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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CCS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ALTAS INTENSIDADES DE ALONGAMENTO AUMENTAM A ADM SEM ALTERAR O DESEMPENHO FUNCIONAL DE ATLETAS AMADORES DE FUTEBOL NATAL/RN 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

ALTAS INTENSIDADES DE ALONGAMENTO AUMENTAM A ADM

SEM ALTERAR O DESEMPENHO FUNCIONAL DE ATLETAS

AMADORES DE FUTEBOL

NATAL/RN

2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

RONAN ROMENO VARELA DE MELO

ALTAS INTENSIDADES DE ALONGAMENTO AUMENTAM A ADM SEM

ALTERAR O DESEMPENHO FUNCIONAL DE ATLETAS AMADORES DE

FUTEBOL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Fisioterapia da UFRN, como requisito para obtenção do título de

Mestre em Fisioterapia.

Orientador: Profº Dr. Wouber Hérickson de Brito Vieira

NATAL/RN

2018

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Melo, Ronan Romeno Varela de.

Altas intensidades de alongamento aumentam a ADM sem alterar

o desempenho funcional de atletas amadores de futebol / Ronan

Romeno Varela de Melo. - 2018.

54f.: il.

Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de

Pós-Graduação em Fisioterapia. Natal, RN, 2018.

Orientador: Prof. Dr. Wouber Hérickson de Brito Vieira.

1. Alongamento muscular - Dissertação. 2. Sensação de

alongamento - Dissertação. 3. Torque passivo - Dissertação. 4.

Desempenho funcional - Dissertação. 5. Atletas de futebol -

Dissertação. I. Vieira, Wouber Hérickson de Brito. II. Título.

RN/UF/BSCCS CDU 796.012.1

Elaborado por Adriana Alves da Silva Alves Dias - CRB-15/474

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Altas intensidades de alongamento aumentam a ADM sem alterar o desempenho

funcional de atletas amadores de futebol

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________

Prof. Dr. Wouber Hérickson de Brito Vieira

(Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal/BR)

__________________________________________________

Prof. Dr. José Jamacy de Almeida Ferreira

(Universidade Federal da Paraíba - UFPB)

__________________________________________________

Prof. Dr. Túlio Oliveira de Souza

(Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal/BR)

AGRADECIMENTOS

A Deus, energia que me rodeia e que sempre nos faz seguir confiante. Combustível de

luz, em todos os momentos mais difíceis que passei em minha vida. Aos meus pais, que nunca

mediram esforços para que eu conquistasse meus objetivos.

Ao meu orientador, Wouber Hérickson, por toda paciência, insistência, compreensão,

boa vontade e acima de tudo, pelo conhecimento transmitido. Aos professores, por ser a fonte

de conhecimento, contribuindo para minha formação como profissional e ser humano, em

especial, os professores Gildasio Lucas e Túlio Souza, que muito me ajudaram dentro e fora

da sala de aula.

Aos funcionários do Departamento de Fisioterapia, em especial ao Joseilton (o Primo),

Marleyde e Marcos (Marcão), que contribuíram para a utilização dos laboratórios, assim

como pela acolhida e boas companhias de todos os dias.

Aos demais colegas das turmas de pós-graduação, o meu agradecimento pela boa

convivência, pelo espírito mútuo de harmonia e colaboração. Em muitíssimo especial a Lívia

Oliveira, parceira de todas as horas, pela sua colaboração, ajuda, troca de ideias e dicas e boas

conversas que tivemos desde nosso tempo da graduação.

A família LEFERN (Liga de Estudos de Fisioterapia Esportiva da UFRN), projeto ao

qual fiz parte durante mais de cinco anos, todas as segundas e quartas, que me estimulavam e

davam forças para continuar essa importante jornada da minha vida.

A Ingrid Martins, Bia Melo, Rachel Naara, André Luís, Lucas Menescal, Otávio,

Thiago Robemar e Ana Cheila, por terem me ajudado de alguma maneira, indireta ou

diretamente, contribuindo para a realização desta pesquisa. Aos voluntários, pela disposição e

colaboração para participar desta pesquisa.

A turma do 8º Período (hoje), que me proporcionou um ótimo campo de aprendizagem

no estágio a docência, não só na área acadêmica, mas também, na área profissional e pessoal.

Ressalto a harmonização, colaboração e dedicação da turma para que isto pudesse acontecer.

Foi um prazer gratificante saber que pude colaborar com as formações de futuros colegas

profissionais.

Ao pessoal do GEPADHE, por todas as reuniões que contribuíram com este trabalho e

sempre se mostraram dispostos a aprender e ajudar. Em especial a Glauko, Daniel, Jean,

Mikhail e Vinicius, que de uma forma ou de outra me ajudaram com os esforços necessários

para que tudo desse certo, e por sempre se mostraram disponível em colaborar com tudo que

eu precisava.

A minha família, os principais responsáveis por toda minha trajetória, a quem devo

tudo o que sou sendo minha fonte de inspiração e espelho de vida. Obrigado por todo amor,

carinho e confiança e por sempre acreditarem em mim.

A minha esposa Ivone e meu filho Enzo, que com muita paciência e carinho,

acreditam no meu caminho a ser trilhado e sabem que a muitas das minhas ausências são para

o nosso melhor.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Características dos indivíduos quanto a Idade, Peso e Altura.

Tabela 2 - Medidas de média e desvio-padrão normalizadas das variáveis de

EAJ, EPJ, FAQ, FPQ, TP, ADM TP, ERV e Shuttle Run Test nos 4 grupos estudados

nos momentos Pré, Pós 1ª sessão e 48 h após a 10ª.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADM: Amplitude de Movimento

ANG TP: Angulação de pico de torque passivo

APE: Alongamento Passivo Estático

EAJ: Extensão Ativa de Joelho

EPJ: Extensão Passiva de Joelho

FAQ: Flexão Ativa de Quadril

FPQ: Flexão Passiva de Quadril

GAC: Grupo Alongamento na Zona de Conforto

GC: Grupo Controle

GDES: Grupo Alongamento na Zona de Desconforto

GDOR: Grupo Alongamento na Zona de Dor

ERV: Estresse por relaxamento viscoelástico

TP: Torque Passivo

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma de alocação da amostra

Figura 2 – Posicionamento para realização das medidas de TP (Magnusson et al

1996).

