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CONTROLE DE QUALIDADE

Evelin E. Balbino

COFID/GTFAR/GGMED/ANVISA

Brasília, 31 de maio de 2010

Workshop sobre Fitoterápicos

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Metodologia Analítica

LotesIndustriais

Análise Fiscal

Inspeção

Auditorias de registroTestes

Estabilidade

Lotes Matéria-prima

LotesPiloto

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Objetivos:

identificação da planta ou seu derivado, através da detecção de componentes característicos;

quantificação de um marcador ou atividade biológica;

detecção e quantificação de alguma substância tóxica ou alguns contaminantes, como por exemplo os metais pesados e contaminantes microbiológicos.

Controle de qualidade

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Qualidade do medicamento está diretamente relacionada à qualidade dos insumos farmacêuticos empregados em sua produção;

Medicamento de qualidade, deve fornecer a dose segura e eficaz do fármaco.

Controle de qualidade

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Farmacopéia Brasileira

Código Oficial Farmacêutico do país;

Requisitos mínimos de qualidade para fármacos, insumos, drogas vegetais, medicamentos e produtos para a saúde;

Parâmetros para controle de qualidade das plantas medicinais e/ou seus derivados;

Uso obrigatório para os que fabricam, manipulam, fracionam e controlam produtos farmacêuticos;

Parâmetro para as ações da vigilância sanitária, como: registro, inspeção e análise fiscal.

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Portaria nº 782/08Competência da ANVISA promover o desenvolvimento, a

revisão e a atualização da FB e seus produtos.

• Atualizar métodos e verificar a sua reprodutibilidade;

• Harmonizar os trabalhos da FB com as principais Farmacopéias internacionais;

• Publicar o Código Farmacêutico Oficial atualizado em um compêndio único.

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ampliação do números de métodos específicos, precisos, exatos e robustos;

monografias revisadas e atualizadas;

menor investimento em pesquisa, desenvolvimento e validação de novos métodos de controle de qualidade;

agilidade na análise dos processos de registro e resultados apresentados durante as inspeções.

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Controle de qualidade

RDC 14/10 – registro de medicamentos fitoterápicos• emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais;• drogas vegetais e seus derivados;• formas farmacêuticas;• análise qualitativa e quantitativa.

RDC 10/10 – notificação de drogas vegetais• droga vegetal para decocção, infusão ou maceração;• sachê ou caixa;• análise qualitativa – validade 1 ano;• análise qualitativa e quantitativa – validade superior a 1 ano.

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Relatório TécnicoRDC 14/10

nomenclatura botânica completa;

parte da planta;

layout de bula, rótulo e embalagem;

local de fabricação;

dados de produção;

controle de qualidade;

segurança e eficácia.

Salix alba

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Relatório de Controle de Qualidade

RDC 14/10

Informações gerais

Droga vegetal

Derivado vegetal

Produto acabado

Zingiber officinale

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Informações Gerais

I - controle da Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET);

II - estudo de estabilidade acelerada de três lotes-piloto e estudos de longa duração em andamento, ou estudo de estabilidade de longa duração concluído;

III - referências farmacopeicas consultadas e reconhecidas pela ANVISA. RDC 37/09 - na ausência de monografia oficial inscrita na Farmacopéia Brasileira, poderá ser adotada monografia oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios internacionais: Farmacopéia Alemã, Americana, Argentina, Britânica, Européia, Francesa, Internacional (OMS), Japonesa, Mexicana e Portuguesa.

- descrição detalhada das metodologias utilizadas, com métodos analíticos validados, indicando a fonte de desenvolvimento.RE 899/03 - "Guia de validação de métodos analíticos e bioanalíticos"

Cynara scolymus

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Droga Vegetal

I - testes de autenticidade, caracterização organoléptica, identificação macroscópica e microscópica;

II - descrição da droga vegetal;

Farmacopéias reconhecidas pela ANVISA Ausência publicação técnico-científica indexada

laudo de identificação emitido por profissional habilitado

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Baccharis trimera

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Baccharis trimera

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Droga Vegetal

III - testes de pureza e integridade;

Cinzas totais: quantidade de cinza fisiológica e a não fisiológica;

Cinzas insolúveis em ácido clorídrico: teor de sílica e componentes silicosos da droga. Teor acima do preconizado indica procedimentos de coleta inadequados;

Umidade e/ou perda por dessecação: água estimula crescimento microbiano, de fungos e insetos, reações de hidrólise e ação de enzimas, com deterioração de constituintes da droga. Em geral, de 8 a 14%;

Matérias estranhas: outras partes da planta, elementos estranhos e impurezas de natureza mineral;

Contaminantes microbiológicos; Pesquisa de metais pesados.

