An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

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    Exemplo 7.5 43

    Exemplo 7.6 44

    Exemplo 7.7 46

    7.9 Propriedades da Srie de Fourier para sinais discretos 47

    Linearidade 47

    Translao no tempo ( time shifting ) 48

    Sinal reflectido / reverso no tempo ( time reversal ) 49

    Escalonamento no tempo ( time scaling ) 49

    Multiplicao 50

    Conjugao 51

    Translao na frequncia ( frequency shifting ) 52

    Convoluo no perodo 53

    Primeira diferena 53

    Soma acumulada 54

    Relao de Parseval 55

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    Sries de Fourier

    7.1 Introduo Anlise de Fourier

    Neste captulo e no prximo estudaremos a Anlise de Fourier (tambm chamada de Anlise Harmnica ), que diz respeito representao de sinais como uma soma (oumelhor dizendo, uma combinao linear ) de sinais bsicos como senos e co-senos, ouexponenciais complexas.

    A srie de Fourier, assim como a transformada de Fourier, so as importantes contri-buies do matemtico francs Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830).

    Fig. 7.1 Jean Baptiste Joseph Fourier (1768-1830), francs.

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    A Anlise de Fourier permite decompor um sinal nas suas componentes em frequn-cia (harmnicos) e tem muitas aplicaes no Processamento de sinal, no Processa-mento de imagem, na Fsica em vrias aplicaes, na Probabilidade e Estatstica as-sim como em muitas outras reas.

    Antes de Fourier trs fsicos j tinham feito estudos preliminares em sries infinitaspara resolverem problemas diversos da Fsica: suo Leonhard Euler (1707-1783), ofrancs Jean Le Rond d'Alembert (1717-1783) e o holands Daniel Bernoulli (1700-1782).

    Entretanto, Fourier foi o primeiro a fazer um estudo sistemtico das sries infinitaspara resolver a equao da propagao do calor na Fsica, na publicao Mmoiresur la thorie de la chaleur , embora ele no tenha expresso os seus resultados comgrande formalismo.

    Somente uns anos mais tarde que dois matemticos: o alemo Johann Peter Gustav Lejeune Dirichlet (1805-1859) e o alemo Georg Friedrich Bernhard Riemann (1826-1866), expressaram os resultados de Fourier com mais rigor e preciso.

    Fig. 7.2 Srie de Fourier (sinal peridico da onda quadrada).

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    7.2 Srie trigonomtrica de Fourier para sinais contnuos

    Considere um sinal peridico contnuo x(t) R {conjunto dos nmeros reais }, t.O sinal x(t) pode ser expresso como:

    ( ) ( )[ ]

    =

    =

    ++=

    =

    +

    +=

    1k ok ok

    0

    1k k k

    0

    tk senbtk cosa2

    a

    tk T2

    senbtk T2

    cosa2

    a)t(x

    eq. (7.1)

    onde:T = perodo fundamental do sinal x(t),

    o = frequncia fundamental do sinal x(t),

    ( )

    =

    =

    =

    To

    Tk

    dttk cos)t(xT2

    dttk T2

    cos)t(xT2

    a

    k = 0, 1, 2, eq. (7.2)

    ( )

    =

    =

    =

    To

    Tk

    dttk sen)t(xT2

    dttk T2

    sen)t(xT2

    b

    k = 1, 2, eq. (7.3)

    sendo que as integrais acima so tomadas ao longo do intervalo do perodo T do sinalperidico x(t).

    Observe que existe a o na srie a k [eq. (7.2)], mas no existe b o na srie b k [eq. (7.3)].

    Alm disso, a o (na eq. (7.2) fazendo k = 0), pode ser reescrito de forma mais simplifi-cada pois, como

    ( ) 0,k para,1tk costk T2

    cos o ===

    ento,

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    =T

    o dt)t(xT2

    a

    ou seja, a o de certa forma representa um valor mdio do sinal x(t) no intervalo de um

    perodo T.

    Esta srie conhecida como srie trigonomtrica de Fourier pois contm termoscom senos e co-senos .

    A equao eq. (7.1) acima conhecida como a

    equao de sntese

    e as equaes eq. (7.2) e eq. (7.3) so conhecidas como as

    equaes de anlise

    da srie trigonomtrica de Fourier. Os a k s e os b k s so chamados de coeficientes dasrie trigonomtrica de Fourier.

    7.3 Teorema de Fourier

    Definio 7.1 : x(t) um sinal seccionalmente contnuo (ou, tambm chamado decontnuo por partes ) se x(t) tem um nmero limitado de descontinuidades em qual-quer intervalo limitado.

    Fig. 7.3 Um sinal seccionalmente contnuo.

    Definio 7.2 : x(t) um sinal seccionalmente diferencivel se ambos x(t) e sua deri-vada x(t) forem sinais seccionalmente contnuos .

    Com estas definies podemos agora ver o Teorema de Fourier que estabelece ostipos de sinais que podem ser aproximados pela srie de Fourier.

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    Teorema 7.1 (Teorema de Fourier):

    Se x(t) um sinal peridico seccionalmente diferencivel e de perodo T, ento asrie de Fourier [eq. (7.1)] converge em cada ponto t para:

    a) x(t) , se o sinal x(t) for contnuo no instante t ;

    b) [ x(t+0 +) + x(t+0 -) ] , o sinal x(t) for descontnuo no instante t.

    Um ponto positivo deste resultado que a limitao do Teorema de Fourier acima muito leve pois a grande maioria dos, ou quase todos, sinais de interesse prtico soseccionalmente diferenciveis .

    Portanto, o Teorema de Fourier acima assegura que, para os sinais x(t) que forem

    aproximados pela srie de Fourier, quanto mais termos da srie (ou parcelas da soma)forem adicionados, melhor ser a aproximao.

    Ou seja, se chamarmos de xn(t) srie de Fourier com n termos, ento:

    )t(x)t(x n

    nos casos em que x(t) for um sinal contnuo no instante t; e

    [ ]2

    )0t(x)0t(x)t(x n

    + +++

    nos casos em que x(t) no for um sinal contnuo no instante t.

    Exemplo 7.1:

    Considere o sinal x(t) dado abaixo (onda quadrada),definido num intervalo (de t = 1 at t = 1) ilus-trado na figura 7.4.

    Fig. 7.4 Sinal da onda quadrada emum perodo (de t = 1 at 1).

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    Repetindo-se (ou estendendo-se) este padro para a direita de t = 1 e para esquerda det = 1, obtemos um sinal peridico para t ( < t < ).

    Fig. 7.5 Sinal do Exemplo 7.1. Onda quadrada estendida para t ( < t < ).

    Agora x(t), sendo um sinal peridico t ( < t < ) j pode ser aproximado por umasrie de Fourier.

    De forma semelhante podemos estender qualquer outro sinal definido em um deter-minado intervalo finito e torn-lo peridico de forma a podermos aproxim-lo poruma srie de Fourier.