Figura 3 - Posicionamento para realização das manobras de APE

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 17

2. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 19

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 19

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................. 19

3. HIPÓTESES CIENTÍFICAS .......................................................................................... 20

4. ARTIGO CIENTÍFICO................................................................................................... 22

RESUMO ............................................................................................................................. 23

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 24

MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 25

Participantes ...................................................................................................................... 25

Medidas de ADM .............................................................................................................. 26

Extensão de Joelho ............................................................................................................ 26

Flexão de Quadril .............................................................................................................. 27

Medidas de Torque Passivo ............................................................................................... 27

Shuttle run test ................................................................................................................... 28

Sensação Dolorosa ............................................................................................................ 28

Valência Afetiva ................................................................................................................ 28

Protocolo ........................................................................................................................... 29

Análise Estatística ............................................................................................................. 29

RESULTADOS ................................................................................................................... 30

DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 34

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 36

FIGURAS ............................................................................................................................ 42

ANEXO I

ANEXO II

ANEXO III

ANEXO IV

APÊNDICE A

APÊNDICE B

RESUMO

Introdução: A intensidade é uma variável “qualitativa” de um protocolo de

alongamento muscular, muito pouco estudada devido a sua característica de ser inerente

ao indivíduo que está sendo alongado. Porém apontada como fator importante para o

ganho de Amplitude de Movimento (ADM). Objetivos: Verificar os efeitos de

diferentes intensidades do alongamento passivo estático (APE) na ADM, torque passivo

e desempenho funcional em atletas amadores de futebol. Métodos: Trata-se de um

ensaio clínico, controlado, randomizado e cego, composto por sujeitos do sexo

masculino, atletas de futebol, divididos aleatoriamente em 4 grupos: Grupo Controle

(GC), Grupo Alongamento na zona de conforto (GAC), Grupo Alongamento na Zona

de Desconforto (GDES) e Grupo Alongamento na Zona de Dor (GDOR). Os sujeitos

foram submetidos às medidas de avaliação da ADM de extensão de joelho e flexão do

quadril do membro inferior não dominante, de forma passiva e ativa (EAJ, EPJ, FAQ e

FPQ), pico de torque passivo (TP), angulação de pico de TP (ANG TP), estresse de

relaxamento viscoelástico (ERV) e desempenho funcional (shuttle run test), realizadas

antes e imediatamente após a 1ª e 48h após a última sessão, além de medidas de

sensação dolorosa (EVA) ao final de cada sessão. O protocolo de APE foi composto por

10 sessões, divididas em 3 sessões semanais, com 3 manobras de 30 s, com diferentes

intensidades (Dor Máxima Tolerável, Desconforto Máximo Sem Dor, e a Sensação de

Alongamento Sem Desconforto) estabelecidos a partir da uma escala visual PERFLEX.

O GC participou somente das medidas avaliativas. Resultados: GDOR e GDES

apresentaram aumento de ADM nas variáveis de EAJ (+8,17±1,8; +7,1±2,7%;p<0,001),

EPJ (+8,6±2,1; +6,2±2,8%; p<0,001), FAQ (+10,3 ± 3,2; +10,8 ± 5,8%; p<0,001 e

p=0,031) e FPQ (+11,7±3,6; +8,9±6,4%; p<0,0001) no momento 48 h após a 10ª sessão

em relação ao GAC e GC, porém, não apresentaram diferenças entre eles. Não houve

diferenças nas variáveis de TP, ADM TP, ERV e shuttle run test em nenhum dos

momentos avaliados (p>0,05). Conclusão: Alongamento na Zona de Dor e na Zona de

Desconforto melhoram a ADM sem interferir negativamente no desempenho funcional

de atletas amadores de futebol. As melhorias na ADM podem está relacionadas ao

aumento da tolerância ao alongamento em vez de modificações do TP. Logo, não há

necessidade de utilizar a intensidade de dor para promover um ganho de ADM

significativo.

Palavras-chaves: Alongamento muscular, sensação de alongamento, torque passivo,

desempenho funcional, atletas de fiutebol.

ABSTRACT

Introduction: Intensity is a "qualitative" variable of a muscle stretching protocol, which

is very little studied, due to it be an inherent characteristicto the individual being

stretched. However it was pointed out as an important factor for the gain of Range of

Motion (ROM). Objectives: To verify the effects of different intensities of static

passive stretching (SPS) on ROM, passive torque and functional performance in

amateur soccer players. Methods: This is a randomized, blinded clinical trial of male

soccer players subjects, randomly divided into 4 groups: Control Group (CG), Comfort

Zone Stretching Group (CSG), Group Stretching in the Discomfort Zone (DISG) and

Stretching Group in the Pain Zone (PAING). The subjects were submitted to measures

of knee extension ROM and flexion of the non-dominant lower limb, passively and

actively (EAJ, EPJ, FAQ and FPQ), peak of passive torque (PT), peak angulation of PT

(ANG PT), viscoelastic relaxation stress (VRS) and functional run (shuttle run test),

performed before and immediately after the first and 48h after the last session, also the

pain sensation measurements (VAS) at the end of each session. TheSPS protocol

consisted of 10 sessions, divided into 3 weekly sessions, with 3 maneuvers of 30 s, with

different intensities (Tolerable Maximum Pain, Maximum No Pain Discomfort, and

Feeling of Stretching Without Discomfort) established from a visual scale PERFLEX.

The CG performed only the evaluative measures. Results: PAING and DISG presented

increase in ROM in the AJP variables (+ 8.17 ± 1.8, + 7.1 ± 2.7%, p <0.001), EPJ (+ 8.6

± 2.1; (+10.3 ± 3.2, +10.8 ± 5.8%, p <0.001 and p = 0.031) and FPQ (+ 11.7 ± (P

<0.0001) at 48 h after the 10th session in relation to the CSG and CG, but did not

present differences between them. There were no differences in the variables of PT,

ROM PT, VRS and shuttle run test in any of the evaluated moments (p> 0.05).

Conclusion: Stretching in the pain zone and in the discomfortzone improve ROM

without negatively interfering with the functional performance of soccer amateur

athletes. Improvements in ROM may be related to increased stretching tolerance instead

changes in PT. Therefore, there is no need to use pain intensity to promote a significant

ROM gain.

Key words: Muscle stretching, stretching sensation, passive torque, functional

performance, soccer athletes.

14

1. INTRODUÇÃO

As técnicas de alongamento podem ser aplicadas no ambiente terapêutico e

esportivo como método para ganho de flexibilidade e de Amplitude de Movimento

(ADM) por meio da plasticidade muscular, ao colocar o músculo alongado além de seu

tamanho habitual (Badaro, A.F.V.; Silva, A.H.; Beche, D. 2007). Portanto, capaz de

facilitar a restauração da mobilidade normal e promover a melhora da funcionalidade

e/ou desempenho esportivo (Gama, Z.A.S.; Dantas, A.V.R.; Souza, T.O. 2009).

Existem quatro principais tipos de alongamentos: estático (passivo ou ativo),

facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), balístico e dinâmico (Kokkonen J,

Nelson Ag, Cornwell A. 1998). Dentre essas técnicas de alongamento, o alongamento

passivo estático (APE) é classicamente utilizado e eficaz no aumento de ADM de

isquiostibiais (Davis D.S. et al, 2005; Tskhovrebova, L. et al, 2010). Essa técnica

envolve, normalmente, a movimentação do membro até o ponto de desconforto do

tecido, que é mantido nesta posição por um período de tempo (Weijer, V.C; Gorniak,

G.C.; Shamus, E. 2003). Em vista disso, existem cinco variáveis que podem ser

identificadas como sendo potencialmente importantes para influenciar o efeito do

alongamento, sendo elas: o tipo de alongamento, a intensidade, a duração, a frequência

e a posição do alongamento (Wyon, M.; Felton, L.; And Galloway, S. 2009). Assim

sendo, a manipulação de algumas dessas variáveis, pode implicar em alterações na

dinâmica muscular.

Estudos anteriores (Chan S.P.; Hong Y.; Robinson P.D. 2001; Konrad, A ; Tilp,

M. 2014; Magnusson, S. P. et al 1997) apontam que um dos fatores para o aumento de

ADM pode ser a modificação sensorial de ponto final de movimento causado pela

intensidade das manobras de APE. Porém, é uma variável de natureza subjetiva, porque

é o próprio sujeito que recebe a força de tensão proporcionada pelo alongamento que

indica a intensidade da manobra (Apostolopoulos N. et al 2015), sendo assim, a sua

definição não apresenta consistência entre os autores (Mchugh, M., Cosgrave, C. 2010).

