A_mensagem_de_Apocalipse

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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA - DEDUC RECONHECIMENTO MEC DOC. 356 DE 31/01/2006 PUBLICADO EM 01/02/2006 NO DESPACHO 196/2006 SESU RONALDO BARRETO SALES A MENSAGEM DE APOCALIPSE 17:1 À 19:10: ESTUDO Cachoeira 2006

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Artigo da Faculdade UNASP

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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA - DEDUC RECONHECIMENTO MEC DOC. 356 DE 31/01/2006 PUBLICADO EM 01/02/2006 NO DESPACHO 196/2006 SESU

RONALDO BARRETO SALES

A MENSAGEM DE APOCALIPSE 17:1 À 19:10: ESTUDO

Cachoeira 2006

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RONALDO BARRETO SALES

A MENSAGEM DE APOCALIPSE 17:1 À 19:10: ESTUDO

Trabalho Revisado, editorado e formatado por Adolfino R. Aquino e Joás Paulo de Souza e coordenado pelo Pr. Leonardo Godinho Nunes, no segundo semestre letivo de 2006.

Cachoeira 2006

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................3

1.1 A Prostituta e Suas Filhas ......................................................................3

REFERÊNCIAS.........................................................................................................11

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1 INTRODUÇÃO

1.1 A PROSTITUTA E SUAS FILHAS

A mensagem mais urgente de Apocalipse 17:1 a 19:10 (a divisão

que ora estamos estudando), é que nós e nossa família devemos sair de Babilônia

se porventura ainda nos encontramos nela. Necessitamos sair para podermos evitar

a participação nos pecados e nas pragas de Babilônia, e para podermos, depois,

cantar com o Cordeiro em redor do trono de Deus. "Retirai-vos dela [de Babilônia],

povo Meu"; diz Jesus, "para não serdes cúmplices em seus pecados." Apocalipse

18:4. Pelo fato de sabermos que Ele nos ama, desejamos agradá-Lo. Mas de que

forma podemos saber se ainda estamos em Babilônia e, conseqüentemente,

precisando abandoná-la?

Logo que possível estaremos retornando a esta importante pergunta.

Antes, porém, há algumas outras coisas que necessitamos examinar no capítulo 17,

inclusive um misterioso quebra-cabeças e um conflito tremendamente poderoso.

O quebra-cabeças misterioso tem a ver com as sete cabeças da

besta (ou sete reis), "dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não

chegou", e com a própria besta - a besta que "era e não é", e que "está para emergir

do abismo". Apocalipse 17:10 e 8. Deixaremos a solução desse enigma para quando

chegarmos à seção Respostas às Suas Perguntas. [490-498].

Um conflito tremendamente poderoso. Apocalipse 17 apresenta um

clímax duplo, dois conflitos cataclísmicos de proporções sobrenaturais. Numa des-

sas grandes batalhas, a "besta" e os "dez reis" (que são os "dez chifres") guerreiam

contra o "Cordeiro"; na outra batalha, eles se voltam contra a "grande meretriz" que

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cavalga a besta, e a destroem. "Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a

meretriz, e a farão devastada e despojada [deixando-a nua, de acordo com A Bíblia

de Jerusalém. Obrigar as prostitutas a andar com as saias sobre a cabeça, era

antigamente um castigo comum aplicado às mesmas. Veja Jeremias 13:22; Naum

3:5], e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo." Apocalipse 17:16. [457 e

458].

A prostituta e a besta. Em profecia bíblica, "mulher" representa a

comunidade do povo de Deus. [325 e 326]. A mulher vestida com o sol (Apocalipse

12:1 e 2) simboliza a genuína igreja ideal de Deus. A prostituta vestida em vermelho,

e que segura o "cálice" de blasfêmia, transbordante do "vinho" do sangue dos

mártires, representa a igreja cristã que apostatou, perseguiu e praticou "prostituição"

espiritual. Apocalipse 17:2-6.