    Calculando-se agora os coeficientes de Fourier para o sinal da onda quadrada defi-nido acima temos, para a o primeiramente,

    0dt)1(dt)1(dt)t(xT2

    a1

    0

    0

    1T

    o =+==

    Como o perodo fundamental T = 2, ento

    =

    =T2

    o

    e portanto,

    ( )

    ( ) ( )

    ( )[ ] ( )[ ]( )

    ...2,1,k ,0

    tk sentk senk

    1

    dttk cos1dttk cos)1(

    dttk cos)t(xT2

    a

    10

    01

    1

    0

    0

    1

    1

    1k

    ==

    =+

    =

    =+=

    ==

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    Logo os a k s so todos iguais a zero k = 0, 1, 2,

    Quanto aos b k s, temos que:

    ( )

    ( ) ( )

    ( )[ ] ( )[ ]( )=+

    =

    =+=

    ==

    10

    01

    1

    0

    0

    1

    1

    1k

    tk costk cosk

    1

    dttk sen1dttk sen)1(

    dttk sen)t(xT2

    b

    e portanto,

    =mpark se,

    k 4

    park se,0

    b k

    Ou seja,

    =

    4b1 ,

    0b2 = ,

    =

    34

    b3 ,

    0b4 = ,

    =

    5

    4b5 ,

    0b6 = ,

    =

    74

    b7 ,

    0b8 = ,

    =

    9

    4b9 ,

    0b10 = ,

    =

    114

    b11 ,

    etc.

    Logo, esta uma srie de Fourier s de senos e os primeiros termos da srie so:

    ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ...t11sen11

    4t9sen

    94

    t7sen74

    t5sen54

    t3sen34

    tsen4

    )t(x

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    =

    As figuras 7.6 at 7.10 abaixo mostram esboos do sinal x(t) aproximado pela srie

    de Fourier.

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    Primeiramente na figura 7.6, com apenas um termo (isto , apenas k = 1), quando x(t) simplesmente o seno

    x(t) = b 1 sen( t) = (4/ ) sen( t)

    Fig. 7.6 Sinal onda quadrada. Aproximao por srie deFourier com apenas um termo (k = 1).

    Na figura 7.8 vemos que com 2 termos (os dois primeiros termos no nulos, at k = 3,pois b 2 = 0) temos a soma de 2 senos (e j nota-se 2 picos no sinal aproximado pelasrie):

    x(t) = b 1 sen( t) + b 3 sen( t)

    Fig. 7.7 Sinal onda quadrada. Aproximao por srie deFourier com apenas dois termos (k = 1 e 3).

    Depois, na figura 7.8, com 3 termos (os trs primeiros termos no nulos, at k = 5,pois b 2 = 0 e b 4 = 0) temos a soma de 3 senos (e agora j nota-se 3 picos no sinalaproximado pela srie):

    x(t) = b 1 sen( t) + b 3 sen( t) + b 5 sen( t)

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    Fig. 7.8 Sinal onda quadrada. Aproximao por srie de

    Fourier com apenas trs termos (k = 1, 3 e 5).

    e assim por diante.

    As duas ltimas figuras (figuras 7.9 e 7.10) ilustram esta srie at k = 11 (6 termos

    no nulos) e at k = 49 (25 termos no nulos), respectivamente.

    Fig. 7.9 Sinal onda quadrada. Aproximao por srie deFourier com seis termos (k = 1, 3, 5, 7, 9 e 11).

    Fig. 7.10 Sinal onda quadrada. Aproximao por srie deFourier com 25 termos (k = 1, 3, ..., 49).

    Nota-se nitidamente que o sinal x(t) aproximado pela srie de Fourier vai se tornandocada vez mais prximo do original, a onda quadrada.

    Nos pontos t onde x(t) um sinal contnuo esta srie de Fourier converge para o pr-prio valor de x(t).

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    Por exemplo, para t = 0,5, sabemos que x(0,5) = 1. Pela srie de Fourier,

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ...5,4sen94

    5,3sen74

    5,2sen54

    5,1sen34

    5,0sen4

    )5,0(x +

    +

    +

    +

    +

    =

    1,6977

    0,8488

    1,1035

    0,9216

    1,0631

    que de facto converge para 1.

    Por outro lado, nos pontos t onde x(t) apresenta uma descontinuidade, esta srie deFourier converge para o valor mdio de x(t), entre o imediatamente antes e o imedia-tamente depois de t.

    Por exemplo, para t = 0 -, sabemos que x(0 -) = 1, e t = 0 -, e que x(0 +) = 1. Logo, oponto mdio :

    02

    112

    )0(x)0(x=

    +=

    + +

    Pela srie de Fourier,

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    00000

    ...0sen94

    0sen74

    0sen54

    0sen34

    0sen4

    )0(x

    ++++=

    =+

    +

    +

    +

    +

    =

    que de facto converge para 0.

    Mais adiante, nas Propriedades da Srie de Fourier , veremos que:

    Se x(t) um sinal par , ento a srie de Fourier para x(t) uma srie de co-senos .

    Se x(t) um sinal mpar , ento a srie de Fourier para x(t) uma srie de senos .

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    Isto pode ser visto pelas propriedades dos sinais pares e mpares . Recorde-se que,

    - A soma de 2 sinais pares um sinal par .

    - A soma de 2 sinais mpares um sinal mpar .

    - O produto de 2 sinais pares um sinal par .

    - O produto de 2 sinais mpares um sinal par .

    Logo, se x(t) um sinal par , ento os coeficientes b k da srie de Fourier para x(t) sotodos iguais a zero:

    ...,3,2,1k ,0dttk T2

    sen)t(xT2

    bT

    k ==

    =

    e portanto, a srie de Fourier uma srie de co-senos .

    Mas se x(t) um sinal mpar , ento os coeficientes a k da srie de Fourier para x(t) sotodos iguais a zero (incluindo a o):

    ...,3,2,1,0k ,0dttk T2

    cos)t(xT2

    aT

    k ==

    =

    e portanto, a srie de Fourier uma srie de senos .

    De facto, no Exemplo 7.1 acima, como x(t) era um sinal par , ento os a k s eram todosiguais a zero k = 0, 1, 2, , e a srie de Fourier era uma srie de senos .

    7.4 Uma interpretao da Srie de Fourier

    A srie de Fourier pode ser interpretada como uma forma de expressar um sinalx(t), em um espao de sinais.

    Recorde-se um vector v no espao R n representado como a soma

    nn2211 eeev +++= L

    onde e 1, e2, e n, so os vectores

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    ===

    1

    0

    0

    e,

    0

    1

    0

    e,

    0

    0

    1

    e n21 ML

    MM

    ou seja, { }n21 e,e,e L , os chamados vectores cannicos e formam uma base do R n;e 1, 2, n, so os coeficientes do vector v nesta base { }n21 e,e,e L .

    Da mesma forma, um sinal x(t) pode ser representado semelhantemente na forma daeq. (7.1) como a soma infinita de senos e co-senos.

