios físicos que possam ser utilizados por todas as pessoas, das mais diversas faixas etárias, estaturas e capacidades. O Design Universal tem por objetivo principal desenvolver teoria, princípios e soluções, com vista a

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possibilitar que todos utilizem, até onde lhes seja possível, as mesmas soluções físicas, quer se trate de edifícios, áreas exteriores, meios de comunicação ou ainda de móveis e utensílios domésticos. De acordo com Dischinger & Mattos (2002) o Design Universal não é uma tendência de projeto, mas uma postura fundamental para promover a acessibilidade de todos usuários, refletindo, desta forma, nos métodos de desenvolvimento de projeto e nos próprios resultados projetuais. Constatamos que projetar produtos e meios físicos acessíveis é uma iniciativa que requer atenções específicas à compreensão da diversidade humana.

Assim, o conceito de Design Universal deve permear todo o processo projetual, desde a análise da situação, os primeiros desenhos, o programa de funções e necessidades, até o partido geral e as propostas de soluções, alcançando o mesmo nível de detalhamento de outros elementos do projeto. 3.3 Princípios do Design Universal

Um grupo de arquitetos, designers e engenheiros vinculados ao Center for Universal Design – College of Design da Universidade Estadual da Carolina do Norte, colaboraram para o estabelecimento de sete princípios do Design Universal. Estes sete princípios podem ser aplicados para avaliar projetos existentes, formar um guia para práticas projetuais ou educação de designers e usuários sobre as características do Design Universal (CUD, 2002).

� Princípio 01 – Uso eqüitativo: O design não pode estigmatizar ou colocar em desvantagem nenhum grupo de usuários;

� Princípio 02 – Flexibilidade de uso: O design acomoda a mais ampla série de preferências e habilidades individuais;

� Princípio 03 – Simples, de uso intuitivo: O design é facilmente compreendido para o uso, respeita a experiência dos usuários, conhecimento, idioma ou atual nível de concentração;

� Princípio 04 – Informação perceptiva: O design comunica necessariamente informações efetivas aos usuários, com respeito às condições do ambiente ou às suas habilidades sensoriais;

� Princípio 05 – Tolerância ao erro: O design minimiza o perigo e as conseqüências adversas de uma ação acidental ou sem intencionalidade;

� Princípio 06 – Baixo esforço físico: O design pode ser utilizado de forma eficiente e confortável e com o mínimo de fadiga;

� Princípio 07 – Tamanho do espaço para aproximação e uso: O tamanho apropriado e o espaço providenciado para aproximação, toque, manipulação e uso de acordo com o tamanho do corpo do usuário, postura ou mobilidade.

Como desenvolver projetos gráficos e de produtos industriais que possibilitem a utilização de diferentes usuários até onde lhes seja possível? A questão é de suma importância e talvez uma das mais promissoras, inovadoras e desafiantes aos profissionais que atuam na área de Design. 3.4 Acessibilidade

A ABNT NBR 9050/2004 conceitua acessibilidade como sendo a “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliário, equipamento urbano e elementos”. Desta forma, pode-se perceber a relação da acessibilidade com o conceito e a prática da inclusão social e da cidadania. Além da NBR 9050, a acessibilidade é um direito estabelecido pela Lei Federal n° 10.098 e o Decreto n° 3.298. Porém, na maioria das vezes, a acessibilidade é promovida de maneira incorreta, não garantindo o direito de autonomia e independência a todas as pessoas.

Para atender as necessidades básicas da população é necessário que o profissional da área de design relacione os elementos como cores contrastantes, odores e/ou texturas diferenciadas, variação de escalas, entre outros, com os conceitos e princípios de design universal e de acessibilidade, atendendo a maior gama de usuários possível. Visto que, o maior desafio para agregar a simplicidade do uso ao produto industrial é não deixar que o “novo” atributo ofusque os aspectos formais e estéticos para que se possa diferenciar o produto a ser projetado dos demais existentes no mercado. 4. Relação entre princípios e diretrizes de projeto

Projetos de produtos industriais para que contemplem a maior gama de usuários devem ter incorporados às suas funções básicas os princípios do Design Universal. A legibilidade no funcionamento de uma furadeira, por exemplo, deve ser tal que o usuário saiba como manuseá-la em uma primeira leitura visual. Se esta furadeira comunicar de maneira elementar como é seu funcionamento, esta desempenhou um uso simples e intuitivo.

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Uma forma de aplicar os princípios do Design Universal aos projetos de sistemas de informações visuais, objetos e/ou sistemas de objetos de uso é relacionar diretrizes de projeto a cada princípio, as quais são apresentadas na Figura (1). Diretrizes de projeto são entendidas aqui como sugestões/recomendações que podem ou não ser utilizadas como referencial projetual. Princípio projetual difere-se de diretriz de projeto, uma vez que os princípios devem (ou deveriam) ser incorporados à formação do profissional, bem como às suas práticas profissionais.

Figura 1 - Tabela Relação entre princípios e diretrizes de projeto de sistemas de informações visuais, objetos

e/ou sistemas de objetos de uso. Fonte: Adaptado de CUD, 2002.

