AKADÉMICOS

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#34 Jornal, mensal, produzido essencialmente por estudantes do curso de Comunicação Social e Educação Multimédia (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais - Instituto Politécnico de Leiria)

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Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1289,de 26 de Março de 2009 e não pode ser vendido separadamente.

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“O jornalismo não vai ser o mesmo que era no passado.”

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Está aí mais um FITEC — Fórum de Inovação, Tecnologia, Formação e Emprego e, sobretudo, a aproximação de um período que será, para muitos, de importante defi nição de percursos. Para os que procuram ter um papel activo na construção da sua identidade profi ssional esta é uma de muitas oportunidades de recolher informação. Mais do que a procura ou descoberta de uma vocação profi ssional - conceito que é hoje amplamente contestado no meio académico, mas que está ainda bem presente nos espíritos inquietos dos estudan-tes e respectivas famílias – trata-se de um processo de construção identitária. Na verdade, o modelo da descoberta pressupõe que cada um de nós esteja vocacionado, à partida e de forma estável, para uma profi ssão. Daí à expectativa que o Psicólogo da escola, mediante “pas-ses mágicos”, entregue a chave de um destino que se está disposto a aceitar, vai um passo! Em alternativa, as teorias mais recentes do desenvolvimento e da decisão vocacionais apontam para um processo de elaboração e re-alização de um projecto vocacional por parte do indivíduo. Isso, pres-supõe já a exploração de diferentes saídas, o investimento na recolha da informação, a escolha e o risco. Daí, a importância do que alguns autores designam como a educação para escolha, isto é, um modelo de

educação assente na responsabilização, passível de formar indivíduos conscientes das suas capacidades e aptos a analisar e problematizar as possibilidades que o meio lhes oferece. Nesta perspectiva, o conhecimento do “mercado” educativo e do universo profi ssional são ingredientes sem os quais a construção de uma identidade profi ssional se arrisca a sair frustrada. Mas, porque tal se insere num processo mais vasto, que é afi nal o da construção de uma identidade pessoal e social, não podemos esquecer a importância de uma educação intercultural. É que uma das condições essenciais à escolha, parece ser a da percepção da variedade de alternativas, de objectivos, de valores e de crenças, nos mais variados domínios, bem como o consequente comportamento refl exivo face a essas possibilida-des. Nesse sentido, a construção identitária terá de contemplar múltiplas perspectivas sobre o mundo, exigindo a exposição das crianças, dos adolescentes e dos jovens à diversidade social e étnica, às diferentes ideologias políticas e religiosas e, naturalmente, aos diferentes universos profi ssionais. Sem tudo isto, a escolha parece-nos tão limitada quanto próxima da sujeição.

MÚSICA

3, 4 e 5 de Abril, 21:30XII Real FestaComo manda a tradição desde 1997, a Tuna Acanénica, tuna mista da Esecs, está de volta com o Real Festa, Festival de Tunas Académicas, na cidade de Leiria. Os espectáculos aliam boa música, boa disposição e muita diversão e o tema escolhido para este ano foi “A Noite”. O elenco conta com para além da tuna anfi triã (Tum’Acanénica), o elenco conta com a presença da TAISCTE (Lisboa), EnfTuna (Portalegre), Instituna (Leiria), K&Batuna (Coimbra) e Estatuna (Abrantes). Espectáculo no Teatro José Lúcio da Silva.

25 de Abril, 21:30UHFOs UHF, banda que está entre as principais causadoras do “boom” do rock português, vão estar em Leiria. A banda de António Manuel Ribeiro conta com uma carreira de mais de duas décadas e é a responsável por êxitos como Rua do Carmo, Cavalos de Corrida ou Matas-me com o Teu Olhar, o seu mais recente êxito. No Teatro José Lúcio da Silva.

CINEMA

De 29 a 1 de Abril, 21:3029 de Março, 15:30; 1 de Abril, 18:30Teatro Miguel FrancoFrost/NixonApós vários anos remetido ao silêncio, Ri-chard Nixon, ex-Presidente dos EUA, que se destituí do cargo na sequência do caso Watergate, ressurge a falar ao mundo. David Frost, apresentador de talk-shows, de fraca reputação, decide entrevistar o homem que cometeu o considerado pior crime da história americana. Nixon e Frost agarram-se assim com “unhas e dentes” à contenda que os per-mitiria provar as suas reputações, e que levou Nixon a confessar e fazer declarações inéditas que surpreenderam o mundo. DANÇA

28 de Março, 21:30Amar a TerraInspirado nas necessidades urgentes do planeta, Amar a Terra, da Kamu Suna Ballet Company, apresenta-se como um espectáculo enriquecido com imagens digitais, com o objectivo de criar uma atmosfera onírica, poética, cientifi ca e mística, assente no desejo de manter “vivo“ o planeta. Conjuga dança e música ao vivo (ópera e rock), que se funde nos corpos dos intérpretes pretendendo sensibilizar as pessoas a recuperar a harmonia com a natureza e o meio ambiente. No Teatro Miguel Franco.

