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Akademicos 45

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De regresso ao Rock in Rio04 e 05

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1354,de 24 de Junho de 2010 e não pode ser vendido separadamente.

Akadémicos45

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DeolindaGrupo Musical

“Vai-se aprendendo a estar no palco”

06 e 07

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música25 Junho, 21:30 Teatro José Lúcio da Silva, LeiriaEasyWayEasyWay. Este é o nome da banda lisboeta que se estreou nos palcos no ano de 2002. Nesse ano, a banda inicia uma di-gressão por Portugal ao lado dos Aside e dos espanhóis G.A.S Drummers. A carreira dos artistas conta também com uma extensa digressão pela Europa. Os EasyWay marcaram ainda presença em concertos onde estiveram por exemplo, os Offs-pring, uma referência da música punk rock estrangeira. Desta vez visitam Leiria, para apresentar o novo disco, amanhã, no Teatro José Lúcio da Silva.

27 Junho, 22:00Cine-Teatro de AlcobaçaTereza SalgueiroA cantora portuguesa ex-vocalista do grupo Madredeus actua no pró-ximo dia 27 de Junho no Cine-teatro de Alcobaça. Em palco juntam-se três importantes músicos para apresentar temas da mú-sica Portuguesa na voz in-confundível de Tereza Salgueiro. Na guitarra portuguesa está o Mestre António Chainho, e na viola Fernando Alvim.

festivalDe 2 a 4 de Julho Alto da Ajuda, LisboaFestival Delta TejoÉ no inicio de Julho que se rea-liza mais um Evento da Delta. O Festival Delta Tejo decorre no Alto da Ajuda, em Lisboa. Este ano, Carlinhos Brown, Nneka e Buraka Som Sistema tocam num “recinto melhorado” como anuncia a organização. A nigeriana radicada na Alemanha Nneka, o brasileiro Car-linhos Brown e os portugueses Buraka Som Sistema são os primeiros nomes confirmados do cartaz desta edição. Os bi-lhetes diários custam 25 euros e os passes de três dias esta-rão à venda por 40 euros.

dança27 Junho, 17:00C.Cultural e Congressos, Caldas da Rainha - Grande AuditórioEspectáculo de encerramento do ano lectivo da Gecely BalletO Estúdio de Danças Gecely está há 12 anos na Caldas da Rainha e realiza, pelo 2º ano consecutivo, o espectáculo de encerramento do ano lectivo 2009-2010 no Centro Cultural e Congressos das Caldas da Rainha. Em palco, e a mostrar que sabem dançar, estarão os alunos do estúdio nas modali-dades de clássico, contemporâneo e jazz.

02 JORNAL DE LEIRIA 24.06.2010

DORA MATOSUma agenda do mês

director:José Ribeiro [email protected]

director adjunto:João Nazá[email protected]

coordenadora de RedacçãoAlexandra [email protected]

coordenadora PedagógicaCatarina [email protected]

apoio à ediçãoAlexandre [email protected]

secretariado de RedacçãoDora Matos, Filipa Araújo

Redacção e colaboradoresAndreia Coutinho, André Mendonça, David Sineiro, Diana Almeida, Dora Matos, Duarte Santos, Filipa Araújo, Iolanda Silva, Joana Roque, Juliana Batista, Luciano Larrossa, Mariana Rodrigues, Sara Vieira, Tiago Figueiredo, Tiago Pedro

departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

maquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Presidente do instituto Politécnico de leiriaNuno [email protected]

director da esecsLuís Filipe [email protected]

directora do curso de comunicação sociale educação multimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

Vai lá, vai... Uma abordagem ao domínio dos festivais de música em Portugal, permite observar um sector caracterizado por um di-namismo crescente em relação a várias dimensões. Desde as décadas de oitenta e noventa, os festivais de música denotam não só uma proliferação notória de norte a sul do país como uma diversificação dos géneros musicais a que se dedicam. Os festivais são indubitavelmente um universo em expansão, não só no sentido da quantidade de eventos como na diversidade de géneros a que se dedicam. Assim, a par da música erudita, género dotado de maior longevidade neste domínio, assistimos nas últimas décadas ao surgimento de festivais dedicados ao jazz, ao rock, às músicas étnicas e outras. Algumas regiões do país são já hoje caracterizadas pela amplitude geográfica dos eventos que nelas têm lugar e pela especialização conseguida como marca distintiva dentro de cada estilo musical. Se há algum tempo participar num festival significava muitas vezes escutar vários estilos de música num mesmo evento, encontrar pessoas com diferentes preferências musicais que se juntavam e relacionavam imbuídos de um es-pírito de partilha e tolerância, hoje podemos encontrar eventos destinados a escutar os melhores do Mundo num determinado estilo específico. De Norte a Sul do país do Litoral ao Interior, proliferam festivais de pequena, média e grande dimensão. Uns mais co-nhecidos do que outros. Mas retirando em todos os factores dimensão, mediatismo, apoio tutelar ao grande evento, apoios

