AMOSTRAGEM EM EPIDEMIOLOGIA
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AMOSTRAGEM EM
EPIDEMIOLOGIA
Universidade Federal Fluminense
Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública
Disciplina: Epidemiologia Veterinária
Professora: Nathalie Cunha
Tema da aula:
Introdução
• Julga-se uma população pela amostra.
• Amostra é uma parte representativa de determinada população. Sendo levada em consideração o tamanho da mesma e as suas características.
• Se faz necessária por questões práticas (menor tempo, maior facilidade) ou econômicas.
Representatividade
• “A amostragem consiste em selecionar parte de
uma população para observar, de modo que seja
possível estimar algo sobre toda a população”
Sim
População
Amostra
Plano de
Amostragem
É possível fazer inferências em uma
população
Sim
Vantagens da amostragem:
1- Economia financeira
2- Economia de tempo
3- Maior precisão dos resultados
Quando não fazer a amostragem:
-Populações pequenas ou de fácil observação
- Subproduto de outra pesquisa
- Necessidade de saber questões de uma população
inteira- CENSO
População x Amostra
• População: Conjunto de elementos que se deseja estudar, que apresentam uma determinada característica. Pode ser finita ou infinita.
• Amostra: Parte representativa de uma determinada população.
Amostra População
-População-alvo: grupo de indivíduos para o qual se
deseja fazer as inferências estatísticas relacionadas
com o objetivo do estudo.
- População-fonte ou base populacional: conjunto de
elementos de onde serão selecionados aqueles que
farão parte da investigação, representando, portanto,
os potenciais elementos para constituir a amostra.
- Amostra ou população de estudo: o subgrupo de
indivíduos da população-fonte sobre os quais se
fazem as observações e coletam-se os dados.
Definições:
Considerações a fazer antes do início do
estudo:
1- Definir bem os objetivos
2- Determinar o que vai procurar para atingir
seu objetivo
3- Procurar fatores que poderiam afetar a sua
variável resposta
Elegibilidade
• Quais indivíduos serão selecionadas e
como
– Para qual população a intervenção/estudo é
útil?
– Discussão sobre os méritos da pesquisa
– Replicação dos estudos
• Devem ser explicitados antes do estudo
iniciar (diferentes critérios podem gerar
amostras distintas)
Elegibilidade
• Tipicamente envolve critérios de:
– Inclusão: usado para definir aqueles que serão selecionados da população alvo
• Elegível se preencher TODOS os critérios
– Exclusão: usado para remover a possível fonte de variabilidade
• Excluído se preencher QUALQUER um dos critérios
-Objetivo: Caracterizar uma área em relação aos casos de
Babesiose Bovina em animais procedentes do estado do
Rio de Janeiro (endêmica; indene ou de instabilidade
endêmica)
- Variável: resposta sorológica e esfregaço sanguíneo
- Fatores que podem influenciar: época do ano que o
material foi coletado
Quem é a população-alvo?
Quem é a população-fonte?
Quais são os critérios de inclusão e exclusão?
Qual é a amostra?- COMO SELECIONAR ???
Exercício 1:
-Objetivo: Caracterizar uma área em relação aos casos de
Babesiose Bovina em animais procedentes do estado do
Rio de Janeiro (endêmica; indene ou de instabilidade
endêmica)
- Variável: resposta sorológica e esfregaço sanguíneo
- Fatores que podem influenciar: época do ano que o
material foi coletado
Quem é a população-alvo? Bovinos do estado do RJ
Quem é a população-fonte? Bovinos de algumas
propriedades rurais previamente selecionadas
Quais são os critérios de inclusão e exclusão? Bovinos que
tem contato com carrapatos. Se for teste sorológico excluir
animais até 6 meses.
Qual é a amostra? Avaliar os possíveis métodos a serem
utilizados
Exercício 1:
Métodos de Amostragem
• A amostragem pode ser obtida por dois métodos:
– Métodos Probabilísticos
– Métodos Não Probabilísticos
Métodos Probabilísticos
• São usados quando o objetivo maior é a
representatividade, as características reais
da população a partir do exame de uma
parcela da mesma.