02 JORNAL DE LEIRIA 26.03.2009

Abertura

Susana FariaDocente ESECS/IPL

NADIR SILVAUma agenda do mês

Director:José Ribeiro [email protected]

Director Adjunto:João Nazá[email protected]

Coordenadora de RedacçãoAlexandra [email protected]

Coordenadora PedagógicaCatarina [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Secretariado de RedacçãoAndré Mendonça, Sara Vieira

Redacção e colaboradoresAna Catarina Arsénio, Andreia Antunes, Ânia Neves, André Mendonça, Dora Matos, Élio Salsinha, Inês Lopes, Iolanda Silva, João Marques, Luís Almeida, Marcelo Pereira, Mónica Carvalho, Nadir Silva, Nídia Menino, Patrícia Pereira, Sara Madeira, Sara Vieira, Tânia Marques, Tiago Gomes Departamento Gráfi coJorlis - Edições e Publicações, ldaIsilda [email protected]

MaquetizaçãoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaLuciano de [email protected]

Presidente do Conselho Directivo da ESECSJosé Manuel [email protected]

Directora do Curso de Comunicação Sociale Educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

[email protected]

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Irá decorrer, de 4 a 7 de Maio, na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha a 4ª edição do FIRST. Este encontro internacional das artes da animação tem como objectivo divulgar tra-balhos nacionais e interna-cionais de alunos envolvidos na área. Para além de concurso, o FIRST pretende também pro-porcionar uma interacção entre alunos e profi ssionais como estímulo a novos con-ceitos associados ao conceito

“animação”. Bruno Carni-de, aluno do 1º ano de Som e Imagem afi rma que “o FIRST além de ser um desafi o é uma oportunidade de expor o tra-balho dos alunos a nível inter-nacional, o que o torna mui-to gratifi cante”. O aluno da ESAD.CR declara ainda: “para a participação no festival po-demos contar com o apoio dos professores e do IPL”. Por outro lado, o professor e organizador do evento, Fer-nando Galrito refere que “o conceito do FIRST ultrapassa

o ecrã, para simbolizar tam-bém o encontro entre a arte da animação com as artes plásticas, performativas, o de-sign, a multimédia, a música entre outros”. O festival pre-tende apresentar e explorar o carácter irreverente, artístico e experimental dos estudan-tes. Segundo o organizador “o FIRST não é somente um concurso, mas uma sema-na repleta de seminários, workshops e debates onde se pretende cruzar a animação com as restantes artes”.

Ainda que o IPL seja o gran-de dinamizador do evento, o FIRST conta ainda com o apoio da Câmara Municipal das Cal-das da Rainha e de alguns ins-titutos públicos e privados. O professor relata que “para que o conceito “Animação” não seja esquecido são organizados anualmente encontros e expo-sições temáticas, com alunos e ex-alunos da ESAD.CR. A ideia central é dinamizar o conheci-mento da arte da animação e a sua importância na transver-salidade artística”.

Américo Mónico e Marco Feliciano, alunos de Engenha-ria Electrótécnica, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, venceram o concurso Ideias Luminosas 08 promovido pela EDP Distribuição em parce-ria com a Universidade de Coim-bra. O prémio, no valor de 40 mil Euros, foi atribuído ao Projecto VASCOMP I, um trabalho de

fi nal de curso que permite corri-gir a forma de onda da corrente eléctrica e compensar a energia reactiva. O VASCOMP I foi pen-sado para melhorar a qualidade do serviço, assim como aprovei-tar a capacidade instalada no sistema eléctrico de energia. Este concurso pretende aproximar a realidade em-presarial e académica, atra-

vés da atribuição de prémios a trabalhos de fim de curso de alunos de universidades e politécnicos, que contri-buam para o aumento da eficiência energética e para o desenvolvimento sustentá-vel nos sectores residencial, industrial ou de serviços, com aplicação num horizon-te temporal imediato.

Está a dar

DR

TEXTO: INÊS LOPES E TÂNIA MARQUES

03JORNAL DE LEIRIA 26.03.2009

Festival de Animação regressa às Caldas

Alunos da ESTG vencem concurso

Chegou ao fi m no passa-do dia 1 de Março a aventura de Diogo Nascimento e Pedro Brás. Os estudantes de 27 e 25 anos, fi nalistas do curso de Engenharia Automóvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria (ESTG), par-ticiparam no 4L Trophy, even-to que ligou Paris a Marrocos, concluindo assim este “raid humanitário” na 188ª posição entre 1020 participantes. A “missão” partiu de Pa-ris no dia 19 de Fevereiro e

ao longo do percurso cada equipa transportou 50 quilos de material de apoio huma-nitário, atingindo um total de seiscentas toneladas. Es-tes números superaram as expectativas da organização, ultrapassando assim os valo-res alcançados na edição do ano anterior. “Fantástica”, é assim que Diogo Nascimento descreve a experiência vivida ao longo dos dez dias em terras france-sas e marroquinas. O jovem

