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19 Alexitimia e Toxicodependência Joaquim Gago e Domingos Neto Resumo: Este estudo avalia a prevalência da alexitimia num grupo de toxicodependentes numa comunidade terapêutica (n = 32) e analisa as correla- ções existentes entre a alexitimia e a depressão, o autoconceito e a sete escalas de problemas do Índice de Severidade de Toxicodependência (drogas, álcool, família, trabalho, problemas médicos, psiquiátricos e legais). Verificou-se uma elevada prevalência de alexitimia (81%) e correlações positivas e significativas entre alexitimia e gravidade dos problemas de droga e entre alexitimia e depressão. Salienta-se assim, a importância da alexitimia na compreensão do fenómeno da toxicodependência que suscita a realização de estudos complementares e respectiva intervenção. Palavras-chave: Alexitimia; Toxicodependência; Heroína. Résumé: Cet étude estime la prépondérance de la alexitimie dans un groupe de toxicomanes inséres dans une communité thérapheutic (n=32) et analyse les correlations qui existent entre alexitimie et la depression, le auto-concept et les sept échelles de problémes du Index de Sévérité de Toxicomanie (drogues, alcool, famille, travail, problémes médicaux, psychiatriques e légaux). On a vérifié une haute prépondérance de alexitime (81%) et des correlations positivies et significatives entre l'a alexitimie et la gravité des problémes avec la drogue et aussi entre alexitimie et la dépression . On fait ressortir, de cette façon l' importance de la alexitimie dans la compréhension du phénomène de la toxicomanie qui justifie la réalisation d' études complementaires et respective intervention. Mots clé: Alexitimie; Toxicomanie; Héroine. Abstract: This study evaluate the prevalence of alexithymia in a group of people with drug addiction problems in a therapeutic community (n=32) and analyse the correlation between alexithymia and depression, self-concept and the seven scales of the Addiction Severity Index (drugs, alcohol, family, work, medical and psychiatric problems, legal problems). We verify an high prevalence of alexithymia (81%) and a positive correlation between alexithymia and severity of drug problems and also between alexithymia and depression. We enhance the importance of alexithymia in the comprehension of drug addiction problem which justify other studies and respective interventions. Keywords: Alexithymia; Addiction; Heroin. Introdução O conceito de alexitimia foi inicialmente desenvolvido a partir de observações clínicas efectuadas em doentes com perturbações psicossomáticas e posteriormente foi também aplicado a outras patologias, incluindo as depen- dências químicas (Taylor, 1984). Nemiah e Sifneos (1970), ambos envolvidos na experiência psicoterapêutica com doentes "psicossomáticos", verifica- ram a partir da transcrição de entrevistas que um número significativo destes doentes apresentavam dificuldade em expressar verbalmente os seus sentimentos e uma diminui- ção da capacidade de fantasiar. Sifneos (1973) utilizou o termo alexitimia (etimologicamente: "sem palavras para as emoções") para designar o conjunto dessas características. Nemiah (1970; 1976) considerou como aspectos mais relevantes nos doentes "alexitimicos": dificuldade em identificar e descrever emoções, incapacidade para dis- tinguir componentes somáticos (sensações) de emoções, dificuldade em distinguir e diferenciar os vários afectos, pobreza imaginativa e dificuldade em fantasiar, pensa- mento concreto e estilo de vida orientado para a acção. Nos escassos estudos efectuados para avaliar a prevalência da alexitimia, esta tem variado de 1,8 % para o sexo feminino a 8,2% para o sexo masculino, em populações homogéneas de estudantes mas não se apurou, com precisão, a preva- lência na população em geral (Blanchard et al., 1981). No contexto da psiquiatria de ligação hospitalar foi referida uma prevalência de alexitimia da ordem dos 30% (Smith, 1983; Mendelson, 1982). Na área das toxicodependências, Khantzian E. J. (1985) e Lane (1987) sugeriram como hipótese que os indivíduos com problemas de adicção recorreriam ao álcool e outras drogas como "automedicação" para estados emocionais desagradáveis e em relação aos quais se sentiriam inca- pazes de lidar e ultrapassar. Revista TOXICODEPENDÊNCIAS Volume 7 pp. 19-22 Número 3 Ano 2001 ® Edição SPTT

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Alexitimia e ToxicodependênciaJoaquim Gago e Domingos Neto