locais de interesse turístico e presença no “Found Raising” de grandes patrocinadores, as diferenças residem na identidade do estilo de música e do público-alvo, maioritariamente jovens dos 14 aos 17 anos, universitários e pós universitários. A época dos festivais em Portugal acontece na sua maioria no fim da Primavera e, principalmente do início do verão. Mar-cam o fim do ano lectivo e antecipam as férias de verão em família. Alguns destes festivais, em locais de potencial turístico, marcam gerações no contacto e partilha de experiências e no conhecimento de novas pessoas fora do contexto habitual. Por outro lado, contrapõem-se ao tempo dos nossos avós quando “invadiam” com a sua presença o baile da associação, da aldeia ou cidade vizinha onde se conhecia um par para dançar. Os festivais de verão aliam a sociabilização ao sentir partilhado de um espírito musical e palavra de ordem contida na letra daquela Música ou ídolo especial, consolidando, estabelecendo e propiciando o enraizar de uma identidade musical. Os festivais de música constituem, por isso, como referido por muitos, um importante factor de desenvolvimento humano social, cultural, mas também turístico e económico nos forma-tos mais mediáticos da indústria criativa.

abertura

sandrine milhanoDocente, Secção de Música ESECS IPL

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O desporto constitui uma das actividades mais prezadas no mundo contemporâneo, e até aí acho muito bem. Exercita o corpo e a mente, um pouco à semelhança do Redbull. Agora a minha intriga deriva de um desporto em particular, o futebol. Toda a gente gosta de ver uma boa partida de futebol, aliás, é, por alguma ra-zão, o desporto rei. Na modalidade, podemos assis-tir a uma indubitável combinação de espectáculo táctico com espectáculo artístico, e disso também não discordo. Mas, observando o futebol europeu, surge uma questão recorrente. O futebol é um desporto de es-pectáculo e, em termos de espectáculo, acho que é perfeitamente plausível que o possamos compa-rar ao circo, onde também parece reinar a arte e a técnica. Mas a comparação não passa daí. Senão vejamos: um futebolista de renome, tal como o ponta-de-lança do Barcelona Futebol Clube Zlatan Ibrahimovic, ganha cerca de 39 cêntimos por se-gundo, esteja a treinar ou não... Ora, um mês tem em regra 30 dias, cada dia tem 24 horas, cada hora tem 60 minutos, e cada minuto tem 60 segundos. Contas, contas, contas... façam-nas vocês. Quanto ganhará, por exemplo, um trapezista? Pois. Eu recordo constantemente a ideia que, por exemplo, os meus avós me transmitem expres-sa naquele velho discurso do “ah e tal, no meu tem-po era amor à camisola e um salário de jogador de futebol não dava sequer para a subsistência de um casal!”. Como é que o futebol, em cerca de três dé-cadas, tomou estas proporções? Pior, como é que as pessoas permitiram que tal acontecesse? Atenção, eu sou adepto de futebol, digo mais, eu sou adepto do Sport Lisboa e Benfica e sou comple-tamente apologista de que cada um de nós tenha o seu clube e de que este lhe possa permitir pequenos momentos de vibração no meio das suas vidas en-fadonhas. Agora, daí a um jogador - por “mais tra-pezista” que seja - ganhar num mês o que eu não vou conseguir amealhar em toda a minha vida... é algo que me perturba um pouco. Tantos países em crise, tantas crianças a deses-perar por uma fatia de pão e esses praticantes de futebol com tanto dinheiro parado no banco. Se dessem a vida pelo país, ainda conseguiria TEN-TAR entender. Com isto não estou a menosprezar os jogadores, pois se me oferecessem tal quantia, também não era parvo de recusar. A iniciativa deveria partir de quem oferece… Mas é esta a realidade, resta-me apenas mol-dar a ela sem contestar os porquês das coisas, porque é assim que nós somos, adquirimos tudo como um facto sem questionar as suas origens, o que a muitos traz a felicidade. Enfim, sou uma pessoa triste!

Piratautomático participa em festival de teatro académico

Foi apresentado na Escola Su-perior de Educação e Ciências So-ciais, no passado dia 15 de Junho, o espectáculo Oito menos Um. Or-ganizado pelos alunos do 2º ano do curso de Animação Cultural com o apoio da docente Clara Leão, Oito menos Um surgiu no âmbito da Unidade Curricular de Opção, vertente de Dança, tendo como objectivo colocar os alunos em contacto com a área do es-pectáculo e produção, uma das

vertentes que o Animador Cul-tural pode seguir, finalizado o seu curso. No processo de produ-ção do espectáculo, a turma foi dividida em cinco grupos: Som/Luz, Comunicação/Divulgação, Cenários/Figurinos, Coreografia e Produção. Os sete pecados capitais: Ava-reza, Ira, Gula, Inveja, Vaidade, Luxúria e Preguiça, que justifi-cando o título, seriam inicial-mente oito, foi o tema escolhido

para o espectáculo. Protagonis-tas de inúmeras obras, os sete pecados mortais foram, desta vez, apresentados sob a forma de dança e expressão corporal. À performance assistiram pais, alunos e professores, durante trinta e cinco minutos repletos de nervosismo mas também muita satisfação por parte dos participantes e organizadores que afirmam ter gostado muito da experiência.