salienta ainda o “espírito de entreajuda” e os conhecimen-tos que foi adquirindo, no con-tacto com culturas diferentes ao longo da viagem. Pedro Brás classifi ca a prova como “inesquecível” e lamenta que a televisão não tenha proporcionado a devida cobertura a este evento, pois acredita que “era bom para todos os estudantes poderem vir a participar.” Estes dois fi -nalistas foram os únicos por-tugueses em prova, para além

de um Luso-Francês que co-nheceram no decorrer deste “Mini-Dakar”. “O carro correspondeu às exigências da prova”, afirmaram satisfeitos, pelo trabalho desenvolvido nos meses anteriores. A princi-pal dificuldade encontrada por ambos foi mesmo a noite marroquina, onde “muitas vezes era complicado encon-trar uma tomada para ligar o portátil”. Também o frio foi um grande entrave, ten-

do tido inclusivamente de passar uma noite no carro, para se aquecerem “através da chauffage”. Esta viagem inseriu-se no âmbito de um trabalho de fi -nal de curso realizado pelos dois alunos, e foi o “culminar de dois estudos realizados an-teriormente”, um ao “chassis” e outro ao “motor de um 4L”. “Uma experiência para repe-tir”, é assim que Pedro e Diogo recordam, já com saudade, a participação nesta aventura.

Missão cumprida para os dois estudantes do IPLTEXTO: ÉLIO SALSINHA E LUIS ALMEIDA

DR

4L Trophy

EDP Ideias Luminosas

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Está a dar O que queres ser quando fo-res grande? Com a resposta na ponta da língua, Diana, 8 anos, não hesitou em res-ponder que quer ser médi-ca evidenciando o gosto por essa profi ssão. Partilhando a mesma convicção, Ema-nuel, 9 anos, revela que quer ser engenheiro aeronáutico: “nasci com os aviões”, acres-centando que “estudar muito vai valer a pena”. As opções parecem ser defi nitivas, no entanto, ao longo da vida, es-sas “fantasias” dão lugar a in-terrogações mais reais sobre a melhor carreira a seguir. A escolha profi ssional é, as-sim, das decisões mais impor-tantes e ao mesmo tempo mais difíceis que os jovens fazem nas suas vidas, nomeadamente na passagem do ensino secundá-rio para o superior. Momento crítico, pressão absoluta. Para garantir o aconselha-mento aos jovens com neces-sária antecipação, possibili-tando-lhes todas as condições para tomar a decisão de uma forma consciente, existem psi-cólogos escolares bem como variados serviços privados de orientação vocacional. Cris-tina Marques, psicóloga na Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, diz que a procura de ajuda é mais fre-quente em alunos do 9º ano. Isabel, 17 anos, aluna de Ci-ências Sociais e Humanas do 12º ano da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, diz que tem, desde o 5ºano, acompanhamento duma psicóloga. Nas sessões, explica, “fazíamos testes psi-cotécnicos e conversávamos.” No entanto, segundo Cristina

Marques, o papel da psicólo-ga não é oferecer soluções de bandeja, mas “recolher ele-mentos através de testes e en-trevistas, ajudando os alunos a refl ectirem e a tomarem de-cisões”. A técnica afi rma não ser um processo simples pois “deve encaminhá-los para o caminho correcto, sem mani-pular decisões.”

Entre a Razão e o coração Os factores para a escolha de determinado cursos são inúmeros e variam em função dos “interesses, das capacida-des, do sentimento de auto-efi cácia, das expectativas, do mercado de emprego, entre outros” como afi rma Cristina Marques. No entanto, ainda existem casos de infl uência dos pais neste processo. “Os meus pais empurraram-me um bocadinho para huma-nidades” confessa Isabel, que queria mesmo ter seguido artes. “Ter uma fi lha em me-dicina e outra em artes não era o que tinham idealizado para as carreiras das fi lhas”, desabafa a aluna, daí terem encaminhado Isabel para le-tras, onde o mercado de tra-balho poderia ser mais favo-rável. André, 18 anos, aluno de Artes Visuais do 12º ano na Escola Secundária Fran-cisco Rodrigues Lobo, optou por artes porque “tinha jeito” mas hoje decidiu que o que quer é engenharia mecânica. A razão diz ser óbvia: “se eu continuasse com artes não ia ter emprego”. De facto, os principais fac-tores de ingresso no ensino superior prendem-se não só com questões de gosto mas

Perante as mais variadas ofertas de formação e futuro

profi ssional, a escolha de um percurso nem

sempre é tarefa simples e se uns

acertam à primeira, casos há em que essa defi nição é mais difícil

Traçar o futuroE depois do secundário?