Alguns Estudos (Walter, J. et al 2003; Young W, Elias G, Power J. 2006) considera que

a intensidade pode ser dividida em níveis, e cada nível representa uma porcentagem da

amplitude máxima de movimento de um dado grupo muscular. Já Behm e Kibele

15

(2007), definem a intensidade como uma porcentagem do esforço percebido ao

alongamento a partir da sensação dolorosa proveniente da manobra. Este fato sugere

que a ADM apresenta componentes biomecânicos e psicológicos, e que ambos devem

ser interpretados conjuntamente durante a escolha do nível de intensidade. Com isso, a

intensidade de alongamento é a carga necessária para que seja gerada uma tensão na

unidade músculo-tendínea, sendo esta carga delimitada pela descrição da sensação

subjetiva do indivíduo, que provoca ou não aumento de ADM (Freitas, S.R. 2014).

Durante uma manobra de APE, são encontradas duas fases bem distintas: uma

fase dinâmica, onde o músculo é estendido passivamente até o seu ponto final de ADM,

e uma fase estática, onde o músculo é mantido nesta posição durante um determinado

tempo (Magnusson, S.P. 1996). No decorrer destas duas fases, o músculo oferece uma

resistência passiva, composta principalmente pelo: a) alongamento das pontes-cruzadas

ativas entre os miofilamentos de actina e miosina; b) alongamento das proteínas não

contráteis do citoesqueleto do sarcômero; e c) deformação dos tecidos conjuntivos

localizados dentro e ao redor do ventre muscular (Gajdosik, R.L et al 2005). Assim, o

músculo mesmo que relaxado, apresenta uma resistência passiva ao alongamento, o

torque passivo (TP), sendo este, igual à força de tensão aplicada, logo, o ponto final da

amplitude de movimento durante a fase dinâmica, é considerado o pico de TP. Porém,

com o decorrer do tempo da fase estática, o valor de pico cai em torno de 33 a 35 %,

acontecendo o relaxamento muscular por estresse viscolelástico (ERV), entretanto, os

valores após cessar o alongamento voltam aos valores de base depois de um

determinado tempo. Logo, um aumento imediato na ADM pode ocorrer devido a

alterações do TP. (Weppler, C.H.; Magnusson, S.P. 2010).

A utilização de critérios para descrição dos tipos de sensações percebidas pelos

indivíduos não é bastante clara. Deste modo, existe uma vasta gama de sensações e

percepções individuais que são descritas na literatura como indicadores de intensidade,

como por exemplo: a dor (Gajdosik, R.L. et al 2007; Gajdosik, R.L et al 2005; Gama,

Z.A.S.; Dantas, A.V.R.; Souza, T.O. 2009; Gama, Z.A.S.; Dantas, A.V.R.; Souza, T.O.

2007; Laessøe U.; Voigt M. 2004; Willy R.W. et al 2001), desconforto (Feland J.B.;

Myrer J.W.; Schulthies S.S. 2001; Gajdosik, R.L. et al 2007), resistência (Weijer, V.C;

Gorniak, G.C.; Shamus, E. 2003) e sensação de esticado (Morrin, N.; And Redding, E.

2013) e em grande parte dos estudos, há a utilização de limiares sensoriais para

discriminação da intensidade percebida, como por exemplo: "um leve desconforto"

16

(Cramer, J. T. et al 2007), "ponto de desconforto, mas não a dor" (Herda, T. et al 2012),

"pouco antes do início da dor" (Matsuo, S. et al 2013), "aparecimento de dor”

(Magnusson, S. P. et al 1997), “dor tolerável" (Nelson, A., Kokkonen, J., & Eldredge,

C. 2005). Contudo, todas essas sensações e percepções de intensidades são associadas

ao ganho de ADM, sendo estudada na maior parte das vezes somente uma única

intensidade, com uma minoria de estudos que utilizem diferentes intensidades em seus

protocolos (Apostolopoulos N. et al 2015).

O APE com intensidade acima do limiar de dor, presente na maioria dos estudos,

pode ser uma intensidade bem tolerada pelos pacientes durante a prática clínica, porém,

após a sessão, quando em repouso, o estímulo doloroso proveniente do alongamento

pode desencadear mecanismos de proteção muscular (Behm, D. G. et al 2006). Assim,

por períodos prolongados, o estímulo doloroso pode provocar uma resposta inflamatória

(Jacobs, C. A., And Sciascia, A. D. 2011), como também uma diminuição da

excitabilidade do fuso muscular (Cramer J.T. et al 2007; Beedle B. et al 2008),

ocasionando uma redução na ativação das fibras musculares, levando a déficits no

desempenho muscular e funcional (Beedle B. et al 2008; Behm D.G. et al 2006; Behm

D.G., Button D.C., Butt J.C. 2001; Fowles Jr, Sale Dg, Macdougall Jd. 2000; Power K.

et al 2004; Young W.B, Behm D.G. 2003; Cramer J.T. et al 2004; Young W, Elliott S.

2001; Young W.B, Behm D.G. 2003; Power K. et al 2004; Behm D.G., Button D.C.,

Butt J.C. 2001). Embora, também existem estudos que não apontem esses déficits

derivados de um protocolo de alongamento com intensidade no limiar de dor (Knudson

D.V. et al 2004; Kokkonen J, Nelson Ag, Cornwell A. 1998; Young W, Elias G, Power

J. 2006; Tsolakis et al 2010).

Com isso, o controle na utilização da intensidade do APE abaixo do limiar

doloroso, ou seja, entre uma zona de conforto e o ponto máximo de desconforto sem

dor, poderia aumentar a ADM e atenuar os possíveis déficits causados pelo estímulo

doloroso decorrente do alongamento estático (Behm D.G., Button D.C., Butt J.C. 2001).

Young et al. (2006) utilizaram um protocolo de alongamento com a intensidade de 90%

da ADM de dorsiflexão que causava desconforto (abaixo do limite de desconforto) nos

flexores plantares, e concluíram que 2 minutos de alongamento estático com essas

condições não causam alterações no desempenho. Morrin e Redding (2013) avaliaram

os efeitos de protocolos de APE e dinâmicos, controlados pela intensidade de “máximo

alongamento sem dor”, no salto vertical, equilíbrio e ADM em mulheres ativas, sendo

17

encontrada uma melhora significativa dos resultados para todas as variáveis quando

ambos os protocolos foram combinados. Freitas et al (2015), verificaram diferentes

intensidades determinadas pela porcentagem de pico de TP com uma repetição: 100%,

75% e 50%, sendo 100 % uma intensidade que causava dor, e cada manobra recebeu

uma duração inversamente proporcional a intensidade: 90s, 135s e 180s,

respectivamente, sendo analisadas as variáveis de ADM e TP, e relataram que o APE

com intensidade abaixo do limiar doloroso (75 e 50 %) aumentam a ADM, em menor

volume do que a manobra de alongamento que utiliza acima do limiar doloroso, e em

contrapartida, tem uma maior diminuição do TP, demonstrando uma maior diminuição

da resistência do músculo ao alongamento. Este resultado pode ser relacionado a

diminuição e modulação do reflexo H, em que pequenas amplitudes de alongamento,

como uma manobra na zona de conforto pode interferir nas ações pré-motoneurônio,

facilitando um relaxamento ao músculo que realizou a manobra de alongamento

(Guissard et al. 2001).