03JORNAL DE LEIRIA 24.06.2010

Está a dar

Oito menos Um

iOlanda silva

alunos de animação cultural revisitam pecados capitais

No dia 8 e 9 de Maio, o Pira-tautomático, grupo de teatro da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, participou na 11ª edição do FATAL - Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa – interpretando uma peça e uma performance da autoria de Simão Vieira, responsável e encenador do grupo. No dia 8 de Maio o grupo apre-sentou à porta do Teatro da Co-muna a performance “Planta uma República”, trabalho que deu ao público presente uma visão acer-ca da implantação da República em Portugal. Já no dia 9, o grupo subiu ao palco do Teatro da Comuna onde interpretou a peça “Técnica/A

Perfeição do Outro Mundo”, que surgiu através da combinação das duas peças de Simão Vieira “Técnica” e “a Perfeição do Outro Mundo”. Segundo o autor, esta ac-tuação “foca-se no próprio teatro, sendo uma reflexão dramaturga” que explora a condição do especta-dor como personagem e do teatro como “habitat dessa personagem”. Para o dramaturgo esta peça “aca-ba por nos dar uma visão mais completa do teatro”. Apesar de não terem arreca-dado nenhum prémio no festival, Simão Vieira considera a partici-pação do grupo Leiriense positiva, referindo que dado o elevado nú-mero de candidaturas de “grupos de teatro já com grande notorieda-

de”, o facto de terem sido seleccio-nados “já é importante e pode ser considerado uma vitória”. Simão Vieira destaca ainda o facto de as actuações terem sido muito bem recebidas pelo público, agradecen-do o apoio que o Piratautomático tem tido por parte da Associação de Estudantes da ESECS e da Fede-ração Académica de Leiria. No dia 20 de Maio, o grupo voltou a subir ao palco no Te-atro Miguel Franco em Leiria, para participar no Festival de Teatro Juvenil onde exibiu uma vez mais a peça “Técnica/A Per-feição do Outro Mundo” com cenas apresentadas no FATAL e algumas cenas novas introdu-zidas pelo encenador.

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Futebolionário

Ká entre nós tiaGO fiGUeiRedO

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04 JORNAL DE LEIRIA 24.06.2010

Está a dar

As portas abriam às 17 horas e o tempo esperado pe-los fãs para assistirem aos concertos das suas bandas preferidas, muitas vezes as úl-timas a entrar em palco, era quase sempre ocupado pelas atracções que algumas das maiores empresas nacionais, em campanhas de Marketing direccionadas quase sempre para o Rock, montaram no Recinto da Bela Vista, duran-te os cinco dias do evento. As filas, enormes, chegavam a ter centenas de metros. A espera era muitas vezes recompen-sada com um simples chapéu de palha, uns óculos de sol em formato guitarra, um sofá ou uma guitarra insufláveis.

Encontrámos na cidade do Rock jovens estudantes que,

motivados pela partilha de experiências, desenvolvimen-to do currículo ou pela busca de um rendimento extra, se envolveram na dinamização de algumas destas iniciativas, que ocuparam o tempo e as mochilas dos ‘caçadores’ de brindes.

Trabalho e diversãoJosé Miguel Almeida, na-

tural das Caldas da Rainha, mas a estudar em Lisboa há quatro anos, desempenhou durante o Rock in Rio o papel de supervisor de um conheci-do portal de serviços de Inter-net de banda larga. O aluno ,finalista da licenciatura em Ciências da Comunicação, tem optado ao longo do cur-so por realizar estágios cur-

riculares para complementar a sua formação académica. Um estágio de 3 meses, não renumerado, na Portugal Te-lecom deu-lhe a oportunidade de trabalhar durante os cin-co dias do evento. Apesar de trabalhar desde a abertura das portas até à meia-noite, hora em que encerravam os ditos passatempos, não hesita quando questionado sobre a forma como conseguiu con-ciliar trabalho e lazer: “O fes-tival permite que consigamos ficar depois do final do horário de trabalho a divertir-nos”. Não ficou todos os dias, devi-do ao cansaço, mas também não se arrepende, pois diz não apreciar “o cartaz nem o âm-bito, demasiado urbano, em que o festival está inserido”,

explica. No entanto, garante que a experiência foi enrique-cedora, não tendo aspectos negativos a apontar. “O mais positivo foi ter estado ao lado do cliente no contacto com a agência e o aprender a ter de tomar decisões rápidas e no terreno”, refere o estudante de 23 anos. José Miguel Almeida era então o responsável pelos inúmeros chapéus de palha que se passeavam nas cabeças dos transeuntes que se deslo-caram ao Rock in Rio.

