Aconselhamento Técnico
-
Upload
ergometrica-lda -
Category
Documents
-
view
229 -
download
0
description
Transcript of Aconselhamento Técnico
Aconselhamento:
Palmilhas Ortopédicas e Desportivas
Calçado Ortopédico
Rua Co Marques Leitão, 13 1700-124 Lisboa Tel: 218-400-732 Fax: 218-402-477
808 20 25 74 www.ergometrica.pt
2
A Ergométrica Lda. reserva-se no direito de proibir ou condicionar qualquer publicação
de todo ou qualquer parte do documento, de acordo c om a legislação em vigor, não
podendo nenhuma parte do mesmo ser utilizada ou rep roduzida sem a sua expressa
autorização.
Estimado cliente,
Por favor, leia atentamente as informações apresentadas.
Em caso de dúvida, contacte o seu médico ou o nosso departamento de atendimento ao cliente.
A Ergométrica Lda. agradece a confiança demonstrada pelos nossos serviços e produtos.
Textos elaborados pela equipa técnica da Ergométric a.
3
Índice
1 Análise Baropodométrica.......................................................................................................... 5
1.1 Definições/ Plataforma de Marcha................................................................................... 5
1.2 Análises baropodométricas do pé.................................................................................... 5
1.2.1 Análise Estática e Dinâmica ........................................................................................ 5
1.2.2 Tratamento Personalizado........................................................................................... 5
1.2.3 Solução à Dor.............................................................................................................. 5
1.2.4 Crianças ...................................................................................................................... 6
1.2.5 Adultos ........................................................................................................................ 6
1.2.6 Desportistas................................................................................................................. 6
1.3 Análise biomecânica nos desportistas de atletismo ......................................................... 6
1.3.1 Reduzir a possibilidade de lesões................................................................................ 6
1.3.2 Fases do estudo de marcha ........................................................................................ 7
1.4 Outros Desportos ............................................................................................................ 7
1.5 Biomecânica.................................................................................................................... 7
1.6 Biomecânica na marcha .................................................................................................. 8
2 O pé ....................................................................................................................................... 10
2.1 Pé cavo ......................................................................................................................... 10
2.2 Pé plano ........................................................................................................................ 11
3 Palmilhas ortopédicas ............................................................................................................ 12
3.1 Para metatarsalgia ........................................................................................................ 12
3.2 Para descarga retrocapital............................................................................................. 12
3.3 De descarga para talalgia, esporão do calcâneo e dores no calcanhar ......................... 13
3.4 Para sapatos estreitos................................................................................................... 13
3.5 Para Desporto ............................................................................................................... 13
3.6 De Descargas Plantares (pés muito dolorosos)............................................................. 14
3.7 Infantis à medida – menores 4 anos.............................................................................. 14
3.8 Infantis à medida – maiores 4 anos ............................................................................... 14
3.9 ETIL VINIL ACETATO (E.V.A)....................................................................................... 15
3.9.1 Modo de fabricação ................................................................................................... 15
3.9.2 Características do Material ........................................................................................ 15
3.9.3 Instruções de Limpeza............................................................................................... 15
4 Palmilhas de descanso........................................................................................................... 15
5 Palmilhas corretoras............................................................................................................... 15
6 Cuidado com as palmilhas...................................................................................................... 16
6.1 Instruções de Uso.......................................................................................................... 16
7 Perguntas frequentes ............................................................................................................. 17
7.1 Devo utilizar as minhas palmilhas o dia todo? ............................................................... 17
4
7.2 Posso sentir incomodo ao início ao usar as minhas palmilhas?..................................... 17
7.3 Que tipo de sapato devo usar para a utilização das palmilhas?..................................... 17
7.4 Os meus músculos debilitaram-se com a utilização diária das palmilhas?..................... 17
7.5 Que tipo de informação (documentos, análises, vídeos, recomendações, etc.) realizam? 17
7.6 Uma vez realizada a análise que passos se seguem?................................................... 17
7.7 Um caso “típico” que passos se seguem após entrega de palmilhas?........................... 18
7.8 Que preço tem? Há promoções?................................................................................... 18
8 Ortóteses plantares ................................................................................................................ 19
8.1 Calçado semi-ortopédico e ortopédico........................................................................... 19
8.1.1 Informações importantes ........................................................................................... 19
8.1.2 Como calçar correctamente?..................................................................................... 19
8.2 Porquê utilizar calçado semi-ortopédico e ortopédico?.................................................. 20
9 Escolha do calçado de corrida................................................................................................ 21
9.1 Análise da Pisada do Corredor ...................................................................................... 21
10 Porque aparecem as úlceras?........................................................................................... 22
10.1 Cuidados Gerais............................................................................................................ 23
10.1.1 Sapatos ................................................................................................................. 23
10.1.2 Meias..................................................................................................................... 23
10.1.3 Meias de Descanso ............................................................................................... 24
5
1 Análise Baropodométrica
1.1 Definições/ Plataforma de Marcha
• Baropodometria → estudo da distribuição das pressões plantares.
• Sistema de medições → ópticos e baropodométricos.
• Baropodómetro → plataforma de pressão de 94,8 x 40,6cm que possui 537 sensores com
uma frequência de Hz.
