AGRICULTURA · II Ai DOMINQ-O, 9 IDE NOVEMBRO ... Estou certo, convencido até, de que muitas...

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II Ai DOMINQ-O, 9 IDE NOVEMBRO DE 1903 N.° óy SEMANÁRIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assiigiíatiira Anno, iSooo reis; semestre, .">00 réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5òo réis Imoeda fortej. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ED ITOR — José Angus lo Saloio ii a H Annuncios- S bb 5!M b cações i.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 16 —LARGO DA MISERICÓRDIA- A JLj 2 3 3EI (xr A .I , L JtC <£/xr -16 20 réis. Annuncios na 4.;>pagina, contracto csp -cial. Os auto- - H graphos não se restituem quer sejam ou não, publicados; PROPR IETÁR IO José Augusto Saloio expediente Acceitam-se cosn gs*aís- dão <rjsiacsí|«ei* asotieias íjEse sejaaaa «le IaBÍea’e sse |58tí>!st*«. ALDEGALLEGA E 0 PROGRESSO II Tem a villa d’Aldegalle- ga do Ribatejo elementos tão preciosos e de tão in contestável valor para o seu desenvolvimento e grandeza, que deixai-os por mais tempo na obscu ridade, seria não ter amor pátrio, seria demasiada in dolência, constituiria ,até um crime que de futuro seria punido (como otem sidoaté hoje) pelaimpren sa da capital que a todo o momento está levantando a sua insinuante voz con trao estadodatrazamento emque se encontra esta importante villa. Eem verdade, a cada umdesses elementos de incontestável valor de que A ldegallega di.spóe para o seu engrandecimento, tem pre idido sempre uma tão grande falta d: vontade, uma corrente tão forte de indiíferentismo, que tem leito desapparecer da me mória dos que directa ein directamente se interessa vampelo aproyeitamento desses elementos a sua in contestável existencia. E como prova, citarei um elementoquejulgoim portantíssimo sobtodosos pontos de vista, e seja elle a cònsírucção de umma tadouro municipal. Mas a construcção dum estabe lecimento desta ordem, e revestido de todas as con dições de bem servir, con forme mandam as regras dajiygiene, não era coisa muito facil era talvez até wnpossivel; se levarmos em consideraçãoospoucos re cursos de que o município de Aldegallega dispõe e a escassez de futuras recei tas, ainda que, ocommer- 9o seja, na sua quasi tota lidade, feito com carnes * l’escasdesuinos, não erao sufficiente esse movimento que ella tem , porque oseu produeto não chegaria pa ra satisfazer os encargos quedecertohaviam deexis tir pela construcção de um estabelecimento deprimei ra ordem . Comtudo, o que a villa de Aldegallegapodia ede via ter feito ha muito tem po era ter substituído esse pardieiro' immundo que se chama curral (parabemda hygiene dessa terra) por um pequeno ediíicio agra- davel á vista, á altura dos créditos dessa tão impor tante villaequesatisfizesse por completo as necessi dades para que foi con struído, obrigando todos os individuos que até hoje teemg-ósado a benevolen- cia das auctoridades em lhes consentir que muitas vezeseem acanhadosquin- taes se abata importante numero desuinoscujosan gue ficadispersopelo chão, exposto ao calor do sol, sem esçrupulo nem amor pela saude, a irem a esse ediíicio com os seus gados- eahi fazerem abatel-oscom as regras e precisão que essas operações exigem , para assimindicarem que de futuro sóalli poderiam proceder a essa operação, acabando-se d’uma vezpa ra sempre comos chama dos «quintaes de porcos». Estou certo, convencido até, de que muitas difíicul- dades haviam de appare- cer noprincipio, eaté mes mo muitos votos de desfa vor para tão util iniciativa; mas comamor e boa von tade tudo se venceria, e com o decorrer dos tem pos, esses que até alli ti nham negado a utilidade da existencia de um esta belecimento dessa ordem , acabariampor reconhecer, que haviamlaborado num erro, congratulando-se de futuro por veremaprovei tado um tão importante elemento que significava umpasso dadopara opro gresso da sua terra. E hoje que as constru- cções metallicas satisfazem por completoas exigencias d’esses estabelecimentos, de tal ordemé a sua rapi- da manipulação e alliando a estas importantes cir- cumstancias aparte econo- m ica que ellas represen tam , parecequeAldegalle ga não terá que hesitar na immediata construcção de um ediíiciodestinadoa ma tadouro municipal, mos trando assimoseu adean tado estado de civilisação. Euma vez nesse cam i nho do pregresso, decerto não