Ambiente Organizacional

5/17/2018 Ambiente Organizacional - slidepdf.com

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Universidade Regional de BlumenauCentro de Ciências Tecnológicas

Departamento de Engenharia CivilArthur Otto KrauseMichael Bruno Gütz

Raniere KuehlAdministração I

Ambiente organizacional e o preço de uma decisão errada

Relacionando o artigo “O preço de uma decisão errada” com os conceitos dadosem aula sobre ambiente organizacional, percebemos que até grandes executivostomaram importantes decisões de maneira equivocada, por carência de planejamentosmais aprofundados, por isso devemos entender os conceitos de ambiente organizacional,ambiente interno e ambiente externo com maior clareza. Os administradores FelipeSobral e Alketa Peci descrevem os ambientes citados acima em seu livro

Administração: Teoria E Prática No Contexto Brasileiro. “O ambiente organizacionalrefere-se ao conjunto de forças, tendências e instituições, tanto externas como internas àorganização, que têm potencial para influenciar o desempenho organizacional. Oambiente externo é o contexto no qual as organizações existem e operam, sendoconstituído pelos elementos que se encontram fora dos limites da organização. Oambiente interno é composto pelos elementos internos da organização, comotrabalhadores, administradores, cultura organizacional, tecnologia, estruturaorganizacional e instalações físicas.”

O ambiente interno reflete a cultura interna da empresa e sua concepção devalores enquanto o ambiente externo é tudo que vem de fora que pode influenciar diretaou indiretamente na empresa.

Exemplos de Ambiente Interno

• Normas internas, procedimentos,

tecnologias, hierarquia organizacional• Treinamentos de funcionários,

equipamentos

Exemplos de Ambiente Externo

• Opinião pública, concorrentes,

fornecedores, clientes• Governos, leis, normas

regulamentadoras, fiscalizações

Antes de tomar qualquer decisão, devemos investigar bem os ambientes internoe externo, principalmente o externo pois normalmente temos um maior

desconhecimento do mesmo. Tomamos, por exemplo, o caso do presidente dolaboratório Searle, em Porto Rico, que deu carta branca para sua equipe de marketingcriar uma campanha para seu medicamento para hipertensão, que por desconhecimentoda legislação local, vinculou uma propaganda do medicamento em uma emissora derádio, algo proibido pelo Food and Drug Administration (FDA), entidade americanaresponsável pela autorização de venda de remédios. Seis executivos da sua equipe demarketing foram demitidos e a unidade de Porto Rico foi ameaçada de fechamento!

Um dos maiores casos de perdas devido a uma má análise do ambienteorganizacional é o caso da implantação da fábrica brasileira da Mercedes-Benz. Omercado brasileiro na época era um destino perfeito, pois previa-se um crescimento naindústria automotiva jamais visto, então foi decidido a construção da fábrica mais

moderna da empresa em Juiz de Fora, Minas Gerais. A fábrica tinha uma expectativa deprodução de 70 mil carros por ano, porém a realidade foi totalmente diferente. De 1999



(ano de sua inauguração) até a data do artigo (2005), foram fabricados somente 61 milunidades, ou seja, em seis anos de funcionamento a Mercedes-Benz fabricou menosunidades que o esperado para um ano! A culpa desse total fracasso foi uma má análisedo ambiente interno e externo, a subsidiária brasileira não foi consultada sobre oassunto, os executivos da matriz resolveram que uma empresa alemã deveria fazer todo

o projeto, apostando num modelo desenvolvido para a Europa sem adapta-lo ao Brasil,com o mais baixo índice de nacionalização de peças (algo em torno de 60%), o modeloClasse A sofreu um duro impacto cambial, ocasionando baixo índice de vendas no país.Além da falta de análise de todos esses fatores citados, a empresa não tinha um “Plano

B”, ou seja, só foram correr atrás depois que o estrago já estava feito. Podemos também relatar aqui as várias outras citações de semelhantes

acontecidos que são mencionados neste artigo, mas isto não é muito conveniente, poistodos eles abordam erros e dificuldades idênticas partilhadas pelos váriosadministradores, investidores e gerentes de marketing referidos no artigo; é muitoprovável que estas falhas sejam resultado de descuidos provenientes da falta deplanejamento, ou desatenção à fatores básicos citados no artigo, desenvolvidas em

ambos os ambientes organizacionais (interno e externo).Um destes fatores, que na minha opinião é o mais importante, podemos

encontrar no trecho citado acima, sobre o investimento da Mercedes-Benz; a empresa

não tinha um “Plano B” , podemos considerar que um projeto, seja ele elaborado poruma equipe de dezenas dos melhores profissionais do ramo, nunca estará livre de falhas,pois como sabemos, errar é humano; esta margem de erro pode sempre ser compensadacom a criação de planos alternativos, que podem ser a salvação em meio ao fracasso.

Ao longo do artigo são discutidos outros fatores diagnosticados nas falhas deplanejamento, e podemos dizer que todos são relevantes; porém, todos eles apresentamum sintoma em comum, o tempo.

Com os avanços tecnológicos, a necessidade de obter respostas rápidas e terideias inovadoras em um curto prazo, tem levado as empresas a cometer vários erros;tentar crescer a qualquer custo, não pensar a longo prazo, agir por impulso, subestimar aopinião pública, superestimar o mercado; Todos podem resultar em abismoseconômicos, e todos eles são efeitos colaterais de quem precisa de respostas einvestimentos rápidos.

Baseando-se nisso, será que vale mais à pena “seguir a manada” como tambémmencionado no artigo? Administrar em passos curtos e não fazer grandes mudanças pranão correr grandes riscos? Muitos dirão que sim, mas..

NÃO!;Embora este artigo esteja recheado de contos de falhas administrativas e

empreendedoras, creio que o trabalho de um bom administrador está na capacidade deampliar as fronteiras de seu empreendimento, visando sempre o crescimento econômico,e ter competência de imprimir novas tendências, estando sempre compatível com osavanços tecnológicos.

Concluindo, aumento de capital requer investimentos, junto de bonsinvestimentos sempre virão grandes riscos; o grande desafio é reduzir estes riscos a umvalor mínimo, executar um planejamento de cautela máxima, e sempre ter na manga umplano B.

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