Amargos Como Os Frutos Livro Completo Melhor Qualidade
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P au la T ava resAMAaGOSCOMOOS aUTOSPOESIA REUNIDA
Rio de Janeiro, 2011
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Copyright e 2011Ana Paula Tavares . Edi tori al Caminho SA, l .i sboa, 20' l
P ri me lr a e di
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/ '\ .,..PRE:f1ACrO A EDH;:AO PORTUGUESA:PASSAGEM PARA A DIFEREN
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em Luanda, em 1985, pude vel,' que aquela poesia naose "encaixava" na gaveta dos processos simbolicos queo significante rnulher adquire na poesia african a que euestudara - entusiasmada e confiante - nas disciplinasde Literaturas Africanas, fosse ela de auto ria masculi-na au ferninina, Porern, nao posso dizer que eu tenhaficado perplexa, pois na altura ainda nao me dispuseraa procurar diferencas, estando mais preocupada cornas sernelhancas, com as aproximacoes, a fim de cons-truir enquadramentos teoricos, como con vern a qual-quer campo que se proponha a area de investigacao.Foi apenas um assomo de agitacao, de encantamento ...Ern todo 0case, a leitura de Rites d e p as sa gem (assimcomo de Sabores, adores & sonho, de Ana de Santana,livre coetaneo do de Paula Tavares) constituiu paramim, entao leitora porventura mais sensorial do queintelectual, urn ritual de passagem de urn estadio deleitura de fruicao para 0de prazer, para me reportar aluna subtil distincao de Roland Barthes. Assim, hoje,em reflexao retrospectiva, rememorando 0 meu des-lurnbramento naquele dezembro de 1985, posso afir-mar que, pOI' essa altura, cornecara a apreender 0valorda diferenca de vivencias, tanto ern termos sincronicos(outros agentes sociais, com outros saberes e sabores)quanto em terrnos diacr6nicos (outros tempos, outrasurgencias, em que 0 olhar euforico ja ia cedendo lugara uma visao menos condescendente com as relacoesinternas de poder - que, afinal, sao as relacoes entrehomern e mulher nas sociedades africanas, sejarn elasrurais au urbanas),
E deslumbramento porque? Porque via pela pri-meira vez, na poesia africana, uma escrita em que a voz
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da rnulher se fazia ouvir na sua individualidade, na suafeminilidade, oa sua corporaUdade, mesmo utilizandoos mesmos "materials'; tanto substanciais (os eleme~-tos da natureza e da sociocultura angolanas) e formals(os reCUfSOSde linguagem) dos "consagrados", aquelesque, pela escrita, 110Sfizeram imaginar a c~~unidadepeJa figmayao simbclica do elem nto feminine comomatriz do nacional, da concertacao e da forca COlTlU-nitaria vital. E, pois, a partir desses sinais de inflexaoliteraria que gosto de pensar 0 "local da cultura" deR iio s d e p as sa gem : e que nao descurando a dimen~aocomunitaria, R uo s de p as sa ge m anuncia uma busca m-dividual, rnais intima e sonhadora, mesmo quando asua preocupacao ultima e colectiva, como se percebeno ultimo poema da colectfmea, que reune poemasescritos entre 1983 e 1985, na circum-navegac;:ao es-pacio-temporal da pr6pria autora: Luanda, Benguela,Cabinda, Havana ...R ito s d e p as sa gem e um caderno de poesia organ i-zado em tres andamentos ("De cheiro macio ao tacto","Navegacao circular': "Cerimonias de passagem"), pre-cedidos de urn poema, "Cerimonia de passagern", queU1eimpoe 0 ritrno iniciitico. Nao se trata, pois, de ur nlivro circular, antes de urn "antes" e de "depois", em quese percebe, claramente, 0processo de aprendizagem, 0resultado de urn procedimento, do drculo que fecha 0principio: "a zebra feriu-se na pedra/ a pedra produziulume". Ao todo vintee quatro poernas, que da percep-yaOsensorial se passa a conternplacac conscienciosa e,ate, a palavra performativa, de que 0 poema "Desos-saste-me" e paradigmMico:
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Desossaste- mecuidadosamen teinscrevendo-meno teu universocomo urna feridaurna protese perfeitamaldita necessariaconduziste todas as rninhas veiaspara que desaguassemnas tuas
sern rernediomeio pulrnao respira em tio outre, que me Iernbre
mal existe
Hoje levantei-me cedopintei de tacula e agua fria
o corpo acesonolobato a manteiganao panho 0cinto
YOUpara 0 sul saltar 0 cercado
Neste andamento, 0 terceiro, com dez poemas, seconsuma a desconstruc;ao da imagem da mulher:a pre-senca feminina surge primeiro fragmentada (proteses,veias, pulm5es), mas val-se recompondo, e, conscientedo processo de desossamento e das causas da fragmen-tacao do seu corpo e do despojamento dos seus sonhos,o sujeito poetico, detentor da voz da enunciac;ao, recusaa sua subserviencia a determinadas form3s socia is e auniformidade inscrita nos c6digos dos deveres, Iiber-tando-se e ganhando a sua propria dirnensao e a sua
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individualidade:"vou/ para 0 sui saltar 0 cercado"!Na verdade, desde 0prlmeiroandamento do proces5oiniciatico, "De cheiro macio ao tacto", a escrita eviden-cia uma percepcao de teor sinestesico, que propoe urncaminho para a cornplexidade do individuo, feito decorpo & espirito, com as sensorialidades metaforiza-das nas "propriedades" dos frutos e exponenciadas em"Alphabeto" :
AlphabetoDactilas-rne o corpo
deAaZe reconstrois
a S a ssedapure espanto
por debaixo das rnaosenquanto abertas
parecern, pequenasas cicatrizes
Por este pequeno caderno, cujo "local da cultura" euma Angola recern-mdependente com uma literaturaque se entendia (ainda) como expressao de uma utopia(disponibilidade colectiva, como se sabe), se vao entre-vendo outros loci, pot exemplo, 0da expressao da sub-jectividade feminina - da mulher enquanto ser huma-no em prirneiro lugar e, como tal, com os seus desejos(espirituais, afectivos, culturais, sexuais), e frustracoes,as suas aspiracoes e sonhos, as suas alegrias, admira-coes, dores e sensacoes - de que a alma da mulher,com os seus juizos subject ivos, toma consciencia de si
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enquanto mulher e enquanto ser humano. A figura~aodo feminine gera urna ilumina
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enquanro mulher e enquanto ser humane. A figuracaodo feminino gera uma iluminacao existencialista emque a escrita se transforrna em iniciacao a vida plena,para neutralizar 0vazio que, no meio das vivencias fe-mininas, tem tendencia a crescer insondavel.;
31 de[ulho, Dia ria Mulher Africal1ll
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CERIM6NIA DE PASSAGEM
"a zebra feriu-se na pedraa pedra produziu lume"
a rapariga provou a sangueo sangue deu frutoa mulher semeou 0 campoocampo arnadureceu 0vinhoo homem bebeu 0vinhoa vinho cresceu 0 cantoa velho comecou 0circuloa circulo fechou 0principio
"a zebra feriu-se na pedraa pedra produziu lume"
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De cheiro macio ao facto
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A AB6BORA MENINA
Tao gentil de distante, tao macia aos olhosvacuda, gordinha,
de segredos bern escondidosestende-se a distanciaprocurando ser terraquem sabe possaacontecer 0milagre: folhinhas verdes
flor amarelaventre redondo
depois e s6 esperarnela desaguam todos os rapazes.