O conceito simbólico de "prostituição" ou "fornicação" provém de

Ezequiel 16. Nesse texto, os israelitas - que eram o povo de Deus nos tempos do

Antigo Testamento - são vinculados a uma pobre mulher que Deus tornou muito bela

e depois, graciosamente, recebeu como esposa. Mas Israel, em atitude de

infidelidade, praticou "imoralidade" com as idólatras nações vizinhas. Avidamente

aceitou o paganismo, estabeleceu tratados de auxílio mútuo com estas nações e

oprimiu, de igual modo, os genuínos adoradores de Deus. "

A grande meretriz de Apocalipse 17 cometeu prostituição com os

"reis da Terra'. Verso 2. A grande igreja cristã da Idade Média envolveu-se em

relações imorais com outros governos cristãos, de modo a conseguir o poder

necessário para perseguir os verdadeiros seguidores de Deus. Esta união imoral da

Igreja com o Estado resultou em um grande número de mártires. Resultou

igualmente num rebaixamento geral da moralidade cristã. Os líderes religiosos

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freqüentemente falharam em reprovar os pecados dos líderes governamentais, por

temerem a perda de seu poder de influência e apoio financeiro.[457 e 458 ] [509-

511; 490-498].

Esta conspiração final e convulsiva dos dez reis é apenas uma parte

do "julgamento" executado contra as pretensões do cristianismo corrupto e apóstata.

Em Daniel 7 o "chifre pequeno" - que é essencialmente a mesma coisa que a

prostituta - é mostrado como enfrentando o julgamento no Céu. Apocalipse 17 prediz

uma horrível contrapartida do julgamento celestial. As nações que servilmente

conspiraram com a prostituta, como formas de controlar a vida de seus cidadãos,

vêem-na agora como a indesejável monstruosidade que ela realmente é. Em odiosa

contenda, elas a desnudam e desgraçam, num dos dois terríveis conflitos preditos

em Apocalipse 17.

Os dez reis contra o Cordeiro. A outra batalha feroz de Apocalipse

17, o primeiro dos dois conflitos aí registrados, ocorre quando os dez reis pelejam

"contra o Cordeiro" - "e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei

dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele".

Versos 13 e 14.

Cristo aparecerá como Rei dos reis e Senhor dos senhores por

ocasião de Sua segunda vinda, ao iniciar-se o milênio. Veja Apocalipse 19:11 a 16.

Ele será acompanhado por Seu Pai, que é Aquele que Se assenta no trono.

Apocalipse 6:16. Portanto, a segunda vinda de Cristo é a chegada dos "reis que vêm

do lado do nascimento do sol" (Apocalipse 16:12); e a batalha que ocorre nessa

ocasião é a Batalha do Armagedom. Veja as páginas 450-452. Eles fazem guerra ao

Cordeiro; mas G. B. Caird e outros observam que "a única forma pela qual os reis

podem guerrear contra o Cordeiro é através de Seus seguidores .1

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"Eu sou Jesus, a quem tu persegues", disse Jesus a Paulo nos

tristes dias em que este era um perseguidor. Ao dirigir-se a Paulo nesses termos,

Jesus identificou-Se com Seus seguidores a quem Paulo maltratava. Veja Atos 9:5.

"Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um desses Meus pequeninos

irmãos", disse Jesus a todos nós durante o Discurso do Olivete, "a Mim o fizestes".

S. Mateus 25:40. "

Apocalipse 12:17 diz que no tempo do fim o dragão irá fazer guerra"

contra aqueles "que guardam os mandamentos de Deus". O Armagedom não será

uma guerra do Oriente contra o Ocidente, e sim uma guerra do erro contra a

verdade, dos seguidores do dragão contra aqueles que guardam os mandamentos

de Deus e seguem fielmente o Cordeiro.

A prostituta identificada com Babilônia. Quando João viu a prostituta

em Apocalipse 17, percebeu que ela trazia o seu nome escrito na testa. Nos dias de

João, as prostitutas excêntricas costumavam escrever seus nomes sobre faixas que

carregavam sobre a testa. O nome que ela própria escolheu para si foi: "Babilônia,

a Grande, a Mãe das Meretrizes e das Abominações da Terra". Verso 5.

