Akadémicos 53

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Design da ESAD.CR premiado Pág. 5 págs. 4 e 5 Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1403, de 02 de Junho de 2011 e não pode ser vendido separadamente. Raúl Castro Excessos dos estudantes devem ser evitados págs. 6 e 7 53 Fotografia Rúben de Almeida Turismo Rural para todos os gostos pág. 4

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Edição N.º 53 do Jornal Akadémicos Kapa: Turismo Rural para todos os gostos

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Design da ESAD.CR premiado Pág. 5

págs. 4 e 5

Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1403, de 02 de Junho de 2011 e não pode ser vendido separadamente.

Raúl CastroExcessos dos estudantes devem ser evitados

págs. 6 e 7

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Turismo Rural para todos os gostos

pág. 4

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TEATRoDia 23 Junho I 22h00 · Teatro José Lúcio da Silva

UM PRECIPÍCIo No MAR As coisas correm bem a Alex. Ama a sua

mulher, a sua filha, a sua cidade, o seu traba-lho. Mas, por vezes, a força da vida pode bater contra nós. E tudo pode ser-nos tirado.

Monólogo perfeito de trinta minutos, a peça parece a história trivial de um jovem amor, da paternidade e da família, mas com a ratoeira trágica sem sentido. Pode ser Deus responsável pela beleza da vida e também pela crueldade inexplicável? Uma peça sobre a família, o medo, o luto e a perda é como um falso mar calmo de-baixo do qual se esconde uma corrente violenta de mágoa e tristeza.

MúSICADias 29, 30 e 31 de Julho · Castelo de Leiria

ENTREMURALHAS – FESTIvAL GóTICo 2011

O Castelo de Leiria acolherá no final de Julho nove bandas de culto mundial. As ban-das apresentar-se-ão em dois espaços, o Palco Alma e o Palco Corpo. Mas não é só de música que o cartaz de ENTREMURALHAS é feito. Para além das conferências, do comércio alternativo, e de animações várias, estão confirmadas a ex-posição de pintura da artista plástica portugue-sa Sílvia Patrício, assim como a apresentação e exibição do documentário do nova-iorquinho Yoni Leyder sobre William S. Burroughs, intitu-lado “William Burroughs: A Man Within”.

CINEMADe 13 a 15 de Junho · Teatro Miguel Franco

ATé oNDE?Quando o destino te leva onde não és bem-

vindo. Quando tens a hipótese de seguir o teu instinto mas não o fazes. Quando alguém te diz que irás morrer se não fizeres o que te disserem. Quando percebes que, talvez, a tua única hipótese de sobreviveres é matando todos os outros que estão contigo. Até onde és capaz de ir?

Este é o mote do filme “Até onde?”, realizado por Carlos M. Barros e que tem no elenco nomes como Ricardo Pereira, Núria Madruga ou Ana Rocha. E Leiria vai receber a ante-estreia da obra.

DANçADia 8 de Julho | 22h00 · Teatro José Lúcio da Silva

DRáCULADrácula conta a história do líder romeno Vlad

Tepes (Drácula), que, ao defender a igreja cristã na Roménia contra o ataque dos turcos, tem sua noiva Elisabetha enganada: esta crê que seu amado morreu e então atira-se no rio chamado “Princesa”. Vlad, ao retornar da guerra e constatar a morte de sua amada, e condenada ao inferno, renuncia e renega a Deus e à Igreja. Jura só beber sangue a partir daquele momento, sendo assim condenado à sede eterna, ou seja, ao vampirismo. Após quatro séculos, ele redescobre a reencarnação de Elizabe-tha, em Londres, agora conhecida como Mina.

A problemáticado turismo rural

O interesse pelo mundo rural surge com a evolução da sociedade para um mo- delo de aumento do espaço urbano, em quantidade de habitantes e extensão, com problemas vários associados ao crescimento demasiado rápido do mesmo, sem acau-telar o desenvolvimento e a qualidade de vida daqueles que aí habitam.

Por um lado, para as ci-dades foram-se deslocando,

à procura de melhores condições de vida, cada vez mais pessoas (êxodo rural), fenó-meno que em Portugal teve uma particular relevância na segunda metade do séc. XX. O mundo rural vai, em consequência, apresen-tar dificuldades particulares, que se tra-duzem em desertificação, envelhecimento da população, desflorestação, abandono dos campos, etc…

Por outro lado, os citadinos, devido aos problemas já referidos, passaram a padecer da chamada asfixia urbana, ansiando pelo verde (aquilo a que Gaviria já em 1969 desig-nava de “ideologia clorofila”), pelo repouso, pelo lazer, pela saúde e pela tranquilidade

que os espaços rurais podem oferecer. A nova procura do espaço rural deve-

se também ao interesse crescente pelo património e pela gastronomia, bem como à melhoria das infra-estruturas de comuni-cação e às novas tecnologias (em que a Inter-net tem um papel fundamental). No fundo, é a busca de um turismo menos massificado.

Assim, foi surgindo a pouco e pouco uma oferta ligada ao Turismo em Espaço Rural (TER), que compreende várias modalidades como o Turismo de Habitação, o Turismo Rural, o Agro-turismo, as Casas de Campo e, mais recentemente, o Turismo de Aldeia. Há ainda a considerar os Hotéis Rurais e os Parques de Campismo Rurais. Em termos jurídicos, o TER define-se como o “conjun-to de actividades, serviços de alojamento e animação a turistas, em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestados (...) em zonas rurais” (Decreto-Lei n.º 54 / 2002). Há estatísticas sobre esta realidade desde 1984 e, portanto, é possível constatar a expressão cada vez mais relevante que tem vindo a assumir no nosso país.

