.AGRICULTURA · 2020. 2. 11. · A 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto espjcial. Os auto?...

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! lf]' A N N O DOMINGO, i DE MAIO DE 190-4 A: 1 4. G SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO AGRÍCOLA Assiírstatssra Anno. 1S000 réis; semestre. 5oo réis. Pagamento ad cantado. tí para o Brazil, anno. 2$5oo réis jmoeda forte,. A f\vulso. no dia da publicação. 20 reis. EDITOR — José Augusto Saloio M 19, i.c - RUA DIREITA - A 1.D E Í iA L I . (■;<, 19, I.° i*nblií‘íic»es 12 , h Annuncios— 1.* publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, A 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto espjcial. Os auto? if graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. PROPRIETÁRIO — José Augusto■ Saloio EXPEDIENTE Rogamos ao» nossos estimáveis asstgâBffiiEtes a Jisseza de raos parálHpa- rern <fnalí|tier falta asa re messa do Jornal. para «le prompio providejfceiar- IIIO S . Areelíarai-se grati dão «gisaesípsei- noticias rçeie sejasia «le Interesse peiMÉeo. A terra inundada dc luz, os campos matisados. d.e flores, os corações enebria- dos de alegria. E’ a festa da natureza, que vem saudar, com as sírias galas floridas-, o dia do jubileu da paz universal. O grande exercito dos trabalhadores, das grandes victimas, dos eternos ex plorados. lá vae caminhan do, debaixo d’esse sol bri lhante, depòr corôas e flo res nas campas dos seus mais devotados defensores, dos batalhadoròs incança- veis dos grandes ideaesi Lá está mais um, a quem a morte prostrou, cheio de força e de vida, o Ernesto da Silva, esse rapaz sym- pathico e bom, sincero e leal. que tão dedicadamen te punha o seu braço e o seu talento ao dispôr da causa dos opprimidos. Se elle vivesse, se aquel le cerebro privilegiado pu desse ainda pensar e com bater. que grande magua sentiria ao vêr perdida uma causa por que elle tanto se empenhava, ao. vêr a força vencer o direito, ao vêr cal cadas aos pés e menospre zadas as noções mais ele mentares da justiça e da humanidade. Pobre Ernesto! Fizeste bem em morrer. Poupou- te a morte a vergonha! Foi melhor-assim. JOAQUIM DOS ANJOS. Mer-iraesse Uma" cómmiss?iõV com posta dos srs. Antonio Du arte Maneira, José dos San tos Anino, Estevam José dos Reis, Domingos Anto nio Saloio, Augusto Men des. Antonio Augusto dos Santos, José Sampaio d’ 0 - liveira, Manuel Jorge Ara nha, Antonio Joaquim da Silva Batana, Manuel Luiz Dias e Eduardo Pereira Ratto projecta razer uma «■kermesse» na praça Ser pa Pinto, por occasião do Espirito Santo, que se pro longará até junho, propor cionando assim uma diver são agradavel ao maior nu mero de habitantes desta villa, devendo ser enorme a concorrência attendendo a que o seu produeto re verterá em favor das fami lias dos pescadores d esta villa, que ha mais de qua tro mezes debalde exercem a sua perigosissima profis são, e que por tão inaudita escassez, se vêem á braços com a miséria, com a fo me, e portanto sem meios alguns de subsistência, pa ra si e para os seus. Que rendo pois, estes caritati vos cavalheiros minorar tão terrivel quão lastima- vel soffrimento dos infelizes pescadores, resolveram fa zer a «kermesse» por meio de donativos, para o que serão ámanhã distribuídas algumas circulares. Esperámos que ninguém deixará, com um pequeni no obolo que seja, de con correr para tão humanita ria acção, o que desde já. em nome cíaquelles des protegidos da sorte, muito agradecemos. uO ladepejídeaEte.. E’ este o titulo de um se manario poli tico e noticio so, que se publica em Cas- caes, e que acaba de hon rar-nos com a sua visita. Agradecemos e em tro ca vamos enviar o nosso modesto semanario. Festejos do Espirito Santo A commissão encarrega da aos pomposos festejos dò Espirito Santo, já “anda em preparativos e promet- te-nos que este anno, serão elles revestidos de mais pompa e iuzimento que os annos anteriores. - CaSèeíasíaento «ias rasas Parte das ruas d esta vil la, .encontram-se .'nuiií es tado deplorável com res peito a calçada, eque-mais custoso se tornará quanto mais tarde se acudir. O Bairro Serrano,-que é bem grande, apenas tem uma rua calçada, e essa, devido á conveniencia do ex-pre- sidente da camara, ex.mo sr. Francisco Rodrigues Pin to. Ninguém ignora que o Bairro Serrano poucos ou nenhuns melhoramentos tem' recebido f/eitos pela ca mara; ora' não pagará a gente daquelle bairro as suas contribuições como a do resto da villa?.. . Parece-nos que a despe- za a fazer com este neces sário melhoramento, não é coisa que a camara resolva d’um momento para outro; deve ser bastante dispen dioso. Estamos certos que, se a camara obrigasse to dos os donos de proprieda des naquelle bairroaentrar com a importancia da pe dra correspondente ás pro priedades de cada u m ,— quer dizer: o proprietário só pagaria'a pedra precisa para calçar a frente da sua propriedade, e desta a.té ao meio da rua. Isto represen taria uma bagatelja a que nenhum dellesse recusaria, e assim a camara cumpria o seu dever prestando um bom serviço áquella gente e d 0 1 a nd o AI dega 11 ega co m mais um melhoramento, gastando simplesmente a importancia da despeza feita com o calcetamento, serviço este, que caso a di gna vereação tome em con sideração o nosso alvitre, lembrámos seja feito de jor nal e não de empreitada, para evitar que dentro em pouco, tenhâmos de la mentar, como ainda hoje, o dinheiro que tão inutil mente se tem gasto com as empreitadas de calceta mento. .AGRICULTURA Ijliffereates medas nas cearas Ha dois systemas de me- -das-, as de -ga velas, e as de nióihòs. Medas Jc* gave[as~EéXi\$ medas' são feitas de gran des; braçados, oito ou nove quedíé ligam-por-alto e qué se COliocam em volta d u ma gavela central, apoian do as espigas umas ás ou tras separadas na base afim de circular o ar. Tambem se fórma uma especie de cóne sólido de cereaes, com cobertura em fórma de chapéo feita duma ga vela solidamente ■'ligada e de base invertida. Estas medas são muito usadas no norte, onde os trigos são muito herbá ceos, ou onde o tempo é quasi constantemente hú mido e chuvoso; porém, similhante systema não tem razão de ser nó sul do paiz, onde os trigaes são menos herbáceos na occasião das colheitas, e por isso a sua arrumação nos campos é mais conveniente em me das de mólhos. Medas de mólhos-— Estas medas constam de muitos mólhos reunidos, colloca- dos com os troncos para a terra, formando cóne ou angulo. Na construcção destas medas deve-se attender a duas condições essenciaes, segurança e ventilação; e com effeito se lhes falta se gurança, o vento lança-as por terra; e se fórmam uma meda muito compacta, o ar não circula entre ellas, e a maturação não se opera facilmente. Para o centro escolhe-se um dos mólhos maiores e menos compridos. O mo lho central apoia-se conve nientemente sobre a base, de maneira que em volta d’el!e se colloquem oito ou nove tocando-se as espigas de todos. Se o atado dos molhos está mais perto das espigas do que do tronco, ou se são collocados. com as ba ses separadas uns dos ou tros, o ar circulará mais fa cilmente no interior Logo que o arco ou có ne seja bem organisado, o vento poderá bater-lhe de qualquer lado porque não consegue lançal-os a terra e auxiliará o sol na sua obra tre uesecaçao. Usam-se dois systemas de. eob-Ttura para esta es pecie de medas. A primei ra, que é incontestavelmen te a melhor, consiste num mólho invertido, que se col- loea sobre todos os outros aberto e em fórma de guar- da-ch uva. Se ha necessidade de o atar proximo do pé, dois homens, sem difficuldade, fazem essa operação. O outro systema é mais simples e consiste em collo- car um molho estendido sobre as espigas no aito da meda, impedindo a acção do vento sobre ellas, e evi tando os es ragos que po de produzir por maior que seja a sua violência. A maior parte dos lavradores pre ferem praticar o segundo systema porque effectua uma cobertura sufliciente e dá menos trabalho na execução. Existe um terceiro syste ma denominado medas de cadeia e opera-se collocan- do os mólhos em linha ob liquamente, seis de cada lado, espigas contra espi gas e ligados uns aos ou tros por vencilho de palha. Este systema simplíssi mo é multo..usado na Flan- dres. Recommenda-se este sys tema de medas, não só pe la sua simplicidade como por proporcionar facil pas sagem ao ar e oppôr gran de resistencia ao vento e á chuva. Comquanto não te nha cobertura, não carece d ella porque as espigas for mam uma especie de co bertura com bastante de clive para evitar a penetra ção da agua a qual se es coa deslisando naturalmen te por esse declive . para cada lado da meda, sem que as ensope e deteriore.

