Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como...

21
Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino

Transcript of Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como...

Page 1: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Amniorrexe Prematura

Prof. Rafael Celestino

Page 2: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Aminiorrexe prematura (RPMO)

Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos nascimentos, e quase 1/3 destes partos ocorrem antes do termo da gravidez.

Há uma forte associação entre a ruptura precoce das membranas ovulares e o início do trabalho de parto.

Page 3: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Aminiorrexe prematura (RPMO)

Quando do pré-termo o trabalho de parto se inicia na primeira semana após a RPMO, e na gravidez a termo nas primeiras 24 horas.

Quase 30% dos partos prematuros estão diretamente relacionados com a ruptura precoce das membranas ovulares.

Page 4: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Conceito e Incidência

A RPMO é definida como a rotura das membranas ovulares que ocorre pelo menos 1 hora antes do início do trabalho de parto.

Não deve ser confundida com a rotura das membranas que ocorre durante o trabalho de parto, precoce, se no início do trabalho de parto, ou tardia se durante o período expulsivo.

Page 5: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Conceito e Incidência

Fatores de risco: Antecedentes de parto prematuro; Tabagismo; Hemorragia ante-parto; Doença falciforme; Incompetência istmo cervical; Vaginose bacteriana

Page 6: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Etiologia

A elasticidade e a resistência da membrana amniótica estão relacionados ao elevado teor de fibras de colágeno como componente da membrana;

Algumas enzimas como a colagenase e a tripsina que tem intensa ação colagenolítica encontram-se aumentadas ao final da gestação e nos casos de RPMO;

Page 7: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Etiologia

Além disso ao final da gestação aumentam as forças mecânicas oriundas do aumento da atividade uterina contribuindo para o enfraquecimento das membranas ovulares;

A infecção bacteriana é a que apresenta a maior probabilidade de estar relacionada a este evento.

Page 8: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Etiologia

A etiologia é multifatorial, sendo provável que enzimas maternas, forças mecânicas, destruição de colágeno, ação bacteriana exerçam importantes e inter-relacionadas funções nesse processo.

Page 9: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Conseqüências da RPMO para o concepto:

*Prematuridade: o período médio de latência quando ocorre entre 26 e 34 semanas é de 7 a 12 dias. 55% dos RNs apresentam a doença da membrana hialina ou outras complicações neonatais;

*Hipoplasia pulmonar: é uma das mais graves complicações, com altas taxas de mortalidade neonatal. O risco é maior quanto menor é a IG, e o volume de líquido MNIÓTICO

Page 10: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Conseqüências da RPMO para o concepto:

*Infecção: significativo grupo de gestantes desenvolve infecção materna ou fetal, sendo difícil precisar se a infecção foi a causa ou conseqüência;

*Hipóxia: a RPMO tem sido associado à compressão do cordão umbilical, conseqüência direta da oligodrâmnia;

Page 11: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Diagnóstico

É fundamental para o planejamento da conduta. 80% dos casos podem ser diagnosticados pela anamnese e exame físico

Tem que se diferenciar de outras causas de perdas líquidas vaginais como: incontinência urinária, leucorréia, cervicite, semen, perda sanguínea.

Page 12: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Diagnóstico

O diagnóstico é confirmado pela detecção de fluido claro que drena do colo uterino; verificação do ph vaginal superior a 7; presença de oligodrâmnia ao exame USG, fastadas outras causas de diminuição do volume do líquido amniótico como malformação fetal e retardamento do crescimento intra-uterino.

Page 13: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Diagnóstico

O exame clínico deve ser realizado de forma a minimizar o risco de introdução de microorganismos na cavidade uterina, principalmente se o parto não ocorrer em curto prazo;

O exame digital aumenta o risco de infecção quando comparado ao exame especular, o qual permite uma avaliação mais substanciada em relação ao toque.

Page 14: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Avaliação inicial inclui: Estabelecimento correto da IG; Identificação do trabalho de parto (dilatação

cervical e contrações uterinas); Diagnóstico da vitalidade fetal (cardiotocografia); Rastreamento de infecção intra-uterina (febre,

secreção purulenta, leucograma materno, palpação uterina dolorosa).

Page 15: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Antes de 24 semanas: É uma complicação obstétrica grave que afeta

0,6 a 0,7% das gestações. Há uma elevada incidência de corioamnionite, endometrite, DPP, retenção placentária com hemorragia pós-parto;

Então no caso da RPMO, antes que o concepto alcance a viabilidade é indicada a indução do parto;

Page 16: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Entre 24 e 32 semanas: Neste caso em 75% das situações o parto

ocorre dentro de 1 semana. A corioamnionite ocorre em 10 a 15% dos casos;

Com a utilização de terapia antimicrobiana e a realização do parto em curto período de tempo as sequelas maternas reduzem substancialmente;

Page 17: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

No caso de gestantes estáveis estáveis, a conduta expectante é a mais indicada devido aos riscos neonatais de prematuridade;

Page 18: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas No caso de conduta conservadora: Internação Rastreamento da corioamnionite – deve-se fazer

o diagnóstico da infecção: leucograma, exame do líquido amniótico (cultura);

Avaliação da vitalidade fetal ( cardiotocografia – a presença de desacelerações associada à oligodrâmnia pode indicar sofrimento fetal agudo, e a taquicardia fetal corioamnionite)

Page 19: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Antibióticos: reduzem a incidência de infecção neonatal: ampicilina, eritromicina, amoxicilina;

Corticóides: promovem a maturação pulmonar fetal e ajudam a reduzir a morbidade neonatal;

Tocólise: ajuda no prolongamento da gestação por 48 horas, enquanto se aguarda ação do corticóde.

Page 20: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Após 32 semanas: A taxa de sobrevivência de recém-

nascidos com mais de 32 semanas é superior a 95%. Assim a antecipação do parto é a conduta indicada.

Deve-se avaliar a maturidade do colo uterino.

Page 21: Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino. Aminiorrexe prematura (RPMO) Também definida como rotura prematura das membranas, complica cerca de 10% dos.

Condutas

Se o paciente apresenta colo favorável, não se obtém benefício com o prolongamento da gestação e o parto deve ser prontamente induzido;

Em gestantes com o colo uterino desfavorável, imaturo, a conduta pode ser inicialmente conservadora, com o intuito reduzir a incidência de cesariana pelo colo imaturo. Recomenda-se a prescrição de misoprostol intravaginal com o objetivo de amadurecimento cervical