A oportunidade de brilhar num palco, no parque da Bela Vista, à semelhança dos gran-des nomes do rock e pop que passaram pelo Palco Mundo, era proporcionada por um dos bancos patrocinadores oficiais do evento. Com um enorme

Para além do cartaz, o parque da Bela Vista ofereceu, a quem lá passou,

um sem número de atracções, muitas vezes dinamizadas

por jovens em busca de trabalho, diversão

e enriquecimento pessoal

O lado B da Bela vistafestival fora do palco

teXtO: andRé mendOnçafOtOs: saRa vieiRa

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05JORNAL DE LEIRIA 24.06.2010

camião estacionado, bem de fren-te para o Palco Principal do RiR, o karaoke era o mote para o diver-timento de miúdos e graúdos. Do outro lado, havia a possibilidade de tirar fotografias com alguns dos grandes nomes da música Mundial. Apesar de serem apenas sósias, (algumas quase perfeitas), Madonna, Prince, Kylie Minogue e Bono Vox estiveram em “carne e osso” a fotografar, num simula-do camarim, junto dos fãs. André Valente, equipado a rigor com as cores da empresa, era um dos colaboradores a controlar as filas que se acumulavam para cum-prir o “sonho antigo” de fotogra-far junto dos seus ídolos. Aos 21 anos, e a completar o 3º ano do curso profissional de Publicidade, Marketing e Relações Públicas em Lisboa, aceitou este trabalho oferecido por uma agência que habitualmente lhe disponibili-za oportunidades de trabalhos temporários “fáceis, bem pagos e divertidos”, esclarece. Desta vez, os cinco dias renderam-lhe

300 Euros, “que ajudam a pagar os estudos e ainda sobra algum”. Acha que qualquer tipo de traba-lho é um instrumento importan-te para o seu currículo, mas este deu-lhe especial gozo por ter tido oportunidade “para fazer novas amizades.” Os cinco dias passa-ram a correr e considera-se satis-feito por ter tido a oportunidade de ainda se divertir durante e de-pois do horário de trabalho, num festival de que diz gostar “bastan-te”, e onde iria a pagar, “se fosse preciso”.

Outras acções e campanhas de marketing de marcas bem co-nhecidas contaram ainda com a presença de alguns famosos da praça. Nilton, conhecido humo-rista, José Pedro Gomes, actor, que, entre outros trabalhos, fi-cou conhecido por contracenar com António Feio na “Conversa da Treta” ou o também humo-rista e imitador Luis Franco-Bastos, emprestaram a imagem à dinamização de passatempos para todos os gostos, animando

o público que passou pelo Rock in Rio 2010.

Aposta no voluntariadoA própria organização do

Festival procurou voluntários para as áreas de Acreditação, Projecto Social, Gestão de Pú-blico, Assessoria de Imprensa e apoio aos espaços de entreteni-mento da Cidade do Rock: Pal-co Mundo, Sunset Rock in Rio, Electrónica, Espaço Fashion, Espaço Radical, Espaço Kids e Área VIP. Foram 450 os selec-cionados, de entre 5722 inscri-ções. Como compensação do tra-balho desenvolvido, receberam uma t-shirt diária do projecto de voluntariado, um certificado de participação, uma credencial para entrada no evento, um se-guro de acidentes pessoais, uma lunch box por turno e uma ajuda no custo de transporte, no valor de 2 euros por dia… para além da possibilidade de partilha de experiências e do contacto com novas pessoas.

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Kapas

Kings Of Convenience são uma dupla noruegue-sa oriunda da cidade de Bergen, a segunda maior cidade do país, conhecida por viver muito das artes e da música. O grupo explora géneros como folk-pop indie em modo acústico e é constituído por Erlend Øye e Eirik Glambæk Bøe. Conheceram-se aos 11 anos e aos 16 já tinham formado uma banda chamada Skog na qual lançaram um LP. Cantavam as suas músicas em norueguês, razão pela qual não tive-ram muito sucesso e apostaram na reestruturação que deu origem à dupla hoje conhecida. Sempre com a sua sonoridade típica e acompa-nhados de duas guitarras acústicas, os dois mú-sicos trazem-nos sons cheios de alma. As faixas são todas compostas e interpretadas por estes dois noruegueses. A intenção dos seus temas é reduzir a instrumentação à sua expressão mais simples, mas não é por recorrerem a esta simplicidade que descuram de outros estilos musicais como a elec-trónica. Em Londres, em 2003, lançam o seu primeiro álbum, Quiet Is The New Loud, remetendo-nos para a sonoridade do bossa-nova. Em Março do ano se-guinte surge Versus, um CD de remisturas das fai-xas do primeiro trabalho que contou com partici-pações como Röyksopp, Andy Votel, Alfie, Four Tet e Ladytron. Em Junho do mesmo ano lançam Riot On An Empty Street. O clip I’d Rather Dance With you, o segundo single, chegou ao topo da MTV eu-ropeia como melhor clip. Após uma pausa de cinco anos, Kings of Con-venience regressam com Declaration of Dependence, um trabalho repleto de melancolia que nos traz temas relacionados com experiências e relaciona-mentos, transmitindo assim a paz e serenidade de Bergen, onde cresceram. O primeiro single é Boat Behind e o segundo Mrs. Cold. Kings of Convenience passaram pelo Theatro Circo em Braga e pelo Coliseu de Lisboa no ano passado para apresentarem o seu último álbum, encantando o público presente. Recomenda-se.