Para o mundo rural, estas actividades trazem igualmente vantagens, as quais podem permitir a revitalização do tecido económico rural pois, entre outros, pro-movem o desenvolvimento local/regional e a captação recursos para as áreas do interior. São ainda um garante da reestruturação e da

diversificação das economias locais, fomen-tando a fixação das populações, induzindo a iniciativa e o empreendedorismo e criando emprego. Finalmente, o turismo rural propi-cia a preservação do património, do ambi-ente, da paisagem e das tradições.

Hoje, mais do que nunca, precisamos de ter opções de férias mais baratas e algumas destas modalidades ligadas ao TER podem proporcionar umas excelentes férias no mundo rural a preços bastante convidativos.

Alguns sites de Internet podem ser inter-essantes para consultar. Deixa-se ao leitor mais curioso a vontade de programar as suas próximas férias a partir da consulta e exploração dos mesmos, usando como palavras-chave Turismo Rural, Turismo em Espaço Rural,… Em suma, como a nossa eco-nomia também precisa (e de que maneira!), porque não continuar a aplicar o slogan: Vamos para fora cá dentro…

GraçaPoças SantosDocente da ESECS–IPL

AABRIR

NãopeRkAsJéssica Santos

DirectorJosé Ribeiro [email protected]

Director AdjuntoJoão Nazá[email protected]

Coordenador PedagógicoPaulo [email protected]

Apoio à EdiçãoAlexandre [email protected]

Departamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, LdaIsilda [email protected]

Maquetização e Projecto GráficoLeonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–[email protected]

Secretariado de RedacçãoDaniel Sousa e Filipa Araújo

Redacção e colaboradoresAna Camponês, Ana Filipa Ribeiro, Ana Neves, Anne Abreu, Barbara Jorge, Cristiana Teixeira, Daniela Santos, Daniel Neves, Filipa Araújo, Gonçalo Dourado, Inês de Almeida, Iva Costa, Jéssica Santos, João Peixoto, Marta Cova, Nuno Brites, Rita Sampaio

Presidente do Instituto Politécnico de LeiriaNuno [email protected]

Director da ESECSLuís Filipe [email protected]

Directora do Curso de Comunicação Social e Educação MultimédiaAlda Mourã[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

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02 junho 20113

A tradicional Feira de Maio esteve de volta à cidade de Leiria para animar uma população já habituada à festa anual. Mas no balanço da festa e num momento em que os feirantes recolhem as estruturas e as luzes, a sensação que fica é que a crise chegou também aos divertimentos. Fosse pelo preço dos bilhetes, fosse pela falta de dinhei-ro na carteira, muitos foram os que gastaram me-nos na feira, nas pistas de carrinhos de choque, no algodão doce ou nas farturas.

A adesão das pessoas foi “super fraca”, lamenta

Idalina Vieira, 32 anos, uma das comerciantes tra-dicionais da feita, que se queixa da falta de clientes e da falta de vendas. Maria de Lurdes, de 49 anos e proprietária do “Pedro dos Cachorros”, também se queixa da falta de clientes e as filas de clientes são apenas uma memória de outros tempos. No entanto, reconhece que “os fins de semana são me-lhores, mas só se o tempo ajudar”. Para o menor lucro dos feirantes contribui também o aumento do preço dos lugares de venda por parte da Câma-ra de Leiria. Apesar do desânimo generalizado, há quem se mostre optimista. Paulo Costa, repre-sentante da empresa Magic Mop, é uma dessas

excepções e quer acreditar na feira de Maio: “Em tempos, Leiria já teve uma boa feira, mas acredito que as coisas irão melhorar”.

Apesar de gastarem menos, os clientes perma-necem fiéis. Cátia Jesus, de 23 anos, diz mesmo que a “feira tem melhorado todos os anos”. Uns optam pelos carrosséis mas muitos outros bus-cam apenas o convívio, optando por poupar nos gastos. Apesar da crise instalada, são muitos aqueles que pretendem voltar a visitar o evento. Mas, do outro lado, a falta de receitas pode afas-tar os feirantes, colocando em causa a qualidade da Feira de Maio nas próximas edições. k

Crise chegou aos carrosséisTexto Gonçalo Dourado e Iva CostaFotografia Nuno Brites