TEXTO:IOLANDA SILVA, NÍDIA MENINO E

SARA VIEIRAFOTOS: IOLANDA SILVA

Conhecida pela irreve-rência, pelo estilo alternati-vo e pela decoração criativa, a cadeia de lojas Creaminal, no centro histórico de Leiria,

oferece uma vasta diversi-dade de marcas e tendências singulares. Segundo Veró-nica Romão, proprietária da Creaminal, “o projecto nasceu de uma paixão pela moda, de-sign e marketing”. A inovação do vestuário e a particularidade da estética deixam no ar uma imagem distinta das lojas. O ambiente assenta no contexto de moder-nidade e juventude, proporcio-

nado pela melodia e pela deco-ração original que assume um papel directo na identidade dos próprios estabelecimentos, o que atrai o público mais jovem e que faz com que nível das ven-das se torne mais satisfatório. Verónica Romão, destaca que “a música aliada ao conceito da marca é uma receita po-derosa para as vendas. A boa música impulsiona a vontade de entrar e o nosso objectivo

passa também por proporcio-nar um bom momento de lazer aos clientes.” Aliada ao seu estilo desi-gual, a Creaminal dispõe ain-da de dois DJ’s residentes que vestem a marca Creaminal. Verónica Romão confessa que “A Rita Zukt e o Nélson (Z-Pax) trabalham na Creaminal por conhecimento pessoal e não por serem DJ’s profi ssionais. No entanto, esta feliz coinci-

CreaminalO crime da Moda

Konsumo Obrigatório

>>

O meu treinador foi uma grande infl uência na minha decisão

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05JORNAL DE LEIRIA 26.03.2009

também com as saídas profi s-sionais dos cursos e até com factores económicos. Pedro Jerónimo, por exemplo, fi -nalista do curso de Comu-nicação Social e Educação Multimédia, na ESECS, mas inicialmente estudante de engenharia civil, teve consci-ência de que “se fosse estudar para fora, estaria a exigir um esforço aos pais”. Foi um dos principais factores para não ter escolhido arquitectura, até porque “tinha média”, afi rma Pedro. Tiago Cotrim, 24 anos, fi -nalista do curso de Educação Física, vertente 1ºciclo, na Es-cola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) con-seguiu associar a sua escolha profi ssional ao seu gosto pelo Andebol: “pratico Andebol desde o 3ºano e o meu treina-dor foi uma grande infl uência na minha decisão”, remata o fi nalista. Depois de uma pri-meira temporada em Lisboa num curso parecido, Gestão do Desporto, mas que não ti-nha a vertente de educação, acabou por tentar a sorte no Instituto Politécnico de Leiria, optando por Educação Física e hoje reconhece que, como é de

Leiria, conseguiu juntar o útil ao agradável: “os meus pais têm menos problemas em dar-me dinheiro e em ter dinheiro para eles também.” Mas entre sonho e empre-gabilidade o ideal, para Pedro Jerónimo, seria equilibrar um pouco as coisas. “Se exercer-mos uma actividade para a qual temos motivação e da qual gostamos, iremos ter me-lhores resultados”, conclui. Marta, 18 anos e aluna do último ano do curso profi ssio-nal de Administração na Es-cola Secundária Domingues Sequeira, subscreve: “se fores muito bom numa coisa, mes-mo que haja pouco emprego, tens sempre sucesso”. A alu-na, que em pequena queria ser costureira, mas decidiu trocar as agulhas pelas pastas de Administração, confessa que ainda não é esta a sua es-colha e que não se identifi ca com o que está a fazer, colo-cando ainda a hipótese de vir a tirar outra coisa relacionada com o que gosta.

Tentativa e erro E se há quem saiba desde sempre o que seguir, ou quem descubra atempadamente, tam-

bém há os que só conseguem defi nir-se mais tarde, muitas vezes após um percurso inicia-do. Muitos alunos em início de faculdade são afectados de for-ma consciente por disfunções no processo de escolha. Ou seja, muitas vezes as dúvidas perduram mesmo quando já estão inseridos na comunidade académica. Cada vez existem mais estudantes que ingressam em cursos que nem conhecem. Desistem e andam de opção em opção até defi nirem a sua ver-dadeira vocação. “Descobri que a minha área não era comunicar com os tijolos e o balde da massa mas tinha a ver com a comu-nicação.” É assim que Pedro Jerónimo encara a sua “de-sistência” após oito anos do curso de Engenharia Civil na Escola Superior de Tecnologia e Gestão em prol do curso de Comunicação Social e Edu-cação Multimédia. Pedro ex-plica a mudança com quatro palavras “nada acontece por acaso”. O seu percurso de vida levou-o às redacções do Men-sageiro, onde acabou por “es-crever” o seu futuro. “Foi das decisões mais difíceis que eu fi z por todos os factores e mais

alguns”, confessa o aluno, en-quanto explica a sensação de “voltar atrás” quando se está a “chegar à meta”. É a relação que o aluno estabelece com a realidade psicossocial – pela procura, questionamento e experi-mentação – que transforma e reconstrói as suas voca-ções e nesse sentido, Cristina Marques afi rma que muitas das escolhas profi ssionais são feitas “à sorte”, uma vez que “o desconhecimento do mun-do profi ssional e a pouca ma-turidade geral não permitem escolhas autênticas”, justifi ca a psicóloga. Mas, para Pedro Jerónimo, os erros de diagnóstico devem ser vividos sem dramas porque fa-zem parte do percurso: “a vida é uma aprendizagem constante, por isso, não digo que aqueles oito anos foram perdidos.” Cris-tina Marques sublinha: “não ter medo do futuro é o melhor ponto de partida”.