• São requeridos para situações em que as
variações individuais têm de ser levadas em
conta.
• Cada unidade amostral tem probabilidade
igual e não nula de ser selecionada.
Métodos Não-
Probabilísticos • Também conhecida como amostragem por
conveniência caracteriza-se pelo critério de
escolha definido pelo investigador.
• São amostras que não garantem a
representatividade da população.
• Pode ser classificada como acidental,
intencional ou por cotas.
Métodos de amostragem probabilística:
Amostra aleatória simples
Amostra sistemática
Amostra estratificada
Amostra por conglomerados
Exercício 2:
a) Utilize ao menos duas técnicas de amostragem
probabilística para selecionar amostras de soro de
bovinos com o objetivo de caracterizar os possíveis
fatores de risco para brucelose bovina no estado do
Rio de Janeiro
b) Utilize ao menos três técnicas de amostragem
probabilística para avaliar o perfil epidemiológico de
gatos com esporotricose no estado do Rio de Janeiro
Desenho Complexo de Amostragem
Objetivo: estudo para caracterizar os fatores de risco da
brucelose bovina no Estado do Rio de Janeiro
1º Passo: Divisão em três circuitos produtores
(Amostragem Estratificada)
2º Passo: Em cada circuito foram amostradas
aleatoriamente cerca de 300 propriedades
(Amostragem aleatória)
Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.61, supl. 1, p.77-84, 2009
3º Passo: Foi escolhido, de forma aleatória, um
número pré-estabelecido de animais, dos quais foi
obtida uma amostra de sangue (Amostragem
Aleatória)
Desenho Complexo de Amostragem
Objetivo: estudo para caracterizar a situação
epidemiológica da esporotricose felina no município
de Niterói
1º Passo: Divisão das residências por setores
censitários
2º Passo: Selecionar por meio de tabela de números
aleatórios cerca de 05 setores censitários
3º Passo: Selecionar as casas que têm numeração
ímpar
4º Passo: Selecionar, por sorteio, os gatos de cada
residência
(Amostragem por Conglomerados)
(Amostragem aleatória)
(Amostragem Sistemática)
(Amostragem Aleatória)
Amostragem aleatória simples
Cada membro da população tem uma chance igual e
independente de ser selecionado
A população é enumerada, atribuindo-se um número a
cada indivíduo
Pode ser selecionada por sorteio, utilizando-se uma
tabela de números aleatórios ou por meio de aplicativos
estatísticos quando existe uma lista populacional
informatizada
Amostragem sistemática
Obedece-se a um sistema para a seleção das unidades
A população é enumerada, atribuindo-se um número a
cada indivíduo. O total da população é divido pelo
tamanho da amostra, para obtenção do intervalo
sistemático.
Escolhe-se um número aleatoriamente no primeiro
intervalo. A seleção dos demais é feita através do
sistema periódico (número inicial + intervalo; número
inicial +2 intervalos; e assim por diante).
Limitação: Cada membro da população tem uma chance
igual de seleção, mas a escolha de um indivíduo não é
mais independente do outro.
Amostragem estratificada
• A população é dividida em subgrupos homogêneos para
determinadas características e é selecionada uma amostra
em cada um deles, separadamente.
•Estes subgrupos não se interceptam e totalizam a
população. Cada uma das subdivisões populacionais é
denominada de estrato.
• Este tipo de amostragem é recomendado quando se
deseja obter estimativas com certa precisão para cada
uma das subdivisões.
Exemplos de estratos: idade, sexo, nível socioeconômico,
volume de produção, propriedade rural.