Giovanni Fortese é um exemplo de que as coincidências podem mu-dar a vida de uma pessoa. Em Leiria é conhecido por ser o “pai” da pizzaria Mr. Pizza, uma casa que fundou há dez anos. Mas o caminho que o trouxe a Portugal começou com um acidente automóvel, em Itália, que o afastou da carreira de futebolista devido a uma lesão num joelho. Enquanto andava na fisioterapia, no Verão de 1994, descobriu a Nazaré, a convite de uns amigos. O gosto por Portugal ficou e, um ano depois, quis voltar ao país para conhecer outros lugares. Viu assim despertar a sua vontade em concre-tizar algo pessoal, com recurso ao seu esforço e trabalho. Como italiano, sem-pre teve a curiosidade pelo negócio das pizzas. Por isso, voltou a Itália para aprender um pouco mais do negócio,

mas também para criar a “sua própria pizza”, procurando alguma originali-dade. Voltou em 1997 mas só em 2001 inaugurou o espaço que agora é con-hecido como o “Mr Pizza”. O sucesso do carismático Giovanni é incontes-tável. Criou um franchising, que se tem alargado a outros locais. A isso somar-am-se vários prémios gastronómicos. Mas isso não mudou a simplicidade que adorna toda a personagem de Gio-vanni, o típico estrangeiro dominado pelo espírito de aventura que, neste caso, elevou a fasquia do sonho con-cretizado. Há poucos meses, decidiu ar-riscar mais uma vez. E depois das pizzas, criou a gelataria italiana Flor di Latte, no centro histórico. Um sinal de moderni-dade e inovação que já se transformou numa referência de Leiria e um marco da restauração da cidade. k

A “fortuna” de um acidente

TAkToMoGRAFIAAXIALkoMpUToRIZADAJoão PeixotoDaniel Neves

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Todos os anos, a questão é a mesma: o que fazer durante as férias de verão? As praias são os destinos preferidos dos jovens. Mas o país tem mais para oferecer sem ser o mar. Segre-dos escondidos e desconhecidos de muitos. Muitas vezes aqui à porta.

O distrito de Leiria é composto por uma vasta área rural, rica em fauna e flora, onde é possível aproveitar a natureza na sua plenitude e ainda praticar actividades pouco usuais no quotidiano. A Serra de Aire e Candeeiros é o melhor exem-plo de turismo rural na zona de Leiria.

Para aqueles que pensam que os espaços rurais são pouco atractivos e sinónimos de té-dio, existem muitas opções de qualidade para passar uns dias longe do mar. Em Alcaria, concelho de Porto de Mós, situa-se o concei-tuado Centro Hípico. Aqui, os mais curiosos têm a oportunidade de montar a cavalo e participar num passeio que os leva à chamada Pia do Urso, um parque temático/sensorial reconstruído na zona de São Mamede, e que é composto por diversas estações lúdicas e actividades interactivas.

Os passeios permitem dar a conhecer a paisagem rural envolvente, mas também pro-porcionar a experiência e a sensação hípica.

Os preços são atribuídos por hora, sendo que cada pessoa pode escolher o horário e o tem-po que desejar.

A cerca de quatro quilómetros da Alcaria, situa-se a freguesia de Alvados. Visível pela grande “pintura verde”, é nesta grande serra que se localiza a famosa Casa dos Matos. Além do alojamento, a casa tem outras activi-dades, como passeios de carroça puxadas por burros, caminhadas pela serra, passeios de bicicleta, e aulas de yoga. Para os mais aven-tureiros, existem opções como, baptismos de parapente, escalada e passeios de balão.

Outra sugestão, é uma visita às famosas Grutas de Mira de Aire, consideradas uma das Sete Maravilhas Naturais de Portugal. Para quem gosta de apreciar a beleza natural, este é um local a não perder. As grutas de Mira de Aire têm uma extensão de 11 quiló-metros, incluindo um corredor turístico de 600 metros, e oferece, num ambiente sub-terrâneo, a beleza das estalactites e estalag-

mites, bem como rochas rodeadas por água que dão uma imagem de irrealidade e beleza indescritível.

A visita às grutas inclui ainda uma forma-ção adicional sobre espeleologia e grutas, com filmes e exposições temáticas. No final, é ainda possível saborear a tradicional cozinha portuguesa, em ambiente natural .

Num registo um pouco diferente, mas ainda para os amantes da natureza, a Serra de Aire oferece uma visita ao período Jurássico. Na zona do Bairro, no limite dos concelhos de Ourém e de Torres Novas, encontra-se o Monumento Natural das Pegadas de Dinos-sauro, onde se conservam fosseis de seres da Era Jurássica, há cerca de 175 milhões de anos. Neste local é ainda possível a prática de turis-mo de natureza, com alojamento e gastronomia tradicional. Toda esta lista de propostas estão acessíveis a quem queira conhecer a região mas também a quem vive, ou estuda, em Leiria e quer fugir, por uns dias, ao quotidiano. k

O livro “Fazes-me Falta”, de Inês Pedrosa, pode ser considerado apenas um romance como tantos outros que há por este mundo fora. No entanto, o livro vai muito além de um simples romance. Versa a im-portância que temos para quem nos vê e nos conhece verdadeiramente.

Uma escrita poética que conta a história do amor na amizade, a força que o sentimento de dois seres têm e como sobrevive para além do mundo visível tal como o conhecemos. São duas vozes que se intercalam ao longo das páginas e que nos mostram como é sentir a morte e sentir a dor da morte de alguém próximo.

São dois amigos que se amam e contam que a morte de um deles não apagará, simplesmente, o que construíram ao longo de uma vida. “Estou sozinho, sozinho com o coração em bocados espalhados pelas tuas imagens”, diz ele. “Não sei pensar sem ti... não sabes amar sem mim”, diz ela, numa es-pécie de diálogo em que respon-dem às questões e afirmações um do outro. Mas afinal, não passam de desabafos de ambos os lados da vida. Ela questiona-se e obser-va-o, ele tenta perceber e guarda as memórias doces do passado.