• Parâmetros estáticos e dinâmicos → superfície de apoio; ponto máximo de pressão
• Parâmetros estáticos → postura normal e baricentros
• Aplicações → diagnostico
• Exame dinâmicos → diagnostico
• Aplicação em reabilitação → estudo da sequencia de apoios; observação do padrão de
apoios; a pedigrafia é o produto final de toda a sequência de apoios que se vai dando,
desde o contacto inicial do pé com o solo até ao contacto final do pé (pré-oscilação –
quando o pé deixa de contactar o solo).
• Elaboração da ortótese plantar → consonância com dados obtidos
1.2 Análises baropodométricas do pé
1.2.1 Análise Estática e Dinâmica
Mediante o sistema de baropodometría da sheinworks o computador analisa a distribuição de
forças, de pressões e a deslocação do centro de gravidade durante os ciclos de marcha.
1.2.2 Tratamento Personalizado
Com esta informação computorizada é nos possível realizar uma palmilha personalizada, que
pode solucionar total ou parcialmente os problemas do pé, tanto estruturais como funcionais,
mediante algumas características do utente.
As palmilhas personalizadas corrigem a distribuição do peso e alinham os eixos do corpo: pés,
tornozelos, joelhos, anca e ombros.
Utilizamos materiais diferenciados, de modo a atingir-se um resultado mais eficiente.
1.2.3 Solução à Dor
Os problemas nos pés frequentemente se manifestam com dor e chegam a afectar outras partes
do corpo, como joelhos, anca e coluna.
6
1.2.4 Crianças
A detecção antecipada de problemas nos pés ou na postura evita alterações, que podem afectar
o crescimento e o desenvolvimento da criança.
Um problema postural detectado a tempo é sempre mais fácil de corrigir.
Este tipo de problemas geralmente afecta o desempenho da criança em actividades físicas e
desportivas.
1.2.5 Adultos
Com o passar do tempo, os defeitos posturais aumentam o desgaste das articulações e podem
chegar a provocar lesões e dor.
O estudo analisa as forças e as pressões exercidas sobre os pés, estabilidade e alinhamento
corporal.
1.2.6 Desportistas
Com a plataforma de marcha que possuímos é possível avaliar os desportistas, nomeadamente
os parâmetros que podem afectar o seu rendimento, como forças em cada pé, o equilíbrio, a
estabilidade e a eficiência do ciclo de marcha. Ao corrigirmos estes factores melhora-se o
rendimento desportivo e diminui a fadiga nos pés.
Os desportistas com técnica deficiente são mais propensos a sofrer lesões devido às forças que
são exercidas durante o exercício, o que leva a que a instabilidade se multiplique.
Hoje em dia a biomecânica, a análise de marcha e a terapia mecânica são reconhecidas como
uma parte integral nos programas para melhorar o rendimento do atleta, assim como para a
reabilitação de lesões.
1.3 Análise biomecânica nos desportistas de atletis mo
1.3.1 Reduzir a possibilidade de lesões
As principais causas das lesões nos atletas derivam de uma alteração no alinhamento,
provocando sobrecargas nas estruturas como os ligamentos, os tendões, os músculos e as
articulações. A dor surge por uma excessiva atitude muscular realizada de maneira repetitiva.
As lesões mais comuns nos corredores são:
• bursite patelofemural;
• lombalgias;
• dor nas ancas;
• síndrome do piramidal;
7
• fascite plantar;
• periostite tibial;
• tendinite no joelho, caneleira e tornozelo;
• tendinite no tendão de aquiles;
• metatarsalgias;
• esporão do calcâneo;
• neuroma de morton;
• hallux valgus (joanetes);
• …
1.3.2 Fases do estudo de marcha
• Análise estática – sem calçado para realizarmos um exame postural, avaliando o
alinhamento de todo o conjunto corporal (vista anterior; posterior e laterais);
• Análise de marcha I – em que analisamos o atleta a caminhar descalço para avaliarmos
o comportamento do pé durante todas as fases de apoio e ao mesmo tempo analisarmos
todos os segmentos do corpo;
• Análise de marcha II – analisamos o corredor descalço a uma velocidade média/elevada;
• Análise de marcha III – em que observamos o desportista a correr na sua velocidade
máxima constante descalço durante 30 segundos;
• Análise de marcha IV – avaliamos o atleta a caminhar calçado;
• Análise de marcha V – avaliamos o atleta a caminha a uma velocidade média/elevada
calçado;
• Análise de marcha VI – em que observamos o corredor na sua velocidade máxima
calçado.
1.4 Outros Desportos
O software proporciona o protocolo de “análise geral de movimento”, o que se pode
adaptar a todo o tipo de movimentos nos desportos.
Com a análise dos vídeos e do próprio software obtemos gráficos com diversos valores
parametrizados como normais e os obtidos pelo cliente, o que nos permite fazer comparações.
1.5 Biomecânica
É a aplicação das leis mecânicas e das estruturas vitais, especialmente no aparelho locomotor.
8
Estuda o movimento nos seres vivos desde de uma perspectiva mecânica, analisa os arcos de
movimentos, as angulações dos segmentos, dos grupos musculares que intervêm no movimento e
as sequências do movimento.
Do ponto de vista biomecânico o pé comporta-se como uma estrutura tridimensional variável.
Tem a capacidade de amortecimento ao choque contra o solo e adapta-se aos diferentes planos
irregulares.
1.6 Biomecânica na marcha
Cada pessoa é única. Todos temos distintas formas de corpo, movemo-nos e deslocamo-nos
com um estilo muito pessoal. Compreendendo estas diferenças existem parâmetros gerais para
originar uma biomecânica perfeita em qualquer actividade desportiva.