    Note que aqui o espao no mais o espao de vectores ( R n, que tem dimenso n ) mas sim um espao de sinais, que ter dimenso infinita. A base do espao no sermais formada pelos vectores e 1, e2, e n , mas agora pelos sinais senos e co-senos

    tk

    T2

    cos e

    tk

    T2

    sen

    definidos nas equaes de anlise eq. (7.2) e eq. (7.3). Alm disso, os coeficientes

    que representam o sinal x(t) nesta base no sero mais 1, 2, n, mas agora seroosak e b k .

    Em outras palavras, estes senos e co-senos formam uma base infinita de sinais.

    Claro que a expresso da eq. (7.1) definida apenas para sinais peridicos, Entretanto, j vimos no exemplo 7.1 que um sinal x(t) que seja definido em um intervalo finitoqualquer pode ser estendido para ambos os lados deste intervalo, tornando-se assimperidico e desta forma pode ser descrito tambm na forma da eq. (7.1). As figuras7.4 e 7.5 ilustravam isto.

    Outro detalhe: no espao R n os prprios vectores da base e 1, e 2, e n eram repre-sentados (de forma nica) como

    ni21i e0e1e0e0

    0

    1

    0

    e +++++== LLM

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    ou seja, com coeficientes

    1 = 0, 2 = 0, , i = 1, n = 0

    isto ,

    { } { }0,,1,,0,0,,,,, ni21 LLLL = .

    Aqui tambm temos que os sinais senos e co-senos da base so representados (deforma nica) como

    =

    +

    +=

    1k

    k k 0 tk

    T2

    senbtk T2

    cosa2

    at

    T2

    cos l

    onde todos os a k e b k sero todos iguais a zero excepto o valor de a k para k = l , ouseja:

    ak = 0, b k = 0, excepto a l = 1

    e, alm disso

    =

    +

    +=

    1k

    k k 0 tk

    T2

    senbtk T2

    cosa2

    at

    T2

    sen l

    onde todos os a k e b k sero todos iguais a zero excepto o valor de b k para k = l , ouseja:

    ak = 0, b k = 0, excepto b l = 1.

    Isto ocorria porque o produto escalar entre 2 vectores e m e e n, que pertenam base,

    < e m , e n > = 0 , se m n,

    < e m , e n > = 1 , se m = n,

    onde o produto escalar entre 2 vectores no espao R n era definido como

    nn2211v,v +++=>< L

    sendo 1, 2, n os coeficientes de v e n21 ,,, L os coeficientes de v .

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    Devido a esta propriedade, dizemos que os vectores e 1, e 2, e n da base so ortogo-nais entre si.

    Aqui, neste espao de sinais cuja base formada por senos e co-senos , o produtoescalar entre 2 sinais pode ser definido como:

    LLLL +++++=>< k k 11k k oo bbbbaaaa)t(x),t(x

    onde a o, a 1, , a k , , b 1, , b k so os coeficientes de x(t) na srie de Fourier e

    k 1ok 1o b,,b,b,,a,,a,a LLL os coeficientes de )t(x na srie de Fourier. Destaforma pode-se verificar que

    ,nmse,0tnT2cos,tm

    T2cos => <

    ,nmse,1tnT2

    cos,tmT2

    cos ==>

    <

    e,nmse,0tnT2

    sen,tmT2

    sen =>

    <

    .nmse,1tnT2

    sen,tmT2

    sen ==>

    <

    ou seja, aqui os sinais da base tambm so ortogonais entre si. Isso se verifica obser-vando-se as equaes de anlise eq. (7.2) e eq. (7.3) e devido ao facto que

    nmse,0dttnT2costm

    T2cos

    T

    =

    nmse,0dttnT2

    sentmT2

    senT

    =

    e

    nmse,2T

    dttnT2

    costmT2

    cosT

    ==

    nmse,2Tdttn

    T2sentm

    T2sen

    T

    ==

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    um resultado bastante conhecido em matemtica, da teoria do Clculo. Isto , asintegrais de senos e/ou co-senos de frequncia diferentes multiplicados entre si sonulas. Os senos e co-senos so ortogonais .

    Fig. 7.11 Projeces de um vector v R 2 nos seus 2 eixos ( esquerda) e v R 3 nos seus 3 eixos ( direita).

    Uma propriedade importante verificada nos vectores no espao R n era que o produtoescalar entre v e um elemento e k da base era o prprio coeficiente k , ou seja,

    < v , e k > = k

    De certa forma isto significava que os k eram as projeces dos vectores do Rn nos

    seus diversos eixos, conforme ilustra a figura 7.11 para o R 2 e R 3.

    Aqui no espao de funes tambm verifica-se que

    k atk T2

    cos,)t(x =>

    < e k btk T

    2sen,)t(x =>

    <

    o que tambm pode ser interpretado que os a k e os b k so uma espcie de projecodo sinal x(t) nos diversos sinais senos e co-senos componentes da base.

    7.5 Srie exponencial de Fourier para sinais contnuos

    Nesta seco estudaremos a srie exponencial de Fourier tambm chamada desrie complexa de Fourier .

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    Se o sinal x(t) R , ento a srie exponencial de Fourier a mesma que a srie trigo-nomtrica escrita de uma forma diferente, em termos de exponenciais do tipo

    to je

    em vez de em termos de senos e co-senos.

    Entretanto, considere agora

    um sinal peridico contnuo x(t) C = {conjunto dos nmeros complexos }

    ou seja, o sinal x(t) tem valores complexos, com parte real e parte imaginria . Asrie exponencial de Fourier permite-nos aproximar x(t), o que no era possvel coma srie trigonomtrica.

    Na srie exponencial (ou complexa ) de Fourier um sinal peridico x(t) pode serexpresso como:

    =

    =

    =

    ==

    k k

    k k

    tk o j

    tk T2 j

    c

    c)t(x

    e

    e

    eq. (7.4)

    onde:T = perodo fundamental do sinal x(t).

    o = frequncia fundamental do sinal x(t).e

    =

    ==

    T

    tk j

    T

    tk

    T

    2 j

    k

    dte)t(xT1

    dte)t(xT1

    c

    ok = 0, 1, 2, eq. (7.5)

    Portanto, a srie exponencial (ou complexa ) de Fourier generaliza a srie trigonom-trica de Fourier e tem tambm a vantagem de ser mais compacta.

    Os c k s so chamados de coeficientes da srie exponencial de Fourier ou coeficientesespectrais.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    19/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    19

    Semelhantemente srie trigonomtrica, a equao eq. (7.4) acima conhecida comoa

    equao de sntese

    enquanto que a equao eq. (7.5) conhecida como a

    equao de anlise

    da srie exponencial (ou complexa ) de Fourier .