“Era teu amigo. Nunca me cansei de ti; cansei-me apenas do

teu cansaço de ti mesma” é algo que um amigo diz e que muitas vezes precisamos ouvir. Esta obra conduz-nos a uma realidade paralela e à descrição de momen-tos que, por vezes, nos passam ao lado sem nos darmos conta. Considerado por alguns como o melhor romance que a autora alguma vez escreveu, passando para o papel sentimentos e pen-samentos escondidos, a leitura deste livro desperta-nos e impõe a dúvida na forma como encaramos a vida. Incentivando-nos a pensar como será vista a nossa vida pelos outros quando a perdermos para sempre. k Um livro que faz falta

esTá – a –

DAR

Um verão ruralRegião oferece pequenas maravilhas escondidas

Texto: Daniela Santos e Marta Cova

kApAsRita Sampaio

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02 junho 20115

Não devo ser a única que não percebe como é que o futebol se apoderou tanto da sociedade. É um tremendo absurdo a importância que a bola tem hoje em dia e poucos são aqueles que a questionam.

Torna-se mais importante encher estádios, falar de futebol, vender jogadores (lembro-me de estudar que o tráfego humano era crime, agora parece que é louvável e vale milhões) do que dar importância a coisas que realmente são importantes.

Não odeio futebol (também não particu-lar apreciadora), odeio sim a maneira como é tratado, os privilégios que tem e o modo como ele é capaz de fazer um povo, em plena crise, gastar parte importante do seu orçamento para assistir aos jogos.

O futebol supera a crise, a fome, a pobreza, os homicídios e tudo aquilo que fica em peque-nos quadrados nos jornais e breves minutos no telejornal. Quando há um jogo “importante” não se ouve a palavra crise, não se ouve falar de mi-séria em Portugal (a não ser a lesão de um joga-dor), quando há um jogo de futebol “importante” (ou até não), não existe nenhuma preocupação a não ser olhar para um bando de homens a correr atrás de uma bola num relvado.

E o prémio que todos os adeptos ganham após os jogos é, afinal, apenas nada. Sobram os títulos para a equipa, mas o adepto não recebe nada. Estarei cá para ver o país a desgastar- -se com as idas ao estádio e com os gritos ensurdecedores dos grandes adeptos a clamar para que o seu clube lhes premeie com mais uma grande exibição.

Friso o essencial: não sou contra que existam adeptos que vibrem pelo seu clube de coração, sou sim contra a importância desmedida que o futebol atinge, fazendo com que Portugal não se preocupe com os assuntos que necessitam de urgente e real atenção. k

A importância do futebol.ou a falta dela.

káeNTReNósAnne Abreu

O Shiuuuu (shiuuuu.blogspot.com) é um blogue português que conta já com mais de um milhão de visitas. O número, difícil de atingir mesmo por um website comercial, foi conquistado em pouco mais de três anos, tempo suficiente para se tornar uma referência da blogosfera nacional. Uma espécie de confessionário online, um revelador de segredos, tem possibilitado a milhares de pessoas exorcizar medos e angústias, partilhar alegrias e tristezas, declarar amor e ódio. O segredo? O anonimato de todos os envolvidos.

A ideia de “agitar as águas da blogosfera” surgiu numa conversa de amigos. A ambição foi a de construir “uma comunidade de pessoas nas quais se confia, apesar de não se conhecer”, revela um dos promotores. Essa comunidade é uma realida-de, com centenas de seguidores assíduos, da qual também fazem parte dezenas de internautas que diariamente lançam comentários, identificam--se, insurgem-se, emocionam-se com os segredos anónimos. O conceito já existe em alguns países, mas o Shiuuuu foi o primeiro blogue do género em Portugal, o que explica em parte o seu sucesso, aliado à “confiança e carinho que gerou” desde então. “Ainda ninguém sabe, mas vou deixar o meu emprego, vou vender as minhas coisas e vou viajar pelo mundo logo a seguir ao Natal”. Declaração de intenções de um anónimo publicada no Shiuuuu.

O blogue é constituído por uma equipa de sete elementos. Estes cumprem diferentes tarefas: resposta e filtragem de e-mails, ilustração, selecção e pesquisa de música. Para o exterior, foi criada a personagem Shiu, “um ser assexuado, sem pro-fissão, idade, localização geográfica ou opiniões, alguém em quem se confia a 100% sem se saber

nada sobre ele”. Um dos fundadores, o Shiu desta entrevista, afirma que “é esse desconhecimento que faz com que as pessoas se sintam confortáveis em partilhar segredos, não há juízos de valor”. O número de visitantes parece justificar a criação de uma marca comercial e a ideia não está posta de parte, mas “até agora, não surgiu o parceiro cor-recto, nem o plano comercial adequado. Este é um blogue que não deverá nunca perder a sua credibi-lidade, por isso mesmo todos os passos devem ser dados com cuidado e no momento certo”, assegura um dos autores.

Como funciona? Basta enviar um e-mail com o segredo. Todos os que forem enviados apenas em texto, dependendo da sua extensão, são depois tratados visualmen-te pelo Shiuuuu. No regulamento, é garantido o anonimato e que “nunca os e-mails ou nomes serão publicados ou usados para qualquer outro fim”.