Amostragem estratificada
• Amostragem estratificada proporcional
Utilizada, por
exemplo, em
propriedades rurais
que não têm o mesmo
número de animais
Propriedade com 100
animais
X
Propriedade com 10
animais
Amostragem estratificada
• Amostragem estratificada proporcional
1º Passo: Dividir o tamanho da amostra pelo tamanho
da população. Obtenção da Fração Amostral
2º Passo: Multiplicar a Fração Amostral pelo tamanho
da população em cada propriedade
Fazenda 1: 20 animais
Fazenda 2: 100 animais
Fazenda 3: 80 animais
Tamanho da população: 200 animais
Tamanho da amostra: 10 animais
Fração amostral:
10/200 = 0,05
Fazenda 1: 20 X 0,05 = 1
Fazenda 2: 100 X 0,05 = 5
Fazenda 3: 80 X 0,05 = 4
Amostragem por conglomerados
Grupamento natural de elementos da população, os quais
são bastante heterogêneos em relação a característica a ser
estudada, porém de comportamento similar entre os
conglomerados. Não há interesse em comparar os
conglomerados.
Indicação de uso: Pelas dificuldades de custo e de
obtenção de listas dos elementos da população, a
aplicação da amostragem por conglomerados é muito
freqüente nos inquéritos de base populacional.
Exemplos de conglomerados: setores censitários,
escolas, hospitais, clínicas veterinárias, municípios,
estados, conselhos de classe, universidades.
Amostragem por conglomerados
1º : Divisão por conglomerados que não se superponham
2º : Seleção de alguns conglomerados ao acaso
Somente os conglomerados
selecionados irão compor a amostra
A combinação de vários métodos probabilísticos
de amostragem para seleção de uma amostra
representativa da população é chamada de
desenho complexo de amostragem
Amostragem Acidental
• Trata-se de uma amostra formada por aqueles
elementos que vão aparecendo, que são
possíveis de se obter até completar o número
de elementos da amostra.
• Exemplos:
– Animais em clínicas, matadouros.
Amostragem Intencional
• Indivíduos são selecionados de modo a ser
próximos do valor médio da variável da
população.
• De acordo com determinado critério, é
escolhido intencionalmente um grupo de
elementos que irão compor a amostra.
• Exemplos: Pesquisa de Encefalopatia
Espongiforme Bovina – Bovinos importados, e
todos aqueles com sintomatologia nervosa são
estudados. Ou seja, com populações de risco.
Amostragem por cotas
• Neste tipo a população deve ser conhecida, pelo
menos aproximadamente, de forma que a
representatividade de cada grupo de dentro da
população seja percebida na amostra.
• As cotas buscam repetir as mesmas características
da população, como, por exemplo escolaridade,
bairro, rendimento.
• É muito utilizada em pesquisas de opinião e
pesquisa de mercado.
Exercício 3:
Um trabalho de campo foi realizado para avaliação
de fatores de risco para intoxicação por plantas
tóxicas em bovinos no estado do Mato Grosso do
Sul.
A amostragem foi realizada por meio de sorteio de
animais procedentes deste estado.
Pergunta-se:
Qual foi o método de amostragem utilizado?
Este método é adequado? Justifique.
Exercício 3:
Um trabalho de campo foi realizado para avaliação
de fatores de risco para intoxicação por plantas
tóxicas em bovinos no estado do Mato Grosso do
Sul.
A amostragem foi realizada por meio de sorteio de
animais procedentes deste estado.
Pergunta-se:
Qual foi o método de amostragem utilizado?
(amostragem aleatória simples)
Este método é adequado? Justifique.
Não. Método de difícil aplicação.
Exercício 4:
Um estudo foi realizado para investigação de
Leishmaniose em cães acautelados do Instituto
Jorge Vaitsman.
A amostragem foi realizada por meio de tabelas
números aleatórios.
Pergunta-se:
Qual foi o método de amostragem utilizado?
Este método é adequado? Justifique.
Exercício 4:
Um estudo foi realizado para investigação de
Leishmaniose em cães acautelados do Instituto
Jorge Vaitsman.
A amostragem foi realizada por meio de tabelas
números aleatórios.
Pergunta-se:
Qual foi o método de amostragem utilizado?