Stryphnodendron adstringensPimpinella anisum

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Peumus boldus

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Microbiológico

[email protected]

Contaminação microbiana de um produto não estéril (especialidade e matéria-prima farmacêutica) pode conduzir não somente à sua deterioração, com as mudanças físicas e químicas associadas, mas também ao risco de infecção para o usuário.

Produtos farmacêuticos orais e tópicos não estéreis (comprimidos, suspensões, cremes, etc.) devem realizar controles de contaminação microbiológica.

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Microbiológico

NOVOCP 25/10: Adequação dos métodos farmacopeicos

eliminação de atividade antimicrobiana das amostras;

necessidade de métodos alternativos, como neutralização, diluição ou filtração;

eficácia e ausência de toxicidade do agente inativante e/ou substâncias tensoativas utilizadas na preparação das amostras;

capacidade nutritiva dos meios de cultura;

microrganismos para o teste de recuperação microbiana;

controle negativo – esterilidade dos meios de cultura.

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Droga Vegetal

IV - método de estabilização, secagem e conservação utilizados;

V - método para eliminação de contaminantes e a pesquisa de eventuais alterações;

VI - avaliação da ausência de aflatoxinas;

VII - local de coleta;

VIII - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica;

IX - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico.

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Farm. Eur. USP

Zona marrom

Borneol: marrom-

amarelado

Bornyl-acetate: marrom amarelado

Guaiazuleno: vermelho

Matricina: azul

Zonas vermelho-violetas: uma das quais bisabolol

Terpenos: zonas vermelhas

Top of the plate

Reference solution Test solution

Matricaria recutita

Análise qualitativa

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USP – inflorescências secas. Contém no mínimo 0,4 % de óleo essencial azul e no mínimo 0,3% de apigenina-7-glicosídeo e 0,15% de derivados do bisabolano, calculado como levomenol.

Farm. Eur. – capítulos florais secos. Contém no mínimo 0,4 % de óleo essencial azul e no mínimo 0,25% de apigenina-7-glicosídeo.

Matricaria recutita

Análise quantitativa

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Análise qualitativa

Farm. Eur.

Mancha fluorescente

Rutina: amarelo alaranjado

Ácido clorogênico:fluorescente

Ácido cafeico: azul

Não apresentar manchas amarela

Mancha azul

Top of the plate

Reference solution Arnica montana

Heterotheca inuloides

Arnica montana

Calendula officinalisManchas marrom-

amareladas e verde-amarelada

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Farm. Eur. – capítulos florais secos, contendo no mínimo 0,4% de sesquiterpenos lactônicos totais expressos em tiglato de helenalina.

F.B. CP 38/2009 – capítulos florais secos, contendo no

mínimo 0,4% de sesquiterpenos lactônicos totais expressos em tiglato de helenalina.

Análise quantitativa

Arnica montana

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USP – partes subterrânes, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial e no mínimo 0,05% de ácido valerênico.

Farm. Eur. - partes subterrânes inteiras ou fragmentadas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial na droga vegetal inteira (seca), no mínimo 0,3% de óleo essencial na droga vegetal fragmentada (seca) e no mínimo 0,17% de ácidos sesquiterpênicos expressos como ácido valerênico (ácido valerênico + ácido acetoxivalerênico).

F.B. CP 24/2010 - semelhante à Farm. Eur.

Valeriana officinalis

Análise quantitativa

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Droga Vegetal

USP – partes subterrâneas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial. A quantificação deve ser realizada com material recentemente e grosseiramente triturado.

Farm. Eur. - partes subterrânes inteiras ou fragmentadas, incluindo rizoma, raíz e estolões. A droga vegetal inteira (seca) contém no mínimo 0,5 % de óleo essencial. A droga vegetal fragmentada (seca) contém no mínimo 0,3% de óleo essencial.

Armazenagem da droga vegetal? Inteira ou fragmentada?

