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    Quando a capacidade de carga de um rolamento completamente utilizada, os anis apiam-se em toda suacircunferncia atravs de toda a largura da pista. Um assento cilndrico ou cnico pode proporcionar esse apoio queprecisa ser sempre firme e constante, mas uma superfcie de apoio plana para rolamentos axiais tambm proporcionaesse apoio. Portanto, os assentos precisam ser produzidos com preciso adequada, ter uma superfcie que no sejainterrompida por canais ou furos, e seus anis precisam estar seguros para no deslizarem em seus assentos sob carga.Danos nos rolamentos ou nos componentes associados costumam ser causados por ajustes incorretos ou inadequadosde anis de rolamentos.Para conseguirmos uma fixao radial satisfatria e um apoio adequado preciso que os anis sejam montados com umgrau de interferncia apropriado. Mas no podem ser usados esses ajustes interferentes se uma facilidade de montageme desmontagem ou um deslocamento axial no rolamento livre forem necessrios.

    Ao selecionar um ajuste, leve e m considerao os f atores a seguir:

    No que se refere ao movimento do anel do rolamento, em relao direo de carga, existem trs condies diferentes:carga rotativa, carga fixa e direo de carga indeterminada.O termo carga rotativa usado quando o anel do rolamento gira e a carga estacionria, ou quando o anel estacionrio e a carga gira, sendo que todos os pontos da pista estejam sujeitos a carga no decorrer de uma volta.Cargas pesadas que no giram, mas oscilam como as que atuam nos anis externos de rolamentos de braos dearticulao tambm so geralmente consideradas como cargas rotativas.Quando o anel do rolamento e a carga so estacionrios, ou quando anel e carga giram numa mesma velocidadeacontece a carga fixa, j que nesses casos a carga est sempre dirigida para o mesmo ponto da pista.

    A classificao de direo de carga indeterminada usada quando cargas externas variveis, cargas de choque,vibraes e cargas provenientes de desbalanceamentos e mquinas de alta velocidade provocam alteraes na direo

    de carga.Sob carga rotativa, um anel de rolamento desliza no seu assento caso seja montado com ajuste deslizante e um

    desgaste corroso por contato nas superfcies de contato pode ocorrer. Para que isso no acontece devem serutilizados ajustes com interferncias, sendo que seu grau s pode ser determinado pelas condies de operao.J sob carga fixa, o anel do rolamento costuma no girar em seu assento, portanto, no necessita de um ajusteinterferente, a menos que seja requerido por outras razes.

    Ao contrrio, quando a direo da carga indeterminada e cargas pesadas so utilizadas, prefervel que ambos osanis tenham um ajuste interferente. Um ajuste com interferncia normalmente usado no anel interno com cargarotativa. Entretanto, poder ser usado um ajuste um pouco mais folgado que o recomendado para carga rotativa, se fornecessrio que o anel externo se movimente axialmente na caixa.

    Caso haja aumento de carga o anel sofrer deformao e o ajuste interferente entre o anel interno do rolamento e seuassento ser reduzido. Esse anel pode comear a deslizar sob influncia de carga rotativa, portanto, o grau de

    interferncia deve estar relacionado com a intensidade da carga dessa forma: quanto maior a carga, maior ainterferncia requerida particularmente se for carga de choque.

    Um ajuste com interferncia entre o rolamento e o eixo ou a caixa significa que o anel deformado elasticamente expandido ou comprimido e a folga interna do rolamento reduzida. Entretanto, certa folga mnima deve semprepermanecer. O tipo e o tamanho do rolamento determinam a folga inicial e a reduo permissvel. Em alguns casos, areduo na folga devido ao ajuste interferente pode ser to grande que ser necessria a utilizao de um rolamentocom folga maior do que a normal. Assim, pode-se prevenir uma pr-carga no rolamento.