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o MABOQUE
I-hi urna filosofiado
quem. nunca comeutern
por resolverproblemas dificeis
dalibido
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)
A ANONA
Tern mil e quarenta e cincocarocoscada urn com uma circunferenciaa voltaagrupam-se todos (arrumadinha)no pequeno utero verde da casca
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o MIRANGOLOTesticulo adolescente
purpurinocarta as labios avidoscom sabor acidoda vidaencandesce de maduro
eCa!
submetido a s trezentas e oitenta e duasfeiticarlas do fogotransforma-se em geleia real:
ILUMINA A GENrE.
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)A NOCHA
Modesta filha do planaltocornbina, farinhentaas varies sabores do frio.Chela de sana
mima as flarese esconde multo timidao cerne encantado.
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)A NESPERA
Dace rapariguinha-de-brincasamarelece a sonhodeixa que 0orvalhode mansolhe arrepie a pele
SASE A r-ouco.
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)
o M.Al\L~.O
Fragil vagina serneadapronta, util, semanalNela se alargam a s sedes
no rneiocrescemsondavel
o vazio ...
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A MANGA
Fruta do paraisocompanheira dos deuses
as maostiram-lhe a peleducti!como, se, de mantosse tratassesurge a carne chegadinha
fio a fioao corayiio:
levemornomastigavel
o cheiro permanecepara que a encontrem
os meninospelo faro.
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)
o MATRJNDINDI
Bicho mednicomovido a quartzosaiu do Egiptoe mora em Sumbe, (ha quatro mil anos)cresce. muttiplica-se, cantaao firn da tarde entre julho e agosto
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Navegatfao circular
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CIRCUM - NAVEGAGAO
Em volta da flor feza abeLha
a pritneira viageme L r e u 1 11 - n a vegandoa esfera
Aehado a perimetrouiddou-se, LUCIDA110 rio de polen
descoberto.
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o AMOR IMPOSSIVEL
.1 flamingo cor-de-rosasain do mangalaJisou as penas uma por urnapintoU de azul 0 bicoede brincosPousou no sol a s seis da tarde
passeou 0Lubito compassinhos brevese cansada, perfilou-senum pe 56a sombra da distsncia ...ABRlU 0 OLHO, TORNOU-SE BIPEPE
CORItEUMUlTO APRESSADA
ATRAS DO PEIXE PRATA
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""aUlD DE VACA FOTOGRAFA A MORTE
Grande angular 400 asaretbn a preto e brancoa solidao.
InverteAumentaDiminui
A TERRA
Impressi ona/ subverteem grandes pianos simultaneos (24x24)a visao panoramlca do espacopara lil do cercado.Entre as chifres
de perfilo cme-olho paralisaa eternidade
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BOl A VELA
Os bois nascidos na bullasaO altos, magros navegaveisde cedo lhes nascern
corn asleitecobertura
as cornos sao volantes indicam a sulas patas lavram 0 soloderxando espaco para
a sernentea palavraa solidao.
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Cerim6nias de passagem
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Cresce comigo 0boi com que me vao trocarAmarraram -me a s costas a tabua Eylekessa
Filba de Ternboorganizo a milho
Trago nas pernas as pulseiras pesadasDos dias que passararn ...Sou do cla do boi -Dos meus ancestrais ficou-me a pacienciao sono profunda do deserto./ a falta de limite ...Da mistura do boi e da afvorea efervesd~nda
Q desejoa intranquilidadea proximidade do mar
Filha de HueoCom a sua primeira esposaUITI a v a ea s ag ra da concedeu-meo favor das suas tetas uberes.
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A cerca do Eumbo estava abertaOkatwandolo, "a que salta gritos de alegria"colocoLl 0 exacto limite:a l v o r e
cabanaa menina da frente
sairam todas para procurar a melenquanto o leite(de crescido)se semeava azedo
pelo chaa-comi 0boiprovei 0 sangue
fizeram-rne a cabeleirafechararn 0cinto:Madrugada
PortaEXACTO LIMITE
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COLHEITAS
De dez em dez anoscada drculo
completa sabre si mesrnou ma v ia ge m
nasce-se, brota-se do chaoe dez aDOS depois a primeiroforma-se espera e cai
por g ra vi da d eao vigesimo oitavo diaentre dez e dez anos
prepara-separa a semente
a terraaos vinte surge
o aradoa chuvao sorriso
ALGUNS DEZ ANOS DEPOrSESPERA-SE 0 FJM
de vinte e oitoem
vinte e oita dias
!
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A s c ois as d dic ad as tr ata m-s ec om c u id ad o
I 'ILOSOFIA CAlllNDA
Desossaste- mecuidadosamente
inscrevendo-meno teu universocomo uma feridaurna protese perfeitamaldita necessaria
conduziste todas as minhas veiaspara que desaguassernnas tuas
sern rernediomeio pulmao respira em tio outro, que me Iembre
mal existeHoje levantei-rne cedopintei de tacula e agua fria
o corpo acesonao bato a manteiganao ponho 0 cinto
yOUpara 0 sul saltar 0 cercado
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t
para Aria
A ternura tern sam, riso e lagrimasJ 1 lu d a d e estado e dilata-seferv e a 380 centigradosest:! orientada em grados
Eneontra-se em forma puraEm locals pr6ximosmasde acesso diftcila automoveis de estimacao
Em e tado selvagem nao morre:crescereproduz-setransforma-seCercada
cristal iza,emudeee,perdeo brilho
Esvai-se aos poueos, ate ao fim,
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ALPHABETO
Dactilas-me 0 corpode AaZe reconstrois
asassedapuro espanto
por debatxo das maos enquanto abertasaparecem, pequenas as cicatrizes
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Chara s nao c h ot arA p i( ;m{ c ie f ic n na me sma
PROVERIlIO CABINDA
colonizamos a vidaplantando
cada um no mar do outroas unhas da distancia da palavra da loucuraenchendo de farpas a memoriapreen chemos os dias de vazio
no alto destes murosmuito brancosduas bandetras veJhasa meia-haste
saudam-se, solenes
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~o FV~DO TUDO E SIMPLES...
No fundo ludoe simplesvoafaz-se er n atomosplas- t i -fi-ca -se
anelanteem circulos mais pequenos
No fundo a gente viveagora au logo a tardeurdindo de l1lemoriaa esperan
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Longocircuita-se de amorpelas pessoase ergue-se hrcida em jeans
pela planicie ...rem maos de passaros (asa)D Ofll1 e a intervalospelo sonno.E urn bela animal sixty
movido a bluespela cidade.
havana, para s a o
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CERIMONIA SECRETA
DecidiraJl1 transformaro rnamoeirO macho em ferneapreparam cuidadosarnentea terra a voltaexorcisaram 0vento ecom agua sagrada da chuvaretiraram-lhe a mascarapintaram-no em circuloscomtaculabarre brancosangue ...
Entoaram cantos brevesenquanto urn grande falofertilizava 0espaco abertoa sete palmos da raiz,
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o LAGO DA LUA[19991
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) A Ana, minha f il ha. . . I d on,de e s amado c O l 1 s t r o i a r na c as a
PROVERB10 KUANYAMA
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No lago bnulCO da lualavei rneu primeiro sangueAo lago bIanco da luavoltaria cada mespara lavar 'men sangue eternoa cada luaNo lago branco da luamisturei meu sangue e barro brancoe fiz a canecaonde beboa agua amarga da minha sede sem timo mel dos dias claros.Neste lago depositorninha reserva de 50nh051para tamar.