Valeriana officinalis

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Especificação Referência Resultados Lote 001

Caracteres organolépticos

Sabor amargo F. B. De acordo

Microscópico farmacopeica F. B. De acordo

Macroscópico farmacopeica F. B. De acordo

Cinzas totais ≤ 8% F. B. 7,6%

Umidade ≤ 10% F. B. 9,5%

Matérias estranhas ≤ 2% F. B. 1,0%

Identificação Mancha laranja e mancha verde acima

F. B. De acordo

Doseamento ≥ 1,4 ác. cafeicos totais1,8-2,2% ác. cafeico

F. B.Esp. interna

1,9%

Patógenos Ausentes: Salmonella ssp, E. coli, S. aureus.

Farm. Internacional

Ausente

Microbiológico ≤ 104 bactérias totais, ≤ 102 Enterobactérias e ≤ 102 fungos

Farm. Internacional

≤102 Enterobactérias, Bactérias e ≤10 fungos

Baccharis trimer

a

Metais pesados ≤ 0,002% F. B. ≤ 0,002%

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Derivado vegetal

I - solventes, excipientes e/ou veículos utilizados;

uso tradicional literatura estudo clínico

II - relação droga vegetal:derivado vegetal;

uso tradicional ou estudos clínicos - droga vegetal farmacopéias ou publicações técnico-científicas - teor mínimo de marcador

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III - testes de pureza e integridade;

contaminantes microbiológicos monografia estipula limites;Farm. Internacional: fungos totais - 10² UFC /g ou ml, bactérias totais - 10³ UFC /g ou ml; F. B. – ausência de microorganismos patógenos: Pseudomonas aeruginosas, Staphylococcus aureus, Salmonella sp. e Escherichia coli.

metais pesados F. B. - limite máximo de metais pesados 0,002%.

resíduos de solventes exceto água e etanol.

Derivado vegetal

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Derivado vegetal

IV - método de eliminação de contaminantes e pesquisa de alterações;

V - caracterização físico-química do derivado vegetal; extratos líquidos

caracterização organoléptica, resíduo seco, pH, teor alcoólico, densidade.

extratos secos umidade/perda por dessecação, solubilidade e densidade aparente.

óleos essenciaisdensidade, índice de refração, rotação óptica.

óleos fixos índice de acidez, de éster, de iodo.

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Derivado vegetal

VI - avaliação da ausência de aflatoxinas;

VII - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica;

VIII - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico.

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Derivado vegetal: aquisição derivado

vegetalLaudo de análise do fornecedor

I - nomenclatura botânica completa;

II - parte da planta utilizada;

III - solventes, excipientes e/ou veículos utilizados na extração do derivado;

IV - relação aproximada droga vegetal:derivado vegetal;

V - descrição do método para eliminação de contaminantes, quando utilizado, e a pesquisa de eventuais alterações.

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Produto acabado

I - perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica;

II - análise quantitativa do(s) marcador(es) específico(s) de cada espécie ou controle biológico;

III - resultados dos testes realizados no controle da qualidade de um lote do medicamento;

IV - especificações do material de embalagem primária;

V - controle dos excipientes.

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Produto acabado

§ 1º Para associações de espécies vegetais em que a determinação quantitativa de um marcador por espécie não é possível, poderá(ão) ser apresentado(s) o(s) perfil(is) cromatográfico(s), que contemple(m) a presença de ao menos um marcador específico para cada espécie na associação, complementado pela determinação quantitativa do maior número possível de marcadores específicos para cada espécie.

§ 2º A impossibilidade técnica de determinação quantitativa de um marcador para cada espécie da associação deve ser devidamente justificada.

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Cromatografia de Camada Delgada (CCD)

foto colorida de CCD – droga vegetal, derivado e produto acabado;

nº do lote das amostras e substância química de referência (SQR);

corrida paralela da solução teste e SQR especificadas na método;

utilizar todas SQR recomendadas pela monografia farmacopeica;

marcar linha inicial e final da corrida;

manchas bem definidas;

manchas de cor e posição semelhante à descrição na monografia.

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•Ácido cafeico

Ácido clorogênico

Cinarina

Rutina

Luteolina- glicosídeo

Quercetina

621 543

1-Padrão ácido cafeico

2-Padrão ácido clorogênico

3-Padrão cinarina

4-Extrato seco alcachofra Lote 3542

5- Padrão de rutina

6-Padrão de luteolina-glicosídeo

7-Comprimido Alcachofra Lote 0106 7

Cromatografia de Camada Delgada

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Validação de métodos analíticos

RDC 17/10 - Ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, material, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. 