Kings Of ConvenienceDeclaration of Dependence (2009)

diana almeida

Está a dar

DR

O futuroO Rock in Rio nasceu da vontade de Roberto Medina em promover a alegria e a fraternidade do povo brasileiro. A primeira edição realizou-se em 1980, com um espectáculo de Frank Sinatra, no Estádio do Maracanã, que atraiu 144 mil es-pectadores, o maior número de pessoas reunidas até então no concerto de um único artista em solo brasileiro. Em 2004, o Rock in Rio-Lisboa reuniu 386 mil pessoas, pela primeira vez em Lisboa. Depois de dez edições realizadas até ago-ra - quatro no Brasil, quatro em Lisboa e duas em Madrid - o evento reuniu mais de 4 milhões

de pessoas, tendo sido transmitido para mais de mil milhões de telespectadores em 70 países. Até 2013 o Rock in Rio pretende expandir-se para outros países, além dos três habituais. Mas em 2014 está a ser preparado o maior desafio de todos: realizar o Rock in Rio em três países si-multaneamente. Pretende-se, assim, criar um impacto na comunicação global. Segundo o site oficial, a organização pretende que “o Rock in Rio seja uma das principais marcas de referência da música, do entretenimento mundial e do apoio à construção de um mundo melhor”.

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“somos teimosos, pela saudável loucura de achar que é possível”

Como surgiu o projecto De-olinda?

Pedro da Silva Martins: Surgiu com a vontade de nos juntarmos. Já nos conhecía-mos porque somos família. To-dos tínhamos bandas na área da música, a Ana e o Zé esta-vam no Lupanar e eu e o Luís estávamos nos Bicho de 7 Cabe-ças e queríamos fazer alguma coisa juntos. No início, sem grande preocupação. O pretex-to surgiu com três ou quatro músicas que eu fiz a pensar na voz da Ana e um dia, num fim-de-semana, juntámo-nos e eu mostrei-lhes as canções. Can-támos e decidimos que havia ali uma química interessante.

É fácil conviver na banda sendo todos “família”?

José Pedro Leitão: Eu acho que talvez facilite. Nós já tínha-mos trabalhado noutras ban-das com pessoas que conhecí-amos musicalmente, mas não pessoalmente. Depois, o que vamos conhecendo das pesso-as poderá ajudar ou não a for-talecer as relações musicais. Já

nos conhecíamos como famí-lia, acho que só ajuda. É uma alegria andar na estrada com a família! É mais fácil.

Como foi sair do grupo Lupanar, do qual foi membro fundador e começar com De-olinda?

Ana Bacalhau: Não foi logo uma saída… Quando começá-mos os Deolinda ainda existia o Lupanar, era um percurso paralelo. O Lupanar terminou em 2006 e depois continu-ámos com a Deolinda. Acho que Lupanar foi um laborató-rio de muitas coisas, tal como o Bicho de 7 Cabeças foi para o Pedro e o Luís. Lá aprendemos o que não fazer, como fazer, como fazer melhor, ou seja, como estar num palco. Vai-se aprendendo a estar no palco, vai-se aprendendo a saber, por exemplo, que som é que quere-mos ouvir, o que é importante para darmos um bom concer-to, como o palco tem de estar minimamente decorado para representar a banda… Tem de se perceber que eu, enquanto

cantora, sou a primeira pessoa a estar exposta em relação ao palco, em relação às pessoas. Mediaticamente, também há uma exposição um bocadinho maior, portanto, eu tenho de representar bem o espírito da banda, saber cativar o públi-co, saber falar… E aprendi tudo isso com o Lupanar. Aprende-mos todos com as nossas pri-meiras bandas. Musicalmente falando, o Lupanar e o Bicho de 7 Cabeças foram laboratórios daquilo que depois nós viemos a fazer com os Deolinda.

Porquê esta paixão pela música tradicional portu-guesa?