hesitarão no aprovei tamento doutros impor tantes elementos, porque emverdade, hoje avillade AldegallegadoRibatejo na da é, em relação ao que ámanhã póde ser, atten- dendo aos pontos impor tantes que possue, para o seugrandedesenvolvimen to, não sendo preciso jun tar a esses, mais que aboa vontade e amor pelas cau sas publicas; assim tería mos a pouco e pouco, sem demandar muitos sacrifí cios, uma villa muito im portante á luz do Progres so e da Civilisação. Terminando, direi que é tão facil, de tão pouco dis pêndio, e tão urgente um matadouro municipal na villa de Aldegallega, que estou çerto muito em bre ve poder visitar, concluída,, essa obra de tanta utilida de para todos e emespe cial para a hygiene daqui, e poderdizerdequantosão capazes os laboriosos al- degallenses em beneficio da sua terra. DEPOIS DO PECÇADO E’ no proximo. numero que 0 Domingo começa a publicar em folhetins, oin teressante romance de Er- nest Daudet, um auctor dos mais consagrados em França. Estamos certos de que, com esteromance, da mos aos nossos leitoresum m imo de litteratura, pro porcionando-lhes, com a sualeitura, horasaprazíveis e deleitosas. O romance a&ejsá&ís «Io |>eccast<is é cheio ^le peripecias com- moventes e situações apai xonadas que devem inte ressar todos os corações e emocionar todas as almas. AGRICULTURA Síesi&\assçãi> «!«$ aisaisgos Os prados bentratados nunca deveriam cobrir-se de musgos. Estas plantas não se desenvolvem-muito senão comuma humidade estagnante, ou quando o terreno está calcadoeem pobrecido. Facilmente se destroe o musgoem prados naturaes, com as gradagens vigoro sas feitas na, primavera an tes do começo da vegeta ção. Porém , comomeiocu rativo, nadaha melhor que urnaapplicaçãointelligente de sulphato de ferro, cujas experiencius' deram as se guintes conclusões: 1.a O sulphato de ferro judiciosamente applicado d estroe completamente o musgo dos prados, e dá á herva, desembaraçando-a d’esseparasita, um extraor dinario desenvolvimento. 2.a O sulphato de ferro deve empregar-se cm do ses de tresentos kilos por hectare em prados novos e seiscentos kilos empra dos cançados, nos quaes o desenvolvimento dos mus as. attinge proporções consideráveis. 3 .a O espalhamento de sulphato de ferro emesta do de sal pulverisado, faz- se á mão, comuma pá, ou por qualquer fórma, com- tanto que a distribuiçãodo su’phato seja regular. Poderemos tambem em pregar osulphato dissolvi domarcando i ou 2 graus do pesa-saes Beaumé. Para fazer esta dissolu ção, diluem-se 5 kilos.de sulphato de ferro em um hectolitro de agua. Praticamente, para faci litar este trabalho, prepa ra-se uma soluçãoconcen trada com 40 kilos de sul phato emum hectolitrode agua. Toma-se i,s 5 do li quido assim preparado,dei ta-se em um regador de 10 litros, e espalha-se por i 5 metros quadrados, se queremos empregar 3 oo kilos de sulphato de ferro por hectare, e por 10me tros quadrados, se setrata de Soo kilos. q.a A applicaçãodeveser feita em marco, antes do > 7 começo davegetação, mas póde perfeitamente ser ef- -fectuada depois e até no outomno. Oemprego naprimave ra temcomo resultado as segurar um rapido desen volvimentoda herva nova, que substituirá o musgo destruído. E’ bem de vêr que uma gradagem antes do lança mento do sulphato de fer ro, sópoderá dar excellen- tes resultados. Coasoreio Teve logar namanhãde 6 do corrente, na egreja matriz d’esta villa, o enla- ; matrimonial da ex.m a s1\a D . Helena Quaresma Veniuia com0nosso am i go, sr. dr. Luciano Tavares Móra, distincto advogado nesta comarca. A noiva, filha do ex.mo sr. Antonio Maximo Ven tura, digno proprietário e negociante desta villa, é umaexcellente meninado tada de todas as qualida des que podemfazer a fe licidade do lar, e possuido ra de esmerada educação; o noivo, alémde muito il lustrado e talentoso éreal mente dignodaesposaque escolheu. A’cerimonia denúpcias, que foi celebrada pelorev. oão Pereira Vicente Ra mos, assistiramnumerosas pessoas das relações das duas opulentas fam iliasdos noivos. Foram testemunhas .os ex." 'o i srs. Domingos Tava res, digno presidente da camara, avô dó noivo, e Antonio Maximo Ventura, pae da noiva. Aos noivo s d esej imos to das as venturas dequesão dignos. <5 Tesnp» Durante a semana finda choveu todos os dias, tor nando-se por is oo tempo muito propicio para ascul turas da presente quadra. Oxalá a chuva não ve nha ainda a ser de mais.