É necessário compreender e tentar a melhor forma possível, através pautas biomecânicas
correctas, de melhorar, de corrigir e de evitar possíveis lesões, enquanto realiza a sua actividade
desportiva.
A locomoção humana normal define-se como “uma série de movimentos alternantes e rítmicos
das extremidade e do tronco que determinam um deslocamento até ao centro de gravidade”.
O ciclo de marcha começa quando um pé entra em contacto com o solo e termina com o
seguinte contacto do mesmo pé. A distância entre estes pontos de contacto com o solo denomina-
se de passo completo.
A marcha divide-se nos principais componentes:
• Fase de apoio,
• Fase de oscilação.
O membro inferior está na fase de apoio quando este se encontra em contacto com o solo e
depois na fase de oscilação quando não contacta com o solo.
A fase de apoio encontra-se dividida em cinco intervalos:
• contacto do calcanhar – instante em que o calcanhar toca no solo;
• apoio plantar – contacto da parte anterior do pé com o solo;
• apoio médio;
• elevação do calcanhar;
• instante em que o pé deixa de contactar o solo.
A fase de oscilação encontra-se dividida também em cinco momentos:
• Impulso – uma vez superada a fase de amortecimento e de sustentação (entendida como
fase activa da passada, onde se vai manifestar a força que nos permite correr), a
9
impulsão é realizada com a parte metatarsal, evitando o contacto de todo o pé com o
solo. Este realiza-se para melhorar a reactividade da musculatura implicada na impulsão.
A perna de impulso realizará este movimento completamente estendida, ainda que esta
extensão possa ter uma maior ou menor duração, dependendo das características do
atleta e da distância a percorrer;
• Fase aérea – esta fase começa quando o centro de gravidade passa à frente da zona
metatarsal da perna de impulso e termina quando o pé da perna livre entra em contacto
com o solo;
• Amortecimento – o pé entra em contacto com o solo novamente com a zona metatarsal,
geralmente com a sua parte externa (realizando uma ligeira rotação). Ainda que esta
ligeira rotação do pé é uma constante em muitos atletas, não é um gesto que nos
devamos preocupar, dado ser o resultado da biomecânica do atleta. Se anteriormente
mencionávamos o momento do impulso com a fase activa, o amortecimento é a fase
negativa uma vez que produz uma desaceleração. Esta declaração está condicionada
por uma maior ou menor qualidade do complexo articular tornozelo-joelho-anca;
• Sustentação – esta fase tem como principio o amortecimento e como final o inicio da
impulsão. É uma fase onde a anca realiza uma travagem desde da aterragem até nova
impulsão. A sustentação tem que ter a menor travagem possível, pois esta travagem
supõe uma desaceleração da velocidade. O contacto do pé com o solo e a tensão na
cadeia pé-tornozelo-anca vai ser de vital importância, para que este momento não influa
negativamente no desenvolvimento da corrida.
• Acção do tronco e dos braços – estes podem beneficiar ou dificultar o desenvolvimento
normal da corrida. Da correcta colocação do tronco (na vertical ou ligeiramente inclinado
à frente) e da acção coordenada dos braços (cujo movimento será convergente pela
frente e divergente por detrás, com uma angulação de 90º e todo o momento e uma
travagem descrito pelo punho desde do queixo até ao encontro com a anca), dependerá
da eficácia da acção dos braços na corrida. A posição da mão é semicerrada (relaxada)
e, junto com os braços, a sua função é de equilibrar e de compensar a acção das pernas
e do tronco na corrida.
10
2 O pé
Os pés têm duas funções:
• suportar o peso do nosso corpo;
• actuar como amortecedores.
Cada pé tem 26 ossos e 32 articulações, pelo que literalmente caminhamos, sustentamo-nos, e
corremos com 64 articulações. Todas elas asseguram-nos a diversidade de movimentos de
torção, que nos permitem adaptar-nos às superfícies irregulares.
A sustentabilidade depende dos três arcos do pé: um arco longitudinal interno, um arco externo
e um arco transversal, que cruza a parte da frente do pé por debaixo dos dedos. Estes arcos são
estabilizados por músculos, que actuam desde da parte inferior da perna.
A função amortecedora dos arcos é fundamental para a flexibilidade e para a reacção do pé, ao
este ter contacto com o piso.
Para ter pés sãos é importante contar com músculos fortes e elásticos do pé e da perna.
O equilíbrio do corpo inicia-se nos pés. A função do pé e do tornozelo é proporcionar uma base
de sustentação sólida, pelo qual o corpo se pode relacionar com a superfície horizontal do piso.
Assim, a sua colocação e respectiva adaptação à força gravitacional depende de toda a estrutura
corporal.
É possível rastrear até aos pés qualquer desequilíbrio existente na parte superior do corpo,
cervicais e cabeça.
As solas dos sapatos, com o seu desgaste irregular, permite compreender os desequilíbrios no
uso do corpo.
Para aumentar as possibilidade de movimento, melhorar nossa posição e nossa relação com o
mundo é importante que exista uma comunicação entre o cérebro e o nosso corpo.
Por esta razão é importante dar atenção aos nossos pés.