Contudo, a grande maioria dos estudos encontrados na literatura que realizam o

APE com a intensidade abaixo do limiar doloroso utiliza altos tempos de duração para

as manobras de alongamento ou associações entre diferentes tipos de alongamento,

manipulando desta forma, não só a intensidade das manobras, mas também o seu

volume. Logo, não há clareza em qual intensidade é clinicamente mais relevante para o

ganho de ADM, nem os seus efeitos diretos no TP e desempenho funcional. Portanto,

este estudo visa observar os efeitos de diferentes intensidades de APE na ADM, TP e

desempenho funcional.

1.1 Justificativa

A prática do alongamento tornou-se uma técnica mundialmente difundida, e é

frequentemente aplicada por profissionais, acadêmicos e público em geral, entre eles os

atletas de futebol, seja em clubes e ginásios esportivos, academias ou até mesmo no seu

próprio domicílio, sendo realizada na fase de pré-exercício, como parte integrante do

aquecimento, ou na fase pós-exercício, na forma de relaxamento muscular ou

recuperação muscular após uma atividade física. Além disso, é inserido em programas

de preparação física de atletas de alto rendimento de nível mundial, como também em

18

programas terapêuticos nas clinicas de fisioterapia, agindo, principalmente, no ganho de

flexibilidade e, possivelmente, na prevenção de lesões musculoesqueléticas. Muitos

estudos investigam qual a duração e frequência ótima de alongamento, porém, poucos

buscam explicar qual a melhor intensidade de alongamento passivo estático. Logo, será

de grande importância clínica estabelecer um protocolo de APE seja ele realizado pelo

próprio individuo ou não) com o estímulo de intensidade certo para um dado grupo

muscular, como também, verificar os seus efeitos no desempenho funcional da

população em geral, em especial, os atletas.

Assim, a presente pesquisa se dá pela necessidade de auxiliar a prática clínica de

fisioterapeutas, profissionais de educação física, professores, técnicos e/ou esportistas

na elaboração e execução de protocolos de alongamento passivo estático em programas

terapêuticos, sejam eles realizados antes ou após provas esportivas, testes, exercícios ou

tratamento fisioterapêutico.

19

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:

• Verificar os efeitos da intensidade do alongamento na ADM, torque passivo e

desempenho funcional em atletas amadores de futebol;

2.2 Objetivos Específicos:

• Analisar a ADM, por meio da extensão de joelho e flexão do quadril, de forma

ativa e passiva, antes e imediatamente após a primeira sessão, e 48 horas após a

10º sessão, em todos os grupos;

• Verificar as respostas de torque passivo muscular de isquiotibiais antes e após a

1ª sessão e 48 horas após a 10º sessão, em todos os grupos;

• Avaliar os efeitos no desempenho funcional de shuttle run test antes e após a 1ª

sessão e 48 horas após a 10º sessão, em todos os grupos;

• Analisar a sensação dolorosa antes e imediatamente após cada sessão de

alongamento, em todos os grupos;

• Investigar a valência afetiva imediatamente após todo o programa de

alongamento, em todos os grupos;

20

3. HIPÓTESES CIENTÍFICAS

• H1: Altas intensidades de alongamento passivo estático (Dor e Desconforto)

apresentam maiores ganhos de ADM, sem alterar o torque passivo muscular e

desempenho funcional, em atletas amadores de futebol;

• H2: A intensidade na zona de conforto de alongamento passivo estático

proporciona uma diminuição do torque passivo muscular, sem modificação

significativa da ADM e desempenho funcional, em atletas amadores de futebol;

21

Os Materiais e Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão serão apresentados

sob forma de artigo científico, intitulado “ALTAS INTENSIDADES DE

ALONGAMENTO AUMENTAM A ADM SEM ALTERAR O

DESEMPENHO FUNCIONAL EM ATLETAS AMADORES DE

FUTEBOL”, que será submetido à Revista European Journal of Applied Physioloy

de acordo com as normas sugeridas aos autores.

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4. ARTIGO CIENTÍFICO

Título:

“ALTAS INTENSIDADES DE ALONGAMENTO

AUMENTAM A ADM SEM ALTERAR O DESEMPENHO

FUNCIONAL DE ATLETAS AMADORES DE FUTEBOL”

Autores:

Ronan Romeno Varela de Melo 1 Wouber Hérickson de Brito Vieira 1

1 - Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Autor correspondente: Ronan Romeno Varela de Melo. Telefone: +5584991366307. E-

mail: [email protected]. Endereço: Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Natal, Rio Grande do

Norte – Brasil.

23

RESUMO

Objetivos: Verificar os efeitos de diferentes intensidades de alongamento passivo

estático (APE) na ADM, torque passivo e desempenho funcional em atletas amadores

de futebol. Métodos: 41 sujeitos do sexo masculino, atletas de futebol, divididos

aleatoriamente em 4 grupos: Grupo Controle (GC), Grupo Alongamento na zona de

conforto (GAC), Grupo Desconforto (GDES) e Grupo Dor (GDOR). Foram realizadas

10 sessões, divididas em 3 sessões semanais, com 3 manobras de 30 s, com diferentes

intensidades estabelecidas a partir da PERFLEX. Avaliações de ADM de extensão de

joelho e flexão do quadril do membro inferior não dominante, de forma passiva e ativa

(EAJ, EPJ, FAQ e FPQ), pico de torque passivo (TP), Angulação de pico de TP (ADM

TP), estresse de relaxamento viscoelástico (ERV) e shuttle run test, realizadas antes e

imediatamente após a 1ª e 48h após a última sessão. Resultados: GDOR e GDES

apresentaram aumentos nas variáveis de EAJ (+8,17±1,8;+7,1±2,7%;p<0,001), EPJ

(+8,6±2,1; +6,2±2,8%; p<0,001), FAQ (+10,3 ± 3,2; +10,8 ± 5,8%; p<0,001 e p=0,031)

e FPQ (+11,7±3,6; +8,9±6,4%; p<0,0001) 48 h após a 10ª sessão em relação ao GAC e

GC, porém, não apresentaram diferenças entre eles. Não houve diferenças nas variáveis

de TP, ADM TP, ERV e shuttle run test em nenhum dos momentos avaliados.

Conclusão: Alongamento na zona de Dor e zona de Desconforto melhoram a ADM

sem interferir negativamente no desempenho funcional de atletas amadores de

futebol. As melhorias na ADM podem está relacionadas ao aumento da tolerância ao

alongamento em vez de modificações do TP.

Palavras-chaves: Alongamento muscular, sensação de alongamento, torque passivo,

desempenho funcional, atletas de futebol.

ABREVIATURAS

ADM Amplitude de Moviemento

ADM TP Angulação de pico de torque passivo

APE Alongamento Passivo Estático

EAJ Extensão Ativa de Joelho

EPJ Extensão Passiva de Joelho

FAQ Flexão Ativa de Quadril

FPQ Flexão Passiva de Quadril

GAC Grupo Alongamento na Zona de Conforto

GC Grupo Controle

GDES Grupo Alongamento na Zona de Desconforto

GDOR Grupo Alongamento na Zona de Dor

ERV Estresse por relaxamento viscoelástico

TP Torque Passivo

24

INTRODUÇÃO

A prática do alongamento é mundialmente difundida, e frequentemente aplicada

por profissionais e públicos em geral, entre eles os atletas de futebol, em clubes e

ginásios esportivos, realizadas como método para ganho de Amplitude de Movimento

(ADM) por meio da plasticidade muscular, ao colocar o músculo alongado além de seu

tamanho habitual (Badaro, A.F.V.; Silva, A.H.; Beche, D. 2007). Portanto, capaz de

facilitar a restauração da mobilidade normal e promover a melhora da funcionalidade

(Gama, Z.A.S.; Dantas, A.V.R.; Souza, T.O. 2009).

