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Na última reunião da Câmara de Azambuja, foi aprovado o lançamento da "Derrama" com uma taxa de 1,5% para o ano de 2013. A "Derrama" é um adicionamento ao IRC e em 2012 rendeu aos cofres municipais cerca de 522 mil euros (sendo que este valor é o mais baixo dos últimos anos, resultado da contração económica que afetou as empresas do Concelho de Azambuja). Sempre defendi que a "Derrama" é um instrumento indireto para a captação de investimento e para melhorar a nossa competitividade face a outros municípios. Noutra conjuntura de finanças municipais, cheguei a defender que o ideal seria a redução da "Derrama" a valores mínimos ou até que este adicionamento fiscal nem fosse aplicado às empresas. O que agora não é possível face ao desastre das contas municipais e à elevadíssima dívida da Câmara de Azambuja! Contudo, não deixei de apresentar uma proposta de alteração: A isenção de pagamento de "Derrama" a todas as empresas que tivessem um lucro tributável sujeito e não isento de IRC inferior a 150 mil euros. Com esta proposta, procurei responder a duas situações: 1.ª) A necessidade de apoio efetivo às Pequenas e Médias Empresas e ao Comércio Tradicional, que este ano e no próximo vão sofrer significativamente com a recessão económica; 2.ª) A equiparação fiscal de Azambuja face ao concelho de Alenquer, que tem esta isenção. Ou seja, Alenquer é mais competitiva que Azambuja e mais amiga da captação de investimento e de novas empresas. E sejamos claros: sem investimento e sem novas empresas, não se combate o desemprego! A proposta de alteração que apresentei foi rejeitada com os votos do PS e da CDU. A razão principal para este "chumbo" foi ideológica - "os ricos que paguem a crise!"

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Na última reunião da Câmara de Azambuja, foi aprovado o lançamento da "Derrama" com uma taxa de 1,5% para o ano de 2013. A "Derrama" é um adicionamento ao IRC e em 2012 rendeu aos cofres municipais cerca de 522 mil euros (sendo que este valor é o mais baixo dos últimos anos, resultado da contração económica que afetou as empresas do Concelho de Azambuja). Sempre defendi que a "Derrama" é um instrumento indireto para a captação de investimento e para melhorar a nossa competitividade face a outros municípios. Noutra conjuntura de finanças municipais, cheguei a defender que o ideal seria a redução da "Derrama" a valores mínimos ou até que este adicionamento fiscal nem fosse aplicado às empresas. O que agora não é possível face ao desastre das contas municipais e à elevadíssima dívida da Câmara de Azambuja! Contudo, não deixei de apresentar uma proposta de alteração: A isenção de pagamento de "Derrama" a todas as empresas que tivessem um lucro tributável sujeito e não isento de IRC inferior a 150 mil euros. Com esta proposta, procurei responder a duas situações: 1.ª) A necessidade de apoio efetivo às Pequenas e Médias Empresas e ao Comércio Tradicional, que este ano e no próximo vão sofrer significativamente com a recessão económica; 2.ª) A equiparação fiscal de Azambuja face ao concelho de Alenquer, que tem esta isenção. Ou seja, Alenquer é mais competitiva que Azambuja e mais amiga da captação de investimento e de novas empresas. E sejamos claros: sem investimento e sem novas empresas, não se combate o desemprego! A proposta de alteração que apresentei foi rejeitada com os votos do PS e da CDU. A razão principal para este "chumbo" foi ideológica - "os ricos que paguem a crise!"

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Também concordo que os ricos têm de pagar a crise. Mas não concordo que o pequeno empresário ou o comerciante sejam ricos! E a minha proposta apenas isentava os "pequenos", não os ricos! Por estarem agarrados a ideias velhas e caducas, o PS e a CDU permitiram que Azambuja tivesse perdido, novamente, vantagens face a Alenquer (por isso, ao longo dos anos este concelho vizinho continua sempre a captar investimento empresarial) e assumiram que as PME's e o Comércio Tradicional do Concelho de Azambuja não precisam de apoios municipais porque são ricos!... É também por estas razões que o Concelho de Azambuja precisa de autarcas novos (que nada tem a ver com a idade), com ideias frescas e arejadas, que compreendam os novos desafios da competitividade territorial entre municípios e que actuem como verdadeiros gestores do território municipal, focados na captação de investimentos e de novas empresas.