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II Ai DOMINQ-O, 9 IDE NOVEMBRO DE 1903 N.° óy

SEMANÁRIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA

AssiigiíatiiraAnno, iSooo reis; semestre, .">00 réis. Pagamento adeantado. Para o Brazil, anno. 2$5òo réis Imoeda fortej.A v u l s o , no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Angus lo Saloio

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Sbb5!Mb c a ç õ e si.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

16 —LARGO DA MISERICÓRDIA-A JLj 23 3EI ( x r A . I , L JtC <£/xr

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20 réis. Annuncios na 4.;> pagina, contracto csp -cial. Os auto- - H graphos não se restituem quer sejam ou não, publicados;

PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

e x p e d i e n t e

A c c e it a m - s e c o sn gs*aís- dão <rjsiacsí|«ei* a s o t ie ia s íjEse sejaaaa «le IaBÍea’e s s e|58tí>!st*«.

ALDEGALLEGA E 0

PROGRESSOII

Tem a villa d’Aldegalle- ga do Ribatejo elementos tão preciosos e de tão in­contestável valor para o seu desenvolvimento e grandeza, que deixai-os por mais tempo na obscu­ridade, seria não ter amor pátrio, seria demasiada in­dolência, constituiria , até um crime que de futuro seria punido (como o tem sido até hoje) pela impren­sa da capital que a todo o momento está levantando a sua insinuante voz con­tra o estadodatrazamento em que se encontra esta importante villa.

E em verdade, a cada um desses elementos de incontestável valor de que Aldegallega di.spóe para o seu engrandecimento, tem pre idido sempre uma tão grande falta d: vontade, uma corrente tão forte de indiíferentismo, que tem leito desapparecer da me­mória dos que directa e in­directamente se interessa­vam pelo aproyeitamento desses elementos a sua in­contestável existencia.E como prova, citarei

um elemento que julgo im­portantíssimo sob todos os pontos de vista, e seja elle a cònsírucção de um ma­tadouro municipal. Mas a construcção dum estabe­lecimento desta ordem, e revestido de todas as con­dições de bem servir, con­forme mandam as regras da jiygiene, não era coisa muito facil era talvez até wnpossivel; se levarmos em consideração os poucos re­cursos de que o município de Aldegallega dispõe e a escassez de futuras recei­tas, ainda que, o commer- 9o seja, na sua quasi tota­lidade, feito com carnes *l’escas de suinos, não era o

sufficiente esse movimento que ella tem, porque o seu produeto não chegaria pa­ra satisfazer os encargos que decerto haviam de exis­tir pela construcção de um estabelecimento de primei­ra ordem.

Comtudo, o que a villa de Aldegallega podia e de­via ter feito ha muito tem­po era ter substituído esse pardieiro' immundo que se chama curral (para bem da hygiene dessa terra) por um pequeno ediíicio agra- davel á vista, á altura dos créditos dessa tão impor­tante villa e que satisfizesse por completo as necessi­dades para que foi con­struído, obrigando todos os individuos que até hoje teem g-ósado a benevolen- cia das auctoridades em lhes consentir que muitas vezes e em acanhados quin- taes se abata importante numero de suinos cujo san­gue fica disperso pelo chão, exposto ao calor do sol, sem esçrupulo nem amor pela saude, a irem a esse ediíicio com os seus gados- e ahi fazerem abatel-oscom as regras e precisão que essas operações exigem, para assim indicarem que de futuro só alli poderiam proceder a essa operação, acabando-se d’uma vez pa­ra sempre com os chama­dos «quintaes de porcos».

Estou certo, convencido até, de que muitas difíicul- dades haviam de appare- cer no principio, e até mes­mo muitos votos de desfa­vor para tão util iniciativa; mas com amor e boa von­tade tudo se venceria, e com o decorrer dos tem­pos, esses que até alli ti­nham negado a utilidade da existencia de um esta­belecimento dessa ordem, acabariam por reconhecer, que haviam laborado num erro, congratulando-se de futuro por verem aprovei­tado um tão importante elemento que significava um passo dado para o pro­gresso da sua terra.

