ANÁLISE DA SINISTRALIDADE PEDONAL EM PORTUGAL E O … · dos limites de velocidade e que o peão...
Transcript of ANÁLISE DA SINISTRALIDADE PEDONAL EM PORTUGAL E O … · dos limites de velocidade e que o peão...
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DA SINISTRALIDADE PEDONAL ANÁLISE DA SINISTRALIDADE PEDONAL EM PORTUGAL EM PORTUGAL
E O PAPEL DA VIA NA SUA REDUÇÃOE O PAPEL DA VIA NA SUA REDUÇÃO
JoãoJoão M. Pereira DiasM. Pereira [email protected]@dem.ist.utl.pt
HumbertoHumberto PaulaPaulaHumbertoJCPaula@yahoo.comwww.dem.ist.utl.ptwww.dem.ist.utl.pt/acidentes/acidentes
IDMEC – Instituto de Mecânica Instituto Superior Técnico
Universidade Técnica de Lisboa
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
RESUMO DA APRESENTAÇÃORESUMO DA APRESENTAÇÃO
Introdução. Portugal no contexto europeu.
1) Análise dos atropelamentos ocorridos em 2004.
2) A Investigação aprofundada de atropelamentos e a Reconstituição de acidentes.
3) Observação pedonal em Lisboa.
4) Inquéritos efectuados a peões.
5) Métodos de acalmia de tráfego.
Discussão e conclusões finais.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
A SINISTRALIDADE PEDONAL É UM DOS PROBLEMAS MAIS GRAVES NO CONJUNTO DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA.
É IMPORTANTE ANALISAR, INFORMAR E PROPOR MEDIDAS PREVENTIVAS PARA DIMINUIR O ELEVADO NÚMERO DE MORTES E FERIDOS.
A CONCEPÇÃO DOS VEÍCULOS A PENSAR NOS PEÕES TEM SENTIDO UM GRANDE PROGRESSO, MAS TEM UM LONGO CAMINHO A PERCORRER.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ACIDENTES EM PORTUGAL CONTINENTAL ACIDENTES EM PORTUGAL CONTINENTAL
Vítimas Mortais
Acidentes com vítimas
49807 1 800 000 (Cerca de 40 000 em Portugal)
Sinistralidade na Europa dos 25 (2002)
POR DIA, EM PORTUGAL, MORREM APROXIMADAMENTE 3.53.5PESSOAS, FICAM FERIDAS 1212 GRAVEMENTE e 145145 COM FERIMENTOS LIGEIROS.
Em Portugal morreram em 3 anos, em consequência de acidentes rodoviários, mais pessoas do que, nos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.
(*) Estat(*) Estatíísticas da DGV corrigidassticas da DGV corrigidas de acordo com critde acordo com critéérios internacionaisrios internacionais
5314441901295Total19.41033428.5119626.9349V. Duas rodas1.89741.7702.431V. Pesados
57.23038150.0209749.7644V. Ligeiros11.0584918.376618.0233Peões%%
FeridosFeridoslevesleves%%
FeridosFeridosgravesgraves%%
VVíítimastimasMortaisMortais (*)(*)
20042004
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Relativamente aos peões, Portugal tem apresentando nos últimos anos uma das mais elevadas taxas de sinistralidade da Europa.
PEÕES: PORTUGAL E A EUROPAPEÕES: PORTUGAL E A EUROPA
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEUPORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU
COMPARANDO 14 PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA, PORTUGAL FOI O PAÍS COM MAIOR NÚMERO DE ATROPELAMENTOS MORTAIS, POR MILHÃO DE HABITANTES, EM 2003, E A HOLANDA O MENOR.
MédiaNúmero de vítimas
mortais em atropelamentos por
milhão de habitantes
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
A HOLANDA COMO EXEMPLO A SEGUIRA HOLANDA COMO EXEMPLO A SEGUIR
CONCEPÇÃO DE VIAS A PENSAR NOS PEÕES E CICLISTAS, SEPARANDO OS DIFERENTES MODOS DE TRÁFEGO.
REDUÇÃO DO TRÁFEGO MOTORIZADO DENTRO DAS CIDADES.
COLOCAÇÃO DE BARREIRAS NO EIXO DA VIA QUE IMPEDEM A TRAVESSIA DE PEÕES.