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Page 1: .AGRICULTURA · 2020. 2. 11. · A 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto espjcial. Os auto? if graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. Ií PROPRIETÁRIO —

! l f ] ' A N N O DOMINGO, i DE MAIO DE 190-4 A : 14. G

S E M A N A R IO N O T I C I O S O , L IT T E R À R IO A G R ÍC O L A

AssiírstatssraAnno. 1S000 réis; semestre. 5oo réis. Pagamento ad cantado. tí para o Brazil, anno. 2$5oo réis jmoeda forte,. Af\vulso. no dia da publicação. 20 reis.

EDITOR— José Augusto Saloio M

19, i .c - RUA D IREITA -A 1 . D E Í i A L I . (■ ;< ,

19, I.°

i*n b lií‘íic»es12 ’ , h Annuncios— 1.* publicação, 40 r é is a lin h a , nas s e g u in te s ,A 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto espjcial. Os a uto ?i f graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

Ií PROPRIETÁRIO — José Augusto■ Saloio

EX PED IEN TE

R ogam os ao» n o sso s estim áveis asstgâBffiiEtes a Jisseza de raos parálH pa- rern < fn a lí|tie r fa lta asa r e ­messa do J o r n a l. p a ra «le p ro m p io p ro vid e jfce iar-I I I O S .

A re e lía ra i-se grati­dão «gisaesípsei- noticias rçeie sejasia «le In te r e s s e peiMÉeo.

A terra inundada dc luz, os campos matisados. d.e flores, os corações enebria- dos de alegria.