2.1 Pé cavo
O pé cavo é uma anomalia com o pé arqueado. As pessoas com esta condição colocam
demasiado peso e esforço sobre o metatarso do pé e calcanhar, quando estão em posição
ortostática ou a caminharem. O desenvolvimento desta condição pode suceder em qualquer
idade.
O pé cavo pode ser uma condição tratável.
O pé cavo pode ser causado por uma doença subjacente, uma lesão ou um problema do pé
hereditário. Temos como exemplo dessas causas: polioemielite, tumor da coluna vertebral,
11
distrofia muscular, paralisia cerebral, doença de charcot-marie-tooth, ataxia de friedreich,
deformidades dos pés, síndrome de compartimento, anomalia estrutural e condições hereditárias.
O pé cavo tem uma tendência a encontrar-se em famílias. Se tem um membro na família com
arcos muito elevados, pode estar em risco de desenvolver pé cavo.
Se tem algum destes sintomas, não assuma que se deve ao pé cavo. Estes podem ser
causados por outras condições. Contudo, caso possua algum destes sintomas dirija-se ao seu
médico: dor no pé, articulações rígidas, dor ao levantar-se ou caminhar, dedos do pé em martelo,
dedos do pé em garra, calosidades, instabilidade, entre outros.
2.2 Pé plano
Pé plano é uma condição na qual o pé tem um arco normal. Pode afectar um pé ou ambos os
pés. No começo, todos os bebés têm pés planos, uma vez que o arco ainda não se formou. Os
arcos devem estar formados por volta dos 2 ou 3 anos de idade.
Os pés planos constituem uma deformação, frequentemente hereditária, que não se resolve
mediante cirurgia, mas é possível encontrar uma solução adequada com o uso de palmilhas
ortopédicas, sobretudo se aplicarem desde da primeira infância.
A maioria dos pés planos é diagnosticada desde da infância, devido às superfícies articulares se
observarem flácidas. Estas condições fazem que o arco caia quando a criança se coloca em pé.
http://www.youtube.com/watch?v=MtvZpk_FIRk
12
3 Palmilhas ortopédicas
3.1 Para metatarsalgia
Podem fabricar-se em distintos materiais:
• Etil Vinil Acetato (E.V.A) um material microposo e ultraligeiro;
• Em resina;
• Em consistente tolinas.
Podemos fazer ortóteses plantares apenas com um destes materiais ou com os distintos
materiais conjugados. No caso do E.V.A. podemos aplicar diferentes graus de durezas, desde 25
a 65 graus shore A, dependendo do peso do paciente, da idade, do grau de deformidade, da dor e
da redutibilidade.
A dureza suave, 25-30 graus shore, é a mais utilizada. Emprega-se para corrigir metatarsalgias
e no tratamento do pé supinado (varo, cavo ou cavo-varo). Frequentemente adicionamos as
consistente tolinas para uma maior dureza e em algumas zonas específicas para uma maior
sustentabilidade.
As durezas intermédias, de 40-45 graus Shore, são utilizadas em pessoas de peso, para corrigir
metatarsalgias e graus ligeiros/moderados de pronação.
E são aplicadas durezas altas, de 60-65 graus, para corrigir metatarsalgias e pés pronados
moderados/elevados.
Por vezes existe também a necessidade da utilização da dureza suave e da intermédia em
conjunto, para casos mais específicos.
No caso de jovens/adultos activos, e/ou desportistas, utilizamos frequentemente as resinas, que
pressupõem um elevado suporte e ao mesmo tempo flexibilidade.
Em qualquer dos casos podem ser aplicadas almofadas de descarga metatársica, com um
material mais suave de 10-15 graus shore na zona das cabeças metatársicas mais dolorosas.
3.2 Para descarga retrocapital
Os estádios finais da evolução das metatarsálgias caracterizam-se pela formação de luxações
nas articulações metatarsofalangicas.
Esta grave patologia, somada a uma diminuição de tecido adiposo na zona plantar, origina que
as cabeças metatársicas sejam proeminentes na superficie plantar e que surjam calos plantares
intratáveis. Chegada a esta fase, a marcha torna-se insuportável.
São palmilhas ortopédicas que fazem a descarga por debaixo das articulações
metatarsofalangica(s). A diferença para as restantes é que a descarga é sempre retrocapital,
13
sendo mesmo esta rectificação insuficiente para um estádio final de metatarsalgia. Contudo alivia
mas não resolve as dores que permita o paciente voltar a caminhar de forma normal.
É recomendável nestes casos a utilização de uma palmilha ortopédica infracapital, associada a
uma modificação na sola do calçado.
Com este tratamento pessoas que estão na iminência de uma cirurgia agressiva e com poucas
garantias de êxito, podem voltar a caminhar comodamente, suportando algumas dores.
3.3 De descarga para talalgia, esporão do calcâneo e dores no calcanhar
A zona do calcanhar da palmilha ortopédica tem a forma de uma ferrradura, com uma ligeira
altura, como uma guia do calcanhar, para dar estabilidade ao pé. Apresenta sempre uma
obliquidade assimétrica do calcanhar correspondente à tuberosidade inferior interna do calcâneo.
Constrói-se com arco longitudinal interno que ajuda na descarga do peso corporal, libertando o
calcanhar de uma carga excessiva.
Por vezes a zona do calcanhar possui um material mais suave, de 10-15 graus de shore,
produzindo assim um maior conforto e eficácia no tratamento.