E hoje que as constru- cções metallicas satisfazem por completo as exigencias d’esses estabelecimentos, de tal ordem é a sua rapi-

da manipulação e alliando a estas importantes cir- cumstancias a parte econo- mica que ellas represen­tam, parece que Aldegalle­ga não terá que hesitar na immediata construcção de um ediíicio destinado a ma­tadouro municipal, mos­trando assim o seu adean­tado estado de civilisação.

E uma vez nesse cami­nho do pregresso, decerto não hesitarão no aprovei­tamento doutros impor­tantes elementos, porque em verdade, hoje a villa de Aldegallega do Ribatejo na­da é, em relação ao que ámanhã póde ser, atten- dendo aos pontos impor­tantes que possue, para o seu grande desenvolvimen­to, não sendo preciso jun­tar a esses, mais que a boa vontade e amor pelas cau­sas publicas; assim tería­mos a pouco e pouco, sem demandar muitos sacrifí­cios, uma villa muito im­portante á luz do Progres­so e da Civilisação.

Terminando, direi que é tão facil, de tão pouco dis­pêndio, e tão urgente um matadouro municipal na villa de Aldegallega, que estou çerto muito em bre­ve poder visitar, concluída,, essa obra de tanta utilida­de para todos e em espe­cial para a hygiene daqui, e poder dizer de quanto são capazes os laboriosos al- degallenses em beneficio da sua terra.

DEPOIS DO PECÇADO

E’ no proximo. numero que 0 Domingo começa a publicar em folhetins, o in­teressante romance de Er- nest Daudet, um auctor dos mais consagrados em França. Estamos certos de que, com este romance, da­mos aos nossos leitores um mimo de litteratura, pro­porcionando-lhes, com a sua leitura, horas aprazíveis e deleitosas. O romance

a&ejsá&ís «Io |>eccast<is é cheio le peripecias com- moventes e situações apai­xonadas que devem inte­ressar todos os corações e emocionar todas as almas.

AGRI CULTURA

Síesi&\assçãi> «!«$ aisaisgos

Os prados be n tratados nunca deveriam cobrir-se de musgos. Estas plantas não se desenvolvem-muito senão com uma humidade estagnante, ou quando o terreno está calcado e em pobrecido.

Facilmente se destroe o musgo em prados naturaes, com as gradagens vigoro­sas feitas na, primavera an­tes do começo da vegeta­ção. Porém, como meio cu­rativo, nada ha melhor que urna applicação intelligente de sulphato de ferro, cujas experiencius' deram as se­guintes conclusões:

1.a O sulphato de ferro judiciosamente applicado d est roe completamente o musgo dos prados, e dá á herva, desembaraçando-a d’esse parasita, um extraor­dinario desenvolvimento.

2.a O sulphato de ferro deve empregar-se cm do­ses de tresentos kilos por hectare em prados novos e seiscentos kilos em pra­dos cançados, nos quaes o desenvolvimento dos mus­as. attinge proporções

consideráveis.3.a O espalhamento de

sulphato de ferro em esta­do de sal pulverisado, faz- se á mão, com uma pá, ou por qualquer fórma, com- tanto que a distribuição do su’phato seja regular.

Poderemos tambem em­pregar o sulphato dissolvi­do marcando i ou 2 graus do pesa-saes Beaumé.

Para fazer esta dissolu­ção, diluem-se 5 kilos.de sulphato de ferro em um hectolitro de agua.

Praticamente, para faci­litar este trabalho, prepa­ra-se uma solução concen­trada com 40 kilos de sul­phato em um hectolitro de agua. Toma-se i,s5 do li­quido assim preparado,dei­ta-se em um regador de10 litros, e espalha-se pori5 metros quadrados, se queremos empregar 3oo kilos de sulphato de ferro por hectare, e por 10 me­

tros quadrados, se se trata de Soo kilos.

q.a A applicação deve ser feita em marco, antes do> 7começo da vegetação, mas póde perfeitamente ser ef- -fectuada depois e até no outomno.

O emprego na primave­ra tem como resultado as­segurar um rapido desen­volvimento da herva nova, que substituirá o musgo destruído.

E’ bem de vêr que uma gradagem antes do lança­mento do sulphato de fer­ro, só poderá dar excellen- tes resultados.

C o aso re ioTeve logar na manhã de

6 do corrente, na egreja matriz d’esta villa, o enla- ; matrimonial da ex.ma

s1\a D. Helena Quaresma Veniuia com 0 nosso ami­go, sr. dr. Luciano Tavares Móra, distincto advogado nesta comarca.

A noiva, filha do ex.mo sr. Antonio Maximo Ven­tura, digno proprietário e negociante desta villa, é uma excellente menina do­tada de todas as qualida­des que podem fazer a fe­licidade do lar, e possuido­ra de esmerada educação; o noivo, além de muito il­lustrado e talentoso é real­mente digno da esposa que escolheu.

