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A inauguração da unidade de PET-CT no Centro Clínico Regina amplia e qualifica os serviços de Medicina Nuclear, possibilitando incrementar a capacidade diagnóstica e o planejamento terapêutico de doenças como o câncer. A nova tecnologia permite sobrepor imagens funcionais do corpo humano (PET) e tomografias computadorizadas (CT) para obtenção de avaliações clínicas ainda mais precisas e melhor atendimento aos pacientes. A Medicina Nuclear Novo Hamburgo, aliada ao Hospital Regina e ao Serviço Diagnóstico por Imagem, inaugura moderna unidade de PET-CT (Siemens – Biograph 16 SLO). A importação dessa tecnologia possibilita a aquisição de imagens híbri- das funcionais e estruturais do corpo humano, im- prescindíveis para o melhor atendimento de pessoas portadoras de câncer e também de outras patologias neurológicas, cardiovasculares e infecciosas. No Rio Grande do Sul, a plena utilização do PET-CT só foi possível a partir da instalação do Diagnóstico por imagem em Oncologia: alta tecnologia, precisão e conforto cíclotron em Porto Alegre, que permite a produ- ção local da fluordeoxiglicose marcada com flúor- 18 ( 18 F-FDG) – matéria prima para a realização da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET). Este boletim inaugural traz informações so- bre a utilização atual desse método no Brasil e em outros países, sua utilidade na clínica on- cológica, o princípio básico da cinética celular de 18 F-FDG e critérios apropriados para uso do PET-CT em diversos tipos de neoplasias, ilustra- dos por alguns exemplos.

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A inauguração da unidade

de PET-CT no Centro Clínico Regina

amplia e qualifica os serviços

de Medicina Nuclear, possibilitando

incrementar a capacidade

diagnóstica e o planejamento

terapêutico de doenças

como o câncer.

A nova tecnologia permite

sobrepor imagens funcionais do

corpo humano (PET) e tomografias

computadorizadas (CT) para

obtenção de avaliações clínicas

ainda mais precisas e melhor

atendimento aos pacientes.

A Medicina Nuclear Novo Hamburgo, aliada ao Hospital Regina e ao Serviço Diagnóstico por Imagem, inaugura moderna unidade de PET-CT (Siemens – Biograph 16 SLO). A importação dessa tecnologia possibilita a aquisição de imagens híbri-das funcionais e estruturais do corpo humano, im-prescindíveis para o melhor atendimento de pessoas portadoras de câncer e também de outras patologias neurológicas, cardiovasculares e infecciosas.

No Rio Grande do Sul, a plena utilização do PET-CT só foi possível a partir da instalação do

Diagnóstico por imagem em Oncologia: alta tecnologia, precisão e conforto

cíclotron em Porto Alegre, que permite a produ-ção local da fluordeoxiglicose marcada com flúor-18 (18F-FDG) – matéria prima para a realização da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET).

Este boletim inaugural traz informações so-bre a utilização atual desse método no Brasil e em outros países, sua utilidade na clínica on-cológica, o princípio básico da cinética celular de 18F-FDG e critérios apropriados para uso do PET-CT em diversos tipos de neoplasias, ilustra-dos por alguns exemplos.

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Em Oncologia, o PET-CT permite a avaliação da suspei-ta de malignidade (como do nódulo pulmonar solitário); a estimativa do grau de malignidade em vários tumores; o estadiamento inicial (tumores de pulmão e linfomas); a avaliação de potencial recidiva (no câncer colorretal ou testicular com elevação de marcadores séricos); o reesta-diamento após recidiva; a monitorização do tratamento de diferentes tipos de neoplasias, assim como o fornecimento de dados que indiquem atividade metabólica do tumor/metástases, auxiliando no correto planejamento da radio-terapia. Além dessas indicações, o PET-CT oncológico pro-picia a distinção em massas residuais entre fibrose, necrose e tumor viável, auxiliando no correto direcionamento de biópsias ou na sua contraindicação.

Utilização do PET-CT no Brasil e exteriorNa atualidade, o PET-CT é uma das

modalidades de diagnóstico médico por imagem de maior crescimento mundial. Até 2010, funcionavam apro-ximadamente 3.000 equipamentos nos Estados Unidos, 145 na Europa (Alemanha, Bélgica e Inglaterra) e 450 na Ásia (Japão, Coréia, China e Taiwan.

No Brasil, é crescente o número de equipamentos instalados, com cerca de 75 licenças operacionais concedi-das e em funcionamento.