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EX-VOTO
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No meu altar de pedraarde um fogo antigoestao dispostas par ordernas oferendasneste altar sagradoo que disponhonao e vinho nem paonem flores rara do desertoneste altar 0 que esta expostoe meu corpo de rapariga tatuadoneste altar de paus e de pedrasque aqui vesvale como oferendameu corpo de taculameu rnelhor penteado de missangas.
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de 111undjiri~,(eUpauIn .e venenosotern olel lantas da savanad e toda s aSeP O f dentroesco(rc-murn ar de f~go _ e disso qu e morroa asslll1. naomesrn C . da s de sanguetodas as len .taram 0meu no b .nao es go sandalias de couro de 01trope
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MUVI, 0 SABlO, usa a minha cabeca como seu p a ude adivinhar. Paz-lhe perguntas simples enquantopersegue cada marca de dar. Le meus olhos cegose estremece. A lua passeia-se, descalca e desnuda,DO pico alto da celina. Tem uma mancba sombriae velada como urna escarificacao retocada pelotempo. E 0 reflexo aumentado da rninha pr6priacicatriz azul, disfarcada debaixo do colar de contastriangular, colar dos dias de luto, que passei a usartodos as dias, Contas tecidas uma a uma, com milmaos de seda seca perdidas nas noites antigas deacender fogueiras. Muvi, a sabio, escolhe a minhacabeca e roda-a entre as mans sem parar. Espantaos espiritos, as do lar, e os que ainda nao se tinhamdado a conhecer,
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esttl a fogop..,eso aostaS as rnapron a lenta rna1'e11.a. a.ron a SUa e lla P Ihar na noite.de rnergn , uaAs maos c1'iaIJ\ na aguma pele novaanos b1'aneoSP ua panela a ferverurue- d. rlarmals a faca e co
Uma dol' u n . ~ los de tempoa marear os lflterV~b as de \eltevinte ca aCf b 1ha mantdgaque a vento tra a 'dra de anara [ua pousada nape .
Ulher oferece a nOlteU lna rn'\' UClO abertoo si edeum grito
rn gesto . ' tos en l SOI 11ne . berto asSirn ao gn'uenClO aapenas o su= 1 das lagrirnaSsalta ao inter va 0uro.a lenta mem6daAs vdhas desfia~ d a1avras ..que acende a nOlte e[as de sen'lear foguelraS
depois aqneeern as rn77
Uma mulher arde
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no fogo de urna dor friargual a todas as daresmaior que todas as dores.Esta mulher ardeno meio da noite perdidacolhendo 0 rio
enquanto as crian~as dormemseus pequenos sonb05 de leite.
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rasga a noiteulher queAquda rn . to de esperao seu cancorn".0 cantana
A bre a b ocas passarose salta os i a gargantaque lhe povoam
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TERRACOTA
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Abl~e a terradeixa que me veie encontre )a ao espelho
: 0 rneu Lugarno vaziono rneio da s trezentas mil .virgens de terracotaAbre ate rra, meu ami 0essa terra te id d gC1 a e ilvinda do norte nu cores d'areiasemente do ted rnpoon e as rnais velhas descansamdeixando aos pesa danca d.... e apressar avid a.
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o meu amado chega e enquanto despe as sandiUas de[couroJua rca corn 0 se u perfume as fronteiras do men quarto.Solta a mao e cria barcos sern rumo no meu corpo.Planta arvores de seiva e fo1has.Dorme sobre 0 cansacoembalado pelo momenta breve da esperanya.Traz-me laranjas. Divide comigo os intervalos da vida.Depois parte.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Deixa perdidas como um sonho as belas sandalias delcouro.
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Nao conheco nada do pais do meu amadoN ao sei se c ho ve , n em sin to 0 cheirolaranjas.
Abri-lhe as portas do meu pais sem perguntar nadaNao sei que tempo erao meu coracao e grande e tinha pressaNao the falei do pais das colheitas, nem da secaDeixei que ele bebesse do meu pais 0vinho 0mel a caridaPovoei-lhe os sonhos de asas, plantas e desejoo meu amado nao me disse nada do seu pais
Deve ser urn estranho paiso pais do meu amadopois nao conheco ninguem que nao saibaa hora da colheltaa canto dos passarosa sabor da sua terra de rnanha cedo
Nada me disse 0melt amadoChegou
Mora no meu pais nao sei par quanta tempoE estranho que se sinta beme parta,Volta com urn cheiro de pais diferenteVolta com as passos de quem nao conhece a pressa.
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e rumes . conf or ta i-men ra i-me c om p J f i " da de am or ...Amp . stO Ll enc om m ay iis que e 0 DOS CANTlCOSCANTIC
rn a rnassarue coTratel'D- ~ fettoS os oleosde que sao us e oh maes'r que desca ,pra _
aos ob maes,s vossas rna ,Tragam a . entolUltadas de esquenme elas deslizemE deb c em qu .pela corpo, devagar
Doi. muito, oh maesm a grito.E de mirn que ve
. . da canelaAspi.rel a chelro ~. oh rnaes.e nao morn, 1. . do mirango 0das libios a sangueEscorreu-me P _. oh maes-e nao morn, d nao morriDe hibios greta os
do baobabe. , ca rugosaEncostei a cas .d meu pelto h - esa fina pele 0 d a o morrL 0 ma .dessas feridas fun as ne nesta heraaes amparar-mVenham, oh rn , f tda de arnorestou enMorro porque
S3
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~travesso 0 espelhoClrcuncido-rnee d . por dentroeixo que este cacome sangre docem,enteentre dia e e speraa I' rustorra deste tern 0em carne viva. p
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cb eg an a n oiteaode habito devagarsoU a mascaraM W
an a pwo em traie d e festa
danlja comigod e D ai te todos temos asasveUl, eli SOll a mascarapara hi d a v id a11 . beira da noirebebe (amigoa distanciaem vasa de vidrovern atravessar 0espelho em dois sentidosdepois, podemos, rurno ao suinavegar \as horas \desembrulhar a espuma destalentissim3 noitee ficar por dentrodancarino e mascarano meio da noite.
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Esta escuromorarn as furnos no eurnboestou sentadacontando pelos dedosa memoria dos dias[crescer Com a massambalalsaltar 0 cercado enquanto mibiiser circuneidada apenas pelo amormorrer a s tuas rnaos]ser a outrao vaso de forma estranhaabertofrescopreparado ~ I;; ~
em torno da bocagravadaa escarifica~ao das higrlmas
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I a o /h os n usA m as sam ba a c re sc e
VieraOl rnuitosde pastaa pr?Cllra lhos rases da poeira e da sedetraz1
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Perguntas-me do silencioeu digomen arnor que sabes tudo eco do si lencioComopodes pedir-me palavras
e tempose 56 0 silencin perrniteao arnor mais limpoerguer a vozno rumor dos corpos
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MUKAI (1)., lavradoCorpo J 3 , da sementequtdistante .e e tngo
e [oiomoho hibridomassambala
resiste ao tempo ddobra 0exausto
sob 0 solque 11le espigaa cabeleira.
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o ventre semeadodesagua cada anaos frutos tenrosdas maos
(e fe it i< ; :o )nascea manteigaa cas ao penteadoa gestoacorda a almaa vozolha p'ra dentro do silencio ilm enar,
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(Muther a noite)VITI solw;:oquietodescea lentissima garganta(roi-lhe as entranhasurn novo pedaco de vida)os cordDes do tempoatTavessarn-lhe as pernase fazem a ltgacao terra.Estranha irvore de filhosuns mortos e tantos par morrerque de corpo ao altonavega de tristeza
as horas.