O Shiuuuu é amigo das redes sociais? A resposta é afirmativa, até porque “quem tem um blogue dificilmente deixa de o ter para criar um perfil numa rede social”, justifica. “Quando muito, utiliza as duas plataformas, “usando a rede social apenas para divulgar o blogue”, consi-dera. Assim, o Shiuuuu faz ligação directa com a rede social do momento: o Facebook.

Centenas de segredos depois, o não envolvi-mento nos segredos que o site divulga é uma regra que se mantém, mas existem algumas excepções que a confirmam. O Shiuuuu intercedeu “mais do que uma vez” e assume que, de certa maneira, intervém todos os dias, “depende da forma como interpretamos isso”. k

A construção de um banco de madeira sem utili-zação de encaixes, pregos ou colas, que pode tam-bém ser feito com desperdícios de madeira, permi-tiu a Sean Patrick Silva, aluno da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, o prémio maior da edição deste ano do Concurso Nacional de Design de Mobiliário. A iniciativa, promovi-da pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, procura incentivar alunos, designers e empresas a criar produtos de mobi-liário práticos e atractivos. Sean Silva concorreu para avaliar o potencial do seu projecto e a vitória acabou por ser a forma de garantir que a ideia será produzida em série. O seu banco bind acaba por ser o “meio mais rápido e mais eficaz” para garantir a segurança da estrutura, usando apenas “duas fitas de aperto”.

O projecto foi desenvolvido no segundo ano da

Licenciatura em Design Industrial e contou com o apoio do professor e designer Miguel Vieira Bap-tista. A aposta de Patrick valeu-lhe um prémio mo-netário no valor de 2500€, que será “investido no mestrado”, e também a participação num evento de Design Internacional, em Itália. Segundo o aluno, “ter estado em Milão com uma peça exposta” deu “maior visibilidade” à ideia e permitiu-lhe “estar em contacto com pessoas de toda a parte do mundo e trocar ideias”.

Mas de início, Sean Patrick não estava à espera de vencer a prova, devido ao elevado número de concorrentes: “Apesar de acreditar no meu projecto tinha consciência que era difícil ganhar”. Agora, Sean Patrick dedica-se ao mestrado mas quer criar, no futuro, uma linha de mobiliário mais completa centrada no mesmo conceito de materiais baratos e com uso a soluções originais. k

Milhares de anónimos quebram silêncio à velocidade de um clique

Aluno da ESAD.CR premiado

Texto Francisco Moreira

TextoAna Neves e Bárbara Jorge

Blogue com segredos dentro

No início de Janeiro, surgiu um novo conceito na cidade de Leiria. Na Rua Rodrigues Cordeiro, numa das perpen-diculares que une a Praça Rodrigues Lobo e a rua Direita, nasceu a Kono Pizza, um franchising original com origens italianas. Tudo nasceu com um desafio gastronómico num concurso culinário em Itália, transformando os discos tradicionais de uma pizza em cones. Com uma massa específica, é uma espécie de “corneto” de recheio de pizza, permitindo que os clientes comam em andamento e sem usar talheres. Para o proprietário do espaço, Hugo Figueiredo, este conceito tem um grande potencial, que trouxe qualidade para o centro da cidade. A aposta na

zona é justificada pelo empresário com o facto de considerar o centro histórico uma espécie de “shopping ao ar livre”.

Desde que abriu, mais de cinco mil pessoas já estiveram no espaço e os clientes preferenciais são famílias com crianças pequenas, comerciantes e moradores. Falta apenas conquistar os estudantes, reconhece o empresário, que quer incluir novos produtos no cardápio, como crepes quentes e salgados, granizados, pão aromático e gelado quente de novos sabores. Este tipo de gelado foi inventado pelo estabelecimento de Leiria e consiste na colocação de gelado com fruta dentro dos cones de massa quente. Como uma das apostas é cativar os jovens,

foi criado um menu especialmente virado para os estudantes a um preço mais acessível.

Situado nas proximidades da Rua Direita, conhecida pela forte presença dos estudantes durante a noite, o res-taurante aposta num horário alargado até às duas da manhã todas as terças, quintas, sextas e sábado. De noite, o ambiente muda, procurando um espaço mais acolhedor e uma dec-oração sofisticada, que não esquece a boa música. Para complementar os habituais produtos alimentares, será possível consumir em breve caipirin-has e sangria. É um conceito que “nos apaixona e seduz”, sublinha Hugo Figueiredo. k

Pizzasoriginaischegamà cidade

kokoNsUMooBRIGATóRIoGonçalo DouradoIva Costa

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Texto Daniela SantosFoto Cristiana Teixeira

“Leiria tem tudo o que um estudante necessita”

A polémica em volta da realização da Semana Académica tem uma história já antiga. Como é que tudo começou?A verdade é que, sendo a Semana Académica uma actividade externa com grande impacto, é óbvio que tem importância para os próprios estudantes mas também para criar movimento dentro da própria cidade. A grande questão que tem sido sempre pon-derada é a falta de respeito que muitas vezes acon-tece, quando o nível de decibéis está muito acima daquilo que seria ideal e também os problemas causados por outras pessoas, fora da comunidade estudantil, que muitas vezes acabam por passar por alunos do Instituto, degradando a sua imagem.