3.4 Para sapatos estreitos
Ortóteses plantares de pouca espessura que podem ser utilizadas com a maioria dos sapatos
habituais de senhora. É a palmilha ideal para corrigir as dores metatarsoplantares centrais
leves/moderadas.
É composta por um termoplástico muito fino e flexível, no qual se adiciona uma peça retrocapital
de descarga das 2ª a 4 cabeças metatársicas. Em alguns casos (reduzidos) podem ser fabricadas
em resina.
Pelas suas características extrafinas não admitem cunhas varo/valgo nem descargas do
calcanhar.
São forradas com materiais sintéticos extra-finos, de cores muito atractivas e de longa duração.
Pelas características apresentadas anteriormente não se recomenda para o tratamento de pés
varos, valgos e para descarga do calcâneo.
3.5 Para Desporto
É uma palmilha ortopédica em que combinamos, entre si, materiais biomecânicos de diferentes
durezas, com o que se consegue uma máxima absorção, dissipação e amortecimento do impacto,
com um equilíbrio apropriado do retorno da energia do impulso.
Quando caminhamos, corremos ou saltamos, geram-se ondas de choque, cada vez que o nosso
calcanhar ou ante-pé contacta o solo. Estas forças de impacto são transmitidas através do
14
calcanhar ou ante-pé até ao tornozelo, joelho, anca e coluna vertebral e podem causar
directamente patologias degenerativas osteo-integrais.
Existe uma relação directa entre o retorno da energia, deterioração articular e rendimento
desportivo. Se o material proporciona demasiado o retorno de energia, o risco de lesão articular
aumenta, mas se esse retorno de energia é insuficiente, reduz o rendimento desportivo. A dureza
baixa do material produz conforto e baixo retorno de energia. A dureza alta oferece um suporte
mais rígido enquanto mantém a absorção de impacto e regresso da energia.
O facto de estas palmilhas terem umas paredes laterais relativamente altas, proporciona a
fixação do pé ficando este perfeitamente ajustado à palmilha.
Este tipo de palmilhas admitem peças retrocapitais, cunhas, ferraduras, sem perder estabilidade.
3.6 De Descargas Plantares (pés muito dolorosos)
Este tipo de palmilhas são indicadas para casos de artrite reumatóide, pé diabético, artroses,
pés cavos neurológivos, luxações metatarsofalangicas, sequelas de pés operados e, em geral,
todas as patologias graves do ante-pé.
As qualidades de absorção e amortecimento de uma elevada percentagem das ondas de
choque do E.V.A., associadas na mesma superfície da palmilha a outros materiais biomecânicos e
aplicados em certas zonas activas da palmilha, produzem efeitos absorventes de dissipação e
amortecimento do impacto. Reduz-se assim, consideravelmente, o potencial de dano transmitido
através do solo até às articulações metatarsofalângicas, preservando as articulações e reduzindo
a dor.
Nestes casos o material mais utilizado é a E.V.A. suave de 25-30º Shore A.
3.7 Infantis à medida – menores 4 anos
Palmilha ortopédica que, exercendo uma óptima correcção, não magoa o pequeno pé em
formação. É uma palmilha ideal para tratar o pé plano valgo laxo nos meninos menores de 4 anos.
Fabricam-se em E.V.A de dureza 60-65º Shore A. Outro material com grande efeito são as
palmilhas termomoldadas em polietileno e polipropilenos.
Devido ao seu desenho, em forma de guia de calcanhar, acompanhamento dos arcos
longitudinais internos e externos, assim como acompanhamento lateral, é produzido um perfeito
acompanhamento entre o pé e a palmilha ortopédica. Admite, sem perder equilibrio e estabilidade,
tanto cunha supinadora como pronado.
3.8 Infantis à medida – maiores 4 anos
Caracteriza-se como uma das palmilhas ortopédicas mais efectivas para o tratamento de pé
plano e/ou valgo moderado em crianças maiores de 4 anos e jovens.
15
É uma palmilha ortopédica que se molda sobre um molde de gesso positivo rectificado. A
primeira camada, que contacta directamente com o pé, é composta por E.V.A que absorve uma
elevada percentagem de ondas de choque originadas pela marcha. A segunda camada é
composta por um fino termoplástico elástico que confere resistência à palmilha. A terceira camada
está integrada por E.V.A-corcho, que preenche os arcos e a zona do calcanhar.
São muito duradouras, muito bem admitidas pelo paciente, confortáveis e ligeiras de peso.
3.9 ETIL VINIL ACETATO (E.V.A)
3.9.1 Modo de fabricação
Molda-se sobre um molde positivo de gesso, após rectificação do mesmo molde. Aplicam-se as
diferentes peças retrocapitais, dependendo das articulações metatarsofalângicas
sobrecarregadas. Descarga da primeira articulação, das centrais, da quinta ou das cinco.
3.9.2 Características do Material
É uma palmilha ortopédica hipoalérgica, que pode estar em contacto com a pele. Ao ser um
material de células fechadas, não permite a entrada de suor, agua ou detergentes.
Deve usar-se com uma meia.
3.9.3 Instruções de Limpeza
Estas indicações são válidas para todas as palmilhas, excepto as de pele e de outros materiais
que tenham especial indicação de não se poderem lavar na máquina de lavar roupa.
Podem lavar-se à mão ou à máquina, num programa de água fria, ou até um máximo 40ºC.
Não devem secar-se perto de uma fonte de calor. É suficiente com um pano.