A’ cerimonia de núpcias, que foi celebrada pelo rev. oão Pereira Vicente Ra­

mos, assistiram numerosas pessoas das relações das duas opulentas familias dos noivos.

Foram testemunhas .os ex."'oi srs. Domingos Tava­res, digno presidente da camara, avô dó noivo, e Antonio Maximo Ventura, pae da noiva.

Aos noi vo s d esej imos to­das as venturas de que são dignos.

<5 Tesnp»Durante a semana finda

choveu todos os dias, tor­nando-se por is o o tempo muito propicio para as cul­turas da presente quadra.

Oxalá a chuva não ve­nha ainda a ser de mais.

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ESPERANÇAComo a pomba que leva o ramo d ’oliveira,Graciosa e gentil vogando sobre as aguas,Assim consegues tu, formosa feiticeira,

t Levar a pa-x bemdita ds tenebrosas magnas.

Sc o naufrago perdido em vendavaes da vida Por acaso fitar teu rosto encantador,Sente animar-lhe a esperança a alma dolorida E vê brilhar a liq do bemfarxejp amor.

Eu perdi o valor, .. horrendo, cataclysmo,A desgraça fatal, assustadora e fria,De subi to arrojou-me ao negro e fundo ábysmd Onde nunca existiu a pa\ nem a alegria.

Arranca-me do peito a pérfida serpente Que, em impeto cruel, o peito me devora.Oh! form osa visão\alegre e refulgente,Deixa-me vêr. 110 céo a lu? da lua aurora!

JOAQUIM D0 S'.VN.IOS: ; \

P E N S A M E NTOS

Os soldados, as provisõès, a sinceridade, são a força d'um império.

Em caso ddbsolula necessidade, renunciem aos solda- dos; .

Renunciem ds provisões;Conservem preciosamente a sinceridade.Os soldados morrem, as provisões gastam-se, a sin­

ceridade jica. — Confucius.— N a moral, como na arte, o di\er é nada; afazer é

tudo.— Renan.— A esperança ê o sonho do homem acordado.— As obras primas da arte são a miniatura imper­

feita das da natureza.— O amor é uma lampada que o coração accende,

que a indifferença apaga, e que a paixão torna a accen- der até que a velhice 0 extingue para sempre,— V. Hugo.

ANECDOTAS

— 0 ’ papá, o que quer difer hermaphrodita? per­guntava uma ingehua e galante menina de quinze annos ao illuslre auctor dos seiis dias, que não sabia como sahii -se d ’aquella dijficuldade.

— Olha, menina. . . Hermaphrodita. . . sim, herma­phrodita. . . quer di^er . . : que hão é feia nem bonita.

D ’ahi a dias huina soirée dançava a formosa: crean­ça com um esbelto tenente de caçadores, "qtíè, entre duás marcas d ’uma quadrilha, lhe tecia, os mais rasgados elogios á sua elegancia e formosura.

— Ora, para que está o senhor com essas coisas!. . . Eu bem me conheço. . . 0 que eu soii é hermaphrodita.

I! IH í IIH! {l í'i i HIII! IS

N o enterro d’um grande fumador:Um dos convidados observa que a morte do amigo

foi, talve^1 devido ao abuso do tabaéo.— Seja, replicou o seu interlocutor, morreu por ler

fumado muitos charutos'; nesse caso, p‘az aã suas cin­zas.

Começou hontem no pit- toresco logar Jo Samouco a annual festividade á se­nhora do {Rosário, e termi­nará ámanhã. Consta-nos que este anno são feitas com pompa superior á dos annos anteriores. Abrilhan­ta estas festividades a dis- tincta phylarmonica de Santo Amaro Lisboa),. .

A’ auctoridade compe­tente lembramos a aboli­ção do jogo da roleta a dinheiro, que é de uso to­dos os annos nestas festas. Oxalá não esqueça.

—i----------------------■•€1 M m seíI© l 5é 0 2 E © jn ie © ..

E’ o titulo de uma inte­ressante revista financeira; agricola, Commercial, in­dustrial e litteraria de pu­blicação mensal que, sob a direcção do sr. João Au­gusto Melicio, no proximo mez de janeiro, começará a publicar-se em Lisboa. As variadíssimas secções -são collaboradas por d is-; tinctos escriptores. A séde dadministração e redacção é na rua Nova do Almada, 69, i.°, D.— Lisboa. Nume­ro avulso 3oo réis.

