Boletim�Informativo�do�Programa�Uma�Terra�e�Duas�Águas

Ano 8 • nº1682

Agricultores Transformam o Semiárido em um Oásis

Um Oásis no meio de uma vastíssima Caatinga, é assim que definimos o Assentamento Sítio Barra de Laje distrito de Valência, distante 23 quilômetros da cidade de Caririaçu Ceará. Há oito anos quatro famílias que residem no local vêm se dedicando aos trabalhos do cultivo orgânico e por sinal estão todos muito felizes e satisfeitos com a tecnologia adquirida. Tudo começou quando Maciel Claudino, 33 anos, passou a produzir hortaliças e verduras nas terras do sogro, e também, arrendando terras particulares para plantio. “As dificuldades eram grandes, eu vivia viajando de terra em terras alheias para garantir o sustento da minha família, fazia uso do veneno nas minhas hortas, prejudicando a minha saúde e a do meu consumidor, diz Maciel”. Após um tempo de trabalho dessa forma errada, Dona Aurilúcia Borges (30) foi convidada a participar de Intercâmbios e Capacitações sobre produtos orgânicos pela EMATERCE, gostou muito do que viu, logo resolveu colocar em prática, começaram a produzir e a observar quais as vantagens da técnica, gostaram, e continuaram. Foram morar nas terras conseguiram comprar. As oito cisternas que existem no assentamento foram de grande importância para que as plantações continuassem a todo vapor até os dias de hoje. Todos engajados no mesmo propósito, fizeram a produção crescer a cada dia, o que motivo de muito orgulho entre eles. As hortaliças que são cultivadas na horta do assentamento dão gosto de se ver, um hectare e meio de plantio orgânico, existe cinco variedades de alfaces, alho poró, rabanete, rúcula, salsa, coentro, agrião, berinjela, jiló, abóbora, pepino japonês, tomate cereja, macaxeira. Os agricultores chegam a produzir mais de quatro toneladas de verduras e hortaliças, sem contar as criações de galinha caipira e frango que também são bem vendáveis , vendem até 100 frangos por mês, e ainda, recebem o Bolsa Família para ajudar nas despesas.

Crato

Setembro/2014

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Articulação Semiárido Brasileiro – Ceará

Eles relatam que não notaram nenhum tipo de prejuízo financeiro com a transição para nova alternativa de trabalho, e que a perda se dá devido as alterações climáticas. Na época em que tinham que vender para os atravessadores, quando não trabalhavam nas suas próprias terras, não tinham condições de pagar nem mesmo o aluguel das terras ondem cultivavam e nem a comida na mesa. ''Hoje podem dizer que no semiárido, vivemos no paraíso, nossas mesas são fartas e coloridas à base das hortaliças e legumes que produzimos com o nosso esforço. Isso é muito compensador para gente diz dona Aurilúcia.

Quem vive de agricultura demonstra a mesma bravura de um soldado de guerra,

enxada é seu armamento, e a munição o alimento tirado da própria terra.

(poesia tirada do livro “NAS RÉDEAS DA POESIA”lançado pelo o Autor Dudu Morais.)

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