Já estamos bem familiarizados com "Babilônia." como sendo o nome

de um antigo império. A palavra deriva de Babel, como em "Torre de Babel”. No

Oriente Médio antigo existiram várias torres de Babel, de algumas das quais ainda

hoje existem ruínas.

Tipicamente, cada torre de Babel possuía em seu cume um

santuário especial para a adoração pagã. Babel significava, originalmente, "a porta

de Deus". Torres de Babel eram notáveis lugares de adoração - de adoração à moda

do homem.

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Por ocasião da construção da primeira torre de Babel, os

construtores foram confundidos certo dia; quando apareceu entre eles um

desagradável dom de 1ínguas. Uma vez que eles não mais puderam comunicar-se

inteligentemente, "Babel" veio a adquirir um novo sentido, de significado indesejável.

Este significado foi "confusão". Ver Gênesis 11:1-9.

A prostituta Babilônia considera-se como uma "porta de Deus", como

a porta de Deus. Estra ecclesiam non salus est, foi durante séculos a sua doutrina

oficial em latim. Fora da igreja [romana] não há salvação. Evidentemente, no

entanto, aos olhos de Deus ela era um lugar de confusão. Seus ensinamentos, uma

corruptora mistura de verdade e erro, criaram uma confusão monumental.

Ela ensinou que o dia do juízo ocorrerá por ocasião do segundo

advento - mas também ensinou que os pecadores são condenados ao inferno

imediatamente depois que morrem. Ela ensinou que Deus é amor - mas também que

Ele faz os pecadores queimarem em tormento literalmente para sempre e sempre.

Ela ensinou que a Bíblia é a Palavra de Deus e quando os concílios eclesiásticos

divergem da Bíblia, eles são mais esclarecidos, possuem maior autoridade que esta.

Ela ensinou que todos os dez mandamentos são laços morais indissolúveis - mas

em seus catecismos ela removeu do segundo mandamento a proibição de culto às

imagens e modificou o mandamento do sábado, de modo a colocar o domingo como

dia santificado em lugar do sábado de Deus.

Prostituta e mãe de prostitutas. Na tiara que traz à testa, a Prostituta

identificou-se como "Babilônia, a grande, a mãe das meretrizes". Durante muito

tempo tem a Igreja Católica se rotulado como a "Igreja-mãe". Em determinado

sentido, ela tem estado correta ao assim proceder, pois ela deu origem a muitas

igrejas-filhas. Triste é dizê-lo: quando observadas pelo seu pior aspecto, as filhas

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também demonstram uma forte tendência para se tornarem "prostitutas".

As filhas não nascem como prostitutas. Tornam-se assim por livre

escolha. Solteiras, são conhecidas pelo nome da mãe. As filhas prostitutas das quais

estamos falando, são também conhecidas como “Babilônia’, a exemplo do que

ocorre com a mãe”.

Antes que prossigamos, recordemos novamente que os livros de

Daniel e Apocalipse tendem a considerar seletivamente a situação de pessoas per-

seguidas e igrejas e nações perseguidoras. Assim, eles enfatizam o aspecto

negativo dessas igrejas e estados, de modo a advertir os crentes.

Excepcionalmente, Apocalipse 2:19 faz referência à essencialíssima

contribuição feita à sociedade pela Igreja Católica - e isso é correto, pois durante

idade Média (para não falar das contribuições positivas dos dias atuais) a igreja

patrocinou praticamente os únicos hospitais e escolas existentes no ocidente. Ela

também ajudou a manter vivo certo conhecimento a respeito de Deus e Seu Filho

Jesus. [124 e 125].

Para o nosso benefício, Daniel e Apocalipse há muito tempo estão

nos advertindo de que o quadro teria um outro lado, bastante escuro. A Igreja

Romana se caracterizaria por (1) oposição aos mandamentos de Deus, (2) negação

ou obscurecimento do ministério de Cristo no santuário celestial e (3) perseguição

dos mais fiéis seguidores de Deus. [335]. A Igreja Católica Romana tem revelado

essas três características em maior ou menor grau praticamente desde a sua

implantação. Por outro lado, as principais igrejas protestantes vieram à luz com a

determinação de procederem melhor que a "Igreja-mãe".