RE 899/03 - Demonstração da adequabilidade do método para a determinação qualitativa e/ou quantitativa de fármacos e outras substâncias em produtos farmacêuticos:

Especificidade LinearidadeIntervaloPrecisãoExatidãoRobustez

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Especificidade

RE 899/03 - Capacidade do método medir exatamente um composto em presença de outros componentes como impurezas, produtos de degradação e componentes da matriz.

matriz complexa do derivado vegetal – outros componentes ativos ou inativos podem estar presentes;

excipiente; produtos de degradação – condições de estresse (luz, calor,

umidade, hidrólise ácida/básica, oxidação...); impurezas.

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Espectrofotometria

comparar a absorbância das soluções branco, placebo, padrão de referência e amostra 100%;

solução de excipientes - evidenciar ausência ou absorvância

reduzida no comprimento de onda do método;

especificar a concentração de toda as soluções;

varreduras espectrais da solução teste e do padrão de referência devem ter máximos de absorção similares;

detecção de um conjunto de componenntes que absorvem no comprimento de onda em que o extrato apresenta o máximo de absorção.

Calendula officinalis

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Padrão de referência

Amostra a 100%

300 nm 400 nm 500 nm 600 nm 300 nm 400 nm 500 nm 600 nm

Placebo Amostra a 100%

300 nm 400 nm 500 nm 600 nm300 nm 400 nm 500 nm 600 nm

varreduras espectrais da amostra e da SQR devem ter máximos de absorção similares – comprimento de onda ideal do método.

varreduras espectrais do placebo e da amostra – placebo: absorbância mínima no comprimento de onda do método.

Espectrofotometria

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valiosa para identificação de grupos funcionais;

moléculas com ligações simples e duplas alternadamente (ligações conjugadas) -absorção em comprimentos de ondas maiores;

quanto mais extenso for o sistema conjugado, mais longos serão os comprimentos de onda absorvidos, podendo chegar à região do visível:

ultravioleta - faixa de 200 a 400 nm

visível - faixa de 400 a 800 nm

a posições dos máximos também são afetadas pelo solvente e por detalhes estruturais da molécula contendo os cromóforos.

Espectrofotometria

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Espectros ultravioleta

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Espectrofotometria

Espectros de absorção no ultravioleta como auxiliar na identificação;

Análise da absorvância para determinar a espécie química presente na amostra;

Detectar contaminações ou processos de degradação de matérias-primas pela comparação dos espectros de absorção da amostra e do padrão da mesma;

Deve ser especificada a extensão da varredura, solvente, concentração da solução e espessura da cubeta. Farm Bras 4ª ed

Calendula officinalis

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Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

mesmo tempo de retenção do marcador e do padrão de referência - indicativo da identidade;placebo não deve apresentar nenhum pico com o mesmo tempo de retenção do marcador;parâmetros cromatográficos: resolução, fator de retenção, fator de separação e fator de cauda;garantir a pureza dos picos cromatográficos;

Cataranthus roseus

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Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

garantir a pureza dos picos cromatográficos;o espectro de absorção do marcador deve ser igual ao da substância química de referência; pureza dos picos - espectros em pontos diferentes de cada pico;soluções contendo a substância a ser identificada, do padrão de referência e de mistura dos dois em partes iguais, são cromatografados nas mesmas condições, sucessivamente. A mistura deve apresentar apenas um pico (no tempo de retenção de interesse);a relação entre os tempos de retenção da substância em exame, do padrão e da mistura, e o tempo de retenção de um padrão interno pode ser usado como um parâmetro de identificação;coincidência de parâmetros de identidade sob 3 a 6 diferentes conjuntos de condições cromatograáficas (fluxo da fase móvel, composição da fase móvel, comprimento de onda, etc.);

Phillantus niruri

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Cromatograma HPLC com detector de arranjo de fotodiodos

Perfil cromatográfico

a 280 nm

Controle de qualidade

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25,8

25,8

Detector de arranjo de diodo: espectro de absorção

Substância química de referência

Concentração conhecida

Área do pico correspondente

Amostra do medicamento

Diluição conhecida – concentração semelhante SQR

Área do pico correspondente

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Perfis cromatográficos de uma mesma amostra em comprimentos de onda diferentes

MTF – metoxiflavona

Padrão interno

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Comparação das características espectrais dos marcadores na solução teste ( ) e SQR correspondentes ( ) - Sobreposição dos espectros de absorção.