■ E’ a festa da natureza, que vem saudar, com as sírias galas floridas-, o dia do jubileu da paz universal.

O grande exercito dos trabalhadores, das grandes victimas, dos eternos ex­plorados. lá vae caminhan­do, debaixo d’esse sol bri­lhante, depòr corôas e flo­res nas campas dos seus mais devotados defensores, dos batalhadoròs incança- veis dos grandes ideaesi

Lá está mais um, a quem a morte prostrou, cheio de força e de vida, o Ernesto da Silva, esse rapaz sym- pathico e bom, sincero e leal. que tão dedicadamen­te punha o seu braço e o seu talento ao dispôr da causa dos opprimidos.

Se elle vivesse, se aquel­le cerebro privilegiado pu­desse ainda pensar e com­bater. que grande magua sentiria ao vêr perdida uma causa por que elle tanto se empenhava, ao. vêr a força vencer o direito, ao vêr cal­cadas aos pés e menospre­zadas as noções mais ele­mentares da justiça e da humanidade.

Pobre Ernesto! Fizeste bem em morrer. Poupou- te a morte a vergonha! Foi melhor-assim.

JOAQUIM DOS ANJOS.

Mer-iraesse

Uma" cómmiss?iõV com­posta dos srs. Antonio Du­arte Maneira, José dos San­tos Anino, Estevam José dos Reis, Domingos Anto­nio Saloio, Augusto Men­des. Antonio Augusto dos Santos, José Sampaio d’0 - liveira, Manuel Jorge Ara­nha, Antonio Joaquim da Silva Batana, Manuel Luiz Dias e Eduardo Pereira Ratto projecta razer uma «■kermesse» na praça Ser­pa Pinto, por occasião do Espirito Santo, que se pro­longará até junho, propor­cionando assim uma diver­são agradavel ao maior nu­mero de habitantes desta villa, devendo ser enorme a concorrência attendendo a que o seu produeto re­verterá em favor das fami­lias dos pescadores d esta villa, que ha mais de qua­tro mezes debalde exercem a sua perigosissima profis­são, e que por tão inaudita escassez, se vêem á braços com a miséria, com a fo­me, e portanto sem meios alguns de subsistência, pa­ra si e para os seus. Q ue­rendo pois, estes caritati­vos cavalheiros minorar tão terrivel quão lastima- vel soffrimento dos infelizes pescadores, resolveram fa­zer a «kermesse» por meio de donativos, para o que serão ámanhã distribuídas algumas circulares.

Esperámos que ninguém deixará, com um pequeni­no obolo que seja, de con­correr para tão humanita­ria acção, o que desde já. em nome cíaquelles des­protegidos da sorte, muito agradecemos.

uO ladepejídeaEte..E’ este o titulo de um se­

manario poli tico e noticio­so, que se publica em Cas- caes, e que acaba de hon­rar-nos com a sua visita.

Agradecemos e em tro­ca vamos enviar o nosso modesto semanario.

F e s te jo s do Espirito Santo

A commissão encarrega­

da aos pomposos festejos dò Espirito Santo, já “anda em preparativos e promet- te-nos que este anno, serão elles revestidos de mais pompa e iuzimento que os annos anteriores.

- —

CaSèeíasíaento «ias rasas

Parte das ruas d esta vil­la, .encontram-se .'nuiií es­tado deplorável com res­peito a calçada, eque-mais custoso se tornará quanto mais tarde se acudir. O Bairro Serrano,-que é bem grande, apenas tem uma rua calçada, e essa, devido á conveniencia do ex-pre- sidente da camara, ex.mo sr. Francisco Rodrigues Pin­to. Ninguém ignora que o Bairro Serrano poucos ou nenhuns melhoramentos tem' recebido f/eitos pela ca­mara; ora' não pagará a gente daquelle bairro as suas contribuições como a do resto da villa? .. .

Parece-nos que a despe- za a fazer com este neces­sário melhoramento, não é coisa que a camara resolva d’um momento para outro; deve ser bastante dispen­dioso. Estamos certos que, se a camara obrigasse to­dos os donos de proprieda­des naquelle bairroaentrar com a importancia da pe­dra correspondente ás pro­priedades de cada u m ,— quer dizer: o proprietário só pagaria'a pedra precisa para calçar a frente da sua propriedade, e desta a.té ao meio da rua. Isto represen­taria uma bagatelja a que nenhum dellesse recusaria, e assim a camara cumpria o seu dever prestando um bom serviço áquella gente e d 01 a nd o AI dega 11 ega c o m mais um melhoramento, gastando simplesmente a importancia da despeza feita com o calcetamento, serviço este, que caso a di­gna vereação tome em con­sideração o nosso alvitre, lembrámos seja feito de jor­nal e não de empreitada, para evitar que dentro em pouco, tenhâmos de la­mentar, como ainda hoje, o dinheiro que tão inutil­mente se tem gasto com as

empreitadas de calceta­mento.

. A G R I C U L T U R AI j l i f f e r e a t e s m e d a s n a s

cearas

Ha dois systemas de me- -das-, as de -ga velas, e as de nióihòs.

■ Medas Jc* gave[as~EéXi\$ medas' são feitas de gran­des; braçados, oito ou nove quedíé ligam-por-alto e qué se COliocam em volta d u ­ma gavela central, apoian­do as espigas umas ás ou­tras separadas na base afim de circular o ar. Tambem se fórma uma especie de cóne sólido de cereaes, com cobertura em fórma de chapéo feita duma ga­vela solidamente ■'ligada e de base in ve rtid a .