Alguns moradores de Leiria contestam a se-mana académica e o barulho. Julga que essa é a opinião partilhada pela maioria da população da cidade?Será partilhada por todos aqueles que se encontram na zona de influência de propagação de som, sendo que este ano notamos que as queixas vêm só de uma determinada zona, uma vez que o morro das traseiras

do espaço onde é feito o evento corta o som. Portanto apenas se propaga para a zona sul, ou seja para o lado de Santa Clara, Vale Gracioso e Cruz da Areia.

A Semana Académica terminou há pouco tempo. Tendo em conta os acordos efectuados entre a Câmara e os estudantes, acha que os limites foram devidamente respeitados?Poderão não ter sido na totalidade. E dentro da abertura possível, tentámos evitar algumas penali-zações para a organização. Agora também lamenta-mos algumas palavras proferidas por gente que não está devidamente informada. Houve até um blogue que referiu que o programa eleitoral da minha lista previa a extinção da semana académica. Não há coisa mais disparatada e falsa que este tipo de contra-informação que só pretende criar conflitos entre a autarquia e as organizações.

Qual o balanço final? Estamos na recta final e portanto a organização melhor dirá como é que correram as coisas. Em Outubro vai começar a organização e o pla-

Presidenteda CâmaraMunicipal de Leiria

RaÚLCaSTRO

Depois de ter sido manchete dos jornais locais pelas piores razões, a Semana Académica chega ao fim de mais uma edição. À parte da euforia e diversão, esta iniciativa possui um lado pouco apelativo para os moradores da cidade: o barulho. No meio da disputa entre habitantes e estudantes, fica o presidente da Câmara de Leiria, Raúl Castro.

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02 junho 20117

Passaram mais de vinte anos desde a estreia de um dos grandes clássicos cinematográficos, “Edward Scissorhands”, uma película que iniciou a brilhante parceria entre o realizador Tim Burton e o actor Johnny Depp. Num elenco de luxo, que inclui nomes como Dianne Wiest, Winona Ryder e Kathy Baker, o filme marca os anos 90 através da fantasia e do lado sombrio de Tim Burton.

No papel de Edward, Johnny Depp interpreta a personagem principal, um jovem que é fruto de uma criação artificial de um inventor que lhe coloca no lugar das mãos duas tesouras.

A vida inicialmente perfeita do herói muda quando uma vendedora de maquilhagem, Peg (Dianne Wiest), o retira da sombria mansão onde vivia, situada na periferia da cidade. Peg descobre Edward, alguém diferente que vivia sozinho e, compadecida, decide levá-lo consigo, procurando integrá-lo na sociedade.

O filme centra-se na adaptação de Edward a uma nova vida. A forma como é recebido, as humilhações que sofre, e ao mesmo tempo todo o seu encanto e capacidades com as suas mãos-de-tesoura. Descobre o amor, apaixonando-se por Kim (Winona Ryder), filha de Peg, e acaba por se submeter ao que de pior há numa sociedade.

No filme, Tim Burton consegue criar uma linha imaginária na pequena cidade, com um grande contraste de cores, que são um dos elementos mais atractivos da obra. As casas, os carros, as roupas de cores extravagantes no centro da cidade. E o oposto na periferia, onde se situa a mansão, em que as cores escuras que marcam a solidão e a distância de Edward para com o mundo.

Numa sociedade aparentemente perfeita, Tim Burton mostra todas as suas imperfeições, usado o seu estilo gótico e irreal. A sua fantasia é explorada pela união de duas realidades opostas, de princípios e de escolhas diferentes. Consegue prender o públi-co com a sua crítica indirecta ao cinismo, a falsida-de, e egoísmo da sociedade moderna.

Johnny Depp veste a personagem como nunca. Edward não tem muitas falas, mas todas as suas expressões faciais são bastante explícitas, num diá-logo perfeito, dizendo quase nada, num estilo que o catapultou ao estrelato.

O filme é considerado uma crítica social por alguns e, por outros, é apenas mais uma história de fantasia gótica de Tim Burton. Mas todos concor-dam com a beleza assustadora única que a obra contém. A atribuição da cotação pelo IMDB (Internet Movie Database) é de 8 em 10. k

Eduardo Mãos-de-Tesoura

neamento de um local e de uma estratégia de forma a que seja possível agradar aos estudantes e aos moradores, e que tudo possa ser feito sem haver violação dos direitos dos habitantes. Pretendemos criar condições favoráveis, para que todas as pessoas envolventes possam sair beneficiadas.

Que vantagens trouxe a comunidade estudantil à cidade? E desvantagens?As vantagens são enormes, não há dúvida que ajudaram a economia local, porque necessitam de ter alojamento e fazem parte do leque de consumidores. As desvantagens centram-se nos comportamentos, nos excessos que se verificam e que poderiam ser evitados.

O peso económico dos estudantes na cidade e a animação que trazem a Leiria não deveria ser um facto de ponderação da Câmara na aval-iação desta polémica?E tem sido. É por isso que temos facilitado a reali-zação de algumas iniciativas. Agora também temos de ter em atenção que há limites para tudo.  

Subscreve as críticas que foram feitas ao comportamento dos estudantes no que toca à “destruição” do centro histórico?Não. Temos que ter em atenção que se os espaços onde os estudantes convivem cumprirem as regras e se houver da parte dos próprios estudantes um comportamento cívico que não afecte os moradores, é possível chegar-se a um consenso. Já visitei imensas cidades universitárias e onde os estudantes a partir de uma certa hora adoptam um comportamento adequado à via pública. O problema é que os abusos do álcool levam a que muitas vezes não haja sequer uma noção da realidade.