O alongamento passivo estático (APE) é eficaz no aumento de ADM de

isquiostibiais (Tskhovrebova, L. et al, 2010). Essa técnica envolve, normalmente, a

movimentação do membro até o ponto de desconforto do tecido, que é mantido nesta

posição por um período de tempo (Weijer, V.C; Gorniak, G.C.; Shamus, E. 2003). Em

vista disso, existem cinco variáveis que podem ser identificadas como sendo

potencialmente importantes: o tipo de alongamento, a intensidade, a duração, a

frequência, e a posição do alongamento (Wyon, M.; Felton, L.; And Galloway, S.

2009). Assim sendo, a manipulação de algumas dessas variáveis, pode implicar em

alterações na dinâmica muscular. Estudos anteriores (Chan S.P.; Hong Y.; Robinson

P.D. 2001; Konrad, A ; Tilp, M. 2014; Magnusson, S. P. et al 1997) apontam que um

dos principais fatores para o aumento de ADM pode ser a modificação sensorial de

ponto final de movimento causado pela intensidade das manobras de APE. Portanto, a

intensidade das manobras parece ser um fator fundamental no ganho de ADM

(Apostolopoulos N. et al 2015). Porém, devido a sua natureza subjetiva, a definição de

intensidade não apresenta consistência entre os autores (Mchugh, M., Cosgrave, C.

2010), devido a ADM apresentar componentes biomecânicos e psicofisiológicos, e que

ambos devem ser interpretados conjuntamente durante a escolha do nível de

intensidade. (Freitas S. R. 2016, Apostolopoulos N. et al 2015).

Dentre os componentes biomecânicos, há uma resistência passiva ao APE,

chamada de torque passivo (TP), sendo este, igual à força de tensão aplicada. Com o

decorrer do tempo durante uma manobra de APE o valor de pico de TP cai em torno de

33 a 35 %, acontecendo um relaxamento muscular por estresse viscolelástico (VER).

Logo, um aumento imediato no comprimento muscular pode ocorrer devido a alterações

do TP (Weppler, C.H.; Magnusson, S.P. 2010). Contudo, todas as sensações e

25

percepções de intensidades estudadas são associadas ao ganho de ADM, sendo relatada

na maior parte das vezes somente uma única intensidade, com uma minoria de estudos

que utilizem diferentes intensidades em seus protocolos (Apostolopoulos N. et al 2015).

O APE com intensidade acima do limiar de dor pode ser uma intensidade bem

tolerada pelos atletas, porém, após a sessão, quando em repouso, o estímulo doloroso

pode desencadear mecanismos de proteção muscular (BEHM, D. G. et al 2006), o que

leva a diminuição do desempenho (Beedle B. et al 2008; Behm D.G. et al 2006; Behm

D.G., Button D.C., Butt J.C. 2001; Fowles JR, Sale DG, Macdougall JD. 2000; Power

K. et al 2004; Young W.B, Behm D.G. 2003). Com isso, o controle na utilização da

intensidade do APE abaixo do limiar doloroso, ou seja, entre uma zona de conforto e o

ponto máximo de desconforto sem dor, poderia aumentar a ADM e atenuar os possíveis

déficits causados pelo estímulo doloroso decorrente do alongamento estático (Behm

D.G., Button D.C., Butt J.C. 2001). Entretanto, a grande maioria dos estudos que

realizam o APE com a intensidade abaixo do limiar doloroso utiliza altos tempos de

duração para as manobras de alongamento ou associações entre diferentes tipos de

alongamento. Logo, não há clareza em qual intensidade é clinicamente mais relevante

para o ganho de ADM, nem os seus efeitos diretos no TP e desempenho funcional.

Portanto, este estudo visa observar os efeitos de diferentes intensidades de

alongamento passivo estático na ADM, TP e desempenho funcional de atletas amadores

de futebol.

MATERIAIS E MÉTODOS

Participantes

Participaram 41 sujeitos do sexo masculino, atletas de futebol amador e

universitário de clubes esportivos e instituições de Ensino Superior da cidade de

Natal/RN. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Performance Neuromuscular do

Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN). O estudo foi desenvolvido após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas

da UFRN, com protocolo Nº 1883129, onde todos os sujeitos assinaram o termo de

26

consentimento livre e esclarecido. Para inclusão, os sujeitos não deveriam apresentar

histórico de lesão, trauma, cirurgias prévias e doenças nos membros inferiores nos

últimos 6 meses, ter ausência de distúrbios musculoesqueléticos, cardiorrespiratórios e

neurológicos que impeçam a realização dos protocolos de avaliação e tratamento, não

estar sob ação de medicamentos que causem relaxamento muscular e apresentaram

encurtamento muscular com ADM de isquiostibiais menor que 165º graus de extensão

ativa de joelho com o quadril fletido a 90º. Todas as avaliações foram realizadas em 3

momentos: Pré e pós 1ª sessão, e 48 h após a 10ª sessão. Os indivíduos foram divididos

em 4 grupos: Grupo Controle (GC), Grupo de Alongamento na Zona de Conforto

(GAC), Grupo Alongamento na Zona de Desconforto (GDES) e Grupo Alongamento na

Zona de Dor (GDOR).

Medidas de ADM

Para mensuração de ADM foi utilizado um goniômetro universal da marca

(Carci®), uma mesa de exame e um dispositivo de madeira para posicionamento e

fixação do sujeito na mesa de exame. O dispositivo é composto por duas barras verticais

laterais para fixação à mesa de exame e uma barra horizontal, ambas de madeira. Para

mensuração da ADM foi adotado dois posicionamentos: com quadril fletido a 90 ° e

com elevação da perna estendida. Para o cálculo do déficit de extensão do joelho, foi

utilizada a diferença entre o ângulo de extensão ativa do joelho com o quadril fletido a

90° e o ângulo de 180º (considerado o ângulo de extensão máxima normal desta

articulação).

Extensão de Joelho

O sujeito foi posicionado em decúbito dorsal em uma mesa de exame, sobre o

dispositivo de madeira. O indivíduo teve o quadril do membro não dominante

sustentado a 90º graus de flexão (Chan et al 2001), permanecendo o membro inferior

dominante estendido sobre o dispositivo. O sujeito foi fixado por meio de faixas com

velcro sobre a pelve e em nível do joelho do membro dominante de forma a não haver

compensações. O goniômetro teve o seu eixo perpendicularmente alinhado ao

epicôndilo lateral do fêmur, com seu braço fixo alinhado com o trocânter maior do

27

fêmur e o seu braço móvel alinhado com o maléolo lateral da fíbula (Sacco et al 2007).

Em seguida, foram realizadas 3 extensões ativas (EAJ) e 3 extensões passivas (EPJ) do

joelho do membro inferior não dominante. Para EPJ foi utilizado o ponto de dor

máxima tolerável como limite do movimento. Para análise dos resultados foram

realizadas as médias das 3 extensões.