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o risco na peleAcende a noireenquanto a luailumina 0 esgoro [par lronia:anuncta 0 canto doDe . . s gatosqUHntospartos se vivepara quantos partos se rnorre.Umg itn 0espeta-se facna garg d a. anta a noiterecortada sabre 0 t. empopmtada de cicat .rizesolhos secas d 1'.D. e agrunasominga a .d b ~ rgamza a cervejae so reviver os dias.
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Assifl1a corpositiado pela sedeausente de si proprioquase de pedraperdido quietaa beira da cidade.Nada acontece antes da noiteper sabre a orla cinzentade outro diaacesas as fogueirasdesencadeadaa irae maior a fame da forne d'outros corpose tao grande a sede doutros corposque se alarga 0circulo a volta da cidadeque se alarga a grito a volta da cidade.
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Urn gernido antigo iniciauma noite largafemea de tao sofridaha corpos que tilintamoutros envelhecemeste permanece nuna mao da cidadea ninguem e permitido 0 sanaNa esteira da cidadesentados frente a [rentedais hom ens dao as maos
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esperamurn futuro parto das mulheres
UTWATERBIt WITHOVBM:BO
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a tribo renasceni de s l p ropri ae as crianc;:as soltasnas ruas da cidadepouco importase sao criancas de vidronao importa se sao criancas
estiIhac;:otudo esra bernquando se pode por por ordema s insig nias a ca bac ;:a a marca do dana estelra da cidade.
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rl. s de v idro, estas cnaneraP ra . asalha-me , ua ate a s lagrun s1 eias de a g .d. d e d e e st iI ha
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o que queres esconder de mim,filha de Sulamite,esta nas tuas maoseseulpidas da pedra da rnuralha
As cancoes antigas dos olhossao oraculosde linguagern solenefeita do mesmo sangueda terra deste pais
Quando inventas 0marsou eu que estou sentadana curva da baiacolhendo do silencioa lagrima eompridaque te desce pelas trancasLava 0corpoinaugura 0 rioe enche com a eco da tristezaa lavra da vidaque se desconta morrendoNao me contes historias
nao podes olhar 0 tempodeixa que 0 fruto de madurote caia no regaco
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partilhar contigoo vinho amargodeste pais inocente
. .po dem os ficarDepolsJtando as h orasCal b 'n a c ur va da al a
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Chegaseu digo sedefico as maosbebendo dobarque respirasa revidade
assim as aguasa esperao cansat;:o.
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o JAPAOcarta ao Eduardo White
Nao conheco essa lingua de gelo tao perfeitaque pede abrir a porta de urn pals pequenoazul no mais completo drculo de si propriodo mesmo modo branco no tempo que devoradevolve 0 seu sentido de ambarEra precise que as palavras fossem de sedae a pelicula transparentepara que a sombra se destacasse da luzem tom maior e voz muito annadanurna magia de vidroSeria assim a descoberta de urn jardimtodo plantado de anemonas amarelasonde Mishima se sentava para rezaresperando que 0 sacrificio das flores fosse snficiente
[aos deusesUrn estrangeiro pre para 0 corpo da rapariga para a
[pinturaDesenha flares de lotus com 0nome inciso na corola.Nao sei 0 que quer, talvez amor dito em muitas linguasforte como a lamina de uma espatula afagando a pelede escritas muito antigas e falas tao ardentesescarificacoes marcas territoriostinta preta em papel de arrozUma mulher velha respira 0 ar de mirtilo enquanto
[acaricia 0 gato
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com maos de insecto que tremem 1evemente
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pode ser que seia verbena a nova saliva dos ceusquando se llJistura de terraUma molber tiio veJha atr.vessou avid. e ja nao viv,
(mudOll-se em riso e o Ib as )SUSlenta metade do mundo azul enquanto .caricia 08~A volta da cerejeir . 0jardineiro cortou os agapanlos "'"
[ q a rugar Iihist6ria de Urn amor entre a rosa e os narciso,Depois de u r n
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o[oh urn medo horrivel, de 0e eis que rna devolve inteirinho como se ainda me v i v e S l f
[a s d ! a eE uma senhora que deixa que a pintem de Iu z e de taculaconserva a pele do nascimento tao lisa que sofre ao t o q u ee liberta a espirito da chuva.Foi el a que me falou de segredoabriu com as dentes a porta de entrada da cabana.Na obscuridade do seu corpo nadava lentamente urn
[pequeno peixe prata azulazul como 0 Iapao que agora me oferece e grita dentro d e
[rnim como a cabaca da chuvaque me entregaram no tempo de efikoe prometi antes rasgar a corpoque quebrar it Iu z crua dos trabalhos e dos dias.Andamos, no fundo, a juntar terras ocultas, ilhas secretas
[de cultivo e jardinsso para depois escolher no campo de narcisos 0mais-do-
[que-perfeitoe destruir os outros tecendo tapetes de petalasonde se deitam as amantes no seu pequeno extase de
[vinho e sacriflcio.Eros fitando a bela senhora da morte com seu escudo
[de olhos e seu corpo desnudoa meu coracao e urn vasa de cristal vazio de uma mao
(que oaperta ate it ultima gota. Meu coracao deaco e gelo atravessado da espada de Mishima esgotou-seno caminho da floresta regando 0 solo sagrado dos antigos.
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~ de cicatrizes e basalto an a so (remedio.urn Japao. eme. me anima as velase seja raiva isto que d labios gretados.pode ser qu lseorre os -. variasc de d\zer Japao a
se ]a apenas 0 eS10fl;'O' ~vozespode ser qued "lilsilencios. inho. de volta 0 eeo e n f . ' UllI Japao devagane ter me desce pelas aces e sas de voar eAJ1Ligo,0 que . . . er 0 peito com as suas ~e sei que me val com ltransparencia de pelXe.