Luís José Martins: Nós já trabalhávamos no universo da canção em português. A Ana e o Zé nos Lupanar numa forma um pouco mais ligada ao rock e alguma música experimental, e eu e o Pedro mais ligados à música tradicional. Tínhamos vontade de continuar a fazer um trabalho ligado à canção portuguesa. As nossas influ-ências também passavam um

pouco por aí. Só fazia sentido um trabalho conjunto se fosse com esses parâmetros.

Pensam gravar algum ál-bum ou alguma faixa noutra língua?

Ana: Tudo tem a ver com a coerência, com o que a ocasião pedir. Naturalmente que só por nós não, mas se surgir uma relação interessante com um músico de que gostemos muito, pode acontecer. Tudo tem a ver com coisas que não são pensa-das, portanto, estamos abertos a isso. Não podemos é trair os Deolinda. Tem de haver uma coerência. Agora vamos can-tar em espanhol para entrar na América Latina, agora vamos cantar em inglês para entrar nos Estados Unidos?... Não faz muito sentido.

Pedro: Por acaso cantamos em espanhol neste álbum! Em Espanhol, não! Em portunhol!

Quais as vossas influências musicais?

Pedro: São muitas. As mais variadas… eu ouço tudo, desde

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Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

deolinda, Grupo Musical

Com quatro anos, duas guitarras, um contrabai-xo e a voz de Ana Baca-

lhau, os Deolinda con-quistam o público com a sua música inspirada no fado, na música popular portuguesa e em World Music. Da banda fazem parte os guitarristas e

irmãos Luís José Martins e Pedro da Silva Martins,

este último também autor das músicas do

grupo, e primos de Ana Bacalhau, casada com o contrabaixista José

Pedro Leitão. Um projecto em família.

teXtO: andReia cOUtinhO, dUaRte santOs e JUliana BatistafOtOs: dUaRte santOs

KURtas

Uma músicaA nossa!Um lugar de inspiraçãoPortugal.Um artistaEm vez de um artista, se calhar a Música PortuguesaUm álbumUm álbum de fotografias.Um festivalSudoeste (foram os dois essenciais para a nossa carreira!)Um sonhoDaqueles que se comem?! (Risos)… Continuar na música.Um cdAcho que a Deolinda ainda não têm Cd s, têm discos de vinil. A Grafonola da Deolinda.

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pop, rock, música tradicional entre outros estilos.

Ana: A música que se faz não é só uma música que se ouve. Para se fazer aquela mú-sica tem de se ouvir tudo.

Luís: Nós tentamos servir a música com o que é mais im-portante.

Ana: Mas é óbvio que as outras vozes que já ouvimos, naturalmente, vão passando também para as nossas mú-sicas.

Porquê Deolinda e não Maria?

Ana: Hum… Maria também era um bom nome, se calhar um bocadinho mais casto. Mas é um nome que tem sobretudo que ver com a personalidade das nossas canções. E Deolinda representa melhor a personali-dade das canções do que Maria. A Maria vestia de preto! Não servia…

Sabendo que todos têm ex-periências musicais em jazz, música clássica, música étni-ca e tradicional, porque não a incursão de outros instrumen-tos, como saxofone, bateria?

Luís: O saxofone não tinha nada a ver e a bateria também não.

José: Acho que as canções que temos são mesmo próprias para os instrumentos que to-dos tocamos. No futuro, se estivermos a trabalhar em al-gumas canções que peçam, e que nós achemos pertinente, podemos alterar isso.

Luís: O que nos surpreen-de é que com os instrumen-tos que temos, duas guitarras clássicas, um contrabaixo e voz, conseguimos pisar palcos que ao início julgámos com-pletamente inacessíveis, como grandes festivais de verão e fes-tas em palcos gigantescos.

José: Como músicos é um desafio para nós, com tão pou-cos instrumentos, encher uma

sala. Enquanto isso continuar a ser um desafio, e enquanto não nos repetirmos, faz senti-do que assim seja.

Conseguem viver apenas da música?

Ana: Neste momento sim!Luís: Tínhamos outros

trabalhos que entretanto dei-xámos.

José: Sim, no início do ano passado fomos abandonando.

Consideram o segundo ál-bum um aprumar do primei-ro? O que traz este álbum de novo?

Ana: Sim, um consolidar do som de Deolinda.

Luís: Resolvemos fazer um som mais elaborado. Conse-guimos trabalhar melhor as canções, com melhores arran-jos. O próprio som do grupo também está mais evoluído. Conseguimos passar para os dedos mais facilmente, o que imaginamos na nossa cabeça.

Qual é que teve mais acei-tação?

Ana: Ainda é recente.Pedro: Neste também já

tínhamos mais visibilidade. O outro foi uma luta e foi cres-cendo, ainda continua no top e isso surpreende-nos passados dois anos.

É difícil singrar no merca-do nacional com música por-tuguesa?

