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ED. 19 – JUNHO 2012 – www.alatUr.cOm

Rodrigo Cezar, da Roche, é exemplo do profissional que as

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Embarque no mundo das viagens corporativas

tecnologiaVideoconferência está

entre as tendências apontadas no ACTE

de São Francisco

lazer O ganho pessoal de embarcar em

uma viagem mística

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Rodrigo Cezar, da Roche, é exemplo do profissional que as

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Embarque no mundo das viagens corporativas

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56 raridades uma viagem pelas paisagens e experiências de lugares remotos da América do sul

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Está chegando a hora. Em setembro teremos o 5o Fórum Alatur. Estamos preparando um grande evento para marcar as mu-danças por que passamos nessa metade de década. Quando realizamos o primeiro Fórum, em 2008, tínhamos cerca de 450

colaboradores e 150 empresas na carteira de clientes. Não éramos pe-quenos, mas não estávamos satisfeitos. Nossa meta era crescer. E isso só foi possível porque trilhamos o caminho do conhecimento. Assim, chegamos ao 5o Fórum Alatur consolidados como uma das maiores agências de viagens corporativas do país. Hoje, temos cerca de 1 100 colaboradores e atendemos a mais de 800 empresas. Não te-mos dúvida de que a busca pelo conhecimento e consequente melho-ria na qualidade de nossos serviços nos fez chegar até aqui. Por isso, preparamos essa edição para compartilhar esse momento especial. Abrimos a revista com uma entrevista com o gerente de eventos da Roche, Rodrigo Cezar. Ele é o profissional multifacetado que o merca-do busca. Formado em turismo, Rodrigo já trabalhou com paisagis-mo, educação ambiental e teve uma padaria. Ele soube convergir essa formação diversificada para sua atual função. Em Internacional temos o parceiro venezuelano da HRG, a Molina Viagens; há dois anos, a representante da gigante global no país. Em Viagens Corporativas, dividimos a experiência da gerente-geral do Instituto Alatur, Juliana Aranega e das clientes que estiveram no ACTE de São Francisco. O grande tema do evento foi a volta das videocon-ferências como alternativas às viagens. As entrevistadas reforçam a necessidade de participar de eventos para ampliar o conhecimento. É justamente para aumentar essa via de relacionamento com clientes e fornecedores que realizamos o Fórum Alatur. Reserve o dia 21 de se-tembro para compartilhar de novas práticas e fazer contatos. Boa leitura!

A via do conhecimento

rodrigo Cezar, da roche: a capacidade de ser um profissional multifacetado.

Criada em 1991, a Alatur se transformou

em um dos maiores grupos do mercado de viagens corporativas do País. Conta com mais de 1.100

colaboradores distribuídos em escritórios localizados

nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Curitiba, Joinville e Jaraguá do Sul. Tem uma carteira de clientes

com 880 empresas, como Grupo Santander,

Camargo Corrêa, Promon, L'Oréal e Bimbo. www.alatur.com

RedAçãO

editora-chefe Sonia Xavier

Colaboraram nesta edição Texto: eduardo Cosomano, Juliana Narimatsu, Klaus Gambarini, Matias Salse, Roberto Kreitchman, Tayane

Scott e Wesley Souza Fotos: Biofoto

Revisão: Valdinei dias Batista

diagramação Luana Santana, Philipe Aquino

Serviços administrativosFabiana Steavnv

FALe COM A GeNTee-mail: [email protected]

Cartas: Rua diana, 701. São Paulo-SP. CeP: 05019-000.

Fax: (11) 3873-5110

A Alatur Magazine é uma publicação do Grupo Alatur, produzida

pela Linhas editora.Publishers: Fernanda Bulhões

e ederaldo Kosa

www.linhascomunicacao.com.br

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36 lazer Viagens místicas vão além da descoberta de um destino sensacional.

são experiências inesquecíveis

28 viagens corporativas ACte de são Francisco reafirmou a importância

da tecnologia no setor de viagens

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10 Última chamada As novidades que movimentaram o setor de viagens corporativas

12 mercado As quatro tribos que determinam como será o futuro das viagens

18 eventos e incentivos um balanço da troca de experiências promovida pelas quatro edições do Fórum Alatur

22 internacional o parceiro da HrG na Venezuela, molina Viagens

32 compras itens que você precisa ter na mala

40 embarque o conforto e as facilidades do Aeroporto de Amsterdã, na Holanda

42 sonho o tour por Genebra, Praga, Amsterdã e Paris feito pela consultora de negócios márcia Araújo

46 4 horas em Atlanta, nos estados unidos, é uma diversão. de fábrica de refrigerantes a zoológicos

50 sem mistério A tecnologia móvel e os programas de viagens ajudam as empresas a cortar custos

52 essencial Hologramas nos aeroportos de Nova York, trem de Paris a Versalhes e museu titanic em Belfast

62 ponto de vista A gestora de viagens da san Antonio internacional conta como foi o processo de implantação da regionalização na empresa

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perfil

fotos: biofoto

O gerente de eventos & viagens da roche, rodrigo Cezar, tem uma formação peculiar que contribui nas suas funções

talentosVários

Empreendedor desde os 17 anos, quando os pais o incentivaram a vender o carro para investir em uma padaria, Rodrigo Cezar é o tipo de profissio-nal que o meio acadêmico descreve como multifa-cetado. Afinal, após a experiência como empresá-rio, ele estudou turismo, trabalhou em um centro

de educação ambiental e, nas horas vagas, era paisagista. Há oito anos começou a trabalhar na Roche, onde hoje é gerente de eventos & viagens.

Você sempre trabalhou com viagens e eventos? Não, também atuei com educação ambiental, comércio e paisagismo. Há mais de 15 anos migrei para o setor de via-gens e eventos. Escolhi essa área por paixão e pela diversi-dade e dinamismo.

Qual é sua formação profissional?Turismo, marketing e gestão de pessoas, mas já fiz de tudo. Quando tinha 17 anos meu pai me incentivou a ter meu pró-prio negócio e, para isso, tivemos que vender um carro para eu montar uma padaria com dois sócios. Na época da faculda-de acabei me envolvendo com a questão ambiental e comecei a trabalhar na área. Eu fazia parte do Centro de Educação Ambiental Garça Branca, localizado próximo à Billings. O pai-sagismo surgiu como um hobby, é fruto da minha paixão pela natureza e da lembrança da minha infância no interior.

Você acredita que essa diversidade na sua formação colaborou para seu atual perfil profissional?Sim. Todas convergiram para uma única atividade. Sou perfec-cionista, então sempre exerci minhas funções de forma integral. Quais os desafios que um gestor de viagens enfrenta no dia a dia? O maior é planejamento. Ele é essencial, pois a realidade do se-tor é complexa, se não houver planejamento ficamos restritos, sem a menor possibilidade de escolha ou negociação.

Nesses sete anos de trabalho na Roche, quais foram as mudanças por que o setor de eventos e incentivos passou? A cobrança atual é muito mais do que um evento bem feito ou uma viagem de sucesso. As empresas querem profissionais que além de resultados excelentes, tenham um caminho bem per-corrido, tanto nas áreas internas quanto com os fornecedores externos. Controle, gestão e governança são fundamentais pa-ra manter a estrutura de eventos e viagens na empresa.

As empresas utilizam as viagens de incentivo como ferramenta motiva-cional e de fidelização de colaboradores, parceiros e clientes. Qual a rela-ção da Roche com esse tipo de viagem? Elas são restritas nas indústrias farmacêuticas. Temos apenas al-gumas ações nesta modalidade para o público interno, os cola-boradores da Roche. No restante, quando envolvemos clientes ou parceiros, as viagens estão sempre associadas ao trabalho.

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Por sonia Xavier

08 AlAtuR junho 2012

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richard, renata e Duda na Alemanha

Na sua opinião, como o setor eventos está preparado para diminuir o impacto am-biental de suas ações?Infelizmente ainda não estamos prepara-dos. A geração que atua no mercado está se adaptando, as próximas agirão de ou-tra forma. Além disso, a questão finan-ceira é importante. Hoje, toda a cadeia envolvida em um evento não consegue encontrar produtos e mão de obra “sus-tentáveis” com um custo razoável. Com as novas tecnologias, os impactos devem mudar. Só vamos conseguir reduzir o maior deles, ou seja, o deslocamento – a viagem –, se realizarmos mais eventos vir-tuais, por exemplo. Mas tudo isso é uma questão de tempo. Os perfis dos eventos estão mudando, muitos permanecerão como são, em função do perfil e objetivo do mesmo, outros terão novo formato. Alguns impactos que podemos detectar, como impressões, cenografias e estan-des, estão sendo substituídos por alterna-tivas digitais. Muita coisa já mudou e,

podem aguardar, pois teremos diversas mudanças nos próximos anos.

E você, costuma viajar muito? Sim! Além do trabalho e dos treinamen-tos, adoro viajar com minha esposa, meus filhos, minha família e meus ami-gos. Adoro São Paulo, mas a cada 15 dias vou com minha família para o interior recarregar as energias.

Para onde costuma ir nas férias? Tento ter uma nova experiência a cada viagem. Elas podem ser as mais variadas possíveis, o importante é sair do ambien-te do dia a dia. Se vamos para o exterior foco em apenas um país, assim, aprovei-tamos de fato o lugar.

Qual o seu sonho de viagem?Não tenho um sonho e sim vários...rs. Não conheço os continentes asiático e africano e há países que eu gostaria de visitar por lá! O sonho será sempre a pró-

xima viagem agendada. Neste momento é a Patagônia com minha família. Via-gens ou possibilidade delas, transfor-mam as pessoas em eternos sonhadores.

Qual foi a sua viagem inesquecível?Na minha juventude fui para a Chapada Diamantina, que considero o lugar mais especial do Brasil e com uma diversidade incrível. Recentemente, fui para a Itália com minha esposa e um casal de amigos por um roteiro especial. Um dos mo-mentos inesquecíveis foi uma parada que fizemos em Siena, onde passamos em uma casa de queijos e vinhos apenas para dar uma olhada e acabamos fican-do uma tarde inteira. Conhecemos o dono e fomos servidos na calçada com os melhores queijos e vinhos. Outro mo-mento marcante foi o pôr do sol em Por-to Fino. Inesquecível. Foi uma viagem típica da Itália, com paisagens lindas, excelente gastronomia, muita conversa, vinhos e praias diferentes.

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curitiba tem uma novidade que deve ser seguida por outras cidades do Brasil. trata-se do aplicativo turismo & Gourmet, que lista e classifica restaurantes, bares e pontos turísticos da cidade. lançado em abril, ele deverá estar completo em 2014, quando a cidade receberá os turistas que virão acompanhar os jogos da copa do mundo. Entre as funcionalidades disponíveis estão a área com preferidos, onde o usuário pode marcar os seus pontos favoritos; mapas; e a lista dos cinco melhores restaurantes da capital do Paraná. Quem quiser conferir, basta procurar na app Store por turismo & Gourmert.

Novo aPlicativo

10 alatur junho 2012

consagrada no cenário dos cruzeiros, a celebrity cruises anunciou recentemente sua programação para a próxima temporada no hemisfério norte. Os roteiros irão contemplar 25 países, passando por seis rotas inéditas na Europa: liverpool, na inglaterra; Waterford, na irlanda; tórshavn, nas ilhas Faroé; Varna, na Bulgária; Sevastopol, na Ucrânia; e Kristiansand, na Noruega. durante o verão serão oferecidas excursões em terra. a celebrity cruises também tem cruzeiros que irão passar pelos Estados Unidos, canadá e a novidade, o alasca. Outro destaque é o celebrity Solstice, nomeado como “melhor navio Premium” pelo travel Weekly’s annual Readers’ choice awards (US) e que será o primeiro a oferecer férias no alasca. as paradisíacas ilhas Bermudas e Galápagos também são pacotes disponíveis.

O site de busca de passagens aéreas Skyscanner (www.skyscanner.com.br), realizou uma pesquisa para descobrir qual o assento preferido pelos passageiros dentro de um Boeing 757. O levantamento, feito on-line, contou com a opinião de mil pessoas e constatou que, durante uma viagem, 42% dos passageiros preferem sentar nas seis primeiras fileiras do avião. a poltrona mais popular foi a 6ª, que fica na janela e perto da saída. “Nossa pesquisa mostrou que a parte dianteira do lado esquerdo do avião é a mais procurada por proporcionar uma melhor escolha das refeições e por estar menos suscetível ao ruído do motor”, explica mateus Rocha, diretor geral da Skyscanner no Brasil. Escolhido como pior lugar, o 31E fica localizado na parte traseira da aeronave, apenas 1% responderam que gostam de sentar na poltrona do meio durante uma viagem.

Melhores lugares

verão 2013

a avianca lançou um cardápio para agradar aqueles que não comem carne. trata-se do menu vegetariano, oferecido sem nenhum custo extra ao passageiro. Ele precisa apenas ser solicitado ao comprar a passagem. É importante fazer isso com no mínimo 48 horas de antecedência. a opção, porém, é restrita a voos com mais de uma hora duração. O cardápio tem pratos lacto-ovo-vegetarianas, ou seja, tem ingredientes comuns, exceto carnes de qualquer espécie. Vegetais, frutas frescas e legumes também estarão presentes.

cardáPio iNédito

a tam foi premiada como a melhor companhia da américa latina na administração de combustível para aviação em 2011. Esta é a terceira vez que a área de energia da empresa recebe este prêmio. a honra foi concedida em Pequim, na conferência anual da armbrust aviation Group (aaG), uma das mais importantes entidades relacionadas ao setor no mundo. “Gerenciar com eficiência é um insumo essencial para o nosso setor e determinante para o desempenho de qualquer companhia aérea. É um prêmio que nos estimula a seguir investindo na gestão estratégica de nossos recursos e no melhor relacionamento com a indústria de combustível de aviação”, afirma o vice-presidente de suprimentos e contratos da tam linhas aéreas, José Zaidan maluf.

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quinta-feira, 10 de maio de 2012 17:04:22

O futurO é agora

Pesquisa mostra quais são os quatro grupos de viajantes que irão impactar o mercado de viagens de agora até 2020

Por Sonia Xavier

No mercado de viagens e turismo é essencial saber identificar as necessida-des dos clientes para ofe-recer o melhor serviço. É um setor onde conheci-

mento está diretamente relacionado ao futuro, afinal, é preciso entender as ten-dências que podem orientar uma estra-tégia de negócios bem-sucedida. Pensan-do nisso que a Amadeus, líder mundial em soluções de tecnologia e distribuição, lançou o relatório Future Traveller Tribes 2020. O trabalho inédito faz um crite-rioso levantamento de quais são as ten-dências demográficas, geopolíticas, eco-nômicas e tecnológicas que formam os grupos de viajantes que irão influenciar as viagens nos próximos anos.

A pesquisa, realizada em parceria com o Henley Centre HeadlightVision, consul-toria especializada em criar estratégias

para o futuro, identificou quatro tribos de viajantes: executivos globais, terceira idade, cosmopolitas e famílias. É justa-mente a necessidade ou vontades destes grupos que nascerão as oportunidades de mercado. Os desejos deles serão os desafios enfrentados pelos gestores nos próximos 10 ou 15 anos.

Ao compreender os rumos do mer-cado no futuro, o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas se tornou pri-mordiais para oferecer um serviço mais eficiente e focado nas quatro tribos. Conforto, segurança, controle e persona-lização estão entre as exigências desses viajantes e devem orientar o trabalho da equipe de tecnologia da informação. De acordo com a pesquisa, os programas de viagens devem facilitar todo o proces-so de viagem, guardar informações dos clientes e por consequência, facilitando o atendimento de seus desejos e oferecer

informações em tempo real para o via-jante. É importante ter em mente que o turista está cada vez mais conectado. A tecnologia móvel está cada dia mais pre-sente na rotina das viagens. Um mUndo em mUtaçãoA cara do viajante do futuro está sendo desenhada nesse instante, seguindo os contornos traçados pelo cenário mun-dial. A população mundial está crescen-do e vivendo mais, o fluxo migratório também aumentou, a globalização dos negócios também e as noções emergen-tes estão gerando novas demandas de viagens. Assim, caem as fronteiras geo-gráficas e o volume de viagens interna-cionais aumentou. Esse cenário deve se manter nos próximos anos.

Os números impressionam, a começar com o aumento populacional que, se-gundo estimativas das Nações Unidas,

Junho 2012 alatur 1312 alatur Junho 2012

em 2025 o planeta será povoado por qua-se 8 bilhões de pessoas. Ainda de acordo com a ONU, hoje há mais de 180 milhões de migrantes internacionais, em 2050 se-rão 250 milhões. E os principais destinos para essas migrações serão América do Norte (Estados Unidos e Canadá), Euro-pa e Oceania (Nova Zelândia e Austrália), com migrantes da Ásia, América Latina/Caribe e África. “À medida que viajar se torne menos dispendioso e as pessoas se tornem mais ricas, a palavra viajante re-presenta uma variedade sempre crescen-te de pessoas, culturas, necessidades, ex-pectativas, aspirações e estilos de vida”, declarou o vice-presidente da Amadeus, Frédérick Spagnou.

as qUatro tribosDe acordo com o relatório, nos próximos 10 ou 15 anos, quatro tribos de viajantes irão se destacar entre as demais. Uma delas é dos executivos globais, que, ali-ás, é uma tendência diagnosticada anos

atrás e que deve se manter no futuro. O nível de exigência desses homens de ne-gócios deve aumentar. Eles querem ser-viços mais exclusivos, agilidade e não se preocupam com os custos das viagens. O consultor de viagens tem de ficar atento à flexibilidade exigida pela rotina desses executivos, que têm suas viagens altera-das a todo tempo.

Uma outra tribo que também viaja por questões profissionais são os via-jantes cosmopolitas. Entretanto, os deslocamentos são feitos entre suas re-sidências e os locais de trabalho, quase sempre percorrendo distâncias curtas. É um grupo que se preocupa com os cus-tos das viagens, mas não abrem mão de um serviço rápido e seguro. Além disso, também estão constantemente conec-tados e, nesse caso, utilizam a tecnolo-gia móvel para ganhar tempo.

Os dois outros grupos têm suas via-gens ligadas ao lazer. Com a população vivendo mais é natural que os aposenta-

de acordo com a oNU, há mais de 180 milhões de migraNtes iNterNacioNais, em 2050 serão 250 milhões

dos passem a viajar mais. São os turistas da 3ª idade, formados por pessoas entre 50 e 75 anos. Esse grupo irá procurar por viagens para encontrar amigos, cul-turais, éticas e até mesmo voltadas para o bem-estar e saúde. Por terem tempo para viajar, gastarão tempo para pesqui-sar os destinos que mais lhes agradam. A questão preço é considerada, man-tendo certo nível de conforto. E por fim, estão as famílias ou clãs globais.

Resultado direto do crescimento do fluxo migratório, eles viajam em fé-rias, datas comemorativas ou feriados prolongados. Portanto, são viagens planejadas com antecedência e utili-zam a internet para comprar a viagem para toda a família. Nesse caso, o que-sito preço é levado em conta. O servi-ço mais solicitado por esse grupo são as facilidades de viagens tendo como base a plataforma virtual. Tudo que pode facilitar a vida dessas famílias viajantes será bem-vindo.

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Por Sonia Xavier

essencialHá cinco anos o FÓRUM ALATUR promove um verdadeiro show de conhecimento. Em setembro, tem mais

Um evento

A quinta edição do Fórum Alatur já tem data e local agendados: 21 de setem-bro no Centro Fecomercio de Eventos, em São Paulo. A meta é que ele supere

as expectativas dos mais de 800 partici-pantes previstos que irão acompanhar as palestras, painéis, produtos e serviços em exposição e oportunidades de negócios. Como sempre, um evento dinâmico e enriquecedor, capaz de promover o re-lacionamento entre cliente e fornecedor pela via do conhecimento.

Considerado um dos maiores eventos do mercado de viagens corporativas do país, o Fórum é uma excelente chance para trocar informações e discutir boas práticas. Em sua primeira edição, quando começavam os sinais da crise financeira iniciada nos Estados Unidos, o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor apostou no de-senvolvimento do Brasil com a ajuda do mundo corporativo. “Só as mudanças do capitalismo, globais ou não, podem de-sorganizar a solidez do atraso”, disse.

Na ocasião, o atual membro do con-selho do Grupo Alatur, Ricardo Ferrei-ra, declarou que o evento havia supe-rado suas expectativas pela quantidade de participantes e interesse dos presen-tes. “O tema abrangente, além de estar ligado à área de viagens corporativas, também envolveu eventos e supply chain”, comentou Ferreira.

Em 2009, já com o mundo sentindo os efeitos da crise, o 2º Fórum serviu para inspirar os participantes sobre as oportunidades de superação. O gran-de exemplo foi dado pelo Grupo Ala-tur que, na época, apresentou resulta-dos positivos, formando joint-venture com a MCI e se aliando à BSP e à HRG. “Nunca devemos parar de investir para nunca pararmos de crescer. Jamais vi um só exemplo de investimento, salvo um grande azar ou má administração, a lon-go prazo, que não tivesse tido retorno”, contou o chairman honorário do Grupo Accor, Firmin Antonio, em sua palestra.

A terceira edição do Fórum, em 2010, foi marcada pelo bom momento eco-

5º Fórum AlAtur

Data: 21 de setembro

local: Centro Fecomercio de Eventos

(R. Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista)

Horário: 8h30 às 18h30

PrinciPAis PAlestrAs

• Viagens através das pessoas e dos significados

• Acreditem, isto aconteceu comigo – experi-

ência e expectativa dos viagens corporativas.

• O poder dos relacionamentos - como os

relacionamentos inspiram e interferem na

vida profissional das pessoas.

• Os relacionamentos do futuro – como as

pessoas irão se reunir e trabalhar de 2015

em diante?

FÓRUM

nômico do Brasil e pela oportunidade de o país sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. “O Brasil saiu-se bem da crise, isso é fato. Esta-mos mais bem preparados, temos um sistema financeiro sólido e estabilida-de macroeconômica”, avaliou o ex--ministro Maílson da Nóbrega em sua palestra. Outro momento concorrido do evento foi a participação do presi-dente da agência colombiana Aviatur, Jean-Claude Bessudo. “O papel de um bom presidente de empresa é, quando há tempo, descobrir onde há incêndios e apagar ele mesmo, pois não há tem-po para comitês”, ensinou Bessudo.

O jornalista norte-americano Lar-ry Rohter e o antropólogo Roberto da Matta dividiram o painel de abertura do 4º Fórum Alatur, no ano passado. Eles falaram sobre o Brasil, sob a percepção de um brasileiro e a de um estrangeiro. Também participaram do Fórum, Da-vid Radcliffe, chairman da HRG; Roger Tondeur, presidente e fundador do MCI Group. Will Tate, vice-presidente da Ma-nagement Alternatives; as atrizes Irene Ravache, Marília Pêra e Clarice Niskier, além do show de encerramento com o sambista Diogo Nogueira. A agenda da quinta edição está sendo montada (saiba mais no box abaixo), com certeza terá a participação de grandes nomes que irão trocar conhecimento de forma inspiradora. Aguarde.

“O BrAsil sAiu-se Bem dA crise, issO é fAtO. estAmOs mAis Bem

prepArAdOs”mAÍlsON dA NÓBreGA

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Acompanhe a agenda e inscreva-se para o 5o Fórum pelo hotsite www.forumalatur.com.br

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Por Matias salse

a Molina Viagens, parceira da HrG na Venezuela, se consolidou como uma das maiores agências do país e quer seguir crescendo em 2012Venezuela

Bons Ventos na fo

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faz aproximadamente dois anos que a Molina Viajes se tornou representan-te da HRG na Venezuela. Fundada em 1946 por Ma-riano J. Molina, era a se-

gunda maior companhia no mercado corporativo do país. E foi exatamente essa experiência que atraiu a gigante especialista na gestão de viagens cor-porativas. “A HRG buscava um novo sócio no país e foram nos procurar para estabelecermos a parceria. Isso significou uma solução positiva para ambos os lados. Apesar deles já es-tarem estabelecidos no mercado ve-nezuelano, fizemos com que a HRG conseguisse relançar a marca e for-talecê-la no segmento corporativo”, conta o gerente comercial da empre-sa, Hernán Salcedo (foto abaixo).

Atualmente, a Molina atende clien-tes na área de indústria farmacêutica, empresas petrolíferas, de alimentos e outras. Em seu portfólio constam McDonald´s, Novartis, Procter & Gam-ble, Avon, Diageo e Camargo Corrêa. E, apesar da crise que o país enfrenta,

43% crescimento em 2011

59% crescimento em 2010

3,5%* é sua representatividade de no mercado de viagens da Venezuela

3o posto no ranking da BSP Venezuela

30% de expectativa de crescimento em 2012

235 funcionários

* Fonte: BSP Venezuela

hrG venezuela em números

internacional

a expectativa é manter o crescimento em 2012, mesmo que com índices me-nores que no ano passado.

“Este ano esperamos crescer em tor-no de 30%. A tendência do mercado de eventos na Venezuela é continuar aquecido, especialmente voltado para a área internacional”, conta Hernán. Em 2011 a empresa cresceu 43%, con-tra 59% no ano anterior. A meta para 2012 é priorizar setores que oferecem maior demanda, como laboratórios farmacêuticos e empresas de seguro.

Com 40 anos de experiência na área de viagem, o gerente comercial revela que o setor sofreu muitas transforma-ções, principalmente com o avanço da tecnologia. “Há alguns anos você re-cebia a confirmação de um hotel via telegrama ou fax. Hoje em dia temos

“a tendência do mercado de eventos na venezuela é continuar aquecido” hernÁ

formas mais fáceis e simples de fazer isso. Precisamos estar antenados com essas mudanças para permanecermos ativos no mercado por muitos anos”.

A agência tem uma equipe de 235 funcionários qualificados, liderados pelo presidente da empresa Francisco Vanososte Molina, que ocupa o cargo desde 1974. Além de diversos escritó-rios, há um call center, dedicado a co-brir as necessidades e demandas das empresas clientes.

No ano passado, a companhia ocupou o terceiro posto no ranking da BSP Venezuela, sendo considerada a segunda maior agência do país quando o assunto é mercado coorporativo. Levando em conta o segmento de viagens do país, hoje ela representa 3,5%.

Hernán Salcedo: gerente

comercial da Molina Viajes

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Presença constante em nosso dia a dia, a tecno-logia veio para mudar o modo como nos relacio-namos com as pessoas e o mundo, além de inovar

no universo dos negócios. No setor de viagens corporativas não é diferen-te. Tanto que durante a conferência da Association of Corporate Travel Executives (ACTE), realizada em São Francisco, na Califórnia, em abril, um tema norteou boa parte das apresen-tações: videoconferência.

Responsável pelo 3º ou até 2º maior gasto mensal da maioria das empresas, as viagens corporativas

Presente,mas nem tanto

por raquel Gonçalves fotos biofoto

Videoconferências ganham força no controle de gastos das viagens de negócios. Tema foi um dos destaques da ACTE de São Francisco

demandam de um gerenciamento estratégico, exigindo habilidade dos profissionais na gestão e no contro-le das despesas. Nesse cenário as vi-deoconferências surgem como alter-nativa ao deslocamento.

De acordo com a secretária execu-tiva da presidência da Bombardier Transportation Brasil, Ivete Silva, o tema videoconferência foi um dos destaques do ACTE. “Acredito que esse já é o caminho de várias empre-sas, diminuindo custos, tempo nos aeroportos e distância da família. A importância das redes sociais tam-bém foi discutida em vários momen-tos”, relata Silva.

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Juliana Aranega, gerente geral do Instituto Alatur, acrescenta a acessi-bilidade das tecnologias no mercado atual: “A consolidação dos recursos de telepresença e videoconferência são alternativas acessíveis e resul-tam em ganho de tempo, dinheiro, responsabilidade ambiental e quali-dade de vida para os viajantes”.

Para a diretora executiva do Gru-po Alatur, Daisy Karla De Marco, os eventos virtuais vieram para ficar e não por acaso esse serviço faz par-te do portfólio da Alatur, por meio da mobilidade corporativa. “É im-portante entender que os eventos virtuais não vão substituir todas

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Da esquerda para a direita: roberta Molissani, da Syngenta, e ivete Silva, da Bombardier

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experiências globais. “A gente pode acompanhar como o mercado está lá fora. É uma oportunidade única para conhecermos as tendências e aprender muito com a experiência de outras em-presas”, pontua.

No caso dos gestores de viagens, co-nhecer as tendências é muito impor-tante, além de estreitar relacionamen-tos com outros profissionais. Eventos como ACTE propõem inovações em vá-rias frentes para otimizar o negócio de viagens. “Eu particularmente me senti honrada em ter contribuído levando um pouco do que acontece na Améri-ca Latina para os colegas interessados em nossa região”, explica a diretora Grupo Alatur. Ela e Patrícia Thomas, da ABGEV, apresentaram um painel na sessão Nuances Regionais.

“Participar da ACTE possibilitou um maior entendimento por parte do usuário – no caso, nós da Bombardier – da importância de ter na empresa programas de gerenciamento local e global de viagens e self-booking, pos-

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gerAções no mercAdo “o mercado precisa estar preparado para lidar com o crescente número de viajantes das gerações Y e Z que tem um perfil bastante diferente de outras gerações. Elas têm amplo acesso às informações e questionam regras e políticas constantemente. Como equalizar a busca da empresa por economia versus as necessidades deste novo perfil de viajante? As tecnologias parecem ser a resposta, dando mais poder de decisão na mão deste viajante que tem prazer em ser atuante nas decisões de suas viagens.”

Juliana Aranega gerente geral do Instituto Alatur

as viagens, mas farão com que as or-ganizações considerem cada vez mais essa alternativa”, afirma Daisy. Se-gundo ela, a utilização na América Latina ainda é tímida, mas funciona bem em algumas corporações, princi-palmente durante reuniões internas. “Além de economizar tempo e custo com deslocamentos, passagens aéreas e hospedagem, contribui não só com um planeta melhor (menor emissão de CO2), mas para qualidade de vida do funcionário”, avalia.

CompArtilhAr ConheCimentoApesar da forte tendência na utiliza-ção de videoconferências, participa-ções em eventos e conferências são excelentes oportunidades para troca de experiências e conhecimento. “O networking é realmente valioso nes-ses encontros”, reforça Ivete. A ges-tora de viagens da Syngenta, Roberta Molissani, acredita que a participação nesses eventos é fundamental para aprimorar o trabalho local, a partir das

sibilitando o acesso com rapidez e pre-cisão aos gastos em viagens”, acredita Ivete. Ela ainda chama a atenção para a necessidade da aplicação correta da política interna juntamente com o en-volvimento dos colaboradores. “É pre-ciso saber mensurar as necessidades da viagem do funcionário bem alinhado com os objetivos da empresa”, acres-centa a secretária executiva.

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Muitas pessoas atravessam oceanos ou milhares de quilômetros para chegar a um único destino: o sentido da vida Por eduardo cosomano

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Uma viagem

Fernando Pessoa escreveu: “a melhor maneira de viajar é sentir”. E o que não faltam são his-tórias que confirmam as impressões do poeta português. Cris Betina descobriu seu gosto pela estrada na virada de 2006 para 2007, quando se aventurou por alguns países da América Latina.

“Tinha 25 anos, nunca havia viajado. Queria sacudir a vida e precisava ser algo que eu pudesse pagar”. Com cerca de 2 mil reais no bolso, a consultora de negócios, hoje com 32 anos, passou pela Bolívia, Chile e Peru.

Seu primeiro passo foi chegar até Corumbá, no Mato Gros-so do Sul, onde embarcou no famoso Trem da Morte. Basta-ram 30 minutos para o tal Trem da Morte se transformar em “Trem da Alegria”: “Conheci um grupo de vinte brasileiros e ficamos juntos a viagem toda. Foi muito engraçado”.

Após uma longa viagem, ela chegou a La Paz, na Bolívia. Não só os nativos, mas a altitude e, automaticamente, sua ri-nite também davam o ar da graça. “Eu devia ter me prepara-do melhor, programado as coisas. Mas fizemos uma viagem de mochileiro. Nem hostel nós fechamos”, conta, hoje, aos risos. Mas o ponto alto de sua viagem seria Cusco, no Peru, porta de entrada para a mítica cidade de Machu Picchu.

Ela escolheu entrada mais difícil para a cidade, percor-rendo a trilha Inca – caminho percorrido pelos Incas. “São quatro dias de caminhada, sem chuveiro. Mas não posso reclamar da comida. Pagamos carregadores para levar a bagagem e os equipamentos de cozinha. Eu andando, morrendo de carregar uma mochila e aqueles caras cor-rendo e carregando botijões. Aquilo me deu energia”, re-vela Cris. Às 6h30 da manhã do quarto dia, ela escutou “Chegamos, chegamos!”. Chovia tanto que a interrupção repentina da queda d’água assustou. “Sabe aquela sensa-ção de que alguma coisa forte vai acontecer? Parecia algo sobrenatural. Estava tudo nublado e chuvoso e, do nada, o sol nasceu. E aquela cidade se abriu para mim. Olha, nem se eu tentasse, saberia explicar o que vi e o que senti”.

Na outra poNta do coNtiNeNteEm julho de 2007 o relações públicas Leandro Brasil ater-rissava no aeroporto internacional de Vancouver. “Hello, I’m a student from Brazil”, explicava o jovem de 24 anos à imigração local, esgotando ali seu vocabulário de inglês. Era sua primeira viagem internacional e ele pretendia con-cluir o curso de inglês. Mas aconteceu muito mais que isso. Em novembro, quando sua passagem de volta já não estava tão longe, ele resolveu ir além de Vancouver. “Todo mundo falava de Whiterhouse e a famosa Aurora Boreal. Então eu cruzei 2,5 mil quilômetros para chegar lá”.


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Na noite em que chegou, seguiu com um grupo de amigos até o observatório, onde todo mundo fica entre bebidas quentes, deliciosos petiscos e uma gigan-te expectativa pelo céu que teimava em não colorir. “Comecei a me decepcionar. Estávamos na temporada certa, ou seja, entre setembro e abril. E nada. Mas em um relance um feixe de luz verde cortou o céu. E começou a se expandir. E ilumi-nar o ambiente. Gelei”, conta.

os veNtos que levaram à África Na mesma época o jornalista Vinícius Zannoti chegava a Dublin, capital da Irlanda. “Tenha duas certezas quando visitar a Irlanda: vai estar frio e cho-vendo”, explica. Mas o objetivo dele estava em outro continente. “Sempre quis conhecer a África, porém, desen-volvendo algum projeto para o povo de lá, precisava aprimorar meu inglês e optei por me preparar na Europa.”

E assim o fez. Já que o tempo não ajudava, se não estivesse trabalhan-do (primeiro como faxineiro, depois como cinegrafista de uma emissora local) ou estudando, o campinense se trancava em casa. “Ficava fazendo pesquisa na internet. Até que cheguei a uma pessoa da ONU que atuava na Libéria. Ela me convidou para dar au-las como voluntário. Fui ensinar a ga-rotada a fazer documentários”.

Na comunidade de Fendell, o jovem

sentiu na pele a realidade local. O jor-nalista contraiu malária e foi interna-do. “É um mal-estar pesadíssimo, achei mesmo que fosse morrer”, revela. Mas no hospital ele conheceu Sabato Neu-fville. “Nascido na Libéria, Sabato, 34 anos, solteiro, adotou 9 crianças órfãs de guerra. Se não bastasse, ainda cons-truiu uma escola para que 300 crianças da periferia de Monróvia, a capital, pu-dessem ser educadas na comunidade de Fendell. Tudo isso com 800 dólares de salário”, explica Zanotti.

Curado da malária, mas ainda com a fulminante febre tifoide, Vinícius arregaçou as mangas e começou a fil-mar. “A febre foi mais agressiva que a malária. Eu fiquei no hospital uns dias, porém resolvi começar a trabalhar. Gravei o projeto de Sabato e me en-volvi com aquela comunidade.”

Com o documentário finalizado e de volta ao Brasil, Vinicius é hoje uma das referências no país na ação humanitá-ria em prol da África. Seu documentá-rio Escola de Bambu extrapola a missão de passar o pedido de socorro. Hoje ele coordena o projeto para a construção de uma escola na comunidade. No site www.escoladebambu.com é possível conferir toda a trajetória de Vinícius e o andamento do projeto, que ainda preci-sa de recursos. “Eu queria mudar, fazer algo. Mas não imaginava que uma via-gem mexeria tanto comigo.”

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Na Natureza selvagem em 1990, o jovem americano Christo-pher McCandless caiu na estrada ado-tando o nome de alexander Supertramp. Por dois anos o rapaz atravessou o conti-nente norte-americano rumo ao alasca, onde a viagem terminou tragicamente.

comer, rezar e amara autobiografia – que foi parar nas telonas – conta a saga da escritora e memorialista americana elizabeth Gil-bert. a obra narra a viagem da autora ao redor do mundo, focada na Itália, Índia e Bali, locais onde ela descobriu--se uma nova pessoa.

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arte no aeroPortoO rijkmuseum possibilita conferir parte da coleção da chamada Idade de Ouro. Com entrada gratuita, o museu localiza-se entre os portões e e F, atrás do setor de controle de passaportes. Fica aberto diariamente das 6h às 20h.

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Genebra - Suíça

saudadeAntídoto para a

Por roberto Kreitchmann

Consultora de negócios aproveita viagem para visitar a filha em Genebra e fazer tour pela Europa

O ano de 2011 chegou ao fim e mais uma vez a saudade da filha apertou o coração da consulto-ra de negócios e estrategista de carreiras, Márcia Araújo. Ela é mãe de Stephanie Bonadio, que estuda hotelaria na Universidade Les Roches, na Suíça, e tem de conviver com a distância. Porém,

sempre que pode cruza o Oceano Atlântico para visitá-la, apro-veita para conhecer cidades, experimentar novos sabores e aprender com novas culturas. Dessa vez, procurou a primeira loja Alatur em shopping, no Park Shopping São Caetano, na região do ABC Paulista, para montar seu roteiro de viagem.

Márcia, que também é escritora e pesquisadores do vestuá-rio da mulher religiosa, dispunha de 36 dias para ficar com a filha e passear pela Europa. O tour incluiu quatro cidades: Ge-

nebra, na Suíça; Praga, na República Tcheca; Amsterdã, na Ho-landa e Paris, na França. A viagem começou por Genebra, afi-nal, é lá que Stephanie mora. Márcia já conhece bem a cidade e suas atrações. Como de costume, passou pelo Palácio das Nações, prédio sede da Organização das Nações Unidas (ONU), e pela famosa fonte Jet d’Eau.

Dessa vez, ela incluiu um tour pelas cidades da chamada “Su-íça Francesa” como Lausanne e Montreux. “Gosto muito de pe-gar o trem para lá. Montreux é tudo de bom! Indico uma cami-nhada pela Promenade Fleuri – passarela de 11 quilômetros na margem de um lago repleto de flores e árvores”, recomenda. Da Suíça, Márcia seguiu para Praga. Ali, além de circular pelo comércio local, visitou também o Castelo de Praga, o Relógio Astronômico Orloj e a residência do escritor Franz Kafka.

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“Praga nos remete à cultura, história e nostalgia. A gastronomia é excelente e o relógio astronômico é simplesmen-te divino”, conta Márcia. Na sequên-cia, ela foi para Amsterdã, na Holanda. Ela fez questão de ficar algumas horas no belíssimo Rikmuseum e depois visi-tar as casas do pintor Rembrandt e da escritora Anne Frank.

Para encerrar bem a viagem, Márcia foi para Paris. Apesar de ter ido várias vezes a cidade, ela fez questão de repetir seu roteiro habitual: ir até a Torre Eiffel e passar pelo Arco do Triunfo. “Acho Ams-terdã encantadora, charmosa, e ímpar em cada detalhe, porém sou apaixonada mesmo é por Paris. Lá tudo é perfeito, romântico, maravilhoso”, destaca.

Segundo Márcia, apesar do frio – qua-se sempre abaixo de zero –, a viagem foi perfeita. Para aplacar a saudade da filha, a consultora de negócios contou com a companhia dela na maior parte da via-gem, desfrutando de sua companhia e matando saudades. “Uma das condições para ela estudar e morar fora é a minha presença constante ao seu lado. Somos muito ligadas e viajamos muito juntas. Isso nos permite uma vivência muito rica”, conta. Para a Márcia o roteiro além de aproximá-la de Stephanie foi inesque-cível como experiência e vivência. “Viajar é realmente aprender a viver com dife-rentes culturas, exercitando o respeito a cada povo, religião, cultura, espaço, ha-bitat e limites”, completa.

Márcia Araujo diante do hotel Le Pallais, em Praga

“Viajar é realmente aprender a ViVer cOm diferentes culturas”

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Zoo Atlanta Principal zoológico dos estados Unidos, o Zoo atlanta é aberto ao público desde 1889. atualmente, existem mais de 1 300 animais de 200 espécies, além de várias atividades divertidas para completar o passeio. É possível alimentar as girafas no Twinga Terrace ou marcar um encontro selvagem com os elefantes africanos e com os pandas gigantes. outra opção interessante é ver a apresentação de pássaros de todo o mundo, eles fazem um voo livre entre o público, tornando-se um dos espetáculos mais visitados do local.

1 Georgia Aquarium Considerado o maior do mundo, o Georgia aquarium abriga cerca de 120 mil animais de mais de 500 espécies em dez milhões de litros d’água. as atrações mais recentes são o Dolphin Tales e a exposição Frogs: a Chorus of Colors. a primeira, uma grande apresentação com 11 golfinhos, entretém os visitantes com seus saltos e piruetas. Já o segundo, narra o cenário desses fantásticos anfíbios com a exibição, virtual e física, desses bichos.

2 Fox TheatreCriado no final do século 19, o Fox Theatre, ou Fox Fabuloso, já recebeu artistas consagrados como elvis Presley e Bob marley. Um dos grandes encantos históricos da casa é o órgão might mo – instrumento avaliado em 400 mil dólares nos anos 70, que tem valor inestimável atualmente. Considerado o segundo maior do mundo, ele foi feito sob medida e possui uma melodia inigualável. hoje em dia, o Fox Theatre recebe apresentações frequentes de cantores e artistas populares.

World of Coca-ColaCom mais de 100 anos de história, o World of Coca-Cola tem uma mostra de artefatos de publicidade da marca, com objetos desde 1896, exposição sobre a tão desejada fórmula secreta e o Taste It!, seção com mais de 60 bebidas diferentes do mundo todo disponíveis para experimentar. Vale a pena passear pela pequena fábrica e sair com uma garrafa de Coca-Cola produzida no local.

atraente e calorosa, a capital da Geórgia tem um roteiro diversificado que vai desde zoológico a museu de fábrica de refrigerantes

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Dispositivos móveis e programas de viagem cortam custos e dão mais segurança aos executivos

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o mercado de viagens cor-porativas mantém-se aquecido no Brasil. Em 2011, o crescimento do setor foi de 18,6% em re-lação ao ano anterior, se-

gundo dados da pesquisa Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC), coordenada pela Associação Brasileira de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ABGEV) e corre-alizada pelo Senac-SP. O volume dos investimentos em viagens corporativas refletiu diretamente na estruturação das agências de viagens, que passaram a desenvolver ferramentas tecnológi-cas para que esses recursos fossem me-lhor aproveitados, aumentando a transparência no controle de gastos. Proporcionalmente aos gastos de via-gens surgem ferramentas móveis para auxiliar o controle dos custos.

Com os problemas na economia mun-dial, muitas empresas passaram a ficar inseguras e os gastos estão ainda mais controlados. Segundo o diretor da HRG Brasil, Augusto Teruo Mori, a maior de-manda que recebe em seu cotidiano é de empresas que querem aperfeiçoar os investimentos de viagem. “Muitos de nossos clientes nos procuram para saber

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o que acontece no mercado e quais são melhores práticas, com foco em qualida-de de experiência para os viajantes, fer-ramentas tecnológicas, condições e pre-ços de companhias aéreas e hotéis e, claro, redução de custos”, disse. Mas em um tempo em que os computadores ca-bem no bolso, tudo já começou a mudar.

A tecnologiA AmigA dAs empresAsMuitas corporações passaram a des-

tinar mais recursos para o setor de via-gens. Em algumas delas, esse custo se efetiva como a terceira maior despesa do ano e isso alertou os empresários para a necessidade de conter os gas-tos. E para isso, alguns planos são tra-çados, como informar o pedido com antecedência e selecionar os locais prioritários da viagem. “Recentemen-te, adotamos alguns indicadores como padrão: uso de aplicativos móveis, ní-vel de antecedência e economia po-tencial de solicitação de reserva, abrangência de acordos corporativos com companhias aéreas e hotéis, entre outras recomendações”, afirmou.

Algo que tem revolucionado o setor de viagens corporativas é o avanço das tecnologias móveis. Com tantos smar-tphones no mercado, e com todas as

funcionalidades que eles trazem, alguns gastos são reduzidos e a agilidade para a troca de informação entre o viajante e a empresa deixa de ser uma preocupa-ção, dependendo da região da viagem. O viajante consegue acessar mapas, tro-car e-mails e conhecer mais sobre o local para onde vai. Tudo isso sem gastar par-te do dinheiro da viagem com lan hou-ses para usar o computador.

O viajante também pode agilizar o processo e escolher o voo e o hotel com ferramentas de pesquisa especia-lizadas. “Os OBTs (Online Booking To-ols) implicam na documentação irrefu-tável do cumprimento da política de viagens da empresa, bem como da oferta das melhores condições”, disse Mori. Dessa forma, o controle de gas-tos dos funcionários fica maior e não há desperdício de custos.

A nova tendência é que os viajantes não sejam tratados como uma carga, mas como um recurso valioso. É preci-so gastar menos, para a empresa não ter prejuízos. Para isso, no entanto, não adianta evitar custos e colocar um executivo em um voo barato com ho-rário inconveniente e um hotel “quase de graça” que não seja no mínimo confortável e seguro.

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O nome dela é AVAOs aeroportos de Nova York (John F. Kennedy, Newark Liberty e La Guardia) irão contar, a partir de julho, com um serviço de informação de última geração e ao mesmo tempo, inusitado. São as AVAs. Na realidade, hologramas capazes de responder a inúmeras perguntas dos usuários dos aeroportos. Projetadas em superfícies de vidro, as assistentes virtuais de aeroporto podem, entre outras coisas, fornecer horários de partidas de voos e localização dos portões de embarque. Localizadas em locais estratégicos, as AVAs devem contribuir também para maior agilidade no controle de segurança do embarque, pois instruem os passageiros a remover cintos, sapatos e itens de segurança que possam acionar os detectores de metais. Além de dar dicas do que pode ou não ser levado para dentro do avião.

O trajeto de trem, com cerca de 20 quilômetros, entre Paris e o Palácio de Versalhes ficou muito mais atraente. O motivo é a decoração feita em um dos trens que faz a linha C da Rede Expressa Regional. Seus sete vagões foram revestidos de uma película plástica com imagens de ambientes do Palácio e dos jardins impressas. São reproduções diferentes lugares do Palácio como o Salão dos Espelhos, o refúgio de Maria Antonieta no Petit Trianon, o Templo do Amor entre tantos outros lugares dessa relíquia da humanidade construída no século XVII. Por enquanto, há apenas um trem customizado, mas as autoridades francesas estimam ter até o final de 2012 outras cinco composições no mesmo estilo.

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O aniversário de 100 anos do naufrágio do Titanic, completados em abril, tem uma agenda de eventos que corresponde à notoriedade do navio. Entre elas, a curiosa exposição Titanic e Liverpool, a história não contada, realizada na Merseyside Maritime Museum, em Liverpool, formada por objetos e documentos sobre a embarcação. E a, talvez, mais interessante de todas: o Museu Titanic Belfast, erguido na capital da Irlanda do Norte. Localizado na região das docas da cidade onde o navio foi projetado e construído, o museu tem uma fachada moderna que é apenas um aperitivo para a exposição interativa existente no interior. Distribuída em seis andares, a mostra tem documentos e imagens que contam desde a construção da embarcação até ela no fundo do mar. Audiovisuais recriam o acidente, mesclado com depoimentos de passageiros que sobreviveram. O museu segue o gigantismo do navio, recriando até alguns ambientes do Titanic, como a escadaria e o salão de jantar. Inclusive, alguns espaços dos museus podem ser locados para eventos – entre 210 e 850 pessoas. Um diferencial e tanto para um evento.

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Locais remotos em países como Chile e Bolívia têm hotéis requintados e proporcionam uma experiência única aos viajantes

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por Tayane ScoTT

Com praias paradisíacas, desertos e altiplanos gela-dos, a América do Sul é um dos poucos territórios que consegue unir tão harmo-niosamente tamanha bio-

diversidade. Os quase 18 mil quilômetros quadrados de extensão deste pedaço do continente americano escondem cená-rios fascinantes e pouco explorados pe-los viajantes. Aqueles que decidem fugir dos roteiros tradicionais e conhecer uma dessas regiões deparam com uma das ex-periências mais incríveis que poderiam vi-ver. “São viagens muito especiais. Por um momento, esquecemos a nossa realidade e passamos a viver a de um outro povo com costumes e hábitos diferentes dos nossos”, conta o administrador paulista Bruno Ruthenberg.

Ruthenberg coleciona momentos ines-quecíveis vividos no Atacama, na Ilha de Páscoa e, mais recentemente, na Patagô-nia. “O passeio que me marcou foi uma caminhada até o Glaciar Grey. A trilha escolhida pelos guias nos levou a uma variedade de paisagens e animais indes-critíveis”, conta. Em todos os roteiros, o rapaz experimentou passeios diferentes com a ajuda do grupo Explora. “O pri-meiro dos três hotéis a que tive a alegria de ir foi o explora Atacama. Posso dizer que foi uma grande descoberta! Minha primeira impressão era que eu veria so-mente areia, mas acabei encontrando uma estrutura hoteleira diferenciada que se tornou uma das minhas melhores viagens”, explica.

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Pioneira em desenhar roteiros para lugares remotos do sul da América, a companhia oferece aos viajantes uma estrutura única de hotéis de luxo ins-talados em três das mais paradisíacas regiões do subcontinente: Rapa Nui (Ilha de Páscoa), Atacama e Patagônia, todos no Chile. Além disso, também tem opções de travessias pelo altipla-no boliviano Uyuni, pela Cordilheira dos Andes e por El Chaltén, na porção da Patagônia argentina.

O grande diferencial, no entanto, é a preocupação em unir os roteiros com a proteção da natureza e a cultura do entorno. “Para nós a conservação bio-cultural se refere à proteção existente da relação entre todos os elementos que formam parte desta estreita e sin-gular interação. Com isso, esperamos que a comunidade e os visitantes valo-rizem e respeitem o patrimônio, a di-versidade natural e cultural de zonas frágeis e de grandes riquezas”, afirma o CEO do grupo Jesús Parrilla.

turismo ConsCienteDestinos que têm o turismo como principal fonte econômica, aca-bam esbarrando em problemas de sustentabilidade. Voltado para a exploração das riquezas naturais e culturais dos locais onde atua e para diminuir o impacto, o grupo Explora criou a “Fundación Explo-ra”. O projeto, único na América Latina, é uma organização sem fins lucrativos cuja missão baseia-se na conservação biocultural desses locais. “Criamos a Fundación para ampliar a base de conhecimento científico sobre os locais onde o Explora opera. Para isso, desenvol-vemos programas de voluntariado e de bolsas de pesquisa em nível de graduação e pós-graduação, além de pesquisas avançadas em disci-plinas humanistas e científicas re-lacionadas à proteção, conservação e sustentabilidade”, explica Jesús Parrilla CEO do grupo Explora.

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A ideia de regionalizar o progra-ma de viagens na San Antonio Internacional surgiu da neces-sidade de acompanhamento

dos gastos de viagens e mobilidade, visibilidade da demanda dos serviços utilizados por cada uma de nossas ope-rações e, principalmente, levantamen-to das oportunidades de otimização. O objetivo principal, como em todo projeto de centralização, era reduzir os custos, mas tínhamos também um grande interesse em melhorar os pro-cessos, visto que cada um dos países possuía um ou mais fornecedores que, em geral, não nos dava nenhuma infor-mação para gerenciar o serviço.

Por ser uma empresa prestadora de serviços em óleo e gás, temos um públi-co variado, com grande número de co-laboradores das equipes operacionais. Por isso, conseguimos trabalhar com demandas programadas, no entanto, grande parte das solicitações ainda é feita de maneira tardia ou emergencial.

Na escolha do fornecedor regional, alguns pontos foram fundamentais, como presença nos países onde esta-mos, sistema único de solicitação de viagens e/ou self booking que ofere-

cesse workflow (fluxo de trabalho) de aprovação integrado a todos os países e relatórios regionais consolidados.

A implantação foi muito trabalhosa. Não tínhamos dados históricos ou pro-cessos anteriores rígidos. Isso nos levou a cenários imprevíseis, resistência de usu-ários e dificuldades de levantamento de dados internos para carga do sistema. Entretanto, com bons recursos, conhe-cimento e parceria os obstáculos foram superados. Ao longo do caminho, as cor-reções necessárias foram feitas e, hoje, ajustes são providenciados, para manu-tenção e melhoria contínua do processo.

De maneira geral, posso dizer que a primeira fase está concluída. Hoje con-tamos com relatórios periódicos conso-lidados que nos permitem monitorar e trabalhar no desenvolvimento real do programa de viagens. O primeiro núme-ro positivo é a porcentagem de adoção da ferramenta, que chega a 99%, já que não é aceito outro meio de solicitação. Outros resultados como SLA de atendi-mento e melhora na aderência e política já foram detectados pelos gestores.

*Gestora de viagens da San Antonio Internacional

Por roberta Farina*

Como a san antonio fez para reduzir custos e melhorar os processos na gestão das viagens


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