Resumo: Este estudo avalia a prevalência da alexitimia num grupo detoxicodependentes numa comunidade terapêutica (n = 32) e analisa as correla-ções existentes entre a alexitimia e a depressão, o autoconceito e a sete escalasde problemas do Índice de Severidade de Toxicodependência (drogas, álcool,família, trabalho, problemas médicos, psiquiátricos e legais). Verificou-se umaelevada prevalência de alexitimia (81%) e correlações positivas e significativasentre alexitimia e gravidade dos problemas de droga e entre alexitimia edepressão. Salienta-se assim, a importância da alexitimia na compreensão dofenómeno da toxicodependência que suscita a realização de estudoscomplementares e respectiva intervenção. Palavras-chave: Alexitimia; Toxicodependência; Heroína.

Résumé: Cet étude estime la prépondérance de la alexitimie dans un groupe detoxicomanes inséres dans une communité thérapheutic (n=32) et analyse lescorrelations qui existent entre alexitimie et la depression, le auto-concept et lessept échelles de problémes du Index de Sévérité de Toxicomanie (drogues,alcool, famille, travail, problémes médicaux, psychiatriques e légaux). On avérifié une haute prépondérance de alexitime (81%) et des correlationspositivies et significatives entre l'a alexitimie et la gravité des problémes avec ladrogue et aussi entre alexitimie et la dépression . On fait ressortir, de cette façonl' importance de la alexitimie dans la compréhension du phénomène de latoxicomanie qui justifie la réalisation d' études complementaires et respectiveintervention.Mots clé: Alexitimie; Toxicomanie; Héroine.

Abstract: This study evaluate the prevalence of alexithymia in a group of peoplewith drug addiction problems in a therapeutic community (n=32) and analysethe correlation between alexithymia and depression, self-concept and the sevenscales of the Addiction Severity Index (drugs, alcohol, family, work, medical andpsychiatric problems, legal problems). We verify an high prevalence ofalexithymia (81%) and a positive correlation between alexithymia and severity ofdrug problems and also between alexithymia and depression. We enhance theimportance of alexithymia in the comprehension of drug addiction problemwhich justify other studies and respective interventions.Keywords: Alexithymia; Addiction; Heroin.

Introdução

O conceito de alexitimia foi inicialmente desenvolvido a

partir de observações clínicas efectuadas em doentescom perturbações psicossomáticas e posteriormente foitambém aplicado a outras patologias, incluindo as depen-dências químicas (Taylor, 1984). Nemiah e Sifneos (1970), ambos envolvidos na experiênciapsicoterapêutica com doentes "psicossomáticos", verifica-

ram a partir da transcrição de entrevistas que um númerosignificativo destes doentes apresentavam dificuldade emexpressar verbalmente os seus sentimentos e uma diminui-ção da capacidade de fantasiar. Sifneos (1973) utilizou otermo alexitimia (etimologicamente: "sem palavras para asemoções") para designar o conjunto dessas características.

Nemiah (1970; 1976) considerou como aspectos maisrelevantes nos doentes "alexitimicos": dificuldade emidentificar e descrever emoções, incapacidade para dis-tinguir componentes somáticos (sensações) de emoções,dificuldade em distinguir e diferenciar os vários afectos,pobreza imaginativa e dificuldade em fantasiar, pensa-

mento concreto e estilo de vida orientado para a acção.Nos escassos estudos efectuados para avaliar a prevalênciada alexitimia, esta tem variado de 1,8 % para o sexo femininoa 8,2% para o sexo masculino, em populações homogéneasde estudantes mas não se apurou, com precisão, a preva-lência na população em geral (Blanchard et al., 1981).

No contexto da psiquiatria de ligação hospitalar foi referidauma prevalência de alexitimia da ordem dos 30% (Smith,1983; Mendelson, 1982).Na área das toxicodependências, Khantzian E. J. (1985) eLane (1987) sugeriram como hipótese que os indivíduoscom problemas de adicção recorreriam ao álcool e outras

drogas como "automedicação" para estados emocionaisdesagradáveis e em relação aos quais se sentiriam inca-pazes de lidar e ultrapassar.