Nos Estados Unidos, os gestores de planos de saúde públicos e priva-dos aprovam o reembolso para a uti-lização do PET-CT oncológico para a

O PET-CT na Oncologia Clínica: salto tecnológico

A fluordeoxiglicose é um análogo da glicose que permite a caracteriza-ção metabólica da biologia tumoral in vivo, auxiliando na determinação de sua agressividade e no manejo terapêutico dos tipos de câncer nos quais o fluxo gli-colítico está aumentado. Quimicamente ligada ao radioisótopo emissor de pó-sitron 18Flúor, possibilita a geração de imagens cintilográficas funcionais que são precisamente sobrepostas às ima-gens estruturais geradas pela emissão de raios X, através da tomografia com-putadorizada, caracterizando assim a chamada imagem de coincidência.

A molécula do FDG é transporta-da para o citosol, sendo fosforilada a FDG-6-P através da hexoquinase. A pre-sença de átomo de flúor ao invés de grupo hidroxila na posição do carbono 2 da glicose impede que siga a via glicolíti-ca. Desta forma, em alguns tecidos que

Princípios básicos da Cinética Celular do 18F-FDG

O importante salto tecnológico do PET-CT encon-tra-se na sobreposição das imagens funcionais do PET com as imagens morfoestruturais da tomografia com-putadorizada (CT). Isso permite significativo aumento da acurácia diagnóstica quando comparada ao desem-penho de cada uma dessas técnicas isoladas. Assim, tem-se demonstrado que o PET-CT altera o manejo clí-nico de pacientes oncológicos em 38% dos casos em média1. Já o impacto do PET na avaliação da resposta ao tratamento leva à alteração do regime quimioterápico em 26% dos casos, ao ajuste de dose ou mudança da duração do tratamento em 17% dos casos e à suspen-são do tratamento, passando-se à conduta expectante e suporte em 6% dos casos2.

Fig. 1 – Diagrama simplificado do metabolismo da glicose e do 18F-FDG (Adaptado da Ref. 5).

possuem atividade da glicose-6-fosfatase pode ocorrer retorno do FDG para circula-ção sistêmica (Figura 1). Na maioria dos te-

maioria das indicações clínicas em Oncologia, entre elas o câncer de pulmão, esôfago, colorretal e outros do trato gastrointestinal, o câncer de mama, neoplasia renal e outras do trato geniturinário, melanoma, tumores de cabeça e pescoço, assim como linfomas.

cidos, a 18F- FDG-6-P é aprisionada no cito-sol e fornece indicação indireta da taxa de metabolismo da glicose (fluxo glicolítico).

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Casos Ilustrativos

Fig. 2 – Paciente do sexo masculi-no com 63 anos demonstrou massa tumoral em lobo superior esquer-do à tomografia computadorizada convencional, não sendo possível afastar-se envolvimento da parede torácica. PET-CT obtido para estadia-mento não evidenciou invasão da parede torácica, confirmada cirurgi-camente, sem envolvimento linfono-dal mediastinal ipsi ou contralateral7. A – MIP = “maximal intensity image”; B – imagem transaxial do CT; C – ima-gem transaxial do PET com correção de atenuação; D – imagens de PET/CT co-registradas.

Fig. 3 – Paciente do sexo masculino com 51 anos em estadiamento pré-operatório por carcinoma da cabe-ça do pâncreas (linha pontilhada demonstra aumento focal da con-centração de 18F-FDG) demonstrou achado casual com hiperconcentra-ção focal deste radiotraçador no qua-drante inferior direito do abdômen, correspondendo ao cólon ascenden-te. Colonoscopia revelou pólipo ade-nomatoso gigante7. MIP = “maximal intensity image”.

Fig. 4 – Imagens de corpo inteiro de PET com 18F-FDG em paciente com tumor do estroma gastrointestinal antes e depois de tra-tamento com mesilato de imatinib (Glivec). Os tumores apresentam significativa utilização de glicose, sendo prontamente iden-tificados através de imagens da distribuição corporal de 18F- FDG. Verifica-se resposta relevante ao tratamento, identificada tão precocemente quanto em imagens obtidas 24 horas após o seu início. As imagens rotuladas de “control” e 5,5 meses após o início do tratamento (a mesma imagem para comparação) demonstram a biodistribuição usual do 18F-FDG com identificação do cérebro, fígado, rins, alças intestinais, ureteres e bexiga8.

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1 - Hillner BE, Siegel BA, Shields AF et al. Relationship Between Cancer Type and Impact of PET and PET-CT on Intended Ma-nagement: Findings of the National Oncology PET Registry. JNM 2008;49:1928-1935.