A questão da segurança no centro histórico e nas zonas mais frequentadas pelos estudantes é algo que preocupa a autarquia?Claramente, temos em curso um contrato local de segurança, foi apresentado um programa de videovigilância e vão ser tomadas medidas em relação aos estabelecimentos do centro histórico, assim como aos prédios degradados nos quais a autarquia irá intervir. O que nós queremos é que o centro histórico seja um espaço de convívio e acima de tudo que haja ordem e regras que permitam uma relação de paz entre moradores e utentes.

Considera que Leiria é uma cidade apta para receber os estudantes que todos os anos chegam e por cá permanecem durante grandes períodos de tempo?Nós entendemos que sim, sendo que muitos ficam cá por terem oportunidades no mercado de trabalho. A própria localização geográfica de Leiria oferece exce-lentes acessibilidades e, portanto, há aqui condições, que embora ainda não sejam as mais propícias, já nos permitem aliciar os futuros estudantes e os futuros licenciados a permanecerem na cidade. Temos um bom mercado, a cidade é portadora de bons espaços e serviços, tudo o que um estudante necessita para por cá prolongar a sua estadia.  

Ganhou as eleições há pouco mais de um ano. Desde a sua tomada de posse quais as princi-pais mudanças de que se orgulha? E o que é que falta fazer?Falta sempre muito para fazer. Estamos a tentar reorganizar a estrutura da autarquia no sentido de encontrar soluções e respostas para os problemas dos nossos munícipes. Os resultados de 2010 estão aí, le-vando a um corte drástico nas despesas correntes su-perior a 6 milhões de euros. No entanto, mantivémos o ritmo das obras e gostaríamos que, no final deste ano, as nossas iniciativas estivessem concretizadas. Tudo isto depende da situação económica do país, nomeadamente dentro do concelho, uma vez que agora existem muito mais cortes o que vai dificul-tar a actividade do Município. Resta aguardar para perceber qual será a dimensão desses cortes e saber que soluções poderemos ter para dar cumprimento ao programa apresentado, que foi sufragado maiori-

tariamente pelo eleitorado, que em nós confiou e que de forma alguma pode ser defraudado.

A falta de aproveitamento do Estádio Magalhães Pessoa tem sido alvo de discussão por parte da população e de manchetes sucessivas nos jornais leirienses. Perante tamanho investimento, quais lhe parecem serem as melhores soluções para este “elefante branco”?Depois de uma avaliação, a autarquia chegou à conclusão que o estádio apenas serve para a prática de futebol e atletismo. No entanto, existem duas contrariedades: por um lado o futebol apesar das fracas audiências é capaz de gerar receitas, o que não acontece com a prática do atletismo. Infelizmente, temos uma equipa da primeira liga que, por deter-minadas razões, não consegue mobilizar a população da região. Ainda assim, após uma análise do estádio propriamente dito, põe-se em questão a realização de concertos únicos no país. Como é óbvio esta é apenas uma solução ainda longe de poder ser concre-tizada, pois a retaguarda financeira que esta inicia-tiva envolve é impossível de alcançar.

Em 2009, afirmou que pretendia tornar Leiria na “Capital Nacional do Empreendedorismo”. Em que pé está esse objectivo?Por um lado estamos a proceder a alterações leg-islativas, ou seja, pretendemos proceder à legali-zação de algumas empresas já há muito aqui sedia-das, estamos a criar parcerias com o próprio IPL, com a NERLEI e com a Associação de Municípi-os, no sentido de criarmos uma estrutura que seja um centro nacional de inventores. Em paralelo, estamos a trabalhar na sensibilização e captação de novos investimentos de certas unidades que pretendemos que se venham a instalar no concelho de Leiria, de forma a criar postos de trabalho, dando resposta ao problema do desemprego.

Se não estivesse condicionado pelos proble-mas financeiros, o que mudava na cidade de Leiria?   A nossa preocupação passa pela recuperação do centro histórico, pela reabilitação de muitos espaços e de muitos imóveis degradados, assim como rever a situação de infra-estruturas do concelho. É preciso investir em saneamentos, melhorar as redes viárias e criar através da revisão do PDM, que está em curso, mais zonas industriais.  

Perante aquilo que diz ser o estado da autar-quia, há momentos em que se arrepende de ter concorrido a presidente de Câmara?Há momentos de desânimo perante alguma inca-pacidade de poder dar respostas aos problemas que surgem. Como é obvio, existem sempre algumas contrariedades no que toca à questão financeira, o que não nos permite realizar tudo o que desejávamos.

Já tomou uma decisão quanto a uma eventual recandidatura, em 2013?Não, ainda agora estamos a fazer 18 meses. Faltam 30 para acabar o mandato, só no final é que será feita uma avaliação e posteriormente tomada uma decisão em relação a uma recandidatura. k

kULTosMarta Cova

DR

RaÚLCaSTRO

O que nós queremos é que o centro histórico seja um espaço de convívio e acima de tudo que haja ordem e regras que permitam uma relação de paz entre moradores e utentes.