Revista TOXICODEPENDÊNCIAS Volume 7 pp. 19-22Número 3 Ano 2001® Edição SPTT

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Material e Métodos

Realizou-se um estudo exploratório, transversal e sequen-cial através da aplicação dos instrumentos seleccionadosao universo de jovens em recuperação da dependênciade opiáceos e/ou cocaína (critérios do DSM-IV) na Comu-

nidade Terapêutica da Cáritas Diocesana de Évora. A par-ticipação no estudo foi voluntária, informada e consentida,com a adesão de todos os residentes em recuperaçãonesta comunidade, no mês de Julho de 1997.Na avaliação da alexitimia utilizou-se a versão portuguesada Escala de Alexitimia de Toronto com 20 itens (adap-

tação de Nina Prazeres da escala TAS-20 de Taylor, Bagbye Parker de 1992), bem como os pontos de corte consi-derados nesta versão.Para determinar a gravidade da toxicodependência recor-reu-se ao Índice de Severidade da Toxicodependência(versão portuguesa do Addiction Severity Index - ASI -T.

Mclellan et al., 1990) (Domingos Neto, 1996). Este instru-mento inclui a avaliação de sete escalas de problemas,com pontuação especifica para cada escala (problemasmédicos, psiquiátricos, álcool, outras drogas, emprego,problemas familiares e legais).A depressão foi avaliada através da aplicação da versão

portuguesa do Inventário Depressivo de Beck e o estudodo autoconceito foi efectuado com o Inventário Clínico deAutoconceito (Vaz Serra,1985).Na análise estatística utilizou-se o programa "SPSS",nomeadamente para determinar as correlações atravésde testes não paramétricos. Estabeleceu-se um nível de

significância de 95% (p < 0,05).Caracterização da amostra: foram inquiridos 32 jovenscom problemas de toxicodependência, 14 do sexo femi-nino (44%) e 18 do sexo masculino (56%), com uma mé-dia de idades de 26,8 anos. A droga principal para 81%destes jovens era a heroina e em 19% dos casos a

cocaína. Média do número de anos de consumo de heroi-na e/ou cocaína: 6 anos. Média do número de anos deescolaridade: 9,7 anos.

Resultados

Através da aplicação da Escala de Alexitimia de Toronto(TAS-20) verificou-se que 81% (26) dos indivíduos inqui-

Haviland, Shaw e Mac Murray (1988), utilizando a Escala

de Alexitimia de Toronto (TAS) (Taylor et al., 1988), eviden-ciaram alexitimia em 50,4% da população toxicodepen-dente analisada. Taylor et al. (1990) utilizando a mesmaescala detectaram alexitimia em 50 % de um grupo detoxicodependentes recentemente abstinentes. Nesteúltimo estudo verificou-se também que o grupo com

alexitimia apresentava níveis mais elevados de ansiedade,depressão e maior número de queixas físicas.Taylor, baseado nos estudos psicopatológicos realizadospara aferição da escala TAS, considera a alexitimia comouma dimensão estável da personalidade, com um déficena capacidade de diferenciar e representar as emoções.

Esta tendência à manutenção das características dosdoentes alexitimicos deve de ser reavaliada e implica umdesafio ao processo de intervenção (Taylor et al., 1988)Num estudo realizado por Gomez F., Eizaguirre E.C e ArestiA. (1997) foram analisadas correlações entre alexitimia evárias características clínicas, num grupo de heroinodepen-

dentes. Nesta pesquisa apuraram-se correlações positivas esignificativas entre alexitimia e anos de consumo de heroína,número de recaídas, desistências nos tratamentos e gravi-dade da adicção (escalas de problemas do Índice de Severi-dade da Toxicodependência (Mclellan et al., 1990). Obtive-ram-se correlações significativas mas negativas entre alexiti-

mia e autoconceito e entre alexitimia e autoeficácia.Os autores deste último estudo sugeriram a hipótese daalexitimia constituir um factor etiológico e de manutençãoimportante nas doenças e comportamentos aditivos massalientam a necessidade da realização de estudos adicio-nais, complementares e de replicação.

Na pesquisa bibliográfica efectuada não foram identifi-cados estudos em Portugal sobre alexitimia e toxicode-pendência. A ausência de investigações no nosso paíssobre esta problemática e as múltiplas questões levan-tadas por estudos recentes internacionais justificaram arealização da presente pesquisa.