.'a acreditar. J ~ 0 e nenl qu,eI1 . teUSOntem ouvi dlzeer e;:S desenhava noras de au)O nos~olhoso ar povoado d pJ - devagarinhoe eu cbocava ur n apao d brilha a prata do vento, follia enervada on eo Japao e uI11a urcha de papd . e ue voa 0e cai uma gota m 0 seda e pranto uma av q thaDJapao e assim arroz com e
.J. ou cinlao de ardo e J (l sdi1:ute da tua beleza geladape e terrawuito pOlica terrapoucaduas vozes e urn ,so~ropara toear a distanCla . e maos de filigranao bailarino de as as de anjoNao sei que lingua falasque sons sao as teu sons
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a memoria do teu cheiro esta manchada de tempoe so memoria e inven~ao no espaco absoluto do meu MOR DA PRINCESA OZOROBIS1'ORIA DE :0 LADISLAU MAGYAR
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Meu passado e urna arvoretoda comida par dentroninho de aves velhase ovos de serpentes
De onde nascem estas vozes de mulheres repetindo[names de peixesnames desconhecidos de peixes
Meu corp a e ur n grande mapa muito antigopercorrido de desertos, tatuado de acidenteshabitado POl' uma floresta in teirau r n cora~ao plantadodentrb de urn jardim japonesregado par veias finasC O m u rn Lugar vazio para a almaCayadores de perolas apaScentei porcos nas estradas do
[Japaodas promessas corni os restos ensanguentadoseu propria fui pasto e fermento para oleiteda comida de deus
Olha par exempla a beringela com a Sua cor de Iapaoseu desenho perfeitoLIm cafacoI devora-a lentamentedeixanda urn rasto de visgoonde mane Ientamente 0 louva-a-deus madloAmigo, a Japao e uma forma de dar para sofrer ate ao tim.104
O rIlJNGAED, omenta'ne/fO m
pm . chamou e disse: nhor da tua vidaMeu pal' ho eis 0se torD 1 u l h . e r , chegofu a , a~:~'releque te araaque. te Ozoro
Apressa- ulseiras e acende 0 fogo. 0 aquele que ardeparte a P f go principal, 0 fogo do fog) [noite e sal.Acende 0 0
anelas e a esteiraPrepara as P fumes mais secretos d s do quee 0 frasco dos per . bois tecidos e enxa a edieste horn em pagou mais , [aqueles que eu P
. travessou 0mareste hornern a _ Ie pertence , ."0 ouvi falar do da a q 1 : , da cor do espmtona . u a mar e eo homern atravessO
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NOSSA VIDA E A CHAMCONSOME ENQUANT A DO LUGAR QUE SE
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o lLUMINA A NOlTEvoz DE OZORO:Tate tate!TIeustodos parentes dos do lad d e sangueo 0 areoos do lado do cestotate tateporque me acordas. para urn homse amda estoll possess d em para a vida
1 a e u rn espi't 'aque e que nao d no unicose eu a conhecer~eu bracelete entran~adonao se quebr ' ou e e euo das fibr d .as a lDlllha propriacordao umbilical [essenc iaa parte da mae
meu bracelete entran ad .Tate tate
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Senbor! deixai .ue p a 1ados Ccirpatos.q . ela me ensine a ser da terra.Terceira momentaCORO DASMAIS VELliAS:
FOl11Osnos que prepanimos Ozoro' . na casamuitos dias nIWt. [redondaF > as nOIresomos nos que lh ' 11 a casa redondae Ufltamos, de mel .. ,as SelDsCom perfumes, tacul c. rna casa redonda[escu l . a e 1urnn velhpunos tun cor 0Nosso fOi0pri . po na casa redonda
. . unelro grito perante tantaOb, rapariga na palb .. [beleza:[ oca, sentadapara que > ergue-tepo ssamos cont emp la r_t e!Quarto momentaVOZES DAs MEN INAS:
Mel! nome e terra .1entamente meia volt e por 1SS0 me movoque 0tempo me e a, UJna volta, volta e meiancontre e se co . ,paraSou a companh . mponha.te erra fay, . dmpo da casa redonda. Onta e OZoro do
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Meu nome e passaro, como a nome do cla aque perten
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A CASA DAS MULHERESA CASA DA M BDITAC :; :AOA CASA D A C HU VAA C ASA D AS COLHEITASA C ASA D AS MEN
PASSARO, PRINCIPIO, M:~~~~ERRA, FLOR,PALA DO FAZEDOR DE CHUVA:
Eu que amarrei as nu . 'd' .dentro de rnim. Yens, eixei choverDeixei unia nuvem s Ito a, grande egorda de chuva rebentar dentro de .sangro em utima num.choro em osande a . . mel! pranto de nuvens,prmcesa perfeita am' ~... f: ., HUla avonta.CORa DOS RAPAZES:
DESDEONTEMLEAo ATRAs DA PALIc: ; :~~~IMOS 0 RUGIR Do
E AS PALAVRASS AB IO D EN TR O DA PA~~~:S DO VELBODESDE ONTEM Q _APASTA DETRAs D VE a LEAO NAO SEE SE OUV A PALI
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SOMERECETRABAL~R 0 LUGAR QUEM 0 SABESOEDONODPODE LIMPAR 0 LUGAR AQUELE QUE 0
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Arnada, deixa que prepare 0melbor vinho e os tecidose que, por casamento, me inieie)1a5 falas de urna terra que nao eonhe
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ULTIMA FALA DE OZORO ANTES DA VLAGEM:
PODEMOS VER DAQUI ALVAE DENTRO DA LDA A TVA SORTE, OZOROAPRENDERAs A CAMINHAR DE NOVOCOM AS CARA VANASE E ST As CONDENADA A s VIAGENS, OZOROTEUS FILHOS NASCERAo NOS CAMINHQSSERAo ELES PROPRIOS CAMINHOS
DALUNDADO RIO GRANDESE0 CAGADO NAo SOBE AsARVORES, OZOROALGDEM 0FAZ SUBIR!
Arnar e como a vidaAmar e Como a chama do IngarQUE SE CONSOME ENQUANTO SE lLUMINAPOR DENTRO DA NOLTE.
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DIZES- ME COISAS AMARGASCOMO OS FRUTOS
[2001]
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B o; , b oiBo i ve rdade ir o ,
guia a mil'lha vo zentre 0 SOI11 e 0 silencio
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A,M.ARGOS COMO OS FRUTOSDrzes-rne c o is a s t ii o amar g nsc omo o s fr ut os . ..
KWANYAMA
Amado, por que voltascom a morte nos olhose sem sandaliascomo se um outro te habitasseD um te mp opara alerndo tempo todoAmado, oncle perdeste tu a lingua de meta!ados sinais e do proverbiocom 0meu nome inscrito
Onde deixaste a tua vozmacia de capim e veludosemeada de estrelas
Amado, rneu amado,o que regressou de ti.e a tua sombradividida ao meioe urn antes de tias falas amargascomo as frutos
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ORIGENS
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Guardo a memoria do ternem q r . poue eramos vatwaas dos f . 'rutos sdvestres.Guardo a memoriasem tempo de urn tempoantes da guerra,
das colheitase das cerirnc .ruas,
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Arnadavestiste os passes de chuvapara assistir ao meu fun.Yens com as mesmos passesdas noites antigasquando, vestida para a arnor,roe preparavas a tempocom os oleos sagrados da espera.Arnadatens os olhos vermelhosdo sal e da culpa.Os celeiros esHi.ovaziosas crian
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D~ minha mutopasam urn genio do 1manem grande nern pequenourn genioC om urn macbado de d .DIS gumese uma moca de pau sangue.Disse-me:r.Venho .guardar a nascente do teu rioe~o muito tempo a apagar .
OS rastos de sangueque deixa na minba pele.
D~ noite mistura-me as sonhos~elXa que se vejaa transparenciaa Iuz ~ue 0 queima par dentroe me ilumina.So u eu que tecoa rede onde se delta.
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preparei-te na pedra da casaasas do passaro Kalulucorn peda~os de arvores destro
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Meu corpoe urn tear verticalond d .e elXaste eruzadasas cores da tua Vida:duas faimareas da peste. xas urn JosangoMeu corpoe urna floresta feehadonde e lh asco este 0 caminhoDepois de te perderesguardaste a chave e 0proverbio.
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Esperei-te do nascer ao per do sole nao vinhas, amado.Mudaram de cor as trancas do men cabeloe nao vinhas., amado.Limpei a easa 0cercadofui enchendo de milho 0silo maior do terreirobalancei ao vento a cabaca da manteigae nao vinhas, amado.Charnei os bois pelo nometodos me responderam, amado.S6 tua voz se perdeu, amado,para la da curva do riodepots da montanha sagradaentre os lagos.
L25
ROSTO DA MURALHA o seu proprio cora
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Urn homem com 0 coracao nas maoscorreu pela borda da noitepara oficiar as trevas
Havia uma guerra anunciadae tres guerras par resolverem toda a parteTinham mudado os sinaisUrn hornern abra
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anios.Sao elas que voam e des que resolvern problemas[matematicos.No rneu sonho mudo de pele p'ra ficar rnais velhaaindacom escamas e garras pintadas de vermelho.o rneu sonho urn anjo voa a voz da tartarugaem volta da Iuz
em volta do meu sonho.