Melhorar o processo Como forma de ajudar a es-clarecer eventuais dúvidas, Pedro Jerónimo salienta que, se houver oportunidade, devem acumular-se experiências pro-

fi ssionais na área que se preten-de seguir. Mas estes jovens deixam ou-tras sugestões. Apesar de con-siderar importante “o apoio no 9º ano para que os jovens possam perceber a área de que gostam mais”, Tiago Cotrim afi rma que “no secundário é muito cedo para escolher uma área a seguir” e, como solução para minimizar o problema das escolhas erradas, defende que “deveria haver uma escolarida-de menos direccionada até ao 12ºano”, a par de “uma maior divulgação e esclarecimento dos cursos existentes”. Também Tiago Faria, alu-no do 1º ano de Comunicação Social e Educação Multimédia, na ESECS – que esteve quase para ser padre mas acabou por constatar que não era essa a sua vocação – refere que há ainda problemas de falta de informa-ção que fragilizam o processo de escolha e nesse sentido “deveria haver mais apoios de profi ssio-nais formados, mais informação nas escolas secundárias sobre cada curso e as suas saídas”. O aluno refere que apenas lhe de-ram “um livro cheio de nomes e de cursos sem qualquer tipo de descrição dos mesmos”.

dência de terem vindo traba-lhar para nós, tem proporcio-nado uma simbiose positiva entre a música e a moda.” Nem o nome, nem o logó-tipo da Creaminal foram cria-dos em vão. Verónica Romão adianta que “houve a neces-sidade de criar uma imagem que refl ectisse um conceito de irreverência e paixão, por isso surgiu a fusão do crimi-nal com cream.” O logótipo é

algo que a proprietária destas lojas também destaca com entusiasmo, visto que este teve tal sucesso que integrou o EULDA (European Logo De-sign Annual) de 2007. Veróni-ca Romão, revela que o logóti-po “foi feito em conjunto com um designer de Leiria, Paulo Silva, que logo percebeu o es-pírito e propôs a pistola com coração dentro do balão de banda desenhada”.

Verónica Romão confes-sa que “a falta de dinhei-ro dos consumidores é o principal problema, mas os consumidores continuam a existir. Compram menos e se possível com preços mais acessíveis.” Os estabelecimentos da Creaminal dividem-se em 3 lo-jas. A loja mais antiga encon-tra-se na Rua Gago Coutinho (Praça Rodrigues Lobo), cujas

marcas mais representativas são a Numph e a Reebook, maioritariamente direccio-nadas ao público feminino. A segunda situa-se na Rua Ba-rão de Viamonte (Rua Direi-ta) que também se direcciona ao público masculino. Nesta, as marcas que vigoram são a Adidas, a Tiger, a Fly, entre outras. Por último, a loja mais recente que oferece um maior espaço, possui as marcas das

lojas anteriores e localiza-se na rua Grão Vasco. A responsável pela cadeia de lojas Creaminal, adianta também que “tem ideias de expandir os espaços comerciais” e que “exis-tem projectos novos para este ano, mas que ainda são surpre-sa!” Algo que encanta o público mais atento às novas tendências, e que com certeza, proporciona-rão um feedback agradável à ca-deia de lojas Creaminal.

Descobri que a minha área não era comunicar com os tijolos e o balde da massa

DORA MATOS

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Deveria haver mais apoiosde profi ssionais formados >>

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“Enquanto jornalistas temos sempre coração”

Já foi correspondente de guerra. Nas guerras que co-briu, tanto em Angola como em Timor sentiu alguma vez que a sua vida corria perigo? Senti em ambos os sítios, mas sobretudo em Timor. Na noite de 15 para 16 de Outu-bro de 1975 e ao longo dos três dias seguintes senti que havia o início de uma inva-são e que a minha vida esta-va em perigo.

O que é mais difícil no tra-balho em cenários dessa na-tureza? É conseguir perceber para onde nos devemos movi-mentar. Numa guerra há interacção entre os que dão o tiro e os que respondem. E onde é que o jornalista deve estar? Por um lado para não levar um tiro, mas por outro para ver os tiros que são da-dos. O jornalista tem de ter uma visão mais ampla, tem de ver a floresta e não ape-nas a árvore.

O jornalismo tem a devida importância na construção histórica? Como o jornalismo se faz, escreve, produz, narra ao mesmo tempo que a reali-dade se desenvolve, às vezes ele interfere na realidade. Há

um jornalista que disse “o drama de um repórter é que o repórter fala, tem que falar, da guerra, da paz, da alegria, da tristeza, enquanto as lá-grimas caem dos olhos das pessoas, enquanto as pesso-as sofrem, enquanto as pes-soas são felizes.” Dizia ele: “o jornalista nada num mar de paixões”. O jornalista conta uma história que ainda se está a desenvolver, cujo re-sultado desconhece.