    Exemplo 7.2:

    Tomemos novamente a onda quadrada x(t) emum perodo (de t = 1 at t = 1) ilustrada nafigura 7.12.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    20/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    20

    ( )

    ( ) ( ) =+=

    ==

    1

    0

    tk j0

    1

    tk j

    1

    1

    tk jk

    dt1

    2

    1dt)1(

    2

    1

    dt)t(xT1

    c

    ee

    e

    ...2,1,,0k =

    Fazendo-se as integrais, obtemos:

    ( )[ ]( ) ( )[ ]( )

    ( ) ( )

    =+

    =

    =+

    =

    k jk jk jk j

    1

    0tk j0

    1tk j

    k

    2 jk 2

    111

    jk 21

    jk )1(

    21

    jk 1

    21

    c

    eeee

    ee

    Agora, usando-se as equaes de Eler temos que:

    [ ]

    ( )

    ( ))k cos(1k j

    )k cos(12 jk 2

    1

    )k (sen j)k cos()k (sen j)k cos(2 jk 2

    1c k

    =

    =

    =

    +

    =

    e portanto,

    =

    =

    =...,5,3,1k se, j

    k 2

    ...,4,2,0k se,0

    c k

    Logo,

    [ ]

    =

    =

    =

    +

    =

    =

    =

    ==

    ...,5,3,1k

    ...,5,3,1k

    tk j

    k

    tk jk

    )tk (sen j)tk (cos jk 2

    jk 2

    c)t(x o

    e

    e

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    21

    e, desmembrando-se a soma ...,5,3,1k = em duas de ...,5,3,1k = , como o seno mpar [sen (k t) = sen (k t), k ] e o co-seno par [cos (k t) = cos(k t) , k ],temos:

    =

    =

    =

    =

    +

    +

    +

    +

    =

    ...,5,3,1k ...,5,3,1k

    ...,5,3,1k ...,5,3,1k

    )tk (sen jk j2

    )tk (cosk j2

    )tk (sen jk j2

    )tk (cosk j2

    )t(x

    e portanto os dois termos com co-senos se cancelam um ao outro, enquanto que osdois termos com senos so idnticos, logo podem se juntar ficando:

    =

    =

    =

    =

    =

    ...,5,3,1k

    ...,5,3,1k

    )tk (senk

    4

    )tk (sen jk j22)t(x

    que o mesmo resultado obtido no Exemplo 1 com a srie trigonomtrica de Fourier,

    ou seja:( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ...t11sen11

    4t9sen

    94

    t7sen74

    t5sen54

    t3sen34

    tsen4

    )t(x

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    =

    Isso acontece porque as sries trigonomtricas e complexa (ou exponencial ) de Fou-rier so equivalentes, um resultado que vamos ver a seguir na prxima seco.

    7.6 Equivalncia das sries trigonomtrica e exponencial de Fourier

    Se o sinal x(t) for de valores reais, ento existe uma relao entre a srie trigonom-

    trica e a srie complexa (ou exponencial ) de Fourier . Pode-se facilmente mostrarque:

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    22

    2b ja

    c k k k

    = para k = 0, 1, 2, eq. (7.6)

    e

    2b ja

    ck k

    k

    += para k = 1, 2, eq. (7.7)

    Embora o coeficiente b o no exista, pois no foi definido, na eq. (7.6) assume-se que0bo = . Portanto, o coeficiente c o pode ser expresso como:

    2

    ac oo = . eq. (7.8)

    Note tambm que enquanto os coeficientes a k s e b k s so definidos nas eq. (7.2) eeq. (7.3) apenas para k = 0, 1, 2, , os coeficientes c k s so definidos nas eq. (7.6) eeq. (7.7) para k = 0, 1, 2,

    Observe tambm que a eq. (7. 7) equivalentes a:

    2b ja

    c k k k += para k = 1, 2, eq. (7.9)

    Sabemos, pelas eq. (7.2) e eq. (7.3) da srie trigonomtrica de Fourier, que noexiste a k s ou b k s para k negativos, entretanto a -k e b -k esto bem definidos naeq. (7.9) pois nesta equao k = 1, 2, e portanto os ndices de a -k e b -k sero sem-pre positivos. Por exemplo:

    a-k para k = 2 ser o a 2,

    ou

    b-k para k = 5 ser o b 5.

    Os termos c k para k positivos so os conjugados de c k para k negativos, e vice-versa,isto :

    ck = (c k )* , k = 0, 1, 2, 3,

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    23/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    23

    As equaes acima permitem que se transforme uma srie trigonomtrica em umasrie exponencial .

    O inverso, ou seja, as equaes que permitem transformar uma srie exponencial em

    uma srie trigonomtrica so as seguintes:

    oo c2a = eq. (7.10)

    )cc(a k k k += para k = 1, 2, eq. (7.11)e

    )cc( jb k k k = para k = 1, 2, eq. (7.12)

    Com as relaes acima fcil de se mostrar que, quando x(t) um sinal real, ento:

    ( ) ( )[ ]

    =

    =

    =

    =

    ++=

    =

    +

    +=

    ==

    1k ok ok

    0

    1k k k

    0

    k

    tk jk

    k

    tk T

    2 j

    k

    tk senbtk cosa2a

    tk T2

    senbtk T2

    cosa2a

    cc)t(x oee

    ou seja, as duas sries de Fourier, trigonomtrica e exponencial , so equivalentes.

    7.7 Propriedades das sries de Fourier para sinais contnuos

    Linearidade :

    Suponha que

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    24

    x1(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    x2(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    e que

    )t(x)t(x)t(y 21 +=

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T ,

    ou seja,

    y(t) tem frequncia fundamental T2

    o= ,

    e coeficientes de Fourier

    k k k ccc +=

    Translao no tempo ( time shifting ): Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k e que

    )tt(x)t(y o= ou seja,

    y(t) o sinal x(t) com uma translao ( shift ) no tempo de t o.

    Ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T ,ou seja,

    y(t) tem frequncia fundamentalT2

    o= ,

    e coeficientes de Fourier

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    25

    k

    k k

    c

    cc~

    otT2

    k j

    tok j o

    =

    ==

    e

    e

    Nota:

    Como = ,1 je , tem-se que:

    k k cc~ =

    Sinal reflectido / reverso no tempo ( time reversal ) em torno de t = 0 :

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k

    e que

    )t(x)t(y = ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T ,ou seja

    y(t) tem frequncia fundamentalT

    2o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k cc =

    Nota:

    Como consequncia desta propriedade pode-se concluir que:

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    26/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    26

    Se x(t) um sinal par os coeficientes de Fourier c k so, eles prprios, pares ; i.e.,

    k k cc =

    Se x(t) um sinal mpar os coeficientes de Fourier c k so, eles prprios, mpares ;i.e.,

    k k cc =

    Escalonamento no tempo ( time scaling ):

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k

    (portanto x(t) tem frequncia fundamentalT2

    o

    = )

    e que)t(x)t(y =

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodoT

    ,

    ou seja

    y(t) tem frequncia fundamentalT

    2T o

    ==)

    e, alm disso,

    tT

    2k j

    tok j

    k k

    k k

    c

    c)t(y

    =

    =

    =

    ==

    e

    e

    Note que a srie de Fourier muda por causa da mudana da frequncia fundamental (e do perodo ). Entretanto os coeficientes c k no mudam.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    27/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    27

    Multiplicao:

    Suponha que

    x1(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    x2(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    e que)t(x)t(x)t(y 21 =

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamental T

    2o

    =

    ,

    e coeficientes de Fourier

    [ ] [ ]k ck c

    ccc ik i

    ik

    =

    ==

    =

    Ou seja, c k a convoluo entre os sinais discretos [ ]k cck = e [ ]k cck = .