Estas medas são muito usadas no norte, onde os trigos são muito herbá­ceos, ou onde o tempo é quasi constantemente hú­mido e chuvoso; porém, similhante systema não tem razão de ser nó sul do paiz, onde os trigaes são menos herbáceos na occasião das colheitas, e por isso a sua arrumação nos campos é mais conveniente em m e­das de mólhos.

Medas de mólhos-—Estas medas constam de muitos mólhos reunidos, colloca- dos com os troncos para a terra, formando cóne ou angulo.

Na construcção destas medas deve-se attender a duas condições essenciaes, segurança e ventilação; e com effeito se lhes falta se­gurança, o vento lança-as por terra; e se fórmam uma meda muito compacta, o ar não circula entre ellas, e a maturação não se opera facilmente.

Para o centro escolhe-se um dos mólhos maiores e menos compridos. O mo­lho central apoia-se conve­nientemente sobre a base, de maneira que em volta d’el!e se colloquem oito ou nove tocando-se as espigas de todos.

Se o atado dos molhos

está mais perto das espigas do que do tronco, ou sesão collocados. com as ba­ses separadas uns dos ou­tros, o ar circulará mais fa­cilmente no interior

Logo que o arco ou có­ne seja bem organisado, o vento poderá bater-lhe de qualquer lado porque não consegue lançal-os a terra e auxiliará o sol na sua obratre uesecaçao.

Usam-se dois systemas de. eob-Ttura para esta es­pecie de medas. A primei­ra, que é incontestavelmen­te a melhor, consiste num mólho invertido, que se col- loea sobre todos os outros aberto e em fórma de guar- da-ch uva.• Se ha necessidade de o atar proximo do pé, dois homens, sem difficuldade, fazem essa operação.

O outro systema é mais simples e consiste em collo- car um molho estendido sobre as espigas no aito da meda, impedindo a acção do vento sobre ellas, e evi­tando os es ragos que po­de produzir por maior que seja a sua violência. A maior parte dos lavradores pre­ferem praticar o segundo systema porque effectua uma cobertura sufliciente e dá menos trabalho na execução.

Existe um terceiro syste­ma denominado medas de cadeia e opera-se collocan- do os mólhos em linha ob­liquamente, seis de cada lado, espigas contra espi­gas e ligados uns aos ou­tros por vencilho de palha.

Este systema simplíssi­mo é multo..usado na Flan- dres.

Recommenda-se este sys­tema de medas, não só pe­la sua simplicidade como por proporcionar facil pas­sagem ao ar e oppôr gran­de resistencia ao vento e á chuva. Comquanto não te­nha cobertura, não carece d ella porque as espigas for­mam uma especie de co­bertura com bastante de­clive para evitar a penetra­ção da agua a qual se es­coa deslisando naturalmen­te por esse declive . para cada lado da meda, sem que as ensope e deteriore.

Page 2: .AGRICULTURA · 2020. 2. 11. · A 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto espjcial. Os auto? if graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados. Ií PROPRIETÁRIO —

O DO M IN GOFurí.o

Foi preso no domingo passado nesta villa um in­divíduo de nome Maximia- no Marques, solteiro, de 26 ànnos de edade, sem occupação nem residencia certa, natural de Celorico dà Beira, freguezia de En- tre-vihhas, por ter furta­do do estabelecimento do sr. Sebastião Leal da Ga­ma, um córte de casimira e do estabelecimento dos srs. Carvalho & Silva, uma peça de oxford.

A rro tiibam eat» , roubo e aggrcssão

Foram presos pela Uma hora da madrugada de 25 de abril íindo Eleuterio Do- mingues Junior e João Ra­tinho, ambos solteiros, tra­balhadores e naturaes d’es- ta villa, pelos crimes de arrombamento, roubo de 13p.6o réis e aggressão a Severiana Ignancia e Justi- na Maria, ambas solteiras e moradoras no Bairro Ser­rano. A captura foi feita pelo sr. José Rodrigues Finto, regedor d'esta villa, que correu alli após os gri­tos afflictivos das pobres mulheres.

tJm m au filho

Foi capturado pelo re­gedor, sr. José Rodrigues Pinto, na noite de 2 4 de abril findo, pelas 8 horas, Arthur José í ires, solteiro, morador nesta villa, por estar aggredindo seu pae José Francisco Pires, guar­da nocturno, morador nes­ta villa, na rua do Rôlo, onde se deu a referida oc- correncia. de que resultou ficar ferido e com uso no rosto.

mento de doentes, casa de desinfeccão, casa de auto­psias e enfermarias

A camara municipal re­solveu pedir ao governo para lhe sei- concedido o edificio e mais dependen- cias do Recolhimento de Nossa Senhora da Concei­ção, para nelle estabelecer um hospital para trata-

Solic itador

Foi nomeado solicitador n'esta comarca, o nosso amigo, sr. José Augusto da Fonseca Vaz Velho.

Os nossos sinceros para­béns.

O O F R E B E P E R O L 1 S

R écitas de caridade

A commissão promoto­ra da «kermesse» em be- neficio da classe piscatória desta villa, foi pedir ao sr. José Maria de Vasconcel- los o grande armazém da rua da Fabrica, a fim de dar alli duas récitas por amadores desta villa, em beneficio dos pescadores.