Houve reportagens em que sentiu dificuldade em distan-ciar-se emocionalmente dos acontecimentos? Sim, muitas. Nós, enquan-to jornalistas temos sempre coração. Estamos é treinados, exigimos pôr o coração e o sentimento entre parêntesis. O jornalismo é um acto de huma-nidade e, nesse sentido, o que é necessário é aprendermos técnicas que permitam ser-se pessoa e jornalista em simul-tâneo. E é desta conjugação que nasce o jornalismo. Nasce do coração, mas também da razão. Há dois ou três anos, em Timor, estava a trabalhar numa reportagem para o jor-nal Público, e houve parágrafos que escrevi a chorar, mas não deixei de escrever. E ninguém percebeu que estava a chorar.

Se fosse um “médico jor-nalista” como analisaria o estado da comunicação so-cial portuguesa? Estava próximo do coma. Mas, se fosse médico, diria que é sempre possível salvarmo-nos mesmo quando a doença é complicada. A imprensa es-crita está em risco de vida. E é uma pena, do meu ponto de vista. Uma crise da imprensa escrita é uma crise do jorna-lismo em geral. A rádio está a tornar-se menos relevante do que foi e a televisão está a sofrer uma tendência de ali-geiramento na informação – o chamado infotainment e, con-juntamente com o fenómeno da Internet, o velho paradig-ma que estávamos acostu-mados da informação tradi-cional, está em crise. Dela o jornalismo pode emergir do-ente, agónico, morto, ou pode ressuscitar, espero que ressus-cite e encontre um novo cami-nho. O jornalismo não vai ser o mesmo que era no passado.

O que pensa funcionar menos na democracia portu-guesa? A morosidade e falta de justiça. Hoje em dia pensa-se que há a possibilidade de se cometer crimes, nomeada-mente os de “colarinho bran-

co”, sem que sejam condena-dos ou julgados com justiça pelos tribunais. Também há falta de uma igualdade eco-nómica. Apesar de nascer-mos todos com os mesmos direitos perante a Lei, na verdade não temos direito ao pão, habitação ou emprego. Esta democracia económica não foi conseguida com o 25 de Abril.

Já trabalhou em impren-sa, rádio e tv. Que meio mais aprecia? Imprensa escrita. Também gosto de rádio, e é aquele a que estou ligado historica-mente, foi na rádio que co-mecei. É o meio mais pobre e o mais difícil. Apenas através da voz temos de conseguir que a mensagem seja transmitida, entendida e atractiva para os ouvintes. A televisão é o meio de maior impacto. Ou as pes-soas têm telegenia ou não. O mais difícil é a imprensa escri-ta. Em primeiro lugar porque está em crise, em segundo porque exige raciocínio e inte-ligência, as pessoas têm de ter vontade de ler e nós temos de contar uma história. É, hoje, o meio de comunicação mais exigente, o último a chegar às pessoas. Signifi ca que todo o nosso esforço deve estar na

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Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

Adelino Gomes, jornalista

Com experiência em jornais, rádio e televisão, o actual

provedor do ouvinte da RDP explica porque escolheu o jornalismo

como profi ssão. E, sobre o que lhe falta

fazer, diz: “Tudo”

TEXTO:TIAGO GOMES E ANDREIA ANTUNES

FOTOS: IOLANDA SILVA

>>Mesmo sendo muitos os leitores e espectadores, são poucos os que participam

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capacidade de sabermos narrar bem o acontecimento, narrar uma história de uma forma que seja aliciante.

Tem também várias experi-ências no ensino. Qual a men-sagem mais importante sobre a profissão que faz questão de dei-xar aos seus alunos? É uma matéria da qual, mes-mo quando se é doutor, nunca se sabe tudo. Temos de fazer todos os dias a revisão da matéria dada. Há doutores em jornalismo, porque têm doutoramento, mas o douto-ramento é feito todos os dias no terreno. Os que estudam jornalis-mo devem ter consciência que o jornalismo vai ser uma constante aprendizagem. O jornalismo trata da novidade. Há uma aprendiza-gem constante nesta profi ssão.

Hoje em dia os jornalistas saem do ensino superior bem preparados para o mercado de trabalho? Saem mais bem preparados do que nós. Hoje já há formação específi ca. Defendo, ao contrário de muitas pes-soas, que o jornalismo está melhor do que no passado. O que acontece hoje é que fi camos indignados quando um licenciado comete um erro.

Ocupa actualmente o cargo de provedor do ouvinte, na RDP. Que reclamações lhe surgem com mais frequência? Apresentei há dias um relató-rio destes primeiros sete meses. A maior parte das reclamações são contra ou a propósito de situ-ações que se passam na Antena 1. A segunda razão de queixa é rela-tiva à Antena 2 e a terceira sobre desporto. Há também algumas reclamações relacionadas com a informação.