    Alteraes de temperatura e direes do fluxo de calor precisam ser atentamente consideradas. Os anis de rolamentos,quando esto em operao, normalmente atingem temperaturas mais altas que as dos componentes aos quais estomontados, causando uma reduo da interferncia do anel interno no seu assento. Ao mesmo tempo, uma expanso do

    anel externo pode dificultar o deslocamento axial desejvel entre o anel e a caixa.

    Ajustes com folga que reduzam a resilinci a e a vibrao no devem ser usados nas aplicaes que exigem muitapreciso de giro. Tolerncias dimensionais estreitas devem ser utilizadas na usinagem dos assentos do rolamento noeixo e na caixa, correspondendo, no mnimo, ao grau 5 para o eixo e ao grau 6 para a caixa. Como tambm devem serpequenas as tolerncias para cilindricidade (ver tabela 78).

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    Nenhum ajuste de anel de rolamento em seu assento deve permitir distores do anel, o chamado desvio de redondez,causado, por exemplo, por descontinuidades na superfcie do assento. Por isso, caixas bipartidas no costumam seradequadas quando o anel externo possui um ajuste interferente, e os limites da tolerncia selecionada no devemultrapassar os campos , ou, no mximo, . Para que os anis de rolamentos montados em caixas de paredes finas,caixas de liga leve, ou eixos ocos tenham um apoio adequado, deve-se selecionar ajustes com interferncia maior doque a usada normalmente em caixas de paredes grossas, de ferro fundido e eixos macios.

    Costumam ser mais fceis de montar e desmontar os rolamentos com ajustes deslizantes, em comparao com aquelescom ajustes interferentes. Se as condies do trabalho exigirem ajustes interferentes e, ao mesmo tempo, facilidade de

    montagem e desmontagem, preciso usar rolamentos separveis ou rolamentos com furo cnico e buchas de fixao oude desmontagem.

    Quando um rolamento no separvel usado como rolamento livre, extremamente necessrio que um dos seus anisesteja livre para o deslocamento axial durante toda a operao. Para que isso acontea, adotamos um ajuste deslizantepara o anel que suporta a carga fixa. Uma bucha intermediria endurecida na caixa costuma ser montada nas situaesem que o anel externo est sob carga fixa e o deslocamento axial ocorre no furo da caixa, como quando soempregadas, por exemplo, caixas de liga leve. Assim, o amassamento do assento da caixa em razo da dureza domaterial evitado. Caso isso no acontecesse, com o tempo, o deslocamento axial seria dificultado ou mesmo

    impossibilitado. Se forem utilizados rolamentos de rolos cilndricos ou de agulhas que possuem um anel sem flanges,ambos os anis do rolamento podem ser montados com interferncia, pois o deslocamento axial ocorre dentro dorolamento.

    Existem padres internacionais que normatizam as tolerncias para furo e dimetro externo de rolamentos. O sistema detolerncia ISO seleciona os intervalos de tolerncia adequados para os assentos de eixo e da caixa, para que, assimtenhamos um ajuste interferente ou deslizante para rolamentos de furo e dimetro externo cilndricos. Para aplicaes derolamentos preciso somente uma seleo limitada desses graus de tolerncia ISO. Veja na figura 2 a localizao dosgraus geralmente usados para dimetro externo e furo do rolamento.Rolamentos com furo cnico costumam ser montados diretamente sobre assentos cnicos do eixo ou em buchasranhuradas que possuem um cnico externo buchas de fixao ou de desmontagem. J as buchas so montadas emassentos cilndricos do eixo. Em casos assim, o deslocamento do anel interno sobre o assento cnico ou da bucha quedetermina o ajuste do anel interno e no a tolerncia selecionada para o eixo (como nos rolamentos de furo cilndrico).

    A reduo da folga interna deve ser objeto de muito cuidado. Nos casos em que buchas de fixao ou de desmontagemsegurarem os rolamentos, maiores tolerncias para o dimetro do assento da bucha so permitidas, ao mesmo tempoem que se reduzem as tolerncias para conicidade.