Sabemosque tomam par­te nestas recitas os distin- ctos amadores, srs. José Luiz Pereira Nepomuceno, que recitará uma poesia, Justiniano Antonio Gou­veia, José dos Santos Ani- no, Domingos Antonio Sa­loio e outros de quem ain­da não sabemos os nomes.

Deve hoje formar-se o grupo e proceder-se á es­colha dos dois espectácu­los.

E M erm asAcha-se ha dias incom-

modada de saude a extre­mosa esposa do nosso ami­go, sr. Antonio Santos Fer­nandes, intelligente tenen­te da armada, por cujo restabelecimento fazemos sinceramente votos.

— Tambem tem passa­do sériamente incommo- dada a esposa do nosso amigo, sr. dr. Luciano Ta­vares Móra

Sentindo devéras os in- commodos daquella se­nhora. fazemos votos pelo seu completo restabeleci­mento.

A IMPRENSAQuando sahut do nada 0 esplendido universo Tudo era immerso em treva. .. e fez-se então a lu ;; B rotou , subitamente, em vasto firmamento,0 sol vivificante, o sol que nos sedn?.

Lançou sobre a terra um jo rro tão intenso,Que 0 homem jd formado, o re i da creação,Qui^ enlurvar-lhe o brilho e trouxe o pensamento, Erguendo altivamente o facho da Razão.

Viu-se brilhar então aquella nova luz,Canzando, como um raio. a vastidão do espaço; Restava d ifu n d ir seu brilho luminoso,E 0 grande Guttenberg' aos céos ergueu o braço.

Rasgou-se a densa treva — abysmo temeroso Onde iam engolphar-se as grandes multidões; íllum inou 0 mundo 0 brilho'redemptor Do novo sol da imprensa — aurora das nações!

JOAQ UIM DOS ANJOS.

P E N S A M E N T O SHa na mulher uma algria ligeira que dissipa a triste-

Za do homem — Bernardin de Saint Pi erre.— O direito e o dever são como duas palmeiras que

dão fruetos, se não crescem uma ao lado da outra.— Lamennais.

— Av infidelidades perdoam-se, mas não se esque­cem. — Madame Lafayette.

A NE C D O T A S

Começa hoje o novo horário das carreiras dos vapores da Parceria.

N 'um baile:— Tem irmãos, cavalheiro?— Tenho um, minha senhora.—- Lm só?— Sim, minha senhora.— E admiravel! ainda ha pouco que fiz a mesma

pergunta a sua mana, que me disse ter dois.—-Hixs:;—

Vae-se representar uma peça cuja acção é na Escócia.Pergunta-se a uma actriz que fazia 0 papel de travestti:— Já tens alguma coisa do teu já to de montanhez

Escócia?— Já— O que é?— As- pernas nuas.

__►NWJMW__t r f

Lima velha coquelte, querendo passar po r menina e por espirituosa, pergunta a um sujeito, desafiando uma amabilidade:

— Quantos annos me dá?— Nenhuns, minha senhora. Não costumo dar esmo­

la a ricos.________ _

h ! » . J K í V . <

A um cemiterio d ’aldeia lê-se em uma sepultura 0 se­guinte epilaphio:

«Aqui jaz o corpo sem alma de Antonio Rodrigues, vivendo do seu trabalho.»

LITTERATURAftíeahoriiishíí

Depois de olhar para to­dos os lados com a atten- ção própria da sua prudên­cia, e não vendo alma er­rante vaguear na senda que cõnduz á mansão ce­lestial, S. Pedro resolveu fechar cuidadosamente a porta confiada á sua guar­da, e reclinando-se sobre um delicioso leito de plan­tas perfumadas com as di­vinas emanações d’aqu;iie logar de delicias, adorme­ceu num somno profundo.

Passados instantes des- pertou-o um leve sussurro, como o produzido por um alado insecto roçando sua­vemente as cordas de uma harpa:

— Parece-me que bate alguem á porta do Paraizo. Quem é? perguntou er­guendo a voz.

— Sou eu, Santo Padre. Senhorinha.

— Senhorinha? E algu­ma mariposa?

— Não, Santo padre, sou eu, uma menina.

—E porque nãobatescom a aldraba em vez de arra­nhar na porta como um rato pequeno?

— Porque não lhe chego por mais que me ponha nas pontas dos pés.

— E! verdade, pensou S. Pedro, A aldraba está um pouco alta para os peque­nitos.

E abre immediatamente a porta. Deante d'el!e, olhos abertos e expressi­vos, bòca sorridente, ap- parece Senhorinha. Reca­ta-lhe o corpinho débil uma leve camizita de dor­mir, traz os cabellos em desalinho, e aperta nos pe­quenos braços uma bone­ca linda, que a obrigava a. andar com difficuldade, co­mo um pintainho cami­nhando contra o vento e bamboando-se.

A primeira coisa que Senhorinha faz ao vêr S. Pedro é offerecer-lhe a fa­ce rosada como a pedir-lhe um beijo.

77 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

D E P O I S Ú P E C C A D OL iv ro Segitttdo

11

— Agora não, respondeu o Pedro, a quem tremiam os labios, é ;i hora da minha liçSo de classe; mas esta lioite. se q u iz e r..

— Sim, esta noite! repetiu a Magda­lena.