Flexão de Quadril

O sujeito teve fixado por meio de faixas com velcro sobre a pelve e em nível do

joelho do membro dominante de forma a não haver compensações. O goniômetro foi

colocado com o seu eixo perpendicularmente ao trocânter maior do fêmur, com seu

braço fixo alinhado com a linha média do tronco e o seu braço móvel alinhado ao

epicôndilo lateral do fêmur (Behm et al 2006). Em seguida, foram realizadas 3 flexões

ativas (FAQ) e 3 flexões passivas (FPQ) do quadril com extensão do joelho do membro

inferior não dominante, sendo a amplitude articular de movimento avaliada através de

goniometria. Para FPQ foi utilizado o ponto de dor máxima tolerável como limite do

movimento. Para análise dos resultados foram realizadas as médias das 3 extensões.

Medidas de Torque Passivo

Para avaliação do torque passivo (TP) foi utilizado um Dinamômetro Isocinético

(Biodex Multi-Joint System 3, New York, USA). O sujeito foi posicionado na cadeira

ajustável, sendo estabilizado com cintas na região pélvica e torácica, assim como na

coxa do membro não dominante, para evitar possíveis efeitos compensatórios, tendo o

quadril do membro não dominante elevado a 120° com auxílio de um dispositivo. O

eixo de rotação do aparelho foi alinhado no nível do epicôndilo lateral do fêmur (eixo

de rotação anatômico do joelho) e o braço de alavanca ajustado na parte distal da perna,

sendo fixado aproximadamente 5 cm acima do maléolo lateral do tornozelo. A perna do

indivíduo foi extendida numa velocidade de 5º/seg (Magnusson et al 1996). Quando o

sujeito detectava o ponto máximo de dor tolerável, era pressionado o botão “stop”, o

aparelho registrava o pico de TP oferecido e a angulação encontrada (ADM de pico de

TQ) durante 30 segundos. Para a mensuração do estresse de relaxamento viscoelástico

(ERV), foi feita a razão entre o pico gerado pós 30 segundos e o pico de TP. A

28

verificação da passividade do teste foi garantida a partir da análise qualitativa do gráfico

de TP. Caso fosse encontrado algum ruído dentro do gráfico, o teste era repetido.

Shuttle run test

O teste avalia a agilidade dos sujeitos (Stephens et al 2006). Para medida de

tempo foi utilizado um cronômetro manual. A avaliação foi executada em uma

superfície plana, com os pés devidamente calçados. O trajeto foi demarcado por dois

cones distantes 10 m entre si, onde os indivíduos realizaram a volta (giro de 180º), no

cone sem tocá-lo, e retornaram ao ponto de saída, completando 20 metros, no menor

tempo possível. Foram realizadas duas tentativas, com intervalo de repouso de dois

minutos entre cada repetição, sendo registrado o melhor resultado.

Sensação Dolorosa

A sensação dolorosa durante as sessões de APE foi quantificada por meio da

Escala Visual Analógica (EVA) (Mchugh and Nesse 2008), e registrada ao final de cada

sessão. A escala é composta por uma folha de papel com duas marcações em

extremidades opostas, separadas por uma distância de 100 milímetros, onde em um dos

lados está escrito “sem dor/desconforto” e no outro “dor/desconforto máximo”, de

forma alinhada.

Valência Afetiva

A satisfação do sujeito em relação ao programa de alongamento foi determinada

por meio da Escala de Valência Afetiva - Feeling Scale (Hardy and Rejeski 1989). Este

instrumento é composto basicamente de uma escala de 11 pontos, com itens únicos,

bipolares, variando entre +5 (“muito bom”) e -5 (“muito ruim”). Os indivíduos

indicavam qual foi a sua relação afetiva, de acordo com a numeração da escala, com o

programa de alongamento, após realizar esta atividade.

29

Protocolo

Cada grupo experimental foi submetido a 10 sessões, sendo realizadas 3 sessões

semanais de alongamento passivo estático, com intervalo de 48 h entre elas. A cada

sessão foram realizadas 3 manobras contendo uma duração de 30 segundos, sendo este o

mesmo tempo de repouso. Os comandos verbais foram previamente padronizados e os

sujeitos foram instruídos anteriormente sobre a manobra. As manobras de alongamento

foram realizadas em ambos os membros inferiores por um sujeito treinado para as

intervenções. Com o sujeito deitado em uma mesa de exame em decúbito dorsal, um

membro foi estendido e estabilizado com a ajuda de uma faixa, e outro membro

elevado, até que o individuo relatasse uma intensidade acima da pré-estabelecida na

escala PERFLEX (Dantas et al 2008), logo depois, o sujeito interventor diminuia a

intensidade, para que esta ficasse no limite da intensidade pré-estabelecida. Este

procedimento foi adotado, para garantir que todos os individuos estivessem

familiarizados com a intensidade. O GAC teve a sensação de “Sensação De

Alongamento Sem Desconforto”. O GDES teve a sensação de “Desconforto Máximo

Sem Dor”, e o GDOR teve a sensação de “Dor Máxima Tolerável”.

Análise Estatística

A amostragem foi dada por meio de cálculo amostral realizado no software G

POWER versão 3.0.0.1. Com base em estudos anteriores, foi adotada uma potência de

0,8, considerando um nível de significância de 5% e um coeficiente de correlação de

0,5. Para tanto, foi calculado um “n” amostral de 10 voluntários para cada grupo (“n”

amostral = 40). A análise dos dados foi realizada por meio do Statistical Package for

the Social Science (SPSS) versão 22.0. Foi realizada a estatística descritiva para cada

variável. ANOVA one way para detectar possíveis diferenças nas características de

idade, peso e altura. Todas as variáveis analisadas foram normalizadas pela medida de

base pré 1ª sessão. A medida de ERV foi dada pela razão entre o pico gerado pós 30

segundos e o pico de TP. Foi realizado o teste de Kolmogorov-Sminorv (K-S) para a

verificação da normalidade dos dados e o teste de Levene, para a análise da

homogeneidade das variâncias. Dado a distribuição normal, foi realizada uma ANOVA

com medidas repetidas (4X3), já que foram estudados quatro grupos (GC, GAC, GDES

e GDOR) em 3 momentos distintos (antes e imediatamente após a 1ª sessão, e 48 horas

30

após esta última), com utilização do post hoc de Tukey para identificação das diferenças.

Foi utilizado um valor de significância de 5 %.

RESULTADOS

Os sujeitos não apresentaram diferenças quanto à idade, peso e altura (Tabela 1).

Os grupos de intervenção foram diferentes (p<0,0001) entre si na medida de EVA. O

GDOR apresentou maiores escores (79,61mm±2,71), seguido do GDES (64,71mm ±

3,04) e GAC (34,2 mm ± 1,34).

Tabela 1- Características dos indivíduos quanto a Idade, Peso e Altura.

GC GAC GDES GDOR p-Valor

Idade (anos) 23,8±4,1 24,7±4,84 22,4±4,27 22,9±3,51 0,607

Peso (Kg) 76,9±12,24 79,2±8,86 71,6±9,41 72,6±9,36 0,280

Altura (cm) 178,9±7,58 178,6±7,66 171,6±6,69 178,1±8,48 0,115

GC: Grupo controle; GAC: Grupo Alongamento na Zona de Conforto; GDES: Grupo

Desconforto; GDOR: Grupo Dor.