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SjosateaLia dias uma pobre lou­

ca de nome Angélica Gaá- par, casada com José Jorge,: pescador, tentou apedrejar­as vidraças do predio. do sr. dr. Manuel da Cruz;, como errasse a vidraça que pretendia partir, ati­rou com a pedra áo can­deeiro da iliuminação pu­blica, que está na e.squina; do mesmo predio, que­brando-lhe os. vidros. Está louca tem um filho ainda de collo, e por algumas vezes tem de dentro de sua casa atirado com elle para a rua como quem despeja uma pá de. lixo. Diz n’estas occasiões que­rer desfazer-se d’elle. Ainda ha ■ pouco, com o pobre innocentinho, nu sobre unia meza, lhe fazia com um pedaço de canna co-

íS 5*858© 58 í‘©

36 FOLHETIM

Traducçfio de J. DOS AN.IOS

DO

O U T ÍiO J I I I N B ORomance de aventuras

XVI

itórí.e alo Sfiazss-«•laríL |s«r aSc382sliss ”1 Caffaaah©!©,..

0 primeiro cadáver que viu no caminho fál-o recuar de horror. Era

mo qu:m escama peixe.Urge, pois, que a aucto­

ridade competente se di­gne providenciar emquan­to é tempo.

----—<o>-. B2mvei*s:a*,i©§

Completou no dia 6 mais um anniversario natalicio ò h osso'amigo, sr. Edmun­do José Rodrigues.

—Tambem no dia 7 completou o seu 42.0 anni- versãrio natalicio o nosso bom amigo Jacob Rodri­gues.

— Completa ámanhã o seu 28 anniversario natali­cio a ex.’"a sr.a D. Anna Rita Moreira, esposá do nosso amigo Domingos Moreira Junior.

— No dia 6 do corrente; tambem o nosso amigo, sr. Cândido José Ventura, com­pletou mais um anniversa­rio natalicio.

A todos enviamos os nos­sos sinceros paiabens;

Aa$»egaS«Antonio Cordeiro, pes­

cador, natural e residente; nesta villa, qu:ixou-se de que no dia 2 do corrente, pelas 7 horas da noite, na taberna de Manuel Luiz Feijão, sita na rua de José Maria dos Santos d’esta villa, foi oíléndido corpo- ralmente com soccos por João Coelho (o seis dedos),, tambem pescador, natural

. e -residente nesta villa. — to>— —«c-------Em sessão de 20 de ou­

tubro findò, foram nomea­do:-! pela camara para fa-,

' zerem parte da commissão' : do recenseamento militar,, os'seí’-uintes cidadãos:o

Effeciivos.Marciano Augusto da

Silva, José Antonio da Sil­va, Francisco da Costa1 Rodrigues, Emilio de Je­sus Bisca.

SubstitutosManuel de Oliveira Lu­

cas, Manuel de Jesus Cal­lado, Antonio Joaquim Pe­reira Nepomuceno e An­tonio Vicente Nunes Mar­ques.

o de Barbellez, cujo errneo e cara formavam só uma lama de carne, de osso e de miolos. Pelo fato, o Mario reconhecèu-o logo e adivinhou tudo o que se passara.

Mais adeanie estavam os dois na­morados, ainda nos . braços um do outro, a cabeça do João descànçaridb no seio da Joánna'.

O Mario ajoelhou lentamente ao pé d’elles. Os corpos náo estavam ainda frios; mas tinham aquella inér­cia a um tempo malje; e rigida:que caracterisa a morte. O Mario com- prehendeu que já não havia esperan­ça. Debruçou-se para a Joánna e beijoura na testa. Pegou na mão do amigo. D pois, não podendo conter a affli.cção;-, desatou a soluçar, e ficou assim chorando, com a cabeça ao lado da do amigo, no seio da Joanna.

A travessarsMi-lbe b espirito mil re­

flexões confusas e inroherentes, mil recordações, mil projectos1.'

O que háv-ia de fazer? Poderia ago­ra tomar gosto pór qualquer Coisa? Ser-lhe-hia possivel viver?

Teve uma idéa louça, que repelliu primeiro, mas que em breve ó im­portunou a pònto de se tornar ufn pensamento í;xo: sepultar-se vivo com os dois entes que mais tinha estimado no mundo.

Mas. ç.om.o?. O. Mario chegára. qó grau de dôr desesperada que faz perder a razão é buscar friamente as coisas mais extraordinarias, mais monstruosas ou m ás siíj^ítftes: Dis­cutia comsigo mesmo os C.i Aferentes meios de realisar o seu projecto,

Illuminou-lhe subitamente o espi­rito uma inspiração insensata.