2 - Hillner BE, Siegel BA, Shields AF et al. The Impact of Positron Emission Tomography (PET) on Expected Management During Cancer Treatment. Cancer 2009;115:410-418.

3 - Buck AK, Herrmann K, Stargardt T, et al. Economic Evaluation of PET and PET-CT in Oncology: Evidence and Methodologi-cal Approaches. JNM 2010;51:401-412.

4 - Sapienza MT e Thom AF. PET/CT: Panorama no Mundo. Em: Ramos CD e Soares Junior J. Pet e Pet/CT em Oncologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2011, pgs. 451-455.

Centro Clínico ReginaAv. Dr. Maurício Cardoso, 833 – S 1 Sala 14 – S 2 Sala 7

Novo Hamburgo – RS CEP 93510-250 – Fone: (51) 3581.4013

www.medicinanuclearnh.com.br

Equipe Técnica

Dr. Belmonte J. Marroni CREMERS 9304

Dr. Bernardo L. Spiro CREMERS 5375

Dra. Ilza V. de Moraes CREMERS 5160

Dr. Paulo de A. Carvalho CREMERS 7885

Dr. Paulo R. Masiero CREMERS 26022

Dr. Rodrigo da S. Muller CREMERS 24075

Físico Médico Ilo de S. Baptista ABFM 239/859

Tecnóloga Adriana FingerCRTR 387

IPE • Sul-América • Unimed • SAS • Cassi • Petrobras • CABERGS • ECT (Correios) • Saúde Bradesco • OAB •

Centro Clínico NH • Liga Feminina de Combate ao Câncer de Estância Velha • IPASEM NH • Doctor Clin • GEAP • Assis-tebem • Abapec • AMA • Golden Cross • Prontomed • ACI • Assoc. Aposentados de Campo Bom • Multiclínicas •

Centro Médico Sapiranga • Gama Saúde • Irmãs ACSC Saúde • Fundação de Saúde Pública de NH

(Hospital Municipal) • Oncosinos • Coopersinos • ASSEFAZ • FUSEX.

Principais exames realizados

Atendimento a particulares e convênios

Horário de atendimento

De segunda à sexta-feira, das 7h30min às 19h.

Referências

5 - Ramos CD. Biodistribuição normal de FDG-F18 e Variantes. Em: Ramos CD e Soares Junior J. . Pet e Pet/CT em Oncologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2011, pgs. 133-152.

6 - Fletcher JW, Djulbegovic B, Soares HP, et al. Recommen-dation on the Use of 18F FDG PET in Oncology. JNM 2008;49:480-508.

7 - Schulthess GK. Molecular Anatomic Imaging. PET-CT and SPECT-CT Integrated Modality Imaging. 2007 – Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia.

8 - Van den Abbeele AD and Group ftGCPS. [F-18]-FDG in PET Provides Early Evidence of Biological Response to ST1571 in Patients with Malignant Gastrointestinal Stromal Tumors (GIST). Proc Am Soc Clin Oncol 2001;20:362a.

Boletim Informativo PET-CT Novo Hamburgo: produção Laser Press Comunicação – jornalista responsável Sylvia Bojunga (MTb 5598) – design e editoração Ananias Lemes

PET-CT - oncológico - encefálico

CINTILOGRAFIAS

Sistema Cardiovascular - perfusão miocárdica em repouso e sob estresse* - pesquisa de viabilidade miocárdica* - ventriculografia radioisotópica em repouso - avaliação do sistema nervoso autônomo com I-123 MIBG*

Sistema Urinário - estudo renal dinâmico basal ou com estímulo (diurético/captopril) - estudo renal estático quantitativo da função cortical

Sistema Esquelético - estudo do metabolismo ósseo - processos inflamatórios/infecciosos (citrato de Gálio-67)

Sistema Respiratório - pulmonar perfusional e inalatória

Sistema Nervoso Central - perfusão cerebral com tomografia por emissão* - avaliação do transporte de dopamina do estriado* - avaliação de morte encefálica* - cisternocintilografia

Sistema Endocrinológico - avaliação funcional da tireóide - avaliação funcional das paratireóides - avaliação da presença de tumores neuroendócrinos

Sistema Digestivo - avaliação funcional hepatoesplênica - avaliação funcional de vias biliares - “pool” sanguíneo hepático - pesquisa de sangramento digestivo

*SPECT: tomografia por emissão de fóton único