Medidas de ADM. Foram observadas significantes interações (p<0,001) entre

intensidades x momentos. Os grupos GDOR e GDES apresentaram ganhos

significativos de ADM nas medidas de EAJ, EPJ, FAQ e FPQ no momento 48 h após a

10 ª sessão em relação ao GAC e GC, porém, não houve diferença entre eles. O GAC

não apresentou diferença em relação ao GC no momento 48 h após a 10 ª sessão. O

GAC e o GDOR apresentaram ganhos significativos na FPQ no momento pós 1ª sessão

(tabela 2).

31

Torque Passivo. Não houve diferenças significativas em nenhum dos grupos em

nenhum dos momentos avaliados nas medidas de TP, ADM de pico de TP e ERV

(tabela 2).

Shuttle Run Teste. Não houve diferenças significativas em nenhum dos grupos

em nenhum dos momentos avaliados (tabela 2).

Feeling Scale. Os grupos GDOR (3,4 ± 1,42) e GDES (3,4 ± 1,17) tiveram

melhores respostas afetivas positivas após o protocolo de alongamento (p < 0,0001),

porém sem diferenças entre eles (p=0,89). O GAC (0,27 ± 1,61) não obteve diferença ao

GC (-0,1 ± 2,42) (p=0,894).

32

GC (n=10) GAC (n=11) GDES (n=10) GDOR (n=10)

ADM Pré Pós 1ª

sessão 48 h após

10 ª Pré

Pós 1ª

sessão 48 h após

10 ª Pré

Pós 1ª

sessão 48 h após

10 ª Pré

Pós 1ª

sessão 48 h após 10

ª P valor

EAJ (º) 100 101,1±1,8 101,83±2,2

100 101,5±1,0 102,1±2,0

100 102,6±1,5 107,1±2,7*

100 102,6±0,8 108,17±1,8* p = 0,000

ƒ = 1,16

β = 1,00

EPJ (º) 100 100,8±2,6 100,9±2,6

100 103,1±1,8 101,7±2,4

100 102,6±1,6 106,2±2,8*

100 104,7±0,9 108,6±2,1* p = 0,000

ƒ = 1,14;

β = 1,00

FAQ (º) 100 100,9±2,0 101,7±2,8

100 104,8±2,3 106,0±2,4

100 103,9±1,9 110,8±5,8*

100 103,5±3,8 110,3±3,2* p = 0,000

ƒ = 0,87;

β = 0,99

FPQ (º) 100 100,9±2,3 100,4±3,5

100 107,7±3,2┼ 105,1±3,4

100 103,7±2,2 108,9±6,4*

100 107,7±5,1┼ 111,7±3,6* p = 0,000

ƒ = 0,98

β = 0,99

TP

Pico de TP

(N/m) 100 110,4±20,0 111,0±19,5 100 111,6±23,4 112,2±23,7 100 125,7±23,2 120,6±18,6 100 107,1±20,3 105,7±24,0

p = 0,243

ƒ = 0,34

β = 0,35

ANG TP

(°) 100 105,1±10,4 108,4±11,9 100 108,2±9,0 109,2±9,9 100 107,4±6,8 107,0±9,5 100 104,3±7,8 105,5±9,0

p = 0,79

ƒ = 0,16

β = 0,11

Tabela 2. Medidas de média e desvio-padrão normalizadas das variáveis de EAJ, EPJ, FAQ, FPQ, TP, ADM TP, ERV e Shuttle Run Test nos 4 grupos estudados

nos momentos Pré, Pós 1ª sessão e 48 h após a 10ª.

33

ERV (%) 14,7±5,5 14,±2,84 17,2±4,0 15,1±13, 15,12±13,4 15,14±10,8 12,5±5,6 12,93±3,2 14,15±8,2 16,3±6,7 16,26±6,7 18,34±5,7

p = 0,243

ƒ = 0,34

β = 0,35

DESEMPENHO

FUNCIONAL

Shuttle (s) 100 101±5,9 100,6±4,0 100 99,4±8,4 99,3±4,5 100 102,1±3,8 101,2±5,0 100 100,2±5,7 100,2±7,0

p = 0,73

ƒ = 0,18

β = 0,12

ANOVA com medidas repetidas (4x3) mostram diferenças significativas no momento 48 h após a 10 ª sessão nos grupos GDOR e GDES. Sem diferenças nas variáveis de TP,

ADM TP, ERV e Shuttle em nenhum dos momentos. Legenda: * Diferenças em relação ao GC no momento 48h após a 10ª sessão; ┼ Diferenças em relação ao GC no momento

pós 1ª sessão; p Valor de significância; ƒ Tamanho do Efeito; β Power do estudo.

34

DISCUSSÃO

Este estudo investigou os efeitos de diferentes intensidades de alongamento passivo

estático na ADM, torque passivo e desempenho funcional em atletas amadores de futebol. Os

grupos GDOR e GDES obtiveram os melhores resultados nas variáveis de ADM estudadas,

tanto na extensão de joelho quanto na flexão de quadril, sem diferença entre eles. Esses

resultados nos mostram a importância das altas intensidades como intensidades ótimas para

promover ganhos de ADM, dada à mesma duração das manobras. Entretanto, parece que não

há necessidade de utilizar o limite da Dor como intensidade para gerar ganhos de ADM,

precisando somente está no limite do Desconforto do sujeito para que se tenham melhores

resultados de ADM em longo prazo (Freitas et al 2015; Freitas et al 2016).

Não houve respostas significativas das intensidades na maioria das variáveis de ADM,

ativa ou passiva, no momento PÓS 1ª SESSÃO. Outros estudos também demonstram este

resultado, sugerindo que uma sessão de alongamento passivo estático não é suficiente para

promover um aumento significativo de ADM; (Magnusson et al. 1996; Gama et al 2009;

Spernoga et al 2001; DePino et al 2000). Porém, na ADM de FPQ no PÓS 1ª SESSÃO, os

grupos de GAC e GDOR apresentaram ganhos significativos em relação ao GC.

Hipotetizamos que este resultado pode ser devido a medida de avaliação ser fielmente igual à

intervenção, o que tende a facilitar as respostas encontradas, mesmo que seja após uma

sessão.

Em nossa hipótese, esperava-se que GAC apresentasse uma diminuição do TP, com

consequente maior ERV, o que não ocorreu. Guissard et al. (2001,2006) mostra que

alongamentos na zona de conforto com alta duração das manobras podem estar relacionados a

diminuição e modulação do reflexo do fuso muscular, causando interferências nas ações pré-

motoneurônio, facilitando um relaxamento ao músculo que realizou a manobra de

alongamento. Neste estudo, foi utilizado o tempo de 30s para duração da manobra, tempo

mínimo para que se tenha os efeitos do alongamento (DePino et al 2000; Cini, de

Vasconcelos, Lima 2017), que foi semelhante em todos os grupos, sendo assim, uma baixa

duração de tempo, porém, amplamente utilizada na prática clínica.