Agarrou no archote que tinha deita­do fóra e cravou o n'um bico de co­

ral. Depois começou a sua tarefa. Pegou nos corpos do João e da Joan­na, e enrolou òs Com cordas, de m o­do que não pudessem - desligar ós braços um dp outro. Depois pòl-os ás costas, e emquanto os encostava ao rochqdo para os conservar n aquella posição, amarrou-se tambem a elles, pelos hombros e pelo pescoço.

Dèpois; verganáo..ao pèsô do fardo, mas nãó obstante còtn ittarjpassó de­liberado, caminhou para-o lado, com o archote na mão!

Para que. era aquelle archote ?N ão o sabia. Ia a.sám, impellido natural mente pela fatalidade. Eslava n ’urn d'esses momentos em que o espirito tresloucado não guiá ó corpo, mas se deixã arrastar por uma especie de desvario.:

Entrou na ; gua pesadí e negra c-l

Chegou a esta villa, no dia 4 do corrente, vindo da Penitenciaria de Lisboa on­de cumpriu a pena de 6 annos pelo crime de furto Ascencio Mendes 'O ma- ta-cãès).

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■A camara deliberou enisessão de 27 de outubro findo, que o éstrume ija limpeza publica d’esta villa, fosse vendido,, ò antigo a10.00 réis e 0 novo a 800.

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Foi no dia 7 do corrente para Lisboa, a fim de ser entregue á .diápoâição do governo, José Caetano Vi­gário, natural da cidade de Pinhel, que na cadeia cies- tacomarca cump.Jra a pe­na de tres annos/pelo cri­me de furtos.

Era no tempo em que houve um diluvio na Ber- tanha, não o diluvio de to­dos, mas o que se arranjou de proposito para a Berta- riha.

O monte de:S. Migtièl fazia então parte da Terra Firme, e ainda para lá exis­tia á beira do rio de Co- riesnon a freguezia de S, Vinol, que está agora de­baixo de agua, na bahia de Cancalc, a sessenta braças de profundid ade.

Améi, filho dé Raul, guardava os rebanhos do ■sênho!- de S. Vinol. Quan­do chegou aos vinte e cin­co annos casou com a lou­ra Penhor, que tinha então 18 annos. Amavam-sè de­veras. Ella era bondosa e linda, elle alto e forte, e não tinha medo do traba­lho. Era elle que levava a Virgem aos hombros, no dia da festa de agosto.

Era toda de prata a Vir­gem de S. Vinol, e era ri­ca porque a gente da ter­ra suppunha que resgata­va os seus peccados com 0

foi-se afundando a , pouco e pouco, passo a passo.

Quando a agua lhe chegou ao pes­coço atirou para longe o archote, que se apagdu, silvando, no lago- Depois parou um instante, com <>s olhos muito abertos na escuridão e a bõcca risonha com a idéa da morte. Passóii-lhé péla idéa o fragmento àe

uma cantiga e cantou madhin; lmente’ deixando-se afúndar:.

O marinheiro eahiu ao mar,Só lhe encontraram o chapéo... Mas viu-se a alma ir a voar No vasto' campo azul dp céo.

FIM

Page 3: AGRICULTURA · II Ai DOMINQ-O, 9 IDE NOVEMBRO ... Estou certo, convencido até, de que muitas difíicul- dades haviam de appare- ... Assim consegues tu, formosa feiticeira,

O DOMI NGOlinho, c trigo e a lã que jepunha aos seus pés. En- o-anavam-se; os peccados só se resgatam com o ar- rependimento.

Ami e Penhor não ti­nham filhos. Quando Amei estava no campo, e Pinhor ficava sósinha na cabana, pensava tristemente: Se eu tivesse no coilo um querido pequenino que fosse o retrato vivo de meu marido, como eu seria mais feliz!

E Amei pensava, em­quanto guardava os reba­nhos de seu amo: Se Pe­nhor, a minha adorada mulhersinha, me désse uni querido filho que fosse o seu vivo retrato, que ale- írria, que esperanças cra nossa casa!

Uma'vez Amei, que vol­tava todo preocoupadq dos pastos, disse:

— Penhor, minha mu­lhersinha, se tecesses um bonito véo a Santa Maria sempre Virgem talvez ella te désse um anjinho para tu embalares.

Imaginam que seja um homem que pense primei­ro em qualquer coisa ? Não! E’ sempre a mulher. Penhor foi buscar o véo que já es­tava tecido mais branco do que a neve, e mais transparente que os ne­voeiros de verão.

A mãe de Deus, quando o viu, ficou satisfeita e ac- ceitou-o. Amei e Penhor tiveram um filhinho, e amaram-se ainda mais ao pé do berço da creança.