5. Quadros de análise: aplicação do Design Universal nos produtos industriais

Com o objetivo de obter dados sobre a real aplicação dos princípios de design universal, foram desenvolvidos Quadros de Análise para verificar se os produtos industriais atendem ou não a maior gama de usuários possível.

Os Quadros de Análise se apresentam como um método bastante eficiente para sistematizar informações relevantes, como a descrição dos problemas encontrado nos produtos e recomendações para solucionar tais problemas no

desenvolvimento de futuros projetos industriais, sendo estes novos produtos ou não.

A partir dos princípios do design universal foram organizados Quadros de Análise que funcionam como um grande check list para verificar a existência de condições de acessibilidade do produto analisado. Foram elaborados sete Quadros de Análise, cada um representando um dos princípios do design universal. A Figura (2) apresenta a estrutura dos quadros, aqui exemplificada pelo Quadro de Análise que trata do primeiro princípio do Design Universal (Uso Eqüitativo). A primeira coluna contém a identificação do princípio do Design Universal com sua respectiva caracterização. Na segunda coluna (check list) são colocados em forma de perguntas itens a serem checados em relação ao produto analisado. Estas perguntas foram montadas tendo como base as diretrizes de projeto já apresentadas na Figura (1). Ao analisar o produto, as perguntas são respondidas com S (sim), N (não) ou NSA (não se aplica). Desta forma, vê-se se o produto incorpora em seu funcionamento a diretriz projetual do respectivo princípio do design universal. Finalizando a segunda coluna, tem-se a conclusão do check list onde se assinala se o produto atende ou não àquele princípio do design universal ou, ainda, se tal princípio não se aplica ao produto analisado. Finalmente, na terceira coluna (pendências no check list), tem-se espaço para descrição das pendências encontradas no check list e recomendações, concluindo, assim, a análise do produto em relação ao princípio do design universal observado.

Assim, procede-se a análise observando todos os setes princípios do design universal. Para um produto industrial ser considerado acessível ele deve primar pelo atendimento do maior número possível dos princípios que se aplicam a ele.

Os Quadros de Análise fazem parte de um método experimental que procura desmistificar a questão do Design Universal, a qual muitas vezes é encarada como utópica ou pouco relevante no tocante ao atendimento das necessidades de determinados nichos de mercado. Durante o ano de 2007, analisar-se-á por meio destes Quadros de Análise uma linha de mobiliário urbano da área central de Florianópolis/SC, obtendo-se, assim, parâmetros projetuais para aumentar a qualidade de produtos deste gênero.

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Figura 2 - Quadro de Análise. Fonte: Organizado pelo Grupo PET DESIGN, 2007

6. Conclusão

O material apresentado neste artigo servirá de subsídio para o desenvolvimento de produtos que primam pela acessibilidade e inclusão, contribuindo, desta maneira, na redução de barreiras atitudinais e na criação de produtos que melhor se adequem às reais necessidades dos usuários. Espera-se a aplicação dos quadros apresentados na análise de produtos existentes, extraindo-se pontos que possam ser melhorados na concepção dos produtos industriais. Num primeiro momento, o material desenvolvido promove um novo olhar sobre os produtos industriais encarando sob um novo paradigma a diversidade humana. Futuramente, buscar-se-á por meio da disponibilidade das conclusões da pesquisa incorporar o resultado destas análises na condução dos projetos acadêmicos promovendo, assim, uma conscientização do papel social do designer.

Acredita-se que desenvolver projetos sob a abordagem do Design Universal torna-se quesito essencial para uma prática profissional com responsabilidade social. No entanto, as questões da inclusão pelo Design são atuais e com poucos exemplos práticos. Em virtude disto, cabe realizar novos estudos que dêem seqüência nestas aplicações, fazendo com que os produtos industriais, sejam também acessíveis e condizentes com a realidade de nosso país.

Transformar os princípios do Design Universal em um pensamento intrínseco ao ato projetual é um dos desafios aos designers e de outros profissionais que querem romper paradigmas e inovar em seus projetos.

7. Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamento Urbano. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. CUD. Center for Universal Design – College of Design – NC State University. Principles of Universal Design. Disponível em <http://www.design.ncsu.edu:8120/cud/univ_design/princ_overview.htm> Acessado em 14 set. 2005. DISCHINGER, Marta; MATTOS, Melissa. Habitação Universal. Disponível em <http://www.ctc.ufsc.br/habuniversal>Acessado em 06 jan. 2004. HUNT, Michael E. The design of supportive environments for older people: Congregate Housing for the elderly. [S.L.]:Haworth Press, 1991 SANTOS, Rodrigo Gonçalves dos; SILVA, Célia Regina da. Diretrizes para Projeto de Produtos e Meios Físicos sob o Enfoque do Design Universal. In: 6º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2004, São Paulo. Anais... São Paulo: FAAP, 2004. v. CD-ROM. SASSAKI, R. K. Inclusão: Construindo uma Sociedade Para Todos. Rio de Janeiro, Editora WVA, 1997. PREISER, Wolfgang F.E.; OSTROFF Elaine. Universal Design Handbook. NY: McGraw-Hill, 2001.