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Os DBE Dance Crew são um grupo que nasceu em Outubro pelas mãos de João Ferreira, aluno de Desporto e Bem-Estar (DBE), com o apoio do professor Nuno Amaro. A ideia surgiu dos alunos de DBE que, perante a ausência de um grupo de dança na escola, decidiram avançar com este projecto aberto a toda a comunidade do Instituto Politécnico de Leiria.

No início, não tinham sequer sítio para ensaiar. “Ensaiávamos onde havia espaço”, recorda João Ferreira – também conhecido por Joka -, autor das coreografias do grupo. Recen-temente, foi-lhes dada a permissão para ensaiarem no ginásio da Escola Superior de Educação e Ciências So-ciais (ESECS). “Já não é mau de todo, já que não somos classificados como desporto do IPL e nem dispomos de qualquer apoio financeiro por parte da escola”, explica Joka.

Actualmente, o grupo é consti-tuído por 12 membros (um homem e 11 mulheres, dos 19 aos 23 anos) que abrange alunos dos cursos de DBE, Animação Cultural, Comuni-cação Social e Educação Multimédia, Serviço Social e ainda de um CET de Gestão e Animação Turística. O

grupo tem vindo a crescer tanto a nível artístico como musical, alar-gando o estilo base para temas como o Hip Hop, Reggae, Vogue, Ritmos africanos, House Music, BreakDance, R&B e Contemporânea. O objectivo é fazer com estas influências um misto de sons, criando uma música própria e possível de ser interpretada através da dança. O sucesso tem estado à vista, como provam as várias actuações que têm feito no Beat Club, na Escola D. Dinis, em freguesias do distrito, na Competição School Fitness e na ESECS (Gala ESECS, Convenção All Dance e Abertura do Fitness Day).

Gisela Maia, aluna de DBE, re-vela que o grupo tem “recebido mais elogios e a adesão do público tem sido fantástica”. Exemplo disso, foram as últimas actuações no Beat Club, já que algumas das pessoas “foram de propósito para nos ver fazer a abertura da pista e depois foram-se embora”.

Agora, os principais objectivos do grupo são aumentar o número de ele-mentos, revela Joka, salientando que a aposta é serem cada vez mais profis-sionais de modo a participarem em competições de dança. “Gosto do que fazemos, e estou contente pela iniciati-va”, resume Vanessa Fernandes. k

Apesar da polémica em torno dos horários impostos pela Câma-ra, a Semana Académica de Leiria (SAL) não deixou de atrair os estu-dantes. Mas a afluência foi menor, reconhece Adrian Santos, presi-dente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, salientando que algumas ‘‘pessoas não compraram a pulsei-ra semanal por causa do horário reduzido’’ e outras nem compraram o bilhete diário. Apesar da menor

afluência, Adrian Santos revela que, “em princípio, a SAL pagou-se a ela própria”. Para isso contribuiu uma redução do orçamento com artistas “devido às limitações impostas pela Câmara”. Por isso, o orçamento foi reduzido, passando de 220 mil euros em 2010 para apenas 156 mil euros nesta edição.

Esta moderação estendeu-se também ao consumo das bebidas alcoólicas, um problema tradicio-nal deste tipo de festas académi-

cas. Durante a semana, foram apenas “assisti-das três pessoas pelos bombeiros voluntários”. Para isso, diz Adrian Santos, contribuí-ram as campanhas promovidas pela Federação Académica de Leiria cujo lema tem sido “Diverte-te mas com juízo”. k

ÚLTIMAsAna Camponês

A FechARInês de Almeida

Semana Académica pagou-se a ela própria

DBE Dance Crew dão música ao IPL

Candidaturas abertas: Pós-graduações ESSLeiEstão abertas as inscrições online para as pós-graduações da Escola Superior de Saúde de Leiria. A oferta divide-se em três áreas: Enfermagem Forense; Trauma, Emergência e Apoio Humanitário e Enfermagem de Anestesiologia e Cuidados Intensivos. A duração normal dos cursos variam entre 272 horas a 810 horas.

Poderá candidatar-se em http://candidaturas.ipleiria.pt/app/ até ao dia 31 de Julho. As matrículas decorrem de 22 a 31 de Agosto de 2011.

Ensino Curta Duração

No dia 17 de Junho o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) promo-ve a conferência “O Ensino Su-perior de Curta Duração: Os CET e o Futuro”. O evento pretende analisar e debater a experiência portuguesa na área dos Cursos de Especialização Tecnológica (CET) e as suas perspectivas de evo-lução. Magda Kirsch da Agência EduConsulte e Sylvie Bonichon, perita do Processo de Bolonha, integram as individualidades internacionais convidadas para esta conferência. Informações adicionais disponíveis em: www.confcet2011.ipleiria.pt.

Dinâmica das oNG’s em Leiria

O CIID - Centro de Investiga-ção Identidade(s) e Diversidade(s) do IPL, em parceria com a EAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza (Lei-ria), realizou um estudo intitulado “A Dinâmica das Organizações Não Governamentais de Solida-riedade Social no Distrito de Lei-ria”. Neste âmbito, será lançado o respectivo livro numa sessão que irá ter lugar no dia 14 de Junho, pelas 17H00, no Auditório 1 da Escola Superior de Educação e Ci-ências Sociais. A entrada é livre.

DR

http:// www.myway.pt

DR

Texto Ana Filipa Ribeiro