    L+++++=

    ==

    ++

    =

    2k 22k 21k 11k 1k o

    ik ij

    ik

    cccccccccc

    ccc

    Conjugao:

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier ck

    e que

    )t(x)t(y =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    28/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    28

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamentalT2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    = k k cc

    Nota:Como consequncia desta propriedade pode-se concluir que:

    Se x(t) R , ento

    os coeficientes de Fourier

    = k k cc ;

    co R ;e

    k k cc = .

    Alm disso, as relaes acima permitem mais uma vez concluir que:

    Se x(t) R um sinal par

    os coeficientes de Fourier = k k cc ; e

    k k cc = (os coeficientes de Fourier so eles prprios pares ).

    Se )t(x R um sinal mpar

    os coeficientes de Fourier k c so imaginrios puros, 0c o = e

    k k cc = (os coeficientes de Fourier so eles prprios mpares ).

    Translao na frequncia ( frequency shifting ):

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier ck

    e, para um m inteiro, constante, considere agora os coeficientes

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    29/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    29

    mk k cc =

    ou seja,

    k c so os coeficientes c k desfasados de m.

    Ento, mostra-se que o sinal:

    )t(x)t(y to jm = e

    tem os coeficientes de Fourier kc

    Nota :

    Esta propriedade dual da translao no tempo ( time shifting ). Agora a translao(shift ) foi aplicada aos c k e no no tempo t.

    Outro detalhe, como = ,1 je , ento:

    k k cc = k = 0, 1, 2,

    Convoluo no perodo:

    Suponha que

    x1(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    x2(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier k c

    e que y(t) a convoluo (tomada no perodo T):

    ==

    T21

    21

    d)(x)t(x

    )t(x)t(x)t(y

    Ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamentalT2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k k ccTc~~ =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    30/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    30

    Derivada:

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k

    e que

    dtdx

    )t(y =

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamentalT2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k ok cT2

    k jck jc

    ==

    Nota :

    Para o caso de derivadas de ordem 2 ou mais, pode-se aplicar esta regra sucessivasvezes. Por exemplo, no caso da segunda derivada , se

    2

    2

    dtxd

    )t(y =

    os coeficientes de Fourier de y(t) so

    k

    22

    k 22

    k 222

    k ok cT2

    k ck ck jck jcoo

    ==== .

    Integral:

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k

    e que

    =t

    dt)t(x)t(y

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    31

    ento, mostra-se que:

    y(t) tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamentalT2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k o

    k c

    T2

    k j

    1c

    k j1

    c

    =

    =(

    Nota :

    No caso de c o = 0, esta propriedade s vlida para sinais x(t) peridicos e com valo-

    res finitos.

    Para o caso de integrais duplas, triplas, etc., pode-se aplicar esta regra sucessivasvezes.

    Relao de Parseval:

    Suponha que

    x(t) um sinal com perodo T e tem coeficientes de Fourier c k

    ento, mostra-se que a potncia mdia do sinal no intervalo de um perodo T:

    =

    =

    ==

    k

    2

    k

    T

    2

    c

    dt)t(xT1

    P

    7.8 Srie exponencial de Fourier para sinais discretos

    J vimos, no captulo 4 (sobre Sistemas), que um sinal discreto peridico se

    [ ] [ ]Nnxnx +=

    onde N o perodo. Alm disso, vimos que

    N = perodo fundamental

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    32/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    32

    se N for o menor inteiro para o qual a relao acima satisfaz. E neste caso:

    N2

    o

    = = frequncia fundamental.

    O conjunto de todos os sinais discretos no tempo do tipo exponenciais complexos queso peridicos (com perodo N) dado por

    [ ]n

    N2 jk

    no jk nk

    == ee , k = 0, 1, 2, eq. (7.13)

    e todos estes sinais tm frequncia fundamental que so mltiplas de

    N2

    e portanto so harmonicamente relacionados.

    Existem apenas N sinais distintos no conjunto de funes k [n] definido pelaeq. (7.13) acima.

    Isto uma consequncia do facto de que sinais discretos no tempo do tipo exponen-

    ciais complexas que diferem na frequncia por um mltiplo de 2 so idnticos.Ou seja, aps N consecutivos, estes termos comeam a repetir-se.

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    [ ] [ ]

    MM

    MM

    nn

    nn

    nn

    nn

    Nk k

    2N2

    1N1

    No

    +

    +

    +

    =

    =

    =

    =

    Esta situao diferente do caso contnuo pois os coeficientes que aparecem na equa-o de sntese da srie de Fourier para sinais contnuos:

    tT2k jtok j)t(k

    == ee k = 0, 1, 2, ,

    so todos diferentes uns dos outros.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

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    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    33

    Portanto, a srie de Fourier para sinais discretos ter apenas N termos, para N conse-cutivos valores de k,

    de l=k at 1Nk += l .

    e, semelhantemente, apenas N coeficientes c k .

    Logo, a srie de Fourier para sinais discretos tem a expresso:

    +

    +=

    +

    +=

    =

    ==

    )1N(

    ),1(,k k

    )1N(

    ),1(,k k

    nok j

    nN2k j

    c

    c[n]x

    l

    Kll

    l

    Kll

    e

    e

    eq. (7.14)

    onde, conforme j dito,

    N = perodo fundamental do sinal x[n].

    o = frequncia fundamental do sinal x[n].

    A equao eq. (7.14) acima conhecida como a

    equao de sntese

    da srie de Fourier discreta.

    J os coeficientes c k s no caso discreto so definidos por

    [ ]

    [ ]

    +

    +=

    +

    +=

    =

    ==

    )1N(

    ),1(,n

    )1N(

    ),1(,nk

    nN2k j

    nok j

    nxN1

    nxN1c

    l

    Kll

    l

    Kll

    e

    e

    k = 0, 1, 2, eq. (7.15)

    Os c k s so chamados de coeficientes da srie Fourier discreta ou coeficientesespectrais .

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    34/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    34

    A equao eq. (7.15) conhecida como as

    equao de anlise

    da srie de Fourier discreta.

    Exemplo 7.3:

    Considere a seguinte onda quadrada x[n] discreta no tempo ilustrada na figura 7.13:

    Fig. 7.13 Onda quadrada discreta de perodo N. Sinal do Exemplo 7.3.

