AÇOS DE DUCTILIDADE ESPECIAL PARA ARMADURAS DE

BETÃO ARMADO 1 – AÇOS DE DUCTILIDADE ESPECIAL PARA ARMADURAS DE

BETÃO ARMADO ........................................................................... 2

2 – CLASSIFICAÇÃO LNEC............................................................ 3

3 – CERTIFICAÇÃO DO AÇO LAMINADO A QUENTE..................... 3

4– CERTIFICADOS DE FABRICO.................................................... 5

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As propriedades das estruturas do betão armado advêm da conjunção entre as características do aço e do betão, características estas que se complementam mutuamente.

Destes dois materiais que constituem o o betão armado, o aço é aquele que possui capacidade dúctil, dado o caracter eminente frágil do betão.

O aço utilizado para estes fins foi objecto de vários desenvolvimentos, quer na evolução

tecnológica, quer na crescente exigência que lhe é imposta. Uma das exigências é o reforço da resistência das estruturas aos esforços sísmicos. Como o desempenho destas estruturas em betão armado, quando sujeitas a uma acção sísmica, depende fundamentalmente da Ductilidade exigida ao aço, desenvolveu-se um novo tipo de aço: - aço com características especiais de ductilidade.

1 – Aços de ductilidade especial para armaduras de betão armado

1.1 – Processo de fabrico

Este aço é produzido por laminagem a quente, tendo um tratamento térmico de tempera seguido de autorevenido. Este tratamento dá ao aço uma estrutura de tempera superficial, a qual é a responsável pelas suas características mecânicas. 1.2 – Especificações LNEC

Este tipo de aço é regulamentado pelas especificações do LNEC, E 455 e E 460 de 2002, respectivamente para o A 400 NRSD e para o A 500 NRSD.

1.3 – Características mecânicas e químicas

As características mecânicas para estes aços de ductilidade especial são as constantes nas especificações LNEC que se resumem nos seguintes quadros:

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2 – Classificação LNEC 2.1 – Obrigatoriedade de Classificação

De acordo com o artigo 23º do REBAP todos os aços para estruturas de betão armado tem de ser classificados e emitido os respectivos Documentos de Classificação , documentos estes numerados e emitidos por cada fabricante que se propõe à Classificação. 2.2 – Processo de Classificação O processo de Classificação desenvolve-se com um pedido do fabricante ao LNEC, informando-o do tipo de aço e as dimensões que pretende classificar. O LNEC ao aceitar o pedido recebe as amostras das várias dimensões e qualidades a classificar e após os ensaios efectuados nos seus laboratórios e respectiva aprovação, emite o competente certificado de Classificação.

3 – Certificação do Aço Laminado a Quente

3.1 – Obrigatoriedade de certificação Qualquer aço nervurado laminado a quente, para utilização em betão armado, só pode ser colocado no mercado após ter sido certificado por organismo acreditado pelo IPQ. Esta obrigação decorre do Decreto –Lei nº 128/99 artigo 1º. Em Portugal o organismo de certificação é a CERTIF 3.2 – Processo de Certificação O processo de certificação de um material inicia-se com uma auditoria inicial na fábrica do produtor de aço nervurado, onde são recolhidas 60 amostras ( 30 de A 400 NRSD e 30 do A 500 NRSD) Estas amostras são cortadas a meio sendo as primeiras metades ensaiadas na presença do auditor no laboratório do fabricante, as outras metades são enviadas ao LNEC onde por sua vez são ensaiadas. Os resultados dos dois laboratórios são comparados, é emitido um relatório. A CERTIF analisa o relatório e certifica ou não o produto.

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3.3 – Produto Certificado Sendo o material certificado, é emitido pela CERTIF uma Licença para uso da Marca de Produto certificado. Um material certificado é objecto de auditorias semestrais com recolha de amostras e respectivos ensaios nos laboratórios do fabricante e do LNEC

3.4 – Exigências regulamentares Para que um aço possa ser comercialmente legalizado e usado na obra em Portugal, é necessário que previamente tenha sido classificado pelo LNEC e certificado pela CERTIF. 3.4 – Identificação do produtos de aço nervurado Todo o material nervurado para betão armado tem uma marcação que identifica o fabricante. Esta marcação é emitida quando da Classificação do material pelo LNEC e obedece a regras perfeitamente definidas

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4– Certificados de fabrico

4.1 – Emissão de certificados A Siderurgia Nacional emite por cada vazamento expedido um certificado de Análises Químicas e Ensaios Mecânicos, onde constam para além das análises químicas e ensaios mecânicos, todas as referências à Norma, à qualidade, à dimensão, ao cliente, a marca do fabricante, e ainda o símbolo de produto certificado. A autenticidade do certificado é garantida pela assinatura de um responsável da fábrica. 4.2 – Leitura do certificado

O certificado de fabrico é emitido como forma de Garantia da Qualidade do produto fornecido. Por este motivo, deve ser verificado, comparando com o inscrito nas etiquetas, se o produto recebido corresponde ao descrito no certificado, se o numero de vazamento ( nº sequencial de fabrico ), se a dimensão e o comprimento estão correctos. Através das características químicas e mecânicas, deve verificar-se se estas correspondem ás respectivas especificações LNEC. Todos os certificados devem ter o selo de produto certificado, a marca do fabricante e devem ser assinados pelo responsável da Qualidade da fábrica. Se alguns destes itens não for cumprido, o material deve ser objecto de inspecção. Fernando Lourenço

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