Ana: É difícil viver só da música, requer algum tra-balho e alguma sorte, mas principalmente trabalho, de-dicação e capacidade de fazer alguns sacrifícios pessoais e musicais. Todos sabemos que é complicado, e neste momen-to a indústria discográfica so-freu um grande abalo, nome-adamente as editoras. Quem está a começar, obviamente que se pode socorrer da inter-net, nomeadamente do Mys-

pice, do Youtube e do Twiter para promover os trabalhos, mas depois falta passar para o grande público. A internet não chega a grandes camadas do público. Chega a um pú-blico mais jovem, mais infor-mado. A internet não confere uma certa visibilidade, uma seriedade. É difícil uma ban-da rodear-se depois de uma estrutura que sirva a músi-ca, nomeadamente editoras, managers, agentes sérios e que estejam seriamente a tra-balhar a banda, a avançar para a frente com um plano. Quando tudo isso se conjuga, há sucesso. Não há fórmulas. É ter a gente certa e trabalhar o projecto, toda a gente para o mesmo caminho e as coisas vão evoluindo.

Pedro: E acreditar no tra-balho que têm!

Pedro: E defendê-lo sem-pre.

Luís: É a questão dos sacrifí-cios que a Ana estava a referir. Se é preciso dar um passo, tem de ser um passo em conjunto. E às vezes, pode não dar jeito a alguém, mas tem de se fazer.

Ana: Temos de sacrificar aquilo que achamos ou a nos-sa própria vida pessoal para um bem maior. Se olharmos para a frente, veremos que as coisas só serão melhores se agora nos dermos todos bem. Isto parece fácil mas é muito difícil de conseguir.

Como tem sido a reacção das rádios?

Luís: No início do nosso pri-meiro disco, começámos sem rádio.

José: A Antena 3 deu um belo apoio.

Ana: Sentimos logo a di-ferença quando as rádios co-meçaram a passar as nossas músicas. Mas ainda não ouvi o este segundo single na rádio…

Pedro: Quando estávamos a ensaiar, pensámos que di-

ficilmente passaríamos num determinado tipo de rádios, mas depois conseguimos. Mas ainda estamos a conquistar a rádio.

Ana: Há rádios onde ainda não passámos, mas nós somos teimosos. Somos teimosos, pela saudável loucura de achar que é possível. Nós vamos ten-tando… Não é do género “Ah! isto é muito difícil, não vamos tentar” Não! Nós tentamos. Só porque somos tortos!

Como é que foi a primeira digressão europeia? Já estão a pensar numa segunda?

Luís: Sim. O disco vai sair lá fora no final de Setembro e vamos começar com uma tournée nos Estados Unidos da América e no Canadá. Depois vamos para a Europa, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Fin-lândia, Suécia, Noruega, Dina-marca… Entretanto, durante o verão, também vamos a Itá-lia, à Bulgária, à Grécia. Para a semana vamos a Marrocos. Felizmente não faltam espec-táculos.

O vosso segundo álbum Dois Selos e Um Carimbo en-trou directamente para o top de vendas português, como é que os Deolinda convivem com a fama?

Ana: Muito bem porque ela não nos afecta. Na rua, poucas vezes somos reconhe-

cidos, o pessoal da nossa ida-de e mais novos conhecem-nos mas, de um modo geral, passamos muito desperce-bidos. Eu acho que é preciso um nível de exposição medi-ática muito grande e muita televisão para haver um re-conhecimento imediato das pessoas. Mas o que interessa é reconhecerem as músicas, não a nós.

E quanto a projectos futu-ros?

José: Agora o nosso pro-jecto é trazer para a estrada as nossas canções.

Luís: Sem pressa. Tam-bém não tivemos pressas nes-te disco e as músicas foram surgindo. Vamos esperar que as canções de um próximo trabalho surjam.

Quando criam as vossas músicas, procuram que estas tenham também um carác-ter interventivo?

Luís: Que façam sentido num contexto actual.

Ana: E de certa forma são o reflexo da nossa personali-dade.

Luís: Todas as canções são interventivas desde que tenham algo para dizer.

Se a vossa música pudesse mudar o mundo, o que que-riam ver alterado?

José: Há muitas coisas que gostaríamos de ver mudado.

Luís: Se formos a ver a lista é infindável!

José: Por sermos um gru-po de pessoas criativo, acho que ficaríamos aqui até ama-nhã…

Ana: Qualquer pessoa que tenha um pendor para qual-quer tipo de arte, terá um pen-dor para todas as artes. Acho que pessoas com sensibilidade para as artes, com certeza, em conjunto, melhorarão este mundo.