    = somaodeintervalononoutros,0

    1Nn1Nse,1

    [n]x

    Neste caso os coeficientes espectrais c k ficam:

    =

    =

    1

    1

    N

    Nnk

    nN2k j

    N1

    c e eq. (7.16)

    Se L2N,N,0,k = o somatrio desta expresso de c k acima fica

    )1N2(1 1N

    Nn

    N

    Nn

    1

    1

    1

    1

    2n j +== ==

    e

    e portanto, a expresso de c k da eq. (7.16) acima facilmente expressa como:

    N1N2

    c 1k +

    = , L2N,N,0,k =

    Entretanto, para L2N,N,0,k definimos

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    35/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    35

    m = n + N 1

    e ento, fazemos uma mudana de ndice no somatrio, ficando

    =

    =

    =

    ==

    1

    1

    N2

    0m

    N2

    0mk

    mN2k j1NN

    2k j

    )1

    Nm(N

    2k j

    N1

    N1c

    ee

    e

    .

    Agora, usando a frmula da soma finita dos elementos de uma progresso geomtrica, j vista no captulo 6, eq. (6.3):

    LL

    LL

    ,qaa,qaa,qaa

    :a::a:a:a

    1k k 2312

    k 321

    ===

    que dada por:

    )q1(

    )q1(aaS

    n1

    n

    1k k

    == =

    pode-se substituir o somatrio da expresso dos c k acima, uma vez que uma somafinita de uma progresso geomtrica com

    ( )

    =+== N2

    k j

    11 q,e1N2n,1a e

    obtendo-se:

    =

    +

    N

    2k j

    )1N2(N

    2k j

    NN2

    k j

    k

    1

    1N1

    c1

    e

    ee

    para L2N,N,0,k

    que, aps multiplicao dos termos, pode facilmente ser expresso como

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    36/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    36

    =

    ++

    N22

    N2k j

    N22

    N2k j

    N2k j

    21

    1NN2k j

    21

    1NN2k j

    N22k j

    N1

    c k

    eee

    eee

    para L2N,N,0,k

    e, usando Eler, obtemos que

    +

    =

    Nk

    sen

    2

    1Nk

    N

    2sen

    N1c

    1

    k , para L2N,N,0,k

    Desta forma temos ento todos os coeficientes espectrais c k da onda quadrada discretadeste exemplo.

    Resumindo:

    =+

    +

    =

    L

    L

    2N,N,0,k se,N

    1N2

    2N,N,0,k se,

    Nk

    sen

    21

    Nk N2

    sen

    N1

    c

    1

    1

    k

    Para o caso particular de N = 9 e N 1 = 2, temos que:

    (2N 1 +1) = 5

    que representa o nmero de pontos que assumem o valor 1 em cada perodo e conse-quentemente,

    N (2N 1 +1) = 9 5 = 4

    representa o nmero de pontos que igual a 0 (zero) em cada perodo.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    37/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    37

    O grfico deste x[n] pode ser visto na figura 7.14.

    Fig. 7.14 Sinal onda quadrada discreta. Caso particular N = 9 e N 1 = 2.

    e os coeficientes c k calculados pela expresso acima so:

    3199,0c

    5556,0c

    3199,0c

    0591,0c

    1111,0c

    0725,0c

    1

    o

    1

    2

    3

    4

    ==

    =

    =

    =

    =

    M

    3199,0c

    0591,0c

    1111,0c

    0725,0c

    0725,0c

    1111,0c

    0591,0c

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    ==

    =

    =

    =

    =

    =

    M

    0725,0c

    0725,0c

    1111,0c

    0591,0c

    3199,0c

    5556,0c

    14

    13

    12

    11

    10

    9

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    Observe que a cada N coeficientes eles se repetem. Isto , a cada 9 c k eles voltam aser os mesmos valores.

    M

    L

    L

    L

    L

    LL

    L

    M

    0591,0ccc3199,0ccc5556,0ccc3199,0ccc

    0591,0ccc1111,0ccc

    0725,0ccc

    20112

    19101

    189o

    1781

    1672

    1563

    1454

    ================

    ========

    ====

    e assim por diante.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    38/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    38

    Agora, com os valores dos coeficientes c k , podemos escrever a srie de Fourier,eq. (7.14).

    Ao contrrio do caso contnuo, em que tnhamos que acrescentar mais e mais termospara obter uma aproximao melhor, aqui no caso discreto possvel uma aproxima-

    o exacta com N = 9 termos consecutivos:

    +

    +=

    =)8(

    ),1(,k k

    n9

    2k jc[n]x

    l

    Kll

    e

    Por exemplo, se tomarmos primeiramente apenas 3 termos consecutivos, k = 1, 0 e 1,teremos

    =

    =1

    1k k 3

    n9

    2k jc[n]x e

    que nos d uma primeira aproximao, ainda muito grosseira, do sinal x[n], comopode-se ver no grfico de [ ]nx 3 na figura 7.15 abaixo.

    Fig. 7.15 Sinal onda quadrada discreta. Caso particular N = 9 e N 1 = 2. Aproxima-o por srie de Fourier com apenas 3 termos.

    Se entretanto tomarmos 5 termos consecutivos, k = 2, 1, 0, 1 e 2, teremos ento

    =

    =2

    2k k 5

    n9

    2k jc[n]x e

    que nos d uma aproximao um pouco melhor, mas ainda longe de perfeita, do sinalx[n], como pode-se ver no grfico de [ ]nx 5 na figura 7.16 abaixo.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    39/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    39

    Fig. 7.16 Sinal onda quadrada discreta. Caso particular N = 9 e N 1 = 2. Aproxima-

    o por srie de Fourier com apenas 5 termos.

    Se agora tomarmos 7 termos consecutivos, k = 3, 2, 1, 0, 1, 2 e 3, teremos ento

    =

    =3

    3k k 7

    n9

    2k jc[n]x e

    que j nos d uma aproximao bem melhor, mas ainda no perfeita, do sinal x[n],como pode-se ver no grfico de [ ]nx 7 na figura 7.17 abaixo.

    Fig. 7.17 Sinal onda quadrada discreta. Caso particular N = 9 e N 1 = 2. Aproxima-o por srie de Fourier com 7 termos.

    Finalmente, se agora tomarmos 9 termos consecutivos, k = 4, 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3 e4, teremos ento

    =

    ==4

    4k k 9

    n9

    2k jc[n]x[n]x e

    que nos d a aproximao perfeita, ou exacta do sinal x[n] pois N = 9. Ou seja,

    [n]x[n]x 9 =

    O grfico de [ ]nx 9 , que coincidente com x[n], pode ser visto na figura 7.18 abaixo.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    40/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    40

    Fig. 7.18 Sinal onda quadrada discreta. Caso particular N = 9 e N 1 = 2. Aproxima-

    o exacta por srie de Fourier com 9 termos.

    Exemplo 7.4:

    Considere agora o sinal sinusoidal discreto

    )n(sen[n]x o=

    Este sinal peridico quando:

    o

    2

    um inteiro ou a razo de inteiros.

    Suponha que

    N2

    o

    =

    logo,

    N2

    o

    =

    e x[n] ento um sinal peridico com perodo fundamental N.