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( ) Solução teste( ) Mistura SQR

( ) Solução teste + SQR

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10 20 30 40 50

200

10

200

30 4020 50

225 250 275 300 325 350 375 7,8 8 8,2 8,4nm min

min

993,110 (88 of 88 spectra are within the threshold limit.)

5 (Selection automatic, 5)

Flavonóide x

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Cromatografia a Gás

o tempo de retenção indica fortemente a identidade, mas não constitui identificação definitiva;

índice de Kovats ou índice de retenção – alcanos não ramificados como padrões de referenciamento;

relação entre os tempos de retenção da substância em exame, do padrão e da mistura, e o tempo de retenção de um padrão interno pode ser usado como um parâmetro de identificação;

coincidência de parâmetros de identidade sob 3 a 6 diferentes conjuntos de condições cromatográficas (temperatura, cargas de coluna, adsorventes, eluentes, solventes de desenvolvimento, derivados químicos vários, etc.);

placebo não deve apresentar nenhum pico com o mesmo tempo de retenção do marcador.

Symphytum officinale

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Linearidade

Espectrofotômetro: leitura da absorbância X quantidade analito

Cromatografia líquida: área do pico X quantidade analito

Cromatografia gasosa: área ou altura do pico X quantidade analito

As respostas analíticas são diretamente proporcionais às concentrações das substâncias em estudo.

padrão de referência;cinco concentrações diferentes;intervalo de 80 a 120% da concentração teórica do teste;equação da reta e tratamento estatístico dos resultados;Coeficiente de correlação (r) ≥ 0,98.

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PrecisãoAvaliação da proximidade dos resultados obtidos em uma série de medidas de uma amostragem múltipla de uma mesma amostra.

Amostra do produto acabado – etapas de extração e interferência dos excipientes;

Repetibilidade: grau de concordância entre resultados de análise individuais quando o procedimento é aplicado repetidamente a múltiplas análises de amostra, em idênticas condições de teste.

Precisão intermediária: expressa a variação dentro de um laboratório, como, dias diferentes, analistas diferentes e/ou equipamentos diferentes, sobre amostras do medicamento;

Reprodutibilidade: comparação interlaboratorial.

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Recuperação

A recuperação é um parâmetro de validação importante em termos da sua repetibilidade e precisão intermediária, uma vez que uma recuperação variável leva necessariamente a imprecisão na análise. O mais importante é a precisão e a exatidão da recuperação;

O nível de recuperação deve ser suficiente para não impactar negativamente no limite de detecção e quantificação do analito;

No caso de recuperação baixa do analito, também pode-se utilizar padrão interno.  Amostras e padrões devem ser submetidos ao mesmo tratamento. Perde-se o analito na mesma proporção que o padrão interno nas etapas de preparação por compensação

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ExatidãoÉ a concordância dos valores experimentais com os verdadeiros.

Não existe placebo do medicamento fitoterápico – não existe extrato sem marcador (placebo);

Adicionar quantidades conhecidas de padrão de referência, de pureza definida, a uma solução do produto acabado;

Preparar uma solução do produto final a 50% e adicionar quantidades adequadas de padrão de referência para obter as concentrações teóricas de 80%, 100% e 120%;

Resultados dentro da faixa de linearidade;

Reta paralela à curva de linearidade realizada com padrão de referência.

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Exatidão

Espectrofotometria – método F.B. (CP 24)

leitura 515 nm;absorvância específica senosídeo B = 240;teor de derivados hidroxiantracênicos calculados como senosídeo B;utilizar metanol como solução branco.

Preparar uma solução do produto final a 50% e adicionar quantidades adequadas de senosídeo B (padrão de referência) para obter as concentrações teóricas de 80%, 100% e 120%;

Senna alexandrina

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Robustez

Capacidade de um método não ser afetado por uma pequena e deliberada modificação em seus parâmetros

marca de solvente; temperatura; variação do pH; variação na composição da fase móvel; fluxo da fase móvel; diferentes lotes de fabricantes de coluna.