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" mansO C 0 _'Tao ar a maotemO avanc;:qU e , sa s aO "u a ,cortar 0r 0 espantoe semeadescobertana . ha sede antiga.da 11Un
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EAS MARGENS
Respira mansa a superficie do lago
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silencio e i
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que nao tern 0b ilhru: a de cestao riscad _ d ontaras e sombrascomo se a rasto dos 'a lange da . caminhos
viagernfosse, neles d ., eixandn pistas.Tristezas os olhosde ande me olhasdetras de urn ta tempo d ernpo passado,as promessas antigas.~eus olhos, amadosao I 's 0hos de alg ,q ., uernue Ja morreue ainda nao sabe.
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feito pelas tuas rnaose fios d o teu cabelocortado na lua cheiaguardado do cacimbano cesto tran
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era precise ser passaro e serpentep'ra nao sentir os tens labios de prataera preciso ser rnulher e gentep'ra nao sofrer nos teus labtos de prataera preciso ser sonhourna cabaca fechadaP'ra nao rnorrer dos reus labios de prataera preciso nao ser mulher, passaro e gents ..
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LI ebe es . .por q fosse 0ulumo rfurna as vestescoOlD se .. te amarO"a a boca e pe"111 vinho que ~ d e sines toea.... m cora
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com a sabor da curva de outros rioscontas as veias e deixas as rnaos pousaremcomo asascomo ventosabre 0 sopro cansadosobre 0seio despertoParte a canoa e rasga a redetens sede de outros riosolhos de peixes que DaO conhecoe dedos que sentern em mim a pele arrepiadad'outro tempoSou a esperanca cansada da vidaque bebes devagarno corpo que era meue ja perdesteandas em clrculos de fogoa volta do meu cercadoNao entres, par favor nao entressem as oleos puros do comecoe as laranjas.
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d los rebanhos. bern arna a'Vaca fe rnea, gum _ -alta na o cortea que nao ~ .,a va n~ a le nta e fi rrne ,lambe a 5 mil'lha.sferid~se a cora~at}.
MULHER VIII
Que avezinha possoag " ser eu Ah iena uivou toda a norte
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OIa que me cortaraQue muJherzinh . mas asasagora que me tir a posso ser euaram a tQue mae grand ~ S rancasc e mae pagora que me 1 . osso ser euevar am as filllO S
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o bicho esfomeado uivou toda a noiteasvozes sairan1 das casasco01O 0 fogo se levanta das cinzasaltas todas juntas no medoos dentes dos guerreirosbatiarn sem pararos pe s das velhas juntaram-se para aquietar a poeiraurncompanheiro nossO nao regresSOUo filho unico de nossas maesnao vai voltar de pee 56 a seu cheiro que volta agorae 1.UTI corpa separado daquilo que era antesurn fi.lh o d os no SS OS na o reg re ssoua hiena uivou toda a noitea terra ficou dura sob as noSSOS pes.
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o CORPO ANTIGO
A porta larga do curral fic
;..S vr6v,ASDevorei a carne do boi do fogo
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t d ou pequenao os queriam entrar ao mlh esmo tempoo ar teu corpo antigotu 0da ganra branca que Itu o rnai p anava nas alturaso mars esperto que 0milhafretu filho da multidao
o chamador da chuvao bicho cinzento das mulheresVoltaste mudo e sern o arcomeu maridoe nem sequer pude OC ter ar-tea pulseira do claa erva do sacrificioas doces coxas das raso rneu cabelo.
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tudD ate ao fim e 0cora
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secou do seu leitena setim, luanao posso molhar 0 chaoos monasnem 0capim.A catana que deixaste sern fiofieou viva nas minhas maosganhou bainhana pele do meu peitodo lado do coracao,
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AsmestfiOno meu corpoA marcas da culpas ~~ nas tuas maos.estao
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OLHOS DE BARRO
A oleira continua a colocaror olhos do barro A mae chegon
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a avezinha conrinua a voarem cima da planicie.No rnato par onde andas n]Olreu 0 elefanteteus olhos nao viramteus olhos cegos de barro nio virarn 0elefante e 0 teu[bern amado.
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. estava sozinhanao .cesto que trazlaa b acabado0 estava em11aa m ae cb egon . as direitasnao tinha as tranc ano que rrazia- hegau e 0pca mae c l' nhado.. bern a 1nao estava. lhos madurosh ou com 0a mae c eg _os olhos da ma~ mesrna direcyaOna o olhavam naa mae chegoue nao era ainda 0tempo
- do Leite a zedodo paoe das crian
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teus passos alargam 0 fossaem volta do cercado da casa antigaesta aeeso 0 fogonos sitios do costumee tu moves-te par dentro do frioestrangeiro,o pane branco na tua cabecaanuncia a rnortede minha a lma g er ne ameu irmao meu noivoo filho rnuito amado de sua maeo que portava no peitoo eolar de missangase fios do meu cabeloestrangeiroa tua voze urn ruido surdolim murrnurio atentoestrangeiro,com a tua presencaa rninha danca nao corrella m anteiga passouo Ieite cresceu azedo peIo chaoa vaca mansa de estrela na testanao entrou no samboa bezerra pequena varreu a noire de gritos
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0" conseguiu morrernaostrangeiro,e .afasta de rrumteUSpassoS perdidose a l11a ld ic ;ao.
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A MAE E A IRMAens do lado do boi05 horn
:fiararn as iancras, palavras devagarinho_ preparou asAmae ue saiu da sua boca
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A mae nao trouxe a irma pela maoviajou toda a noite sobre os seus proprios passostoda a noite, esta noite, muitas noitesA mae vinha sozinha sem 0 cesto e 0peixe fumadoa garrafa de oleo de palma e 0vinho fresco das
[espigas vermelhasA mae viajou toda a noite esta noite muitas noites
[todas as noitescom os seus pes nus subiu a montanha pelo lestee so trazia a lua em fase pequena por companhiae as vozes altas dos mabecos,A mae viajou sem as pulseiras e os oleos de proteccaono pano mal amarradonas maos abertas de dorestava escrito:meu filho, meu filho uniconao toma banho no riorneu filho (mica foi sem boispara as pastagens do ceuque sao vastasmas onde nao cresce 0 capim.A mae sentou-sefez urn fogo novo com as paus antigospreparou uma nova boneca de casamento,Nem era trabalho delamas a mae nao descurou 0 fogoenrolou tambern urn fumo comprido para 0cachirnbo.As tias do lado do leao choraram duas vezes
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mas 0q .. ha sentldo. .nao nn has com tnsteza-e oiholl as entranA ~aen:leuos seias lTIUIchosespr!lcoticalada .