4 Palmilhas de descanso
São aqueles plantares ou palmilhas usadas para a obtenção de um andar confortável durante a
marcha. São usadas por indivíduos que têm ambas as impressões plantares definidas e
observadas como “normais” e não necessitam de correcção alguma. Confeccionam-se nos
mesmos materiais usados para plantares correctores e comercializam-se em tamanhos standard.
5 Palmilhas corretoras
São aqueles plantares ou ortóteses correctoras, comummente conhecidas como palmilhas
ortopédicas.
Estas palmilhas realizam-se sempre com uma prévia pedigrafia, para se estudar ambas as
impressões plantares. Podem manifestar-se as correcções necessárias para serem rectificadas
nas palmilhas que se confeccionam, sendo portanto completamente personalizadas. Estas
correcções têm como finalidade que se obtenha a pisada mais “normal” possível e um andar
confortável que permita o utente desenvolver as actividades diárias e desportivas sem sofrer de
16
dores nos pés, prevenindo, deste modo, as lesões nas articulações como os joelhos, a anca, a
cintura e a coluna em geral.
6 Cuidado com as palmilhas
• Não se devem expor a chamas nem a solventes orgânicos (álcool);
• Preferencialmente, não se devem usar sem meias;
• Podem limpar-se utilizando uma esponja húmida ou um pouco de sabão neutro.
6.1 Instruções de Uso
• Insira as palmilhas no calçado, acomodando a ponta. Assegure-se que as palmilhas estão
inseridas correctamente. (estão correctamente colocadas se ao utiliza-las existe uma
sensação imediata de comodidade);
• As palmilhas devem usar-se gradualmente para permitir a adaptação do corpo aos novos
parâmetros de apoio nos pés;
• Durante os primeiros dias de uso é natural sentir leves dores articulares e musculares. Ao
fim do período de habituação (que pode ir até duas semanas) sentir-se-á melhor com as
palmilhas;
• O calçado com que deve usá-las tem que ter, preferencialmente, as seguintes
características:
o que não se encontre deformado por seu uso anterior;
o com uma altura de tacão igual a 2,5 cm para homens, e não maior que 4 cm para
senhoras;
o que não tenha solas ou tacões muito desgastados;
o que tenha contrafortes rígidos - no caso das crianças isto é muito importante;
o que permita que a palmilha e o pé se encontre cómodo no seu interior. É normal
que se requeira um calçado mais amplo ou meio tamanho acima do habitual.
• Para a prática desportiva deve utilizar-se outras palmilhas que não as utilizadas no
quotidiano;
• As palmilhas desportivas podem provocar bolhas que desaparecem conforme o pé se
adapte aos novos parâmetros de apoio;
• Quando a temperatura é elevada os pés costumam inchar, pelo que recomendamos utilizar
meias de menor grossura;
• É recomendável mudar as suas palmilhas uma vez por ano, devido ao desgaste natural
dos materiais.
17
7 Perguntas frequentes
7.1 Devo utilizar as minhas palmilhas o dia todo?
Quanto mais tempo utilizar as suas palmilhas, maior será o beneficio. Se as suas actividades
quotidianas mudam durante o dia e tem que mudar de calçado, recomendamos que faças outro
par para essa actividade.
7.2 Posso sentir incomodo ao início ao usar as minh as palmilhas?
As palmilhas são fabricadas para preencher as estruturas dos seus pés que necessitam de
apoio, por isso pode sentir pressão em algumas áreas que as palmilhas estão a tentar corrigir. Por
esta razão é que as palmilhas devem ser utilizadas por intervalos de duas horas no início, e pouco
a pouco aumentar o tempo que de utilização durante duas semanas, até que as possa utilizar todo
o dia confortavelmente.
7.3 Que tipo de sapato devo usar para a utilização das palmilhas?
Na maioria dos sapatos poderá colocar as suas palmilhas ortopédicas, apenas necessita de
retirar a palmilha que os seus sapatos possuem, para melhor acomodar a sua nova palmilha
ortopédica. Pode também eleger connosco uma grande quantidade de sapatos com as palmilhas
integradas, para evitar estar a trocá-las.
7.4 Os meus músculos debilitaram-se com a utilizaçã o diária das palmilhas?
As palmilhas ortopédicas personalizadas não reduzem o tónus muscular dos músculos dos pés.
O que fazem é ajudar a posicionar as estruturas do pé de tal forma que estará a utilizar os
músculos da forma mais adequada e com maior precisão, o que minimizará a fadiga daqueles,
assim como estimulam os menos solicitados.
7.5 Que tipo de informação (documentos, análises, v ídeos, recomendações, etc.) realizam?
Realiza-se um estudo em várias etapas: descalço, a caminhar, a caminhar rápido e a correr,
digitaliza-se a imagem em vídeo e entrega-se o relatório obtido pela nossa plataforma de
pressões.
7.6 Uma vez realizada a análise que passos se segue m?
Uma vez terminada a fase de diagnóstico, realizam-se as correcções da técnica de marcha,
posturas, velocidade, distância de passo, etc; se necessário complementa-se a análise
biomecânica com um estudo de baropodometria digitalizada, para realizar a palmilha ortopédica e
corrigir as pressões plantares do pé.