ESTREITAMENTO DE VIAS URBANAS.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Projecto PARA (2004Projecto PARA (2004--2006)2006)
ANÁLISE DETALHADA DE TODOS OS ACIDENTES OCORRIDOS EM 2004 E...
INVESTIGAÇÃO APROFUNDADA E RECONSTITUIÇÃO DE ACIDENTES REAIS.
MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DA SINISTRALIDADE COM PEÕES
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004
LISBOA E PORTO COM MAIS VÍTIMAS, MAS TAMBÉM MAIS POPULOSOS
Número de vítimas População
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004
HORÁRIO MAIS CRÍTICO SITUOU-SE ENTRE AS 18h E AS 19h COM 743 VÍTIMAS NO ANO DE 2004
À NOITE, MENOS VÍTIMAS, MAS MAIOR TAXA DE MORTALIDADE, DEVIDO À VELOCIDADE
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004
OS ARRUAMENTOS DENTRO DE LOCALIDADES SÃO OS LOCAIS MAIS CRÍTICOS
NAS VIAS MAIS RÁPIDAS, A TAXA DE MORTALIDADE É SUPERIOR
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004
IDOSOS RESPONSÁVEIS POR QUASE 40% DAS VÍTIMAS MORTAIS E 35% DE FERIDOS GRAVES
EDUCAÇÃO E PENALIZAÇÃO SÃO ASPECTOS IMPORTANTES
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004ANÁLISE DOS ATROPELAMENTOS EM 2004
27,4% DAS VÍTIMAS FORAM ATROPELADAS EM PASSAGENS PARA PEÕES
DEVE SER MELHORADA A SINALIZAÇÃO E A FISCALIZAÇÃO NESTES LOCAIS
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
RECONSTITUIÇÃO DE ATROPELAMENTOSRECONSTITUIÇÃO DE ATROPELAMENTOS
VELOCIDADES ENVOLVIDAS
LOCAL DE EMBATE
VEÍCULO CIRCULAVA A 40km/hPEÃO PROJECTADO A CERCA DE 8 METROSFERIMENTOS FATAIS MORTE DO PEÃO
Probabilidade de Morte [%]
Velocidade de embate [km/h]
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
InvestigaçãoInvestigação aprofundadaaprofundada de de acidentesacidentesO condutor do veículo afirma que estava a circular dentro
dos limites de velocidade e que o peão atravessou fora da passadeira.
Peão faleceu.Não existem testemunhas.
� Veículo estava a circular acima dos limites de velocidade impostos. � Peão estava a atravessar na passadeira. � Se o veículo estivesse a cumprir os limites a morte não teria ocorrido !
� Os resultados das simulações foram correlacionados com as lesões descritas na autópsia.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Joints, Forces
-4000
-3000
-2000
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3Time (s)
Forc
e (N
)Fx (Femur left-lower leg left) N
Fy (Femur left-lower leg left) N
Fz (Femur left-lower leg left) N
65 J 9: Fx (Femur right-lower leg right) NFy (Femur right-lower leg right) N
Fz (Femur right-lower leg right) NForças, aceleração e outros parâmetros biomecânicos pode ser calculados e comparados com as lesões descritas em autópsias e relatórios médicos de modo a estimar-se com maior rigor a velocidade de impacto.
� Condutor afirma que pião estava a atravessar da direita para a esquerda do veículo !
CASOSCASOS REAISREAIS: : Atropelamento em passadeiraAtropelamento em passadeira
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTESINVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
Vedp.exe
Desenvolvimento de software para os primeiros estágios da investigação de acidentes rodoviários.
Vrt
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
OBSERVAÇÃO PEDONAL EM LISBOAOBSERVAÇÃO PEDONAL EM LISBOA
100 %100 %18 %18 %32 %32 %50 %50 %% total
25625645458383128128peões por hora
TotalDeslocados
dapassadeira
Semáforoverde
Semáforovermelho
OBSERVAÇÃO DE PEÕES EM LISBOA:Av. 24 de Julho ( Largo de Santos )
DESRESPEITO PELA SINALIZAÇÃOFALTA DE FISCALIZAÇÃO
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
OBSERVAÇÃO PEDONAL EM LISBOAOBSERVAÇÃO PEDONAL EM LISBOA
100%100%7%7%35%35%58%58%% total
6606604949229229382382peões por hora
TotalDeslocados
dapassadeira
Semáforoverde
Semáforovermelho
OBSERVAÇÃO DE PEÕES EM LISBOA:Av. Almirante Reis ( Alameda )
DESRESPEITO PELA SINALIZAÇÃOCOLOCAÇÃO DE REDE NO EIXO DA VIA
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
INQUÉRITOS EFECTUADOS A PEÕESINQUÉRITOS EFECTUADOS A PEÕES
89% tem a consciência que os limites de velocidade não são cumpridos.