Os portugueses são espectado-res, leitores, ouvintes críticos? (risos) Os portugueses são com-plicados. Como provedor do ou-vinte recebo muitas mensagens, mas é uma ínfi ma parte daque-les que ouvem. Logo, diria que mesmo sendo muitos os leitores e espectadores, são poucos os que participam.

Tem um percurso profi ssional extenso e variado. O que lhe falta fazer? (risos) Tudo! Reportagem, so-bretudo reportagens. Nós em Portugal somos enviados espe-ciais intermitentes e senti sempre falta de poder ser enviado espe-cial durante 5 anos seguidos.

Gostava de fazer uma revisitação dos lugares e das pessoas que en-trevistei para escrever outra vez a história delas. Que memórias guarda de Leiria? São memórias grandes. Nasci nos Marrazes. Guardo memórias futebolísticas entre os jogos do Leiria e Marrazes e o União de Lei-ria. Conheci a minha esposa no liceu. Continuo a ir a Leiria de vez em quando. É uma terra a que me sinto ainda ligado, embora não acompanhe o dia-a-dia, mas sou um leiriense. Nós somos sempre da terra onde nascemos, mesmo quando estamos afastados.

O que o levou a ser jornalista? O desejo de estar em todo o lado onde alguma coisa de inte-ressante se passa. A vontade de ser porta-voz de anseios, quei-xas, súplicas de quem não tem outra maneira de chegar para lá da sua rua e dos seus conhe-cidos. O gosto pelo desafio de viver e relatar ao mesmo tempo, para os meus contemporâneos, o tempo em que vivo. A ambi-ção de exercer um ofício em que autonomia, independência e responsabilidade constituem as palavras-chave.

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KURTAS

Um país Portugal, pelo bem e pelo mal

Um jornalistaJoaquim Furtado

Um sonhoTermos mais igualdade

Um medoDos meus fantasmas

Um fi lmeVerdes Anos – Paulo Rocha

Uma reportagem25 de Abril em Portugal

Um livroSermões de Padre António Vieira

Um entrevistadoMaria José Morgado

Um acontecimento25 de Abril de 1974 – enquan-to jornalista e cidadão.

Kultos

Este drama, realizado por Darren Arono-fsky (Requiem for a Dream\Pi) apresenta uma visão interessante sobre o mundo da luta li-vre. The Wrestler conta-nos a historia de Randy “The Ram” Robinson (Mickey Rourke), outrora uma grande vedeta no mundo do wrestling, agora sofrendo do desgaste da idade, do esti-lo de vida que levou durante o seu percurso como lutador profi ssional. É um fi lme sobre a sua tentativa de se agarrar a uma ténue luz de esperança num regresso à glória, participan-do em encontros de rua mal pagos. A oportunidade surge sob forma de uma reedição de um dos seus mais célebres com-bates, mas prontamente o destino se encarre-ga de lhe impor um novo obstáculo. Após um combate, o corpo de Randy cede aos abusos de substâncias que este utilizava para moldar a sua fi gura, culminando num ataque de cora-ção e incapacitando-o. Fora do ringue, Randy é um homem aban-donado, tendo apenas a companhia de Cassidy (Marisa Tomei), uma stripper. O fi lme relata-nos a luta de um Randy que tenta voltar à sua antiga glória fazendo a única coisa que sabe fazer, ao mesmo tempo que se esforça para conseguir pagar a renda da casa, reatar os laços com a fi lha e avançar com uma relação com Cassidy.

Este é um fi lme mal apreciado. Apesar de não estar no mesmo patamar que os outros fi lmes de Aronofsky, The Wrestler é uma pers-pectiva humana e bruta sobre aquilo que re-almente se passa dentro e fora dos ringues. Mostra-nos de forma crua como os lutadores profi ssionais ganham a vida. Quem pensa que não passa de um fi lme de pancada, engana-se. The Wrestler permite-nos, entre cada golpe desferido, refl ectir sobre a condição humana. Sem dúvida, merece ser visto. 8/10

The Wrestler

JOÃO MARQUES

DRDR

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A Exposalão, na Bata-lha, volta hoje a abrir as portas ao FITEC, Fórum de Inovação, Tecnologia e Em-prego. A 2ª edição da Feira, que decorrerá até Domin-go, dia 29 de Março, apre-senta as cinco escolas do IPL em diferentes áreas do saber e do conhecimento, mas conta também com a presença de outras insti-tuições de ensino superior

e profissional; instituições de emprego e formação profissional; centros de investigação e desenvolvi-mento; centros tecnológi-cos; associações empresa-riais, estruturas de apoio à criação de empresas… Os alunos do IPL vol-tam a ter a oportunidade de poder divulgar as va-lências dos seus cursos, beneficiando da promoção

de actividades nos espaços de representação expos-tos, uma das novidades no evento. Para além de workshops, o IPL apresenta ainda a sua Bolsa de Em-prego “a grande novidade e sem dúvida uma mais-valia para a Instituição”, como refere Leopoldina Alves, docente do IPL e membro da comissão de organização do FITEC.

