Amostra de Doenças Infectocontagiosas

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Difteria (ou crupe) é uma doença respiratória infectocontagiosa, causada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. O período de incubação costuma durar de um a seis dias, mas pode ser um pouco mais longo. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou com portadores assintomáticos da bactéria, através de gotículas eliminadas

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Transcript of Amostra de Doenças Infectocontagiosas

Difteria (ou crupe) uma doena respiratria infectocontagiosa, causada pelo baciloCorynebacterium diphtheriaeque se instala nas amdalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele.

O perodo de incubao costuma durar de um a seis dias, mas pode ser um pouco mais longo. A transmisso ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou com portadores assintomticos da bactria, atravs de gotculas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com as leses cutneas.

SINTOMAS

O sintoma tpico da difteria o aparecimento de placas pseudomembranosas, acinzentadas e firmes nas amdalas e rgos adjacentes. Mal-estar, dor de garganta, febre, corrimento nasal, gnglios linfticos inflamados e manchas avermelhadas na pele so outros sintomas possveis da doena. Edema de pescoo, toxemia, prostrao e asfixia mecnica so sinais que sugerem o agravamento da infeco.DIAGNSTICO

clnico, mas pode ser confirmado pelo exame de cultura numa amostra das placas pseudomembranosas tpicas da doena.

TRATAMENTOEspecfico Soro antidiftrico (SAD) e antibioticoterapia.NOTIFICAO

Doena de notificao compulsria e de investigao imediata e obrigatria.

MEDIDAS DE CONTROLE

A medida mais segura e efetiva e a imunizao adequada da populao com toxide diftrico.

ESQUEMA BSICO DE VACINAO A vacina injetvel e aplicada em 3 doses: 2 meses de idade, 4 meses de idade, 6 meses de idade. 2 reforos com (DTP) 15 meses e outro com 4 anos. Adultos a partir do 20 anos DT 3 doses (1, 2 dois meses aps a 1, e 3 quatro meses aps a 2), reforo a cada 10 anos.

VACINAO DE BLOQUEIO Aps a ocorrncia de um ou mais casos de Difteria, deve-se vacinar todos os contatos no vacinados, inadequadamente vacinados ou com estado vacinal desconhecido.

CONTROLE DE COMUNICANTES Coletar material de naso e orofaringe e de lesao de pele dos comunicantes, para cultura de C. diphtheriae.

QUIMIOPROFILAXIA DOS PORTADORES Tem indicao restrita e devem ser observadas as recomendaes constantes no Guia de Vigilncia Epidemiolgica.

ISOLAMENTO Persistir em isolamento ate que duas culturas de exsudato de naso e orofaringe sejam negativas (colhidas 24 e 48 horas aps a suspenso do tratamento).

DESINFECO Concorrente e terminal.

VACINAO APS ALTA A doena no confere imunidade e a proteo conferida pelo soro antidiftrico (SAD) temporria e de curta durao (em media, 2 semanas).

Clera uma doena infectocontagiosa aguda do intestino delgado, causada por uma enterotoxina produzida pela bactria vibrio colrico (Vibrio cholerae).

A transmisso fecal-oral e se d atravs da gua e de alimentos contaminados pelas fezes ou pela manipulao de alimentos por pessoas infectadas, sejam elas sintomticas ou no. J foram registrados casos em que peixes, frutos do mar, como ostras e mexilhes, crus ou mal cozidos, e gelo fabricado com gua no tratada foram veculos de transmisso da doena. A enfermidade de notificao compulsria s autoridades de sade.Epidemias de clera so comuns em regies de acampamentos e aglomerao humana, onde as condies de higiene e saneamento bsico so precrias ou inexistentes.

SINAIS E SINTOMAS

O principal sintoma a diarreia volumosa, que comea de repente, acompanhada por vmitos, mas raramente por febre e dores abdominais. As fezes so lquidas, acinzentadas sem odor ftido nem sinais de sangue ou pus. Em questo de poucas horas, a perda excessiva de gua e de sais minerais nas evacuaes pode resultar em desidratao grave, baixa expressiva da presso arterial, insuficincia renal e coma, que pode levar morte.

RESERVATRIO

O principal e o homem. Estudos recentes sugerem a existncia de reservatrios ambientais como plantas aquticas e frutos do mar.

MODO DE TRANSMISSO

Ingesto de gua ou alimentos contaminados por fezes ou vmitos de doente ou portador. A contaminao pessoa a pessoa e menos importante na cadeia epidemiolgica.

PERODO DE INCUBAO

De algumas horas a 5 dias. Na maioria dos casos, de 2 a 3 dias.

DIAGNSTICO

Laboratorial e clnico-epidemiolgico.

TRATAMENTO

Formas leves e moderadas, com soro de reidrataro oral (SRO). Formas graves, com hidratao venosa e antibitico.

NOTIFICAO

Doena de notificao compulsria internacional, com desencadeamento de investigao epidemiolgica imediatamente aps o estabelecimento da suspeita.

MEDIDAS DE CONTROLE

Infraestrutura de saneamento (gua, esgotamento sanitrio e coleta e disposio de lixo), o que exige investimentos sociais do poder publico. A rede assistencial deve estar estruturada e capacitada para a deteco precoce e o manejo adequado dos casos. Cuidados com os vmitos e as fezes dos pacientes no domicilio. E importante informar sobre a necessidade da lavagem rigorosa das mos e procedimentos bsicos de higiene. Isolamento entrico nos casos hospitalizados, com desinfeco concorrente de fezes, vmitos, vesturio e roupa de cama dos pacientes.