62% culpa os condutores pelos acidentes.72% consideraram perigosa a via na qual
transitavam.81% atravessam frequentemente a via fora
de passadeira, existindo uma na proximidade.91,5% admitem transgredir semáforos com
cor vermelha na ausência de veículos.100% dos entrevistados nunca foi multado
como peão.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Imaginando que se avista uma peão a 24 metros de distânciaImaginando que se avista uma peão a 24 metros de distância
ExemploExemplo
Qual o efeito da velocidade a que se circula na velocidade de Qual o efeito da velocidade a que se circula na velocidade de embate no peão?embate no peão?
24 m
Outros simuladores disponíveis on-line em www.dem.ist.utl.pt/acidentes
PEÕES: EFEITO DA VELOCIDADEPEÕES: EFEITO DA VELOCIDADE
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Atropelamento a 80 km/h para três Atropelamento a 80 km/h para três tipos diferentes de vetipos diferentes de veíículosculos
Efeito da Velocidade e do veículoEfeito da Velocidade e do veículo
As características de protecção dos peões pelo veículo tem um papel importante, mas o crucial é a velocidade de impacto.
As técnicas computacionais de reconstituição de acidentes, permitem determinar as velocidades e manobras efectuadas pelos veículos antes do acidente.
Atropelamento real Atropelamento real
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
MÉTODOS DE ACALMIA DE TRÁFEGOMÉTODOS DE ACALMIA DE TRÁFEGO
REDUZEM A VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO
ChicanesVias curvilíneas
RotundasEstreitamento da via
Lombas
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Irresponsabilidade no estacionamento
� Mas estacionamento pode ser impedido !
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
PROTECÇÃO DOS PEÕES: EXEMPLOSPROTECÇÃO DOS PEÕES: EXEMPLOS
� Zonas de acalmia de tráfego sãonecessárias … também em Portugal
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
PROTECÇÃO DOS PEÕES: EXEMPLOSPROTECÇÃO DOS PEÕES: EXEMPLOS
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
Peões: Anedota ou irresponsabilidade
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
LIMITES DE 30 KM/HLIMITES DE 30 KM/H
Para quando, em Portugal, zonas com limite de 30 km/h na proximidade de escolas, zonas residencias e zonas de grande tráfego pedonal ?
como, por exemplo, … na Alemanha
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
ESCOLA DE ENGENHARIA … PEDONAL ?ESCOLA DE ENGENHARIA … PEDONAL ?
Colocação de passadeiras
Entrada do IST
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES FINAISDISCUSSÃO E CONCLUSÕES FINAIS
OS DOIS GRANDES PROBLEMAS DA SINISTRALIDADE PEDONAL EM PORTUGAL SÃO: -Velocidades praticadas. - Indisciplina dos peões.
AS VIAS TÊM SER PROJECTADAS A PENSAR NOS PEÕES. SÃO NECESSÁRIAS MEDIDAS DE ACALMIA DE TRÁFEGO.
LIMITE MÁXIMO DE 30 km/h EM LOCALIDADES PARA AUMENTAR A PROBABILIDADE DE SOBREVIVÊNCIA DOS PEÕES.
REDUÇÃO DAS VELOCIDADE MÉDIAS NAS VIAS E OS TEMPOS DE ESPERA DOS PEÕES NOS SEMÁFOROS.
IV Congresso Rodoviário Português Estoril, 5 - 7 de Abril de 2006 João Dias, Humberto Paula IDMEC/IST
AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS
PELO FINANCIAMENTO DO PROJECTO PARAPARA(Peões, Atropelamentos e Reconstituição de Acidentes)
À ALLIANZ, À DIRECÇÃO-GERAL DE VIAÇÃO E À PREVENÇÃO RODOVIÁRIA PORTUGUESA.
www.dem.ist.utl.pt/acidentes/para