    As tabelas 72 e 74 trazem recomendaes adequadas de eixo e caixas baseadas nas orientaes gerais de seleo j

    descritas, e valem para eixos rgidos de ao e caixas de ao ou ferro fundido. A prtica mostra que, para uma grandevariedade de aplicaes e arranjo, essas recomendaes esto corretas. A tabela 74 tambm possui informaes sobreo deslocamento axial do anel externo, para que se possa verificar que a tolerncia escolhida a mais adequada pararolamentos no separveis utilizados como rolamentos livres.

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    O grau de interferncia ou de folga dados para uma variedade de ajustes para eixos e caixas no desenho ilustrativo:

    fig. 2

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    ajustes para eixos macios de ao

    cargas leves evariveis(P 140

    n6p6r6

    exigncias de altapreciso de giro c/

    cargas leves(P

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    tolerncias para eixos

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    tolerncias para eixos

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    tolerncias para eixos

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    tolerncias para eixos

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    tolerncias para eixos

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    tolerncias para eixos

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    ajustes para caixas de ao ou ferro fundido

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    ajustes para caixas de ao ou ferro fundido

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    tolerncias para caixas

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    tolerncias para caixas (cont.)

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    tolerncias para caixas (cont.)

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    tolerncias para caixas (cont.)

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    tolerncias para caixas (cont.)

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    tolerncias para caixas (cont.)

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    Preciso de forma e posio para assentos de rolam. em eixos e caixas

    classe de tolerncia dos rolamentos

    caracterstica smbolo p/ caracterst ica zona de tolerncia

    t1 IT5 / 2 IT4 / 2 IT3 / 2 IT2 / 2cilindricidade

    (ou desvio degiro radial total) (t3)

    t2 IT5 IT4 IT3 IT2retangularidade(ou desvio degiro axial total)

    (t4)

    necessidades

    normais

    necessidades

    especiaiscom

    relao

    precisode

    giroouapoio

    uniforme

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    A rugosidade superficial do assento no tem a mesma infl uncia no desempenho do rolamento que a precisodimensional, de forma e de giro. No entanto, um ajuste interferente muito mais preciso, quanto mais lisas forem assuperfcies de contato. Em arranjos de rolamentos menos crticos so permitidas rugosidades superficiais relativamentemaiores. Para arranjos de rolamentos de alta preciso, so encontrados na tabela 79 valores orientativos para arugosidade mdia superficial em , para diferentes precises dimensionais dos assentos do rolamento. Estes valoresso aplicados para assentos retificados, o que normalmente assumido para assentos em eixos. Nos assentos comusinagem fina, a rugosidade poder ter uma classe ou duas maiores.

    valores de orientao para rugosidade superficial de assentos de rolamentos

    - 80 1,6 (N7) 0,8 (N6) 0,4 (N5)

    80 500 1,6 (N7) 1,6 (N7) 0,8 (N6)

    500 1 250 3,2 (N8)1)

    1,6 (N7) 1,6 (N7)

    1) Quando for utilizado o mtodo de injeo de leo para montagem, o valorRa no deve exceder 1,6 m.

    Os componentes dos rolamentos como pistas, esferas, rolos e agulhas, devem ter uma dureza entre e ,principalmente para casos em que a solicitao de carga do rolamento for totalmente utilizada.

    Os alojamentos devem ser rgidos o suficiente para proporcionar firme suporte ao rolamento, com poucadeformao devido a cargas externas quanto maior a rigidez, maior a vantagem para os aspectos como: distribuio decarga e rudo do rolamento.

    O acabamento da superfcie de ajuste para as condies normais de uso, pode ser torneado ou aindamandrilhado todavia, em casos onde as condies de carga so excessivamente severas ou em aplicaes desolicitao rigorosa (considerando-se rudo e vibrao), o acabamento de retfica torna-se necessrio.