    Usando-se a equao de Eler podemos expandir este sinal x[n] como a soma de 2termos exponenciais complexas, obtendo-se

    nN2 jn

    N2 j

    j21

    j21

    [n]x

    = ee

    e vemos ento que:

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    41/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    41

    =

    =

    =

    =

    =

    .,0c

    j

    2

    1

    j2

    1c

    j21

    j21

    c

    somaodeintervalonok devaloresoutrosparak

    1

    1

    Por exemplo, no caso particular de

    N = 5

    ento

    = n5

    2sen[n]x

    e os coeficientes de Fourier sero:

    j21

    j21

    c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    0c

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    o

    1

    2

    3

    ==

    =

    =

    =

    =

    =

    ==

    =

    =

    =

    =

    =

    M

    e assim por diante.

    M

    j21

    j21

    c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    j21

    j21

    c

    0c

    0c

    16

    15

    14

    13

    12

    11

    10

    9

    8

    7

    ==

    =

    =

    =

    =

    =

    ==

    =

    =

    =

    =

    =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    42/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    42

    Ou seja, a cada 5 coeficientes c k , eles se repetem, i.e., voltam a ter os mesmos valores

    M

    LL

    L

    M

    j5,0ccc0ccc

    0ccc

    941

    832

    723

    ========

    ====

    M

    LL

    L

    M

    0ccc j5,0ccc

    0ccc

    1272

    1161

    105o

    ========

    ====

    e assim por diante.

    O intervalo de somao pode ser quaisquer 5 coeficientes c k consecutivos, como porexemplo:

    de -1k = at 3k = , oude 0k = at 4k = , ou

    de 1k = at 5k = , ou

    de 2k = at 7k = ,etc. etc.

    Se tomarmos apenas 3 termos consecutivos, como por exemplo: k = 1, 2 e 3, teremos

    =

    =3

    1k

    n5

    2k j

    k 3 c[n]x e

    que nos d uma aproximao do sinal x[n].

    Entretanto, se tomarmos 5 termos consecutivos, como por exemplo: k = 1, 2, 3, 4 e 5,teremos ento

    =

    =5

    1k

    n5

    2k j

    k 5 c[n]x e

    que nos d a aproximao exacta do sinal x[n] pois N = 5. Ou seja,

    == n5

    2sen[n]x[n]x 5 .

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    43/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    43

    Exemplo 7.5:

    Considere novamente o sinal sinusoidal discreto

    )n(sen[n]x o=

    mas agora suponha que

    inteiros2derazoMN2

    o

    ==

    onde N e M so 2 inteiros que no tm factores comuns.

    Logo,

    MN2o =

    Novamente x[n] um sinal peridico e com perodo fundamental N.

    Usando-se a equao de Eler podemos tambm expandir este sinal x[n] como asoma de 2 termos exponenciais complexas, obtendo-se:

    nN2M jn

    N2M j

    j2

    1

    j2

    1[n]x

    = ee

    e portanto,

    ==

    ==

    j21

    j21

    c

    j21

    j21

    c

    M

    M

    Alm disso, como Nk Nk cc + = (os c k s se repetem a cada N), ento:

    ( ) ( )tambmMMNMN c j21

    cc + ===

    e

    ( )tambmMMNMN c j21

    cc =

    == ++

    Entretanto,.,0c somaoervalo deintnoores de k outros valparak =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    44/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    44

    Exemplo 7.6:

    Neste exemplo anterior (Exemplo 7.5), se tomarmos o caso particular de

    N = 5 e M = 3,

    ento

    ( )n2,1senn5

    6senn

    52

    3sen[n]x =

    =

    =

    e os coeficientes de Fourier sero:

    0c

    0c

    j21

    c

    j21

    c

    0c

    0c

    0c

    j21

    c

    j21

    c

    0c

    o

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    M

    e assim por diante.

    Ou seja, a cada 5 coeficientes c k , eles se repetem, i.e., voltam a ter os mesmos valores

    0c

    0c

    j2

    1c

    j21

    c

    0c

    0c0c

    j21

    c

    j21

    c

    0c

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    =

    =

    =

    =

    =

    ==

    =

    =

    =

    M

    0c

    0c

    j21

    c

    j21

    c

    0c

    0c

    0c

    j21

    c

    j21

    c

    0c

    20

    19

    18

    17

    16

    15

    14

    13

    12

    11

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    45/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    45

    M

    L

    L

    L

    M

    j5,0cccc

    j5,0cccc0cccc

    8327

    7238

    6149

    =====

    ==========

    M

    L

    L

    L

    M

    0cccc

    0cccc0cccc

    11614

    105o5

    9416

    =====

    ==========

    e assim por diante.

    O intervalo de somao novamente pode ser quaisquer 5 coeficientes c k consecutivos,como por exemplo:

    de -1k = at 3k = , oude 0k = at 4k = , oude 1k = at 5k = ,

    etc. etc.

    Se tomarmos apenas 1, ou 2, ou 3, ou 4 termos consecutivos, teremos uma aproxima-o do sinal x[n]. Por exemplo: k = 1, 2 e 3,

    =

    =3

    1k k 3

    n5

    6k jc[n]x e

    Entretanto, se tomarmos 5 termos consecutivos, como por exemplo: k = 1, 2, 3, 4 e 5,teremos ento

    =

    =5

    1k k 5

    n5

    6k j

    c[n]x e

    que nos d a aproximao exacta do sinal x[n] pois N = 5. Ou seja,

    == n5

    6sen[n]x[n]x 5

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    46/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    46

    Exemplo 7.7:

    Novamente considerando o Exemplo 7.5, se tomarmos o caso particular de

    N = 7 e M = 3,

    ento

    ( ) ( )n6928,2senn8571,0senn7

    6senn

    72

    3sen[n]x ==

    =

    =

    e os coeficientes de Fourier sero:

    j21

    c

    0c

    0c

    0c

    0c

    0c

    j21

    c

    3

    2

    1

    0

    1

    2

    3

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    M

    j21

    c

    0c

    0c

    0c

    0c

    0c

    j21c

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    M

    j21

    c

    0c

    0c

    0c

    0c

    0c

    j2

    1c

    17

    16

    15

    14

    13

    12

    11

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    e assim por diante.

    Ou seja, a cada 7 coeficientes c k , eles se repetem, i.e., voltam a ter os mesmos valores

    M

    L

    L

    L

    L

    M

    ============

    ====

    0ccc0ccc0ccc

    j5,0ccc

    147o

    1361

    1252

    1143

    M

    L

    L

    L

    L

    M

    j5,0ccc0ccc0ccc0ccc

    17103

    1692

    1581

    147o

    ============

    e assim por diante.

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    47/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    47

    O intervalo de somao agora pode ser quaisquer 7 coeficientes c k consecutivos, co-mo por exemplo:

    de -1k = at 5k = , ou

    de 0k = at 6k = , oude 1k = at 7k = ,

    etc. etc.

    Se tomarmos apenas 1, ou 2, ou 3, ou 4 termos consecutivos, teremos uma aproxima-o do sinal x[n]. Por exemplo: k = 1, 2, 3, 4 e 5,

    =

    =5

    1k k 5

    n7

    6k j

    c[n]x e

    Entretanto, se tomarmos 7 termos consecutivos, como por exemplo:

    k = 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7,

    teremos ento

    =

    =7

    1k k 7

    n7

    6k j

    c[n]x e

    que nos d a aproximao exacta do sinal x[n] pois N = 7. Ou seja,

    == n7

    6sen[n]x[n]x 7 .