18
7.7 Um caso “típico” que passos se seguem após entr ega de palmilhas?
Realiza-se uma marcação de controlo aos 3 meses, para avaliar novamente a técnica de marcha,
a progressão da dor que existia na primeira avaliação e também o grau de recuperação da lesão,
patologia ou balanço muscular.
7.8 Que preço tem? Há promoções?
O preço do estudo da análise de pressões é de 35€ (com IVA incluído). Caso se prossiga no
imediato à encomenda das palmilhas o valor da análise é deduzido em 50%. Para se prosseguir
com a encomenda solicita-se um adiantamento de 50% do valor das palmilhas e do relatório da
análise, sendo o restante do valor pago no acto da entrega das palmilhas e do relatório.
É necessário fazer um agendamento prévio, tendo a duração de aproximadamente 45 minutos.
19
8 Ortóteses plantares
8.1 Calçado semi-ortopédico e ortopédico
8.1.1 Informações importantes
NIMCO MADE 4 YOU
• Cuidados a ter com o calçado de modo a assegurar a durabilidade:
o caso eles se molhem, deixe-os secar ao ar, retirando as palmilhas;
o não os seque ao aquecedor ou na lareira;
o não os lave,
o os nossos sapatos são feitos em pele, use produtos de limpeza adequados à
pele;
o nas primeiras utilizações, não os use durante o dia inteiro.
• Instruções de limpeza:
o limpe com uma esponja húmida;
o aplique graxa em creme;
o para terminar faça o polimento com um pano seco para suavidade e brilho
perfeitos.
• Instruções de limpeza de Nubuck:
o limpe com uma escova suave ou uma esponja seca;
o aplique vapor, escove e deixe secar ao ar;
o use um spray de limpeza de Nubuck.
A maioria do nosso calçado pode ser feita usando a Xsensible Inside, uma tecnologia de pele
extensível, especialmente desenvolvida e patenteada. Os sapatos produzidos nesta pele,
Xsensible Inside Bi-stretch Leather adaptam-se à forma do pé onde é mais necessário.
O resultado? Calçado excelente, confortável com um ajuste perfeito!
A tecnologia patenteada que garante calçado extremamente confortável: 100%
Pele BI – Stretch; 70% extensível em largura; 30% extensível em comprimento.
Super leve: Liberdade de Movimentos; Impermeável.
http://www.youtube.com/watch?v=3qr99-pJLqw&feature=share
8.1.2 Como calçar correctamente?
Quando se calçar ou calçar alguém que esteja ao seu cuidado tenha especial atenção à posição
do calcanhar. Este deve estar totalmente encostado à parte de trás do calçado;
20
Posteriormente caso o método de aperto seja atacadores, verifique se estes se encontram
ajustados em todo o pé;
Caso o método de aperto seja velcros comece por ajustar o que se encontra mais próximo da
linha de dedos, de seguida o que se encontra mais perto do tornozelo e por fim o do meio;
Verificar atentamente se o velcro da linha de entra da do pé se encontra bem ajustado,
este é o mais importante!
8.2 Porquê utilizar calçado semi-ortopédico e ortop édico?
A característica que todos nós mais apreciamos no calçado, sejamos crianças, adultos ou idosos
é o conforto.
21
9 Escolha do calçado de corrida
Correr é um desporto de impacto. Cada vez que damos um passo na corrida todo o nosso corpo
em geral sofre um impacto. Relativamente ao terreno, ao que se refere à absorção de impactos, o
melhor é o de terra batida. As ruas e calçadas são terrenos duros e portanto não absorvem tão
bem o impacto, o que neste caso a escolha do calçado torna-se fundamental.
As sapatilhas ideiais têm que ser capazes de amortecer bem os impactos, proporcionar
estabilidade, sustentação e ainda adaptarem-se à forma de correr de cada um.
Sucede-se muitas vezes que com o uso das sapatilhas comecem a surgir no individuo que as
usa dores e por vezes lesões, pois foi feita uma má eleição do calçado. Devemos também
considerar a vida útil dos ténis. Passado esse tempo, o comportamento dos materiais altera-se.
9.1 Análise da Pisada do Corredor
Existem três tipos de corredores:
Supinador → entendemos por supinação o efeito contrário à pronação, ou seja, quando há uma
ausência ou diminuição do efeito pronatório fisiológico, oferecendo um apoio pela parte externa do
pé. Trata-se de um pé muito estruturado e com pouca mobilidade, com uma arcada plantar
aumentada e o maléolo externo saído para fora. Esta alteração é pouco frequente,
aproximadamente 10% do total de atletas são supinadores, e aos poucos, confunde-se com o
desgaste excessivo na zona externa do calcanhar. Os supinadores comprimem e desgastam as
solas das suas sapatilhas por um todo do lado externo.
Normal → significa que os tornozelos não tendem a girar nem para o interior do pé, nem para o
lado externo quando correm. O pé normal, é aquele cujo apoio começa com uma ligeira inclinação
da parte externa do tornozelo, exercendo com a continuação do movimento uma discreta
pronação por parte do médio-pé e descolando o ante-pé entre o 1º e 2º metatarso.
Aproximadamente 40% dos corredores têm um pé neutro.
22
Pronador → a característica do pé pronador consiste no abatimento da zona interna do mesmo.