(amostragem aleatória simples)
Este método é adequado? Justifique.
Sim. Porque é possível ser obtida lista contendo
identificação de todos os animais.
Exercício 5:
Buscando-se selecionar 10 fichas de uma população
de 100 animais atendidos ao longo de um ano em um
Hospital Veterinário, um número aleatório entre foi
escolhido 0 e 9 e depois foi calculado o intervalo
sistemático para a seleção das fichas.
Pergunta-se:
-Qual foi o método de amostragem utilizado?
- Demonstre o cálculo.
-Qual a desvantagem deste método frente ao do
exercício anterior?
Exercício 5:
Buscando-se selecionar 10 fichas de uma população
de 100 animais atendidos ao longo de um ano em um
Hospital Veterinário, um número aleatório entre foi
escolhido 0 e 9 e depois foi calculado o intervalo
sistemático para a seleção das fichas.
Pergunta-se:
-Qual foi o método de amostragem utilizado?
(amostragem sistemática)
- Demonstre o cálculo. (próximo slide)
-Qual a desvantagem deste método frente ao do
exercício anterior?
(há uma dependência entre as amostras
selecionadas)
Exercício 5: Resolução do exercício:
Cálculo do intervalo sistemático:
População/amostra: 100/10 = 10
Seleção de número aleatório: 3
1ª Ficha: 3
2ª Ficha: 3 +10 = 13
3ª Ficha: 3 + 10 + 10 = 23
4ª Ficha: 3 + 10 + 10 + 10 = 33
.
.
.
10ª Ficha (3) + 9X(10)= 93
Exercício 6:
Para estudo sobre CAE em caprinos procedentes
do Estado de Pernambuco, foram selecionadas 40
amostras aleatoriamente 03 propriedades rurais,
sendo 01 de produção de subsistência (N=15), 01
de médio porte (N=42) e 01 de grande porte
(N=90).
Pergunta-se:
-As propriedades rurais se interceptam?
-Há homogeneidade dentro de cada propriedade?
-Qual o método de amostragem utilizado?
-Em que ocasiões este método é recomendado?
- Quantos animais deverão ser amostrados em
cada propriedade?
Exercício 6: Para estudo sobre CAE em caprinos procedentes
do Estado de Pernambuco, foram selecionadas 40
amostras aleatoriamente 03 propriedades rurais,
sendo 01 de produção de subsistência (N=15), 01
de médio porte (N=42) e 01 de grande porte
(N=90).
Pergunta-se:
-As propriedades rurais se interceptam? (Não)
- Há homogeneidade dentro de cada propriedade?
(Sim)
-Qual o método de amostragem utilizado?
(Amostragem estratificada)
- Quantos animais deverão ser amostrados em
cada propriedade? (próximo slide)
Exercício 6:
Fração Amostral: 40/147 = 0,27
Propriedade N=15:
15 X 0,27 = 4 animais
Propriedade N=42:
42 X 0,27 = 11 animais
Propriedade N=90:
90 X 0,27 = 25 animais
Dimensionamento amostral
O que é preciso saber para determinar o
tamanho de uma amostra?
Realizar detecção de um agente
infeccioso/doença/condição
metabólica
Avaliar a frequência em que
os eventos em saúde
ocorrem (=quantificação)
População conhecida
X
População desconhecida
Variável qualitativa
X
Variável quantitativa
Exercício 1:
Deseja-se detectar ao menos um flebotomíneo infectado
por Leishmania sp. na Serra da Tiririca.
Pergunta-se:
-A população de flebotomíneos é conhecida ou
desconhecida na Serra da Tiririca?
- O investigador deseja saber qual a frequência de
insetos infectados?
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral?
- O que é preciso saber previamente para realizar o
cálculo amostral?
Exercício 1:
Deseja-se detectar ao menos um flebotomíneo infectado
por Leishmania sp. na Serra da Tiririca.