A docente revela ainda que as expectativas “são altas” e que a organização espera superar os 25 mil visitantes do ano passado, acrescentando o facto de o re-cinto ter também aumentado. Ao longo destes quatro dias, é dada aos visitantes, a possibilidade de entrar no ponto de encontro de todos os agentes do mer-cado de trabalho.

Exposalão recebe FITEC

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A Fechar

ANDRÉ MENDONÇA E DORA MATOS

DR

Futebol 11 e Andebolcom apuramentos garantidos

ÂNIA NEVES E MARCELO PEREIRA

Campeonato Nacional Universitário

Decorreu, entre os dias 1 e 4 de Março, o 2º Torneio de Apuramento de Futebol 11 feminino para o Campeonato Nacional Uni-versitário (CNU). Com uma vitória por 3-0 sobre a Universidade do Algarve e dois em-pates, a equipa do IPL conseguiu o segundo lugar. Já nas meias-finais, a equipa feminina defrontou a Universidade de Coimbra, dis-putando depois a final contra a Associação Académica da Universidade do Minho. Após o prolongamento, apenas a “pontaria” dos penalties veio desfazer o empate, fazendo sorrir a vitória à equipa do IPL com a guar-da-redes a defender 2 penalties. A fase final irá realizar-se na última semana de Abril na Cidade de Gaia.

Andebol No que respeita ao Andebol Masculino, a equipa teve a prestação esperada e termi-nou este segundo torneio de apuramento em 5º lugar, igualando assim a classifica-ção alcançada no primeiro. Marco Oliveira, Coordenador Desportivo do IPL considera que “esta foi uma boa classificação visto ser uma equipa não federada e constituída por atletas maioritariamente do 1º ano”. A equipa de Andebol Feminino, que nos úl-timos 6 anos foi 2 vezes campeã Nacional Universitária, e 4 vezes vice-campeã, apu-

rou-se também para a fase final, depois do 5º lugar no primeiro torneio de apuramento e 4º lugar no segundo. Marco Oliveira, Co-ordenador do Desportivo do IPL, sublinha que “este ano 80 por cento das atletas são alunas do 1º ano, que com estes resultados irão abrir boas perspectivas para o futuro da modalidade dentro do IPL”.

Futsal Em Futsal, a equipa masculina do IPL participa no Grupo B de apuramento para o CNU. O Futsal masculino tem um modelo competitivo diferente das restantes modali-dades e numa primeira fase as equipas, divi-didas por dois grupos, irão jogar todas con-tra todas, a duas voltas. Nesta fase a equipa do IPL já terminou a sua prestação, ficando apurada em 1º lugar para a fase seguinte que será disputada em sistema de final four e onde a equipa do IPL terá de ficar nos 3 primeiros lugares para que se possa apurar para a fase final. No Futsal Feminino o IPL terminou em 4º lugar no torneio. Entre 20 e 25 de Abril irão decorrer as Fases Finais dos Campeonatos Nacionais Universitários onde o IPL marcará presença com as equipas de Andebol Feminino e Fu-tebol 11 já apuradas e também com atletas no ténis.

DR

INTERNETES

útil Devido a razões cultu-rais, falta de meios ou sim-ples inibição, é difícil abor-dar de uma forma aberta e correcta a sexualidade, por isso foi criado este site. Contém notícias, son-dagens, curiosidades, cita-ções, fóruns, perguntas ao médico e, até, uma secção com links sobre questões importantes ligadas à sexu-alidade.

http://www.sexualidades.com

agradável

No WOH encontras to-das as novidades musicais desde o comercial e house music até ao trance. Basta apenas um clique para ou-vir. Poderás interagir com outros utilizadores no WOW rádio chat ou apenas escu-tar o WOW rádio, composto por uma diversifi cada pro-gramação. Vale a pena!

http://www.worldofhouse.es

Últimas

IPL promovepós-graduação em cuidados paliativos

Abriu na Escola Superior de Saúde uma Pós-Graduação em Cuidados Palia-tivos que terá início no próximo dia 16 de Abril e a duração de três meses e meio. Esta formação, destinada a licenciados nas áreas da saúde, social ou psicologia, tem como principal objectivo desenvolver as compe-tências necessárias à prestação de cuidados físicos, psicológicos e psicossociais a doentes terminais e aos seus familiares. As candi-daturas (via online) encontram-se abertas até dia 9 de Abril.

Congressosde SOPCOMe LUSOCOM

Irá decorrer de 14 a 18 de Abril, na Uni-versidade Lusófona, em Lisboa, o 6º con-gresso da SOPCOM Associação Portu-guesa de Ciências da Comunicação, o 8º congresso da LUSOCOM Federação Lusófona de Ciências da comunicação e o 4º congresso Ibérico. Os temas em debate serão: Sociedade dos media: Comunicação, Política e Tecnologia, Comunicação, Espaço global e Lusofonia e Redes, Meios e Di-versidade cultural no espaço Ibérico. Para mais informações visite o site http://sop-com2009.ulusofona.pt/

SARA MADEIRAE ANA CATARINA ARSÉNIO

MÓNICA CARVALHO