rneio do dia.no
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NOSSA SENHORA OA PEDRA PRETA
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"NO DlA 28 de julho a s sete horas sai da residen-cia em cornpanhia do chefe e mais amigos comdesignio de irrnos ver uma obra admiravel da na-tureza a que as naturais de Ambaca chamam a Puride Careombolo [...] Chegamos ao Iugar de entradaem frente de uma grande rocha, para urn subterra-neo, cuja descidae urn poueo Ingreme: entrarnos, elogo abaixo do lado direito fica urn lago, para 0 in-terior de uma imensa abobada, cuja altura na parternais elevada rastejara par vinte bracas, au poueomenos ... esta ab6bada esbranquicada dos lados,formando 0 limo em altura de braca uma especiede barra verde e apresentando por cima uma varie-dade de cores vivas que a pintor mais habil talveznao igualasse: no centro do fundo esta urn grandetorrao de pedra dalto abaixo, forman do pot trasduas entradas; entre muitas coisas dignas de atencaoesta urn buraco neste torrao em forma de capela, noqual esta uma imagem de pedra, digo, umapequenapedra em bruto, que figura au representa a imagemda Sm. Sant'Anna a que os moradores do distritochamam 'Nessa Senhora da Pedra Preta' que tern aseu {ado alguns papeis de prornessas que algumaspessoas com devocao alii teem hido collocar"
Itinerario de uma lornada deLuandaao Disirito de Ambaca
MANOEL ALVES DE CASTRO FRANCINA, 1854
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EX-VOTOS
l' 'do ver-luhar as maos no lq~ _da e podern Juerg . a m ais anuga rnutra b Chola,en \ho onde nada 0 a~ro. cozinhar loengos sobreoW rn contU\ua a algunslher da \inhage , . . 1esta reservada para .fogo certo. A gelela rea 10certas tardes de calor
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EMEADOS UM POUCO por todo 0 lado de urn vastoterritorio existem santuarios que, como marcos geo-desicos da memoria> estabelecem uma especial Cat-tografia de sinais, historias acontecidas. Ex-votos,vinhoantigo e restos de escoria alertam para 0 fogosagrado que por al i lavrou 0 solo e aqueceu as vozesroidas pelas preces alinhadas nas noites par dormir,Par vezes, e a natureza que assume a tarefa e se apre-senta tao festiva que nada mais resta senao partir acerarnica votiva e alinhar no mapa as locals: "Nos-sa Senhora da Pedra Preta', "Escada e Caminho doCeu', "Rasto da Poeira de Deus", "Cova dos Mila-gres", "Existiu Sernpre" "0 que Erarnos antes de Ser-mos" Outros locais convidam a tomada de possee as hornens nao resistem, tomam posse de formaviolenta (entrarn no templo) e deixam tudo raso.Passaros e borboletas misturarn os polens, e arvoresentrelacadas renascem das cinzas na bifurcacao doscaminhos, alargando as copas a novas chefias e ou-tras ambicoes. Num lugar especial, urn imbondeirosangra de milhares de pregos que Ihe espetam os vi-vos enquanto formulam votos e engorda enquantoos anos pass am sobre as am antes infelizes que lhehabitam 0 interior de veludo e agua,a Tumulo de Ilunga estende-se a beira de urn pe-queno rio para que ninguern esqueca a arte de do-mesticar 0 ferro e traduzir para lunda a linguagempropria dos anjos. Depois ha Feti, 0 centro. Sitioonde se forma 0 barro, S6 as mulheres conhecem a
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lh de granito, lentas. con. h s mUlto afei~oados,1 aSmnmooeira, escondem, e co vermelho e negro,~; te:xtoS sobrepostos a,b~:n alavra deiXaraxn nasque antigas socledad1es L~biIintos do gesto end-baiXo-re cvo. d Miolo eparedes ern . tal texto sagra o.uanto enleio e, como " ravado nas paredes e a~apun em a~ua pura est:: ueID teve tempo par~sua decifra
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e como corneca: s ~ ~f a J ar das palavrasivro de horas da minha aveo.tJ o corpoAspalavras-de volta tecem cadeias de sombraTombando sabre os orobrosA cera derreteNo altar do corpoDepoiS de perdida, podem tirar-seas relevos
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As f la re s corn que me vestirarn ede ir a s eg ui uA tee ~
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Eram s6Para arder rneihor,
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t as m aosCol1 ' \v i. menta do so0010 .A tecedeira cnouo J11_undo . .. dedos \eves de amaCla1com asas f ibras.
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Os antepassados recusarn antepa5sado00550 .a rande no.
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o vinho fresco da palmeiraOs antepassados recusam 0vinhoE de espalha-se peia terraPara alimentar quissonde.
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ra C011100 g . 5 rios pequenose cer as n05S0. -f ez . naS
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Os antepassados recusam antepassadoO ossa . .n rande no.
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o vinho fresco da palmeiraOs antepassados recusam a vinhoE ele espalha-se pela terraPara alimentar quissonds.
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co 010 a g . penuenosera . as n05505 nos '1.Fez naSce r
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Os antepassados usam a espelhoTodas as noites senhor naa segue 0 reio grande b e a terra nua
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Eh! Olha a aldeia dos nOBSOS antepassadosA verdadeira aJdeia sombreada de palmeitasQue nos obrigaram a abandonarEh! as antepassadosEh! as nossos antepassadosMais as aldeias que nos obrigaram a abandonarAs aldeias sombreadas de palmeirasEh! 0 conjunto tao bonito das nossas aldeiasEh! A aJdeia tao bonita des nOS50S antepassadosQue nos obtigaram a abandonarOs antepassados usam 0espelho todas as noites
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Qusa so rRep nada.Nao teme
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As gentes de Mpinda e Mbanza KongoColocaram nos braces as pulseiras . as mantasA terra desplu
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Beberam 0vinho de palmaAndaram em circuloDeixaram para as mulheres 0 trabalhoDe apanhar as frutos maduros da paimeiraCoro:
Se nao consegues descansar, es escravaMandam-te a lenhaMandam -te a aguaMandam -te aos frutns
Na coztnha as mulheres tratam da gorduraNo quarto as mulheres tratarn dos mais novasOs velhos nao com em rnais carneSentam-se ao sol a desfiar palavrasCoro:
Se nao consegues descansar, es escravaMandam -te a lenhaMandam-te a aguaMandam-te aos frutos
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de sambra .var ao diaaf a cur~eus cabelos
a mancha claraUm as olhos da lua.tapOu
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Eo silencioo siiencio a ficar ilha do melt corposelada na 1f ,stDU h-. l':te no c aO1
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Nas tuas maosQuando pedes para vero que nao esta,Eo silencioA ficar assirn nas tuas rnaosComo a massambala:
Verde em OutubroMadura demais depots de Janeiro
o cinto das virgensQuebrou-se em silencioNas tuas maosNao entres na casa redonda quando e novernbroAinda me guardam as velhasEme cobre a corpoA cinza da noireOs restos de tacuJao cinto das virgensQuebrou-se em silencioNas tuas rnaos
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Pe1to- .a fala pot mim .A rert 'd ntecer a vida.po e aceo tern -llha do rneu corpoEstell selada na _. -me 110 chaoDelta . _ de vesperaComprel 0pao
E as caricias.
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Trouxe as flaresNao sao todas brancas, mae
ENTIDADEIV
Infor enterradoQuet'ndo so a sua propria pele
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Mas sao as flares frescas da rnanhaAbriram onternE toda a noite as guardeiEnquanto coava a melE tecia 0vestidoNao e branco, maeMas serve a mesa do sacrificioTrouxe a tacuJaAntiga do tempo da av 6Nao e espessa, maeMas cobre a corpoTrouxe as velasDe cera e as asNao sao puras, maeMas podern arder toda a noiteTrouxe 0cantoNao eclaro, maeMas tern os passaros certosPara seguir a queda dos diasEntre 0meu tempo e 0 teu,
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Yes 1N-ao descansa , hosVagueia pelos carom '
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Da aos eansados repousoFecha-lhes os olhos de mansinho
. do morro de salaleErn cunace a orquidea
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Veste-os com os panos da origemo rrabalho ainda nao acabouA ferida grande ainda nao sarouLava-lhes as outras feridas com a planta das folhas
[rentesMas nao lhes de s 0sueoE veneno do tempo antigo e das palavrasAquele que ja nao conhecemos.Fa -J o s r es pi ra r por fimNa esquina das petalasOar azulDas contas da terra.