Pergunta-se:
-A população de flebotomíneos é conhecida ou
desconhecida na Serra da Tiririca? (Desconhecida)
- O investigador deseja saber qual a frequência de
insetos infectados? (Não, apenas detecção)
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral? (próximo slide)
- O que é preciso saber previamente para realizar o
cálculo amostral? (proporção estimada de casos)
Amostragem para detecção de no
mínimo um afetado
n = log (1 – Lc) / log (1 – P)
Onde:
IC = Intervalo de Confiança
P = Prevelência estimada (PE)
n = Número de observações da amostra
População Desconhecida
n = log (1 – IC) / log (1 – P)
Prevalência (%)
Intervalo de confiança (%)
95 99
0,5 598 919
1 298 459
5 59 90
10 29 44
20 14 21
30 9 13
40 6 10
50 5 7
60 4 6
Tabela 1 - Detecção de pelo menos um animal afetado numa população, conforme
a prevalência estimada, de acordo com o intervalo de confiança desejado
n = log (1 – IC) / log (1 – P)
Exercício 2:
Deseja-se detectar ao menos um animal infectado por
Anaplasma marginale em um rebanho de bovinos da
Fazenda Escola da UFF.
Pergunta-se:
-A população de bovinos é conhecida ou desconhecida
na Fazenda Escola da UFF?
- O investigador deseja saber qual a frequência de
bovinos infectados?
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral?
- O que é preciso saber previamente para realizar o
cálculo amostral?
Exercício 2:
Deseja-se detectar ao menos um animal infectado por
Anaplasma marginale em um rebanho de bovinos da
Fazenda Escola da UFF.
Pergunta-se:
-A população de bovinos é conhecida ou desconhecida
na Fazenda Escola da UFF? (Conhecida)
- O investigador deseja saber qual a frequência de
bovinos infectados? (Não)
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral? (próximo slide)
- O que é preciso saber previamente para realizar o
cálculo amostral? (proporção estimada de casos,
número de animais da população a ser estudada)
Amostragem para detecção de no
mínimo um afetado
População Conhecida
Onde:
n = número de observações da amostra
D = número de afetados (infectado, doente) – Prevalência Estimada em relação
à população
N = População sob risco
n = [ 1 – (1 - IC)1/D ] x [ N – (D/ 2) ] + 1
População
Prevalência
0,1% 1% 2% 5% 10% 20%
Número de Amostras = n
10 10 10 10 10 10 8
50 50 50 48 35 22 12
100 100 96 78 45 25 13
500 500 225 129 56 28 14
1000 950 258 138 57 29 14
10000 2588 294 148 59 29 14
Infinita 2995 299 149 59 29 14
Tabela 3 – Exemplo Relação entre o tamanho da população, prevalência
e amostra para se detectar, pelo menos um animal positivo
OBS.: A tabela indica que quanto menor a prevalência,
maior será a amostra
IC = 95%
n = [ 1 – (1 - IC)1/D ] x [ N – (D/ 2) ] + 1
Exercício 3:
Deseja-se quantificar os cães com hipotireoidismo no
município de Niterói, no período de 2014-2015.
Pergunta-se:
-O investigador deseja saber qual a frequência de cães
doentes?
- Como serão avaliadas as respostas?
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral?
- O que é preciso saber previamente para realizar o cálculo
amostral?
Exercício 3:
Deseja-se quantificar os cães com hipotireoidismo no
município de Niterói, no período de 2014-2015.
Pergunta-se:
-O investigador deseja saber qual a frequência de cães
doentes? (Sim)
- Como serão avaliadas as respostas?