Trocaram um apei to de mão. e o professor afastou se na maior pertur- K;çfio. emquanto a Magdalena entra­va em rasa pensativa e triste.

A’ noite o Pedro dirigiu se para a casa da Princeza. A Magdalena estava á espera d’elte, sentada do lado do parqu;. Foi alli que a sr.a Telemaco. o conduziu e o deixou, a um signal da Magdalena. Elle adeantou-se timi­damente e pegou na mão que ella lhe estendia, cujo contacto o fez estre­mecer.

- Sente-se aqui. disse e lla .; pontan- do-lhe um logar 110 banco que occu- pava.

Elle obedeceu 'a tremer, sem poder proferir uma palavra; e como náo po- oia falar, olhou para ella. bebendo a longos haustos o encanto d’aqueí!a belleza que, sob novas formas, lhe fa­lava á alma a mesma lingui.-geni de outro tempo. O dia ia declinando e a noite apresentava se clara e serena.

Então o Pedi o não ] oude furtar-se a uma rommossão desconhecida, hn

contrando-se a sós com a Magdalena. deante daqueile quadro magestoso. recordou se das noites da sua moci­dade. as bellas noites em que á borda dos prados, suspensos das montanhas ou apascentando os rebanhos, ella se apertava contra elle com a confiança innocente de uma virgem que ainda não sabe 0 que é o mal. Perguntada a si proprio que fatalidade ;e interpu 2era entre elles, se a tornava a encon­trar sò para comprehenJer que a ama­va sempre e para saber que deviam

.cTota á'’i ntc viver separados, t deu um soluço que fez estremecer a Ma­gdalena.

Cinco annos r.ntes. náo lhe teria el­la comprehendido n significação. Mas depois d‘isso tinham sido derramada., aos seus pés tantas lagrimas de amor, tiiiha ouvido tantos grito; d : paixão, qu» 'já náo se poJ a enganai-. A d iv i­

nhou - aquelle amor ardente e sentiu na alma uma alegria infinita.

Quiz então falar, provocar a confis­são que e tava morta por ouvir. Mas foi víctinia de um phenomeno singu­lar; os s <n ■ expiravam lhe nos labios, e no proprio momento em que se jul­gava fel z para se.np e, apossou-se d'ella a duvida. Apertava-lne o cora­ção ama angustia dolorosa. O Pedro conheceria a sua vida desordenada? Esta pergunta impo :-se-lhe duramen- te ao espirito. Sabia que o seu amigo de intaneia era incapaz de associar 0 seu destino ao de uma creatura des- hoir ada. Se elle ignorasse a verdade, poderia ella ser feliz. Mas se a sou­be-se! As .-.uas e sfc n n ç a ; desvanece­ram se tio depressa como tinham v in ­do. Depois reanimaram-se, porque, náo podendo resignar sç a deixar ía- g r uma ven-t”.:» que estava ta o perto

d’elln. disse comsigo de repente que lhe restava o recurso de mentir. Lon­ge de Paris, no meio dos momentos, que testemunha da sua vergonha po­dia temer? A sr.* Telemaco? Afasta­va-a, mandava-a para Paris, fazendo-a rica. Depois, ninguém a ameaçaria. Se0 tabeiliáo Rib. llier sabia a verdade, 0 seu interesse o obrigaria a calar-se, e ella compraria esse silencio. Quanto ao padre Rouvière, não seria elle q iera impediria de voltar ao bem, pelo caminho abençoado que a devia condu ir lá.

— Ha muito tempo que náo n o s ve­mos. disse ella. Náo tem nada dc novo para me contar

/ContinuaU

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O DOMINGO— Que edade tens meu

lyrio em botão? pergunta- ihe o santo corresponden-

' do á caricia da creança.— Não sei. Todos dizem

que semelho uma rosa. Devo por isso ter edade egual á delias.

S. Pedro levanta-a nos braços, agazalha-a nas do­bras amplas da sua tuniea azul e palpa-lhe os pésinhos nus:

— Ai! filha! que pés tão frios! Vou aquecer-tos.

E beija-lhos repetidas vezes, acariciando-a com extremos de pae até que a pequenita contorce-se em casquinadas de riso por­que a barba do Santo lbe faz cócegas nos pés.

Vendo-a tão alegre, o contagio do riso apodera- se do chaveiro do céo, e tanto riem os dois que os olhos dambos derramam lagrimas de prazer.

Passado um momento, o venerável porteiro recu­pera a apparente sereni­dade e diz num tom cal­mo:

— Tu não sabes, Senho­rinha, que as bonecas não

' pódem enlrar no Paraizo?— Esta que eu trago não

é boneca. E’ minha filha. Não deve entrar aqui, não, porque tem pouco juizo. Mas dão-se-lhe uns açoites para a castigar e depois perdoa-se-lhe, não é assim ?

— Praticou então faltas muito graves?

Senhorinha fez um si­gnal affirmativo, e appro- ximando a boquita breve do ouvido de S. Pedro, diz num tom mysterioso:

— E’ uma marota que todos os dias faz chichi na cama.

— Mas vamos castigal-a Olha, pega-lhe tu um mo­mento, que eu vou-me á procura dum a varinha pa­ra lhe bater.

- —-Não é preciso. Bemvês como ella está enver­gonhada.

E fica sério o Santo. Se­nhorinha vendo-o assim, explica, baixando os olhos:

— Não faças caso. Tudo isto foi brincadeira para te fazer rir. A nrnha boneca

mão é quem fa z . . . Sou eu. . .