Quando corremos os tornozelos tendem a girar para dentro, é comum, uma vez que é uma
resposta natural de efeito de amortecimento, com que o corpo se defende. A pronação é um efeito
fisiológico e necessário com o qual o pé dissipa parte da carga que recebe em cada passo para
adaptar-se às irregularidades do terreno, se não existisse esse movimento pronatorio os nossos
pés sofriam lesões. Quando essa pronação aumenta, acima dos parâmetros fisiológicos, nesse
caso falamos de um corredor pronado. Entre 50 a 60% dos corredores padecem de pronação
excessiva.
Muitas vezes os pés em posição estática podem comportar-se de forma totalmente distinta do
que quando estão em movimento durante a corrida.
Por vezes acontece que um par de pés normais na posição estática podem transforma-se em
pés planos durante a corrida, ou pés cavos em posição estática podem tornar-se pés normais
durante a corrida (e por vezes até em pés planos).
Portanto, a pedigrafia plantar dá-nos, unicamente, uma primeira aproximação do que se pode
mesmo esperar do pé em movimento.
Daí a importância de uma exploração mais aprofundada dos pés de um atleta em movimento (se
possível, correndo. Sendo também fundamental conhecer todo o historial clínico de lesões e
analisando, por sua vez, os desgastes, as deformações e as alterações do calçado desportivo
usado (os ténis usados mostram de forma fidedigna o que acontece-nos tornozelos e nos pés do
desportista durante a acção desportiva). Ao termos em conta todos estes elementos, o diagnóstico
acerca do tipo de pisada de cada atleta será mais preciso.
10 Porque aparecem as úlceras?
Por vezes a diabetes tipo II evolui para diabtes neuropatica, o que tem como consequência a
falta de sensibilidade e ou a diminuição da circulação sanguinea no pé. Com o passar do tempo, e
as deformações e lesões (naturais a surgir) como os calos, bolhas, descamação da pele, as
23
alterações de apoios no pés, os traumatismos externos e a fricção feita pelos sapatos, entre
outros, como o paciente não tem sensibilidade não sente a ferida, há maior dificuldade em sarar, o
que por vezes, origina as úlceras.
Contudo, tendo conhecimento desta evolução e tratando e prevenido adequadamente, o pé
diabético pode prevenir-se.
10.1 Cuidados Gerais
• Inspeccione o ser pé diariamente. Se não pode fazê-lo sozinho utilize um espelho ou
solicite ajuda a algum familiar ou amigo. Em caso de lesão repouse e consulte um
especialista.
• Lave os seus pés diariamente. Seque-os suavemente, em especial entre os dedos.
• Se a pele dos seus pés está muito seca aplique cremes hidratantes. Assegure-se que
não deixa restos de creme entre os dedos.
• Não aqueça os seus pés com bolsas de água quente, almofadas eléctricas ou estufas.
• Nunca ande descalço.
• Não aplique produtos comerciais ou substâncias irritantes para tirar os calos.
• Corte as unhas sem deixar pontas ou bordos irregulares.
• Não corte as cutículas.
• Se tem limitações fisícas ou visuais recorra a um podólogo.
10.1.1 Sapatos
• O calçado deve ser cómodo, de material suave e ajustado, de forma a que não friccione.
• Compre o calçado pela tarde, uma vez que os pés incham e caso compre pela manhã
depois podem ficar muito apertados pelo decorrer do dia.
• Não use sapatos novos por períodos maiores a duas horas, e vá aumentando o período
de uso gradualmente. Para que estes se adaptem aos seus pés.
• Inspeccione dentro do seu sapato antes de calçá-lo, para se assegurar que não existem
corpos estranhos.
• Em caso de ter a sensibilidade diminuída aconselhe-se com o seu médico ou técnico que
o acompanha se poderá usar sandálias ou calçado aberto.
10.1.2 Meias
Nunca use sapatos sem meias. As meias devem ser de algodão e brancas, pois alertará a
presença de alguma ferida ao visualizar sangue ou secreções nas meias.
24
10.1.3 Meias de Descanso
A linha de meias de descanso que possuímos evidenciam-se na prevenção e tratamento de
problemas venosos. A pressão que a meia exerce naturalmente, desde o tornozelo até à coxa, é
feita por massagem activa e contínua que por sua vez, reduz gradualmente a intensidade de
carga em ambas as pernas. Tendo estas meias como principal objectivo a promoção do retorno
venoso ao coração, o que origina um alivio nas pernas, sendo que a sensação de fadiga e o
inchaço diminui.
A elegância é garantida.
Este produto tem uma durabilidade comprovada pelo tratamento anti-micótico e anti-bacteriano
que possui.
Possuímos vários modelos de meias:
• Collant normal → com biqueira, calcanhar e cintura reforçados. Tem que ser escolhida
em função do peso/altura. E possuímos nas cores Daino, miele, glacé, visone e preto.
• Meia até ao joelho → a sua zona terminal é suficiente larga para que não haja o efeito
garrote. Temos disponíveis nas cores visone e preto.
• Meias para homem → este modelo é até aos joelhos, e tem largura suficiente na sua
zona terminal para que não haja também o efeito garrote. Temos disponíveis as cores:
preto, azul e castanho.
As compressões das meias de descanso podem ser:
• 12-15mmHg por 70 DEN - recomendadas como medida prófilática,
• 18-20mmHg por 140 DEN - pernas cansadas ou pesadas, varizes simples sem edema,
varizes de gravidez ou pós-parto, profilaxia das tromboses venosas,
• 16-20mmHg por 280 DEN - para homem com pernas cansadas ou pesadas, varizes
simples.