(Utilizando-se variáveis qualitativas, doentes e não doentes)
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral? (próximo slide)
- O que é preciso saber previamente para realizar o cálculo
amostral? (proporção estimada de casos; erro tolerado; nível
de significância)
Prevalência
95 % Intervalo de Confiança
Erro tolerado
10% (0,10) 5% (0,05) 1% (0,01)
Número de Amostras = n
10% 35 138 3457
20% 61 246 6147
40% 92 369 9220
60% 92 369 9220
80% 61 246 6147
n = Z2.P.Q / E2 . . . n = (1,96)2.(0,10).(1 - 0,10) . . . n = 138
(0,05)2
Tabela 4 – Exemplo para o cálculo da prevalência de doença
P = prevalência estimada de doentes
Q= prevalência estimada de não doentes (=1-P)
E= Erro tolerado
Amostragem para estimar prevalência
Variável Qualitativa
• Vale ressaltar que a amostra máxima é atingida quando a
prevalência atinge 50%.
n = Z2.P.Q / E2
Prevalência
Estimada (%)
Erro Máximo Tolerado
0,05 0,10 0,15
Número de Amostras = n
10 139 35 16
20 246 62 28
30 323 81 36
40 369 93 41
50 384 96 43
60 369 93 41
70 323 81 36
IC = 95%
Exercício 4:
Deseja-se quantificar gatos com glicemia elevada no
município de Niterói, no período de 2014-2015.
Pergunta-se:
-O investigador deseja saber qual a frequência de gatos
doentes?
- Como serão avaliadas as respostas?
Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho amostral?
- O que é preciso saber previamente para realizar o cálculo
amostral?
Exercício 4:
Deseja-se quantificar gatos com glicemia elevada no
município de Niterói, no período de 2014-2015.
Pergunta-se:
-O investigador deseja saber qual a frequência de gatos
doentes? (Sim)
- Como serão avaliadas as respostas?
(Utilizando-se variáveis quantitativas, taxa de glicose em
mg/dL)
- Qual a fórmula indicada para cálculo de tamanho
amostral? (próximo slide)
- O que é preciso saber previamente para realizar o cálculo
amostral? (desvio-padrão, erro tolerado e nível de
significância)
Variável Quantitativa
• Quando a variável for quantitativa, a variação do
fenômeno na população é estimada pela variância.
n = Z2.S2 / E2
Onde:
n = amostra
Z = Valor tabulado da variável aleatória
dentro da distribuição normal, de acordo
com o “IC” desejado (95% a 99%)
S = Desvio padrão
E = Erro de estimativa da média
E =
n
S
Amostragem para estimativa de valores médios e de
variação populacional
Amostragem para diagnóstico
epidemiológico (populacional)
• Quanto menor a prevalência, maior a amostra
necessária;
• Quanto maior for o Intervalo de Confiança (IC),
maior a amostra;
• Se a amostra for superior a 10 % da população,
isto significa que a população é pequena;
• Quando a população é grande, a amostra é
sempre inferior a 10 % da mesma.
Considerações
Viés de seleção
• O viés de seleção também é conhecido como viés da “amostragem”, da “amostra” ou da “população”;
• Isto acontece se um ou mais subgrupos que compõem a população não estão devidamente representados na amostra selecionada para a pesquisa;
• O viés apresenta significado de tendenciosidade em observar e refletir a realidade, a sua presença produz estimativas distorcidas.
Situações que podem levar a suspeita de viés:
Uso de
dados de
atendimento
Amostra não-
aleatória
Baixas taxas
de resposta
ou perda de
seguimento
Inserção de
novos
indivíduos
sem critério
Falta de
critério para
seleção dos
participantes
Uso de
generalizações
Modalidades de viés de seleção:
-Viés das operações de amostragem (amostra não
representativa)
- Viés de auto-seleção (viés do voluntariado)
- Viés das perdas (Ex. não respostas; mudanças de
endereço)
- Viés de admissão (Ex. hospitais de referência)
- Viés de afiliação (Ex. grupos)
- Viés da prevalência (ou incidência)
Conduta frente ao viés de seleção
• O cuidadoso planejamento da
investigação, acompanhado da sua
esmerada execução, minimiza ou previne
a ocorrência deste tipo de viés. Uma vez
presente, constatado após a fase de
coleta de dados, é, regra geral, difícil
neutralizá-lo. Assim, a conduta mais
apropriada é prevenir o seu aparecimento.
E se o viés for observado após o término do estudo??