— O iá ! olá! E vamos a . saber: succede-te isso mui­to a m iudo?.. .

— M u ito ! . . .— E’ caso sério. Que fa­

zer quando chegarmos á presença da Santissima Virgem , e que ella diga a todo o mundo:

«Pu sei que temos aqui uma menina tão pouco ajuizada, que todas as noi­tes faz chichi na cama. . . »

— O ra! isso que tem? interrompe Senhorinha. Dir-lhe-hemos que és tu . ..

G. D roi-

BijííasosaFalleceu no dia 29 de

abril ultimo, no logar da Atalaya, d’este concelho, Luiz Vidigal. solteiro, tra­balhador, de 40 annos de edade.

-------- ***>■— ? -—co ---------Vão ser colloeados na

sala dos paços do conce­lho os retratos dos ex.mossrs. conde de Paçô Vieira e José Maria dos Santos.

T o saradaEstá despertando grande

interesse a tourada que de­verá realisar-se nesta villa, no dia 22 do corrente, pro­movida pela commissão dos grandiosos' festejos do Es­pirito Santo.

— Por não haver tempo para armar a barraca do peão. não houve no do­mingo passado rifa de bi­lhetes, o que ficou resolvi­do para hoje.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - « « — ~ £ " = S S e > 3 - - - - - - - « a » - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

. 111 i s i i a 4og r a j» h o £. e j m s e r eSempre foi no domingo

que se realisaram os últi­mos espectáculos na barra­ca do animatographo Lu- miere. Teve, nos dois es­pectáculos, duas enchentes.

«9sal game ntoO julgamento de José

da Piedade, assassino de José Carraça, ficou trans­ferido.

C irco Am adoNão foi no domingo, con­

forme dissémos no nosso ultimo numero, mas sim na segunda feira que se effe- ctuou 0 ultimo espectácu­lo no Circo Amado.

Faltava o espectáculo em beneficio de Ferreira Por­to, bilheteiro, que devidô ao muito vento se não pu- déra realisar por causa da cupula que eslava arreada., ficando por este motivo transferido para segunda Feira.

Não lhe causou isso pre- juizo, pelo contrario, teve uma enchente, e devia ga­nhar grossa quantia.

O espectáculo agradou, salientando-se, como sem­pre, o gymnasta Adriano Rey, que mostrou naquel­la noite os seus meihores trabalhos a que o publico não se cançou de applau- dir.

Retirou a companhia pa­ra a feira de Alcantara, on­de irá estar para mais de dois mezes.

Retirou a companhia!E os admiradores, os

com agua na bôca. E' real­mente duro de supportar e, . . tanto mais aquelles a quem um lo^ar de d. >i< tos­tões custava 5$ooo. Falia do trocos, simplesmente!

--------- ------------------------Foi transferido para a co­

marca de Alcobaça o me- riíissimo juiz de direito, sr. dr. Oliveira Guimarães. Para esta comarca virá o sr. dr. Joaquim Maria de Sá e Motta, juiz de direito na comarca de Odmira, donde vem transferido.

Chega hoje, no vapor «Victoria» da Parceria dos vapores lisbonenses, a esta villa, em passeio de recreio a sociedade philarmonica « Academia Almadense», de Almada.

A asiv crsa r io s

Completou mais um an- niversario natalicio no dia 28 do proximo passado, a respeitável esposa do nos­so bom amigo, sr. Antonio Duarte Maneira, intelligen- te pharmaceutico e cirur- gião-dentista desta villa.

As nossas sinceras felici­tações.

— Tambem hoje a filha do nosso amigo, sr. Anto­nio Neves Netto, empre­gado no commercio, com­pletou o seu 14.0 anniver­sario natalicio.

Os nossos parabéns.

Na preterita quinta feira foi mordido por uma vibo- ra, na mão direita, o nosso amigo, sr. Carlos Este ves Braga, residente na herda­de de Rio Frio, pertencen­te ao digno par do reino, ex.mo sr. José Maria Santos.O nosso amigo Braga, ao vêr que a mão inchava e as dòres augmentavam re­solveu vir mostrar-se á pharmacia Maneira, ond ■ recebeu curativo.

Fazemos sinceros votos pelo seu completo restabe­lecimento.

— Tambem na sexta fei­ra um pedreiro cahiu .de um • andaime das adegas em construcção naquella herdade, deslocando um braço e ficando contundido por differentes partes do corpo.

ARTE C l I I I NA RI A

Talhadas de «vos

Mislure-se meia duzia de ovos com tres ciaras, meio arratel de farinha, um ar- ratel de assucar de pedi a

sadas, sal, uma colher de agua de flor, e duas de agua simples, e desfaz-se tudo isto até levantar em­polas e deita-se numa ba­cia barrada de farinha, mettendo-lhe então as fa­tias de pão que se querem, e leva-se tudo ao forno. Pstando promptas corta- se em talhadas, e póde levar-se outra vez ao for­no a biscoitar.

P A R I S

mentos sensacionaes e ve­rídicos occorridos na actua­lidade e mais interessante que os Mysterios de Paris e Rocambole por Dubut de Laforest.

Pedidos á «Editora», lar­go do Conde Barão, 5o — Lisboa.