Não houve alterações no desempenho funcional no teste Shuttle Run, em nenhuma das

intensidades em nenhum dos momentos. O APE parece não interferir no desempenho de

atletas amadores de futebol, mesmo ele sendo realizados em altas intensidades. Tsolakis et al

35

(2010), encontraram resultados semelhantes, onde o efeito do alongamento passivo estático

até o limiar de dor na flexibilidade e desempenho funcional de esgrimistas, em sprints, não

alterou as variáveis estudadas. A rigidez muscular parece ser um conceito importante em

relação ao alongamento e desempenho, e é um mecanismo que pode ajudar a explicar os

resultados. Alterações nas propriedades viscoelásticas podem afetar o desempenho a partir de

alterações estruturais do músculo decorrentes de alterações na atividade reflexa e/ou

adaptações eletrofisiológicos (Favero et al 2009). No nosso presente estudo não houve

qualquer mudança no ERV dos sujeitos. Desta forma, a realização de alongamentos pré-

exercícios e/ou dentro dos protocolos de aquecimento pode ser dirigida aos atletas amadores

de futebol, utilizando-se dos mesmos parâmetros deste estudo.

Da mesma forma GDOR e GDES apresentam melhores respostas afetivas positivas. O

fato deve ocorrer principalmente pelo fato que em população de atletas, mesmo os amadores,

o estímulo doloroso parece ser amplamente difundido como a intensidade ideal para ganhos

de ADM (Muanjai et al 2017). Assim, sugerimos que para futuras prescrições de protocolos

de alongamento, a intensidade das manobras possa ficar a escolha do sujeito, a qual ele sinta-

se melhor, o que não interferirá negativamente no protocolo, e garantirá maior adesão ao

protocolo de alongamento.

Os desfechos encontrados são destinados à população do estudo com o protocolo de

alongamento aplicado, necessitando de mais estudos com diferentes populações, tipo de

alongamento, duração da manobra, posicionamento e volume do protocolo de alongamento.

CONCLUSÃO

Alongamento na zona de dor e zona de desconforto apresentam melhores resultados no

ganho de ADM, tanto ativa quanto passiva. Os resultados mostram que não há necessidade de

utilizar o limite da Dor como intensidade fundamental para gerar ganhos de ADM, precisando

somente causar Desconforto no sujeito para que se tenham ganhos significativos de ADM em

longo prazo. Altas intensidades não alteram o desempenho funcional de shuttle run.

Nenhumas das intensidades não foram suficientes para alterar as variáveis de TP, ADM de

pico de TP e ERV, portanto, as melhorias na ADM podem está relacionadas ao aumento da

tolerância ao alongamento em vez de modificações do TP. As intensidades na zona de dor e

zona de desconforto obtiveram resultados semelhantes na Feeling Scale.

36

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42

FIGURAS

Figura 2 - Fluxograma de alocação da amostra

Figura 2 – Posicionamento para realização das medidas

de TP (Magnusson et al 1996).

43

Figura 3 - Posicionamento para realização das manobras de APE

44

ANEXO I

ESCALA PERFLEX

45

ANEXO II

ESCALA VISUAL ANALÓGICA (EVA)

46

ANEXO III

ESCALA DE VALÊNCIA AFETIVA – FEELING SCALE

47

ANEXO IV

48

49

50

51

APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Efeitos de diferentes

intensidades de alongamento passivo estático na flexibilidade, desempenho

neuromuscular e funcional em atletas de futebol: Ensaio Clínico, Controlado,

Randomizado e Cego” que tem como pesquisador responsável Prof. Dr. Wouber Herickson

de Brito Vieira.

Esta pesquisa pretende avaliar qual a intensidade ótima do alongamento estático, para

obter-se um maior ganho de amplitude de movimento e flexibilidade e a sua influência na

força de resistência passiva muscular, atividade elétrica do músculo e desempenho funcional

de saltos e corridas antes e após uma sessão de alongamento e 48 horas após 10 (dez) sessões.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é devido a maioria das pesquisas utilizar

diferentes sensações individuais de intensidade para a realização do alongamento, e por não

haver ainda nenhum consenso a respeito de qual seria a intensidade ótima para um maior

ganho de amplitude articular de movimento e flexibilidade com uma maior durabilidade do

seu efeito.

Caso você decida participar, você deverá preencher uma simples ficha de avaliação

contendo dados como idade, peso, altura, e quantas vezes por semana realiza atividade física.

Em seguida, será adicionado em algum dos 4 grupos (controle ou um dos 3 grupos

experimentais), onde será realizada a avaliação da linha de base (iniciais), composta por:

mensuração da sua flexibilidade, da força necessária para o alongamento do músculo e seu

52

desempenho na corrida. Será avaliado também a sua sensação dolorosa e a sua satisfação em

estar realizando os exercícios de alongamento, durante e após as intervenções.

Durante a realização você será submetido a protocolos de alongamento da musculatura

posterior da coxa e a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você corre é semelhante

àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.

Pode acontecer um desconforto, como dor ao alongar o músculo, que será minimizado

após o término do alongamento e você terá como benefício uma maior de amplitude articular

de movimento bem como ganho de flexibilidade àqueles sujeitos que participarem do grupo

experimental.

Em caso de algum problema que você possa ter relacionado com a pesquisa, você terá

direito a assistência gratuita que será prestada pelo pesquisador, encaminhando ao serviço de

saúde mais próximo.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para

Wouber Herickson de Brito Vieira pelo telefone 84 988978390, ou para Ronan Romeno

Varela de Melo pelo telefone 84 991366307, se necessário via Whatsapp.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer

fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em

congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe

identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local

seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo

pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será

indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o

pesquisador responsável Wouber Herickson de Brito Vieira.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados

serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela

53

trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da

pesquisa “Efeitos da sensação dolorosa em um programa de alongamento estático na

flexibilidade e desempenho neuromuscular: Ensaio Clínico, Randomizado e Cego.” e autorizo

a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas

desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, _____ de _________ de 2017.

Assinatura do participante da pesquisa

Assinatura do pesquisador responsável.

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “Efeitos do intervalo de tempo entre séries

de alongamento estático no ganho de amplitude articular de movimento e torque passivo

muscular” declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os

procedimentos metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao

participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do

mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei

infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal ___ de ______ de 2017.

Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica do

participante

54

APÊNDICE B

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Ficha de Avaliação

Nome:

Idade: Sexo:

Altura: Peso:

Telefone:

Pratica atividade física regularmente? ( ) SIM ( ) NÃO

Se sim, qual?

Quantas vezes por semana?

Faz uso de alguma medicação regularmente?

( )SIM ( )NÃO

Se sim, qual?

Tem algum antecedente patológico no joelho direito?

( )SIM ( )NÃO

Participa de algum programa de alongamento da musculatura posterior da coxa? ( )SIM

( )NÃO

55

Ficha para Avaliador

Flexibilidade:

Geno recurvatum ( ) Sim ( ) Não

Geno flexum ( ) Sim ( ) Não

Extensibilidade de Ísquiostibiais com o quadril fletido a 100º menor que 165º graus de

extensão de joelho: ( ) Sim ( ) Não

Altura:

Peso:

IMC:

CLASSIFICAÇÃO DO IMC

IMC: Peso ÷ altura ao quadrado

Resultados possíveis:

• Abaixo de 17: Muito abaixo do peso

• Entre 17 e 18,49: Abaixo do peso

• Entre 18,5 e 24,99: Peso Normal

• Entre 25 e 29,99: Acima do peso

• Entre 30 e 34,99: Obesidade I

• Entre 35 e 39,99: Obesidade II (severa)

• Acima de 40: Obesidade III (mórbida)