Martinho Lutero fundador da Igreja Luterana redescobriu os três

grandes pilares da verdade divina, quais sejam: "justificação pela fé", "a Bíblia

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somente" com autoridade final e o “sacerdócio dos crentes". João Calvino,

inspirador das igrejas Congregacional e Presbiteriana, trouxeram novamente à luz a

verdade de que Deus, e não um sacerdote ou os "santos" decidirá se nós seremos

salvos ou nos perderemos. João Wesley, líder da Igreja Metodista e da Igreja do

Nazareno, redescobriu a "livre graça", de que a salvação não é concedida apenas a

umas poucas pessoas previamente selecionadas por Deus (conforme ensinava

Santo Agostinho); mas se encontra livremente disponível a todo aquele que crer. Os

batistas redescobriram o "batismo dos crentes", ou seja, que não se deve esperar

que as pessoas se tornem membros da igreja antes que compreendam e aceitem

aquilo que a igreja ensina.

À medida que vinha à existência, cada uma dessas principais igrejas

protestantes resplandecia sob a luz de algum novo aspecto, restaurado, da

maravilhosa verdade de Deus. Todos os cristãos da atualidade podem sentir-se

imensamente agradecidos pelas magníficas descobertas realizadas pelos

fundadores dessas igrejas. Também podemos ser agradecidos, evidentemente, à

Igreja Católica, pelos vários aspectos da verdade que ela preservou durante a Idade

Média.

Tragicamente, na década de 1840, no clímax do grande

reavivamento religioso da América, por ocasião do grande despertamento do

segundo advento, os líderes da maioria das igrejas protestantes dos Estados Unidos

rejeitaram a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6 a 12. Ao assim

procederem, eles (1) negligenciaram o sábado dos dez mandamentos de Deus, ou

até mesmo se opuseram a ele, (2) negaram o novo ministério de Cristo no lugar

santíssimo do santuário celestial - um ministério de juízo e expiação. Por vezes,

naquela ocasião, e muitas outras vezes desde então, eles (3) proferiram palavras

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duras em livros, jornais, rádio e TV - contra os fiéis cristãos observadores do sábado.

Quando se cumprir à profecia de Apocalipse 13, essas denominações e outras mais

provavelmente se unirão ao Estado com o objetivo de infligir cruel boicote, e até

mesmo a penalidade de morte, aos observadores do sábado.

Elas farão com que "todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os

pobres, os livres e os escravos" recebam uma "certa marca sobre a mão direita, ou

sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a

marca, o nome da besta, ou o número do seu nome”. Apocalipse 13:16 e 17. [350-

359].

Encontra-se você em Babilônia? Muitos extraordinários cristãos dos

dias de hoje adoram a Deus na Igreja Católica ou nas várias denominações pro-

testantes. Eles amam a Deus e almejam profundamente servi-Lo. Eles não se

apercebem de que são membros de "Babilônia". Até agora eles não se deram conta

de que suas igrejas se opõem deliberadamente a um ou mais dos dez

mandamentos, e que seus pastores ignoram ou obscurecem o novo ministério

celestial específico desempenhado por Cristo na atualidade.

É por esta razão que Jesus está proclamando hoje a Sua

advertência, a última no tempo do fim. Ele deseja que o Seu sincero povo - homens

e mulheres; meninos e meninas - que se encontram nas várias comunidades

apóstatas, despertem para o sério perigo em que se encontram - o perigo de se

envolver com os pecados de Babilônia e assim participar do sofrimento embutido

nas pavorosas pragas finais que sobre ela cairão. Cristo deseja que eles saiam de

Babilônia imediatamente. Ele ama Seu povo!

Sai de Babilônia, "povo Meu", diz Ele (Apocalipse 18:4) e prepara-te

para cantar em volta do trono de Deus.

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REFERÊNCIAS

MAXWELL, C.M. Unespa, 474

DEDUC

[email protected]

Pr. Leonardo Godinho Nunes [email protected]

Joás Paulo de Souza Adolfino Ramos Aquino [email protected] [email protected]