A N N U N C I O S

\ m w M

Vende-se uma casa bai­xa, sita na rua do Conde, pertencente á viuva .deJoão Ramos. Com a pro-

apaixonados dos bailados á hespanhola, cá ficaram

peneirado, um arratel de amêndoas muito bem pi­

Romance de aconteci- pna se trata.

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Alguidares de zinco de todos os tamanhos, fogarei­ros de chapa de ferro, tigelas da casa e baldes de ferro zincado. Malas em todos os tamanhos e feitios cober­tas de lona, oleado e folha.

COFRES Á PROVA DB FOG-Oresistentes a qualquer instrumento perfurante ou cor­tante com segredos e fechaduras inglezas, recebidos directamente de uma das melhores fabricas do paiz.

Os attestados que os fabricantes possuem e cujas copias se encontram n’esta casa, são garantia mais do que suíficiente para o comprador.

Tapetes, capachos de coco e arame, de duração infi­nita. Completo sortido de colchoaria e muitos outros artigos. Emfim, uma visita a esta casa impõe-se como um dever a todas as boas donas de casa.

N’esta casa se pule e concerta mobilia com perfeição.5BIt SíÇ/OS DAS PABKMC.4 W

A entrada nesta casa é franca.e péde-se a todos que visitem tão util estabelecimento. i5?

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O F F I C Í N A DE C A L D E I R E I R O DE C O B R EEncarrega-se de todos os trabalhos concernentes

á sua arte.R U A I ) E JO S É M A R IA D O S S A N T O S

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A v s tw o C oU TO IffESTfiSí ende e concerta toda a qua­

lidade de relogios p o r preços modicos. Tambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro, prata e tudo que pertença d arte de gravador e galvanisador.

ia ds quintas feiras.

G A R A N T E M - S E OS CO N C ER T O S

f . R ua do Poço.

MERCEARIA RELOGIOiSUGCESSORES:

Franco & Figueira'Ofv >c

Os proprietários d'cste novo estabelecimento parti­cipam aos seus amigos e ao publico em gerai, qiie teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e cate. confeitaria, papela­ria. louças pó cie pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário/Pe;roleo, sabão e perfumarias.

Únicos depositários dos afamados Licores da Eclbri- ca Seculo X X , ..variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fruetas. mas­sas; bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.

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PRAGA SERPA PINTO - ÂLDEGALL1 GA

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• COMMERCIO DO POVOTendo continuado a augmentar o movimento desta

já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de preços por que são vendidos todos os artigos, vem de novo recommendar ao publico em geral que n’esta casa se en­contra um esplendido sortido-de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, roiiparia. etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

 0 A L C A N C E DE T O D A S A S B O L S A SDevido á sahida do antigo socio desta casa, o ill.mo

sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am- plear mais o actual commercio da casa, dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem.

Tomam, pois, a liberdade de convidar os seus estimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.

,1 divisa d esta casa é sempre ganhar pouco para ven­der muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.

Visitem. puis. o ( 'om m erelo do Povo-eaxx:-

u u í U j J j :1 I I I . A L Í 1I I l . j iejRua Direita,.88 e q o ; •— Rua do Conde, 2 a 6

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DOilRCOS JOSÉ DE MORAES& Com p.a

Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul­phato e enxofre.( Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor. 02

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OS Dl!AMAS DA CORTE

Chronica do relnado.de Luiz X V ;

Romance historico por E. LA D O U C E T TE

Os amoré.; trágicos de Manon Les- raiit com o <eiebre cavalic.ro de Grieux. formam o entrecho d'e.Ue romance, rigorosamente historico, a .que Ladoucette imprimiu um.cunho de originalidade deveras encantador.

A tòrte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- p;a nr gistralmente pelo auetor d '0 linstardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em Pa ris, onde se contaram por milhares os exemplares vendidos.

A ediçáo portugueza do popular e cornmovente romance, será feita em fasciculos semanaes de ió paginas, de grande fo rm to , illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

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Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers,«illustrada» com numerosas zinc o-gravuras de «homens celebres» do 1 ransvaal e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas da

G U E R R A A N G L O -B O E R Por um funccionario da Cruz Verm elha ao serviço

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A G U ER R A ANG LO BÓ ER é a obra de mais palpitar^e actualidade.N ella são descri] tas, «por uma testemunha presencial», as differentes

phases e aconte> imentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U ER R A AN G LO - O ER faz passar ante os o l h o s do leitor todas as «grandes bati lhas. combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, t:'a svaalianos e oranginos, verdadeiros prodigios de herosm o e tenacidade; em que são egurlmente admiravéis a coragem e de­dicação p triotica de venc dos e vencedores.

Os incidentes varia.lissimos d’esta contenda e tre a poderosa Inglater ra c as duas pequ nas republicas sul-africanas. decorrem atravez de verda­deiras peripec ias. por tal maneira dramáticas e pittorescas, que dão á G U ER ­RA ANGLO B O E R . conjunctamente com o irresistível attractivo d'uma nar­rativa h storica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA R IO DE N O T IC IA Sapresen'ando ao publico e ta obra em «esmerada edição,» e por um .preço di­minuto. julga prestar uni serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito, conhecimento dos.suCcessos que m ai, interessam o inundo culto na actualidade.

Pedidos dRua do Diario dc

Empre~a do D IA R IO D LNo ticias, i i o

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A g en te em A ld e g a lle g a — *4. M e n d e s P in h e ir o J u n io r .