Como músicos é um desafio para nós, com tão poucos instrumentos, encher uma sala

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A Fechar

filiPa aRaúJO

torneio do atlântico junta madeirenses e açorianos

Estão abertas as inscrições para o prémio europeu de jornalismo 2010. Podem concorrer jornalistas ou estu-dantes de jornalismo, nas categorias de jornalismo impresso ou online. Para participar, é necessário que tenham fei-to artigos sobre a temática da discrimi-nação, entre 1 de Setembro de 2009 e 17 de Setembro de 2010. O prémio faz parte da campanha de consciencializa-ção da União Europeia: Pela Diversidade, contra a Discriminação, que decorre em todos os 27 Estados-Membros. Os três primeiros classificados receberão como

prémios 5000, 3500 e 2500 euros, res-pectivamente. Esta campanha tem por objectivo sensibilizar as pessoas para a discriminação e legislação que existe para a combater, promovendo os be-nefícios da diversidade. Está disponí-vel online o formulário de candidatura necessário à participação. O prazo de inscrição termina a 17 de Setembro de 2010. A campanha é financiada atra-vés do Progress, o programa da UE para o emprego e a solidariedade social. Mais informações em http://journalistaward.stop-discrimination.info

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útil O MBNet é um serviço grátis disponibilizado por todos os bancos portugue-ses e a que é possível aderir através de qualquer caixa multibanco, através dele, é possível um utilizador criar vários cartões de crédito vir-tuais que só o seu banco sabe a que conta estão ligados. Estes cartões são indicados para compras online não só por evitarem a divulgação do verdadeiro cartão, mas porque todos têm um limite de saldo, funcionando ape-nas uma vez, e evitando a possibilidade de fraudes. O serviço também pode ser usado por detentores de car-tão exclusivamente de débito sem qualquer problema.

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agradável DeviantART. O único site obrigatório para qualquer pessoa com uma veia artís-tica, ou simplesmente para curiosos. Desde o desenho digital ao desenho tradicio-nal, passando pela fotografia, maquilhagem, animação ou escultura. DeviantART é o site onde o utilizador pode expor quantidades ilimitadas de exemplares do seu trabalho, tudo isto a custo zero. Apren-der com os verdadeiros pro-fissionais e receber críticas nunca foi tão fácil. www.deviantart.com

Últimas

exposição de pinturaAté ao próximo dia 26 de Junho decorre na Biblioteca José Sara-mago (Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão) uma exposição de pintura com o nome Cidades de Água da ar-tista Dulce Bernardes. Encontra-se aberta ao público das 9:00 às 23:30 e aos sábados das 10:00 às 14:00. erasmus para Jovens empresáriosA mobilidade Eras-mus tem uma nova vertente destinada a jovens empresários. O objectivo desta acção é estimular o empreendorismo, a internacionalização, e a competição entre os possíveis criadores de empresas ou dos empresários de micro e pequenas empresas re-centemente criadas na União Europeia (UE). O s alunos interessados deverão apresentar a sua candidatura à Co-missão até ao dia 28 de Junho de 2010. Mais informações em www.ipleiria.pt

cursos de verão em itáliaA nova Summer School de língua e cultura italiana na Universi-dade de Macerata, em Itália, realiza-se de 5 a 30 de Julho com a possibilidade de esta-dia de estudo de duas ou quatro semanas. Para além de um curso intensivo de língua e cultura, os estudantes poderão optar entre dois ramos temáticos de aprofundamento. Um sobre a história da arte e da música italiana e o outro sobre turismo. Para mais informações visite o site oficial da escola em www.unimc.it/cri/ilsu/

david sineiRO

Prémio europeu

Jornalismo contra a discriminação

JUliana Batista

DR

Foram cerca de 24 os estudantes que par-ticiparam no ‘IV Torneio do Atlântico’ dos MAMA (Magna Associação de Madeirenses e Açorianos). A iniciativa, realizada de 5 a 6 de Junho, reuniu apenas alunos provenien-tes do arquipélago dos Açores e da Madeira, numa tentativa de “juntar todos os estudan-tes que não são do continente”, revelou ao Akadémicos Marco Gamelas, organizador do projecto. O primeiro dia ficou reservado para o voleibol e basquetebol, com ambas as activi-dades a aconteceram no pavilhão da ESECS, enquanto no último dia o futebol foi o único desporto praticado, tendo sido o campo de futebol das residências do IPL o local esco-

lhido. “Tivemos mais pessoas no primeiro dia, pois muitas vezes as meninas não vêm porque é futebol”, sublinhou o também es-tudante da ESTG. O número de participantes neste evento tem aumentado de edição para edição, apesar da pouca divulgação do mes-mo. Segundo Marco Gamelas,”o Facebook foi a única forma de divulgação, mas pensamos que de ainda assim foi bastante efectiva”, su-blinhando ainda o facto de o balanço final ter sido claramente “positivo”. “É uma forma de nos juntarmos (madeirenses e açorianos), tal-vez compensando o facto de não podermos ir para casa ao fim-de-semana como os alunos do continente”, finalizou. De realçar que o tor-neio contou com o patrocínio da Red Bull.

lUcianO laRROssa