Quando a creança che­gou aos nove dias, Penhor que ainda estava muito fraca iomiou-a nos braços e foi ao altar cia Virgem.

— San.a Maria! disse el­la ajoelhada, aqui está o thesouro que tu nos déste. Nós to restituímos,que s> .ja teu e que cresça, consa­grado á tua celeste côr:íS.Olha para elle, dôee Vi ­gem, chamamos-lhe Raul, corno se chamava o pae. de seu pae. Olha bem pa­ra elle, para que o conhe­ças quando elle precisar de ti.

Não se sabe se foi por causa dos peccados da fre­guezia cie S. Vinol, se por causa dos peccados de to­das as freguezias, mas d subito, numa noite mal­fadada, a agua do rio en­tumece u c o m o a agua q u a n - do ferve e que salta para fóra do vaso que a contem. O vento soprava tempes­tuosamente, a chuva cahia em. torrentes, a terra pare­cia tremer de febre. Co­briu-se de agua toda planície, e quando rompeu a manhã, viu-se que não et'a o rio que trasbordava, Çnv o mar.

o mar sombrio.

induloso, e revolto. Rom­pera as barreiras que á sua colera oppozera a mão de Deus._ Vinha, caminhava, já se ao chamava mar, chama­

va-se diluvio.Como a egreja de S. Vi­

nol estava sruada numa :i!tura, os innundados fugi­ram para lá; mas Amei e Penhor ficaram á porta de sua casa, que ainda ficava mais alta do que a egreja.

E quando a ag'ua chegou, subiram com o pequeno Raul para o prim eiro andar!, e, quando a agua os se­guiu, treparam para o te­lhado. A agua sobiu atraz d’e!les.

Meu marido, disse Pe­nhor, vamos morrer todos 'untos.

— Não! respondeu Am eI.— O qué! disse ella. Pen-

:is em abandonar-nos-?— Não, redarguiu o pas­

tor.E a agua subia.

(Continua).

A N N U N C I O S

ANNUNCIO

i u u i T f e f n(© .il i BEs!.?IÍeí*!ÇÍâí»)

Pelo juizo desta comar­ca, e cartorio do 2." officio* e execução hypothecaria que promove Manuel Du­

hc

arte dos Santos, de Lisboa, contra João Gomes d’Al- meida, da Moita, desta co­marca, vão á praça á por­ta do tribunal desta co­marca no dia 3o de no­vembro proximo, pelas 11 horás da manhã, para se­rem vendidos pelo maior preço, e superior ao abai­xo declarado, os seguintes prédios: Uma morada de casas de lojas e primeiro andar, sita na Praça do Príncipe D. Carlos, du so­bredita villa da Moita, no valor de 6oo$ooo réis; Uma fazenda de terra de semeadura, vinha e uma cabana no sitio da Agua Doce, freguezia, tambem da lVloita, constituindo tres prédios foreiros aos her­deiros do Conde Sampaio, um cm 6f?ooo réis e 6 gal- linhas, outro em 5y.)00 réis e 5 em 8 $000 nhas, todos com laudemio cie dezena e no valor de 3:i55$4oó réis.

São citados para'a pra­ça quaesquer crédores in­certos nos termos do nu­mero i.° do artigo 844.0 do Codigo de Processo Civil.

Aldegallega do Ribatejo,27 de outubro de 1902.

0 ESCRIVÁO

Antonio Julio Pereira Moulinho.Verifiquei a exactidão.

O JUIZ DE DIREITO

Fernando Figueira.O

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ESTEVÃO JO S É DOS REIS—* COM *—

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AO COMMERCIO DO POVOAO já bem conhecidas do publico as verdadeiras vantagens que este estabelecimento "otTerece aos compradores de todos os seus artigos, pois que tem sortimento, e faz compras em c ondicções de poder com petir com as primeiras casas de Lisboa no que diz respeito a preços, porque vende muitos artigos

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e como tai esta casa para maior garantia estabeleceu o svstema de GANHAR POUCO PARA VENDER MUITO e vendendo a todos pelos mesmos preços.

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assim se certificarem de quanto os preços sáo limitados.Grande coliecção de meias pretas para senhora, piugas para homem, e piuguinhas para creança que garanti

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O proprietário deste antigo, acreditado e impor­tante estabelecimento, participa aos seus numerosos freguezes e ao publico em, geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário d’este estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal­vaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi­dam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, guitarras, etc.

O proprietário d’este estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba­lhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa fóra.

São .garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os negocios d’esta casa.

Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

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