A quimioprofilaxia de contatos no e indicada por no ser eficaz para conter a propagao dos casos. Alm disso, o uso de antibitico altera a flora intestinal, modificando a suscetibilidade a infeco, podendo provocar o aparecimento de cepas resistentes. A vacinao apresenta baixa eficcia (50%), curta durao de imunidade (3 a 6 meses) e no evita a infeco assintomtica.

Coqueluche, tambm conhecida por pertussis ou tosse comprida, uma molstia infectocontagiosa aguda do trato respiratrio transmitida pela bactriaBordetella pertussis.Os casos da doena tm aumentado em diversos pases, nos ltimos anos.

O contgio se d pelo contato direto com a pessoa infectada ou por gotculas eliminadas pelo doente ao tossir, espirrar ou falar. A infeco pode ocorrer em qualquer poca do ano e em qualquer fase da vida, mas acomete especialmente as crianas menores de dois anos.Coqueluche uma doena recorrente, de notificao compulsria ao Ministrio da Sade.Principalmente nas crianas e nos idosos, ela pode evoluir para quadros graves com complicaes pulmonares, neurolgicas, hemorrgicas e desidratao.

Casos de coqueluche costumam ser mais raros na vida adulta. No entanto, tosse seca e contnua por mais de duas semanas em jovens e adultos pode ser sinal de que foram novamente infectados pela bactria da tosse comprida, apesar de terem recebido a vacina na infncia ou de terem ficado doentes.

SINTOMAS

O perodo de incubao varia entre 7 e 17 dias. Os sintomas duram cerca de 6 semanas e podem ser divididos em trs estgios consecutivos;a) ESTGIO CATARRAL (uma ou duas semanas): febre baixa, coriza, espirros, lacrimejamento, falta de apetite, mal-estar, tosse noturna, sintomas que, nessa fase, podem ser confundidos com os da gripe e resfriados comuns;b) ESTGIO PAROXSTICO (duas semanas): acessos de tosse paroxstica, ou espasmdica. De incio repentino, esses episdios so breves, mas ocorrem um atrs do outro, sucessivamente, sem que o doente tenha condies de respirar entre eles e so seguidos por uma inspirao profunda que provoca um som agudo parecido com um guincho. Os perodos de falta de ar e o esforo para tossir deixam a face azulada (cianose) e podem provocar vmitos;c) ESTGIO DE CONVALESCENA: em geral, a partir da quarta semana, os sintomas vo regredindo at desaparecerem completamente.

DIAGNSTICO

O diagnstico basicamente clnico. Em grande parte dos casos, exames laboratoriais podem ajudar a determinar a presena da bactriaBordetella pertussisem amostras retiradas da nasofaringe.

TRATAMENTO

Antibioticoterapia.

MEDIDAS DE CONTROLE

VACINAO Medida de controle de interesse pratica em sade publica a vacinao dos suscetveis, na rotina da rede bsica de sade. A vacina contra Coqueluche deve ser aplicada mesmo em crianas cujos responsveis refiram historia da doena.

ESQUEMA DE VACINAO Crianas 3 doses (pentavalente), com intervalo de 60 dias (mnimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade Os reforos aos 15 meses e aos 4 anos sero realizados com a vacina DTP. Gestantes a recomendao do Ministrio da Sade para aplicao da dose entre as 27 e a 36 semanas de gestao. Adulto reforo a cada 10 anos.

VACINAO DE BLOQUEIO Frente a casos isolados ou surtos: procedera a vacinao seletiva da populao suscetvel, visando aumentar a cobertura vacinal na rea de ocorrncia dos casos.

PESQUISA DE NOVOS CASOS Coletar material para diagnostico laboratorial de comunicantes com tosse.

uma doena infecciosa grave, no contagiosa, causada por toxina produzida pela bactriaClostridium tetani. Sob a forma de esporos, essa bactria encontrada nas fezes de animais e humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode contaminar as pessoas que tenham leses na pele (feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais,etc.) pelas quais o microorganismo possa penetrar.

SINTOMAS

A toxina produzida pela bactria ataca principalmente o sistema nervoso central. So sintomas do ttano rigidez muscular em todo o corpo, mas principalmente no pescoo, dificuldade para abrir a boca (trismo) e engolir, riso sardnico produzido por espasmos dos msculos da face. A contratura muscular pode atingir os msculos respiratrios e pr em risco a vida da pessoa.MODO DE TRANSMISSO

A transmisso ocorre pela introduo dos esporos em uma soluo de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza), contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas.

DIAGNSTICO

Clnico-epidemiolgico, no dependendo de confirmao laboratorial.

TRATAMENTO

Antibiticos, relaxantes musculares, sedativos, imunoglobulina antitetnica e, na falta dela, soro antitetnico so usados para o tratamento da doena. Debridamento do foco, fazer limpeza do ferimento suspeito com soro fisiolgico ou gua e sabo.

MEDIDAS DE CONTROLE

VACINAO Manter altas coberturas vacinais da populao de risco: portadores de lceras de pernas crnicas, mal perfurante plantar decorrente de Hansenase e trabalhadores de risco, tais como agricultores, operrios da construo civil e da indstria, donas de casa, aposentados.

ESQUEMA VACINAL Crianas 3 doses (pentavalente), com intervalo de 60 dias (mnimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade Os reforos aos 15 meses e aos 4 anos sero realizados com a vacina DTP. Gestantes a recomendao do Ministrio da Sade para aplicao da dose entre as 27 e a 36 semanas de gestao. Adulto reforo a cada 10 anos.

PROFILAXIA Imunizao.