17 0
'N '-o nasN~s lagoS secoS d~ luadam os pelxesNao na .. ernas das rapangasDaspNao desce sangueA cinza lenta d~ noiteDevora a fogueua.
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A consoladora das r n aC ascal'asOntou os panosC anU ga de boi e densa
Ndo se danca nem seentendeCAETANO VELOSO
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Molhando asV' pontas no oleo d a 1lrou Urnpano do av e p rna dos tOcadp ~o w~Aasseat! com maos lentascara das mascaras rna'!Ores
17::!
Os 1105S05 bois mansosCantam as dias na voz prime iraas bois de chtfres curvadosSaem do carninho da aguao boi de chifres cortadosConduz agora a manadaDe nada valeu 0 assobioDo grande pastorNero 0 latir dos caesE as vozes dos miudoso boi sem chifresFica bravoLambe com forcao sal da terraAbandona a manadaPerto de OndjivaOs bois do carroTiram a cangaE andam aroda das cacimbasA beber e a sujarA agua mansa.
i
A bola de cera doF . meu corpo01 partida a golpes de ..A cerve]ad. catana
QUANDO AfllAVAS 0 pau de mutiati, trazias as boaspalavras: urn bezerro novo caba
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o meu san dla tinha bolhas gue e dentroCa . hmin ar por dentro dnao foi dificUo meu corpocom 0chicote de couroe as sandalias
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o leite uma saia de couro curtido a cera e a borra-cna e muitos tijolos de barro seco para construir 0ninho. A fogueira ficou acesa muitos dias. No patioeresciam as risos e a abundancia. Com paus e compedras se alargou a cercado. Outras mulheres pa-rentes e !TIuitosbois entraram no terreiro. Entao astuas palavras ficararo pequenas como a vento donorte" A Sl1fUCUCUsoproll e bebeu a leite dos pe-quenos. A norte desce agora mais cedo e esta friodentro do eumbo.
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Constr6i-me a casaCom a barre d dE e entro
PROFECIA DE NAKULENGUE05 s ons s ib il an te s do f o le
d o f er re ir a c ur am a s p ed ra s
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ntrelaca a colma
G uarda dos caminhGuardian do fogo osFixa u tll ronco aquiE outro aliPrepara a .E precrosa rnlstu dprocura a fib . ra e lamasConstroi. fa vegetal. exactame a casa com 0 barro d d. en troGuarda dos carni hG ._ . Inosuardiao do fogo.
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Amulher do barre encontrouo aloes partidoSecou 0aloes em cima do forno do banoOs vasos da oleira mais novaPartiram pelo lado.
PROFECIA DE KAMIN A KONGOLO
As redes incbari:io de pei:xeso celeiro magro acolhenl 0graoA s c rian '1 as su jas de leiteVoltarao a cas a dos avos
AVISO DE MUVI, 0 SABIO
Secuidas das folhas para 0 elefanteNao e sque< ras a capimPara a cabra do rnato
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Deixem passar 0filho do hornernQue as arvores torcidas
." 0 elevou a cr rianca para oriente:o aOoa . ""todos os teus pals
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Se endireitern a sua passagemA ponta da caudaDo leopardoMesmo quando dorrneSempre se agita
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,....,vagar para oacidente:e con- "todas as tuas maes"
as do cla da iguei 1"'"abravatroUxerall1 0 leite ee as figosos do cUI.da hienao riso e a palavraEr a 0priroeiro dcos dez dias da lua nova
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OTYOTO, 0 ALTAR DA FAMiLIA
Cansada de voar passaros
o VIA}ANTEandiliasPara tra ty ar as sparou . . d
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a boca do vento
a av6cortou 0pao e a mandioca.
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f,olhar a terra arrepla aA dar a luzLuas de prata.
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MANUAL PARA AMANTESDESESPERADOS
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Um c es to J az -s e d e r nu ito s jia sUITO UMBUNDU
Estl1de 0 c orpo sab re a dW1Cle de ixaG J u e as peninsulas s e immdem do v i n h oque e smague i
nas m on wni1a s da memoria."DAVID MESTRE
M.an tel11 a tua mao
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No rigor das du nasAndar no arameNao e proprio de desertosCruza sabre mimAs pontas do ventoE orienta-as a sulPeta solMantem a tua maoPerpendicular a s dunasE encontra 0 equilibroo corredor do vento
A nossa conversa percorrera oasisOs labios a sedeQuando salresDeL'CaencostadasAs portas do Kalahari.
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Pode ser que me encantresSe caminhares pelas dunas
- ousada oa duna ..Pei:xa a roao P pestade de arelato dura a ternE n q u a n
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Sabre a ardencia da areiaPar entre as plantas rasteirasPede ser que me encontresPar detnis das dunasTalvez me encontresNa decima curva do ventoMolhada ainda do sangue das virgens do sacrificioPot entre a febreA arderPode ser que me encontresComo ao escaravellio negroDobrada ao chao da decima dunaNo corpo as gotas da salvacaoNa exacta medida da tua sedePode set que me encontresNo lugar da aranha do desertoA tecer a teiaDe seda e areia
188
Ihe r a 0mel do corpoA ede co . ."" as tranqUllosRenascerem oSda morte dos corpDecaEu ern tiTu em mirno deserto a volta.
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Dormias~nquanto cantava a rola De'ria olhar 0 reiMas foi 0 escravo que chegou
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cuco e 0bem-te-viDormiasEnquanto dPari uas vacasartarn no c IrraDorrniasQuando hilena entL rou no .'evou 0cabrit . . cercadoE pa .t' J 0pequeno
I lUa cab aca dos sacrificiosDormiasQuando a a gu a chegou a mulola grandeDormiasEja ia altoo canto da rolaDo cuco e do bem-te-vi,
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para me semear 0 corpo de erva rasteiraDevia entar-me na cadeira ao lado do reiMas foi 00chao que deixei a marca do meu corpo
penteei-me para 0 reiMas foi ao escravO que dei as tran~as do meu cabelo
o escravo era novoTinha um corpo perfeitoAs maos feitas para a taca dos meus seios
Devia olhar 0 reiMas baixei a cabec;:aDoce ternaDiante do escravo.
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Deixa as maos cegasAprender a ler a rneu corpoQue ell ofere co vales
WaS m a D S" N a S~rdia
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cur-vas de riooleosDeixa as maos cegasDescer a rioPor montes e vales.
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" d espumabarco erede
, aos escorriada nras mlingua de fogosede
tuas maosnassentiadobra do ventofebrenas tuas maostremianome da vidatempo.
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Reconhec;:o a tua vozn.o lume das d unasclara grave Nas tuas m aos co mecr
avao mundo
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C O m u rn leve traventre as vogais 0amargoreconhec;:o a tua vozno tronco retorcido 'simples das arvorespalavra a palavra ditaa tua voz e a f 1oresta g I .na terra a enavermelha do corp o .
194
BnadaNero 0di apodia sel' mais perfeitoTu eras 0bicho cinzentoDo entl'elacrado dos limoso da lTIultldaoo que deslizava na aguaComo a sombra.Agora alguns anos depoisUITI anjo caidoEncontra ninhoNo colo em sangue do rneu peito.
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