    7.9 Propriedades da Srie de Fourier para sinais discretos

    Linearidade :

    Suponha que

    x1[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c x2[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    48/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    48

    e que[ ] [ ] [ ]nxnxny 21 +=

    ento, mostra-se que:y[n] tem perodo N ,

    ou seja,y[n] tem frequncia fundamental

    N2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k k ccc +=

    Translao no tempo ( time shifting ):

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier c k

    e que[ ] [ ]onnxny =

    ou seja, y[n] o sinal x[n] com uma translao ( shift ) no tempo de n o.Ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo N ,ou seja,

    y[n] tem frequncia fundamentalN2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k

    k k

    c

    cc~

    onN2

    k j

    onok j

    =

    ==

    e

    e

    Nota :

    Como = ,1 je , tem-se que

    k k cc~ =

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    49/55

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    49

    Sinal reflectido / reverso no tempo ( time reversal ) em torno de n = 0 :

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    e que[ ] [ ]nxny =

    ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo N ,ou seja,

    y[n] tem frequncia fundamentalN

    2o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k cc =

    Nota:

    Como consequncia desta propriedade pode-se concluir, ( semelhantemente ao caso

    contnuo ), que:

    Se x[n] um sinal par os coeficientes de Fourier ck so, eles prprios, pares ; i.e.,

    k k cc =

    Se x[n] um sinal mpar os coeficientes de Fourier c k so eles prprios, mpares ;i.e.,

    k k cc = .

    Escalonamento no tempo ( time scaling ):

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    (portanto x[n] tem frequncia fundamentalN2

    o= )

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    50/55

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    50

    e que

    [ ] =mdemltiplononse,0

    mdemltiplonse,mn

    xny

    ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo Nm ,ou seja,

    y[n] tem frequncia fundamentalNm

    2m

    o

    =

    , e alm disso,

    [ ]

    +

    +=

    +

    +=

    =

    ==

    )1N(

    ),1(,k k

    )1N(

    ),1(,k k

    nNm

    2k j

    nm

    ok j

    c

    cny

    l

    Kll

    l

    Kll

    e

    e

    Note que a srie de Fourier muda por causa da mudana da frequncia fundamental (e

    do perodo). Entretanto os coeficientes ck no mudam.

    Multiplicao:

    Suponha que

    [ ]nx 1 um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c [ ]nx 2 um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c

    e que[ ] [ ] [ ]nxnxny 21 =

    ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo N , ou seja tem frequncia fundamentalN2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    51/55

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    51

    +

    +==

    )1N(

    ),1(, j jk jk ccc

    l

    Kllk = 0, 1, 2,

    Ou seja,

    etcetcetcetc

    )Nk (N3k 32k 21k 1

    )1Nk (1N2k 21k 1k o

    )1N(

    ),1(, j jk jk

    cccccccc

    cccccccc

    ccc

    MMMM

    L

    L

    l

    Kll

    +

    +

    +=

    ++++=

    ++++=

    ==

    Conjugao:

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    e que[ ] [ ]nxny =

    y[n] o conjugado de x[n] ; ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo N , ou seja tem frequncia fundamental N2o = ,

    e coeficientes de Fourier

    = k k cc

    Nota:

    Como consequncia desta propriedade pode-se concluir que:

    Se x[n] R , ento

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    52/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    52

    os coeficientes de Fourier = k k cc ;

    co R ;

    e

    k k cc = .

    Alm disso, as relaes acima permitem mais uma vez concluir que:

    Se x[n] R um sinal par

    os coeficientes de Fourier= k k cc ; e

    k k cc = (os coeficientes de Fourier so eles prprios pares ).

    Se x[n] R um sinal mpar

    os coeficientes de Fourier k c so imaginrios puros, 0c o = e

    k k cc = (os coeficientes de Fourier so eles prprios impares ).

    Translao na frequncia ( frequency shifting ):

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    e, para um m inteiro, constante, considere agora os coeficientes

    mk k cc = k = 0, 1, 2, ou seja,

    k c so os coeficientes c k desfasados de m.

    Ento, mostra-se que o sinal:

    [ ] [ ]nxny nom j = e

    tem os coeficientes de Fourier k c

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    53/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    53

    Nota :

    Esta propriedade dual da translao no tempo ( time shifting ). Agora a translao(shift ) foi aplicada aos c k e no no tempo t.

    Como = ,1 je , ento

    k k cc =

    Convoluo no perodo:

    Suponha que

    x1[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c

    x2[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier k c

    e que y[n] a convoluo (tomada no perodo N):

    [ ] [ ] [ ]

    [ ] [ ]+

    +==

    ==

    )1N(

    ),1(,k 21

    21

    k xk nx

    nxnxny

    l

    Kll

    Ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo N , ou seja tem frequncia fundamental N2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    k k k ccNc~~ =

    Primeira diferena:

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    e que

    [ ] [ ] [ ]1nxnxny = ento, mostra-se que:

  • 8/6/2019 An Sinais Cap7

    54/55

    J. A. M. Felippe de Souza 7 Sries de Fourier

    54

    y[n] tem perodo N , ou seja tem frequncia fundamentalN2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    ( ) k N2

    k j

    k k jk ce1ce1c o

    ==

    Nota :

    Esta propriedade corresponde, no caso discreto, propriedade para a derivada nocaso contnuo.

    Para o caso de diferenas de ordem 2 ou maior, pode-se aplicar esta regra sucessivasvezes. Por exemplo, no caso da segunda diferena , se

    [ ] [ ] [ ]2nxnxny =

    os coeficientes de Fourier de y(t) so

    ( ) k 2

    N2

    k j

    k

    2k jk ce1ce1c

    o

    ==

    .

    Soma acumulada:

    Suponha quex[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    e que

    [ ]=

    =n

    k

    k x)t(y

    ento, mostra-se que:

    y[n] tem perodo T , ou seja tem frequncia fundamental N2

    o

    = ,

    e coeficientes de Fourier

    ( )k

    N

    2k j

    k k jk c

    e1

    1c

    e1

    1c

    o

    =

    =

    (

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    55/55

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    Nota :

    No caso de c o = 0, esta propriedade s vlida para sinais x[n] peridicos e com va-lores finitos.

    Esta propriedade corresponde, no caso discreto, propriedade para a integral no casocontnuo.

    Para o caso de integrais duplas, triplas, etc., pode-se aplicar esta regra sucessivasvezes.

    Relao de Parseval:

    Suponha que

    x[n] um sinal com perodo N e tem coeficientes de Fourier ck

    ento, mostra-se que a potncia mdia do sinal no intervalo de um perodo N:

    [ ]

    +

    +=

    +

    +=

    =

    ==

    )1N(

    ),1(,k

    2k

    )1N(

    ),1(,n

    2

    c

    nxN1

    P

    l

    Kll

    l

    Kll