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Adequabilidade de uso•

•F.B. 3ª edição

Teste geral do funcionamento do sistema analítico: circuitos eletrônicos, equipamento, materiais, amostras e operações analíticas;

Verificação da efetividade do sistema final de operações – teste de adequabilidade antes do uso;

Dados confrontados com dados especificados na monografia (ou validação da metodologia), como: precisão interna, tempo de retenção, curva de calibração, resolução e recuperação.

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Adequabilidade de uso•

• USPPara usar metodologia analítica farmacopeica é necessário verificar sua adequação nas condições rotineiras de uso.

INMETRO O laboratório deve confirmar que tem competência para aplicar o método de modo apropriado e que atinge o pretendido e que opera bem sob as condições normais de uso.

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Adequabilidade de uso

Padrão externoPrecisão e exatidão dependem da reprodutibilidade da injeção da amostra;Curva de calibração.

Adição de padrão interno Relação entre a área do pico do componente em exame e o padrão interno é comparada de um cromatograma para outro.Absorvância no mesmo comprimento de onda do marcador, tempo de retenção exclusivo;Controla todas as etapas de extração;Controla pequenas variações nos parâmetros da coluna e do detector.

F.B. 3ª edição

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Metodologia: 1 g de droga ou extrato

Olhar o formulário de petição (FP):

Ex 1 cápsula, contém 100 mg de extrato seco de castanha da índia a 5% de escina.

100 mg de extrato _________________ 5 mg de escina

1000 mg _________________ 50 mg de escina

A massa (m) na fórmula será 50 mg

Precisão: relata o peso real da amostra pesada.Ex 1007 mg

100 mg de extrato _________________ 5 mg de escina1007 mg _________________ x

x = 50,35 mgX = valor esperado

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1 g de droga pulverizada em 100 mLEvaporar 30 mL Dissolver o resíduo em 50 mL de ácido acético glacial(completar o volume)Transferir 2 mL e adicionar 4 mL de cloreto férrico (volume final 6 mL)

Fator de diluição (FD) = m   x 30  x 2   =  m                           100    50     6      500

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De acordo com a metodologia o fator de diluição é igual a 500 e a absorção específica da escina A(1%,1cm) é de 60, então para uma solução de 1%, ou seja, 1 g/100 mL, deve apresentar leitura de absorbância de 60 em uma cubeta de 1 cm de comprimento.

C A x  A P = C P x A A

Onde C A  = Concentração da amostra (%)A P = Absorbância do padrãoC P = Concentração do padrão escina (%)A A = Absorbância da amostraLevando em consideração o fator de diluição FD =   m                                                                                500C A   x FD x 60 = 1 x A A

C A   x _m_ x 60 = 1 x A A

       500C A   =  A A _ x  500           60 x mC A   =  8,333 x A A

                 mC A   (%) =  8,333 x A A

                 m

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                Tintura farmacopeica:1 g de droga vegetal em 10 mL de tintura

Ex. FP 1 mL DE TINTURA 0,05% de senosídeos, em 10 mL de solução oral

0,05 g de senosídeos em 100 mL de tintura

Equivale a

50 mg ___________________ 100 mLX ____________________ 1 mL

X = 0,5 mg/mL

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Cola nítida

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Padrões de referência

RE 899/03 - utilizar substâncias de referência oficializadas pela Farmacopéia Brasileira ou, na ausência destas, por outros códigos autorizados pela legislação vigente. No caso da inexistência dessas substâncias, será admitido o uso de padrões de trabalho, desde que a identidade e o teor sejam devidamente comprovados.

Padrões de referência devem ser acompanhados de laudo de análise, incluindo resultados da análise química, físico-química e espectroscópica.

Pode-se qualificar um extrato através de substâncias química de referência e perfil cromatográfico, e usar esse extrato qualificado como padrão de trabalho.

Apresentar os dados da qualificação, nº de lote da SQR e do extrato qualificado, assim como seu prazo de validade.

Digitalis purpurea

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25,8

25,8

Qualificação de padrão de trabalho – em relação à SQR de teor e identidade conhecidos

Substância química de referência

Concentração conhecida

Área do pico correspondente

Amostra do medicamento

Diluição conhecida – concentração semelhante SQR

Área do pico correspondente

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Unidades de medida

gµg% mL

Densidade do xarope: 1,27

Densidade da tintura: 0,97

2,5 MG/ML XPE

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Formulário de petição

Campo 16Componentes da Fórmula

Campo 17Código DCB

Campo 18Tipo

Campo 19Concentração Quant./Volume

Campo 20Demonstração da Fórmula

Tintura de Aloe ferox Mill (75,2 µg de aloína/mL de extrato)

99.999-9 05 0,133 mL 1 mL

Água 00445 16 1 mL QSP 1 mL

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Formulário de petiçãoCampo 16: Preencher corretamente, considerando que deve constar o teor de marcador para cada derivado de droga vegetal.

Exempo: Tintura de Aloe ferox Mill

(75,2 µg de aloína/mL de extrato)

Composição-para o(s) princípio(s) ativo(s), descrever a composição qualitativa e quantitativa.Exempo: Tintura de Aloe ferox Mill. .......0,133 mL (10 µg de aloína/mL do produto) Veículo Q.S.P. ………………...1,0 mL

Bula – RDC 47/09

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Controle de Qualidade

Análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle biológico, conforme Art. 11, inciso VIII, da RDC 14/10.

Modo de preparo das amostras: transferir 0,2 g do extrato mole para balão volumétrico de 25 mL.

Concentração da solução? Densidade?

Formulário de petição:Tintura de Aloe ferox Mill (75,2 µg de aloína/mL de extrato) ..... 0,133 mL ....... 1 mL

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Controle de Qualidade

O laudo de análise deve incluir a caracterização físico-química do derivado vegetal incluindo a caracterização organoléptica, resíduo seco, pH, teor alcoólico e densidade (para extratos líquidos), conforme Art.11, inciso V, alínea a, da RDC 14/10.

A densidade auxilia na caracterização de um derivado. A densidade é expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm3).

DensidadeDensidade = massa massa volumevolume

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Estudo de Estabilidade X Formulário de Petição

Matéria -prima

Quantidade

Extrato mole 3:1

Aloe

4,45 mg

Água QSP 1 mL

Matéria -prima

Quantidade

Tintura de Aloe ferox (75,2 µg de aloína/mL)

0,133 mL

Água QSP 1 mL

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Controle de Qualidade

Densidade = Densidade = massa massa volumevolume

Densidade = Densidade = 0,00445 g 0,00445 g 0,133 mL0,133 mL

Densidade = 0,033 g/mLDensidade = 0,033 g/mL

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Controle de Qualidade

Modo de preparo das amostras: transferir 0,2 g do extrato mole para balão volumétrico de 25 mL. Após filtração, 0,4 mL são transferidos para vial, juntamente com 0,8 mL de metanol.

Matéria-prima Quantidade

Extrato mole 3:1 Aloe

4,45 mg

Água QSP 1 mL

Bula: Tintura de Aloe ferox .......0,133 mL (10 µg de aloína/mL do produto) Veículo Q.S.P. …………1,0 mL

4,45 mg extrato ............ 10 µg aloína 200 mg ......................... X x = 449,4 µg

449,4 µg ………………25 mL x …………….. 0,4 mL x = 7,19 µg

7,19 µg ………………1,2 mL x …………….. 1,0 mL x = 6 µg/mL

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Controle de Qualidade

RE 899/03 - Para a validação da metodologia analítica quantitativa, recomenda-se a determinação da linearidade pela análise de, no mínimo, 5 concentrações diferentes do padrão de referência, no intervalo de 80-120% da concentração teórica do teste.

Concentrações de aloína para a curva de calibração: amostra a 100% é de 6 µg/mL

Recomendado: 4,8 µg/mL, 5,4 µg/mL, 6,0 µg/mL, 6,6 µg/mL e 7,2 µg/mL.Apresentado no prodesso: 384 µg/mL, 192 µg/mL, 96 µg/mL, 24 µg/mL e 12 µg/mL.

Exigência - adequar as concentrações da curva de linearidade: a RE 899/03.

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Ginkgo biloba

Resultados

Identificação das amostras;

Data;

Carimbo e assinatura do responsável.

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Obrigada pela

atenção!!!

medicamento.fitoterá[email protected] Coordenação de Fitoterápicos, Dinamizados e NotificadosGTFAR- Gerência de Tecnologia FarmacêuticaGGMED-Gerência Geral de MedicamentosSIA, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília - DF CEP: 71.205-050 (61) 3462 5526

Ginkgo biloba