Pretende-se, assim, através de um estudo exploratório einicial, determinar a prevalência da alexitimia num grupode toxicodependentes em recuperação, numa comuni-dade terapêutica e também determinar se existem cor-relações entre alexitimia e anos de consumos, problemasde álcool e drogas, depressão, autoconceito, problemas

médicos, psiquiátricos, familiares e legais.20

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se compararmos com os valores de alexitimia obtidos em

estudos para populações homogéneas de estudantes(1,8% a 8%).Nas correlações analisadas obteve-se um resultadopositivo e significativo, mas não muito expressivo, entrealexitimia e a escala de problemas de drogas do ASI.Assim, para uma pontuação mais elevada na escala de

alexitimia correspondeu também uma maior gravidade naproblemática das toxicodependências. Este último resultado reforça a relação da alexitimia coma gravidade da dependência química mas deve ser com-plementado com estudos posteriores e com maior núme-ro de elementos na amostra a investigar.

Verificou-se também uma correlação positiva e signifi-cativa, mas fraca, entre alexitimia e depressão, apesar dacorrelação com a escala de problemas psiquiátricos emgeral não ser significativa. Salienta-se igualmente que com frequência surgem sintomasdepressivos nos primeiros meses após a suspensão dos

consumos tóxicos, muitas vezes com evolução favorável ape-sar das características da alexitimia se manterem (Haviland etal., 1988). Seria interessante a realização de um estudo longi-tudinal para clarificar a relação entre alexitimia e depressãobem como a respectiva evolução ao longo do tempo. Ao contrário do estudo de Gomez et al. (1997) a correlação

alexitimia e autoconceito não foi estatisticamente signifi-cativa assim como as correlações entre alexitimia e asseguintes escalas do ASI: problemas legais, familiares,emprego, médicos, psiquiátricos e de álcool. Estes resul-tados não reforçam as relações obtidas na pesquisa reali-zada em Bilbau (Mclellan, 1990) mas também suscitam a

continuação de futuras investigações.

Conclusões e Comentário Final

Neste estudo concluiu-se que existe uma elevada prevalên-cia de alexitimia na população analisada. Os resultados ob-

tidos são também sugestivos da existência de uma relaçãoentre alexitimia e a gravidade da toxicodependência.À semelhança de outras investigações, esta pesquisareforça a hipótese de uma relação importante entre alexi-timia e dependências químicas que justifica uma avalia-ção regular, estudos complementares e processos de

intervenção adequados.

ridos apresentaram valores compatíveis com alexitimia,

13% tiveram valores intermédios e em 6% dos casos apontuação foi concordante com a ausência de alexitimia.No quadro 1, apresentam-se os resultados das correlaçõesexistentes entre alexitimia e as sete escalas de problemasdo Índice de Severidade da Toxicodependência.

No quadro 2, estão registados os resultados das correla-ções obtidas entre alexitimia e o número de anos de con-sumos de heroina e/ou cocaína, alexitimia e depressão e

alexitimia e autoconceito.

Discussão

A prevalência da alexitimia na amostra considerada foi de81%. Trata-se de um valor muito elevado, nomeadamente

em relação a estudos anteriormente realizados, no con-texto das toxicodependências (50,4% no estudo de Havi-land (1988) e 50% na pesquisa de Taylor (1990)).Sugere-se como uma das hipóteses explicativas que estesubgrupo de toxicodependentes em recuperação numacomunidade terapêutica e com múltiplos anos de consu-

mo regular de drogas, corresponda de alguma forma auma população com maior gravidade da doença aditiva ecom consequente reflexo em termos de alexitimia. A confirmação desta hipótese suscita o posterior desen-volvimento de um estudo com grupo de controle e sub-grupos de toxicodependentes com "gravidade" diferente.

O resultado de prevalência obtido é ainda mais relevante

Quadro 2 - Correlações entre alexitimia & anos de consumo, depressãoe autoconceito

Quadro 1- Correlações entre Alexitimia & Escalas de Problemas do ASI

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Joaquim GagoR. Soeiros 301, 8º esq1500-580 Lisboatel. 21 7270467email - [email protected]

Dados curriculares: Joaquim Sousa Gago , licenciado em Medicina pelaFaculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa,Assistente de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa,Assistente Eventual de Psiquiatria do Hospital S. Francisco de Xavier,Mestrado em Saúde Mental na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboae Director Clínico da Comunidade Terapêutica da Cáritas Diocesana deÉvora. Actividade clínica, estágios, cursos, comunicações e